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A expansão da atividade turística de Minas Gerais, que registrou crescimento 15 vezes maior que a média nacional em fevereiro de 2024, e a democratização do acesso aos recursos da cultura, a partir da implementação da Lei Descentra Cultura, foram destaques da apresentação da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, durante o Assembleia Fiscaliza, realizado nesta sexta-feira (28).
 
Na audiência pública, o secretário de estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira, prestou contas das principais ações realizadas pela pasta entre julho de 2023 e maio de 2024. A importância da transversalidade da cultura e do turismo foi ressaltada a partir dos resultados que mostram a efetividade dessa estratégia na construção das políticas públicas.
 
Além do crescimento 15 vezes acima da média nacional, recorde registrado no segundo mês deste ano, a atividade turística do estado se manteve 110% acima da média nacional ao longo de todo ano de 2023, de acordo com o IBGE, o que coloca Minas Gerais na liderança do desenvolvimento turístico do país. No ano passado, também foram geradas 50 mil vagas de emprego na economia da criatividade, como demonstram os dados do Novo Caged.
 
Os efeitos da Lei Descentra Cultura, que foi aprovada em 2023 e regulamentada em 2024, também foram sublinhados. Entre janeiro e maio deste ano, foram aprovados 256 projetos, sendo 150 da capital e 107 do interior, o que representa 41,79% do total de propostas contempladas. “Nós tínhamos antes do Descentra Cultura, 95% dos recursos concentrados na região metropolitana, que também precisa de investimentos, mas nós temos também aqui grandes empresas que podem aportar recursos via Lei Rouanet, e temos uma Lei Estadual importante, com potencial de garantir recursos para todo mundo. E o Descentra já nos possibilitou chegar a mais de 40% de projetos aprovados oriundos do interior até maio deste ano, e agora estamos numa situação de quase 50%, o que representa um avanço significativo e histórico a partir da aprovação dessa lei”, pontuou Oliveira. 
 
O impacto econômico de projetos como o Natal da Mineiridade, Virada da Liberdade, Carnaval da Liberdade, Minas Santa e Minas Junina foi detalhado, demonstrando como um calendário forte de eventos ao longo do ano contribui para atrair visitantes, ampliar o fluxo turístico, gerando, assim, mais oportunidades de emprego e renda. 
 
Nas festas de fim de ano de 2023, por exemplo, foi registrada uma movimentação econômica de cerca de 2,5 bilhões, de acordo com a Câmara de Dirigentes Lojistas de BH (CDL-BH). Já o Carnaval, em 2024, proporcionou uma movimentação de 4,7 bilhões em todo o estado e a criação de 100 mil novas vagas temporárias de trabalho. Mais de 12 milhões de foliões, sendo 6,5 milhões no interior e 5,5 milhões na capital participaram da festividade.
 
O Carnaval da Liberdade, neste ano, trouxe novidades, como o novo sistema de sonorização, que viabilizou uma melhor experiência para os artistas de 14 blocos e para o público na Avenida dos Andradas. Cerca de 1,5 milhão de foliões participaram dos desfiles.
 
Outros novos projetos foram o Palácio do Samba, com uma programação gratuita no Palácio da Liberdade, e o lançamento do Carnaval da Liberdade e Carnaval da Tranquilidade nas Cidades Históricas.
 
Durante a Semana Santa foi também registrado um fluxo turístico de 500 mil pessoas, 20% acima do estimado pelo Observatório do Turismo de Minas Gerais. Foram realizados 660 eventos em cerca de 600 cidades mineiras, e, pela primeira vez, o Circuito Liberdade, recebeu a Encenação da Paixão de Cristo.
 
E, neste ano, estão previstas 500 ações relacionadas às festas populares que acontecem entre junho e julho, com adesão de 314 municípios ao Minas Junina. 
 
Lei Paulo Gustavo
 
A adesão de 98,4% dos municípios mineiros à Lei Paulo Gustavo (LPG), que injetará 378, 2 milhões em todo o estado, foi outro destaque. A Secult publicou 11 editais, que levaram em conta o uso do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) como critério de Regionalização e Interiorização. 
 
Até junho deste ano, 95% dos projetos aprovados na Lei Paulo Gustavo já foram pagos, sendo concluído o repasse de 150, 5 milhões. Do total de 378, 2 milhões destinados a Minas Gerais, por meio da LPG, 182,3 foram transferidos ao estado e 195,8 aos municípios. 

Foto: Alexandre Neto/Divulgação

Inverno em Minas

Para promover o programa Inverno em Minas e os Circuitos de Inverno, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, convidou 40 jornalistas e formadores de opinião de todas as regiões do Brasil para viverem a experiência nos cinco roteiros preparados para este período do ano. A viagem começou nesta sexta-feira (28), e segue até o dia 30 de junho. A ação conta com patrocínio da Cemig, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

Até 22 de setembro, encerramento oficial do inverno, estão previstas mais de 500 ações em todo território, destacando seus atrativos naturais e culturais, e em especial, a comida mineira e seus pratos típicos dessa época. Cada região do estado, com seus encantos particulares, apresenta uma pluralidade de atividades e paisagens, que podem agradar qualquer perfil de visitante, além de boa estrutura e riquezas culturais.

O programa Inverno em Minas conta com cinco circuitos que combinam belezas naturais, patrimônio histórico, tranquilidade, aventura e as delícias da Cozinha Mineira: Território dos Vinhos, que passa por Três Pontas, Caldas, Andradas e São Gonçalo do Sapucaí; Território Sul de Minas, em Extrema, Gonçalves e Monte Verde; Território Serra da Canastra/Mar de Minas, que explora São João Batista do Glória, São Roque de Minas e Vargem Bonita; Território Espinhaço/Diamantes, em Diamantina, São Gonçalo do Rio das Pedras, Milho Verde e Serro; e o Território Estrada Real, com Santuário do Caraça, Catas Altas, Santana do Montes e Tiradentes no percurso.

Os roteiros proporcionam vivências únicas pelos tesouros mineiros, como visitas a vinícolas, queijarias, cidades históricas, natureza exuberante e mais. E ainda coincidem  com os tradicionais festivais de inverno em diversas localidades, recheados de atividades culturais e educativas como shows, exposições, oficinas, apresentações teatrais e sessões de cinema.

Confira abaixo os cinco circuitos.

1) Território Serra da Canastra/Mar de Minas é destino ideal para o inverno

Paisagens majestosas envoltas pela neblina e o clima fresco da Serra da Canastra oferecem um refúgio tranquilo para quem busca relaxar e apreciar a natureza. As pousadas rústicas e hospitaleiras proporcionam um ambiente aconchegante, onde é possível desfrutar de noites ao redor de uma lareira e contemplar o céu estrelado, além da Cozinha Mineira, que se torna uma grande aliada na estação mais fria do ano, com típicos pratos como ensopados, caldos preparados no fogão a lenha e o famoso cafezinho acompanhado de um pão de queijo feito com Queijo Canastra.

O Território Serra da Canastra/Mar de Minas passa por quatro municípios, fazendo a combinação perfeita entre natureza e gastronomia. O roteiro inclui paradas em São Roque de Minas, onde turistas podem visitar o Parque Nacional da Serra da Canastra; Vargem Bonita, que conta com igrejas e passeios para praticar esportes como canoagem; além de São João Batista do Glória, banhada pelo Lago de Furnas, o “mar de Minas”, que abriga o número impressionante de mais de 130 cachoeiras.

O território também conta com visitas a cozinhas locais, como Cantinho de Minas, Queijaria Tradição Vilela, Retiro do Mel, Queijaria Quintal do Glória, Morada da Serra, Queijaria do Adriano - Empório Velho Chico e o Capitão da Canastra, famoso pelo seu macarrão flambado dentro do Queijo Canastra.

Queijaria Tradição Vilela

Sustentada pela força da agricultura familiar, a Tradição Vilela é uma das mais tradicionais queijarias da Serra da Canastra e está localizada na região do Fumal, em São João Batista do Glória. O Queijo Canastra Casca Florida é um dos mais cobiçados, derivado de uma condição natural que acontece devido a um cenário específico de temperatura e umidade da fazenda, resultando em um sabor inigualável. A Tradição Vilela também oferece uma variedade de produtos artesanais, incluindo doces de leite, de frutas, geleias e licores, todos criados com a mesma dedicação e de forma orgânica na fazenda, respeitando o conhecimento das gerações passadas e o amor pela terra.

 Queijaria Quintal da Glória

Considerada parada obrigatória em São João Batista do Glória, a Queijaria Quintal do Glória tem produção artesanal de Queijo Canastra. No local, é possível realizar degustações, entender sobre a história do laticínio e visitar a fábrica. Sendo a primeira de sua família a se interessar pela fabricação de queijo, Nilseia Vilela, proprietária do Quintal, se importa com todas as etapas da produção, higiene, escolha do gado, qualidade da água oferecida aos animais, força do braço no momento de manipular a massa e temperatura. O carinho da elaboração resultou em um queijo premiado muitas vezes, nacional e internacionalmente. 

quintal do Glória

Queijaria Roça da Cidade

Localizada em São Roque de Minas, a Queijaria Roça da Cidade tem uma produção sustentável que combina alta tecnologia e cuidado artesanal. A matéria-prima é o leite cru e fresco, ordenhado diariamente de um rebanho próprio de vacas sadias e bem alimentadas, que nascem e vivem livres na pastagem. O bem-estar do animal é fundamental na produção da queijaria, assim como a higiene durante a ordenha e o reaproveitamento dos resíduos como o soro do leite, que é usado para alimentar os suínos, e o esterco que vira adubo. A receita do queijo é a base clássica de leite, coalho, pingo e sal, e o resultado são peças de extrema qualidade, premiadas nos principais concursos internacionais.

 Queijo Barreiro no Empório Velho Chico

O Queijo Canastra Barreiro é produzido por Adriano José Ribeiro e sua família na Fazenda Barreiro, em Medeiros-MG, região da Serra da Canastra. O laticínio é elaborado com leite cru de gado criado livre no pasto, sal de forma moderada a acentuar o sabor, pingo e coalho. Possui selo de Indicação de Procedência da Aprocan (Associação dos Produtores de Queijo da Canastra), que atesta sua autenticidade. A casca é amarelo ouro, um pouco lisa, com o interior branco, a textura fica macia e cremosa quando no estado de meia cura e, quanto mais curado, mais o sabor se acentua e a massa vai ficando mais firme.

O sabor é suave com leve acidez típica dos queijos produzidos na região da Canastra. Por se tratar de um produto natural, o mesmo tem variação de cor, podendo apresentar casca rústica conforme a época do ano. A qualidade do Queijo Barreiro rendeu ao mesmo premiações importantes e também pode ser encontrado no Empório Velho Chico, em Vargem Bonita.

2) Território Espinhaço/Diamantes é uma síntese do melhor de Minas Gerais

Considerada a única cordilheira do Brasil, a Serra do Espinhaço tem paisagens de tirar o fôlego em toda sua extensão e, principalmente, nas charmosas cidades históricas que tiveram seu apogeu no Ciclo dos Diamantes, do século XVIII. Com arquitetura colonial e imponentes obras do Barroco Mineiro, casarões, sobrados e igrejas pintados de branco e azul dividem a paisagem com os picos e vales que emolduram o horizonte.

Além do charme de passear pelas ruas e ladeiras, o lugar também vibra história, arte, patrimônio histórico, cultura e culinária, e ainda é um terroir ímpar para produtos como queijo. Na época mais fria do ano, a região fica mais especial, com um impressionante pôr do sol, o céu muito estrelado e o tempo que convida a um agasalho, um prato de inverno, um vinho e uma boa prosa.

O Território Espinhaço/Diamantes passa por Diamantina, São Gonçalo do Rio das Pedras, Milho Verde e Serro para apresentar grandes tesouros das Minas como belezas naturais, patrimônio histórico, tranquilidade, aventura e, claro, as delícias da Cozinha Mineira.

Biribiri

Dos passeios ecológicos ou rurais, às belezas arquitetônicas e às artes da cozinha mineira, o Território Espinhaço/Diamantes convida os visitantes a uma viagem no tempo com um passeio a Biribiri, bucólico vilarejo do século XIX de Diamantina, quase deserto e bem preservado. O lugar faz parte do Parque Estadual do Biribiri e foi construído para abrigar uma grande indústria têxtil. Com o fechamento da fábrica, a vila foi abandonada pela maioria dos moradores e, hoje, é um passeio aconchegante para apreciar a natureza do parque, com suas Cachoeiras Sentinela e dos Cristais, e aproveitar um almoço bem tradicional, feito no fogão à lenha.

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Diamantina

A apenas 12km de Biribiri está Diamantina, o maior centro de extração de diamantes do mundo no século XVIII e Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco, por sua herança histórica e cultural. Ruas de paralelepípedos são ladeadas por casarões coloniais, igrejas barrocas, capelas, e a cidade pulsa ao som de clássicos das serestas, serenatas e vesperatas.

Alguns destaques que chamam a atenção são a Casa da Glória, famosa por seu passadiço que liga duas casas coloniais sobre a rua e que abriga um museu com objetos de época; a Igreja São Francisco de Assis, uma joia do barroco de 1762, onde está o túmulo de Chica da Silva; e o Chafariz do Rosário, um histórico ponto de encontro na cidade.

São Gonçalo do Rio das Pedras e Milho Verde

Diferente da efervescência de Diamantina, São Gonçalo do Rio das Pedras e Milho Verde são lugarejos de quase 2 mil habitantes e que têm o silêncio como um atrativo turístico. O cenário das duas é típico do interior, com animais andando em meio às ruas, som de passarinhos, moradores sentados à porta das casas e o perfume da comida mineira saindo pelas janelas.

São lugares perfeitos para imergir na cultura tranquila do interior do estado e sentir o carinho e a hospitalidade do povo, que tem sempre uma quitanda fresquinha pronta para receber os visitantes. Broas, bolos, biscoitos, rosquinhas, pães de queijo e o que mais acompanhar um bom cafezinho, tudo feito com ingredientes da roça como o milho, mandioca, leite e queijo.

Visita a queijarias

O queijo é, inclusive, um dos grandes atrativos do Território Espinhaço/Diamantes, que conta com microrregiões produtoras da iguaria reconhecidas pelo Governo do Estado: Diamantina e Serro. Visitar uma fazenda produtora de queijo do Serro pode ser uma experiência única para acompanhar uma tradição tricentenária.

São várias as queijarias da região que recebem visitantes, como a Fazenda Boa Vista, produtora do premiado Queijo Bom Sucesso. Por lá, é possível acompanhar todo o processo desde a ordenha das vacas até a maturação das peças. Os visitantes também podem degustar os diferentes tipos de queijo como o fresco, o meia-cura e o curado, e apreciar o sabor e o aroma característicos da região, bem como conhecer a história da família do senhor Adilson de Carvalho, que continua a tradição com muitas pitadas de inovação.

Festa do Rosário

Ainda no Serro, o turista pode conhecer a Festa do Rosário, que acontece sempre no meio do ano, promovido pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário desde 1716. Moradores e diversos Grupos Tradicionais Folclóricos levam para as ruas serranas a mais genuína expressão de fé, cultura e tradição popular do município, em uma mistura de cores, ritmos, cânticos e danças, em homenagem à santa. É uma experiência de fé e misticidade difícil de descrever, mas com uma energia que fica marcada nas pessoas que participam.

3) Território dos Vinhos combina passeio por vinículas, belezas naturais e patrimônio histórico

Com noites frias, dias ensolarados e solo seco, a tradicional região cafeeira no Sul de Minas Gerais tem se transformado e despontado também como polo de produção de vinho, especialmente com as uvas Syrah e Sauvignon Blanc. Já são diversas as vinícolas por ali. Além de produtos premiados, elas têm desenvolvido o turismo na região, recebendo visitantes para conhecer seus processos, com direito a vivências e degustações. Com as temperaturas mais frias, os vales e serras do Sul de Minas ganham um novo charme e possibilitam experiências ainda mais especiais.

O Território dos Vinhos combina passeios em grandes vinícolas, com belezas naturais, patrimônio histórico, tranquilidade, aventura e, claro, as delícias da Cozinha Mineira. Fazem parte da rota atrações nas cidades de Três Pontas, Andradas, São Gonçalo do Sapucaí e Caldas, município onde foi desenvolvida a tecnologia de dupla poda, responsável pela produção dos vinhos mineiros. A técnica foi criada pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), no “Programa Estadual de Vitivinicultura”.

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Alma Gerais

A Vinícola Alma Gerais foi criada dentro de um condomínio residencial no distrito de Macaia, no Sul de Minas, com a proposta de levar o cultivo das uvas e a produção de vinho para próximo de admiradores e entusiastas. O projeto reuniu grandes especialistas no mundo da enologia como engenheiros agrônomos, enólogos, sommeliers e o resultado são vinhos que já surpreendem desde as primeiras safras. Destaque especial para os três rótulos de Sauvignon Blanc, elaborados de três maneiras diferentes, com notas sensoriais distintas e qualidade inegável.

 Maria Maria

A Vinícola Maria Maria é uma das mais reconhecidas da região, com conquistas em diversos concursos internacionais, principalmente por seu Sauvignon Blanc, Syrah, Espumante, Rosé e Cabernet Sauvignon. A produção começou quando o fundador, Eduardo Junqueira, sofreu um ataque cardíaco e teve a recomendação de tomar uma taça de vinho por dia. Ele, então, resolveu criar o seu próprio, e reuniu um time de peso para desenvolver os produtos em sua Fazenda Capetinga. O nome da vinícola, Maria Maria, veio da amizade de Eduardo com o músico Milton Nascimento, autor da canção de mesmo nome. E para batizar os rótulos, a vinícola homenageia as mulheres da família – na primeira safra, por exemplo, os vinhos se chamaram Agda (Syrah 2013), bisavó de Eduardo, Ada (Branco 2013), tia-avó de Eduardo, e Anne (Rosé 2013), sua cunhada.

 Estrada Real

A Vinícola Estrada Real, localizada em Caldas, foi pioneira ao empregar o método de dupla poda, em 2001, sendo fundada pelo próprio responsável pela técnica, Murillo Regina, e seus sócios. A plantação acontece em uma área a 900m de altitude, em um processo que combina tecnologia avançada e mão de obra capacitada. A qualidade é reconhecida por grandes conquistas como as medalhas de Grande Ouro na “Wines of Brazil Awards 2020”, com o rótulo Primeira Estrada Syrah Gran Reserva 2018, que alçou o posto de Melhor Syrah do Brasil; e a medalha de bronze para o espumante Carvalho Branco, na “Decanter World Wine Awards”, também em 2020.

Casa Geraldo

A história da Casa Geraldo tem início há mais de 50 anos, quando Geraldo Marcon começa a cultivar uvas para produção de vinhos na região de Andradas. Descendente de italianos, ele tinha um grande apreço pela vitivinicultura e que passou para as gerações seguintes da família. A princípio, traziam uvas do Rio Grande do Sul e vendiam a produção a granel para vinícolas paulistas. Os vinhos de uvas mineiras só vieram mesmo em 2012, quando começaram a empregar a dupla poda e se surpreenderam com a qualidade da bebida. A partir de então, investiram em novos vinhedos e técnicas de produção para refinar cada vez mais os rótulos e o terroir. Além dos vinhos, também produzem sucos de uva, azeites e vinagre balsâmico.

Vinícola Barbara Eliodora

A Vinícola Barbara Eliodora foi fundada em 2015, em São Gonçalo do Sapucaí, sendo pioneira no plantio das uvas Vitis Vinifera, variedade de origem mediterrânea que tem um delicado equilíbrio entre acidez e açúcar, e que demandam maior cuidado no cultivo. O manejo das videiras é feito com poda dupla, em um plantio que aproveita o melhor da transição entre os biomas da Mata Atlântica e o Cerrado. Os rótulos são produzidos com o esmero que demanda uma obra de arte, bem no conceito da marca que homenageia a importante inconfidente e poetisa mineira homônima, que fez história no século XIX.

4) Território Estrada Real: entre histórias e a comida em Minas Gerais

As cidades históricas e a arte Barroca são alguns dos elementos mais reconhecidos quando se pensa em visitar Minas Gerais, destacando-se pelos municípios relacionados ao Ciclo do Ouro dos séculos XVII e XVIII. Iniciado com a descoberta de grandes depósitos desse metal precioso, o período transformou a economia do Brasil Colônia, fazendo do ouro a principal fonte de riqueza e atraindo uma enorme migração para a área das minas. O período impulsionou o desenvolvimento urbano por toda a região, e apesar do declínio gradual devido à exaustão das minas, deixou um legado que perdura na arquitetura, na cultura e até na estrutura social brasileira. ]

A Estrada Real é um dos maiores circuitos turísticos do Brasil. Com cerca de 1.600 km, a Estrada começou a ser construída no século XVII para ligar o Rio de Janeiro, capital do império, às regiões produtoras de ouro do interior de Minas Gerais. No roteiro criado pelo Governo do Estado, os visitantes são transportados para os tempos dourados da mineração através de um passeio por Santa Bárbara, Santuário do Caraça, Catas Altas, Santana dos Montes e Tiradentes.

Santa Bárbara

Santa Bárbara foi fundada em 1704, em uma região onde encontrou-se ouro de aluvião e veios de pedras preciosas. Em plena Estrada Real, posteriormente a cidade se tornou importante passagem na rota entre a Corte, no Rio de Janeiro, e as minas do Centro/Norte de Minas Gerais. O local preserva um rico patrimônio arquitetônico e cultural que reflete sua importância na região. No aspecto cultural, Santa Bárbara se destaca pelas igrejas históricas, junto aos casarões antigos e espaços culturais que contam a história da região.

A cidade oferece aos visitantes a oportunidade de explorar não apenas seu patrimônio histórico, mas também as belezas naturais da região, como cachoeiras e trilhas. Além disso, o mel produzido na cidade alcançou reconhecimento nacional e sua produção transcende os limites econômicos, sendo um conhecimento profundamente enraizado na cultura local que influencia o cotidiano dos habitantes.

Apiário Flor de Mel

O Apiário Flor de Mel é uma empresa familiar estabelecida em São Lourenço. Sua história começou como uma visão quando Marcos Carnevalli explorou as montanhas da Serra da Mantiqueira na década de 1990, iniciando a construção e o cuidado dos primeiros apiários. Com anos de trabalho, expandiram para a produção e distribuição de mel e cera de abelha. No Apiário Flor de Mel, os visitantes podem explorar o processo de produção, entender o funcionamento das colmeias e degustar diferentes variedades desse néctar.

