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2013

 

A partir da versão operística do compositor francês Charles-François Gounod para o clássico Romeu e Julieta, a Fundação Clóvis Salgado integra-se às programações que lembram os 400 anos da morte de William Shakespeare. A versão composta por Gounod, com libretos de Jules Barbier e Michel Carré, estreou em Paris em 1867 e, pela primeira vez, será produzida pela FCS.

Crédito: Paulo Lacerda

Oriana Favaro - Julieta

Oriana Favaro representa Julieta

Originalmente ambientada na cidade de Verona, Itália, a história retrata a paixão proibida entre dois jovens de famílias rivais e a cruel dicotomia entre o amor e a morte. Pelas mãos do diretor cênico Pablo Maritano, também em sua estreia em Minas, e do regente titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, Silvio Viegas, a ópera será transposta para a Era Vitoriana e enriquecida com nuances de contemporaneidade.

Mais do que apostar na história do amor romântico, a versão produzida pela Fundação Clóvis Salgado evidencia os conflitos e incongruências de uma sociedade claustrofóbica e opressora, que nega aos jovens, em última instância, a individualidade.

Para quem vivencia essa realidade, segundo Pablo Maritano, talvez existam apenas duas saídas: o amor ou a morte. “A primeira ideia que as pessoas têm ao ouvir falar sobre Romeu e Julieta é sobre amor e paixão, mas entendo que esse é um amor clandestino, de jovens que querem fugir da sociedade e das regras impostas. Nessa montagem, abordaremos mais o viés trágico do que esse amor romântico”, revela.

O ambiente claustrofóbico em que os personagens estarão inseridos ficará evidente nos cenários de Renato Theobaldo, que retorna à Fundação Clóvis Salgado para mais uma montagem. Já os figurinos de Sayonara Lopes irão recuperar o romantismo da Era Vitoriana, incorporando traços modernos. Completam a equipe técnica Pedro Pederneiras na iluminação e Lydia Del Picchia nas coreografias.

Crédito: Paulo Lacerda

Giovanni Tristacci - Romeu

Giovanni Tristacci é Romeu na montagem

A Ópera será encenada pelos três corpos artísticos da Fundação Clóvis Salgado – Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, Coral Lírico de Minas Gerais e Cia. de Dança Palácio das Artes. Também foram convidados para a montagem solistas de reconhecimento mundial, como a jovem argentina Oriana Favaro, no papel de Julieta, e o brasilero Giovanni Tristacci, no papel de Romeu. Outro destaque é o também brasileiro Paulo Szot, no papel de Mercucio. Com brilhante trajetória internacional, Szot é detentor de prêmios como Tony Award, Drama Desk, Outer Critic’s Circle e Theater World Awards.

Crédito: Paulo Lacerda

Orquestra Sinfonica de Minas Gerais

Orquestra Sinfônica de Minas Gerais

Integram ainda o elenco os solistas Eduardo Amir (Capuletto), Sávio Sperandio (Frei Lourenço), Luciana Monteiro (Gertrude), Thiago Soares (Teobaldo), Pedro Vianna (Páris), Aline Lobão (Stephanio), Mario Chantal (Duque), Lucas Ellera (Benvolio) e Célio Souza (Gregório).

Entre os extremos do amor e da morte – A história a ser encenada no Grande Teatro do Palácio das Artes revela a hipocrisia e os problemas estruturais de uma sociedade tirana. Segundo Pablo Maritano, tanto o amor quanto a morte são alternativas para se escapar dessa realidade. “Por mais bonita e comovente que seja a história do amor romântico, puro e casto, ela não basta. É preciso considerar o final. É a morte dos dois jovens apaixonados, encarcerados socialmente e que não podiam viver plenamente esse amor que nos choca”.

A organização social da Era Vitoriana servirá como pano de fundo para ilustrar esse contexto. Socialmente, esse período foi rico em moralismos e preceitos rígidos. Deveres da fé, defesa da moral e dos bons costumes eram alguns dos valores defendidos, que exigiam a submissão da mulher e impunham a supervalorização do homem.

Da mesma forma, em Romeu e Julieta, os dois jovens estão inseridos em uma sociedade estratificada, com regras e normas de conduta pré-estabelecidas e sem espaço para transgressões. Nesse contexto, Julieta, ”protegida” das experiências do mundo e com um leque de possibilidades muito restrito, é a figura mais prejudicada. “Ela é apresentada ao público como um objeto próprio para escambo. Sua apresentação à sociedade é quase um leilão”, comenta Pablo.

Longe de ser uma garota inocente, a corajosa e determinada Julieta encontra no sonhador e experiente Romeu a oportunidade de escapar da opressiva realidade que a cerca. “É preciso também romper com essa ideia de inocência de Julieta. Ela é uma personagem com fome de viver. Romeu é um sonhador, mas as coisas lhe são permitidas, a realidade não é tão cruel”. Para o Diretor, Romeu e Julieta recorrem ao sonho e à fantasia porque a realidade que os cerca é muito artificial e hipócrita.

Pablo Maritano avalia que a atualidade de algumas das questões tratadas em Romeu e Julieta, como a inserção da mulher na sociedade, podem contribuir para a reflexão do público. “Acredito que a partir da personagem Julieta, seja possível alterar o arquétipo da mulher puramente romântica e percebê-la simplesmente como um ser humano”, conclui, acrescentando que a arte e o teatro têm o potencial de falar a verdade, mesmo contando uma mentira.

A perfeita sonoridade para uma história de amor – Reconhecido por suas óperas, pelas músicas coral e religiosa, Charles-François Gounod foi um compositor francês famoso pelo estilo lírico e apuro harmônico que influenciaram a produção operística francesa. Escrever uma ópera inspirada na obra de Shakespeare era um dos grandes desejos de Gounod.

Segundo o Diretor musical da ópera e regente, Silvio Viegas, o resultado alcançado pelo compositor é uma das mais belas obras do repertório operístico mundial. “Nada mais, nada menos, ele oferece momentos ímpares para solistas, coro e orquestra. A composição de Gounod busca, com sensibilidade, capturar a emoção e a dramaticidade do texto de Shakespeare”, destaca.

Para o Regente, a obra chama atenção por sua qualidade e sensibilidade. “A ópera Romeu e Julieta sempre é representada em função da força e beleza de sua música. Sublinha de forma perfeita e sensível uma das mais lindas histórias de amor de todos os tempos”, diz Silvio Viegas.  

Aos solistas, Gounod oferece árias ricas e belíssimas, que capturam de forma tridimensional e complexa os sentimentos dos personagens, principalmente de Romeu e Julieta. Inserido na trama em diversos momentos, o Coral Lírico tem seu momento mais brilhante no terceiro ato, em que é exigido ao máximo, vocal e dramaticamente.

À Orquestra cabe um papel que vai além do simples acompanhamento, com linhas melódicas tão ricas quanto as atribuídas aos solistas. “A orquestra não apenas sublinha e desenha de forma elegante, delicada e sensível essa história de amor, mas canta esse amor, sangra com os personagens e derrama sobre o espectador todo o sentimento que esse drama possui”, revela o Maestro.

Segundo Viegas, apesar da pouca liberdade assumida por Gounod, que respeitou ao máximo o texto original, a cena final foi alterada, conferindo maior emoção à representação. “Originalmente, quando Julieta acorda de sua falsa morte encontra Romeu morto. Na ópera, quando ela acorda, Romeu ainda está vivo, o que nos permite testemunhar um dos mais lindos duetos de amor da história operística mundial”.

Cenário e figurinos – Para Renato Theobaldo, o cenário da montagem cria quase um contraste com a realidade hipócrita dessa sociedade real, porém, com uma dramaticidade muito pesada. Segundo ele, para atingir esse efeito, o cenário é confeccionado em madeira escura, com portas e janelas de arquitetura que lembram a Era Vitoriana. “Durante a montagem, percebi que ele pode até se assemelhar a uma tumba. Não era essa a intenção, mas combina bem com a dramaticidade da ópera”, reconhece Theobaldo.

Bastante flexível, com pequenas alterações ao longo da montagem, o cenário se transforma para receber os cinco atos da encenação. Em uma cena se torna fundo para um animado baile, em outras ganha cadeiras, adereços ou apenas luminárias.

Já os figurinos, sob a responsabilidade de Sayonara Lopes, terão alguns matizes de contemporaneidade. Os vestidos conterão bastante volume, com novas modelagens e inovações; chapéus e máscaras receberão traços metalizados. Já os figurinos masculinos, basicamente, serão compostos por fraques.

Encontra-se no figurino um dos maiores signos da montagem: o vestido de noiva de Julieta. Respeitando o costume iniciado com a Rainha Vitória em seu casamento, o vestido de Julieta será branco, com bastante volume e um enorme véu. “Ela vai estar vestida de forma luxuosa e com muito glamour para representar o sonho impossível”, diz Sayonara Lopes.

ELENCO

Julieta – Oriana Favaro

Romeu– Giovanni Tristacci

Mercucio– Paulo Szot

Capuletto– Eduardo Amir

Frei Lourenço – Sávio Sperandio

Gertrude– Luciana Monteiro

Teobaldo– Tiago Soares

Páris – Pedro Vianna

Stephanio – Aline Lobão

Duque Mauro Chantal

Benvolio Lucas Ellera

Gregório– Célio Souza

Charles-François Gounod (1818 – 1893)

Reconhecido por suas óperas, pelas músicas coral e religiosa, Charles-François Gounod foi um compositor francês famoso por seu estilo lírico e seu apuro harmônico, que influenciaram a produção operística francesa.

Filho de um pintor e uma pianista, Gounod nasceu em Paris. Incentivado pela mãe, teve contato direto com a música desde a infância, entrando para o Conservatório de Paris aos 18 anos. Foi aluno do compositor francês Jacques Fromental Halévy e do pintor Lesueur. Aos 21 anos, a genialidade de Gounod foi reconhecida ao vencer, após duas tentativas frustradas, o Prix de Rome, prêmio para jovens compositores que levava os vencedores para estudar na Itália. Em Roma, estudou música sacra e passou dois anos no seminário Saint-Sulpice, em Paris.

Por influência da mezzosoprano Pauline Viardot, foi introduzido no mundo das óperas. Seu primeiro trabalho – Sapho – recebeu críticas positivas. Mas foi ao estabelecer parceria com os libretistas Jules Barbier e Michel Carré que a veia operística de Gounod desabrochou. Juntos, adaptaram O Médico à Força, de Molière; Fausto, de Goethe; e Romeu e Julieta, de William Shakespeare; sendo os dois últimos títulos os seus grandes sucessos. As três obras ganharam destaque por sua orquestração arrojada e árias melodiosas.

Adaptar Romeu e Julieta era um grande desejo de Gounod. O compositor se encantou com a obra após ouvir um ensaio da Sinfonia Dramática feita por Berlioz, inspirada na trágica história de amor. Iniciou sua versão 30 anos depois, levando um ano para concluí-la, mesmo isolando-se em uma vivenda perto do mar de uma província italiana. Sua imersão na obra foi tamanha que o compositor afirmou sentir os personagens tão próximos que pareciam ser reais. Romeu e Julieta estreou em 1867, sendo a nona ópera de Charles Gounod. Estão ainda entre os seus trabalhos operísticos Mireille (1864), Philémon et Baucis (1860) e La reine de Saba (1862).

WILLIAM SHAKESPEARE (* – 1616)

A vida e a obra de William Shakespeare, considerado o maior escritor inglês e dramaturgo mais influente do mundo, estão envoltas em mistério. A falta de documentação que comprove a própria existência, o nascimento e a autenticidade de suas obras levam alguns teóricos a afirmarem que o autor nunca existiu e até mesmo que suas obras pertencem a outros escritores. Mas, apesar das incertezas e da falta de documentação, acredita-se que Shakespeare era filho do comerciante John Shakespeare e de Mary Arden.

Levam sua assinatura cerca de 38 peças, 154 sonetos, 2 longos poemas narrativos e várias poesias. Escreveu dramas, comédias e tragédias que tiveram alcance mundial, sendo traduzidas para as principais línguas.

Sua obra mais conhecida é a bela e trágica Romeu e Julieta, escrita entre 1591 e 1595, cujo objetivo era denunciar as hipocrisias, as convenções sociais e a luta pelo poder a partir do amor proibido de dois jovens.

*As incertezas rondam a data de nascimento de William Shakespeare, sendo a mais provável 23 de abril de 1564, três dias antes do batismo – já que o costume na época era batizar crianças logo após o nascimento – na pequena cidade inglesa de Stratford-upon-Avon.

Ópera Romeu e Julieta

Local: Grande Teatro do Palácio das Artes – Palácio das Artes, Av. Afonso Pena, 1537 – Centro

Récitas: 19, 21, 23, 27 e 29 de maio de 2016

Classificação: 10 anos

Duração: 3h15 com 2 intervalos de 20 minutos

Informações para o público:

(31) 3236-7400


Crédito: Arquivo pessoal

Helio Garcia

Neste mês de abril que se encerra, uma importante voz do mercado musical mineiro calou-se. Ele não empunhava o microfone, mas os vendia. Não subiu em nenhum palco, mas sua atuação nos bastidores ressoava e foi fundamental para a formação musical de importantes bandas de Minas, como Skank, Tianastácia e Jota Quest. A Secretaria de Estado de Cultura presta esta homenagem à memória do empresário Hélio Garcia Bousas – mais conhecido como Garcia -, o fundador da loja de instrumentos musicais A Serenata, falecido no último dia 21.

Garcia comandava o Grupo Classic, que também engloba as empresas Michael e Vogga. Em termos de infraestrutura, não é exagero afirmar que ele ajudou a impulsionar uma revolução local, especialmente nos anos 1990, com a venda de instrumentos musicais importados, algo que os jovens músicos de então tanto almejavam. Mesmo aquele guitarrista ou baterista que andava com o bolso vazio, Garcia sempre dava um jeito: facilitava o pagamento para que o músico não saísse da loja sem o instrumento de seus sonhos.

TRAJETÓRIA

Velho conhecido dos amantes e profissionais da música, o empreendedor abriu sua primeira loja de instrumentos musicais há cinquenta anos. Desde então passou de mero proprietário a grande movimentador da cena musical mineira, como conta o tecladista da banda Skank, Henrique Portugal.

“Dentro de sua esfera de atuação, Garcia foi também um artista. Com um viés vanguardista no mercado, ele antecipou tendências. Falar de Garcia é mencionar um verdadeiro criador de uma estrutura facilitadora ao trabalho dos músicos.”

Muito mais do que apenas uma loja de instrumentos, A Serenata ficou marcada por ser também um espaço de convívio das bandas mineiras que estouraram na década de 1990. “Garcia proporcionou uma rede de relações entre os agentes diversos da complexa cadeia produtiva da música. A loja era nosso ponto de encontro”.

Para Guido Franco, afinador de pianos que tornou-se amigo de Garcia, o grande diferencial do saudoso empresário era sua facilidade em se relacionar no meio. “Ele conhecia bem o caminho que um músico precisa ter para realizar seu trabalho e era muito sensível à causa.”

Filho mais velho de Garcia, Rogério Bousas começou a trabalhar com o pai em 1989. Junto aos irmãos Marco Aurélio Bousas e Daniela Bousas, deu continuidade e ampliou os negócios da família. Ao falar do patriarca, comove-se ao relatar que o principal legado que o pai lhe deixou não foi o Grupo Classic, mas outras ‘heranças’. “O melhor jeito de vivermos a memória do meu pai é ter a influência dele nas nossas atitudes. Devo a ele a missão de levar para as próximas gerações o que ele nos ensinou: A Serenata vende sonhos e não instrumentos. Cada pessoa que compra um instrumento adiciona sensibilidade em sua vida”.

Crédito: Acervo pessoal

Helio Garcia com os Filhos Rogerio Marco Aurelio e Daniela

 Helio Garcia com os filhos Rogério, Marco Aurélio e Daniela

A VEIA EMPREENDEDORA

Crédito: Arquivo pessoal

Segunda locação da loja A Serenata

Segundo Rogério Bousas, seu pai se auto-intitulava ‘PI’ - Primário Incompleto -, mas sempre foi autodidata nos assuntos que lhe interessavam. Dotado de perseverança e empenho incansável, Garcia construiu um grupo de lojas que atende a músicos diversos.

Sua primeira loja, inaugurada em 1966, tinha 32 metros quadrados. Nesta época, vendia bastante para as bandas de baile. Já na década de 1970, A Serenata se firma como uma loja especializada em instrumentos musicais impulsionada por alguns movimentos sociais, como Jovem Guarda, Desfiles de 07 de Setembro, Festivais de Música, entre outros. Foi nesta época que a loja mudou de endereço para um imóvel de 400 metros quadrados. Em 1990 o Brasil se abre para as importações, transformando definitivamente o segmento no país e passa a ter acesso às grandes marcas de instrumentos e conquista mercado nacional. Nos anos vindouros, A Serenata se instala em grande espaço na Savassi de BH. Neste ano, a loja completa meio século de vida.

 

A obra será executada em duas partes. Num primeiro momento, a reforma geral do prédio, e na segunda fase haverá a inserção de um deck que adentrará a lagoa, numa extensão de 85 metros, terminando em uma pequena praça coberta. Na segunda etapa da obra, será construído também um galpão para a guarda de equipamentos e vestiários.

 

Na tarde desta quinta-feira (14), o prefeito de Lagoa Santa, Fernando Neto, esteve na Secretaria de Estado de Turismo (Setur) em busca de apoio para que o projeto seja beneficiado e, consequentemente, se torne uma realidade.

 

De acordo com o secretário, Ricardo Faria, “a revitalização do Iate Clube vai enriquecer o município, embelezando ainda mais a Lagoa, que já é um atrativo turístico natural. Além disso, poderá atrair aquele turista que busca lazer e esportes aquáticos”. Na ocasião, Ricardo Faria ressaltou ainda que vai buscar apoio do governo para a execução do projeto.

 

Lagoa Santa

 

Lagoa Santa fica a 35 km da capital mineira, e conta com uma diversidade de atrativos turísticos.  Na região, foram descobertas ossadas humanas, inclusive a de Luzia, o mais antigo esqueleto humano já encontrado nas Américas, que fez com que o município se tornasse mundialmente conhecido.

 

A Lagoa, em torno da qual a cidade cresceu, é o seu cartão postal. Na orla é possível realizar passeios de bicicleta, caminhadas e prática de esportes. Além disso, abriga bares e restaurantes com gastronomia diversificada. O maior ponto de atração dentro da área urbana de Lagoa Santa ainda oferece uma deslumbrante vista do pôr-do-sol.

 

Outro ponto turístico de grande relevância é a Gruta da Lapinha. Localizada no Parque Estadual do Sumidouro e inserida na área de proteção ambiental da APA-Carste de Lagoa Santa, a gruta passou por reformas visando um melhor atendimento ao público e a valorização e preservação do patrimônio tombado em nível federal e municipal.

 

O Parque Estadual do Sumidouro recebeu este nome devido a sua lagoa, que possui um ponto de drenagem das águas da bacia típica dos terrenos calcários. Trata-se de uma abertura natural para uma rede de galerias, por meio da qual um curso d´água penetra no subsolo denominado Sumidouro, termo que vem da palavra indígena "Anhanhonhacanhuva" que significa: água parada que some no buraco da terra. Caracterizado como Unidade de Proteção Integral tem o objetivo principal de promover a preservação ambiental e cultural, possibilitando atividades de pesquisa, conservação, educação ambiental e turismo.

 

Lagoa Santa possui uma excelente infraestrutura para o turista, contando com vários hotéis e restaurantes.

 

Em Uberlândia, Patos de Minas, Montes Claros, Curvelo, Governador Valadares, Itabira, Belo Horizonte e Juiz de Fora o visitante contará com a distribuição gratuita de guias turísticos completos de Minas e também miniguias com informações específicas úteis para o turista das olimpíadas, além do suporte dos técnicos da secretaria para esclarecer dúvidas e informações.

 

Curiosidades sobre a Tocha Olímpica:

A Chama Olímpica é um símbolo de paz, amizade e iluminação e representa um chamado aos Jogos Olímpicos. O Revezamento da Tocha Olímpica dos dias de hoje é uma derivação das cerimônias que um dia foram parte dos Jogos da Antiguidade de Olímpia, na Grécia. O revezamento da tocha refere-se também aos mensageiros da Grécia Antiga que viajavam pelas cidades anunciando a data dos Jogos. Além de convidar os cidadãos a irem até Olímpia, os mensageiros proclamavam a “trégua sagrada”: um mês antes e enquanto durassem as competições esportivas, todas as guerras em curso deveriam cessar para que atletas e espectadores pudessem participar dos Jogos com segurança.

 

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Valorização da culinária mineira e geração de renda integram o cardápio de incentivos oferecido pelo Governo do Estado de Minas Gerais, por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig). Em edital lançado pela Codemig em 2015, mais de 10 projetos foram contemplados para divulgação e comercialização da gastronomia. A próxima ação será a Feira Gastronômica do Mercado Central – Aproxima, agendada para esta sexta-feira, 15/4, de 19h à 1h, no estacionamento superior do estabelecimento localizado na capital mineira. Além disso, está em curso o Festival Happy Hour, até o próximo domingo, 17/4. O evento envolve diversos estabelecimentos, abrangendo as cidades de São João del-Rei, Tiradentes, Barroso e Dores de Campos.

O Festival Happy Hour tem a proposta de celebrar a alegria e a mineiridade, incentivando chefs a redescobrirem sabores presentes no imaginário do povo mineiro. Por meio de novas experiências, que unem sabor e cultura, o evento busca redescobrir raízes e repensar o uso de ingredientes, bem como a cultura e a gastronomia com vistas ao desenvolvimento social e econômico.

A cada edição anual, o Happy Hour seleciona ingredientes para compor um dos pratos apresentados pelos bares e restaurantes participantes. Neste ano, foi escolhida a carne de porco, acompanhada por cerveja e/ou cachaça. Os estabelecimentos comerciais disputam em três categorias: Prato da Casa, Prato com Ingrediente Mineiro (contendo os ingredientes propostos pelo Festival) e e Happy Hour Mais Quente. A última categoria será definida pelos usuários, que utilizarão um aplicativo para smartphones para escolher seus preferidos.

O evento também apresenta programação cultural nos bares e restaurantes, além da Feira Happy Hour, que encerrará o festival neste domingo, em uma estrutura montada no centro de São João del-Rei, com praça de alimentação, estandes de cervejarias artesanais, shows e atrações culturais. Outras informações, como a lista de estabelecimentos participantes, estão disponíveis no site www.festivalhappyhour.com.br.

Feira Gastronômica do Mercado Central

Realizada na terceira sexta-feira de cada mês, a feira recebe 20 expositores. Os ingressos são trocados por alimentos não perecíveis, doados a instituições de caridade. O projeto contemplado pela Codemig prevê a realização de oito eventos ao longo de 2016, sendo quatro edições da Feira Gastronômica e quatro Feirinhas Aproxima. O público estimado para cada edição é de 3 mil pessoas. Outras informações sobre o evento podem ser obtidas no site www.projetoaproxima.com.br.

Edital de gastronomia

O resultado do edital de fomento à gastronomia foi divulgado pela Codemig em fevereiro de 2016. O período de inscrições esteve aberto entre os dias 27 de agosto e 19 de outubro do último ano, com apoio da Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais (Setur). O concurso também incluiu a seleção de projetos para a realização de eventos de Food Truck em cidades da Estrada Real. Ao todo, mais de 10 projetos foram contemplados, beneficiando todos os territórios gastronômicos do Estado: Cerrado, Espinhaço, Rios, Central e Mantiqueira. O investimento da Codemig nessa iniciativa pioneira totaliza R$1,5 milhão.

Foram avaliados critérios como viabilidade da execução, abrangência, inovação, envolvimento de profissionais e produtos da região, participação de chefs, público estimado, estrutura física, estratégias de comunicação e comercialização, tradição do evento e acessibilidade. A seleção de projetos de fortalecimento e fomento dos festivais gastronômicos tem o objetivo de potencializar a cadeia produtiva gastronômica em Minas Gerais e contribuir para a movimentação do fluxo turístico regional e nacional, além de reforçar o posicionamento do Estado como um destino turístico gastronômico de referência no País.

Minas de Todas as Artes

O fomento da Codemig à gastronomia integra o Minas de Todas as Artes – Programa Codemig de Incentivo à Indústria Criativa, lançado em agosto de 2015. A iniciativa inédita e estratégica busca fomentar o desenvolvimento de novos negócios que gerem empregos, renda e riquezas para o Estado. Até o fim de 2018, serão investidos mais de R$ 20 milhões em editais de fomento e fortalecimento, com iniciativas de valorização de setores como gastronomia, audiovisual, design, moda, música e novas mídias.

A Indústria Criativa constitui a cadeia produtiva composta pelos ciclos de criação, produção e distribuição de bens e serviços que usam criatividade e capital intelectual como insumos primários. Estima-se que haja mais de 250 mil empresas no Brasil na área da Indústria Criativa. Outras informações estão disponíveis no site www.codemig.com.br.

jacquot de nantes

Na segunda sessão da mostra permanente Cineclube Francófono, iniciativa do Cine Humberto Mauro em parceria com o Instituo Francês e a Cinemateca Fracesa, o público poderá assistir à obra Jacquot de Nantes (FRA, 1991), da diretora Agnès Varda. Importante nome do cinema francês contemporâneo, Varda é reconhecida por seus documentários realistas que, entre outras coisas, abordam questões feministas. 

O Jacquot de Nantes, que se passa na França dos anos 30, retrata a vida do garoto Jacquot que, encantado por espetáculos e impulsionado por seus pais, adquire uma pequena câmera e começa a produzir seus próprios filmes. A sessão será comentada por Glaura Cardoso, doutora em Letras pela UFMG e pesquisadora de pós doutoramento sobre a mise-en-film da fotografia no documentário.

As sessões da Mostra Permanente Cineclube Francófono acontecem sempre na última sexta-feira do mês e contempla a produção cinematográfica dos países que falam a língua francesa. A programação inclui uma diversidade de estilos e estéticas que compõem a filmografia desses países, com destaque para os grandes clássicos.

Evento: Jacquot de Nantes - Mostra Cineclube Francófono

Local: Cine Humberto Mauro – Palácio das Artes

Av. Afonso Pena, 1537 – Centro

Data: 30 de abril

Classificação livre

Informações para o público: (31) 3236-7400

 

O Movimento Negro de Pompéu, na região central mineira, promove a entrega da Medalha Escrava Anastácia, em homenagem a essa personalidade a quem se atribui conquistas, milagres e uma das fortes marcas culturais da região. Diante da impossibilidade de comparecer à festa de entrega, realizada na Semana da Consciência Negra de 2015, o Secretário Adjunto de Estado de Cultura, João Miguel, foi agraciado com a medalha, nesta quarta-feira (13/04), na Cidade Administrativa.

Foi o primeiro ano de realização da entrega da medalha, honraria a qual o secretário adjunto João Miguel agradeceu durante a cerimônia. “O meu orgulho por essa iniciativa é enorme. Não apenas pela honra em ter sido agraciado, mas pela própria existência deste título. Precisamos valorizar a história que ainda não foi escrita, mantendo o contraditório que enriquece a nossa cultura. Tanto a festa quanto essa condecoração exaltando a valiosa história da Escrava Anastácia era um sonho das minorias de Pompéu e hoje se torna uma realidade dos mineiros”, disse.

 

Também participaram da reunião de entrega os representantes do movimento negro de Poméu: Eliane Caetano, Marluce Patrocínio, Flaviane Souza, Jeferson Campos e Gaspar Cunha.

Sobre a Escrava Anastácia

A Escrava Anastácia (Pompéu, 12 de maio de 1740 — data e local de morte incertos) é uma personalidade religiosa de devoção popular brasileira, cultuada pela realização de supostos milagres.

No imaginário popular, a Escrava Anastácia possuía rara beleza e chamava atenção de qualquer homem. Era curandeira e ajudava os doentes. Com suas mãos fazia verdadeiros milagres. Por se negar a manter relações sexuais com seu senhor e se manter virgem, foi sentenciada a usar uma máscara de ferro por toda a vida, só tirada durante as refeições, o que lhe ocasionou verdadeiros martírios. 

 

A gastronomia mineira vem ganhando um ingrediente a mais: o desenvolvimento.  Com o incentivo do Governo do Estado de Minas Gerais, por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), eventos dedicados à valorização, à divulgação e à comercialização da gastronomia têm sido fomentados. Entre os projetos contemplados pelo edital lançado pela Codemig em 2015, está o Aproxima, que a cada mês busca trazer os melhores produtores de Minas Gerais para apresentar seus produtos diretamente para o cliente, além de reunir chefs, cafeterias, cervejarias e quitandas do estado. A próxima iniciativa do projeto é a Feirinha Aproxima que será realizada neste sábado, 30/4, de 10h às 17h, na Casa Fiat de Cultura, em Belo Horizonte. A entrada é gratuita.

Nesta edição, os convidados especiais serão os Vinhos do Alentejo que terão quatro espaços exclusivos para venda. Ao mesmo tempo será montada uma área exclusiva em que o crítico de vinhos Alexandre Lalas (revistas “Gula” e “WINE”), o jornalista Miguel Icassatti (“WINE”) e o chef Eduardo Maya conduzirão provas comentadas.

Idealizado pelo chef Eduardo Maya, em 2013, o evento busca difundir e projetar a gastronomia mineira no cenário regional, nacional e internacional. Com a Feirinha Aproxima, a proposta é reunir produtores, consumidores e estabelecimentos em encontros para celebrar a qualidade e a diversidade dos produtos de Minas Gerais. O projeto prima pela itinerância e pela democratização do acesso, aliando a tradição e o novo, o prazer e o negócio, os mineiros e suas raízes. Nesse sentido, o projeto acontece em mercados, pontos de interesse e praças de Belo Horizonte e atrai cerca de 3.000 pessoas a cada edição.

O projeto contemplado pela Codemig prevê a realização de oito eventos ao longo de 2016, sendo quatro edições da Feirinha Aproxima e quatro Feiras Gastronômicas (que acontecem no Mercado Central). O público estimado para cada edição é de 3 mil pessoas. Outras informações sobre o evento podem ser obtidas no site www.projetoaproxima.com.br.

Edital de gastronomia

O resultado do edital de fomento à gastronomia foi divulgado pela Codemig em dezembro de 2015. O período de inscrições esteve aberto entre os dias 27 de agosto e 19 de outubro do último ano, com apoio da Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais (Setur). O concurso também incluiu a seleção de projetos para a realização de eventos de Food Truck em cidades da Estrada Real. Ao todo, mais de 10 projetos foram contemplados, beneficiando todos os territórios gastronômicos do Estado: Cerrado, Espinhaço, Rios, Central e Mantiqueira. O investimento da Codemig nessa iniciativa pioneira totaliza R$1,5 milhão.

Foram avaliados critérios como viabilidade da execução, abrangência, inovação, envolvimento de profissionais e produtos da região, participação de chefs, público estimado, estrutura física, estratégias de comunicação e comercialização, tradição do evento e acessibilidade. A seleção de projetos de fortalecimento e fomento dos festivais gastronômicos tem o objetivo de potencializar a cadeia produtiva gastronômica em Minas Gerais e contribuir para a movimentação do fluxo turístico regional e nacional, além de reforçar o posicionamento do Estado como um destino turístico gastronômico de referência no País.

Minas de Todas as Artes

O fomento da Codemig à gastronomia integra o Minas de Todas as Artes – Programa Codemig de Incentivo à Indústria Criativa, lançado em agosto de 2015. A iniciativa inédita e estratégica busca fomentar o desenvolvimento de novos negócios que gerem empregos, renda e riquezas para o Estado. Até o fim de 2018, serão investidos mais de R$ 20 milhões em editais de fomento e fortalecimento, com iniciativas de valorização de setores como gastronomia, audiovisual, design, moda, música e novas mídias.

A Indústria Criativa constitui a cadeia produtiva composta pelos ciclos de criação, produção e distribuição de bens e serviços que usam criatividade e capital intelectual como insumos primários. Estima-se que haja mais de 250 mil empresas no Brasil na área da Indústria Criativa. Outras informações estão disponíveis no site www.codemig.com.br.

 

Em busca de mais informações e auxílio, a Secretaria de Estado de Turismo (Setur) recebeu na tarde desta quarta-feira (13) a visita do prefeito de Rio Acima, Wanderson Lima, para esclarecer algumas dúvidas sobre o ICMS turístico.

 

De acordo com o secretário Ricardo Faria, o incentivo é de fundamental importância para os municípios. “As atividades turísticas permitem que a economia gire capacitando um desenvolvimento econômico, social e cultural. Por isso, é de suma necessidade que as cidades conheçam essa possibilidade e desfrute do benefício”.

 

O ICMS turístico atua como motivador e catalisador de ações, visando estimular a formatação/implantação, por parte dos municípios, de programas e projetos voltados para o desenvolvimento turístico sustentável, em especial os que se relacionam com as políticas para o turismo dos Governos Estadual e Federal.

 

Em visita, o prefeito Wanderson relatou a dificuldade de entender a classificação correta financeira do ICMS turístico, o que o motivou a buscar esclarecimentos. “Nosso objetivo é obter a arrecadação correta que atenda o turismo na cidade, já que, temos um grande potencial turístico. Acreditamos que agora, após a conversa, daremos continuidade aos nossos projetos”, comemora.

 

Entenda mais:

De acordo com dados da Setur, para ter direito ao repasse, o município deverá, anualmente, se enquadrar aos seguintes critérios obrigatórios:


• Participar de um circuito turístico reconhecido pela Setur, nos termos do Programa de Regionalização do Turismo no Estado de Minas Gerais;

• Ter elaborada e em implementação uma política municipal de turismo;


• Possuir Conselho Municipal de Turismo (COMTUR), constituído e em regular funcionamento;


• Possuir Fundo Municipal de Turismo (FUMTUR), constituído e em regular funcionamento.

Um dos principais grupos de dança de Minas Gerais, a Companhia Suspensa celebra o Dia Internacional da Dança, celebrado neste 29 de abril, com apresentação do espetáculo “Contaminação como processo de construção do movimento: A Margem”. A montagem foi viabilizada após a companhia vencer o Prêmio Fundação Clóvis Salgado de Estímulo às Artes Cênicas na categoria Montagem – Teatro e Dança. O público pode conferir a estreia a partir desta sexta-feira (29), na sala João Ceschiatti do Palácio das Artes. A montagem segue em cartaz até o fim do mês de maio.

A peça, que trata da interação entre pessoas, objetos e materiais, contou com a colaboração da bailarina Gabriela Christófaro e do artista plástico Pablo Lobato durante o processo de montagem. “Foi um trabalho desafiante, uma pesquisa que levou tempo e bastante envolvimento e colaboração. O grupo está bastante ansioso com a estreia, mas é um sentimento muito gratificante ao mesmo tempo”, conta Patrícia Manata, uma das integrantes.

Contemplado pelo edital Cena Minas em 2015, realizado pela Secretaria de Estado de Cultura, o grupo conseguiu aporte financeiro do Governo de Minas Gerais para realizar obras em sua sede, localizada no Vale do Sol, em Nova Lima, a fim de implementar melhorias no espaço de apresentações e ensaios. Uma das integrantes da comissão de avaliação do edital, a bailarina e coreografa Tânia Silveira, importante figura na cena de dança do Estado, avalia a importância desse fomento ao celeiro da dança. “O Governo de Minas deu um passo importante ao lançar editais específicos como o Prêmio de Artes Cênicas de Minas Gerais, que contemplou grupos e coletivos novos e oportunizou aqueles já consagrados na cena mineira”.

Aos 17 anos de vida, a companhia já deixou sua marca registrada nos palcos mineiros, graças à utilização de técnicas circenses e movimentos aéreos para criação de seus espetáculos. Formado por pelo trio de dançarinos Lourenço Marques, Patrícia Manata e Roberta Manata, o grupo surgiu em 1999 dentro do grupo de pesquisa “Sem os Pés no Chão”. Desde então, produz projetos de pesquisa, cursos, oficinas e apresentações. “A nossa companhia nasceu dentro de uma escola de circo, então o enfoque de trabalhar com objetos aéreos, como cordas e faixas, permaneceu. Hoje, os nossos espetáculos procuram ser sempre colaborativos, buscando mostrar as condições físicas humanas”, explica Patrícia.

SERVIÇO:

Evento: “Contaminação como processo de construção do movimento: A Margem”

Data: 29 de abril a 22 de maio

Horário: Sextas e sábados às 20h30 e domingos às 19h

Local: Palácio das Artes - Teatro João Ceschiatti

Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro. Belo Horizonte/MG

Valor: R$ 20,00 (inteira) | R$ 10,00 (meia)

Informações: (31) 3236-7400

A Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa está presente na Bienal do Livro de Minas 2016, que acontece de 15 a 24 de abril, no Expominas: Avenida Amazonas, 6030, Gameleira.

Crédito: Carlos Alberto/ Imprensa MG

Secretário Angelo Oswaldo e superintendente Lucas Guimaraens na Bienal do Livro de Minas 2016

O estande da Biblioteca é dividido em quatro partes: na primeira, o visitante poderá conhecer mais sobre o sistema Braille, a leitura acessível, além do acervo e as atividades da Biblioteca Pública voltados para as pessoas com deficiência visual. Na segunda, informações sobre como as Leis de Incentivo à Cultura são usadas para a produção de livros, que depois passam a integrar o acervo de bibliotecas públicas em todo o Estado. O terceiro ambiente é dedicado ao Suplemento Literário de Minas Gerais, que completa 50 anos em 2016. Os leitores poderão, inclusive, levar para casa exemplares da publicação. Finalmente, o setor Infantojuvenil e a Associação dos Amigos das Bibliotecas Comunitárias da Região Metropolitana de Belo Horizonte compartilham um cantinho de leitura que contará com obras infantojuvenis, quadrinhos, revistas e a “Árvore da Palavra” - instalação cenográfica e sonora que narra contos, crônicas e poesias e promete encantar visitantes de todas as idades.

O superintendente de Bibliotecas Públicas e Suplemento Literário, Lucas Guimaraens, celebra a presença da Biblioteca Pública Luiz de Bessa na Bienal. “O evento demonstra a relevância da democratização do acesso à leitura, que é o papel primordial de toda e qualquer biblioteca. Vem também fomentar o livro em toda sua cadeia produtiva: escritores, editoras, livreiros, incrementando as relações econômicas e intelectuais do mercado editorial mineiro com o resto do país”.Esta é a quinta edição do evento, e a segunda vez em que a Biblioteca Pública terá espaço na feira.

ABIENAL

ABienal do Livro de Minasé o evento literário mais importante do Estado, reunindo leitores, livreiros, escritores, quadrinistas e profissionais de toda a cadeia produtiva do livro. Em 2016, o evento reúne mais de cem autores, 160 expositores e promove atividades como o Café Literário, Conexão Jovem, Espaço Geek & Quadrinhos, Quintal de Histórias e Encontro com Autores. A Bienal do Livro de Minas acontece de 15 a 24 de abril, no Expominas.

SERVIÇO

Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa na Bienal do Livro de Minas 2016

Data: 15 a 24 de abril de 2016
Horários:

Segunda a sexta: 9h às 22h
Sábado e domingo: 10h às 22h
15 de abril: 12h às 22h
21 de abril (feriado): 10h às 22h
24 de abril (último dia): 10h às 20h

Local: Expominas - Avenida Amazonas, 6.030, Gameleira. BH/MG

 

Entrada na Bienal: R$ 12,00 (inteira) e R$ 6,00 (meia).

Há condições especiais para estudantes, maiores de 60 anos, profissionais do livro, autores, professores e vários outros públicos. Consulte o site do evento: www.bienaldolivrominas.com.br

Informações sobre a Bienal: www.bienaldolivrominas.com.br

 

Informações sobre o estande da Biblioteca: (31) 3269 1210 ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

 

O evento tem como tema central As consequências da crise econômica na aplicação da LRF e reflexos nas eleições de 2016”. Para o secretário de Turismo, Ricardo Faria, o encontro é de suma importância para o calendário mineiro. “Este congresso é visto como uma oportunidade para que os gestores busquem informações e conhecimentos técnicos sobre assuntos relacionados ao desenvolvimento dos municípios, e a Setur estará presente também para mostrar os números do turismo e o que temos feito para o nosso Estado”, destaca.

O Congresso acontecerá de 10 da manhã às 21 horas, no Expominas, em Belo Horizonte. Para mais informações, inscrição e dúvidas acesse:

www.congresso.amm-mg.org.br

 

A nova edição dos Autos de Devassa da Inconfidência Mineira será lançada, pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais, no dia 27 de abril, às 19h, no Salão Nobre da ALMG. O evento será acompanhado pela inauguração da reprodução do Painel Tiradentes, de Cândido Portinari.

Detalhes desse marco da história mineira podem ser lidos e consultados por pessoas de qualquer parte do mundo. O site Portal da Inconfidência disponibiliza ao público em geral a íntegra dos Autos da Devassa, as fases do processo judicial movido pela Coroa Portuguesa contra os inconfidentes. Pontos relevantes como as acusações de crime de traição e as sentenças dos réus da Conjuração Mineira são descritos com riqueza de detalhes nos documentos históricos.

A versão digitalizada do manuscrito do século XVIII é baseada na edição impressa dos 11 volumes dos Autos da Devassa, editada pela Imprensa Oficial de Minas Gerais nas décadas de 70 e 80. Acesse o portal lançado no último ano www.portaldainconfidencia.iof.mg.gov.br

O Centro Cultural da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG apresenta, entre os dias 4 de maio a 26 de junho, a exposição TRANS do artista visual Domingos Mazzilli, com curadoria de Rodrigo Vivas.  São 50 trabalhos realizados  a partir de 2007,  sendo 18 inéditos .

A exposição é constituída de objetos, fotografias, bordados, colagem e instalação que reverenciam a obra de Amílcar de Castro, Lygia Clark, Marcos Coelho Benjamim, Farnese  de Andrade e Tarsila do Amaral. Aborda questões de gênero, etnia, memória e promove diálogos com o tempo presente, além de possuir forte apelo, mesmo aos não iniciados na arte contemporânea, pela diversidade de materiais utilizados e familiaridade dos objetos expostos como bacias, penico, faqueiro e outros utensílios de uso doméstico.

“Gosto da pátina do tempo. Tenho uma admiração grande por artistas que produzem esculturas, objetos, colagens e assemblages e que também se submetem a ela. Falo de um mundo que desaba, que está desmoronando, ruindo. Daí a nostalgia, a memória e certa saudade do paraíso perdido. O meu trabalho é uma tentativa de paralisar o tempo, contabilizar perdas e dar um sentido a elas. Assim, faço arte. Se quiserem adjetivá-la, se isto for realmente imperioso, chamem-na de arte existencial”, comenta Mazzilli.

Domingos Mazzilli

Nascido em Muzambinho, MG, em 1963. Formado em Medicina pela UFMG com especialização em Psiquiatria e História da Arte. Cursou Artes Visuais na EBA – UFMG e Artes Plásticas na Escola Guignard, UEMG . Tem criado uma obra instigante como artista plástico a partir de 2007, então com 43 anos, quando abandona a medicina. Artista multimídia, transita por vários suportes: faz objetos e assemblages, borda lingeries antigas, objetos de cozinha e carne além de criar vídeos, instalações e fotoperformances. Seus temas recorrentes são o feminino, o doméstico e o íntimo. Fez 16 exposições individuais entre Belo Horizonte, São Paulo e Ouro Preto tendo exposto no Palácio das Artes, Museu Abílio Barreto,  Sesc Pompéia, Art-Chapel, Casa da Xiclet, Casa dos Contos dentre outros espaços. Reside no distrito de Macacos, Nova Lima, próximo a Belo Horizonte.

TRANS

Curadoria Rodrigo Vivas

Abertura 4 de maio – quarta-feira - 19h até 21:30h

Exposição de 5 de maio a 26 de junho

Terças a sextas de 10 às 21h

Sábados e domingos de 10 às 18h

Local: Galeria Aretuza Moura

Centro Cultural UFMG

Endereço: Avenida Santos Dumont, 174 – centro – Belo Horizonte/MG

Marcação de visitas para escolas e demais instituições: 3409-8290  com Alice  

 

O documentário Ouro Preto - Olhar Poético (2016, 30min), baseado no livro homônimo de Carlos Bracher, será lançado às 19h30 do dia 15 de abril, sexta-feira, no auditório do Museu da Inconfidência (Ibram/MinC), Anexo I, com entrada gratuita. O filme tem direção e roteiro da jornalista Blima Bracher, filha do artista, e é uma realização de Sirius Cultura, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, com patrocínios da Vale e Alupar Taesa. Tem como objetivo mostrar as belezas e mistérios de Ouro Preto, sob a ótica poética de Bracher.

A obra é dividida em três segmentos, mostrando diferentes épocas da antiga capital mineira. O primeiro, A Opulência Barroca, mostra o surgimento da cidade no século XVII, seus primórdios e personagens marcantes como Aleijadinho, os compositores barrocos, os poetas árcades e os inconfidentes. O segundo, intitulado O Renascimento, mostra a vocação cultural da cidade nos anos 50, os Festivais de Inverno e figuras folclóricas, como Bené da Flauta e Sinhá Olímpia.

Relembra ainda artistas e personalidades como Guignard, Carlos Scliar, Nello Nunno, Ivan Marquetti e Lili Correia de Araújo. Também faz um panorama atual da cidade, mostrando festas como Carnaval, Semana Santa, CineOP, Fórum das Letras, Festival de Jazz e Mimo, além da atuação da Orquestra Ouro Preto, sob a regência do maestro Rodrigo Toffolo.

A terceira parte propõe um Roteiro Poético, mostrando os principais pontos turísticos da cidade e contando um pouco da história de cada lugar. Em breve, o lançamento também ocorrerá em Belo Horizonte e Tiradentes. A diretora Blima Bracher também realizou outros documentários sobre a vida do artista: Âncoras aos Céus (2007); Bracher: Pintura & Permanência (2014); e Das Letras às Estrelas: JK, dos Sonhos ao Sonho de Brasília (2015, filme oficial em comemoração aos 50 anos do Sinduscon - DF).

Saiba mais

Blima Bracher - Jornalista pela UFMG, diretora e roteirista do filme Ouro Preto - Olhar Poético (2016), baseado no livro homônimo, de Carlos Bracher. Atualmente trabalha como pesquisadora, arquivista, documentarista e assessora de imprensa na empresa Atelier Bracher em Ouro Preto, onde é responsável pela assessoria de imprensa, pesquisa, digitalização de imagens, textos e documentos, documentação fotográfica e filmagem dos trabalhos dos artistas Carlos Bracher e Fani Bracher. Colabora semanalmente como cronista no Portal Ouro Preto e no jornal O Inconfidente, além de realizar levantamento da pinacoteca e acervo do Castelinho dos Bracher em Juiz de Fora. Foi editora da Revista Encontro, repórter e apresentadora da TV Panorama, afiliada da Rede Globo na Zona da Mata e Vale das Vertentes e Repórter da Rede Minas de Televisão. Também atuou como repórter de rede do Jornal da Band e Brasil Urgente e apresentadora do Jornal Band Minas 1ª Edição, da Band.   

Carlos Bracher - Nascido em Juiz de Fora, MG, tem 75 anos de idade. É casado com a pintora Fani Bracher, com quem reside há  mais de 40 anos em Ouro Preto. Realizou exposições individuais em galerias e museus de Paris, Roma, Milão, Moscou, Japão, China, Londres, Rotterdam, Haia, Madri, Lisboa, Montevidéu, Santiago do Chile, Bogotá e Kingston. Iniciou sua trajetória em 1967, com a obtenção da láurea máxima do Salão Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro – o Prêmio de Viagem ao Exterior. Na ocasião, mudou-se para a Europa, onde viveu por dois anos, principalmente em Paris, já na companhia da esposa. Obteve o Prêmio Hilton de Pintura, em 1980, coordenado pela FUNARTE, como um dos dez artistas brasileiros que mais se destacaram na década de 1970.

Em 1990, Bracher percorreu os caminhos do também pintor expressionista Van Gogh realizando a série Homenagem a Van Gogh, com 100 telas pintadas no centenário de morte do artista. Foi, então, convidado a expor em importantes museus da Europa, América e Ásia. Em 2007, pintou a Série Brasília, composta de 66 quadros de grande formato, que foi exposta no Museu Nacional de Brasília. Já entre 2014 e 2015, ocupou os Centros Culturais Banco de Brasil (CCBBs) de Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília com a mostra Bracher: Pintura & Permanência, atraindo 480 mil expectadores. Durante a mostra realizou performances  pintando, ao vivo, os retratos de Lô Borges, Maestro Júlio Medaglia, João Cândido Portinari, Wladmir Carvalho e Dom Lélis Lara.

Atualmente, uma retrospectiva com 50 quadros, produzidos entre 1961 a 2006, percorre diversas cidades europeias já expostas no Museu de Arte Contemporânea de Moscou, Frankfurt, Praga, Estocolmo, Bruxelas, Bruges, Basilea, Dusseldorf, Luxemburgo e Gotemburgo. Foram publicados cinco livros sobre seu trabalho: Bracher – Ed. Metron, São Paulo, 1989; Bracher: Homenagem a Van Gogh – Empresa das Artes, São Paulo, 1991; Carlos Bracher: Do ouro ao aço – Ed. Salamandra, Rio, 1992; Carlos Bracher, de João Adolfo Hansen – Ed. da Universidade de São Paulo (EDUSP), 1998 e Bracher/Brasília, Rona Editora, Belo Horizonte, 2007, além de dezenas de documentários sobre sua vida e obra.

SERVIÇO 

O QUÊ: Lançamento do filme Ouro Preto – Olhar Poético
QUANDO: 15 de abril, sexta-feira, 19h30min
ONDE: Auditório do Museu da Inconfidência, Anexo I. Rua Vereador Antônio Pereira, 33, Centro Histórico.
INFORMAÇÕES: (31) 98431-3737 e Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

ENTRADA GRATUITA.

 

Durante três dias o Centro de Formação Artística e Tecnológica – CEFART, da Fundação Clóvis Salgado irá promover uma série de atividades que buscam potencializar a formação de alunos e profissionais.

No primeiro dia de evento, 4 de maio, tendo a arte negra como foco, estarão em exposição obras literárias doadas ao Centro de Memória e Acervo João Etienne Filho e o lançamento em Minas Gerias do livro Grandes Vultos que Honraram o Senado: Abdias Nascimento, de Elisa Larkin Nascimento, biografia que recupera a vida e a obra de um dos mais importantes ativistas da causa negra.

Já nos dias 5 e 6 de maio, serão realizadas mesas temáticas, exibição de vídeo-danças, e exibição de trabalhos de bailarinos do Cefart e de alunos da UFMG. A programação do Seminário Processos de Criação em Dança e Teatro integra a Leve Arte 2016, iniciativa do Curso de Licenciatura em Dança da UFMG.

Evidenciando a Arte Negra - Dando continuidade às ações que promovem discussões sobre a Arte Negra, iniciadas em 2016, o CEFART irá dedicar um dia a questões relacionadas à literatura negra. O dia começa com a apresentação e apreciação de livros doados pelas editoras Nandyala e Mazza especializadas em publicações voltadas para questões negras. Os livros doados ficarão à disposição do público entre 9h e 18h.

Para Bete Arenque, coordenadora do núcleo de Tecnologias do Espetáculo, os títulos veem contribuir para a formação de uma biblioteca com um número considerável de obras voltadas para as questões do povo negro. “Belo-horizonte ainda é muito carente dessa literatura e a ideia é concentrar na Biblioteca da Fundação Clóvis Salgado o maior número de obras possíveis, para que essas publicações não fiquem escondidas e tenham acesso mais fácil ao público”, conclui.

A grande atração do dia será o lançamento do livro Grande Vultos que Honraram o Senado: Abdias Nascimento, sobre a vida e a obra de um dos maiores ativistas dos direitos humanos no Brasil. Antes de Belo Horizonte, o livro de Elisa Larkin Nascimento foi lançado no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Nova York. Com grande atuação na luta pelo povo afrodescendente brasileiro, Abdias foi atuante nas artes plásticas, no teatro, na literatura e na política. Haverá sessão de autógrafos e venda dos livros. 

Mesas Temáticas – Formação e Pesquisa em Dança - Para celebrar o Dia Internacional da Dança, comemorado em 29 de abril, a Fundação Clóvis Salgado retoma o Ciclo de Seminários voltados para o fomento e discussão sobre formação e produção em Artes Cênicas - Dança. Serão dois dias de atividades, sendo o primeiro voltado para mesas temáticas com discussões sobre o processo de formação e pesquisa em dança e exibição de vídeo-danças; o segundo terá exibição de trabalhos de bailarinos do Cefart e alunos da UFMG. A programação integra a Leve Arte 2016, iniciativa do Curso de Licenciatura em Dança da UFMG que visa discutir o processo de criação e pesquisa no mercado da dança a partir da vivência dos bailarinos.

Participarão das mesas as professoras do Curso de Licenciatura em Dança da UFMG Gabriela Christóforo, Graziela Andrade, Juliana Azoubel e Raquel Pires; a professora do Cefart e da PUC Minas, Paola Rettore; o coordenador do Curso de Licenciatura em Dança da UFMG, Arnaldo Alvarenga e a coordenadora da Escola de Dança do Cefart, Joana Wanner. A entrada é gratuita, com inscrições abertas meia-hora antes do início do evento, por ordem de chegada.

Os seminários integram a parceria firmada entre a FCS, por meio do Núcleo de Pesquisa em Artes Cênicas, e a FAPEMIG (financiadora do projeto) e buscam promover o intercâmbio de conhecimentos dos profissionais da dança, além de auxiliar no processo de formação dos jovens bailarinos.

Para Fabrício Martins, gestor de Ciência e Tecnologia do Núcleo de Pesquisa e Artes Cênicas do Cefart, esse ciclo de discussões é importante para expandir a visão do espectador e dos alunos para a amplitude do processo de criação de um espetáculo. “O projeto é muito importante devido a aproximação do Cefart com a UFMG no campo da pesquisa e da dança”, assinala Fabrício.

Para encerrar a atividade, os bailarinos da UFMG e da Residência em Dança do Cefart farão uma mostra coreográfica no dia 06 de maio. Ao fim da apresentação, haverá bate-papo com o público para explicar os processos de criação e de pesquisa da obra.

Sobre a Leve Arte – Concebido em 2011, o Leve Arte foi uma iniciativa dos alunos do Curso de Licenciatura em Dança da UFMG. Os discentes identificaram a necessidade de interação da área de conhecimento da Dança com a Universidade, profissionais e comunidade em geral para a troca de experiências. A data do projeto foi escolhida para celebrar o dia Internacional da Dança, comemorado em 29 de abril (data escolhida pela UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura – em homenagem a Jean-Georges Noverre, um dos nomes mais importantes da Dança no mundo). O Leve Arte 2016 tem apoio do Colegiado do Curso de Licenciatura em Dança/UFMG.

Sobre o Cefart – O Centro de Formação Artística e Tecnológica da Fundação Clóvis Salgado (Cefart) integra a política do Governo de Minas de fomento à formação em arte, nas áreas de teatro, dança e música. Oferece cursos livres, técnicos profissionalizantes e de extensão destinados à capacitação, qualificação, aperfeiçoamento e atualização de crianças, jovens e adultos.

ARTE NEGRA EM FOCO

Data: 4 de maio

Evento 1: Apresentação e apreciação de livros doados

Local: Sala Juvenal Dias – Av. Afonso Pena, 1537 - Centro

Horário: 9h às 18h

Entrada Gratuita

Evento 2: Lançamento do Livro Grandes Vultos que Honraram o Senado: Abdias Nascimento, de Elisa Larkin Nascimento

Local: Sala Juvenal Dias – Av. Afonso Pena, 1537 – Centro

Horário: 19h

Entrada Gratuita

MESAS TEMÁTICAS – FORMAÇÃO E PESQUISA EM DANÇA E MOSTRA DE DANÇAS

Data: 5 de maio

Horário: 14h às 18h

Data: 6 de maio

Horário: 20h às 22h

Local: Sala Juvenal Dias – Av. Afonso Pena, 1537 – Centro

Classificação: livre

Entrada Gratuita

Informações para o público: (31) 3236-7400

Crédito: Divulgação

Chasing Robert Barker

Como uma realização utópica de muitos que entram para o mundo do cinema, o mineiro Daniel Florêncio superou os favoritos “Star Wars – O Despertar da Força”, “007 Contra Spectre” e “Kingsman: Serviço Secreto”e venceu prêmio com filme de poucos custos sustentado por um bom roteiro. Com a escolha de “Chasing Robert Barker” na categoria Melhor Filme de Ação no National Film Awards UK, da Inglaterra, o diretor rompe paradigmas de que, principalmente neste gênero, é preciso investir muito em efeitos especiais e congratula Minas Gerais com uma seleção internacional.

