Concerto conta com a aclamada 5ª Sinfonia de Beethoven e abertura Egmont; obras clássicas como a Sinfonia n. 25, de Mozart, e intermezzos da ópera Carmen, de Bizet, também integram apresentação
Orquestra Sinfonica de Minas Gerais Paulo Lacerda FCS 1
A Fundação Clóvis Salgado realiza edição especial da série Sinfônica ao Meio-Dia, com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, iniciando as comemorações dos 250 anos de nascimento de Ludwig van Beethoven. Sob regência de Silvio Viegas, o corpo artístico da FCS sobe ao palco do Grande Teatro Cemig Palácio das Artes com um programa dedicado a grandes nomes da música erudita: além de Beethoven, a apresentação conta com obras de Wolfgang Amadeus Mozart e Georges Bizet.
Os concertos serão realizados na terça-feira (11/2) e na quarta-feira (12/2), às 12h. A entrada é gratuita. Algumas pessoas da plateia poderão assistir ao concerto do palco, junto com os músicos, dando continuidade ao projeto De Dentro do Palco.
O concerto se inicia com a abertura da ópera As bodas de Fígaro (1785), de Wolfgang Amadeus Mozart. Esta é uma das três óperas que marcou a parceria do compositor com Lorenzo da Ponte, renomado libretista da época. Segundo Viegas, As Bodas de Fígaro constitui um dos maiores sucessos de Mozart, contando com uma sucessão de árias famosas que constam no repertório de praticamente todos os cantores líricos. “A abertura é certamente o trecho mais conhecido de toda a obra, e encantará o público. Continuaremos o concerto com Mozart, interpretando mais um enorme sucesso do compositor”, destaca o maestro.
O sucesso ao qual Viegas se refere é o primeiro movimento da Sinfonia n. 25, amplamente conhecida após o sucesso do filme Amadeus (1984), dirigido pelo cineasta Milos Forman – logo no início do filme ouve-se os primeiros compassos da obra. Escrita no estilo “sturm und drang” (tempestade e ímpeto), Sinfonia n. 25 é considerada a primeira sinfonia trágica de Mozart, e trabalha uma melodia sincopada em dinâmica forte. O concerto prossegue com dois intermezzos da ópera Carmen (1875), do francês Georges Bizet. Carmen é uma das mais importantes óperas de repertório, presente em praticamente todos os teatros do mundo.
250 anos de nascimento de Beethoven
As duas obras que encerram o concerto iniciam as celebrações dos 250 anos de nascimento do grande compositor Ludwig van Beethoven. A OSMG executa o primeiro movimento da 5ª Sinfonia e a Abertura Egmont. Obra sinfônica mais interpretada ao redor do mundo, a 5ª Sinfonia de Beethoven é construída inteiramente com base em um motivo de apenas 4 notas, que se repete incessantemente ao longo do primeiro movimento – e é sempre lembrando nos 3 movimentos seguintes. “Os quatro movimentos da 5ª Sinfonia caracterizam-se pela dinamicidade e variação musical, revelando momentos de grande tensão e dramatismo, assim como suavidade e leveza”, explica o maestro.
Na Abertura Egmont, Beethoven compõem sua música com base na peça homônima de Goethe. Goethe relata a luta de Egmont e o duque de Alba. “Em sua composição, Beethoven consegue demonstrar todos os episódios que Goethe apresenta em sua peça. A música apresenta desde o seu início o conflito presente entre os dois personagens, até a morte de Egmont. Assim como na peça de Goethe, que termina com um último chamado do herói por independência, Beethoven termina sua composição modificando a tonalidade para dó maior e o andamento fica mais rápido, construindo a ideia de evolução do personagem”, conclui Viegas.
Programa:
Abertura da Ópera As Bodas de Fígaro
Wolfgang Amadeus Mozart
Sinfonia n. 25, I mov.
Wolfgang Amadeus Mozart
Intermezzos da Ópera Carmen
Georges Bizet
Sinfonia n. 5, I mov.
Ludwig van Beethoven
Abertura Egmont
Ludwig van Beethoven
Fotos: Paulo Lacerda /FCS