Santuário do Caraça

O incrível visual do Santuário do Caraça, fundado em 1774, já seria motivo suficiente para visitar o local, mas o espaço ainda carrega grande história com uma centenária igreja de arquitetura neogótica, que liga as duas alas laterais do antigo prédio, em estilo barroco, e as ruínas do antigo colégio e da escola apostólica. Localizado nas cidades de Catas Altas e Santa Bárbara, com área de mais de 11 mil hectares, o local é uma bem-preservada reserva florestal que pertence à Província Brasileira da Congregação da Missão, com trilhas e cachoeiras que mostram a exuberância da fauna e flora do cerrado.

Para quem deseja uma experiência mais imersiva, o Caraça oferece uma disputada hospedagem, com reservas feitas com meses de antecedência. O espaço é simples, com regras de um ambiente religioso, mas um sentimento de tranquilidade e paz indescritível. A grande atração para quem permanece hospedado são os lobos-guarás, que se acostumaram a ser alimentados pelos religiosos. Eles aparecem todos os dias, a partir de 18h30, e comem os alimentos deixados em frente à porta da igreja.

Catas Altas

Aos pés da Serra do Caraça, a cidade de Catas Altas encanta pelo jeito simples de interior, com suas casinhas coloridas frente à imensa montanha. O lugar tem menos de 5 mil habitantes, e uma história que remonta ao século XVIII, quando surgiu nas redondezas de jazidas de metais preciosos. Os cenários mais bonitos da cidade são a praça principal, diante da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, construída no século XVIII, com seus grandes casarões coloniais, e também as Igrejas de Santa Quitéria, do Rosário e de Nosso Senhor do Bonfim.

Uma das atrações mais importantes de Catas Altas é o Bicame de Pedra, um aqueduto construído em pedras encaixadas, utilizado para trazer água do alto da Serra do Caraça. A economia local é impulsionada principalmente pelo turismo, que se beneficia não apenas das atrações históricas e naturais, mas também da comida local, que valoriza pratos típicos da cozinha mineira.

Santana dos Montes e a Cervejaria Loba

Santana dos Montes surgiu por volta de 1720, com um ajuntamento de fazendeiros que se dedicavam à produção de alimentos para a região do Ouro Preto. A cidade é marcada por belas igrejas e casarões coloniais, e uma grande beleza natural com montanhas, cachoeiras e paisagens do cerrado. Um dos grandes atrativos do lugar são os doces, queijos e outros produtos mineiros artesanais, de extrema qualidade, e ainda vinhos, cachaças e cervejas.

Na tradição dos produtos artesanais, a Cervejaria Loba foi fundada, em 2013, com o objetivo de produzir cervejas especiais 100% maltadas. Em 2016, lançou 16 estilos diferentes, destacando-se o Strong Scotch Ale, que conquistou a medalha de prata na copa "Cerveza de América", realizada no Chile no mesmo ano. Todos os estilos são elaborados com os mais avançados processos técnicos cervejeiros e insumos importados, garantindo alta qualidade e satisfação aos consumidores. 

Tiradentes

Tiradentes, uma joia da arquitetura barroca e um ícone da história brasileira, encanta visitantes com suas ruas de pedra, coloridos casarões coloniais bem preservados e igrejas ornamentadas. Localizada na região da Estrada Real, a cidade preserva um ambiente que parece ter parado no tempo, oferecendo aos turistas uma experiência única de imersão no passado colonial do Brasil. São vários os pontos turísticos como a Igreja Matriz de Santo Antônio, o Museu Casa Padre Toledo, a Igreja Nossa Senhora do Rosário e o Museu de Sant’Ana, este construído na antiga cadeia da cidade e que abriga um grande acervo de obras de arte sacra.

Além de seu patrimônio histórico, a cidade é famosa por sua atmosfera acolhedora, que combina arte, cultura e cozinha mineira em um cenário pitoresco cercado por montanhas. São várias as opções de hospedagem, bares e restaurantes, de charme inegável e padrão internacional de qualidade. Ao longo de todo ano, Tiradentes é palco de diversos eventos e festivais temáticos, como os de cinema, gastronomia, fotografia, teatro, jazz e design.

Também fica em Tiradentes a vinícola Luiz Porto, um dos destaques no cenário de vinícolas de Minas Gerais, conhecida pela produção de vinhos de alta qualidade que refletem o terroir único da região. Localizada em um espaço deslumbrante no entorno de Tiradentes, a vinícola combina tradição e inovação na elaboração dos produtos, utilizando técnicas modernas e cuidados artesanais. Os visitantes são convidados a conhecer todo o processo e desfrutar de degustações que destacam a diversidade e o sabor característico dos vinhos.

5) Território Sul de Minas é opção perfeita para curtir temporada de frio

Famosas pelo clima frio – e até geadas, como as que ocorreram na semana passada, quando o distrito de Monte Verde, em Camanducaia, registrou a menor temperatura do Brasil, com -0,4°C – as cidades do Sul de Minas, na região da Serra da Mantiqueira, atraem turistas que gostam de vivenciar um inverno mais rigoroso.

Extrema, Gonçalves e Monte Verde integram o Território Sul de Minas, roteiro que reúne uma série de atrativos para curtir as temperaturas mais baixas, entre parques e cachoeiras, artesanato, chocolate, cerveja, cachaça e charmosos hotéis e restaurantes. As cidades são paradas obrigatórias para quem quer desfilar os casacos, aproveitando as delícias quentes da Cozinha Mineira para ajudar a aquecer o corpo e a alma.

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Região de Extrema

Envolta pela biodiversidade da Mata Atlântica em um clima de montanha e paisagens naturais de tirar o fôlego, a cidade de Extrema está dentro da Unidade da Conservação da Natureza – Área de Proteção Ambiental Fernão Dias e do conjunto de unidades de conservação Mosaico Mantiqueira, com altitudes que variam de 880m a 1725m. Com pouco mais de 53 mil habitantes, o município chama a atenção por reunir cachoeiras, nascentes, rios, montanhas, vales e parques municipais que permitem ao visitante se aventurar com os esportes radicais, caminhadas, a contemplação e bem estar, dentre outras atividades de lazer junto à natureza.

O cheiro de comida caseira no fogão à lenha e do café coado dão o ar da vida na roça do Armazém Belotti, um típico restaurante mineiro que se destaca pela fama de ter o melhor torresmo de Minas e o melhor pudim do mundo em um só lugar. Com tantas credenciais, a casa, fundada em 1889, é uma boa pedida para quem visita a cidade de Extrema. Não se pode ir embora sem passar na venda, onde há uma boa diversidade de doces caseiros, carne de lata, farinha de milho, café moído na hora ou em grãos, cachaças de Minas e também cervejas produzidas na região.

Amantes da natureza têm o Parque Municipal Cachoeira do Jaguari como destino certo na região. Entre paisagens exuberantes, os visitantes curtem trilhas e cachoeiras de tirar o fôlego. Além de ser pet friendly, o local também é ideal para crianças, contando com um playground, com escorregadores, balanços e outras atividades lúdicas que garantem a diversão dos pequenos. O parque também abriga a Cervejaria Extremosa, possui estacionamento gratuito e fica próximo a diversos outros pontos turísticos, como o Pico do Lopo, o Parque Municipal de Eventos e as lojas das fábricas da Bauducco, Centauro, Clauê, Dafiti e Barry.

Quem busca por ali um refúgio de paz e beleza natural para se hospedar encontra no Hotel Amoreiras o destino certo. Com uma área verde de 700 mil m², cercada por uma paisagem deslumbrante da Serra da Mantiqueira, a hospedagem conta com cachoeira e uma diversidade de pássaros, bosques e corredeiras que exalam tranquilidade.

Região de Gonçalves

A história de Gonçalves remonta ao século XIX, quando foi fundada como um pequeno povoado. Desde então, a cidade tem preservado seu patrimônio histórico e cultural, refletido nas construções coloniais e nas tradições locais. Listada entre os 10 destinos mais acolhedores do Brasil, segundo o Traveller Review Awards, ranking elaborado pelo site de reservas de hotéis e viagens Booking.com, Gonçalves é uma das cidades do Sul de Minas que oferecem mais contato com a natureza, com trilhas como as da Pedra Chanfrada e a Pedra do Forno, as cachoeiras do Cruzeiro e a dos Henriques, além de passeios de bicicleta para ver o pôr do sol e o céu estrelado.

A tranquilidade e o aconchego são o ponto alto da região, que, no inverno, costuma ficar coberta de gelo e com temperaturas bem baixas. Por isso, a maior parte de suas pousadas oferecem lareiras, banheiras de hidromassagem e vistas panorâmicas das montanhas.

A cidade também chama atenção pelo artesanato e pela gastronomia. Entre os destaques da culinária de Gonçalves está o fondue, prato que se tornou quase um símbolo do inverno na região. Servido em diversos estabelecimentos, os fondues de queijo e chocolate são verdadeiras iguarias que encantam moradores e turistas. Outro ingrediente típico da estação é o pinhão, que aparece em pratos variados, desde sopas quentes até acompanhamentos sofisticados. Os queijos artesanais de Gonçalves também são outro ponto alto, principalmente quando harmonizados com vinhos locais, criando uma experiência inesquecível.

De passagem por Gonçalves, uma parada na Casa dos Cogumelos torna-se programação obrigatória, assim como experimentar a tradicional Cachaça Gonçalves, do Alambique Três Barras, e a cerveja artesanal 3 Orelhas. Por lá também é possível encontrar o chef Danilo Costa, ex-participante do Masterchef, à frente do restaurante Sabor sem Freio, que traz uma cozinha autoral com alma mineira.

Região de Monte Verde

Monte Verde, na região de Camanducaia, tem um clima ameno durante todo o ano e especialmente no inverno, com temperaturas que chegam perto de 0°C. A cidade é um dos destinos mais procurados do Brasil para curtir as baixas temperaturas, sendo uma ótima opção para quem procura pousadas aconchegantes, restaurantes de comidas fartas e saborosas, além de atrações em meio à natureza e paisagens emolduradas pela imponente Serra da Mantiqueira.

A cidade é a materialização dos sonhos do imigrante da Letônia Verner Grinberg, que, em busca de um lugar que remetesse ao seu país natal, transformou uma fazenda em uma região distante e de difícil acesso, em uma pequena vila, onde ele e sua família construíram as bases do que hoje é o famoso distrito. Com um centrinho charmoso, a rua principal de Monte Verde é repleta de bares, restaurantes e lojas muito bem avaliados pelos visitantes.

A cidade oferece também uma infinidade de opções para serem curtidas em casal e também em família. Uma das vistas mais bonitas da região é a do topo da Pedra Redonda, alcançada por uma trilha de um quilômetro e que oferece uma vista 360° para a Serra da Mantiqueira. Os amantes de esportes de aventura não podem deixar de incluir na programação a Mega Tirolesa da Fazenda Radical, que, na verdade são duas tirolesas de 500 metros cada, a mais de 70 metros de altura, assim como um passeio de quadriciclo, ideal para percorrer as ruas de terra de Monte Verde, seja no perímetro mais urbano ou na zona rural, entrando no clima off-road.

Outro programa imperdível da região é uma visita à Escola de Falcoaria, que tem um trabalho muito importante de conscientização ambiental e respeito às aves. Para poder “voar” um gavião ou uma coruja, o visitante passa antes por uma aula lúdica e nem um pouco monótona sobre a arte milenar da falcoaria, as aves de rapina e o projeto de reabilitação de animais resgatados de maus-tratos e cativeiros que está por trás do projeto.

Fotos: Secult/Divulgação

 

Igreja Matriz de santo Antônio1

Situada na Cordilheira do Espinhaço, Grão Mogol vem se consolidando como um dos principais destinos turísticos de Minas Gerais. A cidade atrai visitantes de diferentes partes do Brasil, que aproveitam o turismo de natureza, admiram as construções históricas, se encantam com as trilhas, cachoeiras, paisagens e espécies endêmicas da flora e da fauna local e apreciam o enoturismo, segmento que combina turismo com a paixão pelo vinho.

Grão Mogol tornou-se um exemplo de transformação por meio do fomento ao turismo, com a expansão recente no número de visitantes e melhoria na geração de emprego e renda para a população. Essa mudança começou há três anos, quando foi implantado um plano de desenvolvimento e valorização do turismo na cidade.

“Tínhamos um território com muitas potencialidades, a paisagem da Cordilheira do Espinhaço, o parque estadual, o conjunto histórico arquitetônico tombado, as trilhas, cachoeiras, o Presépio Mão de Deus, que é o maior presépio a céu aberto do mundo, o charme das construções em pedra como a Igreja Matriz de Santo Antônio, uma diversidade e atratividade que é rara de se encontrar ao mesmo tempo. Mesmo assim, a população estava desanimada com o turismo”, recorda o secretário de Turismo de Grão Mogol, Ítalo Mendes.

Para “virar o jogo”, relata o secretário, foram iniciadas uma série de ações e parcerias como as firmadas com o Governo do Estado, o Sebrae, o Sesc, o Senac e com agências e operadoras de turismo. O objetivo da mobilização foi realizar um esforço integrado que aproveitasse todo o potencial oferecido por Grão Mogol de modo a estruturar e qualificar o destino para que pudesse ser apresentado como um dos mais imperdíveis de Minas Gerais.

“Foram implementados programas de qualificação e de melhoria da infraestrutura da cidade. Houve um trabalho de divulgação para atrair turistas com maior gasto médio e mais tempo de permanência, interessados em conhecer a natureza, a história e a cultura local e ainda vivenciar as experiências do enoturismo e adquirir peças do nosso artesanato”, descreve o secretário municipal de Turismo de Grão Mogol.

Com a soma de esforços por meio das parcerias, houve um crescimento do turismo no município em torno de 20% ao ano e em momentos de alta visitação a taxa de ocupação nos empreendimentos de hospedagem chega a atingir 100%. Mas, o reflexo concreto do fluxo turístico é vivido na economia local, com o crescimento de 50% no número de empregos formais no setor de turismo desde o início da implementação da estratégia. Além disso, Grão Mogol vive a expectativa de atrair novos investimentos nas áreas da hotelaria e gastronomia.

“Mostramos que ao se priorizar o turismo e implementar políticas públicas sérias de incentivo ao setor, é possível atrair turistas que deixam seu dinheiro na cidade, gerando novas oportunidades de trabalho e renda especialmente para os jovens, fazendo com que eles permaneçam no território, ao invés de migrarem para os grandes centros”, observa o secretário municipal de Turismo. Ele lembra que as inovações realizadas também tiveram o reconhecimento com premiações de boas práticas de políticas púbicas.

Rua Direita Centro histórico

“Grão Mogol, aposta do turismo nacional”, diz fundador da CVC 

Cada vez mais a cidade histórica do Norte de Minas passa a fazer parte dos roteiros e produtos comercializados por operadoras e agências de turismo. O potencial turístico de Grão Mogol é reconhecido por um ícone do setor no país, Guilherme Paulus, fundador da CVC, maior operadora nacional de turismo, que visitou a cidade em 2023.

“Grão Mogol é a próxima grande aposta do turismo nacional. É um local a ser descoberto no Brasil. É uma cidade histórica, bem gostosa, charmosa, que lembra Ouro Preto de anos atrás. Também é quase como uma Serra Gaúcha, que une paisagens deslumbrantes com história. É a cidade dos diamantes e tem investindo bastante no turismo”, declarou Guilherme Paulus.

Enxergando a oportunidade apontada pelo fundador da CVC, Nilo Sérgio Lanza, dono de uma operadora de turismo em Brasília (DF), colocou Grão Mogol nas opções de pacotes vendidos por sua empresa, especializada em cicloturismo. A agência oferece viagens de bicicleta para o Brasil, em países da América Latina, América Central e na Europa.

“Vejo Grão Mogol como um expoente no turismo de vilarejo e também do turismo de experiências gastronômicas, histórico, cultural e do turismo de aventura. O município tem todas as condições agregadas para deslanchar e se firmar como um novo destino nacional, em especial, quando se fala no tema cidades históricas”. Avalia Nilo Lanza.

Para ter certeza de que vale a pena conhecer determinado lugar, o melhor mesmo é ouvir a opinião de quem visitou o destino como turista, pois a maioria ainda aposta na recomendação de parentes e amigos para escolher o destino da sua próxima viagem. Em relação a Grão Mogol, o testemunho é dado pelo engenheiro Jorge Luís da Silva, morador de Brasília, que disse que valeu a pena ter percorrido os 850 quilômetros que separam a Capital nacional da pequena cidade no Norte de Minas.

 “Estive com minha esposa em Grão Mogol.  É um lugar lindo, parece uma cidade esquecida nas montanhas de Minas, que realmente nos surpreendeu, pelo seu povo acolhedor, a cultura, a gastronomia, as belezas naturais das cachoeiras e montanhas, além da vinícola que nos impressionou bastante, e espero em breve voltar a esta cidade tão acolhedora”, declara.

Na opinião de Jorge Luís, a cidade precisa de maior divulgação de suas belezas naturais e históricas, além de promover competições de ciclismo e turismo de aventura. Afirmou ainda que acredita que a iniciativa privada venha investir em pousadas e restaurantes, melhorando a infraestrutura para a recepção dos turistas e promoção de eventos.

Vista Parque

Enoturismo, uma atração na cidade 

Um dos empreendimentos que incrementaram o turismo em Grão Mogol foi a Vinícola Vale do Gongo, que oferece passeios agendados, com jantar harmonizado e, claro, degustação do bom vinho produzido na região. O proprietário da vinícola, Alexandre Damasceno Rocha, enaltece o potencial turístico do município.

“Poucas são as cidades, como Grão Mogol, que podem, ao mesmo tempo, oferecer história, arquitetura, cultura, gastronomia e belezas naturais exuberantes”, assinala o empresário. “Aqui, temos tudo isso, aliado ao estilo simples e acolhedor do povo do interior mineiro”, completa.

Damasceno destaca a importância da sua atividade. “O enoturismo é a atividade que mais se desenvolve no mundo. Os países e regiões que souberam investir no enoturismo desenvolveram uma virtuosa cadeia que alimenta um forte mercado em crescimento: hotelaria, gastronomia, passeios em contato com a natureza, dentre outras atividades”.  

“Proporcionamos aos visitantes uma sofisticada experiência enogastronômica e sensorial que articula e envolve tudo que há de melhor no terroir da Cordilheira do Espinhaço”, assegura.

Fotos: Prefeitura de Grão Mogol/Divulgação

Secretário de Cultura e Turismo de Minas Gerais Leônidas de Oliveira Foto Leo Bicalho SecultCom expectativa de 500 ações em 400 municípios, campanha Inverno em Minas promove Minas Gerais como destino neste período do ano e apresenta cinco opções de experiências (Foto Leo Bicalho/Secult)

Minas Gerais liderou o crescimento do turismo no Brasil em 2023, quando recebeu mais de 31 milhões de visitantes e, neste ano, segue em primeiro lugar na variação acumulada de abril de 2023 a abril de 2024. No período, o volume das atividades turísticas no estado chegou a 12,5%, 166% acima da média nacional (4,7%), segundo o relatório mais recente do Observatório do Turismo de Minas Gerais, realizado a partir dos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os números são resultado de um esforço coordenado pelas políticas públicas adotadas pelo Governo do Estado, que, nesta quinta-feira (27), lançou, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e patrocínio da Cemig, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura, a campanha Inverno em Minas. O objetivo é posicionar Minas Gerais como um dos principais destinos turísticos do país na estação mais fria do ano, tanto pela pluralidade de atrativos e paisagens, que podem agradar qualquer perfil de viajante, quanto pela estrutura e riquezas culturais. A expectativa é que cerca de 500 ações aconteçam em aproximadamente 400 municípios até 22 de setembro, encerramento oficial do inverno.

“Somos competitivos no mercado nacional e internacional neste período do ano. O Inverno em Minas significa mostrar para o Brasil e para o mundo a potência desse período no estado de Minas Gerais como um todo. De Monte Verde a Tiradentes, passando pela região da Mantiqueira e outras regiões, as cidades estão realmente preparadas para acolher quem quer vir a Minas Gerais. Abre-se um leque impressionante para que possamos continuar crescendo o dobro da média nacional”, afirma o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

A campanha turística Inverno em Minas coincide com os tradicionais festivais de inverno em diversas localidades, recheados de atividades culturais e educativas, como shows, exposições, oficinas, apresentações teatrais e sessões de cinema. O projeto também promove e valoriza a Cozinha Mineira, patrimônio cultural imaterial de Minas Gerais, com receitas típicas desta estação do ano, como pratos e caldos derivados de milho e mandioca, alimentos reconhecidos como Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais, quentão, feito com cachaça, quitandas, pão de queijo e os premiados vinhos, azeites e cafés do estado.

O queijo, claro, um dos símbolos da cultura mineira, está sempre presente à mesa. Vale ressaltar que o Queijo Minas Artesanal está mais perto de se tornar Patrimônio Mundial da Unesco. Na última semana, esse e outros tipos do produto foram apresentados em uma ação cultural do Governo de Minas na Embaixada do Brasil em Paris.

Roteiros

Com a chegada do inverno, as montanhas de Minas ganham um novo charme, atraindo viajantes do Brasil e do mundo em busca de experiências únicas e da hospitalidade tão presente na cultura local. Com suas particularidades, cada região do estado tem seus encantos e os turistas terão cinco Circuitos de Inverno neste período do ano.

O projeto conta com cinco roteiros que combinam belezas naturais, patrimônio histórico, tranquilidade, aventura e as delícias da Cozinha Mineira: Território dos Vinhos, que passa por Três Pontas, Caldas, Andradas e São Gonçalo do Sapucaí; Território Sul de Minas, em Extrema, Gonçalves e Monte Verde; Território Serra da Canastra/Mar de Minas, que explora São João Batista do Glória, São Roque de Minas e Vargem Bonita; Território Espinhaço/Diamantes, em Diamantina, São Gonçalo do Rio das Pedras, Milho Verde, Serro e Lapinha da Serra; e, por fim, o Território Estrada Real com Santuário do Caraça, Catas Altas, Santana do Montes e Tiradentes no percurso.