Para o diretor Daniel Florêncio, que viu com um misto de surpresa e gratidão a premiação, uma vez que já havia perdido nas categorias Melhor Ator e Melhor Ator Coadjuvante, e a concorrência em Melhor Filme de Ação era mais ferrenha, estar ali significou um reconhecimento amplo.

Crédito: Divulgação/ I Made It Films 

Daniel Florêncio

“De certa forma eu não era o único mineiro representado ali. Como o orçamento inicial do filme foi viabilizado por financiamento coletivo, haviam ali comigo mais de uma centena de outros mineiros. Pessoas que contribuíram e tornaram o filme viável. Quando um monte de mineiro se junta, só sai coisa boa!”, conta o cineasta que relembra sua formação social e intelectual. “Foi em Minas que forjei minha visão de mundo, e esse filme é reflexo disso”.

Inspirado no escândalo das escutas telefônicas na imprensa britânica, o suspense acompanha a história de um paparazzo contratado por um tablóide. Sua missão é conseguir fotos de um famoso ator de cinema, Robert Barker. Aos poucos, Barker percebe como sua matéria afeta a vida de Barker, e a sua própria.

Trata-se de um tema, apesar de ambientado em Londres, bastante contemporâneo também no Brasil, por reverberar sobre as práticas midiáticas e seus reflexos, como expõe o diretor Daniel Florêncio. “O filme se passa em Londres, mas é um tema atualíssimo no Brasil de hoje e em outras partes do mundo, que é o jornalismo.”

Belo-horizontinho, Daniel Florêncio mora em Londres desde 2005 e já venceu também prêmio de melhor filme em festival no Japão, com Awfully Deep. Também estão na lista do diretor: A Brazlian immigrant (2005) e os documentários para TV Gagged in Brazil (2008) e Tracking William (2007).  

Assista ao trailer de Chasing Robert Barker.

Por Joana Nascimento

 

Minas Gerais é um estado com características marcantes. Aliando cultura, história, tradição e natureza, cidades e vilarejos centenários narram a diversidade da história mineira. O Estado também é um imenso palco de manifestações artísticas e a gastronomia, o povo, e a típica hospitalidade mineira encantam e guardam histórias onde, além de belos, os destinos se tornam inesquecíveis.

 

 

Em seu perfil no Instagram (@visiteminasgerais), a Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais (Setur) guarda e difunde essa memória. E lança, agora, a campanha “Contos de Minas” convidando o cidadão a interagir e difundir os destinos turísticos de Minas Gerais.

 

Utilizando as hashtags #contosdeminas e #turismomg, além de seguir o perfil @visiteminasgerais, os mineiros vão poder mostrar os cantos e causos de Minas Gerais em suas fotos e ser um dos dez selecionados para integrar o primeiro e-book que será elaborado pela Setur.

 

Qualquer usuário da rede social (exceto os descritos no item 2.3 do regulamento - veja abaixo) poderá participar  através da publicação de uma foto e o relato de uma história ocorrida no estado, com no máximo de 15 linhas, juntamente com as hashtags #turismomg e #contosdeminas. As dez melhores imagens, publicadas até o dia 10 de maio, serão selecionadas.

 

O e-book vai ser disponibilizado gratuitamente no sitewww.minasgerais.com.br. Acesse o regulamento da campanha clicando aqui e saiba detalhes de como enviar suas riquezas, belezas e histórias registradas.

Ouro Preto / Foto: usuário @jeanrodrigues96

 

De acordo o diretor de Pesquisa, Informação e Estatística da Setur, Rafael Almeida, a campanha surgiu como uma forma de valorizar os seguidores. “A campanha é um agradecimento aos usuários que ajudam a divulgar os destinos turísticos de Minas Gerais e ampliar a visibilidade sobre as potencialidades turísticas que o estado possui”, diz o diretor.

 

aspecto mediterrâneo da geografia mineira, a ausência de mar, o Jequitinhonha e o Velho Chico, além da profusão de montanhas, revelam muito mais do que belezas e essa diversidade está acessível no perfil da Setur no Instagram, que divulga exclusivamente fotos de usuários comuns, viajantes dos quatro cantos das Minas Gerais.

 

A página divulga o estado por meio do compartilhamento de fotos dos usuários marcadas com a #TurismoMG. Atualmente conta com 20 mil seguidores e tem recebido belas fotos, com cerca de 60 mil imagens publicadas com a hastag #TurismoMG.

 

Matéria: Agência Minas

 

Em abril a Fundação Clóvis Salgado dá início às exposições dos selecionados no Edital de Ocupação de Artes Visuais da Fundação Clóvis Salgado. A partir do dia 15 o público poderá conhecer os trabalhos de Ricardo Homen (MG), Bete Esteves (RJ) e Marcelo Armani (RS). Os projetos foram escolhidos dentre mais de 230 propostas recebidas pela Fundação entre dezembro de 2015 e fevereiro de 2016.

A iniciativa, já consolidada como um evento de destaque no cenário artístico do estado e do país, busca fomentar a produção artística contemporânea em todo o Brasil. Com trabalhos do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e de Minas Gerais, o edital vê fortalecer sua importância no cenário nacional. “Temos recebido cada vez mais trabalhos de todo o país. Isso é um reflexo da projeção do edital e fortalecimento de um de seus principais objetivos: fomentar a produção e circulação de artes visuais no Brasil”, explica Uiara Azevedo, Gerente de Artes Visuais.

Artistas como Andrea Lanna, Sylvia Amélia, Aretuza Moura, Fernanda Goulart, Inês Linke, Rodrigo Zeferino, Adriano Gomide, Mônica Sartori, Pedro David, Daniel Senise, Laerte Ramos, Marco Paulo Rolla, Raquel Schembri, Dimas Guedes, Coletivo Piolho Nababo, Nydia Negromonte, André Griffo e Adriana Maciel também já tiveram seus trabalhos selecionados em outras edições desse Edital.

Os selecionados contam com apoio da FCS para publicação de catálogo e material educativo, assessoria de imprensa e ajuda de custo para a produção das exposições.

Em 2016 a Fundação Clóvis Salgado promovera ainda, pela primeira vez, as exposições de um edital exclusivo para a fotografia. As exposições contempladas de Luiza Baldan e Nelton Pellenz poderão ser visitadas a partir do dia 28 na Câmera Sete, a Casa da Fotografia de Minas Gerais.

Ricardo Homen - Entre o Desenho e a Pintura. Crédito: Rafael Motta

SOBRE AS EXPOSIÇÕES

  • Entre o Desenho e a Pintura, de Ricardo Homen

Galeria Arlinda Corrêa Lima

Com 38 trabalhos inéditos, feitos com tinta a óleo e grafite para papel, Entre o Desenho e a Pintura, do belo-horizontino Ricardo Homen, explora os limites entre as duas linguagens artísticas. “É uma linha muito tênue e não cabe uma concepção do que é pintura ou o que é desenho. É algo implícito. O momento de produção, a forma como o trabalho é mostrado e a interação com os visitantes são fatores determinantes na apreensão da obra”, explica.

Em sua produção, Ricardo aposta na força dos elementos artísticos, livres de definições objetivas ou questões narrativas. A proposta é que a arte diga por si mesma, de forma simples, direta e orgânica. A intensidade cromática é seu eixo central. As cores escolhidas pelo artista, predominantemente quentes e primárias (azul, vermelho, verde e amarelo), buscam conferir à galeria um ar intimista, criativo e vibrante.

Formas, linhas, frestas, planos, luz, e suas respectivas variações também foram questões exploradas por Ricardo para o desenvolvimento das obras. Para o artista, esses elementos, quando aplicados de diversas maneiras, dão uma sensação de ambiguidade quanto à linguagem artística empregada. “A obra ora se aproxima de um desenho, ora de uma pintura, dependendo do fator acentuado”, explica.

Os trabalhos estão divididos em quatro séries, que vêm sendo produzidas há 5 anos. As séries diferenciam-se pelas dimensões e tamanhos das obras, mas conversam diretamente entre si no âmbito conceitual, através de formas e cores. Além disso, organicidade, vibração, mistura de sensações e tensão com o espaço são noções que permeiam toda a exposição. “É uma mostra simples, afirmativa e direta, mas ao mesmo tempo aberta e livre, da maneira como minha geração foi acostumada a criar”, conta o artista.

O movimento das artes em Minas Gerais deixou heranças e referências para Ricardo. “Tive contato com grandes nomes, como Celso Renato, Amadeo Lorenzato e, especialmente, Amílcar de Castro. Isso foi decisivo para mim. Existem matrizes muito fortes em Minas Gerais que elevaram a arte a um nível de grandeza extremo. Toda essa contribuição é muito importante”, diz Ricardo.

Entre as referências encontradas no trabalho de Homen talvez a simplicidade seja a mais expressiva. O uso predominante de formas geométricas, embora de maneira não-rígida - uma linha torta, um traço mais maleável, é um bom exemplo do emprego do simples nas obras de Ricardo. As formas assumem caráter de construções geométricas, que se articulam em diferentes dimensões, buscando um confronto espacial atraente e provocador para o expectador.

Ricardo Homen, o único mineiro contemplado no edital, destaca ainda a importância de ocupar uma das galerias da Fundação Clóvis Salgado. “O espaço do Palácio das Artes é muito relevante. Estar em um circuito cultural, além do comercial, é de grande importância para um artista. Editais como esse são essenciais”, ressalta. “Todos os trabalhos são inéditos e fazem parte da produção do meu próprio ateliê”, finaliza.

Sobre o artista - Ricardo Homen é um pintor e desenhista, formado em Artes Plásticas pela Escola Guignard. Nascido e criado em Belo Horizonte, aos 17 anos fundou um ateliê em sociedade com seu irmão, ofício que exerce até hoje e que lhe permitiu entrar em contato com nomes de destaque do cenário artístico mineiro. Sua primeira exposição foi em 1986 e, desde então, esteve presente em diversas mostras - individuais e coletivas - em BH e em importantes museus e galerias de cidades como São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Salvador. O período de sua formação, durante os anos 80, foi decisivo para a composição e afirmação de seu estilo, que segue a tendência de artistas como Amílcar de Castro, Celso Renato e Lorenzato: o interesse pela questão da materialidade e a busca pela simplicidade.

  • TRANS(OBRE)POR#9, de Marcelo Armani

Galeria Mari’Stella Tristão

Inquietação, provocação, o ato pela descoberta e o ideal do “faça você mesmo” moldam o trabalho artístico do gaúcho Marcelo Armani. Uma instalação sonora processual híbrida que reúne cerca de dez fragmentos sonoros e imagéticos de Belo Horizonte. Ao longo de duas semanas, Armani percorreu diferentes lugares da cidade para captar, por meio de equipamentos eletrônicos, a essência desses espaços. Em seu tour, passou por espaços como praças, o Mercado Central e o metrô, por exemplo. Além dos recursos sonoros, o artista utiliza imagens em preto e branco dos locais visitados para criar uma relação afetiva entre o som e a fotografia, que representa o espaço citado de forma não necessariamente explícita.

O nome TRANS(OBRE)POR#9 é uma alusão à forma como o artista define seu processo de criação, ao transpor sons de uma dimensão maior, seja o centro da cidade ou um grande mercado, para um cenário arquitetônico em menor escala. Na galeria Mari’Stella Tristão, a montagem segue a lógica arquitetônica e geográfica de um grande centro urbano, em que ruas, avenidas e alamedas unem toda a cidade, de forma que o expografia se assemelha a um grande mapa, com caminhos e interseções.

Os áudios serão reproduzidos em alto-falantes conectados por cabos vermelhos, que ligam uma instalação à outra, e formam ângulos de 90º, gerando uma série de formas, desenhos e recortes geométricos, semelhantes a representações cartográficas, para abrigar imagens registradas de Belo Horizonte, e criar um diálogo imagético enquanto o fragmento sonoro é reproduzido.

“Esse recurso que eu utilizo na montagem da exposição é uma forma de despertar a curiosidade do público. De longe, as instalações lembram um grande circuito eletrônico, como um chip de computador. De perto, as pessoas passam a ‘ouvir essas imagens’ que eu vou registrar da cidade e criam suas próprias interpretações”, detalha Marcelo. Os áudios também serão manipulados pelo artista. Alguns vão ganhar efeitos sonoros para provocar diferentes sensações no visitante. “Somos direcionados a não ouvir ou a não perceber o som ao nosso redor. A instalação quebra um pouco a dinâmica, porque elas misturam imagens e áudios aleatórios”, diz.

Processo de criação artística – Para a captação dos áudios, o artista utiliza três equipamentos eletrônicos diferentes. Um microfone Shotgun em espaços públicos, como praças e mercados; um microfone de contato que detecta o som derivado de vibrações; e um gravador, para captar conversas dentro do transporte coletivo e em outros locais. Com uma máquina digital, Marcelo faz o registro fotográfico do ambiente, que só acontece quando ele é atraído pelo som do local. “Eu gosto de ouvir a melodia quando todo mundo pensa em barulho. No ônibus, por exemplo, é legal ouvir os sotaques, as conversas. Esses significados sonoros é que me fazem perceber a cidade”, conta.

Mutável de acordo com as experimentações de Marcelo, a obra já foi exposta em São Paulo (SP), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Belém (PA), Juazeiro do Norte (CE), Curitiba (PR) entre outras cidades. Em Belo Horizonte, a instalação terá uma novidade: o artista também vai captar os sons e registrar imagens de sua estada em um apartamento alugado em Santa Efigênia, na região Leste. Essa inserção é inédita na montagem de TRANS(OBRE)POR e foi motivada pela vontade de Armani em compreender melhor sua obra para explorar novas possibilidades criativas. “Essa experimentação serve para me mostrar que não é o artista o criador do trabalho, é o trabalho que está à frente do artista, e ele me transforma, sempre.”, explica Armani.

Sobre o artista – Natural de Carlos Barbosa (RS) Marcelo Armani é artista sonoro e produtor eletroacústico. Desde criança, sempre teve o ouvido apurado para diferentes sons. Da sinfonia em sua cidade natal ao barulho cíclico dos maquinários na indústria metalúrgica onde trabalhou, o artista percebeu que aqueles sons tinham algo a oferecer. Em 2007, ao iniciar suas pesquisas com ruído, novas tecnologias, aproximando-se dos conceitos da música eletroacústica e concreta, a vontade de transformar barulho em arte passou a mover seu trabalho. Em 2011, participou do festival Tsonami Arte Sonoro, na Argentina, e descobriu um potencial vertente para o trabalho artístico. Já participou de residências artísticas, mostras coletivas e individuais, realizando oficinas e conferências no Brasil e no exterior.

  • SOBRE A... DAS COISAS, de Bete Esteves

Galeria Genesco Murta

Observar o cotidiano, identificar objetos e resignificá-los é a proposta da artista carioca Bete Esteves na exposição SOBRE A... DAS COISAS, inédita em Belo Horizonte. A artista parte da observação contínua de diferentes objetos, para, em seguida, improvisar um outro uso, designar novas funções e induzir devaneios por parte dos visitantes. No total, são quatro instalações que apresentam compostos de máquinas técnicas e artísticas. Além disso serão exibidas séries fotográficas que evidenciam lugares e espaços raramente percebidos pelo olhar humano.

Quem passar pela galeria Genesco Murta vai poder encontrar, por exemplo, uma instalação que é resultado da conexão de uma bicicleta, a uma bateria de carro, a um amplificador e a um circuito elétrico. Apesar de reunir objetos completamente desconexos, os projetos de Bete Esteves seguem critérios: são montados de acordo com a funcionalidade mecânica, elétrica ou eletrônica de cada elemento.

Os trabalhos dessa mostra podem ser percebidos em dois grupos de movimentos: os ‘turbilhonares’, que dizem respeito à rotação, à circulação e à transposição; e os movimentos ‘mágicos’, que, segundo a artista são aqueles que alteram o estado físico dos elementos e apresentam "seres" plenos de vida, conectados a funcionamentos que tiram-no de seu estado natural. São fotografias que transmutam-se quando se aplica, sobre elas, pequenos ‘movimentos mágicos’ e fazem com que criem-se fábulas e aventuras.

Segundo Bete, a proposta é mostrar ao visitante que objetos distintos podem funcionar em harmonia e se adaptar a novos contextos. “É como se os objetos e máquinas se comportassem como seres que se organizam para lidar com circunstâncias que encontram. Podemos pensar que ali também existe um ser vivo, que se autocria em relação ao seus próprios componentes "celulares" e ao local em que se encontram”, detalha a artista.

Trabalho inédito da artista, a videoinstalação Nautilus busca, por exemplo, instigar a relação do visitante com a água. O projeto consiste da animação de caixas d’agua azuis que ganham um recurso de áudio imitando o som do mar. A artista desloca essas caixas das comunidades cariocas e oferece-as na capital como pequenos oceanos para o homem navegar. “Como Belo Horizonte não tem mar, eu imagino que o visitante, ao entrar em contato com o trabalho possa criar o seu próprio mar ao contemplar as de caixas d’água e ouvir o barulho de ondas quebrando”, diz.

Para nomear a exposição, Bete Esteves buscou inspiração no poema didático - composição que tem o objetivo de ensinar algo -, De Rerum Natura (Sobre a Natureza das Coisas, em tradução literal), do poeta e filósofo latino Tito Lucrécio Caro. No texto, Lucrécio argumenta sobre homem rodeado por fenômenos de transformação e dinâmica, baseando-se em reflexões sobre o comportamento físico dos átomos. Segundo a artista, o título de sua exposição também abre espaço para a participação do público.

“As reticências em SOBRE A ... DAS COISAS podem indicar, ingenuidade, inocência, elegância, delicadeza. Esses adjetivos são formas de enxergar outras funcionalidades sobre a natureza desse novo objeto, criado a partir da união de materiais que perderam sua função. Por isso, deixo a lacuna para que o visitante possa, ele mesmo, preencher o vazio de acordo com sua imaginação.”, explica a artista.

Fotografia e rascunhos – A exposição também reúne vídeos feitos a partir de fotografias de detalhes da paisagem ou da arquitetura que, normalmente, passam despercebidos aos olhos das pessoas. São imagens de grades de portões, fachadas, postes, telhados e outros elementos que compõem diferentes paisagens e arquiteturas. Segundo a artista, esses registros fotográficos despertam o interesse para novas composições visuais. “É como se colocasse uma lupa em cima daquilo que é capturado pela fotografia e desses pequenos ornamentos pudéssemos perceber o movimento que ele performa. Esse trabalho é um convite para que o visitante se aproxime mais do detalhe, do não perceptivo”, pontua Bete.

A expografia de SOBRE A ... DAS COISAS também conta com esboços e desenhos esquemáticos de cada instalação sobre o que seriam, na imaginação da própria artista, a explicação do funcionamento dos objetos criados. “É na observação mais detalhada desses desenhos que é possível perceber a junção dos movimentos turbilhonares e mágicos, um pouco de invencionice e criação mágica”, finaliza Bete Esteves.

Sobre a artista – Bete Esteves é artista, designer e mestre em linguagens visuais. Tem trabalhado com vídeo, fotografia e instalações para explorar a transdisciplinaridade em suas obras e com criação de dispositivos poéticos que unem experiência artesanais, científicas e técnicas, que também é composto por aparatos mecânicos, digitais e tecnológicos.

Edital de Ocupação de Artes Visuais 2016 da Fundação Clóvis Salgado

Galeria Arlinda Corrêa Lima – Entre o Desenho e a Pintura, deRicardo Homen

Galeria Genesco Murta – Sobre a ... das coisas, de Bete Esteves

Galeria Mari’Stella Tristão – TRANS(OBRE)POR#9, de Marcelo Armani

Local: Palácio das Artes, Av. Afonso Pena, 1537 – Centro

Período: 15 de abril a 3 de julho

Horário: terça a sábado das 9h30 às 21h; domingo das 16h às 21h

Entrada gratuita

Classificação livre

Informações para o público: (31) 3236-7400

 

A 9ª edição do Seminário Patrimônio Cultural | Conservação e Restauração no séc. XXI acontece entre os dias 25 e 29 de abril. O evento promove a discussão sobre a preservação dos bens culturais, conceitos e práticas do processo de conservação e restauração.

Este ano o foco é a utilização de novas tecnologias para o estudo da área e a exposição de estudos de casos, com profissionais especialistas e reconhecidos nacional e internacionalmente. Desenvolvido pela Fundação de Arte de Ouro Preto | FAOP, o Seminário Patrimônio Cultural oferece mesas redondas, conferências, minicursos e espaço expositivo.

As conferências levantam questões gerais sobre preservação, memória e cultura na contemporaneidade. Já nas mesas redondas, são abordados temas que envolvem conservação e restauração dos bens culturais, formação profissional, troca de experiências e capacitação de mão de obra. Os minicursos são oferecidos por profissionais especializados e proporcionam qualificação para a atuação prática. O espaço expositivo reúne pôsteres acadêmicos de destaque na conservação e restauração de bens móveis e imóveis.

O Seminário Patrimônio Cultural é patrocinado pela Gerdau por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. 

Serviço

Seminário Patrimônio Cultural | Conservação e Restauração no Século XXI

Data: 25 a 29 de abril

Local: Casa Bernardo Guimarães | FAOP, Rua Alvarenga, nº 601, Bairro Cabeças - Ouro Preto, MG

Programação completa

Credenciamento

25 de abril | 14h

Solenidade de abertura

25 de abril | 19h

Conferência de abertura

25 de abril | 20h

A preservação do patrimônio e a arqueologia em sítios históricos urbanos

Dra. Alenice Baeta (Artefactto Consultoria)

Mesa de debate I

26 de abril

Mediadora: Me. Soraia Aparecida Martins Faria (IEPHA)

Estudo da Imaginária Devocional em Madeira

Profª. Beatriz Coelho (Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG)

A restauração da Igreja de São José

Esp. Rosangela Reis Costa (Grupo Oficina de Restauro)

Patologias e restauração de estuque

Prof. Dr. Alexandre Ferreira Mascarenhas (IFMG Ouro Preto)

A restauração da tela de Mestre Athaíde

Restaurador Aldo Araújo (Museu da Inconfidência)

Mesa de debate II

27 de abril

Mediador: Esp. André Henrique Macieira de Souza (Prefeitura Municipal de Ouro Preto)

Limpeza química em obras de arte / Uso agar-agar: Novos experimentos na Pinacoteca Estado de São Paulo

Bel. Tatiana Russo (Pinacoteca de São Paulo)

Restauração de obras contemporâneas

Me. Paulo Soares e Esp. Gabriela Werneck (Instituto Inhotim)

Restauração de Bonecos como objetos artísticos

Catin Nardi (Cia Navegantes de Bonecos)

Mesa de debate III

28 de abril

Mediador: Me. Rodrigo Meniconi (IFMG Ouro Preto)

Oficina Escola de Manguinhos

Me. Cristina Coelho (Fiocruz)

Programa Valor Social

Rest. Adriano Reis Ramos (Grupo Oficina de Restauro)

Patrimônio e Sociedade: os desafios do PAC Cidades Históricas

Arq. Felipe Cardoso Vale Pires e Arq. Flora d El Rei Lopes Passos (IPHAN Mariana)

Mini-cursos

26 a 28 de abril

Limpeza química de obras de arte - o uso do Agar Agar

26 de abril | 8h às 12h e de 13h30 às 17h30

27 de abril | 8h às 12h

Núcleo de Conservação e Restauro

Bel. Tatiana Russo (Pinacoteca do Estado de São Paulo)

Anatomia e identificação da madeira

Núcleo de Conservação e Restauro

Me. Rafael Pigozzo (Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo)

Corte estratigráfico

Casa Bernardo Guimarães

Pós-Dr. Isolda Mendes (UFMG)

Oficina Introdutória de Afrescos

Núcleo de Conservação e Restauro

Dr. Fábio Cerdera (Senai SP)

Uso de nanocelulose para reintegração de obras em papel

Núcleo de Conservação e Restauro

Me. Camilla Camargos (UFMG)

Conferência de encerramento

29 de abril

Cultura Visual, História Intelectual e Patrimônios

Dra. Silvana Rubino (Unicamp)


Crédito: Divulgação

IDEA Espaço Cultural

No dia 16 de abril, sábado, o IDEA Espaço Cultural apresenta mais uma edição do projeto IDEA em Pauta. A iniciativa consiste em um minifestival de artes transversais que se propõe a discutir, a partir de distintas e diversas perspectivas/experiências, algum assunto central. O tema da discussão desta edição do projeto será a Inconfidência Mineira, que é relembrada anualmente na data de 21 de abril, feriado em homenagem a Joaquim José da Silva Xavier - Tiradentes, aclamado como mártir do movimento.

A proposta do IDEA Espaço Cultural é rememorar e provocar uma plataforma de discussão acerca do movimento da Inconfidência e do contexto de grande heterogeneidade social, política, cultural e econômica – das quais o conteúdo político e o sentido cultural do movimento são expressões diretas. Haverá na ocasião uma mesa de debates, mediada pelo Secretário de Estado de Cultura de Minas Gerais - dr. Angelo Oswaldo; a exposição de pinturas "Cidades Históricas e o Barroco Mineiro", do artista plástico Flávio de Sales; e o espetáculo de marionetes "O Organista", com a Cia de Teatro Navegante. O evento é gratuito e aberto ao público.

Vale destacar o ineditismo do formato, que mistura diferentes áreas do fazer artístico a partir de um recorte temático comum, com a culminância em uma mesa de debates englobando os participantes e seus múltiplos olhares. O IDEA em Pauta consiste em um formato híbrido que utiliza das diversas linguagens para construir uma nova narrativa capaz de propor e pautar discussões. O evento se constrói da necessidade de discussão acerca de nosso espaço e tempo, e o faz de forma plural e democrática: são convidados às mesas de debate representantes do discurso artístico, acadêmico, ativista, representantes do poder público, além da própria população interessada.

O IDEA Espaço Cultural, que no mês de maio comemora 1 ano de existência, dedica-se à democratização e disseminação da cultura, contribuindo para a criação de uma atmosfera inspiradora que estimule o debate e a construção do conhecimento nas suas mais diversas manifestações e conta com uma estrutura completa para acolher eventos de diferentes naturezas sempre aberta à novas ideias.

PROGRAMAÇÃO

10h00 Abertura da casa

      Exposição de Pinturas: "Cidades Históricas e o Barroco Mineiro", por Flávio Sales

10h30 Mesa de debates: Inconfidência e cultura em Minas Gerais: reflexos e reflexões

      Mediador: dr. Angelo Oswaldo, Secretário de Estado de Cultura de Minas Gerais.

      Olavo Romano, advogado, escritor, contador de histórias e presidente da Academia Mineira de Letras.

      Letícia Malard, professora titular emérita da UFMG, escritora, crítica literária e pesquisadora das relações entre Literatura e História.

       Lyslei Nascimento, professora da Faculdade de Letras da UFMG, doutora em Literatura Comparada pela UFMG e Pós-Doutora pela Universidade de Buenos Aires, Argentina e pela Universidade de São Paulo.

        Flávio de Sales, geógrafo e artista plástico.

12h00 Espetáculo de marionetes: "O Organista", Cia de Teatro Navegante.

      Uma família e o amor pela música, passado de geração em geração, entrelaçam uma jornada em busca da peça do órgão de Mariana, perdida no caminho. Desta busca depende a inauguração do instrumento e a manutenção da tradição. Cenários e personagens históricos de Minas promovem encontros prá lá de inusitados numa história fictícia: Dona Beija em Araxá, Xica da Silva em Diamantina, Alphonsus de Guimaraens e Manoel da Costa Ataíde em Mariana e Aleijadinho em Ouro Preto.

     

SERVIÇO

IDEA em Pauta: Inconfidência Mineira

Data: 16 de abril de 2016, sábado.

Local: Idea Espaço Cultural (Rua Bernardo Guimarães, 1200, Funcionários)

Horário: 10h

Classificação: Livre

Entrada franca.

Crédito: Israel Palestina

Exposição Amazônidas

A partir de 6 de maio, sexta-feira, a Fachada Digital do Espaço do Conhecimento UFMG exibirá a exposição “Amazônidas - um olhar sensível sobre a cultura do Tapajós”. A obra reúne imagens do fotógrafo Israel Souza, conhecido como “Palestina Israel”, que fotografou a região do rio Tapajós, no oeste do Pará, entre 2014 e 2015.

Como explica o fotógrafo, as imagens revelam o cotidiano e os hábitos dos ribeirinhos da Amazônia paraense. “A exposição visa projetar os fazeres de comunidades indígenas ocidentalizadas, grupos sociais que fazem um sincretismo entre cultura indígena e europeia”, explica.

Palestina é nascido em Belo-Horizonte, mas mudou-se para a comunidade do Caranazal, uma vila de cerca de 600 habitantes, no distrito de Santarém, oeste do Pará em 2014. “Como um ser humano criado na capital, aprendi a lidar com o mundo urbano, material, objetivo e individualista. Resolvi morar nessa região a fim de construir novos valores e aprender novas culturas, para ter outras percepções do mundo que me cerca”, pondera.

Trazer a floresta para a cidade grande

Para o fotógrafo, é importante que os residentes no meio urbano se recordem do que existe fora das cidades, sobretudo, para que tenham consciência das ameaças a ecossistemas como o amazônico.

“A sensação que eu tenho quando volto para os grandes centros urbanos é que, neles, as pessoas acham que o país se resume às cidades. Fotografar a vida fora das cidades é uma tentativa de dar visibilidade a outros mundos que podem ser destruídos em prol do desenvolvimento e do bem estar de uma parte da população”, analisa.

Palestina atenta para a importância de se discutir o futuro da Amazônia antes que o ecossistema e a cultura regional sejam destruídos pelo avanço econômico. “As causas indígena e ambiental são a ultima fronteira contra o capitalismo selvagem. Preservar esses dois movimentos é dar chance para que, no futuro, os humanos possam viver com dignidade no planeta”, avalia.

Tapajós ameaçado

O rio Tapajós, um dos afluentes do rio Amazonas, nasce no Mato Grosso e atravessa o oeste do Pará em uma das regiões atualmente mais preservadas da Amazônia brasileira.

Entretanto, o Ministério Público Federal do Pará e diversas entidades de proteção ao meio ambiente, nacionais e internacionais (como o Instituto Socioambiental e o Greenpeace) denunciam que os projetos de construção de grandes hidrelétricas e a ação de mineradoras podem causar a morte de diversas espécies, poluir o rio e levar populações ribeirinhas e indígenas à pobreza.

Segundo relatório do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), de 2013, pelo menos 3 mil garimpos clandestinos operam no rio Tapajós.

 Crédito: Israel Palestina

Exposição Amazônidas  -

Fachada Digital do Espaço do Conhecimento

O filme será exibido todas as noites, das 18h às 22h, até o dia 15 de maio, na fachada digital do Espaço do Conhecimento UFMG, na Praça da Liberdade.

A fachada externa do Espaço do Conhecimento UFMG é revestida por um material vítreo especial, o que transforma o edifício em uma grande tela de projeção. Todas as noites, imagens que unem arte, ciência e experimentação são exibidas na fachada, numa interface entre o Espaço e a Praça da Liberdade.

Espaço do Conhecimento UFMG estimula a construção de um olhar crítico acerca da produção de saberes por meio da utilização de recursos museais. Sua programação diversificada inclui exposições, cursos, oficinas e debates. Integrante do Circuito Liberdade, o Espaço do Conhecimento é fruto da parceria entre a UFMG e o Governo de Minas. O Espaço conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais – FAPEMIG, da Rede de Museus e Espaços de Ciências e Cultura da UFMG e está subordinado à DAC – Diretoria de Ação Cultural da UFMG.

Serviço

Exibição de “Amazônidas - um olhar sensível sobre a cultura do Tapajós”, na Fachada Digital

Data: de 6 de maio, sexta-feira, a 15 de maio, domingo, das 18h às 22h

Local: Fachada do Espaço do Conhecimento UFMG, na Praça da Liberdade, nº 700

 

Ricardo Faria é fisioterapeuta por formação. Foi vereador por dois mandatos em Contagem, sendo reeleito em 2012 como o candidato mais votado da cidade. Entre os anos de 2009-2012 foi presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Contagem e, no final de 2012, foi convidado para assumir a Secretaria de Saúde. Fisioterapeuta e terapeuta ocupacional, já atuou como professor do ensino fundamental e de curso pré-vestibular e dirigiu uma escola de educação básica e graduação a distância.

 

Para o novo secretário, é motivo de muita alegria estar à frente de uma Secretaria tão representativa para todo o país. De acordo com ele, “Minas Gerais, com essa enorme diversidade cultural, é um estado riquíssimo em patrimônio histórico, gastronômico e natural. É preciso valorizar o que temos e inovar. Vamos investir no turismo inclusivo e no turismo religioso.

 

Além disso, vou dar continuidade aos projetos já iniciados, como o fortalecimento da nossa gastronomia enquanto atrativo turístico. Será um grande desafio, mas acreditamos que muito trabalho será possível alcançar bons resultados”, afirma Faria.

 

“Teremos ainda daqui a alguns meses, a realização das Olimpíadas, com vários jogos acontecendo na capital. A expectativa é de que o evento atraia um número significativo de turistas para Minas Gerais. Dessa forma, trabalharemos para que todos sejam muito bem recebidos. É um momento único para apresentar e promover nosso Estado enquanto destino turístico”, enfatiza.

Com caráter articulador, a secretaria tem condições de se comunicar facilmente com outras secretarias e órgãos. Dessa forma, ainda de acordo com o secretário, “participar desse fórum deliberativo é de grande alegria, pois é fundamental que se preconize a participação de todas as entidades que aqui se encontram para um diálogo aberto que beneficie os envolvidos”.

 

Na sequência, foi apresentada a 5ª edição do Mapa do Turismo Brasileiro, elaborado pela Secretaria de Estado de Turismo. A atualização deste instrumento está prevista no Programa de Regionalização (PRT), do Ministério do Turismo (MTur), e o objetivo é apresentar um mapa que reflita melhor a realidade do setor.

 

Em Minas Gerais, os trabalhos para a atualização do mapa estão em pauta desde novembro de 2015. Uma equipe da Setur esteve em Brasília, onde foram realizadas reuniões e oficinas sobre o assunto. Em uma segunda etapa, as informações foram repassadas para os Circuitos Turísticos, em encontro realizado no final do ano passado, com a presença de representantes do MTur. “A partir daí, houve todo um trabalho de sensibilização dos municípios para a importância deste mapa enquanto instrumento de fortalecimento das instâncias de governança. Através desse mapeamento, as instâncias são capazes verificar os avanços e desafios da gestão regional”, destaca a diretora de Planejamento das Políticas de Turismo, Flávia Ribeiro. Segundo a diretora, só permanecem no mapa os destinos com vocação turística, que sejam associados a um Circuito Turístico e cumpriram todos os critérios exigidos na legislação.

 

Mapa do Turismo Brasileiro - é o instrumento instituído pela Portaria  MTur Nº 313, de 3 de dezembro de 2013,  no âmbito do Programa de Regionalização do Turismo, que orienta a atuação do Ministério no desenvolvimento das políticas públicas.

 

Este mapa define as áreas que deverão ser trabalhadas como prioridades. Ele é atualizado periodicamente, e conta com versões de 2004, 2006, 2009 e 2013. A Portaria Mtur nº205 de 9 de dez 2015, estabelece critérios para sua atualização. 

O Governo de Minas Gerais tem como principal diretriz a escuta e proximidade com os mineiros. Sob o signo do diálogo, a Secretaria de Estado de Cultura convoca os agentes do segmento da música para a Consulta Pública do programa Música Minas. O encontro será no Teatro José Aparecido de Oliveira, da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, no dia 20 de abril, quarta-feira, às 9h30.

Como forma de ampliar o acesso da sociedade civil nos eventos da SEC que colhem sugestão popular, a consulta pública também fica disponível online, até o dia 29 de abril, por meio do link: http://www.cultura.mg.gov.br/component/gmg/page/1164-consulta-musica-minas  .

A promoção desse processo democrático para construção conjunta de políticas públicas tem a intenção de ouvir os interessados sobre possíveis aperfeiçoamentos no edital vigente, bem como agendar a próxima consulta pública, que auxiliará nas definições do Música Minas 2017.

 

Neste sábado (30/4) será inaugurado o Ateliê Erli Fantini, no distrito de Palhano, em Brumadinho. Além da queima de peças de cerâmica em forno Noborigama, no local serão expostas obras de 13 ceramistas. O evento, com entrada gratuita, será de 12h às 18h.

Participam da queima Erli Fantini, Sonia Imanishi, Roberto Lott, Carmelita Andrade, Paulo Neves, Susana Fornari, Laila Kierulff, Claudia Resende, Eny Amorin, Iuri Chacham, Helena Bicalho, Fernando Poletti e Eraldo Pinheiro.

 

O FORNO NOBORIGAMA

O Noborigama alcança até 1.280°C de temperatura e as peças permanecem dentro dele durante 72 horas. As queimas acontecem quase como rituais. São organizadas equipes que se revezam, dia e noite “alimentando” o forno com lenha, para não deixar a temperatura baixar.

Nessa técnica, as peças são levadas ao forno sem esmalte e queimadas durante um longo tempo, até que as cinzas comecem a cair sobre elas e produzam texturas surpreendentes, de diferentes cores e nuances.

O resultado sempre estará ligado à trajetória do fogo dentro do forno. Quanto mais lento for o processo, mais tempo a cinza terá de se depositar sobre a cerâmica e produzir efeitos. A temperatura no nível mais alto funde as cinzas, formando-se o esmalte. Não dá para prever totalmente o resultado, o que enche o momento da queima de surpresas.

ERLI FANTINI

Erli Fantini , aos 72 anos de idade, é organizadora da Feira de Cerâmica de Belo Horizonte, que acontece duas vezes por ano no Mercado Central. Nascida em Sabará, é graduada em 1971 pela Escola de Belas Artes da UFMG, onde foi aluna de Jarbas Juarez, Álvaro Apocalypse, Liliane Dardot, entre outros. Ali, ela teve os primeiros contatos com a cerâmica, pintando peças que desenhava e eram executadas por ceramistas da cidade. Integrou sua formação artística fazendo curso de cerâmica com Celeida Tostes (1977) e Megumi Yuasa (1977); curso de escultura com Amilcar de Castro (1979-1980), onde desenvolveu projetos de escultura, durante um ano; curso de desenho com Luiz Paulo Baravelli (1980) e curso de papel artesanal com Marlene Trindade, no XIV Festival de Inverno da UFMG, em Diamantina (1981). Em 2014 a ceramista teve o seu trabalho exposto na mostra “Chão”, no Sesc Palladium.

A CERÂMICA EM BRUMADINHO

Ao falar sobre a arte da queima de cerâmica em Palhano, é impossível não se lembrar de uma senhora que, aos 70 anos, começou a trabalhar com este material. Toshiko Ishii fez cerâmica durante mais de 20 anos, inspirando a todos com seu enorme entusiasmo pela cerâmica e pela vida.

Nascida em Kyoto, 1911, ela chegou em 1970, à fazenda Palhano, onde construiu seu ateliê e passou a ser para Erli Fantini uma referência. Hoje todos artistas são contagiados pela busca constante de aprendizado dessa técnica de queima japonesa.

 

SERVIÇO

Abertura do Ateliê Erli Fantini

Local: Rua dois, 345, Distrito de Palhano - Brumadinho/ MG

Data: 30 de abril

Horário: 12h às 18h

Crédito: Sebastião Miguel/Divulgação

Poetica da resistencia

Vinte e três artistas participam da exposição coletiva Poética da resistência – Guignard, na Casa – Obras sobre papel. Todos os participantes são professores da Escola Guignard. Cláudia Renault é a curadora da mostra, até 14 de maio de 2016.

Como a Casa é dedicada ao papel, os trabalhos selecionados também são nesse suporte: fotografia, gravura, colagem, desenho, aquarela.


A maior parte dos professores artistas integra a terceira e quarta gerações de docentes da entidade de ensino, que nasceu em 1944, pelas mãos de Alberto da Veiga Guignard. Na história da instituição, passaram Amilcar de Castro, Farnese de Andrade, Franz Weissmann e Maria Helena Andrés, entre vários outros.

POÉTICA DA RESISTÊNCIA – Guignard

Data: Até 14 de maio

Horário: De segunda a sexta, das 10h às 19h; sábados, das 10h às 14h

Local: Casa - Obras sobre papel - Avenida Brasil, 75, Santa Efigênia

Informações: (31) 2534-0899.

Poética da resistência – Guignard

 

Confira abaixo texto do secretário Angelo Oswaldo 

Guignard deixou bem guardada, na escola que fundou em 1944, a lição do artista-mestre. Nem todo criador é professor, assim como nem todo mestre é um artista. Guignard foi plenamente autor de uma obra singular na arte brasileira e o admirável transmissor de conhecimento, no campo do desenho e da pintura. À sua volta, nas alamedas do Parque Municipal de Belo Horizonte, congregou o ateliê-escola nos escombros do teatro que se tornaria o Palácio das Artes. Soube despertar, em muitos dos discípulos, o gosto do ensino, ao municiá-los com métodos e técnicas próprios de um mestre.

Na atualidade, os professores da Escola Guignard formam, em maioria, um grupo de artistas reconhecido pela significativa contribuição criativa ao campo da arte. É por isso que se reveste de interesse maior a exposição em que se reúnem, cada qual evidenciando um desempenho que encantaria o fundador, sempre atento ao talento e à sensibilidade do próximo. Em “Poética da Resistência”, professores da Guignard trabalham sobre papel e renovam o legado que transmitem às gerações futuras da escola: ensinar sempre, sem jamais deixar de criar. Resistir e avançar, aprender e reinventar.

 

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais inaugura a reprodução do painel Tiradentes, de Cândido Portinari, e conjuntamente lança nova edição dos Autos de Devassa da Inconfidência Mineira. O evento ocorre no contexto das comemorações da Inconfidência Mineira e do Dia de Tiradentes (21 de abril). O lançamento será hoje (27), às 19 horas, no Salão Nobre e no Espaço Democrático José Aparecido de Oliveira (Edjao).

A nova edição dos Autos de Devassa, impressa em parceria com a Imprensa Oficial de Minas Gerais, é uma reprodução de um manuscrito original do século XVIII, que contém as fases do processo judicial movido pela Coroa Portuguesa contra Tiradentes e os demais inconfidentes. O processo resultou na condenação à morte de Tiradentes. Essa é a terceira vez que os Autos são publicados: a primeira ocorreu na década de 1930, pela Biblioteca Nacional, e a segunda na década de 1970, também pela Imprensa Oficial de MG em parceria com a Câmara dos Deputados.

A publicação integra o Programa Editorial de Obras de Valor Histórico e Cultural de Interesse de Minas Gerais e do Brasil, coordenado pelo deputado Lafayette de Andrada (PSD). O programa tem por objetivo a publicação de obras de valor histórico e cultural que possam contribuir para a compreensão do desenvolvimento político e social de Minas Gerais e do Brasil. Os Autos de Devassa também estão disponíveis em versão digital, em site criado pela Imprensa Oficial, em 2015.

Painel – O painel Tiradentes, considerado uma das principais obras de Portinari, foi originalmente encomendado para o saguão de entrada do Colégio Cataguases, projetado por Oscar Niemeyer na cidade mineira de mesmo nome, na Zona da Mata. A obra foi comprada pelo Governo de São Paulo e encontra-se atualmente no Memorial da América Latina, em São Paulo (SP). Composta por três telas justapostas, a pintura retrata acontecimentos da Inconfidência Mineira e do julgamento dos inconfidentes.

A reprodução digital da Assembleia ficará exposta em frente ao Salão Nobre, no Edjao, no tamanho 11 x 1.92 m, mantendo a proporção do formato original (17,67 x 3,09 m). A impressão digital é em vinil adesivo aplicado sobre placa de PVC.

Confira artigo do Secretário de Estado de Cultura Angelo Oswaldo sobre o tema 

Inconfidência presente

As comemorações da Inconfidência Mineira, este ano, são emolduradas por fatos pelos quais se vê que o tributo aos conjurados de 1789 não se restringe ao dia 21 de abril, feriado nacional, mas se expande numa série de referências de viva atualidade. Basta lembrar que o pano de fundo dos debates da comissão parlamentar que aprovou, na Câmara dos Deputados, a iniciativa contra a presidente da República foi uma tela retratando a condenação de Tiradentes, em 1792, espelho histórico do embate que ali se travou, a evocar a dura sentença da alçada portuguesa contra um punhado de mineiros apaixonados pela pátria.

A televisão lança uma novela, Liberdade, liberdade, na qual a protagonista é a filha de Tiradentes. Todos os sofisticados ingredientes que singularizam os folhetins da Rede Globo são utilizados para que Joaquina, uma desconhecida menina de Vila Rica, saia das sombras da história para narrar algo que, no mínimo, haverá de fazer justiça ao legado do pai. Enquanto isso, as livrarias oferecem diversos títulos sobre os acontecimentos ocorridos nas Minas Gerais do ocaso do século 18, como a tetralogia publicada nos últimos anos pelo escritor Benito Barreto ou a poesia dos inconfidentes, reunida e analisada por Domício Proença Filho e especialistas em alentado volume.

A Assembleia Legislativa lança agora uma nova edição dos Autos de Devassa da Inconfidência Mineira, no programa editorial de obras de valor histórico e cultural instituído pelo presidente Adalclever Lopes. No ano passado, a Imprensa Oficial disponibilizou os Autos em versão digital. Já o escritor Lucas Figueiredo, autor de livro sobre a saga do ouro de Minas Gerais mundo afora, continua a preparar uma biografia do Tiradentes, no curso de intensa pesquisa.

Mais duas obras de especial relevância, em se tratando da Conjuração Mineira, acabam de ser apresentadas aos leitores. Estendidas e aprofundadas no campo da ficção, ambas erguem um painel colossal sobre o tempo da Inconfidência, o Brasil colonial, o império português, o iluminismo, a maçonaria, a Arcádia e o ouro. Quem começa a percorrer as numerosas páginas desses livros acaba enredado de tal forma que se sentirá em plena ação na realidade daquele último quartel do Setecentos.

Em Mergulho na Região do Espanto, o romancista Rui Mourão surpreende uma série de personagens do século 18 em colóquio com um escritor numa pousada de Ouro Preto. Essas memórias póstumas, narradas ao vivo por desassombrados visitantes daquele quarto, revelam não só os intrincados caminhos da construção literária – nos quais se esvaía o autor que as narra como projetam as realidades trepidantes da formação das Minas Gerais e a epopéia do ouro. Ouro que é o fio condutor do fascinante enredo.

O português Amadeu Lopes Sabino resgata uma figura histórica de sua cidade natal, Elvas, o poeta iluminista e magistrado António Dinis da Cruz e Silva, que foi o presidente da Alçada que condenou Tiradentes e os companheiros de prisão. Lopes Sabino levanta, por inteiro, o que foi o seu país na segunda metade do século do ouro e penetra no sonho perdido da liberdade, nas profundezas da província do ouro. A exuberância dos detalhes que enriquecem cada trecho da narrativa indica a profundidade da investigação historiográfica. A composição das personagens que povoam o universo do poeta satírico de O Hissope” é feita com tal argúcia que resulta no painel monumental de A Cidade do Homem, como disse Rui Mourão sobre o romance. O leitor emerge no centro dos mais surpreendentes acontecimentos, no eixo dos quais se entrechocam o juiz e o condenado o poeta e o sonhador, o iluminista e o revolucionário sem, no entanto, que ao primeiro calhasse perceber toda a grandeza do segundo.

É tempo de Inconfidência. O governador Fernando Pimentel presidirá as celebrações que, desde 1952, se sucedem na Praça Tiradentes, em Ouro Preto. Ao seu lado, estará o ex-presidente do Uruguai, José Mujica, orador oficial. Com o convite a um líder marcado pela entrega total à “res publicae o despojamento de toda pretensão e inutilidade, o governador dos mineiros presta significativa homenagem ao nosso compatriota maior. O Alferes da Cavalaria de Minas Gerais, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, por certo muito bem se entenderia com José Mujica. Ambos libertários, republicanos e democratas, são dois sonhadores unidos pelo ideal de uma América Latina que não se perderá.  

 Angelo Oswaldo de Araújo Santos - Secretário de Estado de Cultura 

Dando prosseguimento à programação em homenagem aos 400 anos de morte de William Shakespeare, o Museu Mineiro, integrante do Circuito Liberdade, promove, no dia 15 de abril (sexta-feira), às 19 horas, a palestra Shakespeare e artes plásticas: o caso de A Tempestade, ministrada por Solange Ribeiro de Oliveira, professora Emérita da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e membro do Centro de Estudos Shakespeareanos.

O encontro será realizado na Sala das Colunas do museu e abordará a variedade de interpretações sobre a influência de Shakespeare nas diversas expressões culturais, evidenciada pelos trabalhos de artistas de diferentes períodos históricos. A diversidade de leituras será  tratada  como um dos fatores que, através dos tempos, vem assegurando a sobrevivência da obra shakespeariana.

Com base em slides ilustrativos da obra do dramaturgo inglês, será discutida a relação entre o texto dramático e suas representações nas diferentes artes, tomando como exemplo A Tempestade (The Tempest), peça teatral deWilliam Shakespeare, que acredita-se ter sido escrita entre 1610 e 1611, e quais os recursos característicos de cada meio utilizados para as adaptações das obras do escritor.

A professora Solange explica o conteúdo do encontro. “A palestra começa por considerar algumas das razões que explicam o destaque conferido à "Tempestade", tanto pelos contemporâneos do dramaturgo quanto pela crítica atual. Com esse objetivo, faz-se uma análise do texto shakespeariano, considerandoas qualidades literárias e dramáticas. Algumas transposições da peça para as outras artes, especialmente a pintura, o teatro e o cinema, também são foco do bate-papo. A partir da projeção de slides ilustrando essas recriações, a palestra discutirá suas implicações para a crítica cultural da atualidade”.

O evento faz parte das atividades em homenagem aos 400 anos de morte de William Shakespeare promovidas pela Secretaria de Estado de Cultura (SEC), Superintendência de Museus e Artes Visuais (SUMAV) e Centro de Estudos Shakespeareanos (CESh), e que serão realizadas  durante o 1º semestre de 2016.

A participação na palestra é gratuita e está sujeita à lotação do espaço. Informações pelo telefone (31) 3269-1103.

                                          

Acompanhe a programação do evento William Shakespeare, 400 Anos depois em:  www.cultura.mg.gov.br .

SOBRE A PALESTRANTE

Solange Ribeiro de Oliveira é Professora Emérita  da UFMG e pesquisadora do CNPq. Vem publicando inúmeros artigos em periódicos especializados, além dos livros A Barata e a Crisálida. O Romance de Clarice Lispector; Literatura e Artes Plásticas; De Mendigos e Malandros: Chico Buarque, Bertolt Brecht, John Gay; Literatura e Música: Modulações Pós-Coloniais; Itinerário de Sofotulafai: biografia literária de Abgar Renault; Perdida entre signos: Literatura, artes e mídias, entre outros.

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SERVIÇO

Evento: William Shakespeare, 400 Anos depois”.

Palestra: “Shakespeare e artes plásticas: o caso de A Tempestade”

Palestrante: Solange Ribeiro de Oliveira - Professora Emérita da Faculdade de Letras da UFMG e Membro do Centro de Estudos Shakespeareanos

Data: 15 de abril de 2016

Horário: 19 horas

Local: Museu Mineiro – Sala das Colunas

          Av. João Pinheiro – 342 – Funcionários – Belo Horizonte

Entrada Gratuita

Informações: (31) 3261-1103

Assessoria de Imprensa – Angelina Gonçalves – (31) 3269-1109 |

                                                                         (31) 9 8876-8987

 


O poder de mobilização dos Fóruns Técnicos do Plano Estadual de Cultura, que percorrem todo o Estado de Minas Gerais desde fevereiro, chega a Zona da Mata na primeira semana de maio. No final de semana que antecede o encontro, a região começa a ser agraciada com boas novidades no ramo da cultura: as inaugurações de dois cineclubes e também a instalação de um cruzeiro de martírio - artefato cultural que tradicionalmente marca os cumes das montanhas mineiras. As atividades contam com a presença do secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo.

No sábado (30), dia em que é celebrado o aniversário do cineasta Humberto Mauro, acontece a inauguração dos cineclubes Cinemação e Stella Perez Botelho, ambos na cidade de Cataguases. Um dos principais nomes da história do cinema nacional, Humberto Mauro morou na cidade mineira quando criança. Já a comemoração pelo novo cruzeiro em Sobral Pinto, distrito de Astolfo Dutra, município vizinho a Cataguases, foi adiada devido à chuvas. O artefato foi confeccionado pelo artista e artesão Virgínio Rios, sob coordenação do produtor cultural Pedro Marcos. O local abriga a antiga colônia italiana de Santa Maria.

 A inauguração da nova cruz de martírio foi adiada. Crédito: Divulgação

A REDE DE CINECLUBES

Os dois cineclubes a serem inaugurados fazem parte de uma rede de 12 espaços de exibição, que integram o Projeto Escola Animada - Edição Ver e Fazer Filmes. Os primeiros a serem entregues ao público são o Cineclube Cinemação, na Escola Estadual Marieta Soares Teixeira, e o Cineclube Stella Perez Botelho, no Museu Energisa. As atividades voltadas para aplicação do audiovisual e das tecnologias digitais nos processos de ensino e aprendizagem se prolongam durante todo o final de semana.

A articulação da nova rede de cineclubes surge da participação de coletivos de professores, estudantes e agentes culturais locais em oficinas de capacitação para a gestão de cineclubes e curadorias de filmes.

O projeto é coordenado pelo Instituto Fábrica do Futuro, em parceria com a Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho e o Polo Audiovisual da Zona da Mata. “A rede de cineclubes em escolas e centros culturais é a nossa principal ação na busca de relacionar em várias dimensões a cultura e a educação”, conta Cesar Piva, diretor executivo da Agência do Polo Audiovisual da Zona da Mata e Presidente do Instituto Fábrica do Futuro.

A inauguração do “Cinemação” conta com a exibição de “A Velha a Fiar”, um dos clássicos do cineasta homenageado, Humberto Mauro. A programação segue com exibição de “O Plano de Peçanha”, uma produção do coletivo Fábrica Animada.

Já no Cineclube Stella Perez Botelho dois documentários do premiado diretor Marcos Pimentel estreiam o espaço: “A Arquitetura do Corpo” e “Sanã”. No dia seguinte acontece a exibição de “A Noiva da Cidade”, último roteiro de Humberto Mauro, cuja restauração da película, feita por André Borges, foi possível graças ao incentivo do programa Filme em Minas, da Secretaria de Estado de Cultura.

A homenageada que nomeia o Cineclube Stella Perez Botelho estará presente ao lado de sua filha Mônica Botelho, presidente da Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho, grande apoiadora do desenvolvimento do audiovisual em Cataguases.

Clique aqui e confira a programação completa do Projeto Escola Animada, que conta ainda com a participação da Secretária de Estado de Educação, Macaé Evaristo.

O CRUZEIRO

O novo cruzeiro de martírio irá compor a paisagem montanhosa da Zona da Mata. Devido às chuvas, o evento de comemoração foi adiado. Será realizado um cortejo conduzido pela Charola e seguido da apresentação de Oswaldinho do Acordeon, entre outros músicos.

A festa repleta de simbologia funciona como uma espécie de narrativa visual do suplício na cruz, segundo explica o secretário Angelo Oswaldo. “Os instrumentos são habilmente confeccionados em madeira, representando, entre outros, a tabuleta com a inscrição INRI (Jesus Nazareno Rei dos Judeus), a coroa de espinhos, o galo que marcou a traição de Pedro, os cravos, o chicote, o martelo, a torquês, as lanças, a escada, o sudário, os dados do sorteio do manto, o cálice, a esponja de fel, o saco de moedas dado a Judas e uma caveira, a vanitas, que simboliza a vanidade da vida”.  

