O vídeo ficará disponível de 14 a 21 de agosto no canal do Youtube
Em sequência ao projeto Palácio Em Sua Companhia, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) vai exibir, pelo módulo Memória, mais uma produção dos seus Corpos Artísticos, realizada no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. Trata-se da Sinfônica em Concerto – Noite Russa, uma apresentação da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, com regência de Silvio Viegas, inteiramente dedicada à música russa.
Realizado em 2016, o concerto apresenta repertório composto por Capricho Italiano, de Tchaikovsky, Capricho Espanhol, de Rimsky-Korsavo, além do Concerto para piano nº 3, de Rachmaninoff, que teve a interpretação do convidado especial e renomado pianista André Dolabella. O vídeo ficará disponível no canal do YouTube da FCS, das 18h do dia 14 de agosto (sexta-feira) até 18h do dia 21 de agosto (sexta-feira). Esse evento tem a correalização da Appa Arte e Cultura.
Para o maestro Silvio Viegas, esse módulo Memória cumpre a função de resgatar historicamente um momento específico da FCS e do Palácio das Artes e, consequentemente, da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais. “Essas exibições de concertos que foram emblemáticos para o Palácio das Artes retratam como a instituição estava no período da gravação, como a orquestra era formada naquele momento, qual era a qualidade dos músicos, e, sobretudo, disponibiliza para o público um repertório rico, interessante e bem executado”, comemora Silvio Viegas.
O concerto
A apresentação foi marcada pelo retorno de André Dolabella a Belo Horizonte. Vencedor de diversos concursos nacionais e internacionais de piano, como o KulturFonds Baden V., da Escola de Música de Karlsruhe, e o Dr. Herr Büttner, na Alemanha; além do Arnaldo Estrella, (Juiz de Fora) e o Jovens Solistas OSPA (Porto Alegre), André estava longe dos palcos mineiros desde 2002. Para seu retorno, Dolabella escolheu tocar uma peça que exigia grande apuro técnico de Rachmaninoff, compositor pelo qual ele nutre grande admiração.
Concerto Nº 3 para Piano e Orquestra, de Rachmaninoff, é uma das obras mais complexas do repertório para piano. A constante variação de tempo é o grande desafio da peça, que exige virtuosismo e conhecimento técnico do intérprete. Para que a composição seja apresentada de maneira correta, Dolabella destacou, em 2016, que era necessário uma grande sintonia entre solista e orquestra, já que a linguagem sonora do concerto é diferente, baseada na estrutura do canto. “Sempre toco o Concerto seguindo a linha do canto e respeitando os intervalos como se fossem as respirações de um cantor. É preciso muita técnica. Talvez por isso mesmo é considerada a peça mais difícil do repertório para piano”, observou André.
Temida por muitos pianistas, a dificuldade técnica da composição Concerto Nº 3 para Piano e Orquestra, também chamado de Rach 3 inspirou, inclusive, o roteiro do filme Shine (1996). O longa-metragem conta a história do músico australiano David Helfgott, que enlouqueceu tentando executar a obra. Para André Dolabella, que se apaixonou pela peça quando ainda estava aprendendo a tocar piano, “o público pode contar com uma performance envolvente e emocionante, afinal ver o Rach 3 ‘ao vivo’ é sempre uma experiência única”, destaca.
#PalácioEmSuaCompanhia
A diversidade cultural do Palácio das Artes encanta o público mineiro há décadas. Agora, no período de isolamento social, o propósito é levar cultura a cada um, no aconchego de casa! Desde o dia 3 de abril, a Fundação Clóvis Salgado realiza o projeto PALÁCIO EM SUA COMPANHIA, que disponibiliza ao público, diariamente, a arte dos Corpos Artísticos (Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, Coral Lírico de Minas Gerais e Cia. de Dança Palácio das Artes), dos alunos e professores do Cefart e atividades de Cinema e Artes Visuais, por meio do Facebook, Instagram, YouTube e Vimeo.
Orquestra Sinfônica de Minas Gerais
Considerada uma das mais ativas do país, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais cumpre o papel de difusora da música erudita, diversificando sua atuação em óperas, balés, concertos e apresentações ao ar livre, na capital e no interior de Minas Gerais. Criada em 1976, foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais em 2013. Participa da política de difusão da música sinfônica promovida pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, a partir da realização dos projetos Concertos no Parque, Concertos Comentados, Sinfônica ao Meio-dia, Sinfônica em Concerto, além de integrar as temporadas de óperas realizadas pela FCS. Mantém permanente aprimoramento da sua performance executando repertório que abrange todos os períodos da música sinfônica, além de grandes sucessos da música popular. Seu atual regente titular é Silvio Viegas.
A Fundação Clóvis Salgado é uma entidade vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult).
Foto: Paulo Lacerda /FCS