Quatro dias de imersão

Para divulgar a campanha Inverno em Minas e os Circuitos de Inverno, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, convidou 40 jornalistas e formadores de opinião de todas as regiões do Brasil para viverem a experiência nos cinco roteiros preparados para este período do ano. A viagem começa no dia 27 de junho, em Belo Horizonte, com um jantar de boas-vindas no Palácio da Liberdade, comandado pelo chef Leonardo Paixão, expoente da cozinha mineira contemporânea. A partir do dia seguinte, o grupo será dividido em cinco e seguirá para cada um dos roteiros. A imersão nos Circuitos de Inverno termina no dia 30 de junho.

Programação em julho e agosto

Ações do projeto “Ano da Cozinha Mineira – Clássica e Contemporânea” estão programadas para serem realizadas em meio à campanha Inverno em Minas. Em julho, mês em que se comemora o Dia da Gastronomia Mineira, o Prêmio Eduardo Frieiro reconhecerá profissionais e organizações de destaque da cadeia produtiva da culinária mineira. Na segunda quinzena de julho acontecerá um jantar em homenagem à Cozinha Mineira Clássica e Contemporânea.

Press trips em restaurantes de BH que promovem a cozinha mineira, cozinhas vivas em espaços públicos, rodada de negócios de produtores de vinhos com chefs da capital mineira, workshop de gastronomia, intervenções artísticas, feira de produtores artesanais de diversas regiões de Minas e Circuito Gastronômico da Pampulha também fazem parte da programação dos meses de julho e agosto.

Minas na WTM 2024 Secult DivulgaçãoGoverno de Minas inaugurou, nesta segunda-feira (15), seu estande na WTM Latin America, a maior feira de turismo da América Latina (Fotos Leo Bicalho/Secult)

No primeiro dia da World Travel Market (WTM) Latin America, a maior feira de turismo da América Latina, que acontece em São Paulo até quarta-feira (17), o Governo de Minas realiza uma programação diversa em seu estande, com destaque para a apresentação do músico Marcus Viana, às 19h. A iniciativa é promovida por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) com patrocínio da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge). Uma das primeiras ações do dia foi a abertura da mostra “São José – O Artesão”, a partir das 13h. A exposição reúne cerca de 30 itens feitos por 30 artistas de diversas cidades de Minas Gerais e tem co-curadoria da presidente do Servas, Christiana Renault. A mostra também ficou em cartaz no Palácio da Liberdade, na segunda quinzena de março, durante a programação do Minas Santa 2024.

 “Eu quis trazer um pouco desse caráter dessa austeridade carinhosa, que me parece muito típica de Minas Gerais. A figura de São José, sóbria, presente, sólida e constante, e que se apagou para que a mãe e o menino aparecessem, é de certa forma a nossa cara. Minas Gerais é essa presença certa, sólida, discreta e singela, sempre presente nos momentos-chave da vida de nosso país. A alma de Minas está presente nesse José pai, simples, entalhado na madeira e que extrai dela a alma de Minas”, destaca Christiana. O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, ressalta que Minas Gerais é o estado que apresenta o maior crescimento turístico do país, o dobro da média nacional em 2023. “A base desse crescimento é nossa cultura: nossa hospitalidade, nossos festivais, nossas festas tradicionais como o Congado, aqui tem o artesanato do Jequitinhonha. Todo esse conjunto cria uma ideia de casa, de pertencimento, de bem-receber, que nós, de Minas Gerais, temos. Quando transportamos para o outro lado, a economia da criatividade, do turismo, nós vemos números muito robustos, por exemplo, em 2023 cerca de R$ 30 bilhões foram injetados na economia e no Carnaval mais de R$ 4 bilhões e ficamos ainda entre os três Estados com mais turistas estrangeiros”, salienta.

O estande impressiona pelo tamanho e pela criatividade na concepção – uma releitura do fogão à lenha estilizado, como centro de mineiridade, e uma cor avermelhada, puxada para tons terrosos. “Você viu os estandes todos aqui e se tiver um estande que tenha 105 metros, o de Minas tem de ter 110, porque somos grandes de coração, de alma e de diversidade. A ideia da cor do estande vem das paisagens de Minas. “Como arquiteto, João Uchôa, de Ouro Preto, deu um tom maravilhoso ao estande. A cor terra avermelha é de nossas montanhas, de nossos minerais, é o que representamos aqui e o que também está expresso no fogão. A nossa paisagem é um acolhimento muito grande e que está também em nossa bandeira”, define.

Para Paulo Guilherme, gerente de Comunicação da Codemge, é um prazer a Codemge participar desse evento, apresentar toda Minas Gerais através de nossas riquezas, nossa história, cultura e tantas belezas naturais e, claro, nossa gastronomia, que clássica e contemporânea. “2024 é o ano da cozinha mineira. Promover turismo também é promover atração de investimentos, negócios, geração de empregos e, consequentemente, isso movimenta a economia, o Estado cresce, a economia local, a cadeia produtiva. A Codemge é superparceria da Secult e vê no turismo uma oportunidade de fazer cultura e gerar desenvolvimento”, enfatiza.

Literatura

O estande foi aberto com uma mesa de produtos trazidos do Mercado Central. Em seguida, em um bate papo informal, o jornalista e apresentador Zeca Camargo e o também jornalista e gestor cultural Afonso Borges anunciaram o calendário dos festivais literários de Araxá, Paracatu e Itabira, realizados pela Associação Cultural Sempre um Papo, que leva o nome do projeto criado por ele há 38 anos. Os festivais acontecem de 23 a 27 de junho em Araxá, de 30 de agosto a 1 de setembro em Paracatu e de 30 de outubro a 1 de novembro em Itabira. Segundo Borges, os festivais conseguem atrair para as cidades, através das personalidades literária que a gente traz, mas também através do composto, que tem gastronomia, prêmio de redação, personalidades da cidade, a questão da sustentabilidade, ou seja, é um grupo de atividades ao redor da literatura a favor do turismo. “O tempo inteiro percebe-se a transversalidade entre cultura e turismo, porque não tem que valorizar um desvalorizando outro, tem que se fazer esse fazer essa coisa integrada, porque tudo que vem da cultura trabalha o turismo, na forma de levar pessoas, de ocupar os espaços econômicos. E tudo do turismo cabe em cultura”, pondera o produtor cultural.

Nos últimos anos, os festivais de literatura de Araxá, Paracatu e Itabira já reuniram mais de 75 mil entusiastas dos livros, que assistiram cerca de 600 atrações em todas as cidades e receberam 443 renomados escritores e escritoras, produzindo mais 350 transmissões ao vivo e quase um milhão de visualizações. “Incrível estar do lado desse cara (Afonso Borges) que eu conheço há mais de 30 anos. Nossa literatura é impressionante, prestigiosa e prestigiada. Ele fez esse projeto todo com um pé em Minas Gerais”, enfatiza Zeca Camargo. “A literatura é uma porta de entrada para os visitantes, a cultura e o turismo”, resume Camargo.

Cozinha Viva

Para encantar os presentes, em seguida a chef Valdelícia Coimbra preparou um arroz mineiro com galinha caipira, requeijão de raspa, maria gondó e tempura de quiabo. “Esses são os ingredientes usados pelos africanos, índios, escravos: a banana, o quiabo, a erva panc maria gondó. Também temos a base principal da cozinha afro, que é a mandioca, a batata-doce, a banana, o quiabo e a manga. Eles consumiam muita carne de porco e frango. Tudo isso é de fácil acesso, tem no quintal de qualquer casa que você encontra”, explica Valdelícia. O que norteou o cardápio da feira é a representatividade da comida afro, que ela define como “comida de conforto, afetiva, que serve para reunir a família, trazendo todo mundo à beira do fogão de lenha, como era interior, para contar causos enquanto se prepara a comida. O projeto Cozinha Viva – Cozinha Raiz homenageia a culinária caseira, com pratos preparados usando ingredientes frescos e locais, muitas vezes cultivados no próprio quintal. Às 17h, ela retornou para servir um filé mignon suíno na manteiga com alecrim e alho, purê de banana da terra com leite de coco e gengibre.

Ao longo dos três dias de WTM, a cozinha mineira será apresentada por um time 100% feminino. Serão três chefs mineiras cozinhando delícias típicas do Estado, levando toda a mineiridade para São Paulo. A iniciativa busca destacar e reconhecer a influência e o impacto das mulheres que sempre estiveram na vanguarda da culinária mineira. Quem passar pelo estande da Secult também poderá degustar produtos tipicamente mineiros como café, queijos, pães de queijo, azeite, doces e muito mais.

Rotas turísticas

Neste primeiro dia de WTM, o Governo do Estado, por meio da Secult, e o Sebrae Minas também apresentam a Rota Cicloturística Bahia-Minas, que ganhará reforço para impulsionar o cicloturismo nos vales do Jequitinhonha e Mucuri, regiões impactadas com o fim das operações da extinta ferrovia que ligava Minas ao Sul da Bahia. O percurso tem atraído novos visitantes e gerado oportunidades de negócios para pequenos empreendedores e comunidades localizadas ao longo do percurso. Com mais de 350 km, a Rota Cicloturística Bahia-Minas passa por seis municípios mineiros: Araçuaí, Novo Cruzeiro, Ladainha, Poté, Teófilo Otoni e Carlos Chagas.

O estande promoveu degustação de cachaças artesanais da Rota Bahia-Minas. “O desenvolvimento do cicloturismo representa um novo começo para muitas comunidades afetadas pela desativação da antiga ferrovia. As belezas naturais, a história e a cultura atraem a atenção dos visitantes, e evidenciam o potencial turístico da região. Mais que simples um percurso, a Rota Bahia-Minas tem se tornado um símbolo de esperança, conectando pessoas, impulsionando a geração de emprego e renda, e oferecendo um novo propósito às comunidades e vilarejos da região", afirma o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva.

Outra novidade apresentada é o reconhecimento mundial do Geoparque Uberaba pela Unesco, sendo o sexto do país e o primeiro da região Sudeste a receber essa chancela internacional. Em torno do Geoparque Uberaba haverá a Rota Turística Caminhos do Geoparque de Uberaba, que contribuirá para fortalecer o potencial turístico da cidade do Triângulo Mineiro. Essa será estruturada, mapeada e qualificada com novos produtos e experiências por meio do programa Check in Minas, do Sebrae Minas. O Governo do Estado, em parceria com o Sebrae Minas, também prevê ações para o desenvolvimento turístico da região e promoção do destino.

Valdelicia WTM 2024 estande MinasA chef mineira Valdelícia Coimbra preparou um arroz mineiro com galinha caipira, requeijão de raspa, maria gondó e tempurá de quiabo

O nome ‘Terra de Gigantes” é uma alusão às três principais identidades históricas e culturais uberabenses, relacionadas ao patrimônio geológico – por abrigar fósseis de dinossauros -, ao potencial agropecuário – Uberaba é reconhecida como capital mundial da raça Zebu -, e por ser a cidade onde viveu o médium Chico Xavier. Com todo esse potencial turístico, o Sebrae Minas, por meio do programa Check in Minas, e a Secult vão estruturar, mapear e qualificar novos produtos e experiências da Rota Turística Caminhos do Geoparque de Uberaba.

Nos três dias de evento, o objetivo é promover o Destino Minas, atrair investimentos e gerar novas oportunidades de negócios e empregos. No “Ano da Cozinha Mineira – Clássica e Contemporânea”, sabores e fazeres dos mineiros serão apresentados como atração turística, além do lançamento de rotas e novas iniciativas. A participação na Feira WTM 2024 integra o programa Mais Turistas, fortalecendo a atividade no eEstado, e tem como parceiro o Centro Universitário UniBH e o Sebrae Minas. Oito receptivos vão oferecer aos visitantes produtos e serviços de destinos como as cidades históricas, o Geoparque Uberaba, os roteiros turísticos Rota das Artes, Rota Cafés do Sul de Minas e Café do Cerrado Mineiro, e as regiões da Serra da Canastra, Serra da Mantiqueira, Campo das Vertentes e Cordilheira do Espinhaço

Sobre a WTM Latin America

A 11ª edição da WTM Latin America, importante encontro que acontece em São Paulo, no Expo Center Norte, de segunda (15) a quarta-feira (17), reunirá mais de 27 mil profissionais, agentes e expositores de países como Argentina, Chile, Equador, Bolívia, Venezuela, Colômbia, México, Peru, Paraguai, Uruguai, Itália, Espanha, França, Alemanha, Portugal, Estados Unidos, Canadá, China, Holanda, México, Ruanda, Tanzânia, África do Sul, Austrália e Azerbaijão, num total de mais de 40 destinos. Entre as novidades a serem apresentadas pela WTM Latin America nesta edição está a Rota da Diversidade, iniciativa que tem o objetivo de incentivar inovações significativas, reconhecer e destacar projetos inovadores que abordem, de maneira única e criativa, as temáticas de Afroturismo, Turismo LGBTQIA+ e Turismo 60+.

Biblioteca Pública de Minas Gerais recebe homenagem pelos 70 anos na ALMG Foto Leo Bicalho

Uma alegria tomou conta de todos os convidados presentes no plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais no dia 20 de junho. Foi realizada, no local, homenagem especial pelos 70 anos da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais. O evento contou com a presença de deputados e demais autoridades, bem como de servidores públicos, leitores proeminentes, escritores, artistas, admiradores e outros participantes.

Entre os participantes que compuseram a mesa na solenidade no plenário estavam a secretária adjunta de Estado de Cultura e Turismo, Josiane de Souza, e a coordenadora do Núcleo da Biblioteca Pública Eliani Gladyr. No pronunciamento aos presentes, Eliani lembrou da história da instituição e de sua importância para a cultura de Minas Gerais: “Ao comemorarmos hoje o seu septuagésimo aniversário, reafirmamos o círculo virtuoso a que a Biblioteca está destinada, que é proporcionar leitura, literatura, cultura e informação a todo e qualquer cidadão”.

Além da realização do evento, a Biblioteca recebeu como homenagem uma placa da ALMG pela celebração do aniversário de 70 anos e pelos serviços prestados. Foram homenageados também com entrega de medalhas Taquinho de Minas, com a incrível marca de 244 empréstimos anuais no setor Braille; Lucas Fernando de Souza, com 188 títulos retirados no setor de empréstimo; Laura Mendonça Maia Lopes, pelos 133 empréstimos do setor infanto-juvenil; e Maria Eduarda Santiago, aluna da Escola Estadual Maria Amélia, no bairro Pirajá, onde o Carro-Biblioteca, um dos mais importantes programas de extensão da Biblioteca, costuma visitar para levar o que há de melhor da literatura nacional e estrangeira.

Após o encerramento regimental da homenagem à Biblioteca Pública no plenário da ALMG, o evento contou com a apresentação do projeto Palavra Viva, com Robson Vieira, acompanhado pelo Coro Novo, o qual é dirigido pelo maestro Daniel Rezende. O grupo apresentou canções da Música Popular Brasileira (MPB).

Foto: Leo Bicalho

 

GRAO DE CAFE Credito Acervo Secult MG Xara

 

Minas Gerais é um dos estados do país com maior volume de exportações no Brasil e, para diversificar as atividades com foco na cozinha mineira, nasce o ExportaMinas. O programa da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) foi lançado internacionalmente no último sábado (13), durante a Specialty Coffee Expo, uma das maiores feiras de cafés especiais do mundo, pelo diretor de Administração e Finanças da Codemge, Lincoln Farias.

O Governo do Estado, por meio da Codemge, em parceria com o Centro Universitário UniBH, o Sebrae e a Expocacer – Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado, terá, pela primeira vez, estande próprio no evento, que aconteceu em Chicago, nos Estados Unidos, de sexta-feira (12) a domingo (14).

“A Codemge, junto com o Governo do Estado, está levando Minas para o mundo. Com o programa ExportaMinas, visamos aumentar e diversificar a exportação dos nossos produtos com foco na gastronomia mineira. Mais visibilidade para a nossa cultura, mais oportunidades e mais crescimento, que consequentemente reforçam a economia do nosso Estado”, afirma Thiago Toscano, presidente da Codemge.

Segundo o governador Romeu Zema, o ExportaMinas é o primeiro passo para colocar os produtos típicos do estado no mercado internacional: “Os produtos da agricultura familiar, de forma especial os cafés especiais, as cachaças, os vinhos, os doces e os queijos, bem como o artesanato, possuem produção de qualidade e procedência”.

O objetivo do ExportaMinas é aumentar a exportação de produtos da mineiridade, tendo como inspiração a França e seu modelo de exportação da gastronomia e da moda no conceito “soft power”. Em um primeiro momento, o programa pretende estruturar serviços de assessoria técnica aos produtores locais e instalar “casas da gastronomia mineira” nos principais mercados mundiais, como Estados Unidos, Europa e Oriente Médio. A meta em cinco anos é habilitar para exportação os principais produtos da gastronomia mineira com utilização do “Selo Verde”.

O “Selo Verde” é uma plataforma pública de dados ambientais criada em conjunto pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com o apoio da organização não-governamental Al-Invest Verde, financiada pela União Europeia (UE). Recentemente, a plataforma foi apresentada a uma delegação da União Europeia, inclusive com os resultados da aplicação da ferramenta nas cadeias produtivas do café, soja e florestas plantadas.

No programa ExportaMinas, quatro passos serão importantes para viabilizar a exportação de produtos típicos mineiros. Primeiro será preciso identificar os produtores com afinidade com o projeto, depois serão construídas parcerias para tratar os entraves já identificados. O terceiro passo será a elaboração do projeto-piloto “franquias em Minas” no mundo e, por último, a replicação do projeto para outros produtores mineiros e setores da economia.

Foto: Acervo Secult

Patrícia Moreira Subturismo Secult

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais informa que Patrícia Moreira assume a Subsecretaria de Estado de Turismo a partir desta terça-feira (25/06). Desde novembro do ano passado, ela era superintendente de marketing turístico da Secult-MG. Graduada em administração de empresas com habilitação em comércio exterior pelo Centro Universitário UNA, Patrícia possui MBA em gestão de eventos e cerimonial pela mesma instituição e mestrado em Administração - Promoção turística internacional pela Universidade Fumec.

Com experiência em organização de eventos no Brasil e no exterior desde 1990 e atuação no mercado de turismo há 30 anos, nas áreas de comunicação corporativa, marketing, missões empresariais internacionais, promoção turística nacional e internacional, gestão de projetos e relações públicas, Patrícia Moreira também foi consultora de eventos, missões e cerimonial da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Federação das Indústrias do Estado Minas Gerais (Fiemg), além de professora do MBA em Negociação Internacional, Marketing, Gerenciamento de Projetos e Marketing Cultural do Centro Universitário UNA.

Com a chegada de Patrícia Moreira, Sérgio de Paula, após contribuir para a promoção e o crescimento do turismo em Minas, deixou o cargo que ocupava desde outubro de 2022 e agora irá se dedicar a projetos pessoais.

Lançamento rota turística café em ChicagoMinas Gerais tem, pela primeira vez, estande próprio na importante feira, a maior das Américas no segmento cafeeiro, que acontece desta sexta (12) a domingo (14) (Foto Isabella Ricci/Divulgação)

O Governo de Minas, por meio da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), fez o lançamento internacional das rotas turísticas Cafés do Sul de Minas e Café do Cerrado Mineiro durante a Specialty Coffe Expo, que começa nesta sexta-feira (12) e segue até domingo (14) em Chicago, nos Estados Unidos. A iniciativa, que integra o programa Minas para o Mundo: Mundo para Minas, é promovida com o apoio do Centro Universitário UniBH, do Sebrae Minas e da Expocacer – Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado. A Specialty Coffe Expo é reconhecida como uma das mais importantes feiras de cafés especiais do mundo e a maior das Américas. Paralelamente ao evento, o Governo de Minas irá promover press trips para jornalistas e influenciadores locais e de outros estados conhecerem as duas rotas. Nas fazendas, eles poderão conferir o processo de produção e torrefação do café, com degustação de cafés especiais combinados com quitandas e quitutes mineiros.

“Hoje, lançamos internacionalmente as duas rotas com o objetivo de mostrar os nossos produtos originários da terra também a nossa cultura, atraindo também mais turistas e apoiando a geração de emprego e renda no estado, nesta que é uma iniciativa nova, com o Governo de Minas mostrando o turismo em uma feira especializada em cafés”, ressalta o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira. Segundo Lincoln Farias, diretor de Relações Institucionais e Finanças da Codemge, reforça “é uma honra estar nesta feira trazendo um dos produtos mais importantes que temos em Minas Gerais, o café. Isso não só fomenta este produto maravilhoso e a gastronomia mineira, como também o turismo no estado”.

As rotas turísticas Cafés do Sul de Minas e Café do Cerrado Mineiro, cujo lançamento nacional ocorreu durante a 36ª Festuris, em Gramado (RS), em novembro do ano passado, em ação do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, em parceria com o Sebrae Minas e as Instâncias de Governança Regionais (IGRs), oferecem uma experiência completa, em que o visitante pode conhecer desde o cultivo e o preparo até a degustação do produto, cujo sabor leva em conta as características locais. O Brasil é, hoje, o líder mundial na exportação de café e isso é impulsionado pela produção de Minas Gerais que é a maior do país. O estado, assim, possibilita inúmeras possibilidades de vivências relacionadas ao café que, além de atraírem os turistas, geram emprego e renda para as comunidades.

Para Marcelo Souza, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, é fundamental divulgar a cultura do estado e a qualidade do café mineiro. “O Sebrae Minas trabalha junto com a Secult para divulgar as rotas Cafés do Sul de Minas e Café do Cerrado Mineiro. Esse trabalho, em conjunto com a Codemge e também com a Expocacer de Patrocínio, faz com que a gente leve a potencialidade de Minas Gerais, seus produtos e seu turismo, para o mundo”.

Rotas turísticas

A Rota Cafés do Sul de Minas contempla seis municípios da maior região produtora de café do mundo: Três Pontas, Cambuquira, São Lourenço, Baependi, Caxambu e Cruzília. O roteiro reúne seis experiências turísticas relacionadas ao café: Paiol Café Boutique (Três Pontas), Fazenda Santa Quitéria (Cambuquira), Fazenda Catiguá (Cambuquira), Parque das Águas (Caxambu), Café Seival (Baependi) e Laticínios Paiolzinho (Cruzília). O turista deve contratar cada experiência diretamente com o atrativo turístico ou em alguma agência de receptivo local.

A Rota Turística do Café do Cerrado Mineiro está estruturada no município de Patrocínio, considerado o maior produtor de café do Brasil. A experiência inclui roteiro de fazendas para conhecer as plantações e os processos de cultivo de grãos, além de experimentar a cozinha local e o tradicional café Cerrado Mineiro. A rota conta com o apoio da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, da Associação Comercial e Industrial de Patrocínio (Acip), da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Patrocínio e da Secretaria de Cultura e Turismo do município.