Leia, na íntegra, o texto do Secretário Angelo Oswaldo o cruzeiro às vésperas do dia 3 de maio, quando várias cidades históricas de Minas Gerais celebrarem o dia da Santa Cruz.

Um cruzeiro nos altos da Mata

Angelo Oswaldo de Araújo Santos

Secretário de Estado de Cultura de Minas Gerais 

O viajante inglês Richard Burton, um dos descobridores das nascentes do Nilo, tomou de Minas a estrada, em 1867, para conhecer Morro Velho, a fabulosa mina de ouro explorada por seus patrícios da St.John del-Rey Mining Company. No relato da viagem, publicado em Londres, ele diz que, no Brasil colonial, bastava erguer-se um cruzeiro no topo de um morro para se fundar uma cidade. Os cumes da montanha mineira acolheram, desde a chegada das primeiras bandeiras e do alvorecer do ciclo do ouro, o cruzeiro que sugere bênçãos e proteção para os que passam e os que ficam. Cruz que traduz a convergência de pessoas que se instalariam em fazendas ou iriam criar um aglomerado urbano.

Foi assim que, de fato, nasceram muitas cidades, como as pioneiras Mariana (1696) e Ouro Preto (1698), cuja fundação se assinalou com a celebração de missas ao pé de cruzes levantadas, respectivamente, na praia do Ribeirão do Carmo e no topo do Morro de São João do Ouro Fino. Congonhas do Campo cresceu ao redor da cruz fincada no alto do Morro do Maranhão pelo eremita Feliciano Mendes, dando origem ao santuário do Bom Jesus de Matosinhos, patrimônio da humanidade.

Os cruzeiros passaram a ser ornamentados e a maioria deles recebeu os martírios da paixão de Cristo, quase uma espécie de narrativa visual do suplício na cruz. Os instrumentos são habilmente confeccionados em madeira, representando, entre outros, a tabuleta com a inscrição INRI (Jesus Nazareno Rei dos Judeus), a coroa de espinhos, o galo que marcou a traição de Pedro, os cravos, o chicote, o martelo, a torquês, as lanças, a escada, o sudário, os dados do sorteio do manto, o cálice, a esponja de fel, o saco de moedas dado a Judas e uma caveira, a vanitas, que simboliza a vanidade da vida.   

Na Zona da Mata mineira, em Glória de Cataguases, o artista e artesão Virgínio Rios divide seu tempo entre o ofício da madeira e as crônicas que escreve para o “Cataguases”, tradicional jornal da cidade. A maior parte de seus trabalhos atuais representa um monte sobre o qual está o cruzeiro, encimado pelo galo. É que a grande paixão de Virgínio Rios são os cruzeiros imensos, dominando a paisagem montanhosa da Mata. Ele acaba de fazer os martírios para o cruzeiro que vai ser erguido, dia 30 de abril, na antiga colônia italiana de Santa Maria, em Sobral Pinto, município de Astolfo Dutra, nas proximidades de Cataguases, no curso do legendário Rio Pomba.

Entusiasta dos cruzeiros de martírios, o produtor cultural Pedro Marcos coordena a confecção dos madeiros, e é em clima de festa que tudo transcorre. O sonho dele é fazer ou restaurar os cruzeiros na rota dos fogos (povoados) surgidos durante a penetração dos Sertões de Leste, que até a Independência eram as Áreas Proibidas, de modo a se evitar o contrabando de ouro pelo Espírito Santo. Pedro Marcos pensa numa sequência entre o antigo arraial do Rio da Pomba e Peixe do Padre Manuel de Jesus Maria (o Aleijadinho ali trabalhou na primitiva igreja de São Manuel) e Guidoval, onde viveu o desbravador Guido Marlière, às margens do rio Xopotó.

Às 17h do dia 30, sai o cortejo conduzido pela Charola, entoando músicas até o local do cruzeiro. Um padre procede à bênção do santo lenho, e entre músicas e fogos o povo aplaude o levantamento da cruz. Em seguida, tudo vira festa, com apresentação de Oswaldinho do Acordeon e vários músicos, noite adentro. Pedro Marcos já se emociona.

Virgínio Rios está feliz. Mais um cruzeiro aparecerá no horizonte da Mata mineira, ostentando os martírios que saíram de sua oficina. E em 3 de maio, quando várias cidades históricas de Minas Gerais celebrarem o dia da Santa Cruz, enfeitando com flores as cruzes de pedra de seus chafarizes e pontes, o artista estará em casa, no Glória de Cataguases, a preparar mais uma leva de martírios de cruzeiro para as celebrações do ano que vem.    

SERVIÇO:

SÁBADO (30 DE MARÇO)

Inauguração dos cineclubes

Cineclube Cinemação

Local: Escola Estadual Marieta Soares Teixeira- Rua Romualdo Menezes, 544, Cataguases - MG

Horário: 18h

Cineclube Stella Perez Botelho

Local: Museu Energisa - Avenida Astolfo Dutra 41. Cataguases - MG

Horário: 20h

DOMINGO (1º DE MAIO)

Exibição do filme "A Noiva da Cidade" no Cineclube Stella Perez Botelho

Local:Museu Energisa - Avenida Astolfo Dutra 41. Cataguases - MG

Horário: 19h

SEGUNDA (2 DE MAIO)

Fórum Técnico do Plano Estadual de Cultura em Cataguases

Local: Centro Cultural Humberto Mauro – Rua Coronel Vieira, 518, Centro, Cataguases – MG.

Horário: 8h às 18h

Inscrições

 

Atualização 29/04.


 


A maior festa literária do Estado vai agitar a capital mineira entre os dias 15 e 24 de abril. A 5a edição da Bienal do Livro de Minas, que será realizada no Expominas, receberá, ao longo de dez dias, mais de uma centena de autores, além de algumas das mais importantes editoras do país.
Crédito: Carlos Alberto/Imprensa MG
Abertura da Bienal do Livro de Minas

Com uma programação diversificada, que promete agradar todos os tipos de público, a Bienal traz, entre inúmeras atividades, bate-papos, contações de histórias, lançamentos de livros e sessões de autógrafos que fazem deste, um programa imperdível. Diversão garantida para toda a família, a Bienal do Livro de Minas promoverá as atrações Café Literário, Conexão Jovem, Espaço Geek & Quadrinhos, Quintal de Histórias e Encontro com Autores.

O Secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, salienta a importância do evento. “O livro tem papel especial na cultura e na vida econômica. Sua produção e circulação implicam empregos e renda em expansão em Minas Gerais, porque somos destaque nacional no lançamento de literatura infanto-juvenil. É o que a Bienal evidencia de maneira brilhante. A homenagem ao centenário de Murilo Rubião traduz o respeito e a admiração de todos nós pelo grande contista mineiro”.


O evento realizado pela Fagga l GL events Exhibitions, em parceria com a Câmara Mineira do Livro (CML), espera receber um público de aproximadamente 260 mil pessoas, incluindo os 46 mil estudantes no projeto de Visitação Escolar. Para oferecer ao público uma amostra do que de mais importante tem sido feito no segmento literário brasileiro, a Bienal também contará com a participação de aproximadamente 160 expositores.

“Nossa intenção é unir o que já temos de consagrado e é sucesso há quatro edições com novidades”, conta a diretora de Negócios da Fagga | GL events Exhibitions, Tatiana Zaccaro. Para a presidente da Câmera Mineira do Livro, Rosana Mont Alverne, a Bienal do Livro de Minas já se consolidou como o mais importante encontro literário da capital mineira. “É o evento mais esperado e o momento de encontro entre todos os participantes do mercado editorial brasileiro”, enfatiza, ressaltando que a Bienal representa uma grande oportunidade para negócios e contato com autores e editores.
Youtuber Lucas Rangel confirmado para o evento. - Crédito: DivulgaçãoPROGRAMAÇÃO CULTURAL 

Café Literário - Uma das clássicas atrações da Bienal do Livro de Minas, o Café Literário reúne grandes autores de diversas gerações e gêneros literários. Em 2016, o jornalista e escritor Rogério Pereira, editor e fundador do Jornal Rascunho, é o curador do espaço. Ele é o responsável pela escalação que inclui nomes como Martha Medeiros, Xico Sá, Heloisa Freitas, Paulo Scott, Eduardo Spohr, Edney Silvestre, Zuenir Ventura, Marcelino Freire e Marçal Aquino, entre outros. A gala de encerramento do evento ficará por conta dos escritores Luiz Ruffato e Mírian Leitão, debatendo o tema “Que país é esse?”.

Conexão Jovem e Encontro com Autores – Os leitores do segmento young adult terão a oportunidade de ficar mais perto de seus autores favoritos durante a Bienal do Livro de Minas. Para agradar ao público jovem, o evento elaborou uma programação especial, que contará com alguns dos mais importantes nomes da nova safra nacional de escritores. Participarão de bate-papos com os fãs Affonso Solano, Padre Fábio de Melo, Paula Pimenta, Carina Rissi, Isabela Freitas, Babi Dewet, Bruna Vieira, RezendeEvil, Lucas Rangel e Thalita Rebouças. Já para os amantes da literatura em geral, o Encontro com Autores é a oportunidade para leitores conversarem com destacados escritores sobre suas obras, inspirações e processos criativos.

Espaço Geek & Quadrinhos - Uma das novidades da 5ª Bienal do Livro de Minas, o Espaço Geek & Quadrinhos promete conquistar os fãs da cultura pop com uma programação intensa e diversificada. Além das HQs, o espaço será dedicado aos livros de ficção científica, fantasias e sagas, jogos de tabuleiro, RPG e mangás. O público irá conferir também sessões de encontros e bate-papos com autores, oficinas de Quadrinhos, atividades interativas, além de lançamentos de livros, sessões de autógrafos e o espaço dedicado para os quadrinhos independentes, entre outras atividades. Para garantir a diversidade e a representatividade de autores, os curadores Afonso Andrade e Eduardo
Damasceno escalaram quadrinistas como Vitor e Lu Cafaggi, Luis Felipe Garrocho; e também escritores como Samuel Medina, Lady Sybylla, Fábio Kabral e Flávia Gasi, entre outros nomes que compõem a programação.

Quintal de Histórias - Com curadoria da escritora, musicista e produtora cultural Valentina Vandeveld Bernardi, o Quintal de Histórias irá trazer para o público uma série de atividades lúdicas, apresentações teatrais, musicais e contações de histórias. Pensado especialmente nos pequenos visitantes, o espaço homenageará o poeta Manoel de Barros, que faleceu em 2014 e tem, entre seus livros, a antologia “Meu Quintal é Maior que o Mundo”. Para a curadora, a importância da homenagem à Manoel de Barros se dá porque o autor “soube representar de forma poética, bela e simples a forma como as crianças brincam e veem o mundo”. A Trupe Gaia e diversos convidados irão apresentar uma programação repleta de ‘despropósitos’ e permeada de recordações e afeições vindas de um lugar mágico capaz de ensinar ‘o idioma que as rãs falam com as águas’: o livro!

HOMENAGEM 
A Bienal do Livro de Minas escolheu um patrono de peso para sua quinta edição. Será o mineiro Murilo Rubião, cujo centenário de nascimento é comemorado em 2016. O autor de “O pirotécnico Zacarias”, publicado em 1974, também foi o fundador do Suplemento Literário de Minas Gerais, que este ano completa 50 anos.

INGRESSOS 
Os ingressos para a 5a edição da Bienal do Livro de Minas custam R$12,00 (inteira) e R$6,00 (meia entrada). Cada ingresso é válido para 1 (uma) entrada em 1 (um) dia de evento. Os ingressos podem ser adquiridos antecipadamente através da compra online, pelos pontos de venda ou nos dias de evento, diretamente nas bilheterias do Expominas.

Visitantes que utilizarem o metrô para se locomoverem até o Expominas, tem desconto na bilheteria do evento: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia-entrada). O ticket de desconto deve ser retirado com a monitora Bienal que estará na saída da estação Gameleira e apresentá-lo na bilheteria. Essa oferta não é válida para cartões de débito, de loja, corporativos e empresariais. Não é cumulativo com outros descontos.

Outras informações sobre descontos e gratuidade estão disponíveis no site www.bienaldolivrominas.com.br.

A Bienal do Livro Minas é organizada pela Fagga | GL events Exhibitions e realizada pela Câmara Mineira do Livro. O evento também conta com o patrocínio da Supergasbrás (Espaço Geek & Quadrinhos), Piraquê (Espaço Jovem e Ponto de Encontro) e Estácio (Café Literário); Patrocínio Cultural da Cemig; Apoio Cultural da Fundação Municipal de Cultura e apoios do Metrô BH e BHTrans.

Sobre a Fagga | GL events Exhibitions

Referência em promoção e organização de feiras e eventos no Brasil, a Fagga l GL events Exhibitions está no mercado há meio século e é responsável pela realização de mais de 20 feiras por ano no país. Desde 2006, faz parte de um dos maiores grupos do setor de eventos no mundo, a francesa GL events. A multinacional é a única da América Latina a trabalhar em toda cadeia da produção de eventos: da concepção, administração de espaços, design, construção, fornecimento de estrutura, serviços de catering até hospedagem, organização de exibições e produção de brand events.

SERVIÇO 

O quê: Bienal do Livro de Minas
Data: 15 a 24 de abril
Local: Expominas – Belo Horizonte (MG)
www.bienaldolivrominas.com.br
Ingressos: R$12,00 (inteira) e R$6,00 (meia-entrada). Cada ingresso é válido para 1 (uma) entrada em 1 (um) dia de evento
Fagga l GL events Exhibitions | www.fagga.com.br 
GL events Brasil - www.gleventsbrasil.net

Crédito: Divulgação

Mais de 80 expositores estarão na Feira do Livro de Poços em 2016

Contagem regressiva para o início do Festival Literário de Poços de Caldas - Flipoços, que será realizado simultaneamente com a 11ª. Feira Nacional do Livro de Poços de Caldas, entre os dias 30 de abril e 8 de maio, no Espaço Cultural da Urca. Com a temática “De Camões a Machado de Assis – uma viagem pela literatura clássica” – o evento propõe uma reflexão pautada no pensamento de celebridades das letras e de outros tipos de manifestações artísticas, como a música erudita, que influenciaram o mundo. Tanto que a abertura oficial, sábado dia 30 de abril, 20h, contará com o espetáculo inédito “Clássicos da Música” com a Banda Sinfônica de Poços de Caldas, sob regência de Juliano Barreto e com a participação especial do baixo-barítono Orival Bento Gonçalves, que pela primeira vez juntos executarão obras desde Franz Schubert, passando por Maurice Ravel até Giuseppe Verdi.

Apesar de o foco ser a literatura, o Flipoços se diferencia dos demais eventos afins justamente por dar espaço a outros segmentos culturais, como cinema, artes e música, além de realizar atividades diversas por toda a cidade. “A ideia é atingirmos um público eclético em todas as faixas etárias, independentemente de gosto e classe social”, explica Gisele Ferreira, curadora do Flipoços e diretora da GSC Eventos Especiais, empresa que criou e organiza o evento há 11 anos. 

O patrono do Flipoços 2016 será o escritor, historiador e sociólogo José Murilo de Carvalho.  Ele é membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), ocupando, desde setembro de 2004, a cadeira de número 5, que pertenceu à escritora Raquel de Queiroz.  A palestra de Carvalho, “D.Pedro II, a República e o republicanismo”, será no dia 1° de maio, às 20h00, no Teatro da Urca, palco principal do evento. “O tema é bastante pontual, pois, em 2016, completam 130 anos que D. Pedro II visitou Poços de Caldas por conta da inauguração do terminal ferroviário da Mogiana”, lembra Gisele.

Ainda relacionado à temática do Flipoços 2016, o evento abre espaço para a vida e obra de Luís Vaz de Camões, considerado um dos maiores poetas do ocidente de todos os tempos. A mesa, “Camões, tão atual”, no dia 5 de maio, às 20h00, no Teatro da Urca, terá a participação do conterrâneo de Camões, o também poeta e ensaísta português Luis Serguilha e da professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Luiza Nóbrega. Ela é doutora em literatura portuguesa e especialista na interpretação de “Os Lusíadas”, obra prima de Camões.

Ainda dentro da temática central, o Festival traz também mesas sobre Machado de Assis, José de Alencar, Shakespeare, Dostoiésvski e Cervantes, ícones da literatura mundial.

Além disso, assuntos como Políticas Públicas do Livro e Leitura; Pequenas Editoras; Espiritualidade; Literatura Lusófona; Terror e Fantasia; Poesia; Literatura Latino Americana; Jornalismo literário; Biografias, Música; Fotografia; Educação; Literatura Digital; Holocausto e Olímpíadas Rio 2016, são alguns dos outros temas que serão tratados no Festival. Além claro, do tradicional Encontro dos Escritores Poços Caldenses e da homenagem à Escritora sulfurosa Benedita Pires Duarte. Isto mostra a grande diversidade de temas e assuntos e a preocupação que o Festival tem em atrair cada vez mais pessoas ao maravilhoso universo do livro e leitura. Para falar desses assuntos, destacam-se os convidados que figuram na intensa programação do festival como: Luis Antonio Torelli e Rosana Mont’Averne, respectivamente presidentes da CBL e CML; José Castilho Marques Neto, secretário do PNLL do Minc; Antonio Carlos Secchin; Eduardo Lacerda; Marcelo Nocelli; Monja Coen; Mbate Pedro (escritor moçambicano), Nuno Camarneiro e Luis Serguilha (escritores portugueses); Sheyla Smaniotto e Marta Barcellos; Mary Del Priore; Mário Sergio Cortella; Nany People e Flávio Queiroz; Regina Echeverria; Deborah Goldemberg; Alice Ruiz e Paulo Lins; Adriana Carranca; Francisco Azevedo; Luiz Biajoni e Cadão Volpato; Pedro Varoni; Ana Luiza Escorel; Renê Simões; J.R.Duran; Nanette Konig e Luiz Goldfarb; Antonio Carlos Klein; Rodrigo Feres; Ronaldo Marin e muitos outros.

O Festival destaca-se também pela intensa programação infantil tendo o Sesc como grande parceiro. O Sesc é o encarregado da montagem do Espaço Sesc Flipocinhos que receberá decoração lúdica e convidativa e terá uma grande programação para crianças que vai desde bate-papo com escritores até teatro, oficinas e contações de histórias.

Haverá ainda atividades diversas em mais de seis pontos da cidade, no chamado Circuito Pegada Literária. Entre esses pontos estão a Casa da Cultura – IMS, Restaurante Ollivia Gastronomia, Unidade Prisional de Poços e Galeria Ampliart.

A  importância do Flipoços para Poços, Minas e Brasil

Poços de Caldas, recebeu recentemente o honroso título de cidade com o maior índice de leitores em Minas Gerais e proporcionalmente, no Brasil, segundo pesquisa realizada pela Câmara Mineira do Livro e divulgada no Livro “O Livro em Minas”.

Mas a atmosfera literária de Poços de Caldas vem desde sua fundação em 1872. A cidade contou com grandes personalidades que aqui viveram, nasceram, morreram ou simplesmente que por aqui passaram. Como o caso do critico literário Antonio Cândido de Melo e Souza, um ícone vivo que representa muito bem a pegada literária de Poços de Caldas.

Quando a Feira Nacional do Livro de Poços de Caldas e o Festival Literário foram lançados em 2006, a sensação que se teve foi que parecia que a população estava acostumada com os eventos. “Fiquei surpresa com a imediata reação positiva de toda população quando lançamos o festival há 11 anos. O Flipoços já habitava o inconsciente coletivo das pessoas da cidade”, conta Gisele Ferreira, idealizadora do Festival. De lá para cá, o festival conta com uma história de sucesso e o reconhecimento regional, estadual e nacional. Hoje considerado um dos quatro festivais literários mais importantes do Brasil, tem como compromisso dar continuidade ao movimento literário da cidade e impulsionar o aumento do número de leitores no Brasil. A 11a Feira Nacional do Livro de Poços de Caldas e Flipoços 2016, tem início no próximo dia 30 de abril e se estende até o dia 08 de maio,  no Espaço Cultural da Urca, das 09h às 21h, com entrada franca. A Feira do Livro, que acontece simultâneamente, contará com mais de 80 expositores entre Editoras, Livrarias e entidades diversas que oferecerão juntas mais de 100 mil títulos com preços competitivos. A intensa programação do Festival acontecerá no Teatro da Urca, além do Espaço Sesc Flipocinho, Arena Cultural, Árvores Falantes, além das Carretas do Senac que oferecerão minicursos diariamente nas areas de Saúde e Informática. Os visitantes contarão ainda com a Tenda Externa (montada na Praça do Museu) onde vai funcionar o Restaurante O Rei, que oferecerá diariamente pratos executivos de comida mineira e lanches. Dentro da Feira os visitantes poderão usufruir de dois espaços do Café Literário Vivaldinos da Vivaldi, que oferecerá café, chocolates, chás e lanches.

A programação completa pode ser acessada no site e no index do acesse a Guia Virtual Flipoços 2016. Mais informações pelo telefone (35) 3697 1551 na GSC Eventos Especiais.

O Flipoços 2016, que é realizado simultaneamente com a 11a Feira Nacional do Livro de Poços de Caldas contam com o apoio do DME Energética, Prefeitura de Poços de Caldas, Secretaria de Cultura, Mineração Curimbaba, Codemig, Votorantim Metais, Gring’s, Circullare Poços de Caldas e Secretaria Estadual de Educação no oferecimento dos vale Livros para Rede Estadual de Ensino.

 

O Coral Lírico de Minas Gerais traz, para a apresentação da série Lírico Sacro, um repertório que mescla obras sacras e seculares, observando a seriedade da liturgia católica. No programa estção obras de Lindembergue Cardoso, Giuseppe Verdi, Charles Gounod e Carlos Gomes. O repertório inclui trechos que serão interpretados pelo coral ao longo do ano, como as composições das óperas Romeu e Julieta, de Gounod, e O Guarani, de Gomes, montagens operísticas da Fundação Clóvis Salgado que serão produzidas em 2016. A regência é do Maestro Titular do Coral Lírico de Minas Gerais, Lincoln Andrade.

Sobre o programa - O concerto tem início com a apresentação de Sanctus, trecho do Requiem, de Giuseppe Verdi. É um trabalho notável do compositor italiano, considerado um exemplo claro do progresso e desenvolvimento da escrita musical do compositor italiano. A força dramática da obra lhe confere uma interpretação quase que operística, com composições marcadas por uma poderosa construção instrumental.

A composição foi composta em homenagem à Alessandro Manzoni, escritor e humanista, do qual Verdi era grande admirador. “O Sanctus et Benedictus juntos, foram escritos para dois coros e quatro vozes cada um e representa um momento de grande contrição”, explica o Maestro.

Na sequência estão três obras seculares, com trechos de óperas. Primeiro as composições Vérome vit já dis deux families rivales e L’heure s’envole, da ópera Romeu e Julieta, respectivamente prólogo e coro de abertura do primeiro ato. No prólogo são apresentadas as famílias e preparado o ambiente da história de amor que envolve integrantes dos clãs Capuleto e Montecchio;

Aspra, crudel, terrible, Coro di Aimorè, da ópera O Guarani, de Carlos Gomes, dá continuidade ao concerto.

Retornando às obras sacras, o Coral Lírico de Minas Gerais apresenta a Missa Brevis, de Lindembergue Cardoso, composição que, em Belo Horizonte, foi executada apenas pelo Coral. Lincoln Andrade explica que Lindembergue Cardoso foi um importante compositor baiano e deixou uma obra vasta para gêneros distintos como música de concerto, popular, religiosa e ópera.

Programa

ü  Sanctus, do Réquiem

Giuseppe Verdi

ü  Vérome vit já dis deux families rivales, da ópera Romeu e Julieta

Charles Gounod

ü  L’heure s’envole, da ópera Romeu e Julieta

Charles Gounod

ü  Aspra crudel, terrible, Coro di Aimorè, da ópera O Guarani

Carlos Gomes

ü  Missa Brevis - Kyrie

                                    Sanctus

                                       Agnus Dei

Lindembergue Cardoso

Sobre o Coral Lírico de Minas Gerais:

Coral Lírico de Minas Gerais – Criado em 1979, o Coral Lírico de Minas Gerais, corpo artístico da Fundação Clóvis Salgado, é um dos raros grupos corais que possui programação artística permanente e que interpreta repertório diversificado, incluindo motetos, óperas, oratórios e concertos sinfônico-corais. Dentro das estratégias de difusão do canto lírico, o Coral Lírico desenvolve os projetos Lírico Sacro, Lírico no Museu, Lírico Educativo e participação nas temporadas de óperas realizadas pela Fundação Clóvis Salgado. O objetivo desse trabalho é fazer com que o público possa conhecer e fluir a música coral de qualidade. Atualmente, Lincoln Andrade é o regente titular do corpo artístico. Em sua trajetória, o Coral Lírico de Minas Gerais teve como regentes os maestros Luiz Aguiar, Marcos Thadeu Miranda Gomes, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Ângela Pinto Coelho, Eliane Fajioli, Silvio Viegas, Charles Roussin, Afrânio Lacerda e Márcio Miranda Pontes.

Lincoln Andrade – Lincoln Andrade possui doutorado em Regência pela Universityof Kansas, EUA e mestrado pela UniversityofWyoming, EUA, onde também foi professor assistente e ministrou aulas de canto coral e regência coral. Foi diretor musical do grupo vocal Invoquei o Vocal, maestro titular do Madrigal de Brasília, e do Coral Brasília. Recebeu prêmios nos Estados Unidos e na Europa. Foi professor e diretor da Escola de Música de Brasília. Regeu concertos na Alemanha, Argentina, Chile, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Hungria, Paraguai, Polônia, Portugal e Turquia. É constantemente convidado para dar palestras sobre Regência e Canto Coral em festivais no Brasil.

Sobre os compositores:

Giuseppe Verdi – Verdi é considerado o maior compositor de óperas do período romântico italiano. De família humilde, conseguiu concluir seus estudos de música com a ajuda de um comerciante amigo de seus pais. Verdi revolucionou o cenário musical ao dar mais destaque a aspectos dramáticos das obras, ora marcadas por nacionalismo e patriotismo, ora por um romantismo dramático. Suas últimas obras são quatro peças sacras. No seu testamento, o compositor deixou sua fortuna a uma fundação para ajudar músicos pobres.

Charles Gounod – Compositor francês que iniciou seus estudos, ainda muito jovem, no Conservatório de Paris. Aos 21 anos, ganhou o Prix de Rome, pela obra Cantata Ferdinand, prêmio famoso para jovens compositores, que dava direito a uma bolsa de estudos na Itália. Tomado pela ideia de entrar para o sacerdócio, Gounod passou a compor música religiosa. Fausto (1859), Mireille (1864), Roméo et Juliette (1867) são suas obras mais conhecidas, estando todas entre as mais populares do repertório operístico francês.

Carlos Gomes – Carlos Gomes foi o principal compositor de óperas do Brasil e também o primeiro brasileiro a se apresentar no Teatro La Scala, em Milão. Filho do mestre de música Manuel José Gomes, iniciou os estudos sob a supervisão do pai, em Campinas, sua cidade natal. Durante seus estudos no Conservatório de Música do Rio de Janeiro, conheceu Dom Pedro II, que lhe deu apoio para estudar na Itália, onde recebeu o título de Maestro no Conservatório de Milão, em 1866. Quatro anos depois, apresentou sua principal ópera, O Guarani, no Teatro La Scala, em Milão, sendo o primeiro brasileiro a realizar tal feito. Encenada posteriormente em várias capitais européias, essa ópera deu-lhe a reputação de um dos maiores compositores líricos da época.

Lidembergue Cardoso – Lindembergue Cardoso foi um importante compositor baiano, professor na Universidade Federal da Bahia, membro fundador do Grupo de Compositores da Bahia e da Sociedade Brasileira de Música Contemporânea. Deixou uma obra vasta para gêneros distintos como música de concerto, popular, religiosa e ópera.

SERVIÇO

Evento: Paróquia de Santa Teresa

Dia: 12 de abril (terça-feira)

Horário: 20h

Local: Praça Duque de Caxias, 200 – Santa Teresa

Entrada gratuita

Com o objetivo de incentivar a criação literária nacional, a revista CHAMA terá seu primeiro número lançado no sábado (30 de abril), no Café com Letras (Rua Antônio de Albuquerque, 781, Savassi), a partir de 12h.

Projeto da jornalista e escritora Flávia Denise, a revista nasceu do estranhamento que ela sentiu ao descobrir que, entre suas leituras, havia mais nomes estrangeiros do que brasileiros. Foi quando percebeu que, apesar de efervescente, a produção literária nacional tinha pouca oportunidade de vazão e, por isso, idealizou a revista CHAMA.

“Senti um incômodo ao perceber que minhas leituras, principalmente quando buscava escritores contem- porâneos, passavam por outras línguas que não a minha. E, buscando esse ‘grande autor brasileiro’, percebi que teria que ir, eu mesma, atrás de gente que escreve, mas muitas vezes não tem oportunidade de publicar, e descobrir os textos que estão escondidos”, diz Flávia.

Com 64 páginas e periodicidade semestral, CHAMA tem como objetivo incentivar a criação literária e mostrar a produção inédita de novos nomes para o mundo. Em sua primeira edição, a nova publicação oferece artigos sobre a arte de escrever, ferramentas para escritores (como concursos literários e dicas de livros sobre escrita), além de contos inéditos de autores brasileiros. Tudo isso é acompanhado de ilustrações dos mais variados estilos.

Entre os envolvidos estão Jacques Fux (autor de “Antiterapias” e “Brochadas” e ganhador do Prêmio São Paulo de Literatura de 2013), que colaborou com um texto sobre seu processo criativo. Também assinam artigos Thiago D’Evecque (site Pequenos Deuses e autor de “Limbo”), sobre grupos online para escritores e Ana Paula Bisoli (blog Despreguiçando), sobre procrastinação.

Com contos inéditos, contribuiram jornalistas como Marcelo Faria (Estado de Minas), Fábio Corrêa (O Tempo, ex-Deutsche Welle) e João Renato Faria (O Tempo, ex-Veja BH), além de gente que tem outros relacionamentos profissionais com a escrita, como Larissa Lima (tradutora de fonética para o Google em Londres) e Flávia Batista (revisora de textos). Provando que o talento para a escrita pode vir de outras áreas, um mestre em matemática, Renan Santos, e um engenheiro de computação, Rodrigo Diniz, também colab- oram nesta primeira edição.

A CHAMA ainda conta com duas entrevistas: uma com Lucas Guimaraens, superintendente de Bibliotecas Públicas do Estado de Minas Gerais, que fala sobre os 50 anos do “Suplemento Literário” de Minas Gerais; e outra com a escritora Carol Rodrigues, autora de "Sem Vista para o Mar", que ganhou os prêmios Jabuti e Biblioteca Nacional como melhor livro de contos de 2015, que conta sobre sua trajetória na escrita.

A professora de moda da UNA, Maria Adircila Starling, a Didi, se responsabilizou pela parte visual da revista e convidou colegas, ex-alunos e ilustradores de Belo Horizonte para fazer uma versão visual das histórias narradas na CHAMA. Os desenhistas Acir Piragibe, Amanda Buzatti, Augusto Molinari, Day Lima, Flávio Poddighi, Glau Viana, Izadora Luz, Jane Fernandes e Rita de Magalhães assinam as ilustrações da revista, que é impressa em miolo preto e branco e capa colorida.

 

Serviço

Lançamento da revista CHAMA

Sábado, 30 de abril, das 12h às 14h

Café com Letras - Rua Antônio de Albuquerque, 781, Savassi

64 páginas (R$ 10)

Informações e contato para entrevistas: João Renato Faria (31) 99687-4874

Imagens em alta resolução no www.revistachama.com

 

O Trilha dos Inconfidentes é o primeiro Circuito Turístico a realizar este tipo de trabalho. De acordo com o gestor da Associação, Marcus Vinicius Januário, o objetivo é o crescimento regional integrado. “Com uma sinalização eficaz, somos capazes de mostrar para os viajantes o potencial turístico de cada cidade através dos pictogramas que identificam o que cada uma tem de atrativos, garantindo o acesso à informação e aumentando a visitação em cada cidade”, completa.

 

Marcus diz ainda que a realização do Tô na Trilha Certa só foi possível porque os municípios puderam contar com o recurso proveniente do ICMS Turístico para custear o projeto.  

 

Municípios que aderiram - Barroso, Itutinga, Lagoa Dourada, Nazareno, Piedade do Rio Grande, Prados, Resende Costa, Santa Cruz de Minas e Tiradentes.

 

Circuito Turístico Trilha dos Inconfidentes – o Circuito abrange 20 municípios: Alfredo Vasconcelos, Antônio Carlos, Barbacena, Barroso, Carrancas, Conceição da Barra de Minas, Coronel Xavier Chaves, Dores de Campos, Itutinga, Lagoa Dourada, Madre de Deus de Minas, Nazareno, Piedade do Rio Grande, Prados, Resende Costa, Ritápolis, Santa Cruz de Minas, São João del-Rei, São Tiago e Tiradentes.

 

O nome deste circuito tem uma excelente justificativa: dos vinte e três inconfidentes mineiros, nove residiram na Comarca do Rio Mortes, cuja sede era a Vila de São João del Rei. Os municípios que o integram evocam tradição e poesia, guardando em seus caminhos e recantos parte significativa da história de Minas e do Brasil. É o destino ideal para quem aprecia belas paisagens, arte e manifestações culturais típicas que exaltam a autêntica cultura mineira. No que se refere ao patrimônio histórico-cultural de Minas Gerais, a Trilha dos Inconfidentes é um dos mais representativos circuitos turísticos do Estado.


Estão abertas as inscrições para o 10º Encontro Regional do Fórum Técnico do Plano Estadual de Cultura, em Cataguases. O evento, no próximo dia 02 de maio (segunda-feira), promovido pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura, tem previsão de percorrer outras cidades no interior do Estado, com a finalidade de aumentar a participação popular na discussão do Projeto de Lei (PL) 2.805/15, de autoria do Executivo, que contém o Plano Estadual de Cultura. O Encontro Regional, das 8 às 18 horas, será no Centro Cultural Humberto Mauro (Rua Coronel Vieira, 518 - Centro).

programação dos encontros regionais, cuja duração é de um dia em cada cidade, inclui uma palestra de abertura, que apresentará a contextualização e os processos de construção do Plano Estadual de Cultura. Em seguida, os participantes se dividirão em três grupos de trabalho, com os temas garantia de direitos culturais, Sistema Estadual de Cultura e Sistema de financiamento à cultura. Após a discussão do documento com as 233 propostas que fazem parte do anexo do PL 2.805/15, cada grupo de trabalho poderá apresentar o máximo de 35 novas sugestões. Ao final de cada encontro regional, serão eleitas 12 pessoas que atuarão como representantes daquela região na plenária final do fórum, a ser realizada em junho de 2016.

O Projeto de Lei (PL) 2.805/15, do governador, foi recebido em Plenário em agosto de 2015. As propostas do Plano Estadual de Cultura poderão ser aperfeiçoadas durante a tramitação do projeto, que será analisado pelas Comissões de Constituição e Justiça (CCJ), de Cultura e de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO), antes de ser votado em dois turnos no Plenário. O plano traz um conjunto de metas e estratégias para a cultura no Estado, e tem por objetivo o planejamento e a implementação de políticas culturais pelo prazo de dez anos, visando ao desenvolvimento de ações na área para o período de 2015 a 2025.

10º Encontro Regional do Fórum Técnico Plano Estadual de Cultura – Cataguases

Data: 02/05/2016

Local:Centro Cultural Humberto Mauro (Rua Coronel Vieira, 518 - Centro)

Programação:

  • 8 horas: Credenciamento
  • 9 horas: Abertura
  • 9h45: Palestra Contextualização e Processo de Construção do Plano Estadual de Cultura
    (O contexto do Sistema Nacional de Cultura e o Plano Estadual no contexto da Política Estadual de Cultura)
    - Representante do Ministério da Cultura – Representação Regional de Minas Gerais
    - Representante da Secretaria de Estado de Cultura
    - Representante do Conselho Estadual de Política Cultural de Minas Gerais
  • 10h15: Apresentação da metodologia dos Grupos de Trabalho
  • 10h30: Formação dos Grupos de Trabalho
    - Exposição inicial: apresentação da temática do Grupo de Trabalho e dinâmica das discussões
    - Discussão do documento com as propostas contidas no 
    PL 2.805/15
  • 12 horas: Intervalo
  • 13h30: Grupos de Trabalho
    - Continuação da discussão do documento e priorização das novas propostas
    - Eleição dos representantes regionais à Etapa Final
  • 18 horas: Encerramento


 

Uma das regiões mineiras de maior expressividade no campo da cultura, com ricas e variadas manifestações artísticas, o Vale do Jequitinhonha/Mucuri recebeu nesta segunda-feira (11/4/16) o sétimo encontro do Fórum Técnico Plano Estadual de Cultura, promovido pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em Araçuaí. A vocação natural para as artes foi destacada por gestores culturais e lideranças locais, que apostam nessa característica para alavancar o desenvolvimento econômico de uma das regiões mais carentes do Estado.

“A cultura é opção de vida do Jequitinhonha. Ela liberta, ensina, educa e indica o caminho para as pessoas. E é um escudo contra a droga e a marginalidade”, definiu o prefeito de Araçuaí, Armando Jardim Paixão. Para ele, a região poderia ter mais desenvolvimento se houvesse um financiamento constante para a área, com programas perenes. “O povo daqui já nasce artista, é uma herança enraizada”, acrescentou Luciano Silveira, gestor de cultura do município e também membro da Federação das Entidades Culturais do Vale do Jequitinhonha.

“Não se pode desenvolver uma região deslocada de sua cultura. Ela é identidade, é um elemento essencial no desenvolvimento social”, reforçou também a diretora regional da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese), Maria do Carmo da Silva. O deputado Wander Borges (PSB) frisou a finalidade do encontro em Araçuaí. “Estamos em uma jornada para a construção do Plano Estadual de Cultura. Nossa meta é colher informações que possam tornar o plano uma resposta aos anseios de Minas Gerais”, afirmou.

O plano, lembrou o parlamentar, está contido no Projeto de Lei (PL) 2.805/15, em tramitação na ALMG, com diretrizes, metas e estratégicas para a cultura nos próximos dez anos. “Precisamos avançar e garantir recursos nos orçamentos públicos para realizar os projetos e promover a transformação social”, acrescentou. Cristina Corrêa (PT), vice-presidente da Comissão de Cultura, salientou que o fórum tem sido produtivo também por fomentar a cultura nas regiões e agregar diferentes manifestações artísticas. “A discussão congrega cidades vizinhas”, lembrou. Em Araçuaí, 21 municípios da região foram representados.

Consulta pública – Além das reuniões regionais, a ALMG coloca no ar, no próximo dia 18, uma consulta púbica sobre o PL 2.805/15. Magdalena Rodrigues, atriz e membro do Conselho de Política Cultural de Minas Gerais, frisou a importância da participação da sociedade na construção do Plano Estadual de Cultura. “Nós, artistas, temos uma matéria-prima que não se acaba: a criatividade. Mas é preciso sistematizar”, afirmou.

Produtores culturais cobram apoio

Luciano Silveira comemorou a interiorização das discussões, que permite a participação de quem está no dia a dia da cultura. “Nós sabemos das necessidades e das dificuldades. E queremos sair daqui com mais esperança”, afirmou. Ele alertou que o já tradicional festival de cultura popular do Jequitinhonha (Festivale) corre o risco de não ser realizado neste ano, justamente por falta de recursos. O secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, se dispôs a ajudar na realização do evento.

Aécio Oliveira de Miranda, diretor-geral do campus de Araçuaí do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais, acrescentou que mestres artesãos e congadeiros da região estão envelhecendo sem ter a perspectiva de continuidade de seus valores. Já o produtor cultural e diretor-geral do Teatro Luz da Lua, de Araçuaí, criticou as micaretas realizadas por prefeituras no Vale do Jequitinhonha, em detrimento do investimento em cultura popular.

Angelo Oswaldo argumentou que a demanda pelas micaretas vem da sociedade e que, nesse sentido, é preciso haver uma reflexão também de quem lida com a cultura. “Ninguém é obrigado a ficar apenas com a cultura local, mas prefeituras às vezes gastam todo o recurso de cultura com um grande show sertanejo”, reconheceu.

Financiamento deve ser política de Estado

O presidente da Comissão de Cultura da ALMG, deputado Bosco (PTdoB), salientou o momento histórico para Minas Gerais, único Estado que ainda não possui o plano de cultura. “Cada região nossa tem suas tradições e peculiaridades. Faltava, então, esse plano para que a cultura possa ser priorizada. Os governos são passageiros, e nem todos têm a cultura como prioridade”, afirmou.

O chefe da representação regional do Ministério da Cultura em Minas, Guilardo Veloso, apresentou o Sistema Nacional de Cultura (SNC), assim como seus desdobramentos nos estados e municípios, e salientou que ele vem, justamente, para instituir uma política de Estado para a área.

O deputado Doutor Jean Freire (PT) lembrou que a região do Jequitinhonha/Mucuri carece de coisas básicas, como estradas para o transporte da produção e do artesanato da zona rural até a cidade ou até os grandes centros. “As dificuldades enfrentadas pelos que fazem cultura no Vale e o amor dessas pessoas pela região me fizeram entrar na vida pública e me fazem querer continuar”, afirmou. Ele salientou também a hospitalidade do povo da região e a rica expressão cultural dos mercados locais, infelizmente desvalorizados.

A organização da cultura em sistemas nacionais, estaduais e municipais também foi defendida pelo secretário Angelo Oswaldo. Para ele, as soluções devem ser articuladas nos níveis de governo, para que a cultura não seja vista como uma benesse de um governante. “Se entendermos a cultura como tudo aquilo que qualifica e melhora a vida do cidadão, se ela é transformadora e embasa os processos social e econômico, temos que ter um sistema”, reforçou.

Nova lei de cultura deve se voltar para o interior

O secretário voltou a destacar que o governo está finalizando a proposta para uma nova lei de incentivo à cultura, que deverá ter recursos da ordem de 0,3% a 0,6% da receita de ICMS. Um dos grandes objetivos da nova legislação é contemplar o interior do Estado. “Dos R$ 570 milhões investidos com base na atual lei de cultura, 80% ficaram na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Isso descaracteriza o propósito de uma lei estadual”, frisou o secretário.

Segundo ele, o Executivo deverá concentrar esforços no Fundo do Incentivo à Cultura, que é descentralizador, por permitir editais específicos e variados, inclusive para manifestações nunca antes atendidas. “Em 2015, mesmo com o cenário econômico difícil, o governo investiu R$ 7,5 milhões no fundo, com destinação de 80% dos recursos para o interior”, contrapôs. Para este ano, segundo ele, o fundo deverá ter R$ 10 milhões, sendo metade fruto de emendas de parlamentares.

Congratulações – O encontro de Araçuaí foi aberto com uma apresentação da Companhia de Teatro Ícaros do Vale, que recebeu da Assembleia um diploma com votos de congratulação pelos 20 anos de atividade. A comunidade também presenteou membros da mesa com peças do artesão Márcio Brabosa, que integravam uma pequena mostra de artesanato no local do evento.

Ao final, os grupos de trabalho analisaram as propostas do plano e elegeram nove delegados que participarão da etapa final, em Belo Horizonte, no mês de junho.

Crédito: Rafael Motta

Filarmonica MG

Instrumentos inusitados marcam presença no palco da Sala Minas Gerais em concertos da Filarmônica de Minas Gerais nos dias 28 e 29 de abril, às 20h30. Máquina de escrever, roda de bicicleta, uma arma de espoleta de brinquedo, sirene e até um garrafofone se unem ao naipe de percussão da Orquestra para interpretar o balé Parade, de Erik Satie, compositor nascido há 150 anos que recebe homenagem na Temporada 2016. Sob regência do maestro Fabio Mechetti, o concerto, dedicado à música francesa, também traz a obra As Sombras do Tempo, de Henri Dutilleux cujo centenário é celebrado este ano –; a Sinfonia nº 1 em Dó maior, de Bizet; e L’Isle Joyeuse, de Debussy.

O percussionista principal da Orquestra, Rafael Alberto, explica que, para interpretar a obra de Satie, foi necessário buscar outros objetos, para servir como elementos da percussão e, ainda, construir um novo instrumento: o garrafofone. “A partitura do compositor pede esse instrumento inusitado, que se trata de um xilofone feito de garrafas. Foi necessário encontrar as garrafas certas, com tamanho e espessura variados, e ir afinando o som com diferentes níveis de água em cada uma delas até chegar ao idealizado pelo compositor”, relata.

Para o maestro Fabio Mechetti, "o grande diferencial de Satie, em relação a quase todos os outros compositores da história, é que ele nunca se levou a sério. E essa atitude despojada fez com que ele se tornasse um dos criadores mais instigantes da história da música, graças ao seu experimentalismo. Em Parade, como num desfile de figuras inesperadas, somos introduzidos a sons nunca antes presenciados numa sala de concerto até então".

Antes das apresentações, entre 19h30 e 20h, o público poderá participar dos Concertos Comentados, palestras que abordam aspectos do repertório. O palestrante das duas noites é Werner Silveira, percussionista da Filarmônica e curador dos Concertos Comentados. A entrada é gratuita, aberta às primeiras 65 pessoas que chegarem e apresentarem o ingresso para a apresentação da noite.

Estes concertos são apresentados pelo Ministério da Cultura e Governo de Minas Gerais  e contam com o patrocínio do Mercantil do Brasil por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Já as palestras dos Concertos Comentados são apresentadas pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais  e Supermix por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

O repertório

Erik Satie (França, 1866-1925)e a obra Parade: Balé realista sobre um tema de Jean Cocteau (1917)

Parade é considerada a composição mais importante de Satie. Esse balé em um ato, com argumento de Jean Cocteau, costumes desenhados por Picasso e coreografia de Léonide Massine, foi escrito para os Ballets Russes de Sergei Diaghilev, que o estrearam no Théâtre du Châtelet, em Paris, em maio de 1917, com regência de Ernest Ansermet. Sobre a obra, Jean Cocteau escreveu que se tratava de “uma banda carregada de sonho”. O próprio Satie, com ironia e falsa modéstia, a declarou “um fundo com certos barulhos que Cocteau julga indispensáveis”. Apollinaire disse que se tratava de “une sorte de surréalisme” (uma espécie de surrealismo), três anos antes de o movimento surrealista surgir em Paris. Na música de Parade, a ironia e o eterno espírito subversivo de Satie estão condensados.

Henri Dutilleux (França, 1916-2013) e a obra As Sombras do Tempo (1997)

A música de Dutilleux frequentemente se inspira em obras literárias ou pictóricas, mas o compositor se declara contrário ao “programa descritivo” dos poemas sinfônicos do século XIX e usa essa inspiração de maneira muito pessoal.As Sombras do Tempo, de 1997, tem como referência o livro O Diário de Anne Frank e é uma meditação sobre o tempo. Construído em quatro movimentos, a música trabalha com um tempo que não deveria jamais ser esquecido. Segundo o próprio Dutilleux, a unidade da peça resulta de alusões “tanto a imagens atemporais quanto a acontecimentos passados, cuja lembrança, apesar das marcas do tempo, não cessam de me assombrar”. Um coro de seis vozes juvenis canta um pequeno trecho do livro.

Georges Bizet (França, 1838-1875) e a Sinfonia nº 1 em Dó maior (1855)

Bizet tinha apenas dezessete anos e era ainda aluno do Conservatório de Paris quando compôs sua Primeira Sinfonia. A obra teve como modelo a Sinfonia no 1 de Charles Gounod, seu professor, cujo arranjo para dois pianos tinha sido feito por Bizet. Pelo pouco esforço que Bizet fez para conseguir que sua Primeira Sinfonia fosse executada, presume-se que se tratava de um trabalho da aula de composição. Após a sua morte, a obra ficou esquecida. Em 1933, o musicólogo francês Jean Chantavoine descobriu o manuscrito na Biblioteca do Conservatório de Paris e a Sinfonia foi apresentada pela primeira vez em 1935 na Basileia, regida por Felix Weingartner. Embora seja uma obra de juventude, ela já revela o talento de Bizet em sua riqueza melódica e colorido orquestral. Aos poucos, A Sinfonia no 1 entrou para o repertório orquestral, enquanto a sinfonia de seu mestre caía no esquecimento.

Claude Debussy (França, 1862-1918) e a obra L’Isle Joyeuse (1904, orquestrada por Bernardino Molinari em 1917)

Em 1717, Citera, a mitológica ilha grega dos amantes, serviu de inspiração a Antoine Watteau para pintar sua Peregrinação à ilha de Citera. Muito se disse que esse quadro serviu de inspiração paraL’Isle Joyeusede Claude Debussy, mas há outras camadas nesta história. À época da composição, Debussy vivia um sucesso crescente como músico e projetava-se como figura central no cenário musical francês. Porém, o relacionamento extraconjugal com Emma Bardac, esposa de um importante banqueiro, ameaçava sua reputação. Assim, em 1904, absorvido pela escrita deLa Mere sufocado pela sociedade parisiense, Debussy decide isolar-se com Emma na ilha de Jersey, próxima à Normandia, onde trabalha em diversas obras e revisaL’Isle Joyeuse. Essa ilha, onde Debussy pôde viver seu amor proibido, parece ser a verdadeira inspiração para a obra estreada pelo pianista Ricardo Viñes em fevereiro de 1905. Seu amigo, o regente italiano Bernardino Molinari, acompanhado de perto pelo próprio compositor, orquestrou  L’Isle Joyeuse em 1917.

Maestro Fabio Mechetti

Desde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Com seu trabalho, Mechetti posicionou a orquestra mineira nos cenários nacional e internacional e conquistou vários prêmios. Com ela, realizou turnês pelo Uruguai e Argentina e realizou gravações para o selo Naxos. Natural de São Paulo, Fabio Mechettiserviu recentemente como Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia, tornando-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática. Depois de quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville, Estados Unidos, atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular da Sinfônica de Syracuse e da Sinfônica de Spokane. Desta última é, agora, Regente Emérito. Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente. Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais de verão nos Estados Unidos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York.

Realizou diversos concertos no México, Espanha e Venezuela. No Japão dirigiu as orquestras sinfônicas de Tóquio, Sapporo e Hiroshima. Regeu também a Orquestra Sinfônica da BBC da Escócia, a Orquestra da Rádio e TV Espanhola em Madrid, a Filarmônica de Auckland, Nova Zelândia, e a Orquestra Sinfônica de Quebec, Canadá. Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na Dinamarca, Mechetti dirige regularmente na Escandinávia, particularmente a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a de Helsingborg, Suécia. Recentemente fez sua estreia na Finlândia dirigindo a Filarmônica de Tampere e na Itália, dirigindo a Orquestra Sinfônica de Roma. Em 2016 fará sua estreia com a Filarmônica de Odense, na Dinamarca.

Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos dirigindo a Ópera de Washington. No seu repertório destacam-se produções de ToscaTurandotCarmen,Don GiovanniCosì fan tutteLa BohèmeMadame ButterflyO barbeiro de SevilhaLa Traviata e Otello. Fabio Mechetti recebeu títulos de mestrado em Regência e em Composição pela prestigiosa Juilliard School de Nova York.

Sobre a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

Com apenas oito anos de existência, a Filarmônica de Minas Gerais recebeu três prêmios de melhor grupo musical brasileiro, efetivando-se como um dos projetos mais bem-sucedidos de Minas Gerais e do Brasil no campo da música erudita. Sob a direção artística e regência titular de Fabio Mechetti, a Orquestra é atualmente formada por 92 músicos provenientes de todo o Brasil, Europa, Ásia, Américas Central, do Norte e Oceania, selecionados por um rigoroso processo de audição. Neste período, realizou 554 concertos, com a execução de 915 obras de 77 compositores brasileiros e 150 estrangeiros, para mais de 709 mil pessoas, sendo que mais de 40% do público pôde assistir às apresentações gratuitamente. O impacto desse projeto artístico durante os anos também pode ser medido pela geração de 59 mil oportunidades de trabalho direto e indireto.

O corpo artístico Orquestra Filarmônica de Minas Gerais é oriundo de política pública formulada pelo Governo do Estado de Minas Gerais. Em 2008, com a finalidade de criar uma nova orquestra para o Estado, o Governo optou pela execução dessa política por meio de parceria com o Instituto Cultural Filarmônica, uma entidade privada sem fins lucrativos qualificada com o título de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip). Tal escolha objetivou um modelo de gestão flexível e dinâmico, baseado no acompanhamento e avaliação de resultados. Um Termo de Parceria foi celebrado como instrumento que rege essa relação entre o Estado e a Oscip, contendo a definição das atividades e metas, bem como o orçamento necessário à sua execução.

Programação

A partir de 2015, quando a Orquestra passou a se apresentar em sua sede, a Sala Minas Gerais, sua programação foi intensificada. De 24, saltou para 57 concertos por assinatura, sempre com convidados da cena sinfônica mundial. Em 2016, estreiam com a Orquestra os regentes convidados Justin Brown e Dorian Wilson, além dos solistas Luis Ascot, Gabriela Montero, Javier Perianes, Clélia Iruzun, Antti Siirala, Lara St. John e Ji Young Lim. O público também terá a oportunidade de rever grandes músicos, como os regentes Rodolfo Fischer, Carl St. Clair, Marcelo Lehninger, Carlos Miguel Prieto e Cláudio Cruz, e os solistas Celina Szrvinsk, Miguel Rosselini, Barry Douglas, Angela Cheng, Arnaldo Cohen, Conrad Tao, Natasha Paremski, Cristina Ortiz, Luíz Filíp, Vadim Gluzman, Asier Polo, Leonard Elschenbroich, Fábio Zanon, Denise de Freitas e Fernando Portari.

A Filarmônica também desenvolve projetos dedicados à democratização do acesso à música clássica de qualidade. São turnês em cidades do interior do estado, concertos para formação de público, apresentações de grupos de câmara, bem como iniciativas de estímulo à profissionalização do setor no Brasil – o Festival Tinta Fresca, dedicado a compositores, e o Laboratório de Regência, destinado ao aprimoramento de jovens regentes. Já foram realizadas 82 apresentações em cidades mineiras e 29 concertos em praças públicas e parques da Região Metropolitana de Belo Horizonte, mobilizando um público de 274 mil pessoas. Mais de 70 mil estudantes e trabalhadores tiveram a oportunidade de aprender um pouco sobre obras sinfônicas, contexto histórico musical e os instrumentos de uma orquestra, participando de concertos didáticos.

O nome e o compromisso de Minas Gerais com a arte e a qualidade foram levados a 15 festivais nacionais, a 32 apresentações em turnês pelas cinco regiões brasileiras, bem como a cinco apresentações internacionais, em cidades da Argentina e do Uruguai.

A Filarmônica tem aberto outras frentes de trabalho, como a gravação da trilha sonora do espetáculo comemorativo dos 40 anos do Grupo Corpo, Dança Sinfônica (2015), criada pelo músico Marco Antônio Guimarães (Uakti). Com o Giramundo Teatro de Bonecos, realizou o conto musical Pedro e o Lobo (2014), de Sergei Prokofiev. Comercialmente, a Orquestra já lançou um álbum com a Sinfonia nº 9, “A Grande” de Schubert (distribuído pela Sonhos e Sons) e outros três discos com obras de Villa-Lobos para o selo internacional Naxos.

Prêmios

Reconhecida e elogiada pelo público e pela crítica especializada, a Filarmônica, em conjunto com a Sala Minas Gerais, recebeu o Grande Prêmio Concerto 2015. Em 2012, ganhou o Prêmio Carlos Gomes de melhor orquestra do Brasil e, em 2010, o Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes) de melhor grupo musical erudito. O maestro Fabio Mechetti recebeu o Prêmio Minas Gerais de Desenvolvimento Econômico de 2015 e o Carlos Gomes de melhor regente brasileiro em 2009 por seu trabalho à frente da Filarmônica. Neste ano, 2016, a Filarmônica e o maestro Mechetti recebem o Troféu JK de Cultura e Desenvolvimento de Minas Gerais, uma iniciativa da publicação Mercado Comum.

