Projeto da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e do Canto da Rua Emergencial oferece espaço na Serraria Souza Pinto para gravação de vídeos e transmissão de lives durante a pandemia
Acaba de ser lançada uma iniciativa que irá cumprir um importante papel na retomada de atividades artístico-culturais, o Palco #ARteSalva. Idealizado em conjunto pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) e Canto da Rua Emergencial, projeto da Arquidiocese de Belo Horizonte em apoio às pessoas em situação de rua, o espaço está montado para a produção de lives de artistas de rua na Serraria Souza Pinto, administrada pela Fundação Clóvis Salgado (FCS), vinculada à Secult.
O Palco #ARteSalva, inaugurado na última sexta-feira (31/7), foi estruturado respeitando todos os protocolos de distanciamento social definidos pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) em decorrência da pandemia de Covid-19.
De acordo com o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, o lançamento do Palco #ARteSalva atende a uma demanda específica de artistas de rua que estão com atividades paralisadas. “Os artistas que têm a rua como palco estão completamente parados por causa da pandemia. Na Serraria Souza Pinto eles terão a oportunidade de utilizar o espaço para gravar vídeos ou fazer apresentações de lives”, destaca.
O secretário explica que o Palco #ARteSalva vai cumprir ainda outra função: contribuir para a retomada das atividades culturais em Belo Horizonte. Para ele, a iniciativa será fundamental para indicar os caminhos durante a recuperação do setor. “O projeto está cumprindo todos os protocolos exigidos pelo poder público para ser colocado em prática. Podemos dizer, então, que ele é um exercício de retomada segura das atividades artísticas e culturais na cidade”, aponta Oliveira.
Estreia
O Palco #ARteSalva foi aberto com apresentação do violinista e violonista Edson Franco. Integrante do Movimento Nacional da População de Rua, o artista viveu por anos na rua até conseguir se reerguer por meio da arte. A Serraria Souza Pinto é também espaço de atendimento para a população de rua que encontra-se em vulnerabilidade ainda maior durante a pandemia. O lugar oferece refeições, atendimentos socioassistenciais e jurídicos, orientações e cuidados com saúde básica, dentre outros serviços. Durante o show, Edson Franco presenteou quem estava lá com um medley de canções do repertório popular brasileiro.
Para o artista, a iniciativa da Secult e da Arquidiocese de Belo Horizonte é das mais relevantes no atual contexto. “O Palco #ARteSalva é só uma ponta de um belo trabalho que tem sido feito para as pessoas que estão na rua. A arte me ajudou quando eu mais precisava e o meu desejo é que o #ARteSalva seja um exemplo para outras ideias que vão ajudar essa população tão sofrida que é o povo que está na rua”, declarou Franco.
O lançamento do Palco #ARteSalva ocorreu durante visita do presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Luciano Silva, à Serraria Souza Pinto. Acompanhado do secretário de Estado Leônidas Oliveira, ele conheceu a estrutura do projeto Canto da Rua Emergencial, além de ter visitado outros equipamentos culturais do Estado. “O projeto pode servir como exemplo para nós. A Secult está fazendo um belo trabalho”, disse o presidente.
#ARteSalva
Desde o seu lançamento, o #ARteSalva distribuiu 84 toneladas de alimentos para 279 entidades, beneficiando 190 mil pessoas. O pacote amplo de medidas emergenciais envolve também a formação com cursos de capacitação on-line, lives informativas, estudos e pesquisas de impactos, editais, entre outras atividades e programas. Já foram transmitidas 10 lives informativas da série #SecultAoVivo, 14 lives solidárias, vários cursos a distância voltados a profissionais da Cultura e do Turismo, e lançados dois editais com recursos do Fundo Estadual de Cultura (FEC), totalizando R$4,5 milhões em premiações a projetos culturais. Além disso, outros editais foram lançados por instituições parceiras vinculadas à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult).
A ideia é, a partir do diálogo e esforço conjunto de diversos segmentos, auxiliar, com suporte emergencial, profissionais e comunidades que se encontram em maior vulnerabilidade, como artistas de rua, técnicos, artesãos, guias de turismo, garçons, artistas, músicos, circenses, quilombolas, indígenas, ciganos e demais povos e comunidades tradicionais.
Saiba mais sobre o #ArteSalva AQUI.
Canto da Rua Emergencial
Desde sua inauguração, o projeto Canto da Rua Emergencial já beneficiou mais de dez mil pessoas em situação de rua. Diariamente, das 8h às 14h, são oferecidos serviços como lanche; banho e sanitários; troca de roupa; corte de cabelo e barba; atendimentos socioassistenciais e jurídicos; orientações e cuidados com saúde básica, saúde bucal e de prevenção à Covid-19; atendimento aos animais de estimação; auxílio para emissão de certidões e documentação; e defesa e garantia de direitos.
Fotos: Paulo Lacerda/FCS