Localizado na Serra da Mantiqueira, a 1.150 metros de altitude, o Café Seival é um dos integrantes da Rota Cafés do Sul de Minas. O proprietário Dimas Borges conta que a colheita começa em maio e vai até outubro. “Estamos muito satisfeitos em participar da rota. Há seis anos, começamos a fazer um trabalho com os hoteleiros de Caxambu e São Lourenço para receber grupos de turistas”, conta. A propriedade, localizada no município de Baependi, produz a variedade Catuaí Vermelho, um café caracterizado por resultar em uma bebida suave e delicada, de sabor acentuado.

Na visita guiada, ele faz um tour pela propriedade, mostrando o processo de produção, o café in natura, cru e torrado, servindo ao final a bebida para degustação com os quitutes mineiros. “Com a criação da rota em 2023, passamos a ser mais procurados pela mídia e pelos turistas”, comemora. Franco é um dos 20 produtores da Associação Mantiqueira de Minas. Em 2020, o café do Sul de Minas ganhou a Denominação de Origem (DO) Mantiqueira de Minas, evoluindo para o status de indicação geográfica, concedido pelo Instituto Nacional de Produtividade Industrial (INPI). Hoje, a região compreende cerca de 15 municípios.

Já a região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba foi a primeira a ganhar o selo de Denominação de Origem (DO) no país, homologado junto ao INPI em 2013. Segundo Juliano Tarabal, diretor-executivo da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, que completou 31 anos em 2024, a rota é uma estratégia de promoção e está conectada à marca Cerrado Mineiro. “A rota vem para conectar o café com o consumidor, promover experiências e gerar o desenvolvimento da região, criando nova fonte de negócios que é o turismo”, ele destaca.

O projeto que estruturou Patrocínio para que o visitante pudesse ter experiência em conhecer a produção de café no bioma Cerrado teve participação do Sebrae Minas. São quatro fazendas com perfis diferentes, pequeno, médio e grande portes, e estão localizadas em um raio de 100 km da área urbana de Patrocínio: Nunes Coffee, Agro Beloni, Montanari e Alado Coffee.

Todos os passeios ocorrem sob demanda, para grupos de seis a oito pessoas, e podem ser contratados no Porto Feliz Café (portofelizcafe.com.br). O visitante contrata o pacote por fazenda. Cada passeio dura cerca de três horas e o tour guiado leva para conhecer o processo de produção, as práticas de sustentabilidade e a história da fazenda, finalizando com uma degustação dos cafés especiais com um conjunto de quitandas locais. Fazem ainda parte da rota os restaurantes Recanto da Serra, Jamaica e Traira 's Filé, além, claro, da Cafeteria Dulcerrado.

Minas em Chicago

O presidente da Codemge, Thiago Toscano, diz que a participação da companhia na feira de Chicago reforça o compromisso da empresa de projetar Minas Gerais, por meio da gastronomia, no cenário mundial. “Estar presente na feira é dar visibilidade para a cozinha mineira, patrimônio imaterial, e reforçar o Estado como importante player no turismo brasileiro. Além de colocar Minas Gerais como destino de projeção nacional e internacional, o evento incentiva a economia mineira, por meio do reconhecimento do estado como grande atrativo culinário”, ressalta Toscano.

Na Specialty Coffee Expo, em Chicago, uma comitiva formada por 50 produtores, executivos e diretores da Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado – Expocacer deve participar do evento, oferecendo o que há de melhor em cafés especiais produzidos no Cerrado Mineiro. Em 2023, a região do Cerrado Mineiro, que reúne 55 municípios e 4.500 produtores em cerca de 250 mil hectares, produziu seis milhões de sacas de café.

Na feira de Chicago, a Expocacer lança suas operações nos Estados Unidos por meio do hub logístico no estado de Delaware. “O hub vai abrir novas portas de mercado em todos os Estados Unidos, por ter uma localização estratégica no território norte-americano. Poderemos oferecer café no spot, com entrega imediata, em quaisquer quantidades. Isso será possível pelo fato de sempre se ter café disponível em armazéns no território americano em nome da nova Expocacer USA”, afirma Simão Pedro de Lima, diretor superintendente da Expocacer.

O primeiro contêiner já foi enviado pela Expocacer em janeiro. Atualmente, o mercado norte-americano é o maior comprador de café brasileiro e a expectativa é que haja um aumento de vendas no primeiro ano de 10% a 15%. Em 2023, a cooperativa comercializou mais de 1,3 milhão de sacas de 60 kg, um recorde histórico, sendo 40% do volume para o mercado externo, em mais de 30 países.

“A missão da Expocacer é levar o nome de seus cooperados diretamente a quem consome o café, pois entendemos que o consumidor merece conhecer o cafeicultor que produz o café que ele tanto aprecia. Ter uma unidade da cooperativa nos Estados Unidos é o coroamento do trabalho de produzir cafés com qualidade e sustentabilidade, gerando impacto positivo no mercado consumidor”, comenta Fernando Nogues Beloni, presidente do Conselho de Administração da Expocacer.

Atenção, suplentes dos editais 3, 5, 8 e 11 da Lei Paulo Gustavo!

A convocação foi prorrogada e vocês devem enviar os documentos regularizados para habilitação até a próxima sexta-feira (28/06). Todos os suplentes que estão nas listas do resultado final dos editais 3, 5, 8 e 11 estão convocados a enviar documentação.

Os documentos necessários para esta fase estão descritos no item Habilitação dos editais e devem ser peticionados via sei!MG, conforme orientações que constam no site secult.mg.gov.br. Caso seja verificada irregularidade na documentação, os proponentes serão comunicados para enviarem a documentação corrigida, e isso deve ser feito em até 3 (três) dias corridos após a notificação recebida, conforme previsto em edital.

Quanto aos demais editais, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais divulgará em breve as próximas chamadas.

Minas na WTM 2023 foto Dirceu Aurélio Imprensa MG

WTM Latin America começa na próxima segunda-feira (15), em São Paulo, reúne mais de 27 mil profissionais de 40 países

                 

O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG) participa, a partir de segunda-feira (15) com estande próprio e patrocínio da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), da World Travel Market (WTM) Latin America, a maior feira de turismo da América Latina, que acontece em São Paulo até quarta-feira (17), no Expo Center Norte. Em três dias de evento, o objetivo é promover o Destino Minas, atrair investimentos e gerar novas oportunidades de negócios e empregos. No “Ano da Cozinha Mineira – Clássica e Contemporânea”, sabores e fazeres dos mineiros serão apresentados como atração turística, além do lançamento de rotas e novas iniciativas. 

    

A participação na Feira WTM 2024 integra o programa Mais Turistas, fortalecendo a atividade no estado, e tem como parceiro o Centro Universitário UniBH. Devido à importância do evento no mercado de turismo, o Governo do Estado e o Sebrae Minas terão um estande na WTM. Oito receptivos vão oferecer aos visitantes produtos e serviços de destinos como as cidades históricas, o Geoparque Uberaba, os roteiros turísticos Rota das Artes, Rota Cafés do Sul de Minas e Café do Cerrado Mineiro, e as regiões da Serra da Canastra, Serra da Mantiqueira, Campo das Vertentes e Cordilheira do Espinhaço. 

 

Destaque também para o lançamento nacional do ExportaMinas, programa da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) cujo objetivo é diversificar as exportações dos produtos mineiros com foco na cozinha, e da plataforma “Invest Minas Tur”, que irá conectar investidores a potenciais parceiros. 

 

Além de diversas ações para apresentar a culinária mineira, com um time de chefs de cozinha 100% feminino, a programação conta também com a mostra “São José – O artesão”, que esteve em cartaz no Palácio da Liberdade, durante a programação do Minas Santa 2024. O estande da Secult também marcará o encontro do jornalista e apresentador Zeca Camargo com o também jornalista e gestor cultural Afonso Borges, que irá anunciar o calendário dos festivais literários de Araxá, Paracatu e Itabira, organizados por Borges.  

 

Novas rotas turísticas prioritárias de Minas Gerais serão apresentadas durante o evento, em uma parceria do Governo do Estado, por meio da Secult, com o Sebrae Minas e o Sebrae Nacional: o Geoparque Uberaba, reconhecido recentemente como geoparque mundial pela Unesco, a Rota do Café do Cerrado Mineiro, em Patrocínio, no Alto Paranaíba, e a Rota Bahia-Minas, que ganhará reforço para impulsionar o cicloturismo nos vales do Jequitinhonha e Mucuri, regiões impactadas com o fim das operações da extinta ferrovia que ligava Minas ao Sul da Bahia. 

 

Também estão previstas rodadas de negócios direcionadas para grandes players do trade turístico internacional, além de reuniões com criadores de conteúdos digitais e reuniões com representantes da Secult. 

 

Cozinha Mineira

 

Ao longo dos três dias de WTM, a cozinha mineira será apresentada por um time 100% feminino. Serão três chefs mineiras cozinhando delícias típicas do estado, levando toda a mineiridade para São Paulo. A ação busca destacar e reconhecer a influência e o impacto das mulheres que sempre estiveram na vanguarda da culinária mineira. Na abertura da feira, na segunda-feira (15), será realizada a “Cozinha de Quintal”, com a chef Valdelícia Coimbra, uma homenagem à culinária caseira, com pratos preparados com ingredientes frescos e locais, muitas vezes cultivados no próprio quintal.

 

No segundo dia, será a vez da "Cozinha de Favela", com as chefs Maria da Consolação e Marlene Raimunda, do projeto Circuito Gastronômico de Favelas, acompanhadas da chef Primacota, de Araxá. Nesta ação, são destacadas a criatividade e a resiliência das comunidades de favelas, que conseguem criar pratos deliciosos e nutritivos mesmo com recursos limitados. Também na terça, o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, comandará o Cozinha Viva, com o prato Risotto Uai com Costelinha ao Molho de Goiabada Defumada.  

 

No terceiro e último dia de evento, na quarta-feira (17), será a vez da “Quitandas de Minas”, com as chefs Vânia de Paracatu e Tuquinha de Belo Vale. Essa ação ressalta o papel fundamental das mulheres na culinária mineira, que sempre se mostrou criativa, inclusiva, diversificada e democrática. Elas são conhecidas por suas deliciosas iguarias, perfeitas companhias para os premiadíssimos cafés mineiro. Quem passar pelo estande da Secult também poderá degustar produtos tipicamente mineiros como café, queijos, pães de queijo, azeite, doces e muito mais.

 

Mostra São José

 

Uma outra atração da feira será a mostra “São José – O artesão”. A exposição é um encontro de artesãos de diversos municípios mineiros, selecionados por meio de um chamamento público aos interessados em participar da homenagem à São José. Mais de 100 artesãos de diversos municípios do estado manifestaram interesse e a mostra ficou aberta ao público no Palácio da Liberdade, na segunda quinzena de março, como parte das atividades do programa turístico Minas Santa 2024. Na WTM, serão expostos cerca de 70 itens feitos por 54 artistas de 32 cidades mineiras. 

 

Vinicius Rosa Rios, natural de Tiradentes, região central do estado, terá sua obra apresentada em São Paulo. A escultura dele, uma representação de São José, foi feita utilizando latão velho, madeira e alguns detalhes com papel-machê. O avô de Vinicius, José Balbino Rosa, conhecido como Nanoia, era um marceneiro renomado na região e uma grande inspiração para o artista. “Sou marceneiro, escultor, pintor e levo com muito orgulho a herança do meu avô. Para mim, é uma emoção poder homenagear meu avô e levo com muito orgulho essa tradição da arte na madeira, da tinta”, conta Vinicius.

 

Sobre a WTM

 

A 11ª edição da WTM Latin America, importante encontro que acontece em São Paulo, no Expo Center Norte, de segunda (15) a quarta-feira (17), reunirá mais de 27 mil profissionais, agentes e expositores de países como Argentina, Chile, Equador, Bolívia, Venezuela, Colômbia, México, Peru, Paraguai, Uruguai, Itália, Espanha, França, Alemanha, Portugal, Estados Unidos, Canadá, China, Holanda, México, Ruanda, Tanzânia, África do Sul, Austrália e Azerbaijão, num total de mais de 40 destinos.  

 

Entre as novidades a serem apresentadas pela WTM Latin America nesta edição está a Rota da Diversidade, iniciativa que tem o objetivo de incentivar inovações significativas, reconhecer e destacar projetos inovadores que abordem, de maneira única e criativa, as temáticas de Afroturismo, Turismo LGBTQIA+ e Turismo 60+.

Foto: Dirceu Aurélio | Imprensa MG

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O Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, reconhecido como uma das obras-primas do barroco e Patrimônio Cultural da Humanidade, será cenário da pré-estreia da ópera “Devoção”, no dia 13 de julho, às 17h30, em Congonhas. Encomendada pela Fundação Clóvis Salgado, a produção, que abre a temporada de óperas da casa, terá dois atos e estreará no dia 19, com récitas também nos dias 20, 22 e 23 de julho, às 20h, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes.

A música é composta por João Guilherme Ripper, o libreto é assinado por André Cardoso, a direção musical é de Ligia Amadio e a concepção e direção cênicas ficam a cargo de Ronaldo Zero. Participam da montagem a Orquestra Sinfônica e o Coral Lírico de Minas Gerais, a Cia de Dança Palácio das Artes e o Coral Cidade dos Profetas

Ao todo, mais de 500 pessoas estão envolvidas nesse espetáculo, cujo argumento foi proposto pelo secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, e pelo presidente da Fundação Clóvis Salgado, Sérgio Rodrigo Reis. O processo de concepção e pesquisa para o libreto envolveu membros da Academia Congonhense de Letras e Artes, bem como o trabalho do escritor Domingos Teodoro Costa, autor de “Congonhas: Da Fé de Feliciano à Genialidade de Aleijadinho”.

“Devoção” revisita a trajetória do imigrante português Feliciano Mendes para abordar temas importantes como a fé, a devoção, a promessa e o milagre que se encontram na base da formação do povo mineiro e brasileiro. 

O presidente da Fundação Clóvis Salgado (FCS), Sérgio Rodrigo Reis, ressalta que a partir dessa história, “Devoção” homenageia esse período da história de Minas Gerais. “A ópera foi inspirada na fé e na devoção, na promessa e no milagre que povoaram o imaginário das pessoas que chegaram em Minas Gerais naqueles tempos, descobriram muito ouro. São portugueses, que, vindo do norte de Portugal, trouxeram, além do sonho desse oásis de se tornarem ricos na busca do ouro, trouxeram também sua fé e a devoção. E aqui ficaram, aqui formaram família, aqui formaram nosso povo, aqui formaram essas devoções”, comenta Reis.

A ideia de promover a pré-estreia em Congonhas, acrescenta, o presidente da FCS, se dá justamente por ali ter se tornado o epicentro da devoção ao Bom Jesus de Matosinhos. “Congonhas é onde essa manifestação encontrou seu apogeu, quando um português, Feliciano Mendes, sai do norte de Portugal e antes de embarcar vai ao santuário da cidade de Matosinhos, dedicado ao bom Jesus, e pede a proteção. E ele vem com essa fé em busca do desconhecido. Quando chega aqui em terras mineiras, onde hoje é a cidade de Congonhas, descobre ouro, fica muito rico, mas também adquire uma enfermidade, uma espécie de tuberculose e também fica muito doente. E sem esperança de cura na medicina tradicional, ele faz um voto, uma promessa ao santo de devoção, ao bom Jesus da cidade de Matosinhos, que se ele se curasse, ele ia dedicar o resto da vida a formar essa devoção aqui também em terras mineiras”, detalha.

A diretora geral do espetáculo, Cláudia Malta, observa que essa narrativa evidencia aspectos essenciais, relacionados à própria mineiridade. “Nesse trabalho, nos deparamos com elementos que estão na formação do povo mineiro, o que se relaciona também à própria cultura do povo brasileiro, a partir do sincretismo, dessa síntese cultural tão presente em Minas Gerais. A cultura do nosso estado representa a síntese do Brasil, e tudo isso está presente na ópera como uma grande homenagem ao povo de Minas Gerais e às origens do nosso país”, ressalta a diretora geral Cláudia Malta.

Durante o processo de construção da ópera, que está em produção há cerca de um ano, foram feitas visitas a Congonhas, onde o Jubileu do Senhor Bom Jesus de Matosinhos acontece há mais de 240 anos e é uma das principais devoções dentre as 30 dedicadas ao Bom Jesus de Matosinhos, em Minas Gerais.

“Fomos conhecer o Jubileu e, naquele momento, nós tínhamos uma primeira ideia que acabou se transformando. Nós vimos a oportunidade de trazer esse personagem, o Feliciano Mendes para o trabalho. Lá, eu pude conhecer a história dele mais a fundo, vivenciando ali em loco, com as pessoas, e fiquei encantando com toda a história de transformação dele, a cura e o que ele mobilizou em agradecimento pelo milagre alcançado”, conta o diretor cênico Ronaldo Zero.

“É muito interessante perceber como a história dele reverberou na cidade, que acabou virando não só um polo religioso, mas cultural com as obras de artistas representativos do barroco, como Aleijadinho”, completa o diretor cênico.

Cenário

Para construir o cenário de “Devoção”, Ronaldo Zero relata que buscou referências na ópera barroca, na qual a fábula dá o tom da narrativa. “Propomos contar essa história não a partir de um olhar documental, portanto, ela será encenada como um fábula. Nós voltamos para o século XVIII, para o período da ópera barroca, quando os espetáculos eram encenados a partir de painéis pintados e com estruturas que subiam e desciam diante da plateia. Nós estamos trazendo esse universo do teatro encenado para esse trabalho”, detalha o diretor cênico.

Figurino

As roupas também se baseiam no século XVIII. Parte do acervo da Fundação Clóvis Salgado foi revisitado, mas outras peças novas também foram desenvolvidas. “Esse aspecto da fábula também se reflete nos figurinos, na luz, na coreografia. Em tudo isso há uma identidade real mas com uma leve saturação da fantasia”, pontua Zero.

Grande espetáculo

Na pré-estreia, que será realizada no Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, haverá a participação do Coral Cidade dos Profetas, o qual participa das principais comemorações nas igrejas de Congonhas. O grupo com 40 vozes irá se unir ao Coral Lírico de Minas Gerais, atualmente com cerca de 70 integrantes

“Além disso, nós teremos mais de 70 músicos da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, 17 bailarinos, os próprios solistas, vários figurantes e algumas surpresas nesta ópera, que é uma grande homenagem ao povo mineiro, ao povo brasileiro, à nossa cultura e à importância dela na formação cultural brasileira”, conclui a diretora geral, Cláudia Malta.

Foto: Paulo Lacerda

 

Specialty Coffee Expo Chicago Foto Reprodução site oficialPela primeira vez, Minas terá estande próprio na Specialty Coffee Expo, que começa nesta sexta-feira (12) em Chicago, nos Estados Unidos (Foto Reprodução coffeeexpo.org/)

Promover as rotas turísticas do café mineiro e expandir os negócios de Minas Gerais. É com esse propósito que o Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), em parceria com o Centro Universitário UniBH, o Sebrae Minas e a Expocacer – Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado, terá, pela primeira vez, estande próprio na Specialty Coffee Expo, uma das maiores e mais prestigiadas feiras cafés do mundo. O evento acontece neste fim de semana, de sexta-feira (12) a domingo (14), em Chicago, nos Estados Unidos. Na ocasião, serão divulgadas ao mercado de turismo internacional as duas novas rotas do segmento – a Rota Cafés do Sul de Minas e a Rota Turística do Café do Cerrado. Em Chicago, o Governo de Minas também apresentará o ExportaMinas, programa da Codemge responsável pelas exportações de produtos mineiros, e anunciará a abertura do primeiro hub de café do Brasil nos EUA, da Expocacer, como primeiro produto do ExportaMinas.

A Specialty Coffee Expo reúne toda a cadeia produtiva dos cafés especiais do mundo, desde produtores e destinos até torrefadores, varejistas e profissionais para conectar diferentes membros da indústria e oferecer conteúdo educativo, treinamento, pesquisa, oportunidades de negócios e networking.A feira será uma valiosa oportunidade para apresentar os cafés especiais de Minas. Atualmente, os Estados Unidos são o maior importador do café brasileiro – em 2023, o país comprou oito milhões de sacas do produto, 20% do total exportado em 2022. Os norte-americanos também são os maiores consumidores de cafés especiais do planeta. A participação na Specialty Coffee Expo integra o projeto Minas para o Mundo: Mundo para Minas, cujo objetivo é internacionalizar ainda mais o destino Minas e atrair mais turistas para o estado.

Segundo o governador Romeu Zema, o ExportaMinas é o primeiro passo para colocar os produtos típicos do estado no mercado internacional. “Os produtos da agricultura familiar, de forma especial os cafés especiais, as cachaças, os vinhos, os doces e os queijos, bem como o artesanato, possuem produção de qualidade e procedência. Para criar um ambiente favorável e de apoio ao escoamento dos produtos, tanto para o Brasil quanto para o exterior, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico e a Codemge lançam as bases para o programa ExportaMinas”, afirma.

Para o presidente do Conselho de Administração da Expocacer, Fernando Nogues Beloni, “a feira é uma plataforma vital para fortalecer parcerias, trocar conhecimentos e expandir horizontes, além de ampliar o reconhecimento da marca e o acesso a novos mercados, consolidando a nossa posição neste setor em constante crescimento”.

Minas na Specialty Coffee Expo

O presidente da Codemge, Thiago Toscano, diz que a participação da companhia na feira de Chicago reforça o compromisso da empresa de projetar Minas Gerais, por meio da gastronomia, no cenário mundial. “É com prazer e entusiasmo que a Codemge patrocina a ação da Cozinha Mineira – Clássica e Contemporânea realizada na Speciality Coffee Expo. Estar presente na feira é dar visibilidade para a cozinha mineira, patrimônio imaterial, e reforçar o Estado como importante player no turismo brasileiro. Além de colocar Minas Gerais como destino de projeção nacional e internacional, o evento incentiva a economia mineira, por meio do reconhecimento do Estado como grande atrativo culinário”, ressalta Toscano.

Neste ano, Minas Gerais terá, de forma inédita, um estande na Speciality Coffee Expo. Com a presença do chef Caio Soter, o Governo do Estado promoverá harmonizações de produtos mineiros, como broas e pães de queijo com cafés artesanais, e exibirá especiarias típicas no estande.