O Instituto Cultural Filarmônica recebeu dois prêmios dentro do segmento de gestão de excelência. Em 2013, concedido pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão de Minas Gerais, em parceria com o Instituto Qualidade Minas (IQM), e em 2010, conferido pela Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (USP). Na área de Comunicação, foi reconhecido com o prêmio Minas de Comunicação (2012), na 10ª Bienal Brasileira de Design Gráfico (2013) e na 14ª Bienal Interamericana de Design, ocorrida em Madri, Espanha (2014).

SERVIÇO

Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

   
   
   

Série Allegro

28 de abril–20h30

Sala Minas Gerais

Série Vivace

29 de abril–20h30

Sala Minas Gerais

Fabio Mechetti, regente

SATIE                                Parade
DUTILLEUX                       As Sombras do Tempo
BIZET                                 Sinfonia nº 1 em Dó maior
DEBUSSY/Molinari         L’Isle Joyeuse

Ingressos: R$ 34,00 (Balcão Palco e Coro), R$ 44,00 (Mezanino), R$ 56,00 (Balcão Lateral), R$78,00 (Plateia Central) e R$98,00 (Balcão Principal).

Meia-entrada para estudantes e maiores de 60 anos, mediante comprovação.

Informações:(31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Funcionamento da bilheteria:

Sala Minas Gerais – Rua Tenente Brito Melo, 1090 – Bairro Barro Preto

De terça-feira a sexta-feira, das 12h às 21h.

Aos sábados, das 12h às 18h.

Em sábados de concerto, das 12h às 21h.

Em domingos de concerto, das 9h às 13h.


Estão abertas as inscrições, até as 15 horas da próxima sexta-feira (15/4/16), para o 8º Encontro Regional do Fórum Técnico Plano Estadual de Cultura, em Alfenas. O evento, no próximo dia 18 (segunda-feira), promovido pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura, tem previsão de percorrer, até maio, outras cidades no interior do Estado, com a finalidade de aumentar a participação popular na discussão do Projeto de Lei (PL) 2.805/15, de autoria do Executivo, que contém o Plano Estadual de Cultura. O Encontro Regional, das 8 às 18 horas, será no Auditório Dr. João Leão de Faria da Universidade Federal de Alfenas (Unifal), Rua Gabriel Monteiro da Silva, 714 - Centro).

programação dos encontros regionais, cuja duração é de um dia em cada cidade, inclui uma palestra de abertura, que apresentará a contextualização e os processos de construção do Plano Estadual de Cultura. Em seguida, os participantes se dividirão em três grupos de trabalho, com os temas garantia de direitos culturais, Sistema Estadual de Cultura e Sistema de financiamento à cultura. Após a discussão do documento com as 233 propostas que fazem parte do anexo do PL 2.805/15, cada grupo de trabalho poderá apresentar o máximo de 35 novas sugestões. Ao final de cada encontro regional, serão eleitas 12 pessoas que atuarão como representantes daquela região na plenária final do fórum, a ser realizada em junho de 2016.

O Projeto de Lei (PL) 2.805/15, do governador, foi recebido em Plenário em agosto de 2015. As propostas do Plano Estadual de Cultura poderão ser aperfeiçoadas durante a tramitação do projeto, que será analisado pelas Comissões de Constituição e Justiça (CCJ), de Cultura e de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO), antes de ser votado em dois turnos no Plenário. O plano traz um conjunto de metas e estratégias para a cultura no Estado, e tem por objetivo o planejamento e a implementação de políticas culturais pelo prazo de dez anos, visando ao desenvolvimento de ações na área para o período de 2015 a 2025.

8º Encontro Regional do Fórum Técnico Plano Estadual de Cultura – Alfenas

Data: 18/04/2016

Local:Auditório Dr. João Leão de Faria da Universidade Federal de Alfenas (Unifal) - Rua Gabriel Monteiro da Silva, 714 - Centro

Programação:

  • 8 horas: Credenciamento
  • 9 horas: Abertura
  • 9h45: Palestra Contextualização e Processo de Construção do Plano Estadual de Cultura
    (O contexto do Sistema Nacional de Cultura e o Plano Estadual no contexto da Política Estadual de Cultura)
    - Representante do Ministério da Cultura – Representação Regional de Minas Gerais
    - Representante da Secretaria de Estado de Cultura
    - Representante do Conselho Estadual de Política Cultural de Minas Gerais
  • 10h15: Apresentação da metodologia dos Grupos de Trabalho
  • 10h30: Formação dos Grupos de Trabalho
    - Exposição inicial: apresentação da temática do Grupo de Trabalho e dinâmica das discussões
    - Discussão do documento com as propostas contidas no 
    PL 2.805/15
  • 12 horas: Intervalo
  • 13h30: Grupos de Trabalho
    - Continuação da discussão do documento e priorização das novas propostas
    - Eleição dos representantes regionais à Etapa Final
  • 18 horas: Encerramento



“As obras daquele que não se locomove, mas sonha com o que rola no mundo, trazem um colorido intenso e traduzem a brasilidade popular em jogos circenses, cenas domésticas, ritos religiosos e amorosos”. Dessa maneira Priscila Freire, curadora da exposição “Marcos Garcia - O Acrobata das Cores”, descreve as telas que compõem a nova mostra do Centro de Arte Popular – Cemig, integrante do Circuito Liberdade, que será inaugurada em 28 de abril (quinta-feira), às 20 horas.

Uma seleção de 50 quadros inspirados em nomes como Carybé, Tarsila do Amaral e Aldemir Martins trazem ao espaço museológico, vinculado à Secretaria de Estado de Cultura, referências plásticas que nos colocam frente a um universo onírico que ganha materialidade pelas técnicas de lápis aquarelável e caneta esferográfica sobre cartão e papel.

A pintura geométrica e figurativa de Garcia é bastante autoral, segundo a colecionadora. “Marcos Garcia não é um primitivo, tampouco um artista espontâneo. Poderíamos reconhecer nele o oposto das novas tendências estéticas, porque encontra dentro de si um conteúdo rigidamente construído”, defende Freire.

A curadora acredita que desenhos eróticos aparecem nas telas de Garcia como um testemunho da própria trajetória da arte e da vida. “Não conheço nenhum artista que não tenha, em algum momento, se dedicado a esse tema. Picasso, Degas, Rodin, a humanidade se compraz nos jogos amorosos”, comenta.

O pintor de 66 anos tem uma crescente dificuldade de locomoção desde a sua infância. Aos seis anos, Marcos Garcia contraiu Artrite Reumatoide, uma doença crônica e degenerativa. Momentos pregressos a essa condição são traços indissociáveis de sua obra. “Meu trabalho tem como fonte de inspiração as lembranças do tempo em que eu podia vivenciar o dia a dia das pessoas”, conta Garcia.

Entusiasmado com a realização da mostra, o artista expressa sua expectativa. “Esta exposição me possibilitará rever velhos amigos e compartilhar minha arte em um espaço que valoriza o trabalho dos artistas populares de Minas Gerais. Tenho ainda mais orgulho por estar sob a curadoria de Priscila Freire, grande amiga e incentivadora”, comemora o pintor.

A mostra Marcos Garcia - O Acrobata das Cores tem entrada gratuita e ficará em exposição na Sala de Exposições Temporárias do Centro de Arte Popular - Cemig entre os dias 29 de abril e 29 de maio de 2016.

Conheça algumas das obras que compõem a exposição. As imagens são de Cristiano Quintino. 

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SOBRE O ARTISTA

Marcos Garcia nasceu em Belo Horizonte, em 1950. Artista plástico, estudou na Escola Guignard. Obteve o 3º lugar no V SAP da Aeronáutica, (BH- 1989); Participou do Salão do Carnaval, no Palácio das Artes, (BH-1980); II Salão do Futebol, Palácio das Artes (1982); II Salão de Artes da Aeronáutica, (BH-1986); Salão Nacional de Montes Claros, MG, (1988) e da Bienal de Arte Naïfis do Brasil, Piracicaba, SP (1998). Esteve também nas seguintes coletivas: Retrospectiva dos Premiados no Salão da Aeronáutica, (1990); Utopias Contemporâneas, Palácio das Artes (BH-1992); PIC (BH-1993-94); Centro de Arte Primitiva (Brasília-1994); Centro Cultural Pró-Música, Juiz de Fora, MG (1995); Artistas Populares de Belo Horizonte, Centro Cultural UFMG (1996); Primitivos Mineiros, Galeria de Arte Sesiminas, BH (1997); Cinco Artistas - Projeto Gabinete de Arte, Gabinete do Prefeito, BH (1997); Segredo de Estado, Palácio das Artes e Biblioteca Pública, BH (1997).

SOBRE A CURADORIA

Formada em Biblioteconomia, na UFMG (1951), Priscila Freire é fundadora, coordenadora, professora e diretora do Teatro Escola. Como atriz atuou em montagens inspiradas em Strindberg, Pirandello, Brecht. No cinema atuou em filmes de João Vargas, Santos Pereira, Paulo Augusto Gomes e Olívio Tavares de Araújo. É autora dos livros Conversa de Corpo (1983), A Viagem do João de Barro (1994) e Histórias de Guignard (2000).  Como gestora cultural foi superintendente de Museus do Estado de Minas Gerais (1983), presidente da Associação Amigas da Cultura (1981), coordenadora do Sistema Nacional de Museus (1987), diretora do Museu de Arte da Pampulha (1993 – 2001 a 2009), assessora do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico – IEPHA (1990), presidente da Associação de Amigos do Museu Casa Guignard de Ouro Preto (1999 – 2005) e integrante do Conselho do Centro de Arte Contemporânea Inhotim – CACI / Brumadinho. 

Leia, na íntegra, texto de Priscila Freire sobre a exposição "Marcos Garcia - O Acrobata das Cores".

O acrobata das cores

Priscila Freire

Em casa, sem poder se locomover, Marcos começa, ainda criança, a ilustrar os cadernos de desenho de seus irmãos. Feliz distração para quem não pode correr atrás de uma bola. Pode, sim, sonhar com o que rola no mundo lá fora. Nem livros nem revistas para alimentar sua imaginação. Mas não lhe falta o talento para perceber o que haveria além daquelas paredes. Lembro-me de seus primeiros quadros e como os trazia dificultosamente pelas ruas, quando o conheci. Figuras humanas e de santos com braços curtos e mãos mal delineadas. Marcos se redesenhava, ainda sem a feérie que viria posteriormente envolver seu trabalho.

Uma coluna assinada por Mari’Stella Tristão, no “Estado de Minas”, estimula a carta que Marcos lhe escreve e tem como resultado uma visita da crítica de arte, que o encaminha para a Escola Guignard. Uma bolsa de estudos ou mais precisamente a condição de ouvinte ou assistente, desde que não haveria pagamento. Na época, Amilcar de Castro conduzia a Escola que não contava mais com o mestre que lhe deu o nome. Acompanha a artista Lotus Lobo, mas não tem a força necessária para trabalhar a pedra. A litografia estava fora de seu alcance. O professor Carlos Wolney lhe ensina desenho livre, e ele quer a pintura marcada, delineada, com tintas sem mistura, de colorido brasiliano, como definiu Maria do Carmo Arantes.

Marcos Garcia não é um naif, nem um primitivo, tampouco um artista espontâneo. Poderíamos reconhecer nele o oposto das novas tendências estéticas, porque encontra dentro de si um conteúdo rigidamente construído. Sua pintura é figurativa, equilibrada em composições muitas vezes geometricamente conduzidas, plana e rica em detalhes cujas perspectivas formais são ignoradas. As obras trazem um colorido intenso e traduzem a brasilidade popular em jogos circenses, cenas domésticas, ritos religiosos ou amorosos. Em particular, ele redesenha temas de seus artistas preferidos e os coloca em pequenos  detalhes: Carybé, Tarsila e Aldemir Martins. Também em sua pintura surgem referências a um mundo mágico e mitológico que nos colocam frente a um universo complexo e onírico. Vemos enfaticamente sua determinação em atingir processos técnicos cada vez mais elaborados.

Selecionei para esta exposição alguns desenhos de cunho erótico que fazem parte de sua produção artística. Não conheço nenhum artista que não tenha, em algum momento, se dedicado a esse tema. Picasso, Degas, Rodin, sem falar das fantásticas ilustrações eróticas japonesas e do Kama Sutra, em relevo nos templos indús. Trata-se da energia vital inerente ao ser humano exposta nas mais antigas representações pictóricas da História, do ano 5.000 antes de Cristo até os dias de hoje. A humanidade se compraz nos jogos amorosos e aqui eles aparecem como testemunho da própria trajetória da arte e da vida.

SOBRE O CENTRO DE ARTE POPULAR – CEMIG

Espaço privilegiado de divulgação e apreciação do trabalho de artistas populares de todo o Estado de Minas Gerais, o acervo do museu conduz o visitante ao imaginário de diferentes artistas. Por meio de suas obras, somos conectados às origens, histórias e crenças de um povo que traz nas mãos um sincretismo cultural próprio.

Em seus dois primeiros andares, o Centro de Arte Popular – Cemig abriga salas que retratam a arte popular mineira. Seu acervo é organizado por materiais, temas e cronologia, onde o visitante pode conferir esculturas em madeira e em cerâmica, telas, teares. Mídias, som e imagem tornam as exposições ainda mais dinâmicas e interativas, e ajudam na contextualização dos temas, mostrando ao visitante uma dimensão mais ampla e profunda do histórico cultural de cada região.

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SERVIÇO

Exposição: “Marcos Garcia - O acrobata das cores’’

Período de visitação: 29 de abril a 29 de maio de 2016

Local: Centro de Arte Popular – Cemig  – Sala de Exposições Temporárias

Endereço: Rua Gonçalves Dias, 1.608 - Lourdes

Horário: às terças, quartas e sextas-feiras, das 10h às 19h | às quintas-feiras, das 12h às 21h | aos sábados e domingos, das 12h às 19h

Informações: (31) 3222-3231


Entre os dias 14 de abril e 30 de maio, a exposição Arte e Educação | 10 anos de Casa Bernardo Guimarães | FAOP e SESI Ouro Preto | Centro Cultural e Turístico estará aberta ao público na Galeria SESI.

Celebração da parceria e estreita convivência da Fundação de Arte de Ouro Preto | FAOP e o Centro Cultural SESI Ouro Preto | FIEMG, a exposição comemora os 10 anos de inauguração desses dois Centros Culturais, o primeiro localizado no bairro Cabeças e o segundo na Praça Tiradentes, em Ouro Preto, com espaços onde a comunidade se envolve em projetos ligados à promoção da arte e da educação.

Todos os dias, de 9h às 19h, os visitantes podem apreciar obras produzidas a partir de 16 técnicas como desenho, pinturas, gravuras e pratos cerâmicos. Este momento cria oportunidade para apresentar o acervo reunido ao longo dos 48 anos de existência da FAOP, fruto da doação de artistas apoiadores, que marcaram a história da instituição.

Apresentando ao público este legado, a exposição tem caráter educativo ao mostrar um pouco da vida e da obra de cada artista, dando ênfase à  expressão da arte em Minas Gerais.

Sobre a FAOP

A FAOP é uma entidade ligada à Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais. Sua missão é valorizar a arte em todas as suas dimensões, promover a preservação do patrimônio cultural, dinamizar a cultura e atuar em todo o Estado.

Desde sua criação, em 1968, atua no município de Ouro Preto e em todo estado de Minas Gerais por meio de políticas públicas, parcerias sociais, comunitárias e educativas, realizando ações que fortalecem sua vocação cultural genuína: tratar da conservação, da restauração, dos fazeres tradicionais e da arte contemporânea em seus mais diversificados suportes e linguagens.

Para responder à uma demanda que permeia toda a produção cultural contemporânea, a FAOP possui quatro imóveis, distribuídos ao longo do Caminho Tronco de Ouro Preto, nos bairros Cabeças, Rosário e Antônio Dias, onde funcionam oficinas e laboratórios estruturados e equipados para o desenvolvimento de todas suas atividades.  Entre eles a Casa Bernardo Guimarães, antigo sobrado do século XIX onde residiu o poeta Bernardo Guimarães e que hoje é sede administrativa da FAOP.

Sobre o SESI Ouro Preto

O SESI Ouro Preto | Centro Cultural e Turístico do Sistema FIEMG comemora seus 10 anos de atividades,  reafirmando seu papel como espaço de difusão das artes, ambiente de convívio e centro de informações. Com o compromisso de promover a cidade e suas potencialidades, o SESI celebra os resultados da sua atuação como Centro de Treinamento, Capacitação e eventos.

Confira abaixo texto do Secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, sobre o evento:

Há dez anos, Ouro Preto conquistava, por sobre ruínas, dois espaços fundamentais. Na Praça Tiradentes, a Federação das Indústrias, Fiemg, incorporou os escombros do incendiado Pilão a um moderno centro cultural e turístico que reconstituiu a volumetria e a imagem do antigo hotel. A bela praça, coração da cidade, mutilada brutalmente, viu-se restaurada e enriquecida pelas atividades do Centro da Fiemg. Ao mesmo tempo, no topo da Rua Alvarenga, nas Cabeças, o casarão de Bernardo Guimarães, adquirido pelo Estado na década de 1920, era finalmente recuperado. A Faop nele se instalou, abrindo possibilidades para as artes e a vida cultural de Ouro Preto. Nada melhor que apresentar, na Fiemg, parte do notável acervo artístico da Faop, a fim de celebrar-se o aniversário.

 Tive a grata oportunidade de participar do resgate das duas edificações. O tempo decorrido enfeixa um resultado impressionante. As realizações positivas nelas alcançadas demonstram como a cultura exerce papel decisivo na qualificação da vida cidadã, ao gerar transformações também nos campos social e econômico. Na condição de Secretário de Estado de Cultura do Governo Fernando Pimentel, é com imensa alegria que me associo à comemoração. O recorte na coleção de artes plásticas da Faop há de despertar, de modo especial, a atenção de todos. Trata-se do embrião do museu de arte com que Ouro Preto sonha, faz muitos anos. Patrimônio da humanidade, retratada e refletida por artistas das seguidas gerações, Ouro Preto começa a criar esse museu, como vem comprovar a notável iniciativa da Faop e da Fiemg.  

Serviço

Exposição Arte e Educação | 10 anos de Casa Bernardo Guimarães da FAOP e Sesi Ouro Preto

Data: 14 de abril a 30 de maio

Horário: 9h às 19h

Local: SESI Ouro Preto | Centro Cultural e Turístico | Praça Tiradentes, 04,

Centro | Ouro Preto, MG

Valor: gratuito

Público alvo: comunidade de Ouro Preto, região e turistas

 

O simples movimento de levantar-se da cama torna-se uma difícil e angustiante tarefa para Gregor Samsa, pois acordou inesperadamente no corpo de um inseto gigante. Esta atmosfera de estranhamento e transformação, proposta por Franz Kafka em um de seus livros mais lidos no mundo, será recriada na exposiçãUm corpo estranho Centenário de publicação de A metamorfose, na Academia Mineira de Letras, a partir do dia 1° de maio.

A mostra foi idealizada pela Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura. O museu pertence à Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, gerenciado pela organização social POIESIS. Em Belo Horizonte, a exposição acontece em parceria com a Academia Mineira de Letras, dentro do projeto Casa da Palavra, que é viabilizado pela Lei Rouanet, com patrocínio do Instituto Unimed-BH e copatrocínio da CemigTELECOM e CBMM.

A exposição aborda a vida e obra de Kafka, autor tcheco que produziu textos desconcertantes, originais na temática e na forma, reconhecido tempos depois de sua morte e até hoje como um dos criadores mais importantes na história da literatura. “’Um corpo estranhopropõe uma releitura de A metamorfosea partir do diálogo entre o texto, os diários, a Carta ao pai, os aforismos e os autores que refletiram ou resgataram o legadokafkiano, comenta Reynaldo Damazio, curador da mostra. O evento tem expografia de Ivanei Silva.

O clássico ganha uma sala especial inspirada no quarto de Gregor Samsa, personagem que se transforma, de repente, em um inseto asqueroso. Porém, serão relembrados outros livros como Carta ao pai, além de seus diários. Aspectos da vida conturbada do autor e de sua relação conflituosa com o pai também farão parte da exposição, assim como recriações e interpretações de sua obra que foram publicadas posteriormente à sua morte.

mostra será separada por três núcleos expositivos*. Os ambientes terão fotos, ilustrações, sonorização e atmosfera especial para que o visitante conheça um pouco da obra e do caráter de pessimismo, dúvidas, estranhamento, insegurança e transformação presentes na obra de Kafka. E o visitante também terá algumas surpresas.

Ficha Técnica

Curadoria: Reynaldo Damazio

Expografia: Ivanei Silva

Design gráfico: Ângela Kina

Coordenação de projeto: Carmem Beatriz de Paula Henrique

Realização em Belo Horizonte: Academia Mineira de Letras

PROGRAMAÇÃO ESPECIAL DE ABERTURA

Para a inauguração da exposição Um corpo estranho Centenário da publicação de A metamorfose, a Academia Mineira de Letras preparou uma programação especial. No dia 1° de maio, a AML abre excepcionalmente no domingo para visitas guiadas, das 9 às 19h.

No dia 2 de maio, às 19h30, o curador da exposição, Reynaldo Damazio, estará em Belo Horizonte especialmente para a palestra Literatura e Dramaturgia - Kafka. O escritor e gestor cultural aborda a vida e obra de Franz Kafka, além de detalhes do projeto curatorial da exposição. Em seguida, às 20h20, acontece um debate sobre expografia para projetos de literatura com o museólogo Ivanei Silva, responsável pela expografia da mostra. 

Sobre os palestrantes

Reynaldo Damazio, curador da exposição "Um corpo estranho,é editor, crítico literário, escritor e gestor cultural. Formado em sociologia pela USP, com especialização em propaganda e marketing pela ESPM. Colaborador do Guia de Livros da "Folha de S. Paulo” e coordenador do Centro de Apoio ao Escritor da Casa das Rosas. Autor dos livros de poemas Nu entre nuvens” (Ciência do Acidente), Horas perplexas” (Editora 34) e Com os dentes na esquina(Dobra Editorial); e organizador, com Tarso de Melo, de Literatura e Cidadania, Subúrbios da caneta” (Dobra Editorial), e Outras ruminações, com Tarso de Melo e Rua Proença, entre outros. Traduziu Calvina” (SM Editora), de Carlo Frabetti.

Ivanei da Silva, responsável pela expografia da mostra, é museólogo pela Uni Rio e mestre em Memória Social e Documentos pela mesma instituição. Atuou em diversos projetos de produção, conservação e montagem de exposições e, atualmente, trabalha na Casa Guilherme de Almeida e na Casa das Rosas, onde é responsável pelos projetos expográficos das exposições temporárias realizadas pela instituição.


*UM CORPO ESTRANHO - NÚCLEOS EXPOSITIVOS

NÚCLEO UM: Corpo mutante

A narrativa de A metamorfoseencena a transformação do corpo de Gregor Samsa como um processo aparentemente natural, um rito de passagem para a revelação de sua identidade no círculo familiar e na vida profissional, como um ser/inseto/animal desprezível, ainda que provoque estranheza e repulsa. Não há causa, ou justificativa, para sua transformação/deformação. O quarto de Samsa pode ser um microcosmo da cidade (Praga), em uma visão labiríntica, como o próprio texto ao descrever em detalhes os movimentos do inseto monstruoso. O texto também é um espelho em que a realidade se deforma. Conto como labirinto onde se move o corpo mutante. Ficção como espelho da deformação.

NÚCLEO DOIS: Corpo palavra

Neste segmento está representada a relação tensa, angustiada, de estranhamento e insatisfação de Kafka com a linguagem, com a ficção, seu mal estar no mundo e em relação ao pai. Os dados biográficos ficam em segundo plano para que a voz do escritor e seus fantasmas, angústias, reflexões se desvelem ao leitor e ajudem a entender o seu pensamento e o modo como encarou a literatura. Os elementos cenográficos são formados a partir dos diários de Kafka, da Carta ao paie de seus aforismos. A culpa, a dúvida, a insegurança, a obsessão pela escrita de ficção estão na raiz de seus apontamentos, e são uma ferida que não cicatriza, como a maçã cravada nas costas de Samsa/inseto.

NÚCLEO TRÊS: Pós-corpo

O conto/novela de Kafka se metamorfoseia nas tentativas de interpretação e análise, que são um verdadeiro desafio, tour de force, intelectual e inseminam outras obras, novas linguagens: textuais, plásticas, gráficas, um pós-corpo.  Por que esse texto enigmático, ao mesmo tempo fantástico, grotesco, e de um realismo assustador ainda nos incomoda, faz pensar, sensibiliza e provoca tantas analogias e releituras? O que causa estranhamento na obra de Kafka? Talvez o estranhamento esteja na raiz de sua ficção e a deformação um mecanismo de atrito ficcional com o real, esse monstro que Kafka tenta revelar com rigor e precisão cirúrgicas. Como desdobramento do Núcleo Três, será incluída uma instalação com um poema de Haroldo de Campos.

SERVIÇO
Evento: Um corpo estranho Centenário de publicação de A metamorfose

Abertura e visita guiada: 1° de maio, das 9 às 19h.

Visitação: até 25 de junho, de terça a sábado, das 9 às 19h.

Palestra: 2 de maio

19h30 - Literatura e Dramaturgia - Kafka, com o curador Reynaldo Damazio

20h20 - Debate sobre expografia para projetos de literatura, com o museólogo Ivanei Silva.

Local: Academia Mineira de Letras (Rua da Bahia, 1466 - Lourdes - BH/MG).

Todos os eventos têm entrada gratuita.

Informações: http://academiamineiradeletras.org.br/

Crédito: Asscom/SUBSL

Biblioteca Pública

 

Um ambiente democrático e de descobertas. Um lugar único, capaz de reunir e valorizar a informação, cultura e sabedoria. Um espaço de contato com as infinitas gerações de formadores de opinião, criando no leitor motivação e senso crítico. No dia 09 de abril, comemoramos o Dia da Biblioteca. A data escolhida se deve ao fato de um decreto, de 09 de abril do ano de 1980, que instituiu também a Semana Nacional do Livro (23 a 29 de outubro) e o Dia do Bibliotecário (12 de março).

Referência no estado, a Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, localizada em Belo Horizonte, integrante do Circuito Liberdade, além de cumprir a função de reunir importantes acervos, reproduz os mais diversos tipos da cultura brasileira em seus espaços: teatro, dança, exposição, moda e cinema são alguns deles.

“A Biblioteca Pública procura dinamizar e diversificar o espaço. Temos atividades de inclusão, cursos, espaços para leitura e todas as manifestações culturais são bem-vindas. Através de suportes e plataformas diferentes, nossa intenção é atingir as mais diversas faixas etárias e gêneros. A nossa Biblioteca é um lugar público, democrático, diversificado e inclusivo”, explica Eliani Gladyr, gestora cultural e responsável pelo acervo especial da Biblioteca Pública.

Conheça algumas curiosidades sobre a Biblioteca Pública de BH.

1 – Serpentário dá lugar a Biblioteca:

Antes do terreno localizado na Praça da Liberdade dar forma à Biblioteca, até 1941, ele abrigou o serpentário - Instituto Ezequiel Dias. Devido às suas atividades curiosas, tornou-se atração turística para os moradores de BH, sendo necessário até mesmo o estabelecimento de horários para a visitação pública.

2 - Projeto inicial de Oscar Niemeyer para a construção não foi concluído:

Juscelino Kubitschek solicitou um projeto ao amigo Oscar Niemeyer. O arquiteto projetou um edifício de 6 andares, com diversos espaços culturais, localizado na Praça da Liberdade, ao lado do Palácio do Governo. A construção desse belo prédio foi longa e cheia de percalços. Por falta de recursos financeiros, o projeto sofreu várias alterações. Três dos seis andares previstos foram cortados.

3 - Parte da obra de construção foi feita por detentos:

A construção do projeto modificado contou com a mão-de-obra de detentos da Casa de Correção, hoje Penitenciária de Neves.

4 – Houve troca de nome da Biblioteca durante cinco anos:

A Biblioteca, até então parte da Secretaria do Trabalho e Ação Social, passa, em 1974, para a Coordenadoria de Cultura. Logo em seguida, em 1975, é transferida para a Secretaria da Educação. Com o novo decreto em maio de 1978, a instituição perde seu nome e sua identidade e transforma-se em Centro de Educação Permanente.

A perda do nome “Biblioteca Pública” e a sua substituição por um título inadequado foi considerada uma afronta aos bibliotecários. Em 1983 a Biblioteca retoma sua identidade e volta a receber o nome de Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa.

5- Uma coleção com douração em folhas de ouro:

No acervo de obras raras e especiais, o leitor poderá ter acesso a coleção Rita Adelaide, com cerca de 1.305 volumes. Alguns exemplares possuem douração em folha de ouro. Além disso, há também uma bíblia alemã de 1841 encadernada em couro e detalhes em metal, elementos bem inusitados para servir de suporte a um livro.

6 - Hemeroteca Histórica possui exemplares do menor jornal do mundo:

No acervo de Hemeroteca Histórica, que reúne acervos de jornais e revistas históricas, você encontra exemplares do menor jornal do mundo registrado no Guinness World Records. O periódico “Vossa Senhoria” possui dimensões de 9 cm x 6 cm.

7 -  História por trás das estátuas de bronze em frente à Biblioteca:

As estátuas em bronze atualmente encontradas na portaria da biblioteca são do artista plástico Leo Santana e homenageiam os “Quatro cavaleiros do Apocalipse”: Otto Lara Resende, Paulo Mendes Campos, Hélio Pellegrino e Fernando Sabino. Trata-se de um quarteto de renome das letras. Inicialmente instalada na Praça Carlos Drummond de Andrade, as obras intituladas como Encontro Marcado foram inauguradas em 11 de outubro de 2005 para registrar o falecimento do poeta Fernando Sabino.

O Centro Cultural Banco do Brasil, CCBB, inaugura nesta quarta-feira, 27 de abril, uma exposição inédita do artista plástico Nuno Ramos intitulada “O Direito à Preguiça”. Os visitantes devem se surpreender com as oito obras pensadas e construídas especialmente para o CCBB de Belo Horizonte, espaço que integra o Circuito Liberdade.

São objetos e elementos que emitem sons, produzem movimentos, “esmagam” jornais e até produzem cachaça. “Eu quis fazer aqui por causa desse pátio, que eu acho lindo. Meu anzol foi esse“, conta Nuno, mostrando encantamento com o projeto arquitetônico do CCBB mineiro.

Na verdade, uma pessoa com preguiça jamais ocuparia esse imenso espaço – que inclui as salas superiores – com obras tão elaboradas e complexas e que ainda mantém um caótico diálogo. Imagine um andaime que toca como um órgão e depois dê a ele 15 metros de altura. E então se prepare para ouvir “Samba de uma nota só”.

“Essa exposição tem um quê de protesto, é mais irritada. Há uma irradiação da ideia do livro de Lafargue (Paul Lafargue, genro de Marx, que escreveu “O Direito à Preguiça”) e está tudo interligado”, conta Nuno.

Referências com outras obras famosas do universo artístico estarão presentes na exposição de Nuno Ramos como “O grito” de Edward Munch e textos de Drummond na instalação “Paredes” que o artista definiu como sendo um trabalho “esquisito e raivoso”. Haverá também uma perfomance denominada “No Sé  (O templo do sol)” que será mostrada em vídeo.

Ainda na mostra, outras invenções se misturam: gangorras, andaimes, elementos unidos por uma ideia recheada de sons, cantos, performances, palavras e vozes, tudo aparentemente à serviço do protesto.

Foto: Nuno Ramos/Divulgação CCBB

Muito prazer, Nuno Ramos!

Para quem não o conhece, Nuno Ramos hoje é um dos maiores nomes da arte contemporânea brasileira. Alia a produção em arte com o ofício de escritor e letrista. Adora a palavra, o olhar para o caos e também para a ‘conformação do caos’. Participou de bienais, exposições internacionais, e ganhou diversos prêmios, entre eles, oGrand Award (pelo conjunto da obra) – da Barnett Newmann Foundation.

A exposição fica em cartaz até o dia 27 de junho com entrada franca.

 

EXPOSIÇÃO: “Nuno Ramos - O Direito à Preguiça”

Data: 27 de abril a 27 de junho de 2016

Local: CCBB BH – Praça da Liberdade, 450, Funcionários

Horários de visitação: De quarta a segunda, das 9h às 21h

Crédito: Asscom/SEC

Angelo Oswaldo com maestro Alex Domingos e presidente Ansfrido Oliveira -

Na tarde desta sexta-feira o secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, recebeu, na Cidade Administrativa, o maestro Alex Domingos e o presidente Ansfrido André de Oliveira da Banda Sinfônica Jovem de Pirapora. Eles vieram relatar ao secretário Angelo Oswaldo os exitosos trabalhos com os duzentos jovens, de 9 a 14 anos, no que se refere ao ensino musical e à formação e atuação da corporação piraporense.

A banda realiza apresentações aclamadas pelo público local e visitante com a Sinfonia do velho Chico, executada nos conveses do turístico Vapor Benjamin Guimarães, que navega pelas águas do Rio São Francisco. 

Minas Gerais é o segundo Estado brasileiro em número de habitantes e o quarto com maior área territorial do país. Diante disso, de acordo com o secretário de Estado de Turismo, Ricardo Faria, “apresenta-se um grande potencial turístico a ser explorado, fazendo com que haja oportunidades únicas de fomentar a geração de emprego e renda por meio da recepção de turistas no Estado. Assim, faz-se de grande relevância o acompanhamento do desempenho econômico daquelas atividades que dependem do turismo, ou que por este são impactadas”, afirma. E completa: “a partir destas análises, tanto o Estado quanto as iniciativas privadas poderão planejar com maior efetividade suas políticas, priorizando setores ou públicos-alvo, estabelecendo critérios técnicos, ou até mesmo adquirindo poder de argumentação em diálogos com a sociedade sobre o tema”.

 

Para este boletim, foram consideradas como “Setor de Turismo” as atividades afetadas pela presença de turistas na região, que, de acordo com o diretor de Pesquisa, Informações Turísticas e Estatística da Setur, Rafael Oliveira, “são aquelas atividades cuja presença de turistas é fundamental para sua existência (como hotéis e agências de viagem), além das que são beneficiadas pelo turismo, mas que não deixam de existir na sua ausência (como restaurantes e comércio)”. A relação completa das atividades, bem como mais detalhes sobre a

metodologia aplicada, podem ser encontrados anexo ao Boletim.

 

O Boletim encontra-se disponível no link: http://www.minasgerais.com.br/observatorioturismomg/?page_id=1115

O secretário de Estado da Cultura, Angelo Oswaldo, esteve reunido com o ministro da Cultura, Juca Ferreira, na manhã desta terça-feira (5). Entre as várias pautas tratadas no encontro, Angelo Oswaldo informou ao ministro as principais ações, programas e editais implementados em Minas Gerais na área da cultura. Também foi apresentado ao ministro o resultado parcial dos Fóruns Técnicos para discussão do Plano Estadual de Cultura, que estão acontecendo em várias cidades de Minas Gerais.

ÂngeloOswaldo visita Minc

A reunião contou ainda com a presença do chefe da Representação Regional do Ministério da Cultura (MinC) do estado, Guilardo Veloso. Outro tema abordado foi a realização, em Belo Horizonte, de um seminário de preparação da próxima edição do Festival Mundial de Artes Negras. O festival deve ocorrer em 2017, também na capital mineira. 

 O FESTIVAL
 
Idealizado pelo ex-presidente do Senegal, Léopold Sédar Senghor, ainda na década de 1960, o festival é hoje considerado uma das maiores reuniões das artes e da cultura do mundo negro. A última edição do evento ocorreu em 2010, em Dacar, no Senegal. Na ocasião, o Brasil foi país convidado de honra do festival por possuir a segunda maior população negra do planeta e conseguir conservar as manifestações de origem africana.
 
O secretário avaliou a importância da realização do festival. "Nós convidamos o ministro para estar em Belo Horizonte para a abertura de um seminário preparatório do evento. Nós queremos acolhê-lo em Minas Gerais nessa primeira versão brasileira do festival, lembrando que devemos receber representações de diversos países africanos e do movimento afro-brasileiro. Esta será uma realização muito importante, que está sensibilizando as principais lideranças do movimento negro", informou Angelo Oswaldo. 
 
O seminário internacional preparatório para o festival de 2017 deverá ocorrer ainda neste ano, em 8 de junho. As diretrizes e o tema do encontro deverão ser discutidas nesse dia. O ministro Juca Ferreira se mostrou disposto a realizar a conferência de abertura do evento.  
 
A primeira edição do Festival Mundial de Artes e Culturas Negras aconteceu em Dacar, Senegal, em 1966, promovido pelo país em parceria com a Unesco. O tema do festival foi "O significado das artes e cultura negra na vida dos povos e para os povos". A segunda edição aconteceu em Lagos, Nigéria, em 1977, com o tema "Civilização Negra e Educação".

 

A 6º Rodada Regional do ICMS Cultural vai percorrer, entre os meses de abril e outubro de 2016, 12 municípios mineiros, alcançando os 17 Territórios de Desenvolvimento do Governo do Estado. A iniciativa, promovida pelo Governo de Minas Gerais, por meio do Iepha-MG e em parceria com os municípios, pretende reunir agentes públicos de todas as regiões do estado para debater políticas de preservação e salvaguarda do patrimônio cultural.

Um dos objetivos do encontro é prestar esclarecimentos aos gestores municipais sobre a Deliberação Normativa referente ao ICMS Patrimônio Cultural aprovada pelo Conselho Estadual de Patrimônio (Conep) - ano base 2016 e exercício 2018. Além disso, pretende-se incentivar que municípios de uma mesma região desenvolvam ações conjuntas de preservação do patrimônio cultural, como explica o diretor de promoção do Instituto, Fernando Pimenta Marques.

“O programa do ICMS Patrimônio Cultural desponta como precursor na implantação de um Sistema Estadual de Patrimônio Cultural e as Rodadas se constituem como um importante instrumento no diálogo com os municípios em busca do fortalecimento das políticas municipais e regionais de preservação do patrimônio cultural do estado. Além disso, o Iepha-MG busca, por meio das Rodadas, uma maior aproximação para a construção coletiva de um sistema onde todos contribuam e sejam ouvidos na consolidação de políticas públicas efetivas”, aponta.



Arcos inicia as Rodadas 

Arcos, no Centro Oeste mineiro, será a primeira cidade a realizar o encontro na quinta-feira (28/4). Em maio, no dia 19, será a vez do município de Grão Mogol, na região Norte de Minas.

No mês de junho, municípios de três diferentes regiões do estado irão se reunir com a equipe do Iepha. No dia 2, em Uberlândia, Triângulo Mineiro, no dia 9 em Januária, Norte de Minas, e no dia 23, dentro das atividades da sétima edição dos Mestres e Conselheiros em Belo Horizonte, a capital vai abrigar mais uma etapa da Rodada para discutir ações de salvaguarda dos bens culturais da Região Metropolitana.

A programação da 6ª Rodada Regional do ICMS Cultural chega, no dia 28 de julho, a Viçosa, na região do Caparaó. Em agosto, no dia 11, o evento acontecerá em Coronel Fabriciano, no Vale do Aço. E, no dia 25, em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri.

Em seguida, no dia 13 de setembro, a programação da 6º Rodada Regional do ICMS Cultural parte para a cidade de Barbacena, na região do Campo das Vertentes. Dois dias depois, no dia 15, se reúne com representantes municipais do Sul de Minas em Perdões.

Fechando a agenda, em outubro, o município de Buritizeiro, na região do São Francisco, realiza o evento no dia 6, e a tricentenária cidade do Serro, no Alto Jequitinhonha, finaliza o ciclo de debates no dia 20.

Rodada em 2015

No ano passado, o Iepha-MG visitou os 17 Territórios de Desenvolvimento demarcados pelo Governo do Estado e colheu dos representantes de cada município sugestões para compor a nova Deliberação Normativa, em vigor para o ano base 2016 e exercício 2018. O Instituto passou por 10 cidades mineiras: Guaranésia, no Sul de Minas, Formiga, Oeste do Estado, Juiz de Fora, na Zona da Mata, Nova Lima e Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, Diamantina, no Alto Jequitinhonha, Pirapora, no Norte, Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, Araxá no Alto Paranaíba e Viçosa, na região do Vale do Aço mineiro.

Além disso, foram também contemplados os municípios de Timóteo, no Vale do Aço e Bocaiúva, na região Norte. Nesse período, mais de 600 representantes de aproximadamente 400 municípios participaram dos encontros promovidos pelo Iepha-MG.

Para Bruno Tripoloni Balista, chefe do setor de proteção ao patrimônio cultural de Arceburgo, no sul do estado, as Rodadas do ICMS Cultural são momentos de busca e construção coletiva do conhecimento, com o apoio de profissionais do Iepha-MG. “Os municípios mineiros são orientados com todo respaldo suficiente para que sejam desenvolvidos trabalhos voltados para a preservação, conservação e manutenção de nosso rico patrimônio cultural. E com a nova Deliberação Normativa, o nosso trabalho pode ser desenvolvido de forma prática e colaborativa, pensando incondicionalmente nos municípios”, afirma Bruno, acrescentando ainda que as Rodadas são momentos únicos, e incomparáveis de formação continuada, apoio e esclarecimentos.

20 anos de ICMS Patrimônio Cultural

Criado em 1995, o ICMS Patrimônio Cultural, é o único programa no Brasil de indução à municipalização de ações de política pública de preservação do patrimônio. Já produziu alguns resultados importantes para Minas Gerais. Desde 1996, foram instalados 727 Conselhos Municipais do Patrimônio Cultural no Estado. Até 2015, 665 municípios aprovaram legislação e criaram o Fundo de Preservação do Patrimônio Cultural. O número de bens protegidos na esfera municipal também é destaque. Em 2015, o Estado já contava com cerca de quatro mil bens protegidos pelos municípios. As ações de educação para o patrimônio foram implementadas em 596 cidades mineiras.

 

Em abril Belo Horizonte – e outras cidades do Estado – os bares entram em competição harmoniosa trazendo à mesa combinações dos ingredientes típicos ao paladar dos cidadãos em pratos que enchem os olhos e agradam a boca do freguês. Os Festivais Botecar e Comida Di Buteco incrementam ainda mais um dos entretenimentos favoritos do bom mineiro: sentar, beber, comer e prosear numa mesa de bar.  

Comida di Buteco valoriza gastronomia mineira nos bares da capital

De 15 de abril a 15 de maio, o concurso Comida di Buteco abre a temporada de eleições! São 500 butecos de Norte a Sul do país concorrendo, numa edição onde o tema para a criação do tira-gosto é livre. E a partir de agora, os 20 campeões concorrerão ao título de MELHOR BUTECO DO PAIS.

O concurso foi criado em 2000, com a missão de TRANSFORMAR VIDAS ATRAVÉS DA COZINHA DE RAIZ – BUTECO EXTENSÃO DE SUA CASA. Pioneiro nesse segmento, ano passado conquistou finalmente todas as cinco regiões do Brasil. Foi quando chegou ao Sul do país e fincou bandeira na última região onde ainda não era realizado. Assim, desde então ele pode ser, legitimamente, chamado de nacional!

Visite, vote, eleja!! Simples e direta é a mensagem que irá convocar butequeiros do país inteiro para a missão de eleger o melhor buteco de sua cidade. E essa missão, agora ganha um peso muito maior.

A grande novidade

Após 17 anos de concurso, O Comida di Buteco elegerá, a partir desta edição, O MELHORBUTECO DO BRASIL! No período do concurso, público e jurados das cidades visitarão e darão suas notas, premiando o melhor da cidade. Finalizadas todas as premiações, um comitê de jurados conhecerá, no mês de junho, os vencedores de cada uma das 20 cidades, dará suas notas e elegerá o melhor do país. Assim, o voto de cada um passa a ter uma importância ainda maior, visto que o melhor da cidade vai concorrer ao título de melhor buteco do Brasil!

Daí o tema livre, para que cada participante possa demonstrar toda sua excelência!

Trata-se de um grande momento na história do Comida di Buteco e um passo importante na sua consolidação como Concurso Nacional. Um passo que reflete em todo o segmento,  reiterando a relevância desse perfil de estabelecimento para a cultura e gastronomia brasileiras: o buteco com “U”, sempre conduzido pelos donos e suas famílias, valorizando a comida caseira mesmo na alimentação fora do lar.

Todas as culturas têm seus ícones que expressam alguns dos valores das suas respectivas sociedades: o bistrô na França, o pub na Inglaterra, as cantinas na Itália, os izakayas no Japão e os bodegones na Argentina, apenas para citar os mais conhecidos. Obuteco é um ícone da cultura brasileira, por ser o cenário de integração das semelhanças e diferenças culinárias, sociais e artísticas, tendo valores muito relevantes ao brasileiro no seu DNA: a democracia, a miscigenação, a alegria, a proximidade. A eleição do MelhorButeco do Brasil tem o ineditismo mundial de eleger um símbolo cultural cotidiano de um país da forma mais abrangente possível: o voto.

 O Brasil vai às urnas, com muito tempero e regionalismo

O ROTEIRO NACIONAL  
 
REGIÃO SUDESTE  
 
MINAS GERAIS Belo Horizonte  
Juiz de Fora  
Montes Claros  
Uberlândia  
Poços de Caldas  
Vale do Aço (Timóteo, Ipatinga e Coronel Fabriciano)  
   
SÃO PAULO São Paulo  
Campinas  
Ribeirão Preto  
São José do Rio Preto  

RIO DE JANEIRO                                                          Rio de Janeiro

 
REGIÃO CENTRO-OESTE  
GOIÁS Goiânia  
DF Brasília  
   
 REGIÃO NORDESTE  
Bahia Salvador  
Pernambuco Recife  
Ceará Fortaleza  
   
 REGIÃO NORTE  
Amazonas Manaus  
Pará Belém  
REGIÃO SUL  
Rio Grande do Sul Porto Alegre  
Paraná Curitiba  

O tempero e a receita do concurso que agora elege o melhor do país

A dinâmica do concurso

Não é festival, é concurso. Cada participante cria um tira-gosto para concorrer. O público e um corpo de jurados têm que visitar os botecos, provar e votar. A média entre os quesitos avaliados garante o resultado da premiação. São avaliados de 1 a 10, O PETISCO (que leva 70% da nota), a HIGIENE, O ATENDIMENTO E A TEMPERATURA DA BEBIDA. O voto do júri vale 50% e o do público 50%. O instituto de pesquisas Vox Populi é o responsável pela apuração dos votos nas 20 cidades e também do 1º Campeão Nacional.

O Campeão dos Campeões

Em junho, uma comissão de jurados, escolhida especificamente para esta missão, vai visitar os 20 campeões para eleger o melhor dos melhores. Cada buteco vai receber três jurados, um da própria cidade e dois de outras cidades. É como se agora o Comida di Buteco tivesse duas etapas: eleição do melhor da cidade, envolvendo público e jurados, e eleição do melhor do país, validada por outra comissão de jurados que não participou da primeira etapa.

O perfil dos botecos escolhidos

Os botecosselecionados para participar são classificados pela realização do concurso como “ESPONTÂNEOS”: é aquele boteco em que o dono está sempre à frente do negócio, não pertencendo a redes ou franquias. Ou seja, que tem a identidade de seu proprietário.

A transformação de vidas é um prato principal do concurso

Pelo seu formato, que envolve o público e gera uma visitação intensa nos estabelecimentos concorrentes, o Comida di Buteco vem se consolidando, ano a ano, como uma das mais importantes plataformas de transformação social no segmento, e tem contribuído para a manutenção desses pequenos comércios em um mercado tão concorrido e vulnerável. Inúmeras vezes mudando a vida de seus proprietários.

Comida di Buteco chega à 17ª edição com o compromisso pioneiro de unir, em um só concurso, comida boa e botecos de primeira, sem deixar de lado o seu papel no fomento à cultura e no que diz respeito ao desenvolvimento social deste segmento.

 

Festival Botecar volta à BH e proporciona uma viagem pelas tradições através do paladar

“Se BH não tem mar, vamos pro bar”, o famoso ditado popular será praticado à vontade por uma parcela considerável da população de Belo Horizonte entre os dias 6 de abril e 7 de maio. Em sua terceira edição, o festivalBotecarvai movimentar 50 bares de diferentes regiões da capital, oferecendo ao público cerveja gelada e tira-gostos que utilizam insumos 100% de raiz, numa tradução da cultura botequeira da cidade.

E já que Minas são muitas, como dizia o poeta, em 2016 os bares voltam a homenagear Minas Gerais com o tema Mineiridade. Nesta edição eles foram convidados a pesquisar a história do Estado, festas religiosas, pratos e ingredientes típicos, além da evolução da gastronomia desde o uso dos ingredientes secos pelos tropeiros, passando pelas cozinhas de fazenda, até os dias atuais. O resultado dessa pesquisa está traduzido nos tira-gostos criados pelos bares que nos levam a uma verdadeira vigem por Minas através do paladar. Durante os 31 dias do festival, os frequentadores dos botecos e jurados vão avaliar os tira-gostos servidos, e o que obtiver a maior nota total será eleito campeão desta 3ª edição. Os preços dos pratos variam entre R$ 5,00 e R$ 35,00.

Campeão do Botecar 2015, oBoteco da Carnevolta ao festival este ano e, segundo o proprietário Leonardo Marques, chega para brigar por mais um título. Desta vez com o “Trio Fazenda da Ripa”, uma combinação de costela de porco empanada, mandioca cozida na manteiga e bolinho de milho. “A farinha usada para empanar a costela foi especialmente trazida de Araxá, já o bolinho de milho foi inspirado em Abaeté”, conta.

Novos participantes

Há 30 anos no Mercado Central, oBar do Julioparticipa pela primeira vez do Botecar. Segundo Julio Palhares, ingredientes típicos do Mercado como o fígado com jiló e a pimenta biquinho, foram a sua inspiração para criar a “Chapa do Julio”, que contém pernil, linguiça, fígado, cebola, mandioca, torresmo e o famoso molho do Julio.

Além do Bar do Julio, participam pela primeira vez do festival os baresBaiana do Acarajé,João da CarneeEmpório Viação Cipó. Em 2015, o Botecar atraiu cerca de 500 mil pessoas e a organização do evento espera repetir este público nos 31 dias de 2016.

Chefia camarada

Prova da busca do evento por retomar as raízes da cultura tradicional de boteco é o “Chefia camarada”, concurso paralelo para eleger o melhor garçom do festival. Afinal, nada é mais tradicional e fundamental num bom bar quanto um excelente garçom. A votação para escolha do melhor garçom do Botecar 2016 é feita pelositewww.botecar.com.br.

Sobre o Botecar

O Botecar foi criado em 2014 com o objetivo de retomar as raízes da cultura tradicional de botecos, gerando um movimento de valorização, desenvolvimento e aprimoramento do segmento em Belo Horizonte. É legitimado pelo fato de ter entre os 50 participantes alguns dos bares mais tradicionais e apreciados da capital.

SAIBA MAIS

Veja quais são os bares e pratos concorrentes do Botecar 2016

1 - ADEGA E CHURRASCO

Rua Maura, 120, Palmares

Prato:Maçã do Mestre

Serve de 2 a 3 pessoas

Preço: R$32,00

2 - AGOSTO BUTIQUIM

Rua Esmeralda, 298, Prado

Prato:Quiprocó com Lobrobó

Serve de 2 a 3 pessoas

Preço: R$34,90

3 - AMARELIM DA PRUDENTE

Av. Prudente de Morais, 920, Cidade Jardim

Prato:cambito do leitão

Serve 2 pessoas

Preço: R$32,90

4 - ARMAZÉM DO ÁRABE

Rua Luz, 230, Serra

Prato:Porcomeu e Julieta

Serve de 2 a 3 pessoas

Preço: R$32,90

5 - ARMAZÉM MEDEIROS

Rua Rio de Janeiro, 2221, Lourdes

Prato:Tri-buto à Minas Gerais

Serve 3 pessoas

Preço: R$28,80

6 - BAIANA DO ACARAJÉ

Crédito: Thayse de Castro

Waldir de Luna Carneiro e Angelo Oswaldo

O dramaturgo, teatrólogo e escritor Waldir de Luna Carneiro recebeu, na sua casa de Alfenas, a visita do secretário Angelo Oswaldo. “É muito prazeroso”, disse o secretário da Cultura de Minas Gerais, “vir a Alfenas e poder abraçar uma das maiores personalidades do nosso teatro”. Aos 95 anos, Waldir de Luna Carneiro continua a escrever peças teatrais e também contos e crônicas, que publica na imprensa local. Autor de vários textos para o palco, focalizou a situação angustiante vivida pelos moradores da região de Furnas, quando se formou o lago, inundando vastíssimo território. Data dessa época a peça “A Represa”, encenada em Belo Horizonte e diversas cidades, com grande sucesso. O teatrólogo rememorou muitos lances de sua atividade, na conversa com o secretário. Em Alfenas, Angelo Oswaldo participou do Fórum Técnico da Assembleia Legislativa, realizado no auditório da Unifal, para levantar a contribuição do Sul ao debate sobre o Plano Estadual de Cultura, em discussão no parlamento mineiro.

O parque é gigante e, ao longo de seus 31.800 hectares abriga inúmeros atrativos além do Pico. Tanto no lado mineiro quanto no capixaba, quem pretende fazer atividades menos intensas encontra cachoeiras e mirantes que podem ser alcançados por carro ou caminhadas curtas.

 

Para quem pretende subir o Pico da Bandeira, a melhor época é entre maio e agosto, quando chove menos e a visibilidade aumenta. As caminhadas noturnas, para ver o nascer do sol a partir do pico, também podem ser feitas com mais segurança nessa época. Alguns receptivos do Programa Minas Recebe operam na região com roteiros noturnos e diurnos para o Pico.

 

O município de Alto Caparaó, a 330 km de Belo Horizonte e apenas 225km de Vitória, tem uma estrutura turística mais desenvolvida, com boa oferta de hospedagens, outros atrativos e bares e restaurantes.

 

O Parque - O Parque abrange quatro municípios mineiros (Alto Caparaó, Caparaó, Alto Jequitibá e Espera Feliz) e cinco capixabas (Dores do Rio Preto, Divino São Lourenço, Ibitirama, Iúna, Irupi). Além do Pico da Bandeira estão localizados no Caparaó outros cinco picos que estão entre os dez mais altos de todo o território nacional. Além disso, por abrigar uma das mais importantes áreas de preservação da Mata Atlântica do sudeste brasileiro, o parque é também uma Unidade de Conservação (UC), administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). As UCs são responsáveis pela proteção de espécies endêmicas e ameaçadas de extinção, sendo, portanto fundamentais para a conservação da biodiversidade e dos recursos naturais.

 

Câmara Temática de Visitação e Turismo Sustentável - na última reunião do Conselho Consultivo do Parque Nacional do Caparaó – CONPARNA - foi criada a Câmara Temática de Visitação e Turismo do PNC, instância interna de apoio à gestão, cujo objetivo é subsidia-los de informações técnicas quanto ao uso público, realizar proposições de modelos de gestão, promover articulação e parcerias, e realizar o estudo do plano de manejo com foco na visitação.

 

A Câmara possui oito representantes e foi constituída por algumas entidades do turismo que já são conselheiras, como o Circuito Turístico Pico da Bandeira e as Secretarias Municipais, por exemplo. Além destes conselheiros, as Secretarias de Estado de Turismo de Minas Gerais e do Espirito Santo foram convidadas a participar como órgãos de assessoramento.  A previsão é que as reuniões aconteçam bimestralmente na região.

 

De acordo com a turismóloga e representante da Setur/MG na Câmara, Mariana Rocha, “a participação da Secretaria nesta Câmara é uma oportunidade de novas conquistas para o turismo do estado, principalmente por se tratar de um Parque com tamanha relevância como destino de ecoturismo e cujo número de visitantes aumenta a cada ano.”

 

O Parque Nacional do Caparaó completará 55 anos de criação no dia 24 de maio desse ano.