As rotas Cafés do Sul Minas e Café do Cerrado Mineiro serão apresentadas à imprensa especializada e operadores do mercado internacional. As duas rotas promovem o turismo de experiência em fazendas de café, cafeterias, restaurantes de comidas típicas e atrativos turísticos nas duas regiões, traduzindo como uma imersão do turista na cultura local e na mineiridade. O lançamento nacional das duas rotas ocorreu durante a 36ª Festuris, em Gramado (RS), em novembro do ano passado, em ação do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, em parceria com o Sebrae Minas e as Instâncias de Governança Regionais (IGRs).

Na feira de Chicago, a Expocacer ainda deve lançar suas operações nos Estados Unidos por meio do hub logístico no estado de Delaware. “O hub vai abrir novas portas de mercado em todos os Estados Unidos por ter uma localização estratégica no território norte-americano. Poderemos oferecer café no spot, com entrega imediata, em quaisquer quantidades. Isso será possível pelo fato de sempre se ter café disponível em armazéns no território americano em nome da nova Expocacer USA”, afirma Simão Pedro de Lima, diretor-presidente executivo da cooperativa.

Queijo Minas Artesanal Unesco

O artesanato mineiro, a tradição do Queijo Minas Artesanal e a cozinha mineira clássica e contemporânea estiveram no centro de uma ação cultural promovida pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), na França.

A iniciativa, realizada em parceria com Fartura e Cemig, ocorreu nesta quarta-feira (19/6), na Embaixada do Brasil, em Paris, onde produtores das regiões do Serro, Canastra e Cerrado apresentaram queijos que vêm conquistando prêmios no país e em festivais internacionais.

Além disso, o chef de cozinha Henrique Gilberto, do Grupo Viela, mostrou a versatilidade do queijo mineiro na composição de pratos originais que trazem a marca da mineiridade.

Participaram do encontro o vice-governador de Minas Gerais, Professor Mateus, o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira, o presidente do Sebrae Minas e CDL-BH, Marcelo de Souza e Silva, os embaixadores Ricardo Neiva Tavares, atual embaixador do Brasil na França, e Paula Alves de Souza, delegada permanente do Brasil na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Brasunesco).

"Quando você é de Minas Gerais, o queijo é parte da sua vida. Temos 30 tipos diferentes de queijo no nosso estado, e comemos 2,2% mais queijo do que qualquer outro brasileiro. Então, é parte de quem nós somos, e também é parte da nossa economia", declarou o vice-governador, Professor Mateus.

“É importante ver muitas famílias que costumavam trabalhar nas cidades voltando para suas fazendas, para resgatar as tradições dos seus bisavós, produzindo queijo para si e para vender”, complementou o vice-governador.

“É um trabalho que a gente já vem fazendo há um bom tempo. Já tivemos uma missão em Marrocos. Também tivemos várias etapas desse pleito que é o reconhecimento do Modo de Fazer o Queijo Minas Artesanal como Patrimônio Imaterial da Humanidade. Isso vai trazer ainda mais visibilidade, promoção e valorização para os nossos queijos artesanais”, afirmou o diretor-presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), Otávio Maia.

“Estamos trazendo os produtores de queijo para essa última etapa de defesa do pleito. Se Deus quiser, receberemos a notícia positiva do Queijo Minas Artesanal como Patrimônio Imaterial da Humanidade”, completou.

Representando a Serra da Canastra, o gerente executivo da Associação dos Produtores de Queijo da Canastra (Aprocan) e secretário executivo da Associação Mineira do Queijo Artesanal (Amiqueijo), Higor Freitas, levou cinco queijos de diferentes produtores da região: Pedacin da Serra, Pingo do Mula, Roça da Cidade, Capela Velha e Capão Grande.

Para ele, a divulgação do Queijo Minas Artesanal e da cozinha mineira é extremamente importante para atrair pessoas interessadas nos produtos, história e tradição do estado.

“Promover nossos produtores ajuda a agregar valor aos produtos locais, a manter viva essa cultura que é passada de geração em geração. Minha expectativa é que possamos, mais uma vez, mostrar a qualidade dos nossos queijos para o mundo”, diz Higor.

Já Lindomar Santana dos Santos, que desde 1987 produz queijo em Sabinópolis, região do Serro, embarcou para Paris com quatro queijos na mala. Suas criações Santana, Só Toni, Canaã e Quilombo, todas já premiadas na França, chegam agora ao país não para competir, mas para encantar os paladares.

“O queijo artesanal já faz parte da cozinha mineira. Buscamos o reconhecimento do nosso saber fazer para, assim, conseguirmos levar nosso produto a todos os países”, ressaltou.

Utilizando-se do queijo e muitos outros ingredientes, o chef Henrique Gilberto, do Grupo Viela, mostrou a cozinha mineira contemporânea através de um cardápio original.

Pratos como batata baroa cremosa com ovo defumado e caldo caipira, peito de vitela com creme de alho poró e cogumelos e Gougères de queijo canastra com goiabada fizeram parte do menu, oferecido pelo Fartura, com patrocínio da Cemig, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

Vice governador Professor Mateus
Queijo Minas Artesanal como patrimônio mundial

Neste ano, os Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal podem ser reconhecidos como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

O pedido de candidatura, entregue em março de 2023, está sendo analisado pela Unesco, que dará o parecer definitivo na 19ª Sessão do Comitê Intergovernamental da Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, em dezembro, no Paraguai.

Com o reconhecimento da Unesco, as regiões mineiras produtoras de queijo artesanal se tornarão pontos de atenção ainda maior do público, impulsionando o turismo em níveis nacional e internacional e garantindo o desenvolvimento econômico e sociocultural dessas regiões.

Arte de todas as regiões de Minas

A diversidade e a beleza da arte popular mineira e do artesanato tradicional também foram destacadas. Dez obras de artistas de várias regiões de Minas Gerais foram selecionadas pela presidente do Serviço Social Autônomo (SSA-Servas), Christiana Renault, cuja curadoria deu enfoque nas diversas tipologias e matérias-primas do estado.

Na exposição, estão presentes a cerâmica do Vale de Jequitinhonha, as palmas barrocas de Sabará, a arte sacra em estilo barroco das cidades do Circuito do Ouro e o entalhe em madeira característico da região do Campo das Vertentes, salientando toda potência cultural das artes plásticas mineira.

O acervo é inteiramente vindo do Centro de Artesanato Mineiro (Ceart), localizado no Palácio das Artes, que integra a Secult. Além das peças para exposição, foram levadas seis queijeiras em cerâmica do Vale do Jequitinhonha, que foram presenteadas aos embaixadores.

Artesanato Minas em Paris

Fotos: Imprensa MG/ Divulgação

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Gratuito e online, o curso Dados no Turismo: Descomplicando A Coleta e A Análise, oferecido pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), está com inscrições abertas a partir desta terça-feira (10) e segue até o dia 21/04/2024. A iniciativa inédita terá 1000 vagas disponíveis e é coordenada pela Diretoria de Capacitação e Qualificação da Secult. A previsão é que as aulas comecem no dia 22/04/2024, por meio da plataforma de Ensino à Distância Minas Cultura e Turismo.

O curso faz parte do programa estadual de qualificação do turismo, Minas Forma, Minas Transforma, o qual busca aprimorar o setor a curto e médio prazo, alinhado com as demandas do mercado de trabalho mineiro, especificidades e padrões culturais locais e novas tendências e paradigmas do setor.

Poderão participar profissionais do setor turístico, empreendedores, gestores públicos e demais interessados em aprofundar seus conhecimentos. O curso terá carga horária de 40 horas, distribuídas em cinco módulos ao longo de cinco semanas, e haverá certificado para os participantes que concluírem a formação.

O objetivo do curso é ensinar como realizar pesquisas, estudos e análises de dados sobre o turismo, mostrando como essa prática pode impactar positivamente a gestão turística dos territórios.

Ao realizar essa capacitação, o Governo de Minas destaca o comprometimento com a qualificação profissional e o desenvolvimento do setor turístico em Minas Gerais. Essa oferta de um curso online, gratuito e certificado reflete o esforço em proporcionar oportunidades de aprendizado acessíveis aos gestores e gestoras, contribuindo para o fortalecimento do turismo local.

As inscrições podem ser realizadas por meio do site da plataforma de Ensino à Distância Minas Cultura e Turismo.

Estações mostra as cidades por onde passavam os trens da Estrada de Ferro Bahia Minas divulgação Rede Minas 1Programas "Rameh Cozinha", "Estações", "Cinematógrafo" e "Hypershow" entram na programação em episódios inéditos

Estreiam novas temporadas de programas na Rede Minas. Gastronomia, história, cinema e música estão na pauta das novidades, que começam neste fim de semana. Sábado (22) estreia a segunda temporada de "Rameh Cozinha". O programa "Estações", famoso pelas histórias por trás das linhas dos trens, reestreia na terça (25). A sétima arte é a protagonista do "Cinematógrafo", que dá início a novos episódios, nesta quarta (26). Nessa mesma data, o público tem encontro marcado com artistas da cena musical mineira no "Hypershow", que traz apresentações inéditas e exclusivas.

As novidades começam com o chef Felipe Rameh, que assume as panelas e comanda o fogão em mais uma temporada do programa "Rameh Cozinha". Na atração, ele apresenta Minas Gerais pelo paladar, ensinando receitas preparadas em diversas regiões do estado. O programa vai ao ar aos sábados, às 11h30. A nova temporada estreia com banquete neste sábado (22), quando o cozinheiro prepara feijão branco com linguiça defumada.

O programa "Estações" desembarca na programação em mais uma temporada. A atração, que visita as antigas paradas de trem, agora segue os trilhos que vão da Bahia a Minas Gerais. Nesse novo trajeto, são mais de dez cidades cortadas pela antiga ferrovia em um roteiro recheado de pessoas, curiosidades, paisagens e muitas histórias. O destino do episódio de estreia é Ponta de Areia, distrito da cidade baiana Caravelas que foi imortalizada na canção de Milton Nascimento e Fernando Brant. O "Estações" vai ao ar às terças, às 19h.

A sétima arte volta à cena com o "Cinematógrafo". O programa produzido pela Rede Minas, transmitido para todo o país pela TV Cultura, dá espaço de honra às locadoras de vídeos. Na nova temporada, a atração relembra esses lugares que reuniam milhares de títulos e transformaram a forma de ver e fazer cinema. Com apresentação de Fernando Tibúrcio, o "Cinematógrafo" vai ao ar às quartas, às 19h.

O "Hypershow" muda de endereço na nova temporada e vai para o estúdio de gravação Engenho. O programa acompanha artistas mineiros munidos de microfones e seus instrumentos e revela esse universo sonoro. As atrações mostram nomes de diversos gêneros da música, como Paulinho Pedra Azul e Trio Amaranto, em apresentações privadas apresentadas ao público, com exclusividade, no programa.

No episódio de estreia tem Sem Samba Não Dah, roda de samba comandada por Giselle Couto. O "Hypershow" vai ao ar às quartas, às 22h.
A programação da Rede Minas pode ser conferida pela TV, em Minas Gerais, e em todo Brasil, pelo site redeminas.tv e na plataforma de streaming EMCplay.

 

Serviço – Novidades na Rede Minas:*

“Rameh Cozinha” – apresentação chef Felipe Rameh
Segunda temporada a partir de sábado (22/06)
Exibição aos sábados, às 11h30

 

“Estações”
Nova temporada a partir de terça (25/06)
Exibição às terças, às 19h

 

“Cinematógrafo” – apresentação Fernando Tibúrcio
Nova temporada a partir de quarta (26/06)

Exibição às quartas, às 19h

 

“Hypershow” – apresentação Luiz Flávio Lima
Nova temporada a partir de quarta (26/06)
Exibição às quartas, às 19h

 

COMO SINTONIZAR:
redeminas.tv/como-sintonizar
A Rede Minas está no ar no canal 9; Claro TV (Net) 20 e Claro TV HD (Net) 520; Oi Fibra 9; Vivo 508; e através do satélite StarOne D2 para a América Latina.


IV Semana Estadual de Incentivo à Literatura

Na próxima segunda-feira (15/4), o Governo de Minas abre a IV Semana Estadual de Incentivo à Literatura, que tem como tema central as afromineiridades. Bibliotecas públicas e comunitárias de todo o estado promoverão, até domingo (21/4), cerca de 100 atividades para estimular a leitura literária em todos os públicos. A grande homenageada da edição é a escritora mineira Carolina Maria de Jesus, quem completaria 110 anos em 2024.

A realização é da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Diretoria de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas e do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas e Comunitárias, e atende à Política Estadual do Livro.

As atividades incluem rodas de samba, saraus, exposições literárias, rodas de conversa, capoeira, exibições de filmes e oficinas, entre outras ações que convidam a comunidade a ler, discutir e compartilhar textos produzidos por afrodescendentes nas Minas e nos Gerais. Toda programação é gratuita e pode ser conferida na íntegra aqui.

A partir da iniciativa, as bibliotecas transformam-se em centros de promoção das culturas e das artes afrodiaspóricas, por meio de manifestações da tradição oral. A Semana Estadual de Incentivo à Literatura também é uma oportunidade para que as instituições realizem atividades que divulguem e valorizem seus acervos de memória local.

Programação diversificada

Em Belo Horizonte, a Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, referência de biblioteca pública para o Estado, organizará o sarau “Poesia à flor da pele em um quarto de despejo com os olhos cheios de água”, em homenagem aos escritores negros mineiros Conceição Evaristo, Adão Ventura e Carolina Maria de Jesus. Com apresentação do grupo Palavra Viva e do coral Coro Novo, o evento acontecerá na quarta-feira (17), das 15h às 17h e das 19h às 21h.

Também na capital mineira, a Biblioteca Pública do Centro Cultural Vila Marçola vai realizar, às 16h de quarta-feira (17), uma roda de conversa sobre a obra de Carolina Maria de Jesus, com leitura de trechos dos livros. Já na Biblioteca de Capoeira e Cultura Afro (Capoteca) acontecerá no sábado (20), às 9h, leitura e contação de histórias sobre a cultura da capoeira, da história de África e do povo negro em Minas Gerais, abrangendo figuras ilustres como Chico Rei, Chica da Silva, Pedro Cem, entre outros.

No município de Itaguara, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a Biblioteca Pública Municipal Guimarães Rosa promoverá um encontro de Dança Circular com participação especial do Congado Itaguarense. Durante o encontro, que ocorrerá na sexta-feira (19), às 19h, serão apresentados cantos e danças que narram a cultura e tradição dos povos locais.

A Biblioteca Pública Municipal Geraldo Alves de Oliveira, em Mateus Leme, sediará, quarta-feira (17), às 9h, a palestra “Racismo, inclusão e representatividade”. A conferência será ministrada por Tat’etu Arabomi, juntamente com a exibição do documentário “Raízes do Candomblé de Angola". Em Nova Era, a Biblioteca Pública Municipal Ely de Araújo produzirá, na quinta-feira (18), às 15h, o “Slam de poesia”, com competição poética em que os participantes recitam que dão vida à poesia, criando uma atmosfera de conexão e reflexão.

Em Campanha, no Sul de Minas, a biblioteca do Museu da Conversa Macanuda realizará, entre outras atividades, a exposição de livros “Afromineiridades”, destacando autores regionais que abordam essa temática. No Noroeste do Estado, a Biblioteca Pública Municipal Professor Caetano de Faria, de Guarda-Mor, promoverá exposição de mesmo nome, colocando os holofotes sobre autores locais afrodescendentes. A mostra será exibida na segunda-feira (15), às 9h.

Serviço:
IV Semana Estadual de Incentivo à Literatura
Data: De segunda (15/4) a domingo (21/4)
Local: Todo o estado
Programação: aqui

Hospital Evangélico projeto parceria SecultProjeto Lendo e Aprendendo, viabilizado em parceria com o Governo de Minas, visa oferecer entretenimento e acesso à cultura durante as sessões de hemodiálise (Foto Hospital Evangélico/Divulgação)

A unidade de Nefrologia do Hospital Evangélico de Belo Horizonte, em Venda Nova, vai ganhar, a partir da próxima segunda-feira (24), em uma iniciativa o projeto Lendo e Aprendendo, um espaço de leitura para os 829 pacientes renais crônicos que fazem tratamento de hemodiálise no local e seus acompanhantes. A sala foi especialmente preparada para receber o acervo de 1.520 exemplares de diversos gêneros literários, além de cinco Kindle e cinco mp3 para aqueles que têm capacidade de visão baixa,

O projeto foi viabilizado em parceria com o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Cultura do Estado de Minas Gerais (Secult-MG) e da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas, com patrocínio da VMG Farmacêutica e apoio das livrarias Amadeu, Dona Clara, Moinho do Livro, Savassi e Colégio Santo Antônio, PUC Minas, Faminas, Colégio Batista e Serviço Caixa-Estante da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais.

“O projeto Lendo e Aprendendo é mais uma iniciativa do Hospital Evangélico que mobilizou diversos apoiadores para proporcionar momentos de conforto e de melhoria da qualidade de vida para os pacientes em tratamento de hemodiálise atendidos pela nossa instituição. Entendemos que a leitura é uma atividade valiosa que pode oferecer entretenimento, conhecimentos e distração durante a sessão de diálise, que é realizada três vezes por semana, por um período de quatro horas”, destaca o presidente do HE, Euler Borja.

A iniciativa amplia o alcance do projeto Vivendo e Aprendendo, que, desde 2018, já levou 610 pacientes renais crônicos, em tratamento de hemodiálise, da unidade Venda Nova de volta para a escola. Desses, 85 já concluíram as 400 horas/aula necessárias para conquistar o diploma do Ensino Fundamental, com o acompanhamento pedagógico de professoras da Escola Municipal Padre Marzano Matias. “Muitos dos formandos têm manifestado o interesse em continuar os estudos. O hábito da leitura é um importante aliado e canal de conhecimento”, destaca Borja.

Atualmente, o Hospital Evangélico é o maior fornecedor do SUS de Minas Gerais para serviços da especialidade de Nefrologia, com oferta do tratamento conservador (medicamentoso), sessões de hemodiálise, diálise peritoneal e transplante renal para mais de 3.500 pacientes atendidos. Além da unidade Venda Nova, o grupo mantém outras em Belo Horizonte, Contagem e Betim. “Entendemos que o nosso propósito de servir ao próximo está em possibilidades como essa, de oferecer mais que o tratamento prescrito para os nossos pacientes”, conclui Euler Borja.

Hospital Evangélico de Belo Horizonte

Instituição fundada há 78 anos, inicialmente como ambulatório, o Hospital Evangélico de Belo Horizonte engloba, além da Unidade Serra, mais nove unidades de atendimento médico e de saúde em Belo Horizonte, Contagem e Betim. Em 2023, o HE realizou mais de 1,3 milhão de procedimentos médicos pelo SUS, convênios e particulares, é referência em atendimentos de Nefrologia e para o SUS no Estado, e é o maior prestador de serviço de Oftalmologia do SUS no país. Atualmente, a rede tem mais de 2,6 mil colaboradores.

Secretário Leônidas de Oliveira foto Leo Bicalho SecultO secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, celebrou a chegada da FAOP ao Circuito Liberdade e a parceria entre a instituição e o Centro de Arte Popular (Foto Leo Bicalho/Secult)

Em mais uma ação de ampliação e descentralização de suas atividades, a Fundação de Arte de Ouro Preto inaugurou, nesta segunda-feira (8), uma nova unidade em Belo Horizonte, no Circuito Liberdade. A novidade é uma iniciativa do Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo, em parceria com o Centro de Arte Popular (CAP), integrante do complexo cultural. A FAOP Liberdade vai promover, de forma regular, uma série de ações que envolvem a conservação de bens culturais, exposições artísticas, rodas de conversa e oficinas, dentre outras atividades totalmente gratuitas que serão realizadas na sede do CAP, localizado no bairro de Lourdes, região Centro-Sul da capital.

O termo de cooperação técnica assinado entre a Fundação de Arte de Ouro Preto e o Centro de Arte Popular representa o nascimento da terceira unidade física da FAOP fora da cidade barroca. Em 2021, Paracatu, no Noroeste mineiro, e Guaxupé, no Sul de Minas, em 2023, receberam extensões da Fundação, que celebrou 55 anos de história em novembro passado. Santa Luzia será a próxima cidade a receber uma unidade da FAOP. No município da região metropolitana de BH, ações em prol da conservação de bens culturais já começaram. Além das unidades físicas em Ouro Preto, Paracatu, Guaxupé e BH, a Fundação de Arte de Ouro Preto estabelece parcerias com diversos municípios mineiros. Somente em 2023, a instituição esteve presente com ações e projetos variados, de visitas técnicas a palestras, oficinas e cursos rápidos, em 80 cidades.

“O Centro de Arte Popular, essa maravilha que guarda os tesouros das tradições mineiras, casa perfeitamente com a FAOP, que tem em seu estatuto os ofícios de Minas”, diz Leônidas de Oliveira, secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais. “Essa união de esforços, de todos os recursos que temos, é pelo interesse público. Estamos aqui para ampliar ainda mais as ações do Centro de Arte Popular”, afirma o presidente da Fundação de Arte de Ouro Preto, Jefferson da Fonseca.

Uma dessas ações acontece de terça (9) a sexta-feira (12). Trata-se da oficina Introdução à Preservação e Conservação de Bens Culturais, cujas inscrições gratuitas se esgotaram em poucas horas. Ao longo de 2024, outras atividades estão previstas e uma programação permanente com cursos e exposições ocupará a sede do CAP. “Essa parceria será fundamental. Trata-se de uma ação de política pública. E ninguém faz nada sozinho”, afirma Angelina Gonçalves, coordenadora do Centro de Arte Popular.

Fundação de Arte de Ouro Preto

Com uma história de 55 anos, completados em novembro de 2023, e sedes em Ouro Preto, Guaxupé e Paracatu, a Fundação de Arte de Ouro Preto vem atuando, por meio de políticas públicas e parcerias, em ações de conservação, restauração, fazeres tradicionais e da arte contemporânea em seus mais diversificados suportes e linguagens, consolidando sua capacidade de formação, educação e transformação social. A FAOP oferece o Curso Técnico de Conservação e Restauração, o primeiro da área reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC).