 

SERVIÇO:

 

Receptivos do Programa Minas Recebe que operam na região:

 

Rastro de Luz – (32)3741-2679/98416-0394

Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. / www.rastrodeluz.com.br

Safari Viagens – (31)3072-0805/3088-8461

Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo./ www.safariviagens.com.br

Trilhas de Minas Turismo – (31)3221-7922/99993-1158

Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo./www.trilhasdeminas.com.br

 

Informações:

http://www.icmbio.gov.br/parnacaparao/4-parque-nacional-do-caparao.html

Instituto Chico Mendes (MG) - (32) 3747-2086/2943.

A Secretaria de Estado de Cultura entende que a leitura consiste numa das formas mais eficientes de aprendizagem. Trata-se também de uma maneira comprovadamente efetiva de transmitir conhecimento. Os textos condensam em palavras todo um universo de ideias. Reconhecendo o potencial de formação cidadã que reside nos livros, a SEC valoriza os responsáveis pela criação dessas fontes de informação e cultura com o Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura.

O edital distribuirá em sua 9ª edição R$ 258 mil (duzentos e cinquenta e oito mil reais) para as categorias Conjunto da Obra, Poesia, Ficção e Jovem Escritor Mineiro. As inscrições estão abertas até o dia 30 de maio.

O superintendente de Bibliotecas e Suplemento Literário, Lucas Guimaraens, explica como o prêmio valoriza o trabalho do escritor, além de propagar o nome do contemplado no cenário das letras. “O Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura fomenta a cadeia produtiva do livro a partir do seu elo mais frágil, o escritor. Por um lado, ele reconhece o autor, ou potencial autor, em seu mérito artístico, e por outro, lança sobre ele um holofote para que venha também a ser reconhecido pela mídia, pelas editoras, pelo mercado, impulsionando ou pavimentando sua carreira.”

Os autores concorrerão a 30 mil reais (por categoria) nas categorias Poesia e Ficção. Já o vencedor na categoria Jovem Escritor Mineiro receberá parcelas de oito mil reais, durante seis meses (totalizando 48 mil reais), para a pesquisa e elaboração de um livro. O homenageado pelo Conjunto da Obra receberá 150 mil reais.

Nas categorias Poesia e Ficção, o Prêmio é aberto a escritores iniciantes e/ou profissionais, maiores de 18 anos, nascidos (ou naturalizados) e residentes em território nacional. Já a categoria Jovem Escritor Mineiro é restrita a pessoas com idade entre 18 e 25 anos, nascidas em Minas Gerais ou residentes no Estado há pelo menos cinco anos. Cada participante pode inscrever apenas uma obra inédita por categoria.

A categoria Homenagem Conjunto da Obra não recebe inscrições, já que uma comissão especialmente designada indica um autor cuja obra seja, em seu conjunto, de inegável qualidade e relevância para a literatura brasileira, e que tenha também contribuído de maneira decisiva para novos rumos da produção e/ou crítica literárias brasileiras.

Os interessados devem protocolar suas obras, conforme orientações do edital, no Suplemento Literário de Minas Gerais, sediado na Avenida João Pinheiro, 342, Belo Horizonte/MG – CEP 30130-180, até 30 de maio de 2016, no horário de 10h às 17h, ou enviá-la pelo correio para o endereço acima indicado, valendo a data da postagem feita até o último dia de inscrição.


Sobre o Prêmio

O Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura foi lançado em dezembro de 2007, para promover e divulgar a literatura brasileira, reconhecendo grandes nomes nacionais e abrindo espaço para os jovens escritores mineiros. O prêmio é dividido em quatro categorias: I - Conjunto da Obra (homenagem a um escritor brasileiro em atividade), II - Poesia, III - Ficção e IV - Jovem Escritor Mineiro.

Em todas as categorias, as obras não podem ter sido publicadas anteriormente, seja de forma impressa ou virtual.

Conjunto da obra

Na categoria Conjunto da Obra, prêmio dado a escritores com notória contribuição ao desenvolvimento da literatura brasileira, já foram homenageados os escritores e críticos literários Antonio Candido de Mello e Souza, na edição de lançamento em 2007; Sérgio Sant`Anna (2008); Luis Fernando Veríssimo (2009); Silviano Santiago (2010); Affonso Ávila (2011); e Rui Mourão (2012); Ferreira Gullar (2013), e Fábio Lucas Gomes, na última edição.

Serviço

Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura

Inscrições abertas: até 30 de maio de 2016

Endereço para entrega de propostas:

Suplemento Literário de Minas Gerais

Praça da Liberdade n21. Funcionários 

Belo Horizonte/MG

CEP 30130-180

Entrega presencial (das 10h às 17h) ou via Correios

Informações: (31) 3269-1142 ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Acesse os documentos 


Homenagem aos 120 anos de Agripa Vasconcelos

“Eu não invento, apenas romanceio a história. É história e não estória”, assim o médico e escritor mineiro Agripa Vasconcelos (1896-1969) falava sobre um de seus ofícios: escrever, com sensibilidade, sobre densos episódios da evolução histórica e econômica de Minas Gerais.

No ano em que o autor completaria 120 anos, a Secretaria de Estado de Cultura apoia o evento de homenagem com a palestra “Agripa Vasconcelos – do poeta ao romancista das Gerais”, ministrada pelo especialista das letras e professor Maurício Cesar Menon, doutor pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná. A homenagem é aberta ao público, no dia 7 de abril, às 19h30, no Auditório Vivaldi Moreira da Academia Mineira de Letras.

O secretário de Estado de Cultura e sucessor de Vasconcelos na Academia Mineira de Letras - AML, Angelo Oswaldo, salienta a importância do autor para a literatura brasileira. “Sua obra se tornou uma referência cultural muito forte. É que as personagens mais fascinantes da história mineira renascem em suas páginas de modo ao mesmo tempo realista e fantástico”.

Mara Sylvia de Vasconcellos Mancini, neta de Agripa Vasconcelos, fala sobre a emoção para família em receber o reconhecimento. “É uma data muito importante para nós e é comovente receber o apoio da Academia Mineira de Letras, uma vez que meu avô é até hoje o mais jovem imortal a ingressar naquela Casa, com apenas 25 anos de idade. Estamos felizes por poder reavivar o nome dele no cenário brasileiro, já que trata-se de um ícone da literatura. Ele foi um dos grandes nomes do seu tempo.”

O presidente da AML, Olavo Romano, e a presidente da Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais e coordenadora da Universidade Livre da AML, Elizabeth Rennó, estarão presentes na solenidade.

Secretário Angelo Oswaldo em homenagem a Agripa Vasconcelos

Agripa Vasconcelos

Agripa Vasconcelos nasceu em Matozinhos, então município de Santa Luzia, em 12 de abril de 1896. Obteve o título de médico na Faculdade do Rio de Janeiro, em 1920. Uma década depois, publicou “De que morreu Aleijadinho”, um dos primeiros diagnósticos retrospectivos feitos no Brasil sobre o assunto. Com muita pesquisa e dedicação, escreveu Agripa “Sagas do País das Gerais”. A obra, composta de seis romances históricos, colocou-o entre os maiores escritores brasileiros.

A coleção consagrada é ilustrada pela artista plástica Yara Tupinambá e conta com os seguintes volumes: “Fome em Canaã: romance do Ciclo dos Latifúndios”, “Sinhá Braba: romance do Ciclo Agropecuário”, “Gongo-Sôco: romance do Ciclo do Ouro”, “Chico-Rei: romance do Ciclo da Escravidão”, “A Vida em Flor de D. Bêja: romance do Ciclo do Povoamento” e “Chica que Manda: romance do Ciclo dos Diamantes”.

As histórias e personagens de dois de seus livros foram enredo de telenovelas transmitidas pela TV Manchete na década de 1980 e 1990. Uma delas, Dona Beija (1986), foi baseada na obra ”A Vida em Flor de D. Bêja” e contou com Maitê Proença no papel principal. Já Xica da Silva (1996), um dos clássicos do gênero, foi inspirada no título “Chica que Manda” e foi protagonizada por Tais Araújo.

Agripa Vasconcelos contava em versos sobre sua terra natal, ao evocar a fé, as lendas, o amor e o sofrimento do sertão mineiro. Além de assumir uma cadeira na Academia Mineira de Letras, o autor foi membro do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, do Instituto Histórico de Ouro Preto e do Instituto Histórico e Geográfico de Pompéu/MG.

SERVIÇO

“Agripa Vasconcelos – do poeta ao romancista das Gerais”

Data: 07 de abril, quinta-feira

Horário: 19h30

Local: Auditório Vivaldi Moreira da Academia Mineira de Letras - Rua da Bahia, 1466 – B. Lourdes – Belo Horizonte - MG

Agripa Vasconcelos aos 120 anos

Angelo Oswaldo de Araújo Santos

A Academia Mineira de Letras garante a “imortalidade” de seus membros, ao rememorar-lhes, permanentemente, a presença no mundo da criação literária e da cultura. Scribendi nullus finis, diz a legenda da casa. Nada melhor que uma data redonda para que se enfatizem os valores dos integrantes que já se foram, mas permanecem iluminados na memória da instituição.

Celebramos os 120 anos do nascimento de Agripa Vasconcelos. Quando ele nasceu, no dia 12 de abril de 1896, em Matosinhos, cidade cercada de belas lapas calcárias, nas proximidades de Lagoa Santa, a região alvoroçava-se com a construção da nova capital do Estado, a Cidade de Minas, cujo traçado geométrico se sobrepunha ao casario irregularmente disposto à volta da velha matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem do arraial de Curral del Rei. A República ainda não contava sete anos, mas o século 20 despontava velozmente no calendário. Tudo prenunciava uma era de grandes transformações.

Machado de Assis vivia no Rio de Janeiro e estava prestes a fundar a Academia Brasileira de Letras, o que ocorreu em 20 de junho de 1897, poucos meses antes da inauguração de Belo Horizonte, em 12 de dezembro, período em que findava a surpreendente e inquietante Guerra de Canudos, no sertão da Bahia, da qual sairia a obra prima de Euclides da Cunha.

Agripa Vasconcelos queria ser médico e foi estudar no Rio de Janeiro. A poesia igualmente o fascinava. Muito jovem, foi reconhecido entre os vates do tempo, ao compor versos parnasianos com a destreza que a métrica acadêmica exige de seus cultores. Essas láureas o levaram a se apresentar à sucessão do poeta Alphonsus de Guimaraens, na Academia Mineira de Letras. O desparecimento do grande simbolista, aos 51 anos, em 1921, provocou nos imortais mineiros grave preocupação. Mário de Andrade o visitara, em 1919, na então longínqua e esquecida Mariana. Oswald de Andrade afrontou a Academia Brasileira de Letras, pelo fato de não ter tido Alphonsus entre seus membros. Velhos e novos admiravam o poeta morto. E aquele instante assinalou uma fronteira de eras, a poucos meses da Semana de Arte Moderna, acontecida em São Paulo em fevereiro de 1922.

Quem haveria de suceder o autor de “Kyriale”, quem ocuparia a cadeira do solitário de Mariana, o maior nome da poesia que de Minas se projetara Brasil afora? Elegeu-se Moacyr Chagas, natural da cidade de Oliveira e parente do cientista Carlos Chagas, mas durou pouco a sua presença na grei. Decidido a renunciar, deu ensejo a uma polêmica imensa sobre a validade do gesto inédito e radicalmente contrário à norma acadêmica. Quis voltar e não logrou recuperar a cadeira. Consolidada por fim a renúncia, após algazarra nos jornais de Minas e do Rio, o jovem Agripa Vasconcelos tornou-se o sucessor de Alphonsus. Em 1922, aos 26 anos, ele apenas começava. Surgiu, por inteiro, dentro da Academia, um de seus mais admiráveis romancistas, o criador da saga em que personalidades singulares contam a história mineira e traduzem a riqueza cultural do processo de construção do Brasil.

Sempre exercendo a medicina, o que o fez morar por um tempo em Recife, jamais descuidou da criação literária. E vieram, um a um, os romances logo aclamados e depois transplantados para as novelas de televisão, o que os aproximou do grande público. É fascinante que o ficcionista tenha sido captado por algumas das personagens mais significativas da história de Minas Gerais para dar-lhes corpo e alma nas páginas de seus livros.

Jorge Amado criou um elenco de figuras genuínas do contexto baiano, como a sedutora Gabriela e os olhares do mal e do bem que gravitam em torno dela. Érico Veríssimo incorporou à literatura individualidades marcantes da terra gaúcha, e soltou o destemido Rodrigo Cambará a galope pelas lonjuras do Continente de São Pedro. Paulo Setúbal buscou seus protagonistas na historiografia de São Paulo, Domitila, a marquesa de Santos, à frente do cortejo. Mas foi Agripa Vasconcelos quem deu as cores mais vivas e os sentimentos mais vibrantes à gente trazida da história para o ambiente literário, no qual todos podem praticar tanto a fidelidade ao documento quanto a liberdade de fazer o que bem quiserem, em conluio com os desígnios secretos do autor.

No prólogo de “Sinhá Braba”, o romancista esclarece: “Aqui, os episódios e nomes, até dos escravos, são legítimos. O que parece inverossímil revela apenas que Dona Joaquina e o Pompéu foram grandes demais para seu tempo. Nada se inventou: foi tudo, antes, tirado da cinza das eras, com a marca de fidelidade. Porque, afinal de contas, a História para nós deve ser como foi para Michelet: uma ressurreição”. Se nada se inventou, observa a escritora e acadêmica Elizabeth Rennó, em primoroso ensaio sobre Agripa, “esqueceu-se ele de mencionar a inventiva da linguagem, de um expor os fatos, com a auréola de atavios que pudesse fazê-los brilhantes e sedutores à visão e ao entendimento de um leitor cúmplice que se insere na história narrada”. E acrescenta: “O cuidado que teve o autor em ser verdadeiro resultou, ao término da narrativa, o construir um glossário contendo os termos característicos da linguagem popular e usual da região e seus significados, numa visão linguística”.

Legendas da província, essas personagens, no entanto, fazem parte da legião histórica que povoa o imaginário dos brasileiros. Chica da Silva, Dona Beja e Joaquina do Pompéu são matronas que compartilham suas peripécias com o país inteiro, de norte a sul acompanhadas pela narrativa vernacular de fatos e feitos da formação nacional. A senhora negra do Tijuco submeteu o contratador João Fernandes de Oliveira e todo o Distrito Diamantino, no qual ela e a filharada tinham posição de relevo. Ana Jacinta de São José, a Dona Beja, refez o mapa e mandou integrar o narigudo Triângulo na caraça mineira, seduzido o ouvidor de Paracatu. Dona Joaquina do Pompéu, por vontade própria, alimentou a numerosa corte do príncipe regente Dom João, em 1808, e as tropas do imperador Pedro I, em 1823, na guerra pela independência da Bahia. Quem como elas?

Dessa forma, o escritor ergueu o painel fabuloso da “Saga do País das Gerais”, desdobrando-lhe as faces para situar os diferentes ciclos da evolução econômica, do ouro ao couro, dos diamantes à cafeicultura. Ciente dos desafios, aprimorou-se, a cada página, na caracterização das personagens de carne e osso, entre crispações e ternuras, desaforos, vinditas, intrigas, paixões e tramoias. Com mestria, compôs o “gran teatro del mundo” de que falam os barrocos, permitindo que os fautores da história mineira voltassem à cena para o resgate de seus dramas.

Chico Rei, o chefe africano que comprou a alforria do filho, a própria liberdade e a de toda a família, em Vila Rica, poupando ouro em pó nos cabelos crespos e nas unhas, retrata o regime da escravatura e a epopeia da mineração. O barão de Catas Altas, nababo das minas de Gongo-Soco, sintetiza o ciclo do ouro, assim como “Fome em Canaã” traz os embates da ocupação das terras do vale do rio Doce.

Após a sua morte, que ocorreu em 20 de janeiro de 1969, os inéditos logo despertaram atenção e interesse. Zelosamente guardados por Mara Vasconcelos Mancini, sua filha, os capítulos de “Ouro verde e gado negro” vieram proporcionar ao leitor uma viagem às plantações de café, por entre as quais o autor faz desfilar a legião de africanos e descendentes que construíram o Brasil oligárquico e preconceituoso da monocultura cafeeira, com seus landlordes barões de escravos e os evangelhos de Mané Ponciano.

Em seguida, incluiu-se na coleção o volume consagrado ao rio São Francisco, velho e sofrido rio dos currais e das carrancas, que parte de São Roque de Minas para os sertões adentro. As páginas datilografadas de “São Chico: Romance do Nordeste do Brasil” estavam guardadas, como patrimônio literário a se compartilhar, até que duas edições vieram revelar a obra derradeira do grande narrador do tempo e do espaço de Minas Gerais. O romance foi dedicado a meus avós, Clélia e José Oswaldo de Araújo. Ao suceder Agripa na Academia Mineira de Letras, Oscar Dias Corrêa registrou, no discurso de posse, a propósito dessa obra: “Basta dizer que José Oswaldo de Araújo, que o leu, e lhe conserva os originais, considera-o o mais estupendo de seus livros”.   

Agripa Vasconcelos conferiu dimensão épica à gente de Minas Gerais. Gente desassombrada e ensandecida, que desafiou leis e bulas do céu e da terra, doenças e calamidades das montanhas, grilhetas e prisões. De um punhado de individualidades lendárias, fez um panteão único, dificilmente comparável, regional ou nacionalmente, pela grandiosidade dos vultos que modelou em suas páginas. Oscar Dias Corrêa afirmou que os livros de Agripa venceriam o tempo. É o que se evidencia, hoje, quando a Academia Mineira de Letras o homenageia nos 120 anos de seu nascimento.   

 

Crédito: Divulgação

Artur Azzi

Os dedos ágeis do jovem instrumentista Artur Miranda Azzi vão encantar o público, ao tocar seu violão clássico, em concerto solo, realizado no dia 28 de abril, na Sala das Colunas do Museu Mineiro, instituição vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e integrante do Circuito Liberdade.

O músico de 23 anos iniciou seus estudos com o pai, o violonista Vladimir Zapata. Foi vencedor do concurso Jovem Músico BDMG - Edição 2012. Em 2014 obteve o primeiro lugar na seleção Segunda Musical, no IX Concurso de Violão do Conservatório Villa Lobos da Fundação Instituto Tecnológico de Osasco – FITO. 

O repertório que será apresentado por Arthur Azzi abrange uma grande variedade estilística, do barroco até a música de vanguarda da segunda metade do século XX.

O jovem artista descreve a importância do que escolheu como carreira. “A música possui uma grandeza não mensurável que se ramifica e define cada átimo de mim. Cresci ouvindo música e vendo meu pai estudar violão. Desde sempre foi algo muito íntimo e profundo. Esse sentimento foi se potencializando através dos anos, até que eu me vi totalmente submerso nessa linguagem. Com o passar do tempo torna-se mais difícil medir a importância de algo com raízes tão profundas na minha existência”. 

O concerto deArtur Miranda Azzi tem entrada gratuita e está sujeito à lotação do espaço de 90 lugares.

Repertório do concerto

Suíte BWV 995, de Johann Sebastian Bach, foi uma obra composta para alaúde, uma espécie de antecessor do violão. É composta na estrutura da escola francesa e, como toda suíte dessa época, apresenta uma sucessão de danças rápidas e lentas, sendo esse conjunto, antecedido por um prelúdio.

Andante e Rondó Op. 2 nº 2 foi composta por Dionisio Aguado em 1827, um dos mais importantes violonistas de sua geração, e pertence a um conjunto de obras intituladas Três Rondós Brilhantes Op. 2.

A peça Changes foi escrita pelo estadosunidense Elliott Carter, um dos maiores compositores do século passado.

Sonata de Antonio José é uma obra singular no repertório violonístico. Antonio José foi um dos mais importantes e promissores músicos espanhóis da primeira metade do século XX, porém teve sua obra interrompida por causa da guerra civil.

O músico

Artur Miranda Azzi é bacharel em violão pela Universidade Federal de Minas Gerais. Iniciou seus estudos com o pai, também músico, Vladimir Zapata. Posteriormente teve aulas de teoria, violão e composição com Eduardo Campolina. Estudou arranjo e improvisação com Celso Moreira e violão com José Lucena Vaz.

Foi vencedor do concurso Jovem Músico BDMG - Edição 2012. Em 2014 obteve primeiros lugares noIX Concurso de Violão do Conservatório Villa Lobos da Fundação Instituto Tecnológico de Osasco – FITO, no XVIII Concurso Nacional de Violão Musicalis e no XXV Concurso de Violão Souza Lima. Foi bolsista nas edições 44 e 46 do Festival de Inverno de Campos do Jordão e no 3º Festival Internacional Sesc de Música em Pelotas. Realizou masterclasses com os violonistas Fábio Zanon, Maria Lívia São Marcos, Mats Scheidegger, Álvaro Pierri, Judicael Perroy, Eduardo Fernandez, Paulo Bellinati, Johan Fostier, João Luiz, Daniel Wolff, Franz Halász, Odair Assad, Eduardo Isaac, Sérgio Assad e Denis Azabagic.

 

SERVIÇO:

Museu Mineiro recebe o jovem violonista Artur Miranda Azzi

Data: 28 de abril de 2016

Horário: 19h

Local: Museu Mineiro – Sala das Colunas (Av. João Pinheiro, 342 – Funcionários) 

Entrada – Gratuita (sujeito a lotação do espaço)

Quantidade de lugares: 90

Informações: (31) 3269-1103                                          

Assessoria de Imprensa: Angelina Gonçalves (31) 3269-1109 / 9 8876-8987

 

IARA ABREU Shakespeare o Palco e a Diversidade

Pinturas, esculturas, instalação e objetos materializam em diferentes expressões artísticas um dos maiores escritores da língua inglesa. Essas obras compõem o acervo da mostra William Shakespeare 400 Anos Depois, que será inaugurada no dia 8 de abril, sexta-feira, na Sala de Exposições Temporárias do Museu Mineiro (Circuito Liberdade).

A mostra, que ficará em exposição até o dia 11 de maio de 2016, apresenta trabalhos de trinta e um artistas, escolhidos em edital da Secretaria de Estado de Cultura. O processo de seleção instigou os artistas a um momento de reflexão e releitura da imensa obra existente de Shakespeare enquanto representação cultural.

As peças exibidas na exposição são resultado da influência universal dos indeléveis textos de William Shakespeare, que continua inspirando artistas em todo mundo. Diante de seu vasto legado, composto por dramas históricos, comédias e tragédias, os artistas selecionados produziram trabalhos instigantes, tendo os personagens ou o ambiente shakespeariano como referência.

LÉLIA Hamlet e a ironica modernidade de Shakespeare

A superintendente de Museus e Artes Visuais, Andréa de Magalhães Matos, explica a dimensão de Shakespeare citando o mesmo. “Há uma passagem no Soneto XVIII, versos 13-14 que diz: ‘Enquanto o homem viver, e longe for o olhar, essa obra há de ter vida, e nela tu hás de estar’. Essa exposição é uma clara demonstração do quanto William Shakespeare está vivo e como é importante trazê-lo ao convívio das artes plásticas".

O presidente do Centro de Estudos Shakespeareanos, Erick Ramalho, explica a imortalidade do dramaturgo.A obra de Shakespeare sobrevive após 400 anos de sua morte também por vir se transformando, ao longo do tempo, em via de mão dupla. Artistas criam novas obras a partir do texto teatral e poético de Shakespeare. E Shakespeare ganha novos leitores e espectadores que são levados ao seu texto pela presença de seus temas e personagens nas artes diversas”.

A exposição Willian Shakespeare 400 Anos Depois faz parte das atividades em homenagem ao escritor inglês, realizadas durante o 1º semestre de 2016, e que envolvem ainda palestras e curso para educadores. A vasta programação é promovida pela  Superintendência de Museus e Artes Visuais, da Secretaria de Estado de Cultura, em parceria com Centro de Estudos Shakespeareanos (CESh).

Acompanhe a programação do evento William Shakespeare, 400 Anos depois em:  www.cultura.mg.gov.br  

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SERVIÇO

Evento: Abertura da Exposição William Shakespeare, 400 Anos Depois

Data: 8 de abril de 2016

Horário: 19 horas

Período da Exposição: de 8 abril a 11 de maio de 2016

Local: Museu Mineiro – Sala de Exposições Temporárias

           Av. João Pinheiro – 342 – Funcionários – Belo Horizonte

Entrada Gratuita

Informações: (31) 3269-1103

Horário de Visitação: Terça, quarta e sexta – das 10h às 19h

Quinta – das 12h às 21h

Sábado e domingo – das 10h às 19h

Assessoria de Imprensa – Angelina Gonçalves – (31) 3269-1109/ 9 8876-8987

 

A CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais recebe as exposições selecionadas no primeiro Edital de Ocupação de Fotografia da Fundação Clóvis Salgado. Desmembrado do Edital de Ocupação de Artes Visuais, em exposição nas galerias do Palácio das Artes, o Edital de Fotografia pretende fomentar a produção artística contemporânea de mais essa linguagem das artes visuais, em franca expansão. Os primeiros contemplados foram Luiza Baldan (RJ) e Nelton Pellenz (RS), com as exposições Entre Lugares e Abertura para o Incerto, respectivamente. Os projetos foram escolhidos dentre mais de 230 propostas recebidas pela Fundação entre dezembro de 2015 e janeiro de 2016.

A publicação de um edital exclusivo para a fotografia vai ao encontro da diretriz de valorização da arte fotográfica promovida pela Fundação Clóvis Salgado. Em junho de 2015, a FCS passou a dedicar o espaço localizado no hipercentro de Belo Horizonte à fotografia, a CâmeraSete. A adequação veio atender a uma necessidade do Estado, com o estabelecimento de um espaço referencial para ações de debates e reflexões sobre esta linguagem artística.

Com trabalhos do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul, os selecionados no primeiro edital de fotografia refletem a ampla adesão nacional às iniciativas da Fundação Clóvis Salgado. “Temos recebido cada vez mais trabalhos de todo o país. Isso é um resultado da projeção dos editais e indica o fortalecimento de um de seus principais objetivos: fomentar a produção e circulação de artes visuais no Brasil”, explica Uiara Azevedo, Gerente de Artes Visuais da Fundação Clóvis Salgado.

Os selecionados contam com apoio da FCS para publicação de catálogo e material educativo, assessoria de imprensa e ajuda de custo para a produção das exposições.

CameraSete - Casa da Fotografia de Minas Gerais © Paulo Lacerda - FCS

  • Entre Lugares, de Luiza Baldan

Ressaltar a falta da forma humana em espaços habitados e passageiros. Essa é uma das propostas da exposição ENTRE LUGARES, de Luiza Baldan. Com fotografias realizadas a partir de 2004, o espectador é instigado a conhecer configurações espaciais de paisagens que se repetem, independentemente da localização geográfica.

A exposição é o resultado de uma pesquisa que vem sendo desenvolvida por Luiza sobre espaços habitados e transitórios. São 11 obras compostas de 5 séries fotográficas distintas, que retratam o cotidiano urbano, transitando entre ambientes fechados e abertos, como cômodos de casas e construções incompletas. “Minha pesquisa lida diretamente com dinâmicas urbanas que se estabelecem entre o homem e a arquitetura, a memória e a cidade. As imagens e textos resultam da inter-relação com o entorno”, explica Luiza.

Ao lidar com a constante mudança de ambiente ao longo da vida, a artista busca a temática do transitório para exercitar o olhar do expectador sobre coisas “banais”, do cotidiano. “Somo mais de 30 endereços ao longo de 35 anos. Trabalhar com essa questão sempre foi natural e, ao mesmo tempo, desafiante”, declara Baldan.

O título da mostra é influenciado pelo conceito de lugares distintos que possuem características semelhantes. Segundo a artista, o nome gira também em torno das influências de trabalhos passados, individuais e coletivos, que receberam nomes como Lugar Nenhum e Lugares que Habitam Lugares. “Por ser curioso ter tantas variações para o mesmo tema, me pareceu pertinente buscar um título que tentasse aproximar a ideia de intervalo entre tantos lugares percorridos”, explica Baldan.

As cinco séries expostas na CâmaraSete são: Diário Urbano (2004-2012), Pinturinhas (2009-2012), A uma casa de distância da minha (2012), Leituras de um Lugar Valioso (2012-2016) e Corta Luz (2013).

Sobre a artista

A carioca Luiza Baldan formou-se em Artes Visuais na Florida International University, em 2002. Atualmente, reside no Rio de Janeiro, onde dá andamento ao doutorado em Linguagens Visuais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Expôs parte da série fotográfica “Natal no Minhocão”, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, em 2013, na mostra coletiva “Escavar o Futuro”.

  • Abertura para o incerto, de Nelton Pellenz

Partir para o desconhecido e trazer novas abordagens sobre os espaços percebidos é o mote para a realização dos trabalhos de Nelton Pellenz. Situações corriqueiras presenciadas a sua volta, nos processos de deriva, são utilizadas pelo artista para, através do vídeo e da fotografia, evidenciar a carga poética de cada um desses momentos. Utilizando-se de ajustes técnicos na fase de pré ou de pós-produção, a proposta de Nelton é gerar alguns tensionamentos entre realidade e ficção, criando narrativas para apreender os sentidos do espectador.

Realizadas entre os anos de 2014 e 2015, as obras apresentadas na exposição Abertura para o incerto suscitam questões que envolvem os conceitos de fronteira, sejam elas físicas, psicossociais ou relacionadas à própria imagem que, sempre em tensão entre aquilo que ela deixa suspenso e o modo como o espectador a recebe e assoma, propõe novos questionamentos.  Nesta exposição, a natureza, considerada a primeira fronteira, e em especial a água, servem como um elo de ligação para descrever uma série de leituras e sensações. Com seus vídeos e fotografias, Pellenz dá tons de mistério às suas obras, instiga a espera e explora sutilmente as incertezas que envolvem os diálogos fronteiriços.

Nelton esclarece ainda que a estética das imagens presentes nas obras é uma busca constante e o apuro de suas técnicas e características de filmagem deixam os trabalhos de vídeo mais próximos à linguagem fotográfica. As obras em vídeo destacam tempos diferentes e relações igualmente diversas com o espectador; a partir da utilização da câmera fixa e dos planos-sequência, os acontecimentos fortuitos acabam por conduzir as narrativas. O processo, desde a captura até a edição das imagens, parte da ideia de levar o espectador para um estado de contemplação, de imersão.

Para o artista, participar de um edital como esse é uma oportunidade única. “O que a Fundação faz com esse edital, que tem essa frequência, é muito importante para os artistas visuais, precisamos de outras iniciativas como essa. É algo único, principalmente, considerando o acompanhamento e essa assistência prestados pela Fundação Clóvis Salgado do início ao fim”, declara Nelton.

Sobre o artista

Natural de São Paulo das Missões e atualmente vivendo em Porto Alegre, ambos no Rio Grande do Sul, Nelton Pellenz iniciou sua carreira com a produção de vídeos, em 2005 e integra, desde então, o Projeto Cine Água, juntamente com o artista Dirnei Prates. Graduado em Administração pela Universidade Federal de Santa Maria / RS, frequentou diversos cursos e workshops voltados para o campo da arte. Desde 2006, tem seus trabalhos apresentados, sistematicamente, em mostras e festivais de cinema, vídeo e fotografia no Brasil e no exterior. Recentemente, recebeu o Prêmio Especial do Júri no 19º International Film Festival Zoom - Zblizenia, em Jelenia Góra / Polônia e Menção Honrosa no 13th IPA - International Photography Award, na Califórnia / EUA.

 

Edital de Ocupação de Artes Visuais 2016 da FCS - FOTOGRAFIA

 Entre lugares, deLuiza Baldan

Abertura para o Incerto, de Nelton Pellenz

Local: CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais

Av. Afonso Pena, 737 – Centro

Período: 29 de abril a 9 de julho

Horário: terça a sábado das 9h30 às 21h

Entrada gratuita

Classificação livre

Informações para o público: (31) 3236-7400


As imortalizadas palavras de William Shakespeare ganham vida em novas obras onde o legado do dramaturgo aparece repaginado em releituras de artistas dos mais diversos segmentos culturais.  Na data em que se completam 400 anos de morte de um dos maiores nomes das letras do mundo, a Secretaria de Estado de Cultura (SEC) presta as justas homenagens a essa referência universal com extensa e densa programação.

LETÍCIA PINTO Ofelia e o Doce Robin

A Superintendência de Museus e Artes Visuais (Sumav) e o Centro de Estudos Shakespeareanos (CESh) preparam palestras e curso com estudiosos da obra e vida do escritor que trazem aos participantes reverberações sobre as influências de Shakespeare no imaginário cultural da sociedade ocidental.

A Sumav promove também, a partir de 8 de abril, a exposição coletiva “William Shakespeare, 400 anos depois”. Pinturas, esculturas, instalação e objetos materializam, em diferentes expressões artísticas, as inspirações em Shakespeare de 31 artistas, selecionados por edital da SEC.

O secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, destaca o caráter intertextual da mostra que será inaugurada na próxima sexta-feira. “Os artistas reunidos no Museu Mineiro compartilham com William Shakespeare a aventura da criação. Por meio de linguagens variadas, dialogam com o mestre de Stratford-on-Avon e desvelam a sua cumplicidade, com a alegria e o encantamento de quem encontrou o parceiro ideal”.

WILLI DE CARVALHO Caixa Cênica

A Superintendência de Bibliotecas e Suplemento Literário também se debruçou na organização de atividades relativas ao tema. De maneira abrangente, a instituição pretende atingir a maior diversidade de público, ao levar a comunidades da Região Metropolitana propostas para aproximação dos leitores a Shakespeare e, ao promover, na Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, eventos literários especialmente dedicados às crianças.

O Carro-biblioteca transita pelos bairros afastados de Belo Horizonte promovendo contação de estórias do universo shakespeariano. No Setor Infantojuvenil – Biju – serão narrados os contos clássicos do escritor.

Também fica na Luiz de Bessa, de 11 a 30 de abril, a exposição literária William Shakespeare 400 anos com peças inspiradas na obra do dramaturgo, adaptadas para o público infantil e juvenil, como quadrinhos e painéis com informações e curiosidades sobre o autor e sua obra.

Trazendo o imaginário shakespeariano para a complexidade erudita da ópera, a Fundação Clóvis Salgado prepara a montagem de Charles-François Gounod, Romeu e Julieta, um dos maiores clássicos do escritor inglês. A apresentação está programada para maio, no Grande Teatro do Palácio das Artes.

Programação completa

Superintendência de Bibliotecas e Suplemento Literário

11 ABR | SEGUNDA-FEIRA

14h | Roda de Leitura do Carro-Biblioteca: Shakespeare em dois atos

Local: Bairro Ribeiro de Abreu

Entrada gratuita

Informações:Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou (31) 3269-1253

Os leitores terão a oportunidade de conhecer mais sobre o autor e seu universo poético, além de participarem de um divertido jogo de perguntas e respostas, com prêmios para os vencedores.

14h30 | Roda de Leitura: Contos clássicos de Shakespeare

Local: Setor Infantojuvenil. Praça da Liberdade, 21.

Entrada gratuita

Informações:Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou (31) 3269-1223

25 ABR | SEGUNDA-FEIRA

14h | Roda de Leitura do Carro-Biblioteca: Shakespeare em dois atos

Para leitores a partir dos 12 anos.

O Setor Infantojuvenil convida para a roda de leitura de textos inspirados na obra de William Shakespeare adaptados para o público juvenil. Viviane Pereira e Marcelo de Souza falam sobre a vida e obra do dramaturgo e Rosilda Figueiredo faz leitura dramática de textos selecionados.

1 a 29 ABR | Desafio Literário: Histórias de Shakespeare

Local: Carro-Biblioteca

Informações: 3269 1253; Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

No DESAFIO LITERÁRIO do Carro-Biblioteca, os participantes devem ler a cada mês obras de um tema diferente. Em abril, celebramos os 400 anos da morte de Shakespeare, destacando na competição as histórias do seu universo poético, divertido e emocionante.

EXPOSIÇÕES

11 a 30 ABR | Segunda a sexta, de 8h a 18h. Sábado, de 8h a 12h.

Exposição literária William Shakespeare 400 anos

Local: Setor Infantojuvenil. Praça da Liberdade, 21.

Informações:Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou (31) 3269-1223

Exposição de livros inspirados na obra de William Shakespeare adaptados para o público infantil e juvenil, quadrinhos, painéis com informações e curiosidades sobre o autor e sua obra.

1 a 29 ABR | Segunda a sexta-feira, de 9h30 a 12h30 

Livro Fora da Estante: Shakespeare presente

Local: Carro-Biblioteca

Informações: 3269 1253; Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Para que os nossos leitores possam mergulhar no universo poético do autor, a equipe do Carro-Biblioteca destaca, no Livro Fora da Estante, vários de seus títulos em uma só prateleira.

Superintendência de Museus e Artes Visuais

15/02 a 11/05/16 Exposição de livros sobre a obra e a época de William Shakespeare selecionados pelo Centro de Estudos Shakespeareanos (CESh)

Local: Museu Mineiro – Sala Multiuso

           Terças, quartas e sextas-feiras das 10 às 19h

           Quintas-feiras das 12 às 21h

           Sábados e domingos das 12 às 19h

08/04 a 11/05/16 – Exposição coletiva “William Shakespeare, 400 anos depois”, com artistas selecionados por edital promovido pela SEC/MG, SUMAV e CESh

Local: Galeria de Exposições Temporárias do Museu Mineiro. 

           Terças, quartas e sextas-feiras das 10 às 19h

           Quintas-feiras das 12 às 21h

           Sábados e domingos das 12 às 19h

15/04/16 (sexta-feira)

Palestra: “Shakespeare e as artes plásticas e performáticas: o caso de A Tempestade

Palestrante -  Solange Ribeiro de Oliveira (Professora Emérita da Faculdade Letras da UFMG e Membro do CESh)

Horário: – 19h - Sala Multiuso do Museu Mineiro

Apoiada em slides ilustrativos da obra shakespeariana, tal como tem sido vista na pintura, no teatro e no cinema, a palestra visa discutir a relação entre o texto dramático e suas representações nas diferentes artes.

26/04/16 (terça-feira)

Palestra: “Shakespeare e Cultura Popular na América Latina: o ‘Bardo’ Apropriado por Nova Mídia em Novos Tempos, em Nosso Continente”

Palestrante - Aimara da Cunha Resende (Fundadora do CESh e Professora Aposentada da PUC-Minas e UFMG)

A palestra abordará algumas apropriações culturais de peças de Shakespeare realizadas na mídia – cinema, televisão e quadrinhos – na Argentina, no México e no Brasil, buscando discutir como se deu o processo de aculturação e os recursos característicos de cada meio.

Na oportunidade será entregue homenagem para 5 artistas, cujas as obras mais se destacaram na Exposição coletiva “William Shakespeare, 400 anos depois”

11 a 13/05/16 (quarta a sexta-feira)

Curso: “Shakespeare, Mestre de Todos Nós”, ensinando várias disciplinas através de Shakespeare

Professora:  Aimara da Cunha Resende (Fundadora do CESh e Professora Aposentada da PUC-Minas e UFMG

2 turmas (9 às 12hs e 15 às 18hs) - 30 vagas para cada turno

Local: Centro de Arte Popular CEMIG

     Rua Gonçalves Dias, 1608 – Lourdes

Inscrições e Informações: (31) 3269 11 03 ou 3269 11 06

Ementa: O curso trabalhará algumas técnicas pedagógicas a partir de cenas de peças de Shakespeare, por meio de exercícios de treino e aquecimento teatrais.

Todos os eventos são gratuitos

Informações e Inscrições: (31) 3269 11 03 / 3269 11 09

Fundação Clóvis Salgado

Ópera Romeu e Julieta

Data: 19, 21, 23, 25, 27 e 29 maio de 2016

Local: Grande Teatro do Palácio das Artes

 

A celebração da Festa de Santa Cruz é uma das mais antigas tradições de Ouro Preto e acontece desde o ano de 1735. A festa, também conhecida como “Festa do Amendoim”, simboliza a devoção da comunidade à Santa Cruz, representada pela ornamentação realizada com papeis coloridos e flores em algumas pontes, cruzeiros da cidade e cruzes que são colocadas nas portas das casas.

As festividades acontecem principalmente no Largo Marília de Dirceu, no bairro Antônio Dias, e começam nesta segunda-feira (25) com as oficinas e vai até o dia 03 de maio, dia este consagrado à Santa Cruz. Realizada pela Comissão da Festa de Santa Cruz e a Comissão dos Moradores do Antônio Dias, em parceria com a ARAD - Associação das Repúblicas do Antônio Dias, a Prefeitura de Ouro Preto e a Fundação de Arte de Ouro Preto – FAOP, com apoio do Marília & Dirceu – Culinária e Arte e Clube XV de novembro.

 


PROGRAMAÇÃO FESTA DE SANTA CRUZ 2016

SEGUNDA-FEIRA - 25 DE ABRIL DE 2016

14h às 17h: Oficina Ornamentação de Cruzes
 Local: FAOP – Núcleo de Arte.
Praça Antônio Dias, 80. Antônio Dias – Ouro Preto
Material: Traga sua Cruz e uma tesoura

TERÇA-FEIRA - 26 DE ABRIL DE 2016

18h: Oficina Ornamentação de Cruzes
Local: Clube Zé Pereira dos Lacaios
Rua Santa Efigênia, 55. Antônio Dias – Ouro Preto
Material: Traga sua Cruz e uma tesoura

 

QUARTA-FEIRA - 27 DE ABRIL DE 2016

18h: Oficina Ornamentação de Cruzes
Local: Clube Zé Pereira dos Lacaios
Rua Santa Efigênia, 55. Antônio Dias – Ouro Preto
Material: Traga sua Cruz e uma tesoura

SEXTA-FEIRA - 29 DE ABRIL DE 2016

19h – Abertura das Barraquinhas
 Local: Largo Marília de Dirceu
21h – Show

SÁBADO - 30 DE ABRIL DE 2016

18h –Abertura das Barraquinhas
Local: Largo Marília de Dirceu

18h30 –Celebração à Santa Cruz – Reza e procissão da bandeira de Santa Cruz, cortejo com a “Guarda de Congo Nossa Senhora do Rosário e Santa Efigênia do Alto da Cruz” e a banda “Sociedade Musical Senhor Bom Jesus das Flores”. Destino ao Largo Marília de Dirceu onde a bandeira será erguida em vistoso mastro.
Local: Casa dos Mordomos Sra. Flávia e Sr. Celmar Ataídes
Rua Padre Faria, 50 – Padre Faria

- Reza do Ofício aos pés de Santa Cruz
Local: Ponte do Antônio Dias
Levantamento da bandeira de Santa Cruz
Local: Largo Marília de Dirceu
- Retreta “Sociedade Musical Senhor Bom Jesus das Flores”
21h - Show “Érika Curtiss e Samba de Sobra”
22h30 – Leilão de Prendas

DOMINGO - 01 DE MAIO DE 2016


16h
– Abertura das Barraquinhas
16h30 – Clube Osquindô apresenta - “Pequeno Grande Encontro” (infantil)
17h30 – Estandarte Cia de Teatro apresenta “Causo de Geraldo”
19h30 – Show “Fundo de Panela”
21h - Leilão de prendas

TERÇA-FEIRA - 03 DE MAIO DE 2016

O dia 03 de maio é consagrado ao culto da Santa Cruz e haverá as 19horas a Missa no Espaço Celebrativo e reza do Ofício aos pés de Santa Cruz .

NOTA: Durante o horário dos festejos o trânsito será interrompido no Largo Marília de Dirceu e Ponte do Antônio Dias.

 

O livro Deixa Que Eu Conto: Histórias do Jequitinhonha é um apanhado de causos que relatam o cotidiano do povo daquela região, de autoria de Marco Antônio Pereira Botelho.

O autor mergulhou nas águas da oralidade do Vale do Jequitinhonha, garimpando histórias escutadas na sua infância em rodas de samba, mesa de truco, encontro de família, república de estudante e na faculdade de onde partiu para “escrevinhar e tecer “toda manta de floreados e arremedos típicos desta região de Minas Gerais.

Detalhes

Livro relata fatos baseados em personagens vivos dentro do microuniverso interiorano, desde causos de velório, política, futebol e outros assuntos afins em que se faz presente algo muito peculiar no Vale do Jequitinhonha: a espontaneidade cativante regada a uma musicalidade forte que vem de berço literalmente cantado, quando a mãe ao ninar sua criança ou melhor, “ao suçar” sua cria, começa intuitivamente o processo de fixação do DNA Cultural do Vale.

A obra é, antes mais nada, uma tentativa de se manter oralidade preservada, de forma que a contação de histórias narrada não se perca num mundo tão efêmero desta cultura contemporânea em que o imediatismo é a moeda da moda.

A reedição da obra que foi lançada em junho de 2001, se fez necessária em virtude da tiragem ter sido esgotada. Passados 14 anos, muitos ainda não conhecem o livro, portanto, uma oportunidade para que uma nova geração de leitores do Vale ou fora dele possa conhecer um pouco da história da região.

SERVIÇO:

Evento: Lançamento do livro Deixa Que Eu Conto: Histórias do Jequitinhonha

Data: 7 de abril, às 19h

Local: Espaço Suricato - Rua Souza Bastos,175 - Bairro Floresta. Belo Horizonte.

Informações: 2526-5367

 

Fruto de um processo coletivo e colaborativo de pesquisa entre os integrantes da Cia de Dança Palácio das Artes e os diretores Tuca Pinheiro e Jorge Garcia, PRIMEIRAPESSOADOPLURAL é uma das atrações do evento Mix Dança – Transcendente, iniciativa do Serviço Social do Comércio de Minas Gerais (Sesc MG) para celebrar o Dia Internacional da Dança, comemorado em 29 de abril. Na programação do evento, que ocorre durante a Semana Mundial da Dança, entre 22 de abril e 3 de maio, além da apresentação do espetáculo, A CDPA vai oferecer ao público um olhar diferente sobre o processo de construção coreográfico da montagem, por meio de oficina ministrada por alguns bailarinos da companhia.

Investigação, descobertas e colaboração – PRIMEIRAPESSOADOPLURAL é um espetáculo que integra o repertório da Cia de Dança Palácio das Artes e investiga, principalmente, a força dos coletivos e a forma como eles se organizam. O público terá a chance de conhecer o resultado dos encontros de ideias, conflitos e pensamentos que inspiraram a montagem. Criação coletiva entre os bailarinos da CDPA e os diretores Tuca Pinheiro e Jorge Garcia, a obra foi concebida após um longo processo investigativo e criativo, que resultou na descoberta de algumas sutilezas da arte brasileira, como a associação das culturas negra e indígena, evidenciando os atravessamentos transculturais do nosso povo.

Elogiado por público e críticos, PRIMEIRAPESSOADOPLURAL chama a atenção por suas peculiaridades coreográficas, que possibilitam interações simultâneas no decorrer de cada cena. Segundo os diretores, essa é uma das características mais interessantes da montagem e instiga o espectador a pensar e repensar cada movimento. “Escolhemos fazer uma coreografia em que diferentes intervenções acontecem simultaneamente, até para que o público possa escolher, à sua maneira, a relação que terá com a obra”, destacam Tuca e Jorge.

Revisitando PRIMEIRAPESSOALDOPLURAL – No dia seguinte à apresentação do espetáculo, os bailarinos Christiano Castro, Lucas Medeiros e Mariângela Camarati vão ministrar a oficina Experiências Corporais a partir de PRIMEIRAPESSOADOPLURAL. Os integrantes da Cia de Dança Palácio das Artes vão conversar com os participantes e explicar parte do processo criativo que culminou em TERREIRO, uma das cenas do espetáculo que descreve o surgimento da ordem a partir do caos.

O diretor da Cia de Dança, Cristiano Reis, aponta que tanto a apresentação do espetáculo quanto a proposta da oficina contribuem para que a Cia de Dança alcance diferentes públicos e amplie o diálogo sobre a dança contemporânea. “Celebrar a Semana Mundial da Dança com PRIMEIRAPESSOADOPLURAL é uma grande oportunidade para que possamos compartilhar com as pessoas alguns caminhos possíveis que norteiam a criação em dança contemporânea. Já com a oficina, nossos bailarinos têm a oportunidade de abrir a experiência pela qual passaram na montagem do espetáculo, intercambiando informações com outras pessoas sobre a imersão por eles vivenciada na pesquisa e criação. Para nós, como artistas, essas duas ações têm um valor imenso”, destaca.

A oficina consiste em duas etapas: na primeira delas, os bailarinos vão explicar o processo de criação da cena, detalhando as pesquisas e workshops realizados pelo grupo; em um segundo momento os participantes da atividade serão convidados a criarem suas próprias coreografias, baseadas em exercícios e movimentos trabalhados com os bailarinos. “Quando iniciamos o processo de pesquisa para PRIMEIRAPESSOADOPLURAL, nós ainda não sabíamos muito bem o que aconteceria, qual seria a cara daquela criação. Só conseguimos nos entender e desenhar um esboço da coreografia a partir dos encontros com os diretores, o entendimento dos nossos corpos e outras atividades. Só assim é que o processo foi se desenvolvendo”, explica Lucas Medeiros.

Para Christiano Castro, a oportunidade de compartilhar um pouco do conhecimento artístico com os participantes da oficina também é uma oportunidade de crescimento, como bailarino. “Nessa atividade, nós temos a chance de revisitar um processo criativo e transmiti-lo para outras pessoas. Mesmo que elas conheçam a cena original da coreografia, nós não conseguimos saber qual vai ser o resultado ao término da oficina”, diz.

Os participantes da oficina terão a liberdade de criar algo completamente novo a partir dos exercícios propostos pelos bailarinos da Cia de Dança, inspirando-se ou não na proposta sugerida. Essa é uma das principais características da CDPA que chama a atenção de Mariângela Camarati. “O processo de criação é horizontal. Não é uma ordem para que os participantes repitam o que vamos ensiná-los. É um convite para que eles aprendam conosco e criem, à maneira deles, como quiserem e o que quiserem”, finaliza.

Mix Dança Transcendente – O Mix Dança destaca propostas interdisciplinares relacionadas à dança, e que se articulam pelo seu caráter sociológico, educacional, tecnológico, pesquisas estéticas e de linguagem entre outros. O evento também promove ações na busca pelo intercâmbio cultural, a difusão do conhecimento e a reflexão sobre modos e meios de produção artística na dança. O tema desta edição é Transcendência, palavra que em sua etimologia diz respeito àquilo que ultrapassa os limites do ordinário, e que evoca o universo da metafísica.

As obras que compõem a programação têm como característica extrapolar os sentidos do popular, do ritual, do Eros, do gênero, do espiritual, para além das dicotomias, onde o artista busca ir além, de si próprio, da linguagem, rumo a um caminho de descoberta. Assim, visa provocar a sensorialidade de seu interlocutor, promover a conexão do indivíduo com sua subjetividade e esforçar-se na tentativa de produzir novas formas de vida e arte.

CIA DE DANÇA PALÁCIO DAS ARTES – Corpo artístico da Fundação Clóvis Salgado, é reconhecida como uma das mais importantes companhias do Brasil e é uma das referências na história da dança em Minas Gerais. Foi o primeiro grupo a ser institucionalizado, durante o governo de Israel Pinheiro, em 1971, com a incorporação dos integrantes do Ballet de Minas Gerais e da Escola de Dança, ambos dirigidos por Carlos Leite – que profissionalizou e projetou a Companhia nacionalmente. O Grupo desenvolve hoje um repertório próprio de dança contemporânea e se integra aos outros corpos artísticos da Fundação – Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e Coral Lírico de Minas Gerais – em produções operísticas e espetáculos cênico-musicais realizados pela Instituição ou em parceria com artistas brasileiros. A Companhia tem a pesquisa, a investigação, a diversidade de intérpretes, a cocriação dos bailarinos e a transdisciplinaridade como pilares de sua produção artística. Seus espetáculos estimulam o pensamento crítico e reflexivo em torno das questões contemporâneas, caracterizando-se pelo diálogo entre a tradição e a inovação.

CRISTIANO REIS – Integrante da Cia de Dança Palácio das Artes (CDPA) há 16 anos, Cristiano Reis é natural de Uberlândia/MG. É mestre e licenciado em Artes Cênicas pela Escola de Belas Artes da UFMG e gestor cultural pela Fundação Clóvis Salgado. Atua como coreógrafo, professor e preparador corporal de atores. Como bailarino da Cia de Dança Palácio das Artes recebeu os prêmios de Melhor bailarino, SESC/SATED-MG e SINPARC USIMINAS pelas coreografias “Quimeras” e “Carne Agonizante”, em 2008 e também prêmio de Revelação em Artes Cênicas SESC/SATED-MG pelo espetáculo “Coreografia de Cordel”, em 2005. Como coreógrafo, recebeu prêmios em festivais e concursos como o Festival de Joinville, Passo de Arte, FestSesi/Araxá, Dança Ribeirão, Festdança/São José dos Campos, São Leopoldo em Dança, entre outros. Destacam-se os prêmios de Melhor Coreógrafo do CBDD de Uberaba e Prêmio estímulo do Festival de Dança do Triângulo de Uberlândia, ambos em 2010. Em 2015, assumiu a direção artística da Cia de Dança Palácio das Artes.

Sobre os bailarinos

Christiano Castro – Bailarino da Cia de Dança Palácio das Artes desde 2014, tendo participado dos espetáculos Entre o Céu e as Serras, MU – Entre a Coreografia e a Habitação, Do Verbo JOGAR e PRIMEIRAPESSOADOPLURAL. Atua também como professor de dança clássica e contemporânea. É formado pelo Curso Profissionalizante de Dança do Centro de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado – Palácio das Artes (conclusão em 2012). Atualmente, é graduando em Gestão de Eventos pelo Centro Universitário de Belo Horizonte, o Uni-BH.

Lucas Medeiros – Integrante da Cia de Dança Palácio das Artes desde 2011, teve seu primeiro contato com a dança por meio de um grupo religioso, em uma igreja no bairro onde residia. Iniciou os estudos em dança clássica e contemporânea na Academia Toute Forme, onde foi aluno de Tércia Cançado, Waldilei Gonçalves e Lívia Espírito Santo. Já integrou trabalhos como bailarino e coreógrafo sob a direção de Sônia Pedroso (grupo Entreálogos) e Cyntia Rayder (coletivo Soma). Também participou de oficinas e workshops com Lázaro Carreño, Gabriela Cristófaro, Dudude Herrmann, Regina Advento, Tadashi Endo, Bruno Caverna entre outros. Além de bailarino da CDPA, Lucas Medeiros é artesão e artista plástico.

Mariângela Camarati – Bailarina da Cia de Dança Palácio das Artes desde 1989, participando de todas as montagens da CDPA, desde então. Atualmente, desenvolve trabalhos sustentados pela pesquisa na busca da valorização do artista enquanto criador e pensante de sua dança. Na construção de novas linguagens e paradigmas que possibilitem maior aproximação do artista com sua obra e consequentemente com seu público. Participou de oficinas, palestras e debates que contribuem na construção de seu processo criativo – técnicas de improviso, eutonia, feldenkrais, dramaturgia do ator, metodologia do bailarino pesquisador intérprete, Butoh, teatro físico, arte da presença entre outros.

Evento: PRIMEIRA PESSOAL DO PLURAL – Mix Dança Transcendente

Data:28 de abril

Horário:20h30

Local: Sesc Palladium – Rua Rio de Janeiro, 1046 – Centro

Entrada: 1kg de alimento não perecível ou R$10,00 (espaço sujeito à lotação)

Duração: 70 minutos

Classificação: 16 anos

EVENTO: OFICINA EXPERIÊNCIAS CORPORAIS A PARTIR DE PRIMEIRAPESSOADOPLURAL

Data: 29 de abril

Horário: 19h

Local: Espaço Multiuso do Sesc Palladium – Rua Rio de Janeiro, 1046 – Centro

Classificação: 16 anos

Inscrições: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Vagas: 20

Prazo de Inscrições: 27 de abril

Informações para o público: (31) 3236-7400

 

Continuando com a temática Cinema e Teatro, que direciona as sessões desse primeiro bimestre, a Mostra de Cinema Permanente Curta Circuito exibe na próxima segunda-feira, dia 11 de abril, a primeira versão cinematográfica da peça Navalha na Carne, escrita por Plínio Marcos e levada ao cinema em 1969 pelo diretor mineiro Braz Chediak. O longa, um dos primeiros a abordar a homossexualidade no cinema nacional, conta com a produção do “eterno cafajeste”, Jece Valadão, que também atua no filme ao lado da atriz Glauce Rocha e do ator Emiliano Queiroz. A sessão é às 20h (novo horário), no Cine Humberto Mauro, com entrada gratuita. As senhas são distribuídas 30 minutos antes da exibição e excepcionalmente neste dia não haverá debate após o filme.

Navalha na carne retrata a relação conturbada entre um cafetão, uma prostituta e um homossexual em pleno submundo carioca da Lapa. Adaptação da peça de Plínio Marcos, o filme apresenta um olhar cênico desde a primeira tomada que vai além do texto. “Por mais naturalista que Navalha na Carne seja, a encenação está presente o tempo todo no filme. Não apenas na sua dramaturgia, mas principalmente na sua forma. O jogo de humilhações no quarto é encenado de modo teatral, com movimentações coordenadas e pontuações marcadas no espaço”, complementa Affonso Uchôa, curador da mostra. Ambientado em um quarto sujo, o filme enfoca uma perversa discussão a três, em que as idas e vindas emotivas são encenadas com leveza e uma mobilidade que tornam o quarto um verdadeiro palco, enquadrado por longos planos-sequências. (confira a crítica do filme na íntegra em anexo)

Sobre o Curta Circuito - Cinema de Afeto

Com o tema Cinema de Afeto, o Curta Circuito completando 15 anos de atividade em 2016 e tem muito o que comemorar. Durante sua trajetória, a Mostra de Cinema Permanente, que exibe exclusivamente filmes nacionais, sempre com entrada franca, conseguiu reunir um público de mais de 70 mil pessoas, que estiveram presentes em quase cinco mil sessões. A mostra, que a partir deste ano é dirigida por Daniela Fernandes, da Le Petit Comunicação Visual e Editorial, é uma das referências em Minas e no Brasil como ação de formação qualificada de público, espaço de reflexão, debates sobre a cultura audiovisual e todos os aspectos que a envolvem, sejam técnicos, narrativos, estéticos, culturais e políticos. Tendo já atuado em 18 cidades de Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Pará, a mostra hoje foca no público belo-horizontino e tem como “sede” de suas exibições o Cine Humberto Mauro. Já passaram pelo projeto convidados como Nelson Pereira dos Santos, Zé do Caixão, Sidney Magal, Othon Bastos, Antônio Pitanga, entre outros. O Curta Circuito atua também na preservação e memória do cinema brasileiro, trabalhando no restauro de filmes, em parceria com a Cinemateca do MAM RJ. A iniciativa recebeu Mention do D Hounner em Milão, em 2013, pela restauração do filme “Tostão, a fera de Ouro”, da década de 1970.

Navalha na Carnel Braz Chediak, RJ, 1969, 90’

Neusa (Glauce Rocha) é uma prostituta decadente e explorada por Vado (Jece Valadão), seu cafetão. Em meio a brigas e desavenças, ela vai às ruas para ganhar dinheiro enquanto Vado sai com outras mulheres e passa a vida sossegado. O que eles não esperavam era que Veludo (Emiliano Queiroz), um homossexual que trabalha como faxineiro, roubasse todo o dinheiro dos dois para comprar drogas.

Exibição em 35mm.

Fonte da Cópia: Cinemateca do MAM.

Serviço:

Evento: Filme | Navalha na Carne (1969)

Data: 11 de abril (segunda-feira)

Local: Cine Humberto Mauro | Palácio das Artes

Horári: 20h

Entrada gratuita - Sujeito a lotação do espaço

Classificação Indicativa: 18 anos

Capacidade da Sala: 129 lugares (ingressos poderão ser retirados meia hora antes da sessão)

 

Além de ser um lugar extremamente aconchegante, Monte Verde apropriou-se de tons sofisticados da arquitetura suíça e trouxe para Minas Gerais um toque pra lá de charmoso.

 

Na última semana, o prefeito de Camanducaia, Edmar Dias, visitou a Secretaria de Estado de Turismo (Setur) com o objetivo de apresentar os projetos turísticos da cidade. Na ocasião, o secretário de Turismo, Ricardo Faria, lembrou que o município está numa localização estratégica atraindo turistas de outros estados, como São Paulo e até Rio de Janeiro. “O ponto turístico de Monte Verde, além de muito atrativo por suas belezas e peculiaridades, está num ponto de fácil acesso, beneficiando ainda mais a entrada de visitantes”.

 

Eleito como o melhor destino do inverno, o distrito conta com pousadas, trilhas, diversos pontos de compras e restaurantes com comidas típicas mineiras e, claro, de outras especialidades.

 

Conheça um pouco mais sobre as trilhas de Monte Verde:

 

Pedra Redonda (Monte Verde): é uma das trilhas mais populares de Monte Verde, das quatro "pedras" mais altas da cadeia de montanhas que adorna a cidade. Apenas no último trecho fica mais íngreme.

 

Pedra Partida: um pouco mais longe que a trilha da pedra redonda e com acesso pelo mesmo lugar, destaca-se por permitir nos dias mais abertos a visualização da Pedra do baú, localizada em São Bento do Sapucaí.

 

Platô (monte verde): no sentido oposto da trilha que vai para a pedra partida, esse passeio é um pouco mais longo do que o da pedra redonda, mas é igualmente fácil, uma vez que não têm partes muito íngremes. Fica também no meio da trilha de quem vai para o pico do selado, ponto mais alto de Monte Verde.

 

Pico do Selado: considerada por alguns a melhor trilha da região. Trilha de grande distância, mas com uma vista de tirar o fôlego. O cume do Selado é restrito a escaladores e estes têm o privilégio de deixar sua mensagem no livro do cume, que fica dentro de um tupperware.

 

Chapéu do Bispo: trilha mais fácil da região. A maior parte do trajeto é plano. A trilha chega até a base da Pedra do Chapéu do Bispo. Já para subir no cume há duas formas, e ambas não são muito fáceis. Para os mais corajosos, vale a pena todo o esforço. A vista é ainda mais bela e ampla.

 

A Fundação Clóvis Salgado, por meio do Cine Humberto Mauro, promove a mostra Western – Parte I, quereúne 33 exemplares do gênero. Serão exibidos, em formato digital, alguns dos principais filmes de faroeste, respeitável símbolo do cinema norte-americano. Obras de diretores como John Ford, John Huston, Howard Hawks, Sam Peckinpah e Fritz Lang compõem a programação.

Para Philipe Ratton, Gerente do Cine Humberto Mauro e curador da mostra, o Faroeste é o gênero do cinema estadunidense por excelência. Ao abordar temas como a guerra civil norte-americana, a conquista do Oeste, o desenvolvimento urbano do século XIX e o confronto dos colonizadores com os indígenas, o gênero se solidificou ao tratar de assuntos ainda muito presentes na cultura estadunidense. “A produção de Western é muito antiga e remonta a questões estruturais da consolidação da sociedade norte-americana, daí o gênero ter se consolidado como um dos principais do país”, explica Philipe Ratton.

O recorte escolhido pela Fundação Clóvis Salgado reúne obras representativas do gênero, desde as primeiras filmagens, em 1900, até obras contemporâneas. Estão na programação o curta O Grande Roubo de Trem, de 1903, que será exibido em sessão conjunta com o filme No Tempo das Diligência, clássicos como Sete homens e um destino, Meu Ódio Será Sua Herança, Rio Vermelho, entre outros. Além do faroeste norte-americano, estão exemplares do Western Spaguetti, resultado da apropriação italiana ao gênero, entre eles Era Uma Vez no Oeste, O Dia da Desforra e Três homens e um conflito.

A evolução de um gênero - De Tarantino a Akira Kurosawa, a estética e a estrutura do Western serviram de inspiração para o cinema mundial, principalmente para a produção norte-americana. A luta entre o mocinho e o bandido, acontecendo no ainda inóspito Oeste dos Estados Unidos, estabeleceu parâmetros que ultrapassariam o gênero e influenciariam uma produção para além do cinema.

Segundo Philipe Ratton, desde o início, o que se observa na estrutura do western é uma polarização bem delimitada entre o bem e o mal, expressada pela narrativa, e pela estética. “Já nos primeiros filmes era possível perceber o emprego de elementos estéticos para reforçar esse maniqueísmo. O mocinho usava sempre um chapéu branco, era sempre dono de retidão moral”, exemplifica.

Além disso, os mocinhos, imortalizados nas figuras principais de John Wayne e Clint Eastwood, eram filmados em ângulos e enquadramentos que evidenciavam poder, força e superioridade em relação aos bandidos. Nesse contexto, a mulher assumia papéis coadjuvantes, às vezes como prostituta, às vezes como donzela indefesa.

Considerando a sociedade norte americana do século XIX, a personificação do bandido muitas vezes recaia sobre minorias, como indígenas e imigrantes latinos. “Naquele contexto, o índio era considerado como selvagem, parte integrante de uma natureza a ser desbravada”, explica Philipe referindo-se a outro ponto estrutural do Faroeste: a conquista da natureza pelo homem e a urbanização do local. Valorizando o fotografia, o Western é rico em planos abertos de filmagens, que mostram a aridez de um ambiente inóspito e isolado.

Na década de 60, alguns pontos da estrutura do Western sofreram transformações. “Vemos surgir aí a figura do anti-herói, do protagonista com uma personalidade turva, que faz o bem, mas nem sempre pelo bem em si”, explica Philipe. Segundo Ratton, essa mudança é um reflexo do período vivido pela sociedade norte-americana e também por influência do Western Spagetti. Os italianos também influenciaram outro elemento determinante na narrativa do western, a trilha sonora. O filme Três homens e um conflito, de Ennio Morricone, é um ótimo exemplo dessa inovação, considerada por muitos uma das mais belas trilhas sonoras do mundo.

Para além de diretores tradicionais do gênero, como John Ford, John Huston, as possibilidades narrativas do Western atraíram diretores como Howard Hawks, Sam Peckinpah, Fritz Lang, Nicholas Ray e Samuel Fuller, que imprimiram nos filmes fortes traços autorais.

Western – A expansão territorial norte-americana, com o objetivo de chegar à Costa Oeste do continente, ficou conhecida como Western, Velho Oeste ou Faroeste.  Os acontecimentos tiveram lugar no século XIX, especialmente entre os anos 1860 e 1890, e representavam a possibilidade de riqueza e progresso. A expansão proporcionou importantes avanços industriais, nos meios de comunicação e na agricultura, mas foi responsável por praticamente extinguir com os grupos étnicos indígenas norte-americanos.

No cinema, o Western geralmente narra a história de cowboys, pioneiros, índios, garimpeiros e empresários, em busca de uma vida melhor. Invariavelmente, eles enfrentavam problemas com o ambiente, inóspito e ainda em desenvolvimento, além de dificuldades com o sistema jurídico.

SERVIÇO

Evento: Mostra Western – Parte I

Local: Cine Humberto Mauro, Palácio das Artes – Avenida Afonso Pena, 1537, centro

Período: 11 de abril a 12 de maio

Informações para o público: (31) 3236-7400

E você, qual é a sua história em Minas Gerais?

 

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Lançado no dia 6 de janeiro deste ano, data que marca o Dia de Reis, o Cadastro dos Grupos de Folias de Minas, uma iniciativa inédita do Iepha, já contabilizava 251 grupos registrados no último dia 30 de março. Isso representa 62 municípios mineiros que, através do endereço www.iepha.mg.gov.br , apresentaram suas tradições que, posteriormente, serão registrados como patrimônio imaterial do Estado.

As cidades que aderirem de maneira colaborativa aos inventários e outras ações de proteção promovidas pelo Instituto receberão uma pontuação no programa ICMS Patrimônio Cultural. Todo município que desejar participar da pesquisa pode cadastrar suas folias, ternos e charolas na plataforma https://docs.google.com/forms/d/1VYxzN5zttWkfW8-NfkjEJP_6m5CmE39IV9KggK4WXlY/viewform?c=0&w=1  que está disponível no site do Iepha-MG até o dia 30 de abril de 2016.

As informações sobre os grupos cadastrados serão sempre atualizadas pelo Instituto que procurará manter um diálogo cada vez mais próximo com todos os municípios de Minas e seus acervos culturais.

Clique aqui confira a lista completaconfira a lista completa.


Dando prosseguimento à programação em homenagem aos 400 anos de morte de William Shakespeare, o Museu Mineiro (Circuito Liberdade) promove, no dia 26 de abril (terça-feira), às 19 horas, a palestra “Shakespeare e Cultura Popular na América Latina: o ‘Bardo’ Apropriado por Nova Mídia em Novos Tempos, em Nosso Continente”, ministrada pela Professora Aimara Resende, fundadora do Centro de Estudos Shakespeareanos.

O encontro será realizado no jardim do museu acompanhado por um Garden Party e abordará algumas apropriações culturais de peças de Shakespeare realizadas no cinema, na televisão e nos quadrinhos, na Argentina, no México e no Brasil. Serão discutidos o processo de aculturação e quais os recursos característicos de cada meio utilizados para as adaptações das obras do escritor inglês.

Através de leituras de cenas do texto fonte e de apresentações das mesmas cenas nos produtos apropriadores, serão analisados os meandros seguidos para as trocas culturais e identidades nacionais, com ênfase no “Shakespeare brasileiro”.

A Professora Aimara explica o fenômeno Shakespeare. “A princípio, o escritor produzia para os palcos da Inglaterra e dos países de língua inglesa, para depois se tornar o maior dramaturgo do mundo ocidental, um ícone da cultura mundial, atingindo, na era do capital, o status de “commodity”, com enorme valor de mercado. Tal status faz com que Shakespeare ultrapasse barreiras temporais, geográficas e políticas, estabelecendo-se como ícone de valor em áreas além do teatro. Assim, em plenos séculos XX e XXI, Shakespeare torna-se elemento de valor cultural em áreas como publicidade, quadrinhos, música pop, mangá, televisão e cinema”.

Usando ilustrações, a palestra vai abordar também as formas de inserção das peças Romeu e Julieta e Otelo na América Latina (Argentina, México e Brasil), em seu trânsito pelas culturas nacionais nas quais se dão as apropriações, discutindo as transformações pelas quais passam o texto fonte até chegar, apropriado, a participar da expressão cultural dos países onde se deram as adaptações.

Serão discutidas as peças: Romeu e Julieta, em uma produção teatral reconstruída através do tango, na Argentina; Otelo, em duas produções: uma em filme, no México, voltada para a dança “Huapango”; e uma em “Série Especial” da TV Globo, no Brasil, alavancada em elementos característicos da cultura brasileira, como carnaval e macumba.

O evento faz parte das atividades em homenagem aos 400 anos de morte de William Shakespeare, promovidas pela Secretaria de Estado de Cultura (SEC), Superintendência de Museus e Artes Visuais (SUMAV) e Centro de Estudos Shakespeareanos (CESh), e que serão realizadas  durante o 1º semestre de 2016.

Os convidados podem participar do Garden Party trazendo cesta e toalha, para um piquenique no jardim do Museu Mineiro.

                                          

Acompanhe a programação do evento William Shakespeare, 400 Anos depois em:  www.cultura.mg.gov.br .

SOBRE A PALESTRANTE

Aimara da Cunha Resende é fundadora do Centro de Estudos Shakespeareanos. Professora aposentada da PUC Minas e UFMG. Doutora em Literatura Comparada pela USP em 1988, com a tese "DO OUTRO LADO DO MURO: um estudo da desrazão em O REI LEAR, de Shakespeare e O IDIOTA, de Dostoiévski”. Mestre em Inglês pela UFMG em 1983, com a dissertação "JOURNEY THROUGH LIGHT AND DARKNESS: a study of duplication in Shakespeare"

Autora de vários artigos sobre Shakespeare no Brasil e no exterior, e “associate Editor” do Cambridge Guide to the Worlds of Shakespeare” a ser lançado pelo Cambridge University Press em marco de 2016 pela Editora Geral do elo CESh / Tessitura.

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SERVIÇO

Evento: “William Shakespeare, 400 Anos depois”.

Palestra: Shakespeare e Cultura Popular na América Latina: o ‘Bardo’ Apropriado por Nova Mídia em Novos Tempos, em Nosso Continente” Palestrante: Aimara Resende, fundadora do Centro de Estudos Shakespereanos

Data: 26 de abril de 2016

Horário: 19 horas

Local: Museu Mineiro – Jardins

          Av. João Pinheiro – 342 – Funcionários – Belo Horizonte

Entrada Gratuita

Informações: (31) 3261-1103

Assessoria de Imprensa – Angelina Gonçalves – (31) 3269-1109 |

                                                                         (31) 9 8876-8987

 

 

Com a obra “A Queda”, o economista mineiro Antônio Nahas é um dos finalistas do Prêmio Rio de Literatura na categoria ensaio. Ele disputa junto a outros 20 escritores com nomes de peso, como Ferreira Gullar e Daniel Aarão Reis Filho. Na segunda etapa, uma comissão única de cinco jurados vai analisar as obras indicadas e elegerá a melhor entre cada categoria. O resultado do prêmio será anunciado em maio.

A Queda: Foi em Belo Horizonte, em 1966, que o movimento estudantil brasileiro começou a se recuperar, após o golpe de 1964. Tudo começou com uma inocente calourada, uma espécie de brincadeira para recepcionar os calouros, que terminou em pancadaria e na invasão e depredamento pela polícia da Igreja de São José, no centro de Belo Horizonte.

A brutalidade policial na profanação do templo católico indignou até mesmo o clero conservador, que tinha desfilado dois anos antes pelas ruas de Belo Horizonte em apoio aos militares.

O acontecimento despertou o movimento estudantil em todo o Brasil, apressando sua renovação e o surgimento de novas lideranças.

No seio desses acontecimentos, um grupo político se agitava e se transformava - era a Polop - Política Operária, com forte influência em Minas Gerais, devido à presença de intelectuais como Teotônio dos Santos, Vânia Bambirra e Guido Rocha, todos estudantes da Face-UFMG.

A Polop era dirigida por um austríaco, Erich Sachs, que se abrigara no Brasil logo após a eclosão da Segunda Guerra Mundial, fugindo dos nazistas - pois era judeu - e de Stalin, já que divergia dos seus propósitos e métodos.

É do interior desse grupo que nasce o Colina, cuja história é contada no livro A queda.

Influenciados pela revolução cubana, seus militantes partem para a briga e tentam articular, a partir de Minas, uma forte organização nacional.

A visão que o grupo construiu sobre o Brasil e sobre a revolução socialista é cuidadosamente analisada. Seus militantes eram animados pelo otimismo com o futuro e com a construção do socialismo. Isso, apesar de terem herdado da Polop uma forte crítica à União Soviética e ao Partido Comunista Brasileiro.

A prática do grupo é narrada juntamente com a explosão de 1968 no Brasil e no mundo. Em Minas, com a particularidade da entrada em cena dos operários urbanos, que realizam duas greves formidáveis, parecendo confirmar as previsões revolucionárias mais sonhadoras.

Sendo um livro de História, A queda baseia-se em pesquisas de documentos, jornais, arquivos públicos e algumas entrevistas. Resgata também livros de memórias de alguns militantes, como Herbert Daniel e Maurício de Paiva. Dissertações acadêmicas importantes também são abundantemente citadas, dando consistência e solidez ao livro.

Ao final, a recuperação do destino e da História dos Inconfidentes insere a narrativa num rico veio da História de Minas, que é cada vez mais valorizado pela ampla divulgação de documentos e livros sobre o período colonial.

É um livro envolvente e emocionante, que recria a BH nos anos 60. Não há heróis, mas seres humanos que viveram com intensidade a sua época. A amizade e o afeto é que prevalecem, apesar da violência que encontraram na sua trajetória de vida.

Sobre o autor: Antonio Nahas é economista e vivenciou intensamente o período narrado no livro. Estudante do Colégio Estadual,  filiou-se ao  grupo COLINA ,  mas teve que deixar Belo Horizonte, indo para Salvador, onde passou a militar em outro agrupamento político denominado VAR-PALMARES.

Cumpriu dois anos de prisão naquela cidade e voltou a BH, onde participou ativamente dos movimentos sociais que marcaram a década de 70.

É autor de vários livros e artigos sobre a História de Minas. Hoje trabalha como consultor em projetos sociais.

 

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais inaugura na próxima semana reprodução do painel Tiradentes, de Cândido Portinari, e conjuntamente lança nova edição dos Autos de Devassa da Inconfidência Mineira. O evento ocorre no contexto das comemorações da Inconfidência Mineira e do Dia de Tiradentes (21 de abril). O lançamento será na próxima quarta-feira (27), às 19 horas, no Salão Nobre e no Espaço Democrático José Aparecido de Oliveira (Edjao).

A nova edição dos Autos de Devassa, impressa em parceria com a Imprensa Oficial de Minas Gerais, é uma reprodução de um manuscrito original do século XVIII, que contém as fases do processo judicial movido pela Coroa Portuguesa contra Tiradentes e os demais inconfidentes. O processo resultou na condenação à morte de Tiradentes. Essa é a terceira vez que os Autos são publicados: a primeira ocorreu na década de 1930, pela Biblioteca Nacional, e a segunda na década de 1970, também pela Imprensa Oficial de MG em parceria com a Câmara dos Deputados.

A publicação integra o Programa Editorial de Obras de Valor Histórico e Cultural de Interesse de Minas Gerais e do Brasil, coordenado pelo deputado Lafayette de Andrada (PSD). O programa tem por objetivo a publicação de obras de valor histórico e cultural que possam contribuir para a compreensão do desenvolvimento político e social de Minas Gerais e do Brasil. Os Autos de Devassa também estão disponíveis em versão digital, em site criado pela Imprensa Oficial, em 2015.

Painel – O painel Tiradentes, considerado uma das principais obras de Portinari, foi originalmente encomendado para o saguão de entrada do Colégio Cataguases, projetado por Oscar Niemeyer na cidade mineira de mesmo nome, na Zona da Mata. A obra foi comprada pelo Governo de São Paulo e encontra-se atualmente no Memorial da América Latina, em São Paulo (SP). Composta por três telas justapostas, a pintura retrata acontecimentos da Inconfidência Mineira e do julgamento dos inconfidentes.

A reprodução digital da Assembleia ficará exposta em frente ao Salão Nobre, no Edjao, no tamanho 11 x 1.92 m, mantendo a proporção do formato original (17,67 x 3,09 m). A impressão digital é em vinil adesivo aplicado sobre placa de PVC.

 

A expertise lírica de Elba Ramalho registrada no início da carreira da cantora poderá ser conferida nas apresentações da série Sinfônica Pop, um verdadeiro resgate feito pela Fundação Clóvis Salgado para a abertura da temporada do projeto em 2016. A Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e a cantora, dona de voz inconfundível e considerada uma das grandes intérpretes da música popular brasileira, farão um verdadeiro percurso musical no repertório de Elba, com foco no potencial lírico de sua voz, fortalecida pelo canto coral e em apresentações musicais no teatro, antes de se dedicar exclusivamente à MPB.

Sob regência do maestro assistente da OSMG, Sérgio Gomes, esta apresentação alia o talento de Elba Ramalho à versatilidade da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais.

Para o presidente da FCS, Augusto Nunes-Filho, o potencial vocal de Elba Ramalho foi determinante para que a paraibana fosse a convidada para abrir o Sinfônica Pop desse ano. “Com esse encontro entre Elba e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, buscamos evidenciar a versatilidade tanto dos músicos, quanto da cantora. Assim, resgatamos a Elba que poucas pessoas tiveram a oportunidade de conhecer, com uma voz tão especial que se encaixa perfeitamente à música sinfônica”.

Os arranjos, especialmente criados para a ocasião, são assinados pelo regente Marcelo Ramos e pelo músico Fred Natalino, e contemplam diferentes naipes da OSMG, como as cordas e os metais. O repertório, definido após criteriosa seleção, traz composições que se tornaram inesquecíveis na voz de Elba Ramalho, como Chão de Giz, De Volta Pro Aconchego, Asa Branca, O Meu Amor, Gostoso Demais e Avohai, entre outras.

Além dessas músicas, o público poderá conferir sucessos de artistas como Alceu Valença, Belchior, Chico Buarque, Ednardo, Geraldo Azevedo e, ainda, canções de Dominguinhos, Luiz Gonzaga e Nando do Cordel entre outros grandes parceiros da cantora.

Ansiosa para se reencontrar com o público Belo-horizontino, Elba adianta que, ao lado da OSMG, a experiência musical será marcante. “Cantar com a imponência da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais é um privilégio. Procuro sempre oferecer o melhor de mim para o público, para que este seja um concerto memorável”, adianta. 

Lírica, popular... versátil – Nesta apresentação, inédita com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, Elba Ramalho retorna a uma das fases mais significativas de sua carreira. Composições como O Meu Amor, Dia Branco, Táxi Lunar, Paralelas e A Palo Seco são algumas representantes desse período.

Para Elba, revisitar essa fase é uma oportunidade de experimentar todas as possibilidades artísticas nesse concerto com a OSMG. “A atriz sempre está presente em todos os meus espetáculos. Em algumas situações, a atriz encontra espaço para se expressar mais, como neste momento, com a Sinfônica Pop, por exemplo”.

A ousadia do projeto Sinfônica Pop em trazer artistas populares para o universo sinfônico, sempre proporcionando ao público grandes e singulares espetáculos musicais, é uma das características que mais agrada à cantora. “Nossa música é muito rica, e reunir o popular e o erudito é um verdadeiro luxo. Sou suspeita, mas eu adoro”, diz Elba, que já está familiarizada com essa mistura entre estilos. Seu mais recente trabalho Cordas, Gonzaga e Afins (2014) é uma homenagem ao Rei do Baião, e conta com a participação do Grupo SáGrama e do Quarteto Encore.

Marca registrada do trabalho da cantora, a versatilidade musical também tem espaço garantido no concerto e reúne canções de artistas que sempre inspiraram a trajetória de Elba Ramalho. “Acrescentei composições do Mestre Gonzagão porque acho fundamental ter Luiz Gonzaga e Dominguinhos como presenças constantes no meu trabalho. A importância deles para a nossa música é imensa”, explica Elba, que também vai levar um pouco do forró, do maracatu, e de tantos outros estilos que definem o seu universo musical, para o Grande Teatro do Palácio das Artes.

Do teatro para a música – Ainda na Paraíba, a força lírica de Elba Ramalho se fazia notável. Ela iniciou a carreira cantando em corais. Em 1968, começou a tocar bateria na banda As Brasas, composta somente por mulheres. O conjunto musical se transformou em um grupo de teatro, mas Elba não deixou a música de lado. Nesse período, também participava de diversos musicais no Nordeste.

Foi em meados da década de 1970 que Elba abandonou os cursos de Economia e Sociologia para se dedicar exclusivamente aos palcos. Na capital fluminense, Rio de Janeiro, conheceu o sucesso após interpretar a canção O Meu Amor, ao lado de Marieta Severo, na Ópera do Malandro, de Chico Buarque. O dueto foi tão bem recebido pela crítica e pelo público que o compositor inseriu a música no álbum Chico Buarque, de 1978.

Depois do sucesso como intérprete, Elba lançou seu primeiro álbum, Ave de Prata, em 1979. O disco contava com composições de grandes nomes da música brasileira, entre eles, Zé Ramalho, um dos parceiros musicais mais antigos. Com o álbum de estreia, as fortes raízes nordestinas de Elba se espalharam por todo o país, mas sem perder a essência teatral que a acompanha desde o início da carreira.

“Talvez o grande público não tenha a noção da extensão do meu trabalho, mas a minha trajetória é marcada por esta grande diversidade. Definitivamente, gosto de cantar”, define Elba Ramalho, que aproveita para fazer um convite. “O repertório do concerto está muito bonito, tem uma certa sobriedade e me valoriza enquanto intérprete. Costumo dizer que eu, como cantora, posso escolher a canção mais bonita para cantar. Venham, pois vai ser lindo”, finaliza.

Sobre o Sinfônica Pop – A série Sinfônica Pop é uma iniciativa da Fundação Clóvis Salgado em que a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais convida artistas para apresentar o rico repertório de nossa música popular. Nessa parceria artística, a OSMG mostra toda a sua versatilidade, proporcionando ao público uma forma singular de fruição da MPB. Grandes nomes da música brasileira já se apresentaram ao lado da OSMG como Zizi Possi, Wagner Tiso, Nana Caymmi, João Bosco, Gal Costa, Rosa Passos, Milton Nascimento, Lenine, Ivan Lins, Mônica Salmaso, Filipe Catto e Luiz Melodia.

Programa

ABERTURA OSMG

Gostoso Demais

(Dominguinhos e Nando Cordel)

A Palo Seco

(Belchior)

Chão de Giz

(Zé Ramalho)

Avohai

(Zé Ramalho)

Relampiano

(Lenine e Paulinho Moska)

Asa Branca

(Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira)

Assum Preto

(Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira)

Dia Branco

(Geraldo Azevedo)

Táxi Lunar

(Geraldo Azevedo, Alceu Valença e Zé Ramalho)

O Ciúme

(Caetano Veloso)

Paralelas

(Belchior)

O Meu Amor

(Chico Buarque)

Vida de Viajante

(Luiz Gonzaga e Hervé Cordovil)

Sabiá

(Luiz Gonzaga e Zé Dantas)

de volta pro Aconchego

(Dominguinhos e Nando Cordel)

Elba Ramalho – Nascida em Conceição, no alto sertão da Paraíba, filha de um músico, teve a sorte de despertar bem cedo para a música. Como cartilha, os mais diversos ritmos dessa ensolarada região: baião, maracatu, xote, frevo, pastoril, caboclinhos e forrós. Ainda que cantasse desde criança, Elba iniciou a carreira tocando bateria no conjunto "As Brasas", formado somente por mulheres. Isso foi em 1968, ano em que também cursava as faculdades de Economia e Sociologia. Foram cinco anos de estudos, mas o diploma não veio. O conjunto musical se transformou em grupo teatral. Mesmo tendo optado pelo teatro, Elba continuava a cantar participando de diversos festivais pelo Nordeste. Em 1974, trocou a Paraíba pelo sul do país, chegando ao Rio de Janeiro com o grupo Quinteto Violado. Elba se estabeleceu no Rio como atriz de teatro, mas sempre em musicais em que pudesse explorar sua musicalidade. Em 78, participou da montagem da peça A Ópera do Malandro, de Chico Buarque. Sua interpretação na peça lhe valeu prêmios e seu primeiro contrato como cantora. Rapidamente desponta no meio musical e passa a integrar o primeiro time da música popular brasileira. Os discos se seguiram a cada ano, juntamente com shows que cada vez mais marcavam a sua presença única no palco. Seus espetáculos abrangem todos os públicos. São shows que vão de feiras a convenções, de festivais de jazz a rock, de festas juninas a carnavais e todo o tipo de eventos. Jovens e adultos são tocados pela diversidade de seu repertório e suas extraordinárias interpretações. Elba justifica assim a imensa abrangência do seu público porque não existe nada de "standard" em sua obra. Para ela, esse Brasil está repleto de outros “Brasis”. E no seu querer de captar um pouco de cada lugar, reside a maior característica de sua popularidade. Ela incorpora e redimensiona o país, seja aqui ou em qualquer outra parte do mundo.

Orquestra Sinfônica de Minas Gerais – Criada em 1976, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, corpo artístico gerido pela Fundação Clóvis Salgado, é considerada uma das mais ativas orquestras do país. Em 2013, foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais. Em permanente aprimoramento da sua performance, a OSMG cumpre o papel de difusora da música erudita, diversificando sua atuação em óperas, balés, concertos e apresentações ao ar livre, na capital e no interior de Minas Gerais. Executa repertório que abrange todos os períodos da música sinfônica, do barroco ao contemporâneo, além de grandes sucessos da música popular, com a série Sinfônica Pop. Em 2016, o belo-horizontino Silvio Viegas assumiu como regente titular do Corpo Artístico. Antes dele, foram responsáveis pela regência: Wolfgang Groth, Sérgio Magnani, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Aylton Escobar, Emílio de César, David Machado, Afrânio Lacerda, Holger Kolodziej, Charles Roussin, Roberto Tibiriçá e Marcelo Ramos.

Sérgio Gomes – regente – Graduado em trompa pela UFMG, nasceu no Rio de Janeiro onde começou seus estudos musicais com seu pai, maestro Sebastião Gomes, aos 10 anos, e de trompa na Escola de Música de Brasília, aos 11 anos. Em 1977 passou a integrar a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas como primeiro trompista. Em 1981, foi convidado para atuar na Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, como primeiro trompista e solista. Em 2000, participou da primeira turnê internacional da OSESP, sob a regência de John Neschling e Roberto Minczuk. Em 2011, atuou na Orquestra Sinfônica Del Sodre, em Montevidéu. Foi professor do Cefart da FCS e professor da Escola de Música da UEMG. Atuou como assistente dos maestros Holger Kolodziej, Marcelo Ramos e Roberto Tibiriçá. Esteve à frente da OSMG nas séries Sinfônica no Museu, Concertos Educativos, Concertos no Parque, Concerto na Cidade, Sinfônica ao Meio-dia e Sinfônica em Concerto. Atualmente, é primeiro trompista solista e regente assistente da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais. 

SERVIÇO

Evento: Sinfônica Pop com Elba Ramalho

Local: Grande Teatro do Palácio das Artes - Av. Afonso Pena, 1537 – Centro

Período: 8 e 9 de abril

Horário: 20h30

Preço:  R$ 50,00 (inteira) e R$25,00 (meia)

Classificação indicativa: 10 anos

Informações para o público: (31) 3236-7400

O Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) inaugura, no dia 25 de abril, o Observatório do Circuito Liberdade. A iniciativa busca ampliar o espaço de diálogo com a sociedade e facilitar a participação da população na construção, implantação e avaliação de políticas públicas e no estabelecimento de prioridades para a área da Cultura.

A primeira edição do Observatório discutirá o tema “Políticas Públicas (Trans) Culturais e a Arte como Meio de Transformação Social”, com a participação de um dos mais importantes teóricos do universo cultural contemporâneo, o professor francês Jacques Poulain. O evento acontece no auditório da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, a partir das 9h, com a presença do secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, e da presidente do Iepha-MG, Michele Arroyo. A entrada é gratuita e haverá tradução do francês para o português.

Durante os anos 1970 e 1980, Poulain foi professor da Universidade de Montreal, período em que desenvolveu sua ‘Crítica à Razão Pragmática’ trabalhando juntamente com Jean François Lyotard na elaboração de pesquisas que, futuramente, foram compiladas e publicadas no livro “A Condição Pós-moderna”. De 1990 a 2000, foi professor da Universidade de Nanterre e assumiu, neste mesmo período, a Cátedra de Filosofia da Cultura e Instituições Culturais da Unesco, na qual permanece até hoje. Jacques Poulain participou da elaboração de diversos projetos sociais, culturais e educativos na Europa, África, no Brasil, Haiti e Venezuela.

Em Belo Horizonte, fará a palestra inaugural do Observatório do Circuito Liberdade tratando de questões prementes nas discussões de artistas, produtores, gestores e pensadores da cultura. Para acompanhá-lo em sua leitura desse cenário, estará presente também o professor emérito da Faculdade de Educação da UFMG - e idealizador do programa Escola Plural - Miguel Arroyo. Completa a mesa dos palestrantes o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidad de La Frontera do Chile, Evandro Vieira Ouriques, que fará a mediação do debate.

Segundo a presidente do Iepha-MG, Michele Arroyo, este primeiro Observatório reflete uma série de debates que vêm sendo travados em diversas cidades do mundo. “É um tema bastante latente que são os limites e avanços na construção de políticas de cultura e patrimônio, que têm como pressupostos o direito à cidade e o direito a uma construção plural dos seus sentidos e conteúdos”, explica.

A cidade como foco de debate

O Observatório do Circuito Liberdade nasce como uma proposta de reflexão a respeito de diversas questões que emanam da sociedade mineira, especialmente da capital, Belo Horizonte. Mobilidade, ocupação urbana, segurança, apropriação ou reapropriação dos espaços públicos, inserção de novos agentes no contexto da produção e da recepção culturais, violência contra a mulher, segregação de minorias, e vários outros temas fazem parte do dia a dia dos cidadãos e têm inspirado manifestações e debates acalorados em grandes cidades do mundo.

Em atenção a esse especial momento de construção social e política, o Circuito Liberdade dá sequência a um diálogo com a sociedade, iniciado no “Seminário Estadual do Patrimônio Cultural: circuitos culturais e as cidades”, realizado em agosto de 2015. A riqueza da colaboração do público, que lotou o Teatro da Biblioteca Pública Estadual naqueles dois dias, levantou uma série de reflexões sobre o “circuito cultural que queremos”, e também sobre “a cidade em que queremos viver”.

Com um fórum permanente de debate, o Circuito Liberdade abre suas portas para a participação efetiva dos cidadãos, para que Governo e sociedade civil possam pensar juntos em soluções para as políticas de cultura, debatendo pesquisas e processos que estão em desenvolvimento ou inovações do próprio setor cultural. Propõe-se a reflexão sobre a forma como as políticas culturais contemplam as pessoas e os grupos mais vulneráveis na sociedade, considerando a existência de estruturas dedicadas à formação, à criação e à produção cultural.

Circuito Liberdade

O Circuito Liberdade completou cinco anos em 2015 e já é reconhecido como um importante corredor de cultura do País. Abrigado em uma área histórica da capital mineira, o Circuito é composto por 13 instituições, dentre museus e centros culturais, que mapeiam diferentes aspectos do universo cultural e artístico.

Sob a gestão do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) desde janeiro de 2015, o projeto busca agora maior articulação com o espaço urbano e com os diversos grupos artísticos e populares, se consolidando como um braço forte da política pública de Cultura do governo estadual.

Dentre os equipamentos culturais em funcionamento no Circuito, seis são geridos diretamente pelo Governo do Estado e os outros funcionam por meio de parcerias público-privadas ou parcerias com instituições públicas federais.

Recentemente foi incorporado ao complexo o BDMG Cultural, dentro da proposta da nova gestão de ampliar o perímetro de atuação do projeto e fortalecer seu diálogo com cidade.

O Iepha-MG também pretende aumentar a participação de grupos ligados à cultura popular de diversas regiões do Estado no Circuito Liberdade, com a implementação da Casa do Patrimônio Cultural de Minas Gerais, equipamento que ocupará o edifício da antiga Secretaria de Viação e Obras Públicas, também conhecido como “Prédio Verde”.

Equipamentos públicos sob a gestão do Estado

  1. Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa
  2. Palácio da Liberdade
  3. Arquivo Público Mineiro
  4. Museu Mineiro
  5. Centro de Arte Popular Cemig
  6. Cefart Liberdade

Equipamentos em funcionamento em função de parcerias

  1. Espaço do Conhecimento UFMG
  2. MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal
  3. Memorial Minas Gerais Vale
  4. Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB)
  5. Horizonte Sebrae – Casa da Economia Criativa
  6. Casa Fiat de Cultura

Equipamento incluído no novo projeto do Circuito

  1. BDMG Cultural

Equipamento a ser implementado

  1. Casa do Patrimônio Cultural de Minas Gerais

Serviço

1° Observatório do Circuito Liberdade

“Políticas Públicas (Trans) Culturais e a Arte como Meio de Transformação Social” - Palestra inaugural com Jacques Poulain, Miguel Arroyo e Evandro Ouriques

Data: 25 de abril

Horário: das 9h às 12h

Local: Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa

Entrada gratuita e tradução francês/português

No período de 04 a 07 de abril, lojistas, compradores profissionais e formadores de opinião do varejo de moda têm um encontro marcado no Minas Trend, um dos principais eventos de negócios de moda do país, que promove os lançamentos para o Verão/2017 em vestuário, calçados, bolsas, acessórios, bijuterias e joias de 220 fabricantes de vários estados brasileiros.

Em sua 18ª edição, a semana de moda mineira conquistou um expressivo número de compradores fiéis, que prioriza o evento devido as suas características únicas que possibilitam a composição de estoques com um mix de produtos completo, diferenciado e que proporciona maior margem de lucro e rotatividade no ponto-de-venda.

Segundo Henrique Câmara, superintendente da FIEMG – Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, promotora do evento, o formato adotado pelo Minas Trend, com foco na efetiva realização de negócios, é o principal responsável pela fidelização dos compradores. “Atualmente, devido à retração econômica, os lojistas privilegiam eventos que oferecem todos os segmentos de moda, desde o vestuário até a bijuteria, além de produtos com alto valor agregado em termos de design e tendências de moda”. Para o executivo, “o Minas Trend consegue reunir, em um único local, as principais grifes brasileiras de moda e acessórios, proporcionando ao comprador, além da composição de todas as suas necessidades de estoque e agilidade nos contatos, a aquisição de artigos que possam atender as demandas de um consumidor globalizado que busca, mais do que moda, itens que possam refletir atitude e estilo de vida”. 

Compradores marcam presença

Todas essas características tem atraído à Belo Horizonte compradores de todo o território brasileiro, que chegam em busca de um ambiente de negócios com foco nos lançamentos e em artigos de moda mais competitivos.

A lojista Marta Paiva, que mantém lojas em Vitória e Salvador, já confirmou sua presença em Belo Horizonte com foco, principalmente, na aquisição de roupas de festa. A empresária afirma que 70% das peças que compõem seu estoque são de expositores do Minas Trend. “O grupo mineiro é muito forte, sempre gostei do evento que oferece um ótimo atendimento ao comprador”, declara Marta.

Aureliana Bandeira, da loja especializada em calçados Josefina, de Recife, afirma que o Minas Trend é o evento onde mais compra, pois possibilita receber os lançamentos antes de seus concorrentes. “No setor de calçados o salão mineiro é o melhor do Brasil”, destaca a empresária que adquire 70% do seu estoque entre os expositores do Minas Trend.

Proprietária da RT Acessórios, de Natal, onde comercializa calçados, bolsas e bijuterias, Renata Teles considera que o Minas Trend reúne “a maior concentração de boas marcas do segmento entre todos os eventos do país. Fazem uma seleção muito boa de expositores e, praticamente, todas as marcas que trabalho estão lá”, destaca a lojista que estima em 90% a participação dos produtos expostos em Minas na composição total das suas compras.

Larissa Rizzolli, responsável pelas compras de sapatos, bolsas, bijoux e acessórios do e-commerce QVestir, de São Paulo, ressalta a qualificação dos expositores do salão de negócios, afirmando que é “uma seleção muito boa, marcas em que acredito muito”. Segundo Larissa, as compras efetuadas no Minas Trend podem alcançar até 25% do total adquirido pelo grupo no segmento.

Da tradicional maison paulistana Helena Mottin, Maria Antonieta Botelho Bueno participa desde a 1ª edição e diz gostar muito da infraestrutura oferecida pelo evento, além da “qualidade e acabamento da roupa de festa mineira” que representa 80% das suas coleções.

Roberta Damasceno, da boutique carioca Dona Coisa, que substituiu as compras realizadas em outras capitais pela semana de moda mineira, considera que a “boa infraestrutura oferecida aos compradores torna a estadia o mais confortável possível”. Segundo ela, uma das características marcantes do evento é o comprador não se sentir “invadido ou perturbado no momento da compra”.

Expositores apostam no Minas Trend

Por outro lado, os fabricantes também apostam nesse lojista, com alto poder de decisão e compra, para incrementar as vendas para a próxima temporada.A grife Miss Mano, de Fortaleza, renovou sua participação no Minas Trend após uma estreia de sucesso onde conquistou novos clientes no Nordeste e Sudeste do país. A Unity 7, também em sua 2ª participação, trocou o estande coletivo de marcas Ready to Go, da qual fez parte na edição passada, por uma área exclusiva de significativo tamanho. “O evento está entre os principais do Brasil e é importante marcar presença”, avalia Rafael Mendes, executivo da grife. “O comprador qualificado e a participação no Projeto Comprador torna nossa participação essencial”, acrescenta.

Laurita Mondini, gerente da Adriane Caramoni, fabricante de bolsas e acessórios de couro, se diz satisfeita com os resultados obtidos no Minas Trend da qual participa desde 2008. “É um dos eventos que mais dá retorno em termos de negócios, pois investem na presença do comprador qualificado”, resume Laurita que comercializa 30% de sua produção através da participação nas duas edições anuais do salão de negócios.

A grife de sapatos Paula Bahia é outro fabricante que expõe seus produtos desde a 1ª edição do Minas Trend, obtendo resultados de vendas bastante expressivos. Rodrigo Bahia Amorim, sócio-diretor da marca, considera a parceria estabelecida com a Fiemg “excepcional” e estima em 50% a participação das vendas realizadas durante o evento no seu faturamento anual. “Para nós, o Minas Trend é o melhor evento de negócios do Brasil. A credibilidade, o período ideal de realização e o potencial dos compradores são suas principais características”, opina o executivo.

Tradicional expositora do Salão de Negócios, a estilista Fabiana Milazzo considera que a participação foi fundamental para a consolidação de sua grife. “Para minha marca foi muito especial, pois fez toda a diferença passar para o mercado nacional através do Minas Trend. O formato do evento é perfeito ao conciliar a visibilidade ao valor comercial que proporciona”. Segundo Fabiana, os negócios realizados no evento mineiro representam 80% do faturamento anual da confecção.

A designer de bijuterias e acessórios de alto padrão Claudia Arbex também avalia o Minas Trend como “a melhor feira de negócios do Brasil”, creditando ao evento 50% do seu faturamento anual. Para ela, “o relacionamento que a equipe da Fiemg estabeleceu com os compradores criou uma fidelidade por parte deste público”.

Para Elizabeth Farias, da Vivaz, a excelente organização e o atendimento vip oferecido aos compradores potenciais são as principais características do salão de negócios que tem contribuído para o sucesso da marca, que participa desde a 1ª edição da semana de moda mineira. “O Minas Trend, para nós, representa o evento de negócios mais importante do país contribuindo com 60% no volume de vendas”, revela a empresária. Nesta edição, a confecção promove desfile da sua segunda marca, a Viva por Vivaz, para reforçar sua presença perante lojistas qualificados. 

Codemig: Governo do Estado apoia a indústria de moda mineira

O desenvolvimento ganha destaque nas passarelas do Minas Trend, o principal evento de moda do Estado e um dos mais importantes do País, com o novo apoio do Governo do Estado de Minas Gerais, por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig). Em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), realizadora do Minas Trend, a Codemig fomentará o Salão de Negócios da edição Verão/2017. O alvo da Codemig nessa ação é promover a integração regional do Estado, bem como o acesso e a participação dos 17 Territórios de Desenvolvimento definidos pelo Governo de Minas Gerais. O apoio ao Minas Trend integra as ações do Minas de Todas as Artes - Programa Codemig de Incentivo à Indústria Criativa. Segundo a entidade, ao fomentar o turismo de negócios e promover a integração de profissionais, o encontro movimenta a economia do Estado, com valores superiores a R$30 milhões por edição, e projeta Minas Gerais nos circuitos nacional e internacional do mercado da moda.

Essência

Em tempos de “enxergar o presente e organizar o futuro”, esta edição do Minas Trend elegeu o tema “Essência” como referência da temporada Verão/2017.

O tema sintetiza a busca pelo essencial dentro da indústria de moda, de forma a reforçar a importância da identidade das marcas como diferencial e fator competitivo junto aos consumidores. Na temporada, a “essência”, ou seja, o DNA criativo das grifes, chega como valor intrínseco das coleções que procuram atender a atual demanda por uma moda autoral, diferenciada e, ao mesmo tempo, com forte apelo comercial.  

Para exprimir este conceito, a edição Verão/2017 do Minas Trend traz referências da obra de Lewis Carroll, “Alice no País das Maravilhas”, e a incessante busca da personagem por seguir caminhos e descobrir novos horizontes. Nesta abordagem, Alice, sinônimo de coragem e poesia, simboliza as características do “essencialista” típico, aberto às novas experiências, positivista mesmo mediante as adversidades e disposto a compartilhar esta vitalidade para o bem comum.

Para Henrique Câmara Azevedo, Superintendente da Fiemg, esta busca pelo essencial, dentro do conceito desta edição, revela-se como “como uma forma de adequação ao cenário desafiador em que estamos inseridos no momento. Nosso objetivo é provocar uma reflexão em relação à busca por soluções mais práticas, objetivas e realistas para superar as dificuldades e incrementar os negócios”.

Exposições

Para reforçar o tema condutor desta edição – Essência -, o Minas Trend apresenta ao público três exposições que resumem a inspiração da temporada, resgatando o “essencial” como o DNA criativo que torna cada marca única e desejada.

A exposição “Minas Trend em Essência”, que reúne as marcas mineiras de moda e acessórios participantes do evento, conta com curadoria do stylist Davi Leite e lança mão do icônico tabuleiro de xadrez do clássico literário, e de elementos como as famosas xícaras da incansável Alice, para criar um diálogo entre o tema e as peças que mais representam a identidade e perfil criativo de cada marca.

Já a exposição “Saias para Alice” reúne moda, cultura e sustentabilidade ao apresentar 12 modelos da maior referência fashion da menina Alice, ou seja, suas saias, desenvolvidos por Bárbara Vanusa, estilista reconhecida pelo seu trabalho pioneiro de reaproveitamento de rejeitos da indústria têxtil. Neste espaço lírico, e ao mesmo tempo lúdico, Bárbara apresenta peças criadas a partir de retalhos de jeans, brim e tule, com estampas feitas à mão e bordados artesanais exclusivos, estes desenvolvidos pela comunidade mineira de Bom Jardim, além do tingimento natural em todas as peças. Ambientada sobre um jardim de margaridas, a exposição traz peças com elementos da narrativa “Alice no País das Maravilhas”, como o relógio e as cartas de baralho, propondo um rompimento com as convenções dos modismos vigentes e a materialização das emoções e sonhos das personagens.

A exposição fotográfica “Essência da Moda” revela a visão do conceituado fotógrafo Weber de Pádua sobre o que é essencial na moda mineira, através de uma seleção de seus trabalhos ao longo da carreira que procura refletir a força das criações desenvolvidas no Estado. Com imagens emblemáticas que serão expostas em monitores de alta definição, muitas vezes sem relação direta com a moda, mas que trazem conceitos e atitudes que inspiram o universo fashion, a exposição também traça um paralelo entre a urbanidade e a tecnologia.

Line up

Uma das atividades mais aguardadas durante o Minas Trend, a programação de desfiles ganha a adesão de três novas marcas que irão apresentar suas propostas para a próxima temporada Verão/2017.

Nesta edição, as grifes Sonia Pinto, Confraria e Viva por Vivaz, juntam-se a Fabiana Milazzo, Plural, Lucas Magalhães, Faven e Lino Villaventura para compor os desfiles da estação, que nesta edição acontecem em novos horários - 11h00, 15h00 e 17h00 -, entre os dias 05 e 06 de abril, de forma a promover uma maior integração da atividade com os compradores e visitantes do Salão de Negócios.

05/04/16 - 3ª feira

11h00: Fabiana Milazzo

15h00: Faven / Plural

17h00: Sonia Pinto

06/04/16 - 4ª feira

11h00: Lino Villaventura

15h00: Lucas Magalhães / Confraria

17h00: Viva

Palestras

Startup Fashion

07/04/2016 – 5ª feira – 11h00

Palestrantes: Raoni Pereira e Julia Abrahão 

Local: Auditório ExpoMinas

Fórum de Inspirações Inverno/2017

07/04/2016 – 5ª feira – 15h00

Palestrantes: Marnei Carminatti

Local: Auditório ExpoMinas

 

Minas Trend em números (18ª edição)

Área total: 25.278 m²

Número de estandes: 260

Número de expositores: 220 (Vestuário: 106 / Calçados e Bolsas: 45 / Joias e bijuterias: 69)

Número de Sindicatos participantes: 17

Número de compradores convidados: 500

Número de jornalistas nacionais convidados: 75

Número de jornalistas internacionais convidados: 06

Público previsto: 15.000 pessoas

Número de compradores espontâneos: 5.000

Compradores nacionais convidados: 500

Compradores internacionais convidados: 16

Realização: FIEMG – Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais

Patrocínio: SENAI/DN – CNI – SESI DRMG - SENAI DRMG

Fomento: CODEMIG / GOVERNO DE MINAS GERAIS

Apoio: SEBRAE MG – ABIT / APEX / TEXBRASIL

 

Eventos de cunho gastronômico, a Parada LGBT, Carnaval, Marcha para Jesus e entre outros, foram pautados como destaques para unificar as pastas. Para o secretário de Turismo, é hora de criar laços e focar nos pontos fortes que Minas Gerais oferece. “Nosso ideal é que haja uma convergência entre as esferas. Vamos aprimorar as agendas e alinhavar os projetos para Belo Horizonte - uma das cidades protagonistas do turismo no Estado”.

 

Como o Estado, Beagá tem uma grande referência em sua culinária e está, aos poucos, abrindo espaço na agenda turística do país. Atualmente conhecida como capital dos bares, “precisamos preparar a cidade de Belo Horizonte para receber mais turistas. Precisamos ainda unir forças com a cultura para que isso seja feito de forma eficaz conquistando resultados positivos”, avalia Ricardo Faria.

 

O chefe do Executivo lembrou ainda que é necessário focar no turismo interno. Minas Gerais é o estado brasileiro que concentra o maior número de municípios (853). Segundo Márcio Lacerda, “as pessoas não saem do interior para conhecer Belo Horizonte. Diante desse fato, precisamos criar alternativas para atrair os olhares para o turismo de forma ampla e geral”, destaca.

 

Eventos que unificam artistas e público de norte a sul de Minas Gerais foram ressaltados por Leônidas de Oliveira. “A Virada Cultural Metropolitana – que é uma versão do evento tradicional Virada Cultural – traz uma programação diversificada reunindo artistas de cidades metropolitanas para apresentações de várias manifestações artísticas”, exemplifica.

 

Turismo religioso

Sendo o batismo um simbolismo comum entre as religiões cristãs, representantes de algumas denominações solicitaram um batistério público, de acordo com o secretário de Turismo Ricardo Faria.

 

Na ocasião, o prefeito Márcio Lacerda revelou que há um projeto paisagístico e arquitetônico para o Monte de Orações que poderá entrar em parceria com o batistério almejado.

 

Pampulha

O conjunto modernista da Pampulha, em Belo Horizonte, é o único candidato brasileiro ao título de patrimônio da humanidade concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

 

Considerada um dos cartões postais da capital, a Pampulha caso seja eleita, em julho deste ano, patrimônio da humanidade será vista e procurada por turistas do mundo inteiro de forma imediata.

Você sabia que o número de visitas a Parques Estaduais de Minas Gerais aumentou 19,9% entre os anos de 2014 e 2015? Veja esta e outras informações no Boletim do Turismo de Fevereiro/2016.

fevereiro-2016

 

Você pode acessá-lo neste link: http://goo.gl/UXVVei

 

Crédito: Asscom/SEC

Ministro Conselheiro da Embaixada da Itália em Brasília Filippo La Rosa secretário Angelo Oswaldo e cônsul Aurora Russi

Aconteceu na tarde desta quarta-feira (20 de abril) a entrega da condecoração de Oficial da Ordem da Estrela da Itália ao Secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo. Promovida pelo Consulado da Itália em Belo Horizonte, a cerimônia foi conduzida pelo Ministro Conselheiro da Embaixada da Itália em Brasília, Filippo La Rosa, e contou também com a presença da Cônsul da Itália em Belo Horizonte, Aurora Russi. 

Para o Ministro Filippo La Rosa, a homenagem oferecida a Angelo Oswaldo é justa e justificada. "Essa é uma condecoração mineira, interestadual e intertemporal, fruto de parceria e colaboração frutíferas dada a uma das  melhores mentes que conheci Brasil afora, um verdadeiro orgulho desse país", disse o Ministro exaltando a cultura como uma das pontes mais exitosas entre duas nações.

Angelo Oswaldo, comovido e gratificado, agradeceu a homenagem. "Levo essa condecoração como uma estrela guia que vai sempre me orientar no sentido de uma amizade fraterna com todos os italianos, uma vez que a Itália é o berço da civilização e da latinidade. Portanto é a raiz da nossa cultura brasileira".