Centro de Arte Popular

Localizado nas adjacências da Praça da Liberdade, o Centro de Arte Popular exibe ao público a riqueza da cultura produzida pelos artistas populares de Minas Gerais. A instituição tem por objetivo divulgar a pluralidade e a diversidade cultural mineira. Inaugurado em 2012, o CAP integra o Circuito Liberdade e seu acervo é composto por objetos confeccionados em madeira, cerâmica, tecido, fibras naturais, pedras, além de outros suportes e linguagens. O Centro de Arte Popular conta com um programa de ação educativa permanente e produz exposições temporárias, oficinas e eventos diversos relacionados às diversas expressões da arte.

Governo de MInas na Le Cordon Bleu Crédito Matheus Fonseca

Com o objetivo de fortalecer os laços entre Minas Gerais e França, e atrair investimentos por meio da cultura e educação, o vice-governador Professor Mateus e o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira, visitaram, nesta terça-feira (18/6), o campus da Le Cordon Bleu, em Paris.

Fundada em 1895 e uma das mais importantes escolas de cozinha do mundo, a Le Cordon Bleu estreia, em parceria com o Centro Universitário UniBH, do grupo Ânima, novo curso de gastronomia em Belo Horizonte, com 24 vagas já no primeiro semestre de 2025. O bacharelado de três anos de duração já está com inscrições do vestibular abertas.

Os representantes do Governo de Minas foram recepcionados na capital francesa pelo presidente e CEO da Le Cordon Bleu, André J. Cointreau. A presidente do Serviço Social Autônomo (Servas), Christiana Renault, o reitor do UniBH e diretor nacional de operações do Grupo Ânima, Rafael Ciccarini, o presidente do Sebrae Minas e CDL-BH, Marcelo de Souza e Silva, a diretora de comunicação e sustentabilidade da Cemig, Cristiana Kumaira, e a superintendente de marketing turístico da Secult-MG, Patrícia Moreira, também participaram da agenda.

“Estamos levando para Minas a melhor técnica de cozinha do mundo e também  criando um ambiente necessário para que a gente possa continuar apostando no desenvolvimento da nossa cozinha mineira. Afinal de contas, falamos de atração de turismo e geração de emprego e renda a partir disso”, afirma Professor Mateus.

"A cozinha mineira é o centro dessa discussão. Nós temos as receitas, os produtos. O que nos faltava era exatamente a técnica e a capacidade de formar mão de obra capacitada, e isso conseguimos com a união do UniBH à Cordon Bleu, com o apoio da CDL e do Sebrae", completa Professor Mateus.

Para o secretário Leônidas de Oliveira, a abertura de um curso com a chancela internacional em Belo Horizonte significa desenvolvimento econômico para todo o estado.

“A Le Cordon Bleu em breve estará em Minas Gerais levando a formação para os chefs, mas também a hospitalidade e a técnica da cozinha francesa, que é fundamental para o crescimento e fortalecimento da nossa cozinha, a melhor do país. A cozinha mineira é um forte fator na atração de turistas, na geração de emprego e renda e movimenta toda uma cadeia produtiva da nossa agricultura familiar”, destaca.

O CEO da Le Cordon Bleu, André Cointreau, explica que a instituição “é a rede número 1 de bacharelado e mestrado em arte culinária e hospitalidade em todo o mundo. Estamos em 35 institutos, em mais de 25 países, e no Brasil fizemos parceria com a Ânima, que é a maior rede universitária do país e com quem temos trabalhado para formação e educação nos últimos anos”.

Na opinião do diretor nacional de operações do Grupo Ânima, Rafael Ciccarini, a estreia da escola francesa em Minas Gerais é um marco para a melhoria da cadeia produtiva no estado.

“Trazendo a Le Cordon Bleu para Minas, estamos abrindo um caminho para, com o poder público e agentes privados, começar a treinar toda uma geração de pessoas para atuar na cadeia produtiva, melhorando nosso serviço, nossa hotelaria, subindo a qualidade de relação com o nosso turista e ampliando as possibilidades de divulgação da nossa gastronomia”, avalia.

Capacitação profissional

O curso com a dupla chancela Le Cordon Bleu e UniBH terá como principal diferencial a qualificação para o aluno atuar em toda a cadeia produtiva da gastronomia.

“A formação trará as técnicas francesas, com padrão Le Cordon Bleu, e as capacidades de gestão, teóricas e práticas, para que o profissional consiga atuar como gerente, como empreendedor. A figura do chef de cozinha é uma das possibilidades dentro da carreira gastronomia, mas nosso curso capacitará para atuação de ponta a ponta na cadeia de valor”, enfatiza Rafael Ciccarini.

O reitor do centro universitário explica, ainda, que essa formação será inteiramente ministrada por profissionais treinados diretamente por dois chefs da Le Cordon Bleu, que atuarão como supervisores acadêmicos do curso, além do próprio Patrick Martin, diretor técnico da Le Cordon Bleu no Brasil e diretor acadêmico da unidade.
Representantes do Governo de MInas na Le Cordon Bleu Crédito Matheus Fonseca 4
Cozinha mineira e o desenvolvimento econômico

A união da hospitalidade, dos ingredientes e dos sabores tipicamente mineiros à capacidade de gestão da Le Cordon Bleu vai levar Minas Gerais a um novo patamar de desenvolvimento econômico. Esta é a aposta de Rafael Ciccarini.

“A partir da gastronomia e da excelência, podemos mostrar como Minas Gerais tem características para ser um dos pontos centrais de investimento estrangeiro. Estou muito feliz de encontrar no Governo de Minas um parceiro sempre disposto a pautas positivas e republicanas para gerar emprego e o desenvolvimento do estado”, sublinha o diretor.

A avaliação vai ao encontro do que prega o vice-governador de Minas Gerais. Professor Mateus cita o exemplo da internacionalização da comida peruana como forma de atrair turistas e investimentos para o país.

“É esse tipo de agregação de valor que nós vamos trazer para culinária mineira, que é a nossa típica e tradicional, agora com a chegada de técnicas como as da Cordon Bleu”, enfatiza.

A popularização e a internacionalização da cozinha mineira são grandes aliados da promoção cultural e turística do Estado ao redor do mundo, o que Professor Mateus reconhece como de extrema importância para a economia de Minas Gerais.

“Vamos lembrar que este ano foi a primeira vez que o Carnaval de Minas atraiu mais turistas estrangeiros que o Carnaval da Bahia. Estarmos presentes, como estamos agora aqui na França, e como a nossa Secretaria de Cultura e Turismo tem rodado as feiras internacionais, é uma forma de atrair o trade internacional de turistas”, complementa.

O vice-governador de Minas Gerais também destaca o aumento do número de voos como oportunidade de crescimento.

“Belo Horizonte tem se transformado num hub internacional de conexão aeroportuária. Temos que aproveitar essa chegada de cada vez mais voos para incrementar a nossa indústria local de turismo, que passa pela nossa cozinha, pelos novos hotéis e redes que estão chegando lá, pela preservação do nosso patrimônio histórico. Em Minas Gerais, cozinha, história e hotelaria fazem parte do mesmo ciclo, do mesmo ambiente de investimento que está gerando cada vez mais oportunidades para os mineiros”, conclui Professor Mateus.

Fotos: Imprensa MG/ Divulgação

censoturismo2023

O Censo do Turismo Mineiro 2023 foi divulgado pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo. Realizada durante o processo de certificação dos municípios e Instâncias de Governança Regionais no final do ano passado, a pesquisa traz números atualizados sobre os processos de implementação de políticas públicas voltadas para o setor turístico em Minas Gerais.

Promovido a cada dois anos, o levantamento mais recente contou com a participação de 679 municípios mineiros e mostra que houve uma ampliação em 29,72% de projetos realizados pelas prefeituras em conjunto com a parceria privada, levando-se em conta o comparativo com o Censo de 2021.

O desenvolvimento de planos de marketing também tem sido cada vez mais mais uma prioridade local. De acordo com a pesquisa, houve aumento de 28,26% do número de cidades que planejam suas ações de marketing, um trabalho que é importante para a promoção dos destinos turísticos.

Outro dado relevante é o aumento em 13% no número de municípios que têm um Plano Municipal de Turismo. Essas estratégias articuladas contribuem para o fortalecimento da atividade turística no estado, que, em 2023, manteve-se em destaque no contexto nacional.

Minas Gerais, de acordo com as informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, apresentou um crescimento da atividade turística acima de 100% da média nacional, ao longo de mais de 12 meses consecutivos.

Para conferir a pesquisa completa basta acessar o site do Observatório do Turismo de Minas Gerais.

 

 

Christina Cruz rosiana Foto arquivo pessoalDe Campos, no Norte do Rio de Janeiro, a professora Christina Cruz saíra com destino a mais uma edição da Semana Rosiana, em Cordisburgo (Foto arquivo pessoal)

Durante oito dias, Cordisburgo viverá dias especiais ao celebrar a obra de seu filho ilustre, o escritor Guimarães Rosa, na 36ª edição da Semana Rosiana, realizada entre 7 e 14/7. Nesse período, a pequena cidade de 8 mil habitantes, localizada na região Central de Minas Gerais, recebe apaixonados pela literatura de Rosa de todo o país, conhecidos como rosianos. A jornalista Regina Pereira, a professora Christina Cruz e a farmacêutica Daniella Guimarães de Araújo fazem parte desta legião: elas sairão de suas respectivas cidades e irão para Cordisburgo especialmente para o evento.

Regina participou da Semana Rosiana pela primeira vez em 2006. “Foi como se tivessem aberto um portal para mim”, diz a jornalista, que mora na cidade de São Paulo e é uma das coordenadoras da Oficina de Leitura Guimarães Rosa, do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (USP). Desde 2008, ela não perdeu uma edição sequer do encontro.

Nascida em Juruaia, no Sul de Minas, a jornalista foi impactada pela literatura do escritor mineiro ainda na adolescência, ao se deparar com o romance “Grande Sertão: Veredas”. Foi apenas a primeira das 16 vezes que ela leu o livro. “Existe essa percepção de que somos um movimento. Há, de fato, uma comunidade rosiana, um movimento contínuo cujo ápice é a Semana Rosiana. O que tem de mágico na Semana Rosiana é essa devoção em volta da obra dele”, comenta Regina.

Envolvida em várias frentes com o legado de Guimarães Rosa, o que a faz uma legítima rosiana, Regina também é uma das roteiristas do curta-documentário “A Casa da Palavra”, que celebra os 50 anos do Museu Casa Guimarães Rosa, completados em março, e está em fase de produção e captação de recursos. O museu fica na casa em que o escritor nasceu e viveu os primeiros anos de sua infância.

A Semana Rosiana é uma realização do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e do Museu Casa Guimarães Rosa, da Prefeitura Municipal de Cordisburgo e da Academia Cordisburguense de Letras Guimarães Rosa.

Cordisburgo se transforma

Daniella Guimarães de Araújo marca presença na Semana Rosiana desde 2017, mas não é só para o evento que ela vai a Cordisburgo. Desde que se mudou para Sete Lagoas, também na região Central de Minas, a farmacêutica e poeta vai com bastante frequência à terra natal de Guimarães Rosa. Tudo que está relacionado ao escritor desperta curiosidade e fascínio. Neste ano, ela irá ministrar a oficina “Escrever a cultura: do esquecimento ao pertencimento”, centrada nos 50 anos do Museu Casa Guimarães Rosa e na importância da memória para a manutenção do museu vivo.

Para Daniella, Cordisburgo se transforma “nesse corpo de baile” durante a Semana Rosiana e ganha novos brilhos com os rosianos a celebrar a obra do escritor mineiro. “Cordisburgo é o único lugar no Brasil que vejo discutir literatura, dessa forma tão intensa, durante uma semana. As pessoas emanam em torno de algo, tudo dança, tudo se move nessa busca da vida”, afirma Daniella.

Ela descreve a sensação que experimenta todos os anos: “A semana nos convida a abraçar tudo aquilo que é original, que é, de certa maneira, fora desse tempo que estamos vivendo. Ela inaugura algo novo dentro da gente. Guimarães Rosa nos ajuda a viver”.

Sentimento rosiano

Do município de Campos, no Norte do Rio de Janeiro, a professora Christina Cruz também tem Cordisburgo como destino entre os dias 7 e 14/7. Ela viaja quase um dia inteiro para chegar à cidade, com o sentimento rosiano aflorado. A Semana Rosiana, pondera, cria fortes laços entre turistas e moradores. Amizades começam ali e são fortalecidas, tendo a literatura do escritor como ponto de união. “Claramente existe essa sensação de pertencimento a um grupo rosiano. Nós temos paixão pela obra, descobrimos mais coisas a cada leitura, conversamos a respeito, ouvimos um ao outro lendo os livros dele. Estar em Cordisburgo é a celebração de tudo isso”, conta. Christina Cruz é integrante de uma roda de leitura online chamada “Rosa da Palavra”, criada pelo acadêmico Sandro Soares, de Mossoró (RN), em 2022, e que reúne apaixonados por Guimarães Rosa de todo o país.

Considerado “embaixador do sertão rosiano”, José Osvaldo dos Santos, o Brasinha, é um personagem emblemático de Cordisburgo, para onde se mudou quando tinha apenas 1 ano de idade. Sete décadas depois, ele diz que a população da cidade fica ansiosa “esperando as pessoas virem para virar aquele encantamento, algo mágico que mexe com a alma da gente”. Ele vê Cordisburgo pulsar diferente e fazer pessoas de todo o país se sentirem em casa, mesmo longe de seus lares. “Fico muito emocionado e sensibilizado com o que acontece. Acaba que todos são conterrâneos de Guimarães Rosa porque o sertão é do tamanho do mundo”, reflete Brasinha.

Programação

A 36ª Semana Rosiana contará com palestras, mesas-redondas, oficinas, exibição de filmes, lançamento de livro, saraus, apresentações musicais e teatrais, exposições, feira gastronômica sertaneja, narrações do Grupo Miguilim e caminhadas eco-literárias. A programação é gratuita (confira todos os detalhes na bio do perfil @museuguimaraesrosa) e tem início com a inauguração da Casa de Leitura João da Cunha, no dia 7/7, às 16h, e será encerrada no dia 14/7, com um show do cantor e compositor Renato Teixeira, às 20h, em frente ao Centro de Atendimento ao Turista (CAT).

Encenação Paixão de Cristo BH foto Leo Bicalho Secult

O fluxo turístico gerado pelo programa Minas Santa 2024 superou as expectativas. Cerca de meio milhão de pessoas viajaram por Minas Gerais no período da Semana Santa, número 20% acima do estimado pelo Observatório do Turismo do Estado. Quase metade das cidades registraram aumento na movimentação em relação a 2023, com uma alta de pelo menos 50%. A segunda edição do Minas Santa reuniu 660 eventos em cerca de 600 cidades participantes do projeto, que posiciona Minas Gerais como o principal destino turístico do país no feriado santo. 

O programa do Governo de Minas, realizado por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), também impulsionou a ocupação hoteleira. De sexta-feira (29/03) a domingo (31/03), os principais meios de hospedagem das cidades de Ouro Preto, Mariana, Tiradentes, Lavras Novas, São João del-Rei, Congonhas, Santa Bárbara, Caeté, Diamantina e Serro registraram 100% de ocupação, de acordo com pesquisa feita pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas Gerais (ABIH-MG).

A movimentação refletiu no Aeroporto Internacional de Confins, que ofereceu quase 90 voos a mais durante a Semana Santa. A concessionária BH Airport estima que 139,1 mil passageiros tenham passado pelo terminal entre 28 de março e 1º de abril.

A histórica Ouro Preto recebeu 35 mil turistas, que puderam aproveitar atrações como as tradicionais procissões do Fogaréu e da Ressurreição, além da feitura dos tapetes devocionais. “Todas as expectativas foram superadas. Tivemos a população ouro-pretana como força ativa na Semana Santa, seja no planejamento da festividade religiosa, seja na confecção dos tapetes. Isso demonstra o sentimento de pertencimento para com esse importante momento”, declara o diretor de Turismo de Ouro Preto, Felipe Henrique Xavier.

Semana Santa em Andrelândia foto Lucas Gabriel Silva Divulgação

O coordenador técnico da Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Patrimônio de Caeté, Pedro Silva Conceição, identificou um claro aumento na procura pela cidade. Somente o Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade recebeu, entre quinta-feira (28/3) e domingo (31/1), mais de quatro mil visitantes. “Nas paróquias históricas e no santuário, tivemos o maior público de todos os tempos, além da clara percepção de que muitos turistas, inclusive estrangeiros, foram atraídos”, relata Conceição.

Além das missas diárias na Basílica, dedicada à Padroeira de Minas Gerais, Caeté também contou com encenação da Paixão de Cristo, procissões e sermões. Essas e outras celebrações foram divulgadas no Portal Minas Gerais (minasgerais.com.br). O catálogo serviu para que turistas mineiros e de todo o país pudessem planejar suas viagens e aproveitar a diversidade cultural e religiosa do estado, promovendo as cidades mineiras e celebrando o respeito a todas as manifestações de fé.

“A Semana Santa é o grande momento de movimentação turística em Minas Gerais, é a maior celebração que temos aqui e um grande movimento do turismo interno em Minas. Esse fluxo do turismo da fé é muito importante para o estado. Todas as nossas ações na Semana Santa encontram a cultura, desde o patrimônio histórico até o artesanato. Nesse período, temos a união das artes: o teatro, a música, a dança, as artes plásticas, a escultura e a moda”, ressalta o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

Fotos: Leo Bicalho e Lucas Gabriel Silva

Luiz Henrique Câmara Faop

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG) informa que Luiz Henrique Câmara Trindade assume a presidência da Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP). Bacharel em direito e em turismo, Luiz era chefe de gabinete do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG). Atuou na área cultural, coordenando eventos estaduais, nacionais e internacionais, representando o poder executivo estadual.

O novo presidente da FAOP desempenhou importante papel em apoio a entidades culturais do terceiro setor, na produção de eventos no interior de Minas Gerais, e foi coordenador geral da Feira de Artes e Artesanato do Mineirinho entre 2006 e 2008. Luiz é músico e ex-aluno de artes plásticas da Escola Guignard, da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). 

Ouro-pretano de criação, neto de Arlindo Anatólio, comerciante e Juiz de Paz na cidade histórica durante as décadas de 1950 e 1960, Luiz é filho da artista plástica ouro-pretana Neiva Câmara, que levou a arte sacra mineira para fora do país por meio de exposições, feiras e eventos. Sua produção artística alcançou o Vaticano, por meio da obra “Papa João de Deus”, na década de 1980, ação formalmente reconhecida por Sua Santidade, o Papa João Paulo II.

Jefferson da Fonseca Coutinho, que ocupava a presidência da FAOP desde maio de 2021, deixou o cargo para se dedicar à carreira de ator e ao projeto de uma série de TV para o streaming.

Nikola Uramová Divulgação

Nesta terça e quarta (dias 2 e 3 de abril), a Orquestra Sinfônica e Coral Lírico de Minas Gerais apresentam o concerto “Minha Terra”, que celebra o legado da República Tcheca na música erudita. Os grupos musicais da Fundação Clóvis Salgado (FCS) recebem convidados do Brasil e do exterior, incluindo a soprano tcheca Nikola Uramová, o premiado barítono mineiro Filipe Santos e o maestro Cláudio Cruz, Diretor Musical e Maestro Titular da Orquestra Jovem do Estado de São Paulo.

A dupla apresentação integra o programa “Concertos da Liberdade”. A primeira, do dia 2, é uma versão resumida e acontece dentro do projeto “Sinfônica ao Meio-Dia”, de entrada gratuita. Já o concerto na íntegra será no dia 3 de abril, às 20hs, e tem ingressos a partir de R$ 15, vendidos através do site Eventim. Ambas serão no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes.

Fruto de uma parceria entre a Fundação Clóvis Salgado e o Consulado Geral da República Tcheca, o espetáculo foi pensado em função de umas das mais presentes tradições na música clássica: a que sugere que anos terminados em 4 sejam celebrados como anos da Música Tcheca. Isso porque eles marcam o aniversário de figuras célebres que ajudaram a construir a tradição secular e erudita do país.

O nome faz referência à clássica obra “Má Vlast” (em tcheco, Minha Terra), um conjunto de seis poemas sinfônicos escritos por Bedřich Smetana (1824 – 1884). Além do compositor, o programa será composto por obras de Antonín Dvořák (1841 – 1904) e Leoš Janáček (1854 – 1928).

As apresentações são realizadas pelo Ministério da Cultura e Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG) e da Fundação Clóvis Salgado. As atividades do complexo cultural têm patrocínio master da Cemig e do Instituto Cultural Vale, patrocínio prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal e correalização da APPA – Arte e Cultura.

História

De acordo com a União Cultural Tcheco Brasileira (UCTB), os primeiros imigrantes tchecos no Brasil vieram para Minas Gerais, a partir de 1823, após saírem das redondezas da cidade de Třeboň, sul da Boêmia, onde nasceu o avô do ex-presidente Juscelino Kubitschek.   

Na visão do maestro Cláudio Cruz, as obras dos três compositores escolhidos guardam entre si uma convergência nacionalista e a defesa dos aspectos mais tradicionais do folclore e da identidade cultural da República Tcheca. “A obra mais popular do concerto certamente é o poema sinfônico ‘Moldávia’, composto por Smetana. A peça é uma celebração do Moldávia, maior rio do país e historicamente muito importante também por atravessar a capital Praga”, afirma.

Ainda segundo Cruz, a música tcheca ganhou notoriedade justamente por sua beleza e simplicidade. “Privilegiamos no programa obras populares que serão facilmente absorvidas pelo público. Fiquei extremamente satisfeito ao receber o convite da minha amiga, a maestra Ligia Amadio, para apresentar em Minas Gerais este repertório tão marcante e ao mesmo tempo tão abrangente”, conclui.

Serviço:
Concertos da Liberdade – Minhas Terra
Datas e horários:
   Sinfônica ao meio-dia: Terça-feira (2/4), às 12h.
   Concerto: Quarta-feira (3/4), às 20h.
Local: Grande Teatro Cemig Palácio das Artes
Endereço: Av. Afonso Pena, 1537, Centro – Belo Horizonte
Ingressos:
   Sinfônica ao meio-dia: entrada gratuita
   Concerto: ingressos a partir de R$ 15, via Eventim
Classificação indicativa: 10 anos
Informações: (31) 3236-7400 | www.fcs.mg.gov.br

Procissão Reliquia Santa TeresinhaMissa em homenagem à Santa Teresinha acontecerá nesta segunda-feira (17) (Foto Arquidiocese de BH/Divulgação)

Fiéis e turistas terão a oportunidade de acompanhar uma missa em homenagem à Santa Teresinha com chuva de rosas que acontecerá nesta segunda-feira (17), a partir das 10h, na Praça Sete. O ato solene faz parte de uma programação organizada pela Arquidiocese de Belo Horizonte em torno da peregrinação das relíquias da freira carmelita.
O evento desta segunda-feira (17) conta com o apoio do Governo de Minas, por meio da, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, Fundação Clóvis Salgado e Circuito Liberdade, além do 1º Batalhão e Centro de Atividades Musicais da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, da Associação dos Comerciantes do Hipercentro de Belo Horizonte, da Câmara de Dirigentes Lojistas de BH (CDL-BH) e do Mercado Central.

Estado onde as expressões da religiosidade são parte da formação cultural e da identidade do seu povo, Minas Gerais destaca-se, assim, como destino do turismo da fé. De acordo com o Observatório de Turismo de Minas Gerais, 36% dos turistas vêm para o estado atraídos por lugares e festividades de riqueza histórico-cultural, o que inclui eventos religiosos. Esse fluxo movimenta cerca de R$ 5 bilhões na economia mineira anualmente. A missa destas segunda-feira será presidida pelo Bispo Auxiliar da instituição, Dom Edmar José da Silva, quem conduzirá o ato até às 11h. O altar será posicionado na rua Rio de Janeiro, na altura entre a Avenida Afonso Pena e a Rua dos Tamoios.

Translado das relíquias até o Centro

A urna, contendo as relíquias Santa Teresinha, será levada até a Praça Sete no carro do Corpo de Bombeiros. Ela sairá às 9h da Igreja Nossa Senhora do Carmo, no bairro do Carmo, passando pela Avenida do Contorno até chegar à Praça da Liberdade. No Circuito Liberdade, o veículo reduzirá a velocidade diante do Palácio Arquiepiscopal, na Avenida Cristóvão Colombo. De lá, seguirá pelas avenidas João Pinheiro e Afonso Pena, até chegar à Praça Sete.

Peregrinação Relíquias de Santa Teresinha

O evento da Praça Sete integra uma ampla programação em torno das relíquias de Santa Teresinha, que, de janeiro a outubro, percorrem todos os Carmelos do Brasil, abrangendo mais de 70 cidades. A peregrinação foi um pedido da Ordem dos Freis Carmelitas Descalços no Brasil à basílica de Santa Teresinha em Lisieux, na França.
Na capital mineira, a urna chegará nesta quinta-feira (13) e permanecerá até 20 de junho, sob a guarda da Arquidiocese de Belo Horizonte. Um dos eventos mais solenes é a missa na Catedral Cristo Rei, realizada no próximo domingo (16) e presidida pelo arcebispo de Belo Horizonte, Dom Walmor.
Esta é a terceira vez que as relíquias de Santa Teresinha vêm ao Brasil. A primeira foi nos anos de 1997 e 1998, quando passaram por diversas cidades do país; em 2022, o artefato sacro passou por alguns municípios de São Paulo.

Programação

Dia 13 de junho (quinta-feira)

9h – Chegada na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora – Missa às 12h – (Rua Quebec, 255, João Pinheiro, Belo Horizonte)
14h às 18h30 – Convivium Emaús – Missa às 17h (Rua Ibirapitanga, 235, bairro Dom Cabral, Belo Horizonte)
19h30 às 21h30 – Paróquia São Bento – Missa às 19h30 (Rua José Batista Ribeiro, 155, São Bento, Belo Horizonte)
22h – Convento São João da Cruz – Vigília interna – (Rua Quebec, 255, João Pinheiro, Belo Horizonte)

Dia 14 de junho (sexta-feira)

8h às 11h – Capela Nossa Senhora do Carmo: Bairro Vila Oeste – Missa às 9h.
12h às 19h – Carmelo Santa Teresa D’Avila: Bairro Planalto – Missa às 18h – (Rua dos Sacramentinos, 240, Planalto, Belo Horizonte)
20h – Paróquia Santa Teresinha: Bairro Santa Teresinha – Missa às 20h e Vigília (Praça Duque de Caxias, 200, Santa Teresinha, Belo Horizonte)

Dia 15 de junho (sábado)

8h – Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora: Bairro João Pinheiro – Veneração às relíquias durante todo o dia e noite -(Rua Quebec, 255, João Pinheiro, Belo Horizonte)
9h – Missa com as crianças;
12h – Missa dos devotos; Missa com as famílias
17h – Encontro das Juventudes com Missa e Show da cantora Laura Salvador, da Comunidade Shalom.

Dia 16 de junho (domingo)

9h às 12h – Catedral Cristo Rei: Missa às 10h30, presidida por dom Walmor (R. Campo Verde, 165 – Juliana, Belo Horizonte)
13h30 às 17h – Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade, Missa às 15h (Alto da Serra da Piedade, s/n – Zona Rural, Caeté)
18h30 – Paróquia Nossa Senhora do Carmo – Missa às 19h e Missa às 7h (segunda-feira) – (Rua Grão Mogol, 502, Carmo, Belo Horizonte)

Dia 17 de junho (segunda-feira)

7h- Paróquia Nossa Senhora do Carmo – Missa às 7h – (Rua Grão Mogol, 502, Carmo, Belo Horizonte)
10h às 11h – Praça Sete – Ato Solene e Missa em homenagem à Santa Teresinha com chuva de rosas
11h30 às 14h30 – Hospital Madre Teresa – Missa às 13h (Av. Raja Gabáglia, 1002 – Gutierrez)
15h às 17h30 – Hospital Orizonti – Missa às 16h – (Praça Engenheiro Flávio Gutierrez, Av. José do Patrocínio Pontes, 1355 – Mangabeiras, Belo Horizonte)
18h30 às 21h30 – Paróquia Bom Jesus do Vale, Nova Lima – Missa às 19h30 – (Avenida Dimas Henrique De Freitas, 378, Vale do Sereno, Nova Lima)
22h – Comunidade Santa Teresinha: Aglomerado da Serra.

Dia 18 de junho (terça-feira)

6h30 às 12h – Comunidade Menino Jesus: Bairro Alto dos Pinheiros – Missa às 7h.
13h às 17h – Paróquia Santa Teresa e Santa Teresinha: Missa às 15h (Praça Duque de Caxias, 200, Santa Tereza, Belo Horizonte)
17h30 às 19h30 – PUC minas – Campus Coração Eucarístico – Missa às 17h30
20h às 0h – Convento Santa Teresa – Bairro João Pinheiro – Vigília.

Dia 19 de junho (quarta-feira)

6h30 – Carmelo Nossa Senhora Aparecida– Missa às 7h; veneração durante todo o dia; e Missa às 19h30. (Rua Desembargador Tinoco, 322, Monsenhor Messias, Belo Horizonte)

Dia 20 de junho (quinta-feira): Despedida das relíquias

7h – Carmelo Nossa Senhora Aparecida – Missa e envio das Relíquias para o Carmelo de Divinópolis (Rua Desembargador Tinoco, 322, Monsenhor Messias, Belo Horizonte)

Sessão Pública Concessão Serraria Souza Pinto Crédito Paulo Lacerda 7

O Consórcio Nova Serraria, formado pelas empresas Revee (Real Estate Venues & Entertainment Participações) e Integritate, venceu o edital de concessão da Serraria Souza Pinto, antes gerida pela Fundação Clóvis Salgado (FCS). O valor pago para a assinatura do contrato, que dará direito à vencedora a explorar comercialmente o espaço por 20 anos, foi de R$650 mil. A Sessão Pública aconteceu na segunda-feira (25/3), na Sala Juvenal Dias, do Palácio das Artes.

O contrato de concessão viabilizará reformas significativas na Serraria Souza Pinto. Os investimentos previstos para a infraestrutura do imóvel somam, no mínimo, R$ 7 milhões, incluindo intervenções obrigatórias e ciclos de reinvestimentos a cada 5 anos. O presidente da Fundação Clóvis Salgado, Sérgio Rodrigo Reis, destaca que a Fundação Clóvis Salgado se orgulha de ser a primeira instituição do Brasil a realizar uma concorrência nos moldes da Nova Lei de Licitação e Contratos (Lei nº 14.133/21).

“É também motivo de muito orgulho o modelo arrojado de concessão de um equipamento cultural e de eventos que vai modernizar a relação com o público, o patrimônio e o setor da economia criativa em Belo Horizonte. Além disso, sempre é importante destacar que a FCS continuará cuidando do fomento, produção e difusão das artes no âmbito estadual, além de gerir e fiscalizar o contrato de concessão da Serraria. Após a finalização do período contratual, o Estado voltará à gestão operacional do ativo público, incorporando todas as benfeitorias realizadas no imóvel”, explica Sérgio Rodrigo Reis.

O projeto foi estruturado pela Fundação Clóvis Salgado, com o apoio da Seinfra, da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e da Codemge, em conformidade com as diretrizes do Governo do Estado. O secretário de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias de Minas Gerais, Pedro Bruno, ressalta que o projeto não trata da privatização da Serraria Souza Pinto, mas sim de sua concessão. “Este é um modelo em que o governo ainda mantém propriedade e controle sobre a infraestrutura e serviço prestado, como gestor do contrato, enquanto na privatização a propriedade e operação passam a ser exclusivas do setor privado. A concessão da Serraria Souza Pinto representa uma oportunidade para revitalizar um patrimônio histórico, estimular o desenvolvimento econômico local e preservar nossa cultura para as futuras gerações”, considera.

O consórcio vencedor da licitação ficará responsável pela elaboração e gestão direta ou indireta de produtos, serviços, espetáculos, shows e demais eventos em geral, assim como pela eventual exploração de outras atividades econômicas relacionadas ao objeto, tais como bares, lanchonetes, restaurantes, lojas e camarotes, ampliando a vocação turística do equipamento. Leonardo Donato, procurador e diretor-financeiro da empresa Revee, integrante do consórcio, ressalta a experiência de gestão de espaços como o Ginásio de Esportes Castelo Branco (Gigantão) e a Arena Fonte Luminosa – ambos em Araraquara, São Paulo –, onde ocorrem shows de artistas como Roberto Carlos e Fábio Porchat, além de grandes eventos em datas comemorativas. O grupo reúne ainda executivos que já trabalharam na gestão de importantes espaços como o Allianz Parque, em São Paulo.

“O consórcio nasceu com essa ideia, de pegar ativos em determinadas localidades do Brasil e ser um polo artístico. Aqui é um grande exemplo. Belo Horizonte já estava nos nossos planos, e aqui conseguimos um ativo sensacional, com uma grande estação de metrô ao lado. O primeiro item que vamos reformar é o ar-condicionado, e logo depois uma nova pintura. Já a terceira parte será a mudança na localização dos camarotes, para que o público desse espaço consiga acompanhar os shows e espetáculos com mais tranquilidade, além da retirada das divisórias e de aprimoramento da climatização. Teremos que fazer ainda outras benfeitorias, como limpeza e reparo no teto. Estimamos que no início de junho já estaremos aqui para começar os trabalhos”, adianta Donato.

Foto: Paulo Lacerda

Após o pagamento de aproximadamente 95% dos classificados nos editais da Lei Paulo Gustavo, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG) convoca os suplentes dos editais 3, 5, 8 e 11. Eles deverão enviar os documentos regularizados para habilitação no prazo de até 5 (cinco) dias corridos - de segunda-feira (17/06) a sexta-feira (21/06). 

Todos os suplentes que estão nas listas do resultado final dos editais 3, 5, 8 e 11 estão convocados a enviar documentação. Os documentos necessários para esta fase estão descritos no item HABILITAÇÃO dos editais e devem ser peticionados via sei!MG, conforme orientações que constam neste link.

Caso seja verificada irregularidade na documentação, as pessoas proponentes serão comunicadas para enviarem a documentação corrigida, o que deve ser feito em até 3 (três) dias corridos após a notificação recebida, conforme previsto em edital.

Quanto aos demais editais, a Secult divulgará em breve as próximas chamadas.

Canais de Atendimento LPG: 

3915-2632   |   3915-2633   |   3915-2646   |   3915-2648   |   3915-2662     

3915-2682   |   3915-2690   |   3915-4741   |   3915-9468   |   3915-9488

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Criado em 1965, o setor Braille da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais é uma referência de acessibilidade no Brasil e no mundo. E a divisão está ainda melhor: após investimento inédito de cerca de R$ 400 mil, recebidos ainda em 2023, o espaço agora conta com 120 novos livros em Braille, além de novos equipamentos de tecnologia assistiva. Os recursos foram oriundos da Associação de Amigos da Biblioteca, do Instituto Periférico, via projetos de Lei de Incentivo à Cultura e emenda parlamentar. 

As novidades incluem uma impressora Braille, usada para produzir títulos acessíveis na própria biblioteca; uma linha Braille, dispositivo que converte o texto em caracteres Braille, permitindo que o usuário leia e interaja com conteúdos digitais; cinco óculos OrCam, que fazem a leitura de textos em tinta, transformando-os em áudio em tempo real; e uma impressora 3D, que permitirá reproduzir alguns monumentos históricos de Minas Gerais, como o Palácio da Liberdade, a Igreja da Pampulha e a própria Biblioteca, para que os deficientes visuais consigam ter uma dimensão da arquitetura desses locais.

Para o Diretor do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas de Minas Gerais, Lucas Amorim, o setor Braille tem função primordial dentro da Biblioteca por oferecer a inclusão e acessibilidade. “Nosso acervo é totalmente especializado para as pessoas com deficiência visual e com baixa visão e, além dos livros em Braille, também temos as tecnologias assistivas, como lupas de aumento, audiolivros, filmes com audiodescrição, estúdio de gravação, e uma minigráfica para produção de materiais acessíveis. Um destaque é o serviço de voluntariado, no qual as pessoas que enxergam se disponibilizam a ler para as pessoas com deficiência ou gravar os audiolivros em nosso estúdio. Esta gama de serviços é bem ampla para incluir as pessoas cegas e com baixa visão nesse universo do livro e da leitura, e as novas aquisições promoverão maior independência no acesso à informação e na comunicação”, pontua.

“É a primeira vez que foi possível selecionarmos os títulos em Braille. Desde a sua criação, o setor Braille sempre recebeu livros por doação de empresas que produzem esse tipo de material. Mas, dessa vez, fizemos uma lista com títulos pelos quais os usuários do Braille já tinham manifestado interesse. Também realizamos uma pesquisa de mercado, com livros premiados, best-sellers. Foi algo inusitado”, entusiasma-se a Gerente do Núcleo de Extensão e Ação Regionalizada da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, Gildete Veloso. 

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Gildete Veloso, Gerente do Núcleo de Extensão e Ação Regionalizada da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais

Entre as aquisições estão obras como “Os corações perdidos”, de Celeste Ng, “A garota do Lago”, de Charlie Donlea, e “Todas as cores do céu”, da escritora Amita Trasi. “Os títulos que a gente recebeu têm chamado bastante atenção, e os usuários têm procurado muito por eles”, complementa o Coordenador do setor Braille, Glicélio Ramos Silva, ele próprio cego e também usuário do departamento.

As aquisições feitas pela Biblioteca Estadual, equipamento do Governo de Minas Gerais gerido pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), já estão disponíveis para os usuários do setor Braille. Quem ficou feliz com os novos equipamentos foi a funcionária pública Elaine de Jesus, frequentadora do espaço há 12 anos. “Eu me sinto acolhida aqui na biblioteca. Uso bastante os serviços de empréstimo de livros, e o acervo daqui é muito rico”, conta.

Graduanda em Serviço Social, Elaine frequenta a biblioteca semanalmente. “Geralmente, vou às quartas e sextas. Uso muito também o serviço dos voluntários, que leem livros e documentos que nós levamos. Apesar de ter, na minha faculdade, uma certa acessibilidade no sistema de informática, eu prefiro usar o sistema do voluntário, porque aqui tem muito voluntário com uma bagagem cultural muito grande. Eles leem uma coisa para você e geralmente contam uma história, essa história te ajuda a entender a matéria. Tem a pitadinha de gentileza deles, então esse serviço é muito importante”, complementa Elaine de Jesus. 

Allan Pereira da Silva, que estuda música e ministra aulas de teologia na igreja, é outro usuário assíduo do setor. “Descobri o setor Braille quando estava no final do ensino médio, por volta de 2013. Vinha pegar emprestado livros literários que a escola pedia e usar o serviço dos voluntários para leitura dos livros e apostilas à tinta. Essa biblioteca tem me ajudado muito”, diz Allan Pereira, que atualmente vai ao equipamento, que integra o Circuito Liberdade, duas vezes na semana, em média. 

“Este espaço é importante para que as pessoas que estão estudando possam ter um acesso à cultura de forma mais inclusiva. Aqui, nós temos acesso aos livros didáticos, a músicas, livros da lei, de literatura brasileira e estrangeira, textos sobre várias religiões”, elenca Allan. “Eu costumo pegar a Bíblia Sagrada para o estudo de teologia e livros que falam de acessibilidade, que abordam as leis voltadas para a pessoa com deficiência”, conta.  

Gráfica Braille própria 

A impressora recém-comprada se junta a outras duas para a montagem de uma minigráfica Braille, o que dá à Biblioteca Estadual capacidade de produção do próprio acervo. Isso é particularmente importante para o setor, dado às características da escrita em Braille. 

“O livro em Braille é feito em relevo. Isso significa que, quanto mais você lê, mais ele apaga. Então é preciso um investimento contínuo na aquisição desse tipo de material bibliográfico, porque a vida útil de um livro em Braille é curta, de no máximo dez anos. Temos que investir constantemente para manter esse acervo. Nosso maior sonho é ampliar a produção dos livros no setor para doar exemplares em Braille para as bibliotecas públicas do interior do estado”, conta o diretor da Biblioteca Pública Estadual, Lucas Amorim. 

Além da capacidade de reposição dos títulos que vão se perdendo durante o uso, a minigráfica é capaz de produzir livros inéditos. Isso porque os livros em Braille para uso em bibliotecas por pessoas com deficiência é livre de direito autoral, o que significa que o espaço poderá imprimir os livros que quiser, a depender apenas do tempo de confecção. “Um livro de 200 páginas demora uns dois meses para ser impresso. Isso sem contar o processo de escaneamento do livro digital e a revisão”, explica Glicélio Ramos. 

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O setor de livros em Braille da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais reúne mais de 2 mil títulos

Acervo vasto e para além dos livros

Ao longo de seus quase 60 anos, o setor Braille reuniu um acervo de aproximadamente 2.100 títulos, consagrando-se como uma das principais bibliotecas com acessibilidade para as pessoas com deficiência visual do país. Além dos livros impressos em Braille, lá são encontrados cerca de 2 mil audiolivros e 100 títulos de filmes com audiodescrição. 

“A grande maioria dos livros pode ser emprestada, cerca de 95% do acervo. Tem alguns que são referência, como dicionários, que só podem ser consultados aqui na Biblioteca, mas são casos raros. No caso dos audiolivros e filmes, todos estão disponíveis para empréstimo”, explica Glicélio Ramos Silva, quem trabalha na Biblioteca há 18 anos e desde 2015 coordena o Braille. 

O empréstimo no setor Braille funciona nos mesmos moldes das outras áreas da Biblioteca, exceto pelo fato de que o serviço é restrito para pessoas com deficiência visual. “A pessoa precisa ser cega ou com baixa visão, e fazer o cadastro conosco, que requer documento de identidade e comprovante de endereço. Também pedimos uma contribuição de R$ 3 para a impressão do cartão da biblioteca. Esse cartão é válido por dois anos, depois o usuário renova. E, para as pessoas com baixa visão, pedimos também um atestado oftalmológico comprovando a condição, mas não precisa ser recente”, diz Glicélio. 

O setor funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e não tem intervalo para almoço. “O tempo de empréstimo é igual para todo mundo, para quem enxerga e para os cegos. São 14 dias, podendo renovar por mais 14 dias. Para facilitar a questão da mobilidade, excepcionalmente para os deficientes visuais permitimos a renovação pelo WhatsApp do setor Braille”, complementa o coordenador. 

O canal do WhatsApp também serve para divulgação da ‘Dica de Leitura’. Toda quarta-feira, os usuários cadastrados recebem, via lista de transmissão, uma indicação de livro do acervo. Segundo Glicélio Ramos, a procura é grande. “Acaba funcionando para que o público fique ainda mais próximo do setor Braille.” 

 A Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais é a biblioteca modelo do nosso estado e, dentro desse grande centro cultural, temos várias bibliotecas setorizadas. A gente tem uma biblioteca infantojuvenil, uma biblioteca de empréstimo, uma biblioteca de estudos, uma biblioteca de obras raras e a biblioteca Braille. Este setor é o mais importante, por oferecer a inclusão e acessibilidade para as pessoas com deficiência visual e com baixa visão, garantindo que todos tenham acesso igualitário à informação, ao conhecimento e à cultura”, avalia Lucas Amorim.

Acessibilidade para o interior

Os investimentos recentes não beneficiarão apenas a Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais. Dois dos óculos OrCam adquiridos pelo equipamento foram doados para o Museu Casa de Alphonsus de Guimaraens, em Mariana, e para o Museu Casa Guimarães Rosa, em Cordisburgo. Este último, que completa 50 anos dia 30 de março, acaba de receber o presente de aniversário, que amplia sua acessibilidade e democratiza ainda mais o acesso para deficientes visuais. 

“Somando-se à missão de emprestar livros, uma biblioteca é um local de encontro e de formação de comunidade, de relações afetivas. Enquanto biblioteca modelo, esperamos inspirar os municípios para construirmos uma sociedade mais justa, igualitária e informada, para que o acesso ao conhecimento e à cultura seja um direito universalmente garantido para todas as pessoas, sem distinção”, conclui Lucas Amorim. 

Fotos: Ascom/Secult

Encontro com trade turístico em Capitólio Foto Leo Bicalho Secult 3Ações do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, em parceria com o trade turístico e prefeitura, impulsionam a atividade turística em Capitólio (Foto Leo Bicalho/Secult)

Capitólio, uma das 34 cidades banhadas pelo Lago de Furnas, está com o turismo aquecido e demonstra fortalecimento de sua atividade turística a partir de dados recentes. De acordo com o Observatório do Turismo de Minas Gerais, o ticket médio dos turistas em Capitólio, referente aos gastos diários com hospedagem, passeios, deslocamentos locais e alimentação, teve alta de 23,5% em relação a 2022 e chegou a R$ 631,55. Os números apontam a efetividade das políticas públicas implementadas pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, em parceria com trade turístico e a prefeitura.