Estão abertas as inscrições, até as 15 horas da próxima sexta-feira (8/4/16), para o 7º Encontro Regional do Fórum Técnico Plano Estadual de Cultura, em Araçuaí. O evento, no próximo dia 11 (segunda-feira), promovido pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura, tem previsão de percorrer, até 10 de maio, outras cidades no interior do Estado, com a finalidade de aumentar a participação popular na discussão do Projeto de Lei (PL) 2.805/15, de autoria do Executivo, que contém o Plano Estadual de Cultura. O Encontro Regional, das 8 às 18 horas, será no Auditório da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams).

programação dos encontros regionais, cuja duração é de um dia em cada cidade, inclui uma palestra de abertura, que apresentará a contextualização e os processos de construção do Plano Estadual de Cultura. Em seguida, os participantes se dividirão em três grupos de trabalho, com os temas garantia de direitos culturais, Sistema Estadual de Cultura e Sistema de financiamento à cultura. Após a discussão do documento com as 233 propostas que fazem parte do anexo do PL 2.805/15, cada grupo de trabalho poderá apresentar o máximo de 35 novas sugestões. Ao final de cada encontro regional, serão eleitas 12 pessoas que atuarão como representantes daquela região na plenária final do fórum, a ser realizada em junho de 2016.

O Projeto de Lei (PL) 2.805/15, do governador, foi recebido em Plenário em agosto de 2015. As propostas do Plano Estadual de Cultura poderão ser aperfeiçoadas durante a tramitação do projeto, que será analisado pelas Comissões de Constituição e Justiça (CCJ), de Cultura e de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO), antes de ser votado em dois turnos no Plenário. O plano traz um conjunto de metas e estratégias para a cultura no Estado, e tem por objetivo o planejamento e a implementação de políticas culturais pelo prazo de dez anos, visando ao desenvolvimento de ações na área para o período de 2015 a 2025.

7º Encontro Regional do Fórum Técnico Plano Estadual de Cultura – Araçuaí

Data: 11/04/2016

Local: Instituto Federal do Norte de Minas Gerais - Campus Araçuaí
          Fazenda do Meio Pé da Serra, s/n° - Rodovia BR-367 - Km 278


Programação:

  • 8 horas: Credenciamento
  • 9 horas: Abertura
  • 9h45: Palestra Contextualização e Processo de Construção do Plano Estadual de Cultura
    (O contexto do Sistema Nacional de Cultura e o Plano Estadual no contexto da Política Estadual de Cultura)
    - Representante do Ministério da Cultura – Representação Regional de Minas Gerais
    - Representante da Secretaria de Estado de Cultura
    - Representante do Conselho Estadual de Política Cultural de Minas Gerais
  • 10h15: Apresentação da metodologia dos Grupos de Trabalho
  • 10h30: Formação dos Grupos de Trabalho
    - Exposição inicial: apresentação da temática do Grupo de Trabalho e dinâmica das discussões
    - Discussão do documento com as propostas contidas no 
    PL 2.805/15
  • 12 horas: Intervalo
  • 13h30: Grupos de Trabalho
    - Continuação da discussão do documento e priorização das novas propostas
    - Eleição dos representantes regionais à Etapa Final
  • 18 horas: Encerramento



O ideal de liberdade e a crença de que um povo pode determinar seu próprio destino estão na raiz da história mineira e brasileira. Às vésperas de Ouro Preto receber, pela 65º vez, a transferência simbólica da capital do Estado, na entrega da Medalha da Inconfidência, a Secretaria de Estado de Cultura (Sec) tira das gavetas do Arquivo Público Mineiro – APM, do Museu Mineiro e do Museu dos Militares Mineiros fotografias, objetos e fatos que marcam e enriquecem cada trecho da narrativa libertária da Inconfidência Mineira.

A investigação historiográfica feita pela equipe do APM revela outras faces do herói Tiradentes e nos atenta para as consequências dos julgamentos, registrados nos Autos da Devassa, para a vida de uma das mulheres inconfidentes, Bárbara Heliodora.

Fazendo a revolução de dentro da própria coroa 

O título de Patrono Cívico da Nação reconhece em Joaquim José da Silva Xavier, Tiradentes, o líder do primeiro movimento pela independência do país. Ao alferes, posto do segundo-tenente militar da época, muitas vezes foi idealizada uma imagem como um herói injustiçado, que vivia em más condições. Já o acervo do APM revela a sua vida como um bem remunerado militar, funcionário do próprio sistema governamental do qual queria se emancipar, como se pode constatar no retrato.

 Retrato de Tiradentes em trajes militares. Crédito: Acervo APM

“Este retrato mostra o cotidiano deste servidor público no Regimento da Cavalaria, fazendo as patrulhas pelo Caminho Novo. O acervo é um contraponto ao que muitas vezes mostra-se sobre Tiradentes, como um homem da contracultura com uma grande barba e longos cabelos”, destaca o Diretor de Arquivos Permanentes do APM, Denis Soares da Silva. No Museu dos Militares Mineiros consta uma carta enviada por ele ao rei, em que assina como “Alferes, o comandante do sertão”.

Já no acervo do Museu Mineiro é possível ver um relógio de bolso banhado a prata onde estão gravadas suas inicias – J. J. S. X. 23/2/1780.  “Este relógio é um acessório que denota certo status para a época e contrapõe à imagem geralmente vinculada ao revolucionário inconfidente”, avalia o diretor.

Relógio de bolso de Tiradentes. Crédito: Oswaldo Afonso

Como contracheques da época, documentos do APM registram a quantia que o alferes recebia nos anos de 1781 e 1782 do império português. “$ 72 mil réis por trimestre era um alto valor para época”, comenta Soares. Os arquivos mostram ainda que o delator da Conjuração Mineira, Joaquim Silvério dos Reis, recebia do mesmo caixa do herói anos depois, em 1789. Ainda sobre o traidor, destaca-se no acervo uma pintura deste também com trajes militares.

Retrato do traidor, Joaquim Silvério dos Reis. Crédito: Acervo APM

De vilão a herói da nação

A biografia do Tiradentes o perpetua mundo afora como um ícone libertador, mas os documentos do APM mostram que nem sempre a figura foi venerada por todos. “O alferes foi de vilão da Coroa Portuguesa a herói para a República recém-instalada no Brasil. A sua imagem foi sendo apropriada de diferentes maneiras pelos grupos detentores do poder” conta Soares.

 Em 1821, a idolatria ao alferes acontecia no monumento que ficou conhecido como Marco da Infâmia. Papéis do APM mostram que, neste ano, a Coroa determina a destruição do objeto inspirador dos que sonhavam pelo fim do domínio europeu. A libertação aconteceria um ano depois com a proclamação da independência. “Foi uma tentativa da Coroa Portuguesa de defender o seu domínio ideológico já enfraquecido”, avalia o diretor do APM.

O Governo livre de Portugal, 73 anos depois, solicita a retirada de uma coluna no centro de Ouro Preto que comemorava os mártires da Inconfidência, para a construção em 1894 da estátua que coloca a figura de Tiradentes como o principal símbolo dos valores republicanos. Imagens da festa de inauguração da estátua estão no acervo do APM.

Festa de inauguração do monumento em homenagem à Tiradentes no centro histórico de Ouro Preto. Crédito: Acervo APM

O destino e o poder de conquista de uma mulher inconfidente 

A investigação continua com o levantamento feito por Rafael Pedro Nogueira, graduado em história e gestor de cultura do APM, sobre o decorrer da vida da esposa de um dos intelectuais mentores da Inconfidência Mineira, Inácio José de Alvarenga Peixoto, depois do seu julgamento e morte.

Bárbara Heliodora Guilhermina da Silveira, musa inspiradora do poeta arcadista inconfidente, expõe em uma carta, guardada pelo APM, o seu poder de conquista, ao expressar a sua “ruína” com o confisco dos bens do marido.

O texto de 1795, direcionado à João Rodrigues de Macedo, um contratador da Real Fazenda, sinaliza indícios sobre uma negociação que traria, anos depois, os bens confiscados de volta à Heliodora. Na mesma carta constatam-se traços de sua personalidade, e de um suposto processo de demência, além do seu destino junto ao Contratador “compadre”, o qual posteriormente dividiria a administração dos bens.

Desvende a história de Bárbara acompanhando a transcrição da carta original feita pela especialista em leitura paleográfica do APM, Sônia Maria Gonçalves, com os comentários do historiador Rafael Pedro clicando aqui. 

Serviço

Arquivo Público Mineiro

Visitação Gratuita - Contatos: (31) 3269-1167 Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Endereço: Avenida João Pinheiro, 372, Funcionários BH.

Museu Mineiro

Visitação Gratuita – Contatos: (31) 3269-1103 Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Endereço: Avenida João Pinheiro, 372, Funcionários BH.

Museu dos Militares Mineiros

Visitação Gratuita - Contato: 3273-4489

Endereço: Rua dos Aimorés, 698 - Funcionários, BH.

 

Com um programa diversificado, o Coral Lírico de Minas Gerais participa da Série Lírico no Museu, apresentando trechos do repertório que será interpretado ao longo do ano de 2016. É o caso, por exemplo, de um trecho do Requiem, composto por Giuseppe Verdi, apresentado na abertura da temporada de concertos da FCS e fragmentos das óperas que serão montadas pela Fundação Clóvis Salgado em 2016: Romeu e Julieta, de Charles Gounod; e o Guarani, de Carlos Gomes. A regência é do Maestro Titular do Coral Lírico de Minas Gerais, Lincoln Andrade.

O concerto tem início com a apresentação de Sanctus, trecho do Requiem. Para Lincoln Andrade, trata-se de um trabalho notável do compositor italiano, considerado um exemplo claro do progresso e desenvolvimento da escrita musical do compositor italiano. “A força dramática da obra lhe confere uma interpretação quase que operística, com composições marcadas por uma poderosa construção instrumental”.

A composição foi composta em homenagem à Alessandro Manzoni, escritor e humanista, do qual Verdi era grande admirador. O Sanctus et Benedictus juntos, foram escritos para dois coros e quatro vozes cada um e representa um momento de grande contrição.

Na sequência, estão três obras seculares, com trechos de óperas. Primeiro as composições Vérome vit já dis deux families rivales e L’heure s’envole, da ópera Romeu e Julieta, respectivamente Prólogo e Coro de abertura do primeiro ato. No Prólogo são apresentadas as famílias e preparado o ambiente da história de amor que envolve os integrantes dos clãs Capuleto e Montecchio; Aspra, crudel, terrible, Coro di Aimorè, da ópera O Guarani, de Carlos Gomes, encerra o concerto. 

Programa

ü  Sanctus, do Requiem

Giuseppe Verdi

ü  Vérome vit já dis deux families rivales, da ópera Romeu e Julieta

Charles Gounod

ü  L’heure s’envole, da ópera Romeu e Julieta

Charles Gounod

ü  Aspra crudel, terrible, Coro di Aimorè, da ópera O Guarani

Carlos Gomes

SERVIÇO:

Evento: Série Lírico no Museu

Local: Museu Inimá de Paula - Rua da Bahia, 1201 - Centro

Dia: 5 de abril (terça-feira)

Horário: 19h

Entrada gratuita

A Setur disponibilizou no canal do Observatório do Turismo um tutorial para auxiliar municípios, pesquisadores e demais interessados a extraírem os principais indicadores referentes ao mercado de trabalho formal contidos na base de dados da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério do Trabalho e Emprego.

No tutorial, é possível aprender de forma simples como levantar os dados relacionados ao número de estabelecimentos, número de empregados e renda média dos empregados do setor de turismo de todos os municípios do Estado.

O vídeo pode ser acessado pelo seguinte link:

https://www.youtube.com/watch?v=ubTd-A9faPw

 

Ao completar 50 anos de fundação, o Grupo Aruanda, detentor de um rico acervo composto de mais de 100 danças e cantos folclóricos brasileiros, pesquisados em todas as regiões do país, aprovou, por meio da Lei Rouanet, o projeto intitulado “GRUPO ARUANDA – 50 ANOS DE HISTÓRIA”. Trata-se da produção e do lançamento de um livro bilíngue que retrata sua trajetória histórica e contribui para a divulgação da cultura tradicional brasileira no país e no exterior.

Os leitores do livro terão em mãos um documento robusto, bem fundamentado com relatos que marcaram a trajetória do Grupo Aruanda, além de um capítulo dedicado à apresentação de algumas das mais representativas danças folclóricas brasileiras, agrupadas por região. A obra também descreve como e porque o Aruanda se transformou em um dos primeiros grupos brasileiros a representar o país em festivais internacionais de folclore, conquistando prêmios importantes e sendo reconhecido como legítimo embaixador da cultura brasileira.

O lançamento do livro acontecerá no próximo dia 05 de abril, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, onde haverá também uma exposição de figurinos e a apresentação de um rico espetáculo de danças folclóricas brasileiras.

Na exposição serão mostrados ao grande público a história do Grupo e sua inserção no panorama cultural, através de seu rico acervo de figurinos, adereços, bandeiras e estandartes das diversas manifestações que acontecem nos quatro cantos do Brasil com explicações escritas ao lado de cada figurino sobre suas características, origens, influências, especificidades. Com mais de cinco toneladas de figurinos e adereços, o Grupo Aruanda é reconhecido no Brasil e no exterior pelo seu trabalho e por possuir um “guarda-roupa” considerado dos mais belos, extensos e variado.

No espetáculo, o Aruanda fará um passeio pelas influências e características de cada região começando pelo Maracatu, passando pelo Frevo, Bailado Gaúcho, Carimbó, e terminando com uma das mais importantes manifestações da cultura mineira: a Festa de Nossa Senhora do Rosário. Como cada dança tem figurinos e adereços específicos, o espetáculo promete deixar a plateia surpresa e admirada pela profusão de cores, ritmos e desenhos coreográficos que fazem do folclore brasileiro um dos mais ricos e exuberantes do planeta.

A programação do evento inclui ainda uma sessão de autógrafos do livro pelo autor, Wagner Cosse, no Foyer do teatro, após a apresentação.

SERVIÇO

Grupo Folclórico Aruanda

  • Exposição de trajes típicos das 05 regiões do Brasil – Foyer do Teatro.

Horário: 19h

  • Espetáculo de dança folclórica

Horário: 20h – ENTRADA GRATUITA

  • Lançamento e noite de autógrafos do livro: Grupo Aruanda – 50 Anos de História

Horário: Após o espetáculo.

Local: Grande Teatro do Palácio das Artes

Data: 05 de abril de 2016 – Terça-feira

Crédito: Asscom/Faop

Equipe de alunos da Escola de Restauro da Fundação de Arte de Ouro Preto

Duas telas pintadas no século XVIII são restauradas por equipe de alunos da Escola de Restauro da Fundação de Arte de Ouro Preto, FAOP. Elas retratam São Luís Rei de França e Santo Eduardo Rei da Inglaterra, soberanos ligados às cruzadas que buscavam a cruz de Cristo em Jerusalém. O santo francês tem como atributo a coroa de espinhos, sendo o inglês identificado pelos cravos da cruz. As obras ficam expostas na sacristia da igreja do Carmo, mas o trabalho de restauração transcorre em atelier montado no consistório do templo, a fim de ser acompanhado por centenas de visitantes que por ali passam.

O secretário Angelo Oswaldo visitou o atelier e cumprimentou a equipe “pela importante contribuição oferecida à preservação do patrimônio artístico de Ouro Preto, de Minas Gerais e do país”. Ele foi recebido pelo professor Sílvio Luís Viana Oliveira,da FAOP, e pelas alunas que participam da iniciativa. Segundo o secretário, “é fundamental para a formação dos restauradores essa possibilidade da ação direta em bens de alto valor histórico. “Sob a atenção e o cuidado do professor, disse ele, os novos restauradores se aprimoram nas diversas técnicas e no exercício de uma verdadeira arte”.

Imagem de Rei Baltasar de autoria de Benozzo Gozzoli instalada na Capela dos Magos em Florença - Itália

Imagem de Rei Baltasar de autoria de Benozzo Gozzoli instalada na Capela dos Magos em Florença - Itália

O professor Affonso Furtado, da Federação de Reisado do Rio de Janeiro e da Casa Santos Reis, foi recebido pelo secretário Angelo Oswaldo, quando falaram sobre iniciativas de apoio às tradições do ciclo natalino em Minas Gerais.

A principal meta dos amigos das folias é a instalação de um Centro de Memória em Uberaba, que o professor Affonso Furtado considera como a capital brasileira das Folias de Reis. No município há 103 grupos cadastrados. A iniciativa tem o apoio da Secretaria de Estado de Cultura.

O secretário agradeceu a permanente atenção da Federação para com os grupos mineiros e destacou o empenho do atual Governo em salvaguardar essas manifestações populares.

Em sua visita ao Estado, o grande estudioso dos reisados brasileiros condecorou o Mestre Jésus Florentino, da Folia de Reis do Padre Faria, em Ouro Preto, com a faixa de Mestre e a Estrela Guia do Oriente, que simbolizam o reconhecimento da dedicação de Jésus Florentino a essa expressão da cultura mineira. A folclorista ouro-pretana Maria Agripina Neves participou do ato.

Crédito: Divulgação

Mestre Jesus Florentino

Mestre Jésus Florentino

Em Sabará, Affonso Furtado condecorou a Mestra Maria das Graças Ribeiro (Mestra Pretinha) com as mesmas insígnias, em cerimônia que teve a participação de representantes da prefeitura.   

Crédito: Divulgação

Mestra Pretinha

Mestra Pretinha

 

Neste feriado de Tiradentes, o Espaço do Conhecimento UFMG estará aberto ao público de quinta a domingo. Além da exposição permanente “Demasiado Humano”, o museu realizará sessões de planetário, encontros dos Jogos do Conhecimento e visitas ao terraço astronômico. Confira a programação.

Exposição Demasiado Humano

É a principal exposição do museu, ocupando o terceiro, quarto e quinto andares do edifício. O conceito da montagem é a busca do conhecimento e a compreensão do universo. A exposição está dividida em três momentos: “O Aleph”, “Origens” e “Vertentes”. A montagem utiliza diversos recursos audiovisuais e interativos, possibilitando ao público uma experiência visual, tátil, sensorial.

Exposição Escala

A exposição reúne uma série de imagens que apresentam a relação de escala entre macro e micro objetos, através de várias possibilidades de representações com fotografias, ilustrações, imagens extraídas de telescópios, microscópios, sensores etc. A mostra está em toda a escadaria interna do edifício.

Sessões de planetário

No planetário do Espaço do Conhecimento UFMG o público tem uma visão de 180º por 360º em um domo de 9 metros de diâmetro. O ambiente se transforma em cinema imersivo, com sensação de profundidade e total envolvimento. Instalado no quinto andar, com cadeiras reclináveis e sala climatizada, o planetário tem capacidade para 65 pessoas e funciona em sessões regulares, ao longo de todo o dia.

A entrada no planetário custo R$ 6 a inteira e R$ 3 a meia. Estudantes do sistema público, professores licenciados e associados ao International Council of Museums não pagam. As sessões não são recomendadas para crianças menores de 4 anos

A programação completa do planetário está aqui: http://www.espacodoconhecimento.org.br/?page_id=2480

Jogos do Conhecimento

Jogos do Conhecimento são ações educativas em jogos de tabuleiro, ligadas ao Grupo de estudo em Jogos, UFMGames. O objetivo é aproximar o público de jogos que fazem parte de diferentes tradições culturais, proporcionando múltiplas experiências e instigando a curiosidade de crianças, jovens e adultos.

Todas as quintas-feiras, a partir das 17 horas, sessões de jogos abertas ao público. A participação está condicionada à lotação do espaço que, atualmente, comporta 25 pessoas.

Terraço astronômico

O terraço astronômico fica no quinto andar do Espaço do Conhecimento UFMG e possui um telescópio e teto retrátil, que permite a observação do céu noturno. Todas as visitas acontecem às quintas-feiras e são guiadas e orientadas pela equipe de astronomia do Espaço. O acesso é totalmente gratuito, basta apenas retirar senha na recepção do museu. São 120 senhas disponíveis por dia, distribuídas a partir das 17h30.

O Espaço do Conhecimento UFMG estimula a construção de um olhar crítico acerca da produção de saberes por meio da utilização de recursos museais. Sua programação diversificada inclui exposições, cursos, oficinas e debates. Integrante do Circuito Liberdade, o Espaço do Conhecimento é fruto da parceria entre a UFMG e o Governo de Minas. O Espaço conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais – FAPEMIG, da Rede de Museus e Espaços de Ciências e Cultura da UFMG e está subordinado à DAC – Diretoria de Ação Cultural da UFMG.

Serviço:

Local: Praça da Liberdade, 700

Entrada gratuita

Mais informações: www.espacodoconhecimento.org.br/ (31) 3409-8350


Como um pontapé inicial de efeito ressonante, a categoria Jovem Escritor do Prêmio Governo Minas Gerais de Literatura tem impulsionado carreiras incipientes de brasileiros dedicados à arte das letras. O valor da bolsa de 45 mil reais, destinado ao selecionado, permite que o autor viabilize sua obra em progresso no mercado editorial. O edital 2016 do prêmio está com inscrições abertas até o dia 29 de abril. Acesse aqui  o edital

Crédito: Divulgação

Carlos de Brito e Mello

Carlos de Brito e Mello, vencedor como Jovem Escritor da primeira edição do prêmio, em 2007, ressalta a amplitude alçada pela seleção na categoria. “O certame impacta em dois caminhos: o da obra e o do escritor. O livro publicado mediante incentivo certamente rompe as limitações que este segmento tem no Brasil e circula com maior abrangência. Já eu, como escritor, pude transitar com maior consistência na cena literária”.

O autor, que tem pouco mais de 30 anos, publicou o romance A passagem tensa dos corpos (2009), obra que participou do edital, e A cidade o inquisidor e os ordinários (2013) pela editora Companhia das Letras. Brito e Mello ainda pontua que as benesses não se estancam no incentivo da premiação.

“O júri que avalizou a minha obra: Affonso Romano de Sant’Anna, Maria Esther Maciel e Bartolomeu Campos de Queirós ajudou que eu visse meu trabalho com outros olhos. A avaliação distanciada de cada um deles, que eu não podia ter, me abriu para outras interpretações sobre meu livro. Depois desse contato, eles se tornaram consultores e conselheiros”.

Crédito: Divulgação

Alex Sens

Alex Sens, vencedor da categoria em 2012, com O Frágil Toque dos Mutilados, publicado pela editora Autêntica, diz que os holofotes dos veículos de comunicação vieram a calhar. “A partir do prêmio consegui uma agente literária que viabilizou a publicação do meu livro. A visibilidade midiática em meios de comunicação de voz nacional permitiu não só a divulgação da obra em si, como também jogou luz sobre a minha carreira, trazendo à tona trabalhos passados e prospectando os futuros”, comemora Sens.  

Crédito: Divulgação

Estevão Bertoni

O último Jovem Escritor contemplado pelo Prêmio Governo Minas Gerais de Literatura, Estevão Luis Bertoni Araújo e Silva, com a obra Ylus, O Dragão de Papel, confessa que a seleção foi como uma chancela de que tinha escolhido a carreira ideal. “O prêmio é, ao mesmo tempo, facilitador e incentivador, o reconhecimento veio como uma confirmação de que estou no caminho certo e de que o empenho e dedicação à arte das letras é e será recompensado”.

Sobre o Prêmio

O Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura foi lançado em dezembro de 2007, para promover e divulgar a literatura brasileira, reconhecendo grandes nomes nacionais e abrindo espaço para os jovens escritores mineiros. O prêmio é dividido em quatro categorias: I - Conjunto da Obra (homenagem a um escritor brasileiro em atividade), II - Poesia, III - Ficção e IV - Jovem Escritor Mineiro.

Em todas as categorias, as obras não podem ter sido publicadas anteriormente, seja de forma impressa ou virtual.

A categoria Jovem Escritor Mineiro é restrita a pessoas com idade entre 18 e 25 anos, nascidas em Minas Gerais ou residentes no Estado há pelo menos cinco anos. Cada participante pode inscrever apenas uma obra inédita por categoria.

Serviço

Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura

Inscrições abertas: de 1º de março a 29 de abril de 2016

Endereço para entrega de propostas:

Suplemento Literário de Minas Gerais

Avenida João Pinheiro, 342, Centro

Belo Horizonte/MG

CEP 30130-180

Entrega presencial (das 10h às 17h) ou via Correios

Informações: (31) 3269-1140 ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Informações para a imprensa:

Assessoria de Comunicação da Secretaria de Cultura de Minas Gerais

3915 2655 / (31)99619-7901

 

Durante o feriado de Tiradentes o funcionamento dos espaços da Fundação Clóvis Salgado sofrerá alterações nos dias 21 e 22 de abril, quinta e sexta-feira. Não há programação no Grande Teatro, na Sala Juvenal Dias, e no Teatro João Ceschiatti nestes dias e a CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais estará fechada para manutenção.

Já o Cine Humberto Mauro segue com a programação normal. A mostra Western – Parte I está em cartaz cujos títulos abordam a temática do Faroeste. O mesmo acontece com as galerias de Artes Visuais. Na Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard o destaque é a exposição Farnese de Andrade – Arqueologia Existencial. Estão expostos 95 trabalhos do artista mineiro que tratam de temas como religião e sexualidade. 

Também abertas à visitação, estarão as exposições selecionadas pelo Edital de Ocupação de Artes Visuais da Fundação Clóvis Salgado, edição 2016: Entre o desenho e a pintura, de Ricardo Homen, na Galeria Arlinda Correa Lima; Sobre a ... das coisas, de Bete Esteves, na Galeria Genesco Murta e TRANS(OBRE)POR #9, do artista sonoro Marcelo Armani, na Galeria Mari’Stella Tristão.

Em virtude do ponto facultativo determinado pelo governo do estado, não haverá expediente nos setores administrativos da Fundação Clóvis Salgado. 

Confira a programação detalhada:

 Balcão de Informações – funcionamento normal

 Grande Teatro do Palácio das Artes – sem funcionamento.

Sala Juvenal Dias – sem funcionamento.

Teatro João Ceschiatti – sem funcionamento.

Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard – Exposição

Galeria Arlinda Corrêa Lima – Exposição Entre o Desenho e a Pintura,deRicardo Homen. Funcionamento normal na quinta e sexta-feira, das 9h30 às 21h.

 Galeria Genesco Murta – Exposição Sobre a ... das coisas,de Bete Esteves. Funcionamento normal na quinta e sexta-feira, das 9h30 às 21h.

Galeria Mari’Stella Tristão – Exposição TRANS(OBRE)POR#9, de Marcelo Armani. Funcionamento normal na quinta e sexta-feira, das 9h30 às 21h.

CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – sem funcionamento.

Bilheteria do Palácio das Artes – funcionamento das 14h às 20h na quinta e das 10h às 21h na sexta.

Café do Palácio– sem funcionamento na quinta e funcionamento a partir das 16h na sexta.

Cine Humberto Mauro – Western – Parte I

21/04 quinta-feira

 

15h MOSTRA WESTERN PARTE 1 | Meu Nome É Ninguém, de Tonino Valeri, Sergio Leone (il mio nome è Nessuno, ALE-FRA-ITA, 1973) | 16 anos | 117’

SINOPSE: O jovem e ambicioso pistoleiro conhecido como "Ninguém" está de olho em seu ídolo, Jack Beauregard, que já pensa em se aposentar. Decidido a evitar que seu herói deixe o cano do revólver esfriar, ele lhe prepara uma emboscada com os piores bandidos do Oeste, apenas para vê-lo em ação pela última vez.

17h HISTÓRIA PERMANENTE DO CINEMA | Perseguidor Implacável, de Don Siegel (Dirty Harry, EUA, 1971) | 102’ | 14 anos |Sessão comentada

SINOPSE: Após o assassinato de uma jovem em São Francisco, um criminoso envia uma carta ao prefeito da cidade, dizendo que matará uma pessoa por dia até receber 100 mil dólares. Harry Callahan (Clint Eastwood), um detetive que não usa métodos tradicionais, é o encarregado do caso. Enquanto Scorpion (o serial killer) continua matando, Callahan e sua equipe tentam capturá-lo. Ele acaba sendo preso, mas é solto por falta de provas. Harry decide quebrar totalmente as regras para acabar com este assassino, decidindo usar métodos pouco ortodoxos.

Comentários por Júlio Cruz – crítico de cinema e cineasta

19h45 MOSTRA WESTERN PARTE 1 | Paixão Selvagem, de Jacques Tourneur (Canyon Passage, EUA, 1946) | 14 anos | 92’

SINOPSE: Em 1850, o empresário Logan Stuart retorna para casa, e no caminho fica dividido entre o amor de duas mulheres. Neste contexto, ao chegarem, percebem que os moradores locais vivem o temor a um ataque pelos índios da região.

 

21h45 MOSTRA WESTERN PARTE 1 | Consciências Mortas, de William A. Wellman (The Ox-Bow Incident, EUA, 1943) | 14 anos | 75’

SINOPSE: Henry Fonda interpreta Gil Carter, um andarilho que está passando por Ox-Bow quando começa a percorrer a notícia de que um fazendeiro havia sido roubado e assassinado. Dispostos a fazer justiça com as próprias mãos, seu povo vai atrás dos responsáveis para realizar sua vingança.

22/04 sexta-feira

17h MOSTRA WESTERN PARTE 1 | Duelo de Gigantes, de Arthur Penn (The Missouri Breaks, EUA, 1976) | 14 anos | 126’

SINOPSE: Robert E. Lee Clayton (Marlon Brando) é um matador de ladrões de cavalos. Um dia, David Braxton (John McLiam) o chama para eliminar alguns ladrões de cavalos que o incomodam. Clayton elimina um dos ladrões, causando a ira do restante do grupo. O que eles não sabem é que o matador de cavalos está disposto a acabar com um por um, até encontrar o líder da gangue, Tom Logan (Jack Nicholson) em seu caminho.

19h15 MOSTRA WESTERN PARTE 1 | Winchester’73, de Anthony Mann (EUA, 1950) | 14 anos | 92’

SINOPSE: Homem vence uma competição de tiro ao alvo e ganha como prêmio um rifle Winchester 73, que é posteriormente roubado. Cabe a ele então seguir o rastro do bandido para recuperar a arma, ao mesmo tempo em que tenta encontrar o homem contra o qual quer vingança.

21h MOSTRA WESTERN PARTE 1 | O Cavalo de Ferro, de John Ford (The Iron Horse, EUA, 1924) | Livre | 150’

SINOPSE: Quando o presidente Lincoln autoriza a construção da estrada de ferro Transcontinental, a Union Pacific, construtor (Will Walling) e agrimensor (George O´Brien), começam a traçar o mapa para a melhor rota. Embora eles encontrem uma nova passagem, além da previamente esperada, a ambição dos homens que trabalham no projeto complica a construção.

A gastronomia mineira vem ganhando um ingrediente a mais: o desenvolvimento.  Com o incentivo do Governo do Estado de Minas Gerais, por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), eventos dedicados à valorização, à divulgação e à comercialização da gastronomia têm sido fomentados. Entre os projetos contemplados pelo edital lançado pela Codemig em 2015, está o Aproxima, que a cada mês busca trazer os melhores produtores de Minas Gerais para apresentar seus produtos diretamente para o cliente, além de reunir chefs, cafeterias, cervejarias e quitandas do estado. A próxima iniciativa do projeto é a Feirinha Aproxima que será realizada neste sábado, 2/4, de 10h às 17h, no estacionamento G4 do Diamond Mall, em Belo Horizonte.

O projeto foi idealizado pelo chef Eduardo Maya para difundir e projetar a gastronomia mineira no cenário regional, nacional e internacional. Com a Feirinha Aproxima, a proposta é reunir produtores, consumidores e estabelecimentos em encontros para celebrar a qualidade e a diversidade dos produtos de Minas Gerais. O projeto prima pela itinerância e pela democratização do acesso, aliando a tradição e o novo, o prazer e o negócio, os mineiros e suas raízes.

Todo 1º sábado do mês, de 10h às 17h, cerca de 40 expositores mineiros apresentam seus produtos e serviços com livre acesso para todos os tipos de público. Entre as iguarias, estão queijos, cafés, doces artesanais, verduras, frutas, legumes, carnes, quitandas, geleias, molhos, temperos, licores, linguiças, carne de lata, rapaduras, cachaças, torresmos, cervejas artesanais, por exemplo, em barracas montadas lado a lado. A produção do evento busca diversificar sua execução em distintos locais de Belo Horizonte.

Com o êxito da ação, foi criada também a Feira Gastronômica do Mercado Central – Aproxima, realizada na terceira sexta-feira de cada mês. Para essa iniciativa, o estacionamento superior do Mercado recebe 20 expositores. Os ingressos são trocados por alimentos não perecíveis, doados a instituições de caridade. A Feira Gastronômica funciona de 19h à 1h.

O projeto contemplado pela Codemig prevê a realização de oito eventos ao longo de 2016, sendo quatro edições da Feirinha Aproxima e quatro Feiras Gastronômicas. O público estimado para cada edição é de 3 mil pessoas. Outras informações sobre o evento podem ser obtidas no site www.projetoaproxima.com.br.

Edital de gastronomia

O resultado do edital de fomento à gastronomia foi divulgado pela Codemig em fevereiro de 2016. O período de inscrições esteve aberto entre os dias 27 de agosto e 19 de outubro do último ano, com apoio da Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais (Setur). O concurso também incluiu a seleção de projetos para a realização de eventos de Food Truck em cidades da Estrada Real. Ao todo, mais de 10 projetos foram contemplados, beneficiando todos os territórios gastronômicos do Estado: Cerrado, Espinhaço, Rios, Central e Mantiqueira. O investimento da Codemig nessa iniciativa pioneira totaliza R$1,5 milhão.

Foram avaliados critérios como viabilidade da execução, abrangência, inovação, envolvimento de profissionais e produtos da região, participação de chefs, público estimado, estrutura física, estratégias de comunicação e comercialização, tradição do evento e acessibilidade. A seleção de projetos de fortalecimento e fomento dos festivais gastronômicos tem o objetivo de potencializar a cadeia produtiva gastronômica em Minas Gerais e contribuir para a movimentação do fluxo turístico regional e nacional, além de reforçar o posicionamento do Estado como um destino turístico gastronômico de referência no País.

Minas de Todas as Artes

O fomento da Codemig à gastronomia integra o Minas de Todas as Artes – Programa Codemig de Incentivo à Indústria Criativa, lançado em agosto de 2015. A iniciativa inédita e estratégica busca fomentar o desenvolvimento de novos negócios que gerem empregos, renda e riquezas para o Estado. Até o fim de 2018, serão investidos mais de R$ 20 milhões em editais de fomento e fortalecimento, com iniciativas de valorização de setores como gastronomia, audiovisual, design, moda, música e novas mídias.

A Indústria Criativa constitui a cadeia produtiva composta pelos ciclos de criação, produção e distribuição de bens e serviços que usam criatividade e capital intelectual como insumos primários. Estima-se que haja mais de 250 mil empresas no Brasil na área da Indústria Criativa. Outras informações estão disponíveis no site www.codemig.com.br.


Crédito: Divulgação

Marina não vai à praia

Do outro lado do mundo, uma produção viabilizada por edital da Secretaria de Estado de Cultura vence premiação e projeta o audiovisual mineiro em evento que envolve várias nacionalidades. O filme “Marina não vai à praia” conquistou a admiração do júri do Festival Internacional de Cinema Infantil de Taiwan e venceu o Prêmio de Melhor Curta de Ficção na edição do evento em 2016, que aconteceu na cidade de Taipé.

Incentivado pelo programa Filme em Minas, promovido pela Secretaria de Estado de Cultura (SEC), a obra do diretor e roteirista Cássio Pereira dos Santos conta a história de Marina, uma adolescente com síndrome de Down que sonha em conhecer o mar. Rodado na pequena cidade mineira de Cruzeiro da Fortaleza, município onde o cineasta cresceu, o curta estreou na Mostra de Cinema de Tiradentes e já passou por mais de 50 festivais nacionais e internacionais, tendo acumulado 20 prêmios no currículo. 

Cássio dos Santos brinca que o Filme em Minas agiu num elo incomum da cadeia de produção. “Li sobre as inscrições no edital e pensei que seria um bom momento para colocar em prática a ideia de escrever um novo roteiro. No período em que o Filme em Minas estava aberto foi quando comecei o projeto de ‘Marina não vai à praia’. É coisa rara agentes culturais entrarem numa seleção dessas sem nada iniciado”, confessa o diretor, que afirma ter sido incentivado pelo Filme em Minas antes mesmo da ideia do seu curta. 

Crédito: Divulgação

Cassio Pereira dos Santos - premiação Taiwan

O diretor e roteirista

Cássio Pereira dos Santos nasceu em Patos de Minas e passou a infância em Cruzeiro da Fortaleza, cidade onde o projeto foi rodado. Estudou cinema na Universidade de Brasília e atualmente vive em Uberlândia, MG, onde acaba de fundar a produtora Campo Cerrado, ao lado da irmã Erika Persan, que é atriz e produtora. 

Atualmente eles preparam as filmagens de um novo curta e desenvolvem os projetos de dois longas-metragens: “Valentina” e “A Terra e os Sonhos”. Este último foi contemplado no edital de desenvolvimento de projetos da Companha do Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais - Codemig.

Premiações e participação em festivais

“Marina não vai à praia” venceu os prêmios além da categoria Melhor Curta de Ficção do Festival Internacional de Cinema Infantil de Taiwan (2016), Melhor Curta Live-Action no Festival Internacional de Cinema Infantil de Nova York (2015); Prêmio Solé Tura, na Espanha (2015); Prêmio Aquisição Canal Brasil (2014); Melhor Roteiro no Cine Ceará (2014); Melhor Roteiro no Curta Taquary (2014); Prêmio Brasil de Cinema Infantil do Festival Internacional de Cinema Infantil Vencedor do Prix Jeuneusse Iberoamericano, no Rio de Janeiro (2014).

 O curta também foi selecionado para os seguintes eventos de cinema: Festival de Curtas de Aspen, premiére internacional (EUA-2014), Festival de Giffoni (Itália-2014), Festival de Cinema Infantil de Chicago (EUA-2014), Festival de Cinema de Whistler (Canadá-2015), Festival de Curtas de Hamburgo (Alemanha-2015).

Assista ao filme: https://goo.gl/rISS03

 

Para o secretário de Turismo, Mário Henrique Caixa, “esta é a entrega mais importante do meu mandato. A última lei publicada (lei nº 12.398, de 12 de dezembro de 1996) dispõe somente sobre o Plano Mineiro de Turismo”. De acordo com ele, a nova legislação vai possibilitar a descentralização e interiorização da política do turismo, envolvendo o poder público, a iniciativa privada e a comunidade em prol do desenvolvimento regional. “Sua implementação vai propiciar um ambiente mais qualificado e mais competitivo para o destino Minas Gerais, permitindo assim a ampliação dos benefícios socioeconômicos da atividade à população”, ressalta Caixa.

 

A lei, que institui a Política Estadual de Turismo, esclarece conceitos, e estabelece macro objetivos e mecanismos destinados ao planejamento, desenvolvimento e estímulo ao setor turístico. Convida e estimula a integração dos diversos segmentos do setor e sua atuação em regime de cooperação com os órgãos públicos, entidades de classe e associações representativas voltadas à atividade turística.

 

Além disso, a proposta tem também como objetivo formar uma rede de pesquisadores denominada de Observatório do Turismo de Minas Gerais. De acordo com Caixa, “essa rede vai facilitar a troca de informações entre universidades, órgãos públicos e a cadeia produtiva do turismo, aumentando a qualidade e eficiência das pesquisas realizadas sobre a atividade no Estado, podendo contribuir com uma melhor atuação do nosso mercado”.

 

“Esperamos alcançar bons resultados, tais como estímulo ao crescimento ordenado nas regiões turísticas, papel prioritário dos Circuitos Turísticos, que hoje somam 46, atendendo 473 municípios, por meio do desenvolvimento territorial, envolvendo todo o setor e gerando o desenvolvimento econômico e social do Estado”, enfatiza o secretário.

 

A elaboração do Projeto de Lei teve como base a Lei Federal 11771/08, outras leis estaduais, além do Manual de Elaboração de Atos Normativos do Estado de Minas Gerais. Se aprovada pela Casa Civil, a proposta segue para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais, e, aprovada, volta para que o governador a sancione.

 

Desligamento - Com esta entrega, o secretário de Turismo Mário Henrique Caixa oficializa o seu desligamento da pasta. De acordo com ele, “desincompatibilizo agora do governo estadual para estar apto a assumir novos desafios. Foi um ano em que adquiri muita experiência e pude conhecer mais de perto o executivo”.

 

Sob o seu comando, em um ano de gestão, outras ações importantes foram realizadas, dentre as quais:

 

- Promoção nacional e internacional do destino Minas Gerais, por meio da participação em importantes feiras de turismo, como WTM Latin America, Mostra Viajar, ABAV Nacional, Festival de Turismo de Ouro Preto, ExpoMilão, Festival do Japão em Minas, dentre outras;

- Habilitação de 240 municípios mineiros para o recebimento do ICMS Turístico;

- Realização do 15° Encontro de Presidentes e Gestores de Circuitos Turísticos e Receptivos do Programa Minas Recebe, com participação de mais de 100 pessoas, que puderam discutir, alinhar e trocar experiências, fortalecendo o setor;

- Parceria com a companhia aérea Flyways, que opera os voos regionais de Uberaba, Ipatinga, Araxá e Patos de Minas;

- Pesquisas e estudos sobre o segmento turístico, tais como diagnóstico do setor hoteleiro em Belo Horizonte, Juiz de Fora e Uberlândia, cidades estas que receberão delegações olímpicas durante os jogos, e o perfil do turista no carnaval em Belo Horizonte, estudo cujos resultados permitem conhecer melhor o visitante e melhorar cada vez mais a forma de recebê-los;

- Repasse de recursos para municípios atingidos pelo rompimento da Barragem do Fundão. O repasse foi de R$250 mil, e o objeto do convênio foi a promoção dos destinos.

 

A Filarmônica de Minas Gerais abre os Concertos para a Juventude da Temporada 2016, no dia 24 de abril, às 11h, na Sala Minas Gerais. Neste ano, os temas dos concertos serão as estruturas utilizadas pelos compositores em suas obras, como a dança, o poema sinfônico, a forma sonata, entre outras. Nesta primeira apresentação, sob a regência do maestro Marcos Arakaki, o público conhecerá algumas das mais belas danças do universo clássico. O programa conta com Dança Eslava, op. 72, nº 1,de Dvorák; Divertimento em Fá maior, K. 138, “Sinfonia Salzburgo nº 3”: Rondó, de Mozart;  Dança Húngara nº 1 em sol menor, de Brahms; Danzón Cubano, de Copland; Polonaise em Lá maior, op. 40, nº 1, “Militar”, de Chopin; Príncipe Igor: Danças Polovitsianas, de Borodin; Dança Brasileira, de Guarnieri; Trisch-Trasch-Polka, op. 214, de J. Strauss Jr.; e Danzón nº 2, de Márquez.

Realizados em manhãs de domingo, os Concertos para a Juventude buscam cativar cada ouvinte de uma forma muito especial. Ao abordar temas específicos (períodos musicais, arquitetura da música, composição etc.), esses concertos foram criados para desvendar eventuais mistérios em torno da música clássica e ajudar no aprofundamento da apreciação musical. Com preços populares e formato que facilita e estimula a participação em família – crianças são bem-vindas –, são também um delicioso momento de encontro e relaxamento nas manhãs de domingo. As próximas apresentações acontecerão nos dias 29 de maio, 3 de julho, 7 de agosto, 16 de outubro e 20 de novembro. Os ingressos começam a ser vendidos um mês antes de cada apresentação. 

Este concerto é apresentado pelo Ministério da Cultura e Governo de Minas Gerais e conta com o Apoio Cultural do Instituto Unimed-BH por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

O maestro Marcos Arakaki

Marcos Arakaki é Regente Associado da Filarmônica de Minas Gerais e colabora com a Orquestra desde 2011. Bacharel em música pela Universidade Estadual Paulista, na classe de violino do professor Ayrton Pinto, em 2004 concluiu o mestrado em Regência Orquestral pela Universidade de Massachusetts (EUA). Participou do Aspen Music Festival and School (2005), recebendo orientações de David Zinman na American Academy of Conducting at Aspen, nos Estados Unidos, além de masterclasses com os maestros Kurt Masur, Charles Dutoit e Sir Neville Marriner. Sua trajetória artística é marcada por prêmios como o do 1º Concurso Nacional Eleazar de Carvalho para Jovens Regentes, promovido pelaOrquestra Petrobras Sinfônica em 2001, e do Prêmio Camargo Guarnieri, concedido pelo Festival Internacional de Campos do Jordão em 2009, ambos como primeiro colocado. Foi também semifinalista no 3º Concurso Internacional Eduardo Mata, realizado na Cidade do México em 2007. 

Além da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, Marcos Arakaki tem dirigido outras importantes orquestras tanto no Brasil como no exterior. Estão entre elas as orquestras sinfônicas Brasileira (OSB), do Estado de São Paulo (Osesp), do Teatro Nacional Claudio Santoro, do Paraná, de Campinas, do Espírito Santo, da Paraíba, da Universidade de São Paulo, a Filarmônica de Goiás, Petrobras Sinfônica, Orquestra Experimental de Repertório, orquestras de Câmara da Cidade de Curitiba e da Osesp, Camerata Fukuda, dentre outras. No exterior, dirigiu as orquestras Filarmônica de Buenos Aires,Sinfônica de Xalapa, Filarmônica da Universidade Autônoma do México, Kharkiv Philharmonic da Ucrânia e a Boshlav Martinu Philharmonic da República Tcheca.

Acompanhou importantes artistas do cenário erudito, como Gabriela Montero, Sergio Tiempo, Anna Vinnitskaya, Sofya Gulyak, Ricardo Castro, Rachel Barton-Pine, Chloë Hanslip, Luíz Filíp, entre outros.

Ao longo dos últimos dez anos, Marcos Arakaki tem contribuído de forma decisiva na formação de novas plateias, por meio de apresentações didáticas, bem como na difusão da música de concertos através de turnês a mais de setenta cidades brasileiras. Atua, ainda, como coordenador pedagógico, professor e palestrante em diversos projetos culturais e em instituições como Casa do Saber do Rio de Janeiro, programa Jovens Talentos de Furnas, Música na Estrada, Universidade Federal da Paraíba, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Universidade Federal de Roraima e em vários conservatórios brasileiros.

Sobre a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

Com apenas oito anos de existência, a Orquestra Filarmônica recebeu três prêmios de melhor grupo musical brasileiro, efetivando-se como um dos projetos mais bem-sucedidos de Minas Gerais e do Brasil no campo da música erudita. Sob a direção artística e regência titular de Fabio Mechetti, a Orquestra é atualmente formada por 92 músicos provenientes de todo o Brasil, Europa, Ásia, Américas Central, do Norte e Oceania, selecionados por um rigoroso processo de audição. Neste período, realizou 554 concertos, com a execução de 915 obras de 77 compositores brasileiros e 150 estrangeiros, para mais de 709 mil pessoas, sendo que mais de 40% do público pôde assistir à Orquestra gratuitamente. O impacto desse projeto artístico durante os anos também pode ser medido pela geração de 59 mil oportunidades de trabalho direto e indireto.

O corpo artístico Orquestra Filarmônica de Minas Gerais é oriundo de política pública formulada pelo Governo do Estado de Minas Gerais. Em 2008, com a finalidade de criar uma nova orquestra para o Estado, o Governo optou pela execução dessa política por meio de parceria com o Instituto Cultural Filarmônica, uma entidade privada sem fins lucrativos qualificada com o título de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP. Tal escolha objetivou um modelo de gestão flexível e dinâmico, baseado no acompanhamento e avaliação de resultados. Um Termo de Parceria foi celebrado como instrumento que rege essa relação entre o Estado e a OSCIP, contendo a definição das atividades e metas, bem como o orçamento necessário à sua execução.

Programação

A partir de 2015, quando a Orquestra passou a se apresentar em sua sede própria, a Sala Minas Gerais, sua programação foi intensificada. De 24, saltou para 57 concertos por assinatura, sempre com convidados da cena sinfônica mundial. Em 2016, estreiam com a Orquestra os regentes convidados Justin Brown e Dorian Wilson, além dos solistas Luis Ascot, Gabriela Montero, Javier Perianes, Clélia Iruzun, Antti Siirala, Lara St. John e Ji Young Lim. O público também terá a oportunidade de rever grandes músicos, como os regentes Rodolfo Fischer, Carl St. Clair, Marcelo Lehninger, Carlos Miguel Prieto e Cláudio Cruz, e os solistas Celina Szrvinsk, Miguel Rosselini, Barry Douglas, Angela Cheng, Arnaldo Cohen, Conrad Tao, Natasha Paremski, Cristina Ortiz, Luíz Filíp, Vadim Gluzman, Asier Polo, Leonard Elschenbroich, Fábio Zanon, Denise de Freitas e Fernando Portari.

A Filarmônica também desenvolve projetos dedicados à democratização do acesso à música clássica de qualidade. São turnês em cidades do interior do estado, concertos para formação de público, apresentações de grupos de câmara, bem como iniciativas de estímulo à profissionalização do setor no Brasil – o Festival Tinta Fresca, dedicado a compositores, e o Laboratório de Regência, destinado ao aprimoramento de jovens regentes. Já foram realizadas 82 apresentações em cidades mineiras e 29 concertos em praças públicas e parques da Região Metropolitana de Belo Horizonte, mobilizando um público de 274 mil pessoas. Mais de 70 mil estudantes e trabalhadores tiveram a oportunidade de aprender um pouco sobre obras sinfônicas, contexto histórico musical e os instrumentos de uma orquestra, participando de concertos didáticos.

O nome e o compromisso de Minas Gerais com a arte e a qualidade foram levados também a 15 festivais nacionais, a 32 apresentações em turnês pelas cinco regiões brasileiras, bem como a cinco apresentações internacionais, em cidades da Argentina e do Uruguai.

A Filarmônica vem abrindo também outras frentes de trabalho, como a gravação da trilha sonora do espetáculo comemorativo dos 40 anos do Grupo Corpo, Dança Sinfônica (2015), criada pelo músico Marco Antônio Guimarães (Uakti). Com o Giramundo Teatro de Bonecos, realizou o conto musical Pedro e o Lobo (2014), de Sergei Prokofiev. Comercialmente, a Orquestra já lançou um álbum com a Sinfonia nº 9, “A Grande” de Schubert (distribuído pela Sonhos e Sons) e outros três discos com obras de Villa-Lobos para o selo internacional Naxos.

Prêmios

Reconhecida e elogiada pelo público e pela crítica especializada, a Filarmônica, em conjunto com a Sala Minas Gerais, recebeu o Grande Prêmio Concerto 2015. Em 2012, ganhou o Prêmio Carlos Gomes de melhor orquestra do Brasil e, em 2010, o Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes) de melhor grupo musical erudito. O maestro Fabio Mechetti recebeu o Prêmio Minas Gerais de Desenvolvimento Econômico de 2015 e o Carlos Gomes de melhor regente brasileiro em 2009 por seu trabalho à frente da Filarmônica. Neste ano, 2016, a Filarmônica e o maestro Mechetti recebem o Troféu JK de Cultura e Desenvolvimento de Minas Gerais, uma iniciativa da publicação Mercado Comum.

O Instituto Cultural Filarmônica recebeu dois prêmios dentro do segmento de gestão de excelência. Em 2013, concedido pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão de Minas Gerais, em parceria com o Instituto Qualidade Minas (IQM), e em 2010, conferido pela Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (USP). Na área de Comunicação, foi reconhecido com o prêmio Minas de Comunicação (2012), na 10ª Bienal Brasileira de Design Gráfico (2013) e na 14ª Bienal Interamericana de Design, ocorrida em Madri, Espanha (2014).

SERVIÇO

Evento: Concertos para a Juventude

Data: 24 de abril – 11h

Sala Minas Gerais

Ingressos: R$ 6 (inteira) R$ 3 (meia)

Meia-entrada para estudantes e maiores de 60 anos, mediante comprovação.

 Informações:(31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Funcionamento da bilheteria:

Sala Minas Gerais – Rua Tenente Brito Melo, 1090 – Bairro Barro Preto

De terça-feira a sexta-feira, das 12h às 21h.

Aos sábados, das 12h às 18h.

Em sábados de concerto, das 12h às 21h.

Em domingos de concerto, das 9h às 13h.

Serão aceitos cartões com as bandeiras Amex, Aura, Redecard, Diners, Elo, Hipercard, Mastercard, Redeshop, Visa e Visa Electron


 

A lista de livros que fizeram parte da nossa infância é bastante extensa. Em uma mistura de reinos, florestas, príncipes encantados, amigos inesperados, magia, amor eterno, juízos de moral e valores sociais, aguardávamos ansiosamente pelo “e viveram felizes para sempre”. No dia 2 de abril, comemoramos o Dia Internacional do Livro Infantil, uma forma de destacar a importância dessas obras para a criatividade, novas descobertas e incentivo ao gosto pela leitura.

A escolha da data é em homenagem ao nascimento de Hans Christian Andersen, escritor dinamarquês considerado o primeiro a romancear fábulas direcionadas para crianças. Entre as obras dele se destacam O Patinho Feio, O Soldadinho de Chumbo, A Pequena Sereia e A Polegarzinha. No Brasil, comemoramos nacionalmente no dia 18 de abril, homenageando autores renomados, como Monteiro Lobato, Ziraldo e Ana Maria Machado.

 “A literatura infantil será uma primeira forma de incentivo ao gosto pela leitura, que deve principalmente vir de casa. Os pais precisam estar atentos para essa questão, tornando-se um habito para toda a família. Através dela, a criança será mais entendida do mundo, além de escrever, falar e criar com mais facilidade”, explica Andresa Aredes Ferreira, bibliotecária.

A Biblioteca Pública Luiz de Bessa, localizada em Belo Horizonte, possui em seu acervo diversas obras infantis disponíveis para empréstimos. Conheça agora os cinco títulos mais solicitados do gênero:

 

TURMA DA MÔNICA JOVEM – MAURÍCIO DE SOUZA

A Turma da Mônica Jovem é uma nova versão dos personagens de Maurício de Souza, porém, no estilo mangá com mais ação e aventuras. Os integrantes agora são adolescentes e vivem todas as complexidades da fase. Além disso, algumas características marcantes deles também mudaram, como por exemplo o Cascão, que passa a tomar banho mais vezes, e o Cebolinha, que troca menos o “r” pelo “l”.

 

SÉRIE DESVENTURAS EM SÉRIES - LEMONY SNICKET

Violet, Klaus e Sunny são encantadores e inteligentes, mas ocupam o primeiro lugar na classificação das pessoas mais infelizes do mundo. De fato, a infelicidade segue os seus passos desde a primeira página, quando eles estão na praia e recebem uma trágica notícia. Esses ímãs que atraem desgraças terão de enfrentar, por exemplo, roupas que pinicam o corpo, um gosmento vilão dominado pela cobiça, um incêndio calamitoso e mingau frio no café da manhã. É por isso que, logo na quarta capa, Snicket avisa ao leitor: Não há nada que o impeça de fechar o livro imediatamente e sair para uma outra leitura sobre coisas felizes, se é isso que você prefere .

 

O PEQUENO PRÍNCIPE - ANTOINE DE SAINT-EXUPÉRY

Le Petit Prince, The Little Prince, El Principito, Der Kleine Prinz - em qualquer uma das mais de 150 línguas em que é publicado, causa encanto a história do piloto cujo avião cai no deserto do Saara, onde ele encontra um príncipe, "um pedacinho de gente inteiramente extraordinário" que o leva a uma jornada filosófica e poética através de planetas que encerram a solidão humana em personagens como o vaidoso, capaz de ouvir apenas elogios; o acendedor de lampiões, fiel ao regulamento; o bêbado, que bebia por ter vergonha de beber; o homem de negócios que possuía as estrelas contando-as e encontrando-as em ambição inútil e desenfreada; a serpente enigmática; a flor a qual amava acima de todos os planetas.

 

REINAÇÕES DE NARIZINHO – MONTEIRO LOBATO

“Reinações de Narizinho”, um clássico da literatura infantil brasileira que continua atual como nunca, reúne histórias escritas por Monteiro Lobato em 1920. O livro narra as primeiras aventuras que acontecem no Sítio do Picapau Amarelo e apresenta Emília, a boneca de pano tagarela e sabida, Tia Nastácia, famosa por seus deliciosos bolinhos, Dona Benta, uma avó muito especial, e sua neta Lúcia, a menina do nariz arrebitado. Lúcia, mais conhecida como Narizinho, é quem transporta os leitores a incríveis viagens pelo mundo da fantasia. Tudo começa com uma inesperada visita da neta de Dona Benta ao Reino das Águas Claras e com a chegada de seu primo, Pedrinho, ao Sítio do Picapau Amarelo para mais uma temporada de férias. Depois do passeio pelo Reino das Águas Claras, as reinações de Narizinho ficam ainda melhores. As crianças se divertem fazendo o Visconde com um sabugo de milho e planejando o casamento de Emília com o leitão Rabicó.

 

RICK E A GIRAFA – CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Rick acalenta o sonho de viajar o mundo montado numa girafa; Paulinho diz que todas as borboletas da Terra formaram um tapete voador para levá-lo ao Sétimo Céu. Já no mundo dos adultos, Fernão Soropita perde o sorriso depois que manda fazer uma dentadura de ouro; a medrosa dona Irene tem a maior surpresa ao se ver de frente com um ladrão muito mais medroso que ela.

Nas 29 histórias reunidas neste livro, Carlos Drummond de Andrade nos convida a ver o mundo como ele vê: com olhos de criança, de poeta e de observador atento aos acontecimentos do dia a dia.

 

Xacriabá, Pataxó, Maxacali, Krenak, Kaxixó, Pankararú, Xucuru-Kariri ou Mukurim, independente da tribo aldeada em Minas Gerais, todas possuem objetivos em comum: lutar constantemente para manter vivos sua cultura, costumes, língua, e, principalmente, o território. Celebrar o Dia do Índio, comemorado todo dia 19 de abril, é fundamental para reafirmarmos a importância desses povos, conforme propõe Hilário Corrêa Franco, representante da Associação Indígena Xakriabá. “Estamos passando por um momento de muita luta e enfretamento, então que esse dia não seja apenas de comemoração, mas de reflexão. É um momento das comunidades se unirem em prol das resoluções dos conflitos que vivenciamos diariamente, uma época de buscar reconhecimento e, principalmente, respeito”.

Em Minas Gerais há diversas aldeias espalhadas por seu território e que são pouco conhecidas, mas fundamentais para a identidade do Estado. Por isso, a Secretaria de Estado de Cultura, no intuito de valorizar os costumes e fazeres indígenas, lançou um em 2015 o Edital de Premiação das Festas Tradicionais das Comunidades Indígenas e Grupos Tribais. O resultado dessa política pública está sendo colhido durante todo este ano de 2016, quando as festas tradicionais desses povos, repletas de danças e jogos, estão sendo realizadas. Cacique da aldeia Gerú Tucunã Pataxó, localizada em Açucena, região do Vale do Aço, José Terêncio Braz, de 56 anos, assume o valor de tal realização. “Esse prêmio do Governo é fundamental para o reconhecimento do território e da cultura do nosso povo. As pessoas se esquecem dos povos indígenas mineiros, lembram apenas das tribos do Norte do país. Antes não tínhamos onde buscar ajuda para realizar as nossas festas, então o edital veio na hora certa. Através dessas festividades, temos como objetivo ensinar as crianças e jovens sobre os nossos costumes e lutas”.

 CONHEÇA AS FESTAS TRADICIONAIS

A Aldeia Xucuru Kariri, localizada em Caldas, Sul de Minas, aproveita a data para apresentar um costume que vem desde os seus antepassados. O Toré é um ritual sagrado que envolve cantos e dança em círculo ao som de instrumentos musicais, como chocalhos e maracás. Além disso, o público pode participar de brincadeiras, bate-papo e um almoço.

Outra aldeia que também comemora a data é a Sede Pataxó,situada em Carmésia, no Vale do Rio Doce. Entre os dias 22 e 23 de abril eles praticam o Awê Heruê Niamissun, que mescla língua, músicas, danças, jogos e brincadeiras da cultura milenar Pataxó.

Na Aldeia Geru Tocaná Pataxó tudo começa com um café da manhã especial. A programação, realizada no dia 19 de abril, segue com apresentações de dança, conversas sobre o objetivo da data comemorativa, jogos de arco e flecha, brincadeira do bambu e ritual com pai da mata.

No mesmo dia danças e roda de conversa dão o tom da festa promovida pela comunidade Maxakali da Aldeia Verde, do município de Ladainha, no Jequitinhonha. Com cerca de 400 indígenas, a comunidade irá realizar o Apné Yxux ka ´ ok, onde familiares de tribos mais distantes são recebidos para a cerimônia na “Kuxex”, casa de religião da aldeia.

A Aldeia Morro Vermelho – Xakriabá, localizada em São João das Missões, na região Norte, aproveita a proximidade com o final de semana, 22 de abril, para fazer apresentações de danças e jogos com o público. A comunidade indígena volta a festejar em maio, quando um grupo de 50 famílias indígenas celebra uma década de retomada das terras com festejo tradicional.

Na mesma localidade, a Aldeia Tenda/Rancharia, também Xakriabá, promove o resgate de manifestações culturais tradicionais pelos seus jovens indígenas. Cantigas de roda, batuque e produção de artesanatos com cerâmicas recheiam o evento, que ainda não tem data confirmada.

Na mesma região, entre os dias 15 e 19 de abril a Aldeia Barreiro Preto tem programação diversificada. Em busca de refletir sobre a constante luta enfrentada pelos índios, haverá pautas de discussões, apresentações de arco e flecha, corrida com maracá na mão, danças religiosas e oficinas, sempre referenciando à memória e aos costumes.

A Aldeia Indígena Kaxixó, de Martinho Campos, no Centro-Oeste de Minas, usou o prêmio da Secretaria de Estado de Cultura para promover o Festival de Pequi, no início do mês de abril, plantando o fruto e fazendo o seu preparo com frango e arroz. Para o Dia do Índio, a programação começa às 8h e conta com brincadeiras, jogos, apresentação de danças e concurso de comidas típicas.

Na Aldeia Pataxó Imbiruçu o ritual é realizado durante o período de colheitas, no Centro Cultural Mongongá, em Carmésia, e representa o comprometimento da comunidade com a preservação do meio ambiente, já que o povo Pataxó é conhecido como o povo das águas. A chamada Festa das Águas é realizada no dia 5 de outubro na região do Vale do Rio Doce.

Em dezembro, a sustentabilidade volta a ser o tema de festas indígenas, desta vez promovida pelo povo Pankararu-Pataxó, da Aldeia Cinta Vermelha. O festejo pretende preservar tradições, especialmente a reprodução de práticas sustentáveis, permacultura e bem viver nas terras. No evento é ressaltada a importância de viveiros de plantas medicinais, o fortalecimento de escolas e as tradições que envolvem as cerimônias, como casamentos e batizados. A festa acontece no mês de dezembro em Araçuaí, região do Jequitinhonha.

O EDITAL

Em setembro de 2015, a Secretaria de Estado de Cultura lançou um edital para premiar as festas tradicionais das comunidades indígenas e grupos tribais. Doze prêmios, no valor de R$ 15 mil cada, foram entregues aos residentes de sete territórios de desenvolvimento do Estado: Sul, Oeste, Mucuri, Metropolitana, Vale do Aço, Médio e Baixo Jequitinhonha. O resultado do edital é celebrado pela Superintendente de Interiorização e Ação Cultural do Estado, Manuella Machado. “Essa comemoração é de grande importância simbólica. É um momento de valorização e difusão do nosso patrimônio imaterial, da forma de criar, viver e se expressar das comunidades indígenas”.

Crédito: Divulgação

Ars Nova Coral

A excelência da música erudita mineira chega à Espanha. O Ars Nova-Coral da Universidade Federal de Minas Gerais foi um dos aprovados para participar do Festival Internacional de Cantonigrós.  Evento de irretocável reputação mundial, que chega a sua 34ª edição, será realizados nas cidades catalãs de Cantonigrós e Vic e o grupo mineiro se apresenta entre os dias 14 e 17 de julho de 2016, no Teatre L’Átlàndida, na cidade de Vic. O coro, que representará nosso Estado no festival, tem como regente a maestrina Iara Fricke Matte.

O secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, em encontro com a maestrina, ressaltou a importância do Ars Nova-Coral e sua contribuição à cultura. Ele estimulou o coro a buscar apoio para a destacada participação na Espanha.

Ars Nova-Coral da UFMG

Crédito: Clarissa Barçante

Flávio Henrique recebe placa de 80 anos da Inconfidência

A rádio Inconfidência recebeu ontem (18/4/16) homenagem da  Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A emissora foi fundada em 1936 com o objetivo de integrar o Estado, tendo em vista as dificuldades de comunicação da época. O presidente da rádio, Flávio Henrique Alves de Oliveira, recebeuuma placa comemorativa pelos 80 anos da emissora. A reunião foi solicitada pelo deputado Celinho do Sinttrocel (PCdoB).

O autor do requerimento elogiou o trabalho da empresa mineira de comunicação pública. “Ao completar 80 anos, cheia de vigor e muitas realizações, a nossa Inconfidência traz para a gente um ar juvenil. Em todos esses anos ela vem se renovando a cada dia”, comentou. O parlamentar ainda falou sobre a presença da emissora no Estado, considerada por ele mais que uma empresa, mas também um “signo de Minas e um exemplo de rádio para todo o país”.

Crédito: Clarissa Barçante

80 anos da Inconfidência homenageados pela ALMG

História - Desde o seu lançamento, a emissora buscou estabelecer um canal efetivo de comunicação entre os produtores mineiros, através do programa “A Hora do Fazendeiro”, considerado o mais antigo programa de rádio do mundo ainda veiculado ao vivo e diariamente. Em 1938, a rádio se mostrou interessada em manter uma grade de programação variada, tendo sido a primeira emissora do Estado a transmitir, de outro país, os jogos da Copa do Mundo. Já na década de 40, começaram a ser transmitidas as radionovelas, que se seguiram, alguns anos mais tarde, pelos programas de auditório ao vivo.

Em 1979, foi inaugurada a Inconfidência FM 100.9 – Brasileiríssima, que revelou várias gerações de cantores, bandas e compositores e, sempre apoiando e promovendo a cultura, seu jornalismo tornou a emissora um canal legítimo de informação e formação para os ouvintes. Em 2009, a Rádio Inconfidência foi eleita a melhor rádio do Brasil e o Prêmio Mídia em Comunicação Empresarial (Categoria Rádio), pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberge).

Fonte: almg.gov.br 


 

Homenageando os 400 anos de morte do escritor espanhol Miguel de Cervantes, completados em 22 de abril de 2016, a Superintendência de Bibliotecas Públicas e Suplemento Literário e o Instituto Cervantes apresentam, de 8 a 30 de abril, a exposição Quixote. Seis obras do artista plástico espanhol Carlos Carretero, além de cerca de 140 livros ricamente ilustrados das Coleções Especiais da Biblioteca Pública e do acervo do Instituto, retratam as aventuras de Dom Quixote, personagem-título da obra-prima de Cervantes e uma das maiores figuras da literatura ocidental.

No dia 19/4 (terça), o dramaturgo e diretor teatral Júlio Vianna profere a palestra Obra teatral e adaptação da obra literária: transpondo o universo Quixotesco de Cervantes.  Com a cia. teatral 4comPalito, da qual é co-fundador, Júlio Vianna levou o texto de Cervantes para o palco no bem-sucedido espetáculo Quixote, culminando em um processo de dois anos. Na palestra, Vianna conversa com o público sobre as principais questões enfrentadas por atores, diretores e dramaturgos nesse tipo de trabalho.

A abertura da exposição Quixote acontece em 8 de abril, sexta, às 19h, no Hall das Coleções Especiais da Biblioteca (Praça da Liberdade, 21, 2º andar). A mostra pode ser visitada até 30/4, de segunda a sexta, das 8h às 18h.

A palestra Obra teatral e adaptação da obra literária: transpondo o universo Quixotesco de Cervantes acontece no dia 19 de abril, terça, às 15h, no Teatro José Aparecido de Oliveira (Praça da Liberdade, 21). Todas as atividades são gratuitas. Para a abertura e palestra, é preciso confirmar presença no 3269 1209 ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Serviço:

Exposição:

Quixote

Abertura: 8 de abril de 2016, sexta-feira, 19h

Visitação: 8 a 30 de abril de 2016, de segunda a sexta-feira, 8h a 18h

Local: Biblioteca Pública – Hall das Coleções Especiais. Praça da Liberdade, 21, 2º andar, Funcionários. BH/MG

Palestra:

Obra teatral e adaptação da obra literária: transpondo o universo Quixotesco de Cervantes

Data e horário: 19 de abril de 2016, terça-feira, 15h (gentileza confirmar presença)

Local: Biblioteca Pública – Teatro José Aparecido de Oliveira. Praça da Liberdade, 21, Funcionários. BH/MG

Entrada gratuita. É necessário confirmar presença na abertura da exposição e na palestra. Haverá emissão de certificados de participação na palestra.

Informações e confirmação de presença: (31) 3269-1209 ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Foi publicada no sábado (16/4), no Diário Oficial de Minas Gerais, a lista dos agraciados com a Medalha da Inconfidência. O evento acontecerá na próxima quinta-feira (21/4), em Ouro Preto, e vai premiar personalidades e entidades que contribuíram para o desenvolvimento de Minas Gerais, do Brasil e da humanidade.

A Medalha da Inconfidência foi criada em 1952 e é a maior comenda concedida pelo Estado de Minas Gerais. Esta é a 65ª edição. A premiação é anual e possui quatro designações: Grande Colar, Grande Medalha, Medalha de Honra e Medalha da Inconfidência. Em 2016, o Grande Colar vai agraciar o senador e ex-presidente do Uruguai, José Alberto Mujica Cordano, que também será o orador da solenidade.

Dentre políticos, militares, juristas, médicos, professores, advogados, jornalistas, professores, historiadores, estudantes, religiosos, empresários e diversas autoridades, 30 serão agraciados com a Grande Medalha, 54 com a Medalha de Honra e 63 com a Medalha da Inconfidência. Ao todo, 148 pessoas e entidades serão homenageadas.

No dia 21 de abril Ouro Preto recebe a transferência simbólica da capital do estado. A cidade foi a capital de Minas Gerais entre 1823 e 1897.A solenidade está prevista para as 10h, com a chegada do governador Fernando Pimentel, que será recebido com honras militares. Em seguida, o monumento de Tiradentes recebe flores e a chegada do fogo simbólico e acendimento da Pira da Liberdade conduzem o final do evento, que termina com uma salva de 21 tiros.

Clique aqui para conferir a lista completa dos agraciados.


 

Em mostra na Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard, a Fundação Clóvis Salgado busca resgatar obra do artista mineiro Farnese de Andrade, considerado um dos mais expressivos artistas de sua geração. Reconhecido pelo uso inventivo de objetos e assemblagens – colagem ou composição artística feita com materiais ou objetos diversos –, o artista retrata questões como religião, sexualidade, razão e loucura. Inédita em Belo Horizonte, a mostra tem curadoria de Marcus Lontra e já passou por São Paulo e Brasília, em formato reduzido.

Na Fundação Clóvis Salgado, a exposição conta com 95 objetos, produzidos entre as décadas de 70 e 90. “Optamos por trazer objetos porque neles estão mais claras as instâncias da razão e da loucura, religião, sexualidade e arte”, explica Lontra.

Responsável por misturar conceitos de vanguardas artísticas do século XX, como o dadaísmo e o surrealismo a referências do barroco colonial, Farnese de Andrade aprofundou-se nos conceitos modernistas para estabelecer uma obra única na arte contemporânea brasileira. Praticamente esquecido nas últimas décadas, Farnese foi regularmente premiado entre 1962 e 1970.

Original de Araguari, cidade do Triangulo Mineiro, Farnese destacou-se por problematizar questões comuns à natureza humana. Para o curador, a arte funciona como um processo de catarse e de libertação para Farnese. “A religião e o sexo são instrumentos de libertação do homem, mas quando pensados sem a razão, se tornam inócuos. A religião, com todos os dogmas; o sexo, com todas as proibições, se tornam repressivos e uma tortura para o homem”, completa.

Utilizando cores fortes e formas irregulares, as criações do artista são abstratas e feitas a partir de objetos envelhecidos e rudimentares, como restos de madeira e pedaços de santos, feitos de gesso e plástico. Em suas criações, Farnese faz uso também de cabeças e corpos de bonecas, corroídas pelo mar, coletados em praias e/ou aterros, além de velhos retratos de família e postais. Recorreu também a depósitos de demolições e lojas de antiguidades para comprar materiais como redomas de vidro, armários, oratórios e imagens religiosas.  É ainda considerado pioneiro no uso de resina e poliéster em obras artísticas.

Obra subjetiva e acessível - Conhecido como artista de personalidade difícil, a trajetória de Farnese, vindo de uma família católica do interior de Minas, é refletida em sua arte. Fortemente autobiográfico, o trabalho de Farnese remonta à relação com a família mineira, a infância, o oceano e com o Rio de Janeiro, lugar onde a transgressão artística floresceu. Por meio da arte, expressou seus medos, conflitos, realizações, desejos, tristezas e alegrias.

Tendo estudado em Belo Horizonte, sob orientação de Alberto da Veiga Guignard, Farnese desenvolveu uma trajetória única no campo das artes. Recluso, era um artista andarilho e perambulava para encontrar os objetos necessários para sua criação.

Apesar de altamente subjetiva, a produção do artista é extremamente acessível, graças ao uso que faz dos objetos para tratar de temas comuns à sociedade. Além disso, as obras são visualmente impactantes, despertando forte atração sensorial. “Todo mundo vai se identificar com a produção de Farnese. Não é necessário texto para compreender do que se trata a exposição. É claro que existem inúmeras referências teóricas, mas o desconhecimento delas não impede a fruição”, conclui.  

De acordo com Lontra, em sua corajosa empreitada, Farnese foi responsável por abrir caminho para as obras viscerais e/ou românticas de uma geração de artistas que inclui Tunga, Leonilson, Ângelo Venosa e Adriana Varejão, todos eles nomes que trazem para a arte brasileira um apelo figurativo, simbólico e um grande vigor orgânico, elementos que sempre se mostraram fundamentais no pensamento e ação do artista. Farnese foi premiado em diversas ocasiões, como no Salão Nacional de Arte Moderna de 1970 – Prêmio de viagem ao exterior, Prêmio Roquette Pinto Melhores de 1992.  

Farnese de Andrade - 1926 (Araguary/MG) - 1996 (Rio de Janeiro/RJ) Estudou na Escola do Parque Municipal de Belo Horizonte entre 1945 e 1948, quando foi aluno de Guignard e conviveu com artistas como Amilcar de Castro, Mary Vieira e Mário Siléso. Em 1948, transferiu-se para o Rio de Janeiro e trabalhou como ilustrador para os suplementos literários de diversos jornais e revistas como O Diário de Notícias, Correio da Manhã, O Cruzeiro e Manchete. Começou a frequentar o ateliê de gravura do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro em 1959, quando especializou-se em gravura em metal com Johnny Friedlaender e Rossini Perez, com quem produziu gravuras abstratas, trabalhando com formas regulares e cores fortes.

Em 1965, realizou um conjunto de desenhos eróticos e iniciou a série Os Obsessivos. Posteriormente, utiliza fotografias, armários, oratórios, gamelas, ex-votos, adquiridos em antiquários e depósitos de materiais usados. Desde 1967, utiliza resina de poliéster envolvendo materiais perecíveis. Contemplado em 1970 com o prêmio Viagem ao Estrangeiro, do XIX Salão Nacional de Arte Brasileira, viajou para a Europa, morou em Roma e em Barcelona, onde manteve um ateliê. Em 1975, voltou para o Brasil e passou a morar definitivamente no Rio de Janeiro.

SERVIÇO

Evento: Exposição Farnese de Andrade – Arqueologia Existencial

Local: Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard – Palácio das Artes

Av. Afonso Pena, 1537 – Centro

Período: 8 de abril a 3 de julho de 2016, terça a sábado de 9h30 às 21h

Classificação livre

Informações para o público: (31) 3236-7400


 

A Orquestra Sinfônica de Minas Gerais executa composições de Mozart e Beethoven, importantes representantes do período Clássico e de transição para o Romantismo da música erudita, nas Séries Sinfônica ao Meio-Dia e Sinfônica em Concerto: Abertura da ópera O Rapto do Serralho, de Mozart; e Fantasia Coral, de Beethoven. E, para interpretação de Fantasia Coral, juntam se à OSMG o Coral Lírico de Minas Gerais, o pianista convidado, Mauricio Veloso, e os solistas Melina Peixoto (soprano), Andreia de Paula (soprano), Déborah Burgarelli (mezzosoprano), Márcio Bocca (tenor), Lucas Ellera (tenor) e Célio Souza (baixo/barítono). A peça Sinfonia Nº3, Eroica, também de Beethoven, encerra o programa, que tem regência do maestro assistente da OSMG, Sérgio Gomes.

Esta edição da série Sinfônica ao Meio-Dia traz uma novidade. Pela primeira vez, alguns espectadores poderão conferir parte do concerto sob uma perspectiva diferente. A proposta é fazer com que o público possa desfrutar da experiência de estar ao lado dos músicos, no palco do grande teatro e registrar de dentro da orquestra a emoção dos concertos. Essa é uma iniciativa do maestro titular da OSMG, Sílvio Viegas. Segundo o regente, essa ideia surgiu da vontade de aumentar o diálogo entre os corpos artísticos da FCS e os frequentadores dos concertos. “Nós queremos trazer o nosso público para dentro de nossa casa e transformar o Palácio das Artes na casa deles”, concluiu o maestro, que acredita no potencial dos novos meios de comunicação para intensificar esse intercâmbio.

Variações de um mesmo período – Embora escritas durante o período Clássico da música erudita, quando os compositores priorizavam a forma das obras sinfônicas, as três peças apresentam detalhes e características que as tornam singulares, como explica o maestro Sérgio Gomes. “O concerto inicia com uma obra de Mozart, o maior gênio do período clássico, até a Sinfonia Eroica de Beethoven que é frequentemente citada como início do período romântico na música”, detalha.

A abertura da ópera O Rapto do Serralho, de Mozart, dá início ao concerto. Inédita no repertório da OSMG, a obra foi escrita quando o compositor mudou-se definitivamente para a cidade de Viena, na Áustria, considerada a capital mundial da música sinfônica. Ansioso para promover sua carreira como compositor. “Mozart precisava contar a novidade de sua chegada à capital. Então, de forma ousada, decidiu criar uma peça que levasse sua assinatura, com intuito de impressionar Joseph II. O entusiasmo de Mozart em escrever a obra refletiu na rapidez em que compôs vários dos seus números”, detalha o maestro.

A abertura da ópera é curta e alterna diferentes movimentos entre forte, um som mais alto da orquestração; e piano, tipo sonoro que indica melodias mais suaves. Inspirada na música Turca do século XVIII, a peça tem forte apelo sonoro ao utilizar o flautim e instrumentos de percussão para caracterizar o estilo musical daquele país. “A peça é de grande brilhantismo, e também busca referências na ópera italiana, um tripartido Presto-Andante-Presto que faz contrastar o agitado Presto em Dó maior onde se expõe a ‘Música Turca’ com um delicado Andante em Dó menor”, diz Sérgio Gomes.

Fantasia Coral, de Beethoven, foi escrita para encerrar um concerto de proporções gigantescas, com outras seis obras no repertório, como explica Sérgio Gomes. As inúmeras variações de um mesmo tema para piano também marcam esta composição. Segundo Sérgio Gomes, o próprio Beethoven fez os solos na estreia da peça. “Há indícios, inclusive, de que ele tenha tocado toda a parte inicial desta obra em improviso”. Beethoven decidiu encerrar o concerto com um final brilhante. Para isso compôs Fantasia Coral, unindo diferentes estilos musicais que haviam sido executados no palco: uma obra sinfônica; uma obra coral e um concerto para piano.

O programa chega ao fim com a execução de Sinfonia Nº 3 Eroica. A obra, também composta por Beethoven, era, inicialmente, uma homenagem a Napoleão Bonaparte, já que o compositor nutria grande admiração pelos ideais da Revolução Francesa. Após Napoleão se proclamar imperador da França, em 1804, Beethoven se revoltou com a atitude e decidiu alterar o nome da peça, passando a chamá-la de Sinfonia Eroica.

O maestro Sérgio Gomes destaca que, além da mudança no título da obra, a peça marca um momento transitório entre os períodos Clássico e Romântico da música erudita. “A Sinfonia Eroica é apontada por muitos como a peça que iniciou o período Romântico da música por reunir elementos orquestrais e características de composição mais próximas desse novo momento”.

Com Eroica, Beethoven inseriu novos elementos na organização da sinfonia e na instrumentação, com a utilização de três trompas na formação orquestral, uma inovação na escrita erudita da época, e também uma das características mais interessantes da composição. O primeiro movimento da peça é quase tão longo quanto uma sinfonia completa de Haydn, algo característico do período Romântico, e a carga emocional que esta peça apresenta se destoa das duas primeiras sinfonias de Beethoven. “Esses detalhes na obra revelam a transição prenunciada para romantismo. O compositor descreve diferentes sensações, desde o clima sombrio da marcha fúnebre, passando pelo dinamismo dos Scherzos sinfônicos até a apoteose da Finale, que encerra a composição”.

Programa

Abertura de O Rapto do Serralho

Wolfgang A. Mozart

Fantasia Coral

(Participação Coral Lírico de Minas Gerais e solistas convidados)

Ludwig V. Beethoven

Intervalo

Sinfonia No. 3 Eroica

Ludwig V. Beethoven

Orquestra Sinfônica de Minas Gerais – Criada em 1976, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, corpo artístico gerido pela Fundação Clóvis Salgado, é considerada uma das mais ativas orquestras do país. Em 2013, foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais. Em permanente aprimoramento da sua performance, a OSMG cumpre o papel de difusora da música erudita, diversificando sua atuação em óperas, balés, concertos e apresentações ao ar livre, na capital e no interior de Minas Gerais. Executa repertório que abrange todos os períodos da música sinfônica, do barroco ao contemporâneo, além de grandes sucessos da música popular, com a série Sinfônica Pop. Em 2016, Silvio Viegas assume o cargo de Regente titular da Orquestra. Antes dele, foram responsáveis pela regência: Wolfgang Groth, Sérgio Magnani, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Aylton Escobar, Emílio de César, David Machado, Afrânio Lacerda, Holger Kolodziej, Charles Roussin, Roberto Tibiriçá e Marcelo Ramos.

Sérgio Gomes – regente – Graduado em trompa pela UFMG, nasceu no Rio de Janeiro onde começou seus estudos musicais com seu pai, maestro Sebastião Gomes, aos 10 anos, e de trompa na Escola de Música de Brasília, aos 11 anos. Em 1977 passou a integrar a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas como primeiro trompista. Em 1981, foi convidado para atuar na Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, como primeiro trompista e solista. Em 2000, participou da primeira turnê internacional da OSESP, sob a regência de John Neschling e Roberto Minczuk. Em 2011, atuou na Orquestra Sinfônica Del Sodre, em Montevidéu. Foi professor do Cefart da FCS e professor da Escola de Música da UEMG. Atuou como assistente dos maestros Holger Kolodziej, Marcelo Ramos e Roberto Tibiriçá. Esteve à frente da OSMG nas séries Sinfônica no Museu, Concertos Educativos, Concertos no Parque, Concerto na Cidade, Sinfônica ao Meio-dia, Sinfônica em Concerto e Sinfônica Pop. Atualmente, é primeiro trompista solista e regente assistente da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais. 

Coral Lírico de Minas Gerais – Criado em 1979, o Coral Lírico de Minas Gerais, corpo artístico da Fundação Clóvis Salgado, é um dos raros grupos corais que possui programação artística permanente e que interpreta repertório diversificado, incluindo motetos, óperas, oratórios e concertos sinfônico-corais. Dentro das estratégias de difusão do canto lírico, o Coral Lírico desenvolve os projetos Lírico Sacro, Lírico no Museu, Lírico Educativo e participação nas temporadas de óperas realizadas pela Fundação Clóvis Salgado. O objetivo desse trabalho é fazer com que o público possa conhecer e fluir a música coral de qualidade. Atualmente, Lincoln Andrade é o regente titular do Coral Lírico de Minas Gerais. Em sua trajetória, teve como regentes os maestros Luiz Aguiar, Marcos Thadeu Miranda Gomes, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Ângela Pinto Coelho, Eliane Fajioli, Silvio Viegas, Charles Roussin, Afrânio Lacerda e Márcio Miranda Pontes.

Lincoln Andrade – Lincoln Andrade possui doutorado em Regência pela Universityof Kansas, EUA e mestrado pela University of Wyoming, EUA, onde também foi professor assistente e ministrou aulas de canto coral e regência coral. Foi diretor musical do grupo vocal Invoquei o Vocal, maestro titular do Madrigal de Brasília, e do Coral Brasília. Recebeu prêmios nos Estados Unidos e na Europa. Foi professor e diretor da Escola de Música de Brasília. Regeu concertos na Alemanha, Argentina, Chile, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Hungria, Paraguai, Polônia, Portugal e Turquia. É constantemente convidado para dar palestras sobre Regência e Canto Coral em festivais no Brasil.

Sobre os convidados:

Andreia de Paula (soprano) – Estudou canto com os professores Rodrigo Firpi (Funarbe/Betim), Nestor Curry e Conceição Nicolau (Cefar). Graduou-se na Universidade do Estado de Minas Gerais, na classe do professor Petrônio Duarte. Foi integrante do Coral Lírico de Minas Gerais de 2008 a 2013. Atualmente, integra o Grupo Experimental de Ópera sob a orientação do professor Sergio Anders. Em dezembro de 2015, atuou junto ao Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, interpretando a Nona Sinfonia de Beethoven e Fantasia Coral.

Célio Souza (baixo/barítono) – O cantor belo-horizontino é baixo-barítono. Iniciou seus estudos musicais aos 11 anos, no Centro de Formação Artística e Tecnológica da Fundação Clóvis Salgado (Cefart). Convidado pelo Coral Lírico de Minas Gerais aos 18 anos de idade, participou de várias montagens entre 2009 a 2013. Em 2014, Célio participou do 1º Festival Coral de Campos do Jordão, sob a regência do maestro Celso Antunes. Integrou a montagem de duas óperas de Gian Carlo Menotti, no Theatro Carlos Gomes, em Vitória, no Espírito Santo, Amélia Al Ballo e The Medium, sob direção de Lívia Sabag e Fábio Bezutti, no 1º Vitória Ópera Estúdio. Atualmente, é bacharelando em canto lírico na UFMG, na classe da professora Luciana Monteiro.

Déborah Burgarelli (mezzosoprano) – Graduanda em Canto no curso de Licenciatura em Música da Universidade Federal de Minas Gerais, sob orientação do professor Petrônio Duarte Teixeira. Já se apresentou ao lado de grandes grupos eruditos e artistas populares. Participou da ópera Tosca, em 2012, na montagem da Fundação Clóvis Salgado. Foi contralto em apresentações do Coro de Câmara da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 2012, e já dividiu o palco com o renomado cantor e compositor Toninho Horta. Foi contemplada com o prêmio de melhor intérprete nas edições 2001 e 2002 do Festival da Canção do Oeste do Pará (Fecan). Realizou curso de preparação musical com o professor Robério Mollinari (2007). Também estudou técnica vocal com professora Aline Araújo em 2007 e 2012.

Márcio Bocca (tenor) – Começou a se dedicar à música em sua cidade natal, São João del-Rei, onde estudou e, posteriormente, foi professor no Conservatório Estadual de Música Padre José Maria Xavier. O tenor é Bacharel em Canto pela UFMG, sob orientação de Mônica Pedrosa e Mauro Chantal. Também foi aluno de Elenis Guimarães e Denise Tavares, e fez masterclasses regulares com Neyde Thomas, Veruschka Mainhardt, Marconi Araújo e David Cecconi. Bocca atuou como solista em obras como a Missa Sancti Nicolai de Haydn e o Requiem de Mozart, e foi corista nas óperas A Flauta Mágica, La Bohème, Turandot e Rigoletto. Atualmente, além de ser professor de canto e teoria musical, é membro do Coral Lírico de Minas Gerais.

Lucas Ellera (tenor) – Mineiro de Belo Horizonte, iniciou seus estudos musicais junto ao Coral Infantojuvenil Palácio das Artes, da Fundação Clóvis Salgado, sob regência de Suely Lauar. Participou de montagens de obras consagradas, como Carmina Burana, de Carl Orff. Posteriormente, ingressou no Bacharelado em Regência, na Universidade Federal de Minas Gerais, tendo estudado com os maestros Iara Fricke Matte, Lincoln Andrade, Neylson Filho e Charles Roussin. Nessa instituição, regeu obras como o "Requiem" e a ópera "Apollo et Hyacinthus", de Wolfgang Amadeus Mozart. Como tenor solista, foi orientado por Sérgio Anders e Eduardo Ambumhad. Atualmente, cursa o Bacharelado em canto, na Universidade Federal de Minas Gerais, sob orientação de Mauro Chantal.

Maurício Veloso (pianista) – Nascido em Governador Valadares, iniciou seus estudos de piano em sua cidade natal, com apenas 6 anos de idade. Em 1990, graduou-se na Universidade Federal de Minas Gerais/Escola de Música e Bacharelado em Música/Piano. Além de atuar como professor de piano, literatura do piano e música de câmera na Escola de Música da UFMG, Maurício se apresenta como solista e camerista. Seu trabalho com a flautista Militza Franco e Souza, com quem forma o Duo Instrumentalis, resultou no lançamento do CD Duo Instrumentalis, em 2012.

Melina Peixoto (soprano) – Mestre e Bacharel em Canto Lírico pela UFMG, Melina Peixoto estreou como solista sob regência do maestro Carlos Alberto Pinto Fonseca. Foi vencedora do VI Jovem Músico BDMG e semifinalista do 8º Concurso Internacional de Canto Bidu Sayão. Destacou-se como solista no Requiem de Mozart, dirigida pelo maestro Charles Roussin; como Musetta em La Bohème, de Puccini e Pamina em A Flauta Mágica, de Mozart, sob regência de Silvio Viegas. Na ópera A Menina das Nuvens, de Villa-Lobos, fez o papel de Lua em montagem inédita da Fundação Clóvis Salgado. Desenvolve pesquisa sobre música contemporânea e é chefe de naipe das sopranos do Coral Lírico de Minas Gerais.

Sobre os compositores

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Nasceu em Salzburgo na Áustria. Morreu no dia 5 de dezembro de 1791, com apenas 35 anos.  Foi um compositor influente do período Clássico, tendo composto mais de 600 obras publicadas, tidas como referências da música sinfônica, concertos, óperas, para piano e de câmara.

Ludwing van Beethoven (1770-1827) – Compositor alemão, nascido, provavelmente, em 1770. Sua música é típica do período de transição entre as épocas Clássica e Romântica. Aos onze anos, tornou-se músico profissional e, com doze anos, substituiu seu mestre em uma orquestra. Atormentado pela surdez e por problemas emocionais, Beethoven foi considerado um poeta-músico, o primeiro romântico apaixonado pelo lirismo dramático e pela liberdade de expressão. Foi sempre condicionado pelo equilíbrio, pelo amor à natureza e pelos grandes ideais humanitários. Faleceu na Áustria, em 1827.

SINFÔNICA AO MEIO-DIA

Local: Grande Teatro Palácio das Artes – Av. Afonso Pena, 1537 - Centro

Data: 19 de abril

Horário: 12h

Entrada Gratuita

SINFÔNICA EM CONCERTO

Local: Grande Teatro Palácio das Artes – Av. Afonso Pena, 1537 - Centro

Data: 20 de abril

Horário: 20h30

Ingressos: R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia)

Informações para o público: (31) 3236-7400

 

O MM Gerdau - Museu de Minas e do Metal recebe, de 8 de abril a 8 de maio, a Exposição Multimídia O Que Queremos para o Mundo?, que oferece uma experiência artística e sensorial às crianças e suas famílias. Em cubos mágicos gigantes, as crianças poderão experimentar, brincar e criar universos próprios com muita arte e tecnologia.  Um convite especial à inspiração e às invenções infantis.

Por meio de sonoridades, visualidades e experimentações, a Exposição é um espaço onde as crianças são protagonistas do mundo que habitam dentro e fora de si. A intenção é potencializar a sensibilidade e a imaginação das crianças, e proporcionar uma experiência artística para expressão individual e colaborativa.

Atividades extras integram a programação da exposição como as oficinas que envolvem audiovisual e fotografia. Segundo Igor Amin, coordenador geral da Exposição e sócio-diretor da Cocriativa, empresa criadora do projeto, o objetivo é que as crianças que visitarem a exposição possam também produzir. “Criamos um espaço interativo, de diálogo e escuta infantil, uma oportunidade única de entrar em um mundo que não estamos mais acostumados a ter contato. As crianças habitam um universo imaginário, lúdico e fantástico”, afirma. O material produzido nas oficinas será compartilhado no portal do projeto.

A produtora e pesquisadora Vanessa Fort, consultora curatorial da Exposição, destaca que “esse projeto pesquisa e trabalha há anos com conceitos que têm intenção de potencializar as interlocuções infantis que, sensíveis e criativas, oferecem símbolos e recursos para o mundo. Trabalhamos esses conceitos para criar uma experiência artística e divertida para as crianças e suas famílias.”

A Exposição contará com mediadores que acompanharão os pequenos visitantes nessa jornada artística, proporcionando atividades de troca e diálogo criativo. A mostra é gratuita e está aberta de terça a domingo, das 12h às 18h, e às quintas, das 12h às 22h.

 

A Exposição Multimídia O Que Queremos para o Mundo? é patrocinada pela Gerdau via Lei de Incentivo a Cultura do Estado.

Sobre o Projeto O Que Queremos para o Mundo?

O Que Queremos para o Mundo? é um projeto de transmídia com conteúdos audiovisuais infantis para um mundo melhor, que inclui Cinema, Educativo, TV e Web. As primeiras ações do projeto foram realizadas em plataformas multimídia como a internet e dispositivos móveis, onde pessoas enviavam suas ideias para uma chamada criativa na rede (Itsnoon) e para um Blog, que eram compartilhadas pelas redes sociais. Além das ações, o projeto possui uma parte educativa por meio de oficinas em escolas e festivais ambientais e culturais. Em um segundo momento, surgiu o programa televisivo realizado para o canal infantil Gloob, da Globosat, que estreou em setembro de 2012 como inter-programação ao longo dos intervalos, exibindo em pílulas de 1 minuto e 30 segundos a história de crianças de 5 a 12 anos de todo o Brasil, que deram seus depoimentos sobre o que queriam para o mundo. A partir desta experiência, se desenvolveu a produção do longa-metragem O Que Queremos para o Mundo - Filme, que conta a história de quatro amigas que após um trabalho de escola - com título homônimo, precisam pensar uma solução para problemas do mundo. Uma relação intrínseca está presente nesta obra: o audiovisual como instrumento para conscientização e reflexão social, que pode ser visto como um meio importante para deslocar preocupações contemporâneas, como a reinvenção da relação do humano com o meio ambiente e consigo mesmo. Esta exposição é parte do processo criativo, que segue toda a linha do projeto como um convite.

Sobre a Gerdau

A Gerdau é líder no segmento de aços longos nas Américas e uma das principais fornecedoras de aços especiais do mundo. No Brasil, também produz aços planos e minério de ferro, atividades que estão ampliando o mix de produtos oferecidos ao mercado e a competitividade das operações. Além disso, é a maior recicladora da América Latina e, no mundo, transforma, anualmente, milhões de toneladas de sucata em aço, reforçando seu compromisso com o desenvolvimento sustentável das regiões onde atua. As ações das empresas Gerdau estão listadas nas bolsas de valores de São Paulo, Nova Iorque e Madri.

MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal

Com 18 salas e 44 atrações, o MM Gerdau abriga um importante acervo sobre mineração e metalurgia. Usa recursos tecnológicos para destacar, de forma lúdica e interativa, a importância dos metais e minerais no cotidiano das pessoas. Além disso, marca a relação entre a história e as expressões culturais de Minas Gerais com a riqueza de seus recursos naturais. O Museu foi aberto ao público em 22 de junho de 2010 e desde 1º de dezembro de 2013 está sob a gestão da Gerdau. O MM Gerdau integra o Circuito Liberdade e ocupa o antigo edifício da Secretaria de Estado da Educação, inaugurado em 1897 e tombado pelo Iepha/MG. O projeto de ampliação e adequação do prédio é do arquiteto Paulo Mendes da Rocha. A museografia é assinada por Marcello Dantas. O MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal tem o certificado de excelência do TripAdvisor e foi a primeira instituição museológica do Brasil a receber a certificação do Instituto Herity em gestão da qualidade do patrimônio cultural.

Serviço:

Exposição Multimídia O Que Queremos para o Mundo?

Abertura: 07 de abril, às 19h30, com apresentação musical da Banda da Casa da Árvore.

Visitação: 8 de abril a 8 de maio de 2016

De 3ª a domingo, das 12h às 18h || Quintas-feiras: das 12h às 22h.

Entrada franca - Classificação Livre

Local: MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal

Prédio Rosa da Praça da Liberdade - Belo Horizonte/MG

Acesso para pessoas com necessidades especiais

Informações: (31) 3516-7200

www.oquequeremosparaomundo.com.br

facebook.com/oquequeremosparaomundo

Instagram/oquequeremosparaomundo

www.mmgerdau.org.br


Estão abertas as inscrições para o 9º Encontro Regional do Fórum Técnico do Plano Estadual de Cultura, em Uberlândia. O evento, no próximo dia 26 (terça-feira), promovido pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura, tem previsão de percorrer, até maio, outras cidades no interior do Estado, com a finalidade de aumentar a participação popular na discussão do Projeto de Lei (PL) 2.805/15, de autoria do Executivo, que contém o Plano Estadual de Cultura. O Encontro Regional, das 8 às 18 horas, será no

programação dos encontros regionais, cuja duração é de um dia em cada cidade, inclui uma palestra de abertura, que apresentará a contextualização e os processos de construção do Plano Estadual de Cultura. Em seguida, os participantes se dividirão em três grupos de trabalho, com os temas garantia de direitos culturais, Sistema Estadual de Cultura e Sistema de financiamento à cultura. Após a discussão do documento com as 233 propostas que fazem parte do anexo do PL 2.805/15, cada grupo de trabalho poderá apresentar o máximo de 35 novas sugestões. Ao final de cada encontro regional, serão eleitas 12 pessoas que atuarão como representantes daquela região na plenária final do fórum, a ser realizada em junho de 2016.

O Projeto de Lei (PL) 2.805/15, do governador, foi recebido em Plenário em agosto de 2015. As propostas do Plano Estadual de Cultura poderão ser aperfeiçoadas durante a tramitação do projeto, que será analisado pelas Comissões de Constituição e Justiça (CCJ), de Cultura e de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO), antes de ser votado em dois turnos no Plenário. O plano traz um conjunto de metas e estratégias para a cultura no Estado, e tem por objetivo o planejamento e a implementação de políticas culturais pelo prazo de dez anos, visando ao desenvolvimento de ações na área para o período de 2015 a 2025.

 

9º Encontro Regional do Fórum Técnico Plano Estadual de Cultura – Uberlândia

Data: 26/04/2016

Local:Anfiteatro AB do Bloco 5R do Campus Santa Mônica da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) - Avenida João Naves de Ávila, 2121 – Bairro Santa Mônica

Programação:

  • 8 horas: Credenciamento
  • 9 horas: Abertura
  • 9h45: Palestra Contextualização e Processo de Construção do Plano Estadual de Cultura
    (O contexto do Sistema Nacional de Cultura e o Plano Estadual no contexto da Política Estadual de Cultura)
    - Representante do Ministério da Cultura – Representação Regional de Minas Gerais
    - Representante da Secretaria de Estado de Cultura
    - Representante do Conselho Estadual de Política Cultural de Minas Gerais
  • 10h15: Apresentação da metodologia dos Grupos de Trabalho
  • 10h30: Formação dos Grupos de Trabalho
    - Exposição inicial: apresentação da temática do Grupo de Trabalho e dinâmica das discussões
    - Discussão do documento com as propostas contidas no 
    PL 2.805/15
  • 12 horas: Intervalo
  • 13h30: Grupos de Trabalho
    - Continuação da discussão do documento e priorização das novas propostas
    - Eleição dos representantes regionais à Etapa Final
  • 18 horas: Encerramento



 

A Fundação Clóvis Salgado realiza mais uma importante ação voltada para o aprimoramento dos espaços do Palácio das Artes. Após a realização de obras para a criação de novos banheiros para atender aos usuários do Grande Teatro, será inaugurada a Galeria Mari’Stella Tristão, que teve o espaço expositivo ampliado, conferindo maior possibilidade curatorial em uma parede ao fundo de aproximadamente 20m, e outras duas laterais com aproximadamente 10 m cada.

Parte especial do acervo de Artes Visuais da FCS ficará em exposição. Foram selecionadas mais de 30 obras entre pinturas, gravuras e uma escultura. Este Recorte contempla obras modernistas e contemporâneas, resgatando trabalhos desde Genesco Murta e Arlinda Correa Lima a Amílcar de Castro, entre outros. 

 

Para Augusto Nunes-Filho, presidente da FCS, a Instituição é sempre muito demandada pelos artistas por sua localização, visibilidade e excelência nas artes, mas, no entanto, o antigo Espaço Mari’Stella Tristão atendia de forma precária às demandas com seguidas reclamações de que não haviam paredes suficientes para a exposição das obras. “Agora, com esta requalificação, os artistas terão espaço de maior qualidade, sendo que uma das três paredes criadas possui 20 m”, ressalta.

O presidente da FCS destaca também outra importante intervenção no local, ficando a entrada da Galeria de frente para o Parque Municipal, onde seria o antigo acesso ao Palácio das Artes, segundo projeto inicial de Niemeyer. “Com isso, estamos dando mais um passo no sentido de ampliar a integração entre o Parque Municipal e o Palácio das Artes”.

Mari’Stella Tristão (1919 – 1997). Artista plástica, produtora cultural e crítica de arte. Formou-se em belas artes pela UFMG, especializando-se em gravura. Fez curso intensivo de Museologia na Faculdade de Filosofia da UFMG. Foi assessora de arte da Secretaria do Trabalho e Cultura Popular do Estado de Minas Gerais, quando realizou a 1ª Semana do Folclore e exposições de Artesanato e arte primitiva em Minas, Brasília e Rio de Janeiro. Foi coordenadora das Galerias do Palácio das Artes, tendo organizado as seguintes mostras: Processo Evolutivo da Arte em Minas (1970); Semana Nacional de Vanguarda (1970) e Pré-Bienal (1971). Recebeu inúmeros prêmios e participou de exposições individuais e coletivas.  

SERVIÇO:

Evento: Exposição Recorte – Acervo Fundação Clóvis Salgado

Local: Galeria Mari’Stella Tristão – Av. Afonso Pena, 1.537 – Palácio das Artes

Data: De 29 de março a 2 de abril de 2016

Horário: 10h às 21h

Acesso gratuito

 


 

O Governo de Minas Gerais acredita no potencial transformador de uma efetiva participação dos representantes da sociedade civil nos espaços democráticos, que guiam as políticas públicas culturais. Em vias de ampliar as ferramentas para uma qualificada e representativa atuação dos conselhos municipais, a Secretaria de Estado de Cultura - SEC, em convênio com o Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura, realiza, em parceria com a Universidade Estadual de Minas Gerais – UEMG, o Curso de Formação de Conselheiros Municipais de Cultura e Patrimônio na modalidade de ensino a distância (EaD). As inscrições para ocupação das 320 vagas do curso acontecem entre os dias 18 de abril e 9 de maio.

Os conselheiros mineiros serão agraciados com uma capacitação gratuita, com carga horária total de 160 horas e duração de seis meses. Além do fácil acesso da formação a distância, o curso terá aulas presenciais em cinco regiões de Minas Gerais, nas cidades de Passos (Sudoeste), Leopoldina (Mata), Divinópolis (Oeste), Diamantina (Alto Jequitinhonha) e João Monlevade (Metropolitana).

A Superintendente de Interiorização e Ação Cultural da SEC, Manuella Machado, frisa o curso como imprescindível diante à crescente demanda de capacitação na área. “Minas Gerais conta hoje com cerca de 800 Conselhos Municipais de Patrimônio Cultural e um número crescente de Conselhos de Políticas Culturais” constata.

As facilidades que tornam tal iniciativa acessível a todos os mineiros também são ponderadas pela Superintendente. “A enorme extensão do nosso estado e o fato do trabalho como conselheiro não ser remunerado justificam o investimento na capacitação, por meio de Educação a Distância”, justifica Manuella.

A iniciativa recebe ainda o reconhecimento do vice-presidente do Conselho Estadual de Política Cultura, Rubem dos Reis. “Esse curso veio em boa hora, eu recomendo a todos dessas instâncias responsáveis por aproximar as reais necessidades do cidadão às políticas públicas. Entender o funcionamento de um Conselho Municipal de Cultura, com suas possibilidades e potencialidades, faz do conselheiro um poderoso agente de transformação social através da cultura”, acredita o representante do segmento do teatro no conselho estadual.

O CURSO

A qualificação a distância dos conselheiros municipais mineiros abordará os seguintes eixos temáticos: Estado e Sociedade, Princípios da Administração Pública, Conselhos de Políticas Públicas, Políticas de Cultura e Políticas de Patrimônio.

O projeto se propõe a frisar a compreensão histórica e política dos espaços democráticos de participação social. Serão discutidas e apresentadas informações técnicas e jurídicas sobre as atribuições e competências dos conselhos municipais.

A concepção do projeto recebe o aval da Faculdade de Políticas Públicas (FAPP) da UEMG, com a coordenação dos professores José Márcio de Barros e Cynthia Rúbia Braga Gontigo. Experiências da instituição de ensino nos cursos de graduação e pós-graduação em Gestão Pública Municipal atestam a expertise necessária para a coordenação do projeto.

"Os espaços de participação social na sociedade brasileira se ampliaram e muito a partir de nossa Constituição Cidadã em fins da década de 80. O desafio atual é agregar informação e qualidade ao desempenho de tais funções representativas. Não basta participar, a cultura requer efetividade”, defende o professor da UEMG, José Márcio.

O corpo docente foi selecionado via edital e todos os profissionais apresentam especialização na área de Ciências Humanas ou Ciências Sociais Aplicadas, sendo reconhecida a preferência para profissionais com experiência em gestão cultural, políticas públicas, processos de participação social e conselhos.

O pioneirismo da ação contribui para o processo de institucionalização do Sistema Estadual e Municipal de Cultura em Minas Gerais. O regulamento garante, durante o processo de seleção, prioridade aos municípios que já aderem ao Sistema Nacional de Cultura. Seguindo as diretrizes de regionalização balizadoras do Governo Fernando Pimentel, o equilíbrio na distribuição das vagas entre os 17 territórios de desenvolvimento do Estado de Minas Gerais será também considerado.

INSCRIÇÕES

Os gestores das secretarias municipais de cultura de todos os 853 municípios mineiros podem inscrever até quatro candidatos ao curso, considerando a paridade entre representantes do poder público e da sociedade civil, e entre as áreas de patrimônio e de políticas culturais. As regras de seleção e participação podem ser consultadas aqui.

Para efetivar a inscrição, a presidência de cada conselho deverá apresentar ao município uma carta de indicação dos candidatos, atestando sua ativa atuação no órgão. Já para os candidatos, basta apresentar carta de disponibilidade e interesse na formação, afirmando também a disponibilidade de equipamentos e acesso à internet.

Os conselheiros escolhidos deverão ter escolaridade mínima de nível médio e receberão, ao final dos seis meses de curso, os certificados de Qualificação Profissional e de Atualização.

SERVIÇO

Curso de Formação de Conselheiros Municipais de Cultura e Patrimônio

Inscrições abertas até 09/05/2016

Aulas gratuitas

Acesse aqui para fazer a inscrição e consultar o regulamento.

Outras informações: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. | (31) 3915-2654.

Crédito: Flávia Tropia

Conselho Curador da FAOP

No dia 23 de março aconteceu a primeira Reunião Ordinária do Conselho Curador da Fundação de Arte de Ouro Preto | FAOP deste ano na Casa Bernardo Guimarães.

A reunião teve como pauta a avaliação do Relatório de Atividades e a Prestação de Contas, ambas referentes à 2015. O Secretário de Estado de Cultura de Minas Gerais, Angelo Oswaldo, presidiu a reunião e reforçou a influência da FAOP na preservação da cultura e do patrimônio histórico e artístico nacional.

A presidente da Fundação, Júlia Amélia Mitraud Vieira, expôs os avanços e os números de projetos e seus participantes, as principais ações desenvolvidas no ano de 2015 e os planos para 2016. O Relatório Anual e a Prestação de Contas foram aprovados por unanimidade pelos membros do Conselho.

Participaram da reunião, o Secretário de Estado de Cultura de Minas Gerais, Angelo Oswaldo; a Presidente da FAOP e Secretária Executiva do Conselho Curador, Júlia Amélia Mitraud Vieira; a Diretora da Escola de Arte Rodrigo Melo Franco de Andrade, Gabriela Lopes de Moura Rangel; a Diretora de Planejamento, Gestão e Finanças, Fátima da Conceição Francisco de Souza Guido e a Diretora de Promoção e Extensão Cultural, Sandra Fosque Sanches. Os conselheiros designados e representantes dos servidores da FAOP, Sílvio Luiz Rocha Vianna de Oliveira e Filomena Geraldo Neta. Os conselheiros convidados, representantes da comunidade de Ouro Preto, Eduardo Augusto Magalhães Tropia e Ney Ribeiro Nolasco. O representante da Associação Brasileira de Conservadores e Restauradores | ABRACOR, Luiz Antônio Cruz Souza; representantes de Universidade Federal de Ouro Preto | UFOP, Ida Berenice Heuser do Prado e Rondon Marques Rosa; representantes dos ex-alunos da Escola de Arte Rodrigo Melo Franco de Andrade, Haroldo de Paiva Pereira e Gélcio Fortes; representantes das áreas de arte de patrimônio cultural, Anna Amélia Lopes de Oliveira, José Efigênio Pinto Coelho, Rui Mourão e Simone Monteiro Silvestre Fernandes. Ausente justificadamente, a Conselheira representante da ABRACOR, Maria Luiza Ramos de Oliveira.

Principais atividades em 2015

Na Galeria de Arte Nello Nuno, aconteceram 7 exposições com público total de 964 visitantes. Foram desenvolvidas 34 ações educativas com a participação de 749 pessoas. Outras atividades são 43º Concurso Nacional de Presépios e o Workshop ArteHoje, que fez parte do Festival de Inverno Ouro Preto e Mariana 2015. Além desses, ocorreram o Fórum das Letrinhas, com 21 mesas temáticas, 3 apresentações artísticas e 1 exposição e duas Chuvas de Poesia.

A Escola de Arte Rodrigo Melo Franco de Andrade | EARMFA conta com 7 turmas e 53 peças entregues por elas, sendo 4 esculturas, 3 pinturas e 46 livros. No total, passaram pela Escola 419 alunos em 57 cursos de formação. O programa ARO | Formação em Arte, Restauro e Ofícios teve 6 turmas com 132 alunos e obteve a parceria com duas escolas públicas no projeto Mais Educação.

Foi informada a mudança do Curso Técnico em Conservação e Restauro para a Casa Bernardo Guimarães e a ampliação de ações formativas para aproximação com a comunidade, com patrocínio da GERDAU por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

Projetos para 2016

Entres os principais planos para o ano, estão a entrega do novo site da FAOP, a dinamização da Galeria de Arte Nello Nuno e a implantação do Laboratório de Prestação de Serviços em Conservação e Restauro de bens móveis e imóveis, com equipe própria para a realização dessas atividades.

Outros projetos são a expansão do programa Comunidade + Arte, a realização do 9º Seminário Patrimônio Cultural e de ações em homenagem ao centenário de Murilo Rubião. O Curso Técnico em Conservação e Restauro foi renovado por mais 5 anos e sua duração passará a ser de 2 anos e 6 meses.

73 peças de material didático serão restauradas e os cursos e minicursos oferecidos serão reestruturados e ampliados. Houve a sugestão de mudança do Curso Técnico para Curso de Tecnólogo em médio prazo, com o fechamento de parcerias que ajudem na concretização do plano.

 
 
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