As ações vêm sendo desenvolvidas desde 2021 com o lançamento do edital Reviva Turismo, criado para viabilizar a retomada gradual do turismo após a pandemia e que investiu R$ 17,5 em todo o estado. A promoção em marketing do destino Capitólio, fundamental para o reposicionamento do município como um dos principais pontos turísticos do país, contou com ações da Secult em feiras nacionais e internacionais, press trip e campanhas publicitárias.

Em 2022, após o desmoronamento de um paredão de pedra de um cânion, foram realizados novos incentivos para recuperar e garantir segurança do turismo na região. O Governo criou o projeto “Reviva Capitólio – Viva o Mar de Minas”, abrangendo um total de 80 ações e um investimento de R$ 5 milhões. Foram promovidas a capacitação do trade turístico e de fiscais municipais náuticos, acompanhamento geológico diário e implementação de rede de proteção policial. Outro dado importante é que, segundo a Secretaria de Turismo e Cultura de Capitólio, a média de ocupação hoteleira no município é de 80% nos fins de semana, feriados e períodos de férias, chegando a atingir 100% em determinados períodos.

Os dados reforçam o reposicionamento de Capitólio como destino seguro dentro e fora do estado após a tragédia nos cânions. Esse novo momento foi celebrado nesta terça-feira (11/06), em uma agenda da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais com o trade turístico do município, conhecido como Mar de Minas pela presença do Lago de Furnas, responsável por abrigar cinco mil empreendimentos e gerar 20 mil empregos diretos, de acordo com dados do Movimento Pró-Furnas 762.

“O aumento do valor do ticket médio em Capitólio, Mar de Minas, na região da Canastra, é uma grande notícia. Isso mostra que nosso turismo está sendo qualificado, atraindo pessoas que vêm até Minas Gerais, para essa região, com vontade de ficar mais dias e isso gera emprego e renda, que é a meta do Governo de Minas”, ressalta o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

Um estudo realizado pela KS Consultoria em fevereiro deste ano mostra a percepção positiva dos turistas sobre Capitólio. A Pesquisa de Demanda Turística é uma ferramenta importante para entender o perfil e o comportamento dos visitantes e as tendências do mercado, além de reunir informações sobre a opinião desses viajantes em relação à qualidade dos serviços e da infraestrutura local. Dos 605 entrevistados, 96,8% considera Capitólio um destino adequado para viagem em família e um número muito semelhante (96,3%) relatou ter recebido informações de segurança. A maior parte dos turistas ouvidos pelo levantamento é do estado de São Paulo (38,5%), com Minas Gerais (38,2%) logo em seguida.

Mais de 76% dos entrevistados escolhem Capitólio buscando lazer e descanso, ecoturismo e turismo de aventura e 64,9% das pessoas que já haviam visitado a cidade voltaram de uma a três vezes. Cachoeira, cânions e lagos são as principais imagens que vêm à mente dos visitantes; a tragédia ocorrida em janeiro de 2022 ficou em sexto lugar nas lembranças dos turistas.

“Reviva Capitólio – Viva o Mar de Minas”

O “Reviva Capitólio – Viva o Mar de Minas”, idealizado pela Secult-MG, implementou uma série de medidas para garantir o vigor turístico e econômico da cidade. O projeto engloba temas como ordenamento, capacitação e regulamentação de uso e ocupação dos cânions e suas águas, com o objetivo de promover a segurança de trabalhadores e turistas, além de fortalecer o turismo na região. Acompanhamento geológico diário, capacitação do trade turístico e de fiscais municipais náuticos, definição de estratégias de comunicação e marketing, programas televisivos na Rede Minas e levantamento de agências Minas Recebe que atuam na região também fazem parte do projeto.

As ações foram integradas pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), além das prefeituras de Capitólio, São José da Barra e São João Batista do Glória, polícias Militar (PM) e Civil, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Marinha do Brasil, Instâncias de Governanças Regionais (IGRs), Sebrae, Fecomércio, Sesc, Senac e sociedade civil.

Sala Gabinete do Museu Casa Guimarães Rosa foto Ronaldo Alves Divulgação 2Programação especial na Semana Rosiana, produção de um curta-documentário, exposição e aporte de novos recursos marcam o aniversário do Museus Casa Guimarães Rosa, que respira a vida e a obra de um dos maiores escritores brasileiros e tem no vínculo com a comunidade uma de suas principais marcas (Ronaldo Alves/Divulgação)

Há exatos 50 anos, o Museu Casa Guimarães Rosa foi inaugurado com uma cerimônia que reuniu uma multidão – de autoridades do mundo político, como o então governador de Minas Gerais, Rondon Pacheco, e o prefeito da cidade, Geraldo José Martins, a anônimos e curiosos atraídos pela novidade. O presidente da Academia Brasileira de Letras, Austregésilo de Athayde, e a filha de Guimarães Rosa, Vilma Guimarães Rosa, também estiveram presentes. “Foi uma grande movimentação, tinha muita gente.” As recordações daquele sábado, 30 de março de 1974, em Cordisburgo, ainda estão vivas para Ronaldo Alves.

A vida de Ronaldo seria muito diferente sem o Museu Casa Guimarães Rosa. Foi ali que ele, adolescente, despertou para a cultura e para a literatura rosaana. Desde 2006, ele é o coordenador do MCGR, cargo que também ocupou de 1993 a 1997. “O Museu é minha segunda casa, fez parte da minha formação intelectual, como educador e também como cidadão”, diz o professor de história. Cravado no número 744 da avenida Padre João, no Centro da pequena cidade de 8 mil habitantes do sertão mineiro, o histórico espaço, gerido pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Diretoria de Museus da Secretaria de Estado de Turismo e Cultura, completou cinco décadas neste sábado (30) com novidades e motivos para celebrar.

O Museu Casa Guimarães Rosa foi contemplado no edital “Resgatando História”, do governo federal, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e receberá recursos para recuperação da edificação. O contrato foi assinado no fim de fevereiro. Ao todo, são R$ 7 milhões para quatro museus em Minas Gerais: Museu Casa Guignard, em Ouro Preto, Museu Casa Alphonsus de Guimaraens, em Mariana, e Museu Mineiro, em Belo Horizonte, além do MCGR. Existe também um plano de expansão do Museu, que poderá ocupar o imóvel vizinho, transformado em uma espécie de centro de estudos da obra de Guimarães Rosa. O projeto está em fase de captação e busca patrocínios. Outra proposta em vista é a criação do ambiente digital do MCGR no metaverso, em sintonia com a perspectiva da museologia contemporânea.

O Museu Casa Guimarães Rosa está instalado na casa onde Guimarães Rosa nasceu e viveu os primeiros anos de sua infância, entre 1908 e 1917. O edifício é composto pela residência onde habitava a família do escritor e pela venda mantida pelo pai do autor de “Grande Sertão: Veredas”, “seu” Florduardo, ou simplesmente “seu Fulô”.

Em 272,77 metros quadrados e dez cômodos, documentos, fotografias e objetos do acervo do Museu refletem aspectos da vida pessoal de um dos maiores autores da literatura brasileira, além de sua atuação profissional como médico, escritor e funcionário do Ministério das Relações Exteriores. No Museu, onde o visitante poderá conhecer o universo mágico do sertão mineiro, há uma coleção de aproximadamente 200 peças e cerca de 1.200 documentos textuais, dentre os quais se destacam registros pessoais como certidões, correspondências, discursos e originais manuscritos ou datilografados.

Documentário, exposição e Semana Rosiana

Os 50 anos do Museu vão nortear a programação da tradicional Semana Rosiana, em Cordisburgo. O evento chega à sua 36ª edição e será realizado entre 7 e 14 de julho. A programação contará com palestras, mesas-redondas, exibição de documentários, apresentações musicais e teatrais, narrações do Grupo Miguilim e caminhada eco-literária. “Será uma Semana Rosiana muito especial. São 50 anos de um museu totalmente vivo, próximo ao público, à comunidade, com uma programação diversa, trabalhando várias linguagens. Com o museu, Cordisburgo entra na rota turística e recebe pessoas do Brasil inteiro e também de outros países”, destaca a Diretora de Museus da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Pollyanna Lacerda. Em 50 anos, o Museu recebeu mais de 656 mil visitantes – 30.852 em 2023 –, segundo dados da instituição.

Na esteira das comemorações, foi inaugurada, em meados deste mês, a exposição “Poty Lazzarotto nas artes em argilogravura: um passeio pela literatura de Guimarães Rosa a partir da arte em cerâmica”, do artista e educador Fábio Brasileiro. A mostra celebra o centenário de Poty, gravurista que criou as ilustrações para os principais livros do escritor mineiro entre os anos de 1956 e 1983, e passeia pela literatura de Rosa. As obras de Brasileiro exploram as metáforas do fogo, da luz e da iluminação presentes na literatura de João Guimarães Rosa e podem ser vistas até 28 de abril.

O curta-documentário “A Casa da Palavra”, em fase de produção e captação de recursos que viabilizem o projeto, é outra iniciativa que festeja o importante espaço em Cordisburgo. Para a produtora, roteirista e codiretora Marília Silveira, o filme conta “uma história inspiradora e poética de resistência, memória e paixão por uma obra e por um lugar”. “Buscamos registrar quantas histórias e estórias uma casa centenária pode nos contar e com que forças ela pôde resistir por tanto tempo nesta modernidade líquida em que estamos mergulhados. No filme, a casa onde nasceu João Guimarães Rosa é personagem protagonista e nos conta, com a ajuda de Brasinha, pesquisador e “embaixador do sertão rosiano”, as estórias que viu, viveu, ouviu e ecoam até hoje”, acrescenta Marília.

Fachada do MCGR Foto Ronaldo Alves DivulgaçãoO Museu Casa Guimarães Rosa está instalado na casa onde o escritor nasceu e viveu os primeiros anos de sua infância, entre 1908 e 1917 (Ronaldo Alves/Divulgação)

Brasinha, citado pela produtora, é José Osvaldo dos Santos. Ele tinha 22 anos quando o Museu Casa Guimarães Rosa foi inaugurado. Emocionado, Brasinha teve a sensação de que Guimarães Rosa estava voltando para sua Cordisburgo, para a casa onde passara a infância. “A casa perdura por todo esse tempo, está em pé, continua contando histórias. Será sempre a casa de Guimarães Rosa, um local histórico e turístico. Temos um carinho muito grande por ela”, comenta Brasinha, apaixonado pela obra rosiana, lida “de cabo a rabo” por ele.

Casa de Cordisburgo

Além de manter vivo o legado de Guimarães Rosa por meio de atividades que encontram linguagens variadas, da música à literatura, da contação de histórias às oficinas sobre patrimônio histórico, um aspecto que merece ser sublinhado é a relação que o Museu construiu com a população de Cordisburgo nesses 50 anos. Não importa a faixa etária: ali, todos se sentem em casa. “A relação do Museu com a cidade é a grande marca dessa trajetória de cinco décadas. A partir de 1996, quando a Dra. Calina Guimarães (prima de Guimarães Rosa) cria o Grupo Miguilim, isso ficou ainda mais forte”, afirma Ronaldo Alves. O coordenador do Museu Casa Guimarães Rosa destaca o vínculo do MCGR com as escolas e os grupos folclóricos e culturais de Cordisburgo. “O sucesso de um museu acontece se ele tem relação com a cidade, com a comunidade”, acrescenta.

Diretora da Escola Estadual Cláudio Pinheiro de Lima, Edilene Oliveira Bruno diz que o Museu é fundamental para que os projetos da instituição de ensino dêem certo. Nessa troca de conhecimento entre a escola e a histórica casa da avenida Padre João, número 744, um novo universo se descortina: “Os alunos, das crianças aos adultos, ficam encantados. Muitos nunca haviam tido a possibilidade de visitar um museu até entrarem ali. Mergulhamos na literatura de Guimarães Rosa e reconhecemos aquele espaço como uma casa literária nossa, tão importante para Cordisburgo”.

Leonidas lançamento livro CapitolioObra, que integra projeto patrocinado pela Cemig, apresenta mais de 40 rotas turísticas com riqueza de detalhes e linguagem adaptada a diferentes públicos; secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira, participou da cerimônia de lançamento (Fotos Leo Bicalho/Secult)

Divulgar, promover e valorizar as cidades que margeiam os lagos de Furnas e Peixoto e a Serra da Canastra. Foi deste propósito que nasceu o livro “Furnas, Peixoto e Serra da Canastra – Patrimônios paisagísticos e culturais de Minas Gerais”, lançado nesta segunda-feira (10/6), em Capitólio, no Sul de Minas. Em 272 páginas, o livro aborda história, turismo, mapas e rotas geográficas de mais de 70 cidades que compõem as cinco Instâncias de Governança Regional (IGRs) presentes no território: Nascentes das Gerais e Canastra, Grutas e Mar de Minas, Lago de Furnas, Caminhos Gerais e Montanhas Cafeeiras de Minas. Presente na cerimônia, o vice-governador de Minas elogiou o livro e, principalmente, as atrações turísticas que são objeto da obra.“Acho que o livro não faz ainda justiça à maravilha que temos aqui, mas instiga porque, para conhecer essa maravilha, tem que experimentar”, brincou Professor Mateus.

A diversidade de circuitos no material também foi enfatizada pelo vice-governador. “Estamos falando de Furnas, do Peixoto da Canastra, quando tratamos esses três temas em conjunto, temos aqui um ciclo de alimentação virtuoso, que passa pela presença da culinária, turismo rural, a visita e a experiência do campo e da produção do nosso queijo, conhecimento das nossas belezas naturais na serra, nos cânions e às margens do lago", ressaltou. A obra integra o projeto “O Mar de Minas e a Serra da Canastra”, patrocinado pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) via Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, e é organizada pela ARTS Realizações.

Internacionalização de Minas Gerais

Mais de 40 rotas turísticas da região, espalhadas por 60 municípios, são descritas, com riqueza de detalhes, em um livro todo traduzido para o inglês. O resultado é a possibilidade de a obra contribuir para impulsionar a internacionalização do Destino Minas Gerais. “Quando nós fazemos isso, com toda a história, fotos, mapas e pensando no turismo, estamos fazendo nossa terra ser conhecida, e esse livro vai ser distribuído para todos os hotéis e pousadas, para que os hóspedes possam folhear e conhecer em seu tempo livre”, frisou o secretário de Estado de Cultura e Turismo (Secult), Leônidas de Oliveira, no evento de lançamento.

A publicação também está disponível para download gratuito, em versão para pessoas com deficiência visual, assim como o Guia Interativo, no site da ARTS Realizações (artsrealiza.com.br).

Vários turismos

A diversidade de atrativos contempla os amantes da natureza, com passeios como a “Rota ecológica caminho das cachoeiras”, que permite contemplar o vale do Rio Grande, e a “Rota da Serra do Cruzeiro”, em Pimenta, cujo trajeto conta com a Cachoeira da Quaresma e tem como destino final o Mirante do Cruzeiro, permitindo vislumbrar toda a região do Lago de Furnas. Já quem gosta de aventura pode conhecer mais sobre a “Rota Mar de Minas”, que engloba passeios náuticos e voos de balão e asa delta.

A cozinha mineira está contemplada em diversos circuitos. Na “Rota Café Cristina”, os visitantes entram em contato com todo o processo produtivo de cafés especiais, desde a lavoura, passando pela colheita, secagem, classificação e torra até a degustação. A “Rota Queijos e Sabores” também permite aos turistas desfrutarem das delícias da região. Queijarias certificadas, docerias, restaurantes e até o Mosteiro Cistercience, onde são produzidos licores especiais, estão na inclusos neste passeio de turismo de experiência.

A vocação de Minas Gerais para o turismo cultural também é evidente na região. Seguindo a “Rota das Sesmarias”, por exemplo, o turista pode revisitar a história da ocupação do Sul de Minas durante o Brasil Império. O livro também traz passeios, como o que parte da Fazenda Campo Redondo, que marca a fundação da Vila Formosa de Alfenas, em um percurso que permite ao visitante apreciar diversos atrativos gastronômicos e belas paisagens.

O “Caminho da Fé – Andradas” é opção de turismo religioso, pelo roteiro que segue o modelo do milenar Caminho de Santiago de Compostela, tendo como destino o Santuário Nacional de Aparecida. Dos 970 quilômetros do percurso, cerca de 500 quilômetros atravessam a Serra da Mantiqueira.

Mauro Werkema é um dos autores da obra, e ressaltou a grandeza do que pôde representar. “Sei da singularidade, da raridade das águas de Furnas e o que representam, e a região toda, um patrimônio fantástico de Minas Gerais, que esperamos divulgar mais com esse livro”, pontuou. Ele escreveu o material com Maria Elisa Ordones de Oliveira, Cláudia de Cássia Pessoa e Maria Olívia de Araújo. Vale destacar, ainda, a presença de nomes de representantes do Governo de Minas e da Cemig entre os autores dos textos de apresentação. É o caso do governador Romeu Zema e do secretário Leônidas de Oliveira, além do diretor-presidente da companhia energética, Reynaldo Passanezi Filho.

As fotos passaram pela consultoria de Cezar Félix, também editor da Revista Sagarana. A pesquisa iconográfica foi feita por Maria Elisa Ordones de Oliveira, Cláudia de Cássia Pessoa e Raphael Simões. Os infográficos são de Lilian Aline Machado e, a revisão, de Carlos Alberto Xavier de Vilhena. O responsável pela coordenação geral, coordenação editorial, projeto gráfico e diagramação é Raphael Simões.

Antes do lançamento, um café e um queijo

O lançamento do livro “Furnas, Peixoto e Serra da Canastra – Patrimônios paisagísticos e culturais de Minas Gerais” foi precedido de uma parada na Queijaria Quintal do Glória, em São João Batista do Glória. O vice-governador de Minas Gerais, professor Mateus Simões; o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira; o prefeito de São João Batista do Glória, Celso Henrique Ferreira; e o Gestor da IGR Nascentes das Gerais e Canastra, Kleyber Jorge da Silveira visitaram a queijaria que se destaca no cenário nacional e internacional.

As autoridades foram recebidas pelos donos do estabelecimento, Nilséia Vilela e Renato Vilela, casal que introduziu a produção de Queijo Canastra Artesanal no município em 2018. Com a iniciativa, São João Batista do Glória foi inserido no mapa do turismo de experiência relacionado ao queijo, ajudando no desenvolvimento econômico da cidade. Apesar do pouco tempo no ramo, a queijaria tem grande destaque na região. Foi a primeira da Serra da Canastra a ter registro no Serviço de Inspeção Federal (SIF), do Ministério da Agricultura (MAPA) e, hoje, possuem uma medalha de prata no Mundial na França, duas de prata no 3° Mundial Internacional de Queijos no Brasil e três medalhas de prata e uma de bronze no Concurso do Prêmio Queijo Brasil. Atualmente, o Quintal do Glória produz 15 peças ao dia e vende, em média, 400 peças por mês, a maior parte para turistas.

Leonidas Mateus Simoes QueijariaVice-governador de Minas Gerais, Professor Mateus Simões, e o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, visitam a Queijaria Quintal do Glória, São João Batista do Glória

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais informa que já estão disponíveis o cronograma de pagamento (acesse aqui) dos projetos classificados na Lei Paulo Gustavo em Minas Gerais e os dados referentes à distribuição das cotas previstas para os grupos sociais elencados nos editais. O material pode ser acessado no site da Secult (secult.mg.gov.br). Para esclarecimentos e a continuidade do diálogo com a sociedade, nesta quarta-feira (27/03), às 19h, a Secult realizou uma live em seu canal no YouTube (youtube.com/@culturaemminas). Veja como foi.

Sobre o cronograma, a liberação de todos os termos de fomento acontecerá até a próxima terça-feira (02/04). Após realizados os empenhos e os envios dos recibos assinados, até os dias 10 e 16 de abril, respectivamente, os pagamentos serão feitos até dia 25 de abril. Os detalhes estão em secult.mg.gov.br, na seção Lei Paulo Gustavo. Outra importante informação divulgada pela Secult é a apresentação dos gráficos de distribuição de cotas, trabalhados ao longo dos últimos dias. As cotas foram cumpridas e o índice de interiorização é relevante. Os dados vêm à público em formato de gráficos para melhor compreensão e visualização dos resultados da LPG.

A publicação da distribuição de cotas (acesse aqui o item Distribuição das Cotas)  tem como objetivo demonstrar de forma sintética qual a distribuição das propostas originadas de Belo Horizonte e do interior de Minas Gerais, com destaque para a distribuição e cumprimento das cotas. Esta publicação não implica em novo resultado da Lei Paulo Gustavo, trata-se de um esclarecimento por parte da Secult de forma visual de como foram distribuídas as cotas previstas em edital.

Descentralização

Ao todo, foram inscritos 5.403 projetos na Lei Paulo Gustavo em Minas Gerais, dos quais 3.416, número que corresponde a 63,2% do total, são de proponentes do interior do estado. Já sobre as propostas aprovadas na Lei Paulo Gustavo, 2.099 iniciativas foram contempladas pelo mecanismo. Deste número, 1.548 (ou 73,7%) são do interior do estado, o que reforça a democratização e a descentralização dos recursos, objetivo do Governo de Minas e da Secult.

O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG), abriu inscrições, até 5 de julho, do edital para formação da Comissão Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura (Cefic). São 42 vagas de pareceristas técnicos da sociedade civil, destinadas a pessoas e entidades sem fins lucrativos com atuação na área cultural, prioritariamente em âmbito estadual.

Esta é a primeira formação da Cefic, instituída pela Lei Descentra Cultura com a missão de tornar mais eficiente a análise dos projetos culturais ou manifestações culturais tradicionais realizadas com os recursos do Fundo Estadual de Cultura (FEC) e do Incentivo Fiscal à Cultura, mais conhecida como Lei Estadual de Incentivo à Cultura (Leic). Os selecionados vão se reunir periodicamente para discutir e avaliar as demandas apresentadas nos mecanismos de incentivo.

Além de representantes da sociedade civil atuantes nos segmentos culturais, a comissão é composta por estaduais, nomeados pelo secretário de Estado de Cultura e Turismo, conforme o Capítulo IV, seção II do Decreto 48.819, de 2024.

Inscrições

Os interessados em compor a Cefic precisam se cadastrar por meio do formulário digital no site da Secult. A ficha ficará disponível das 00h00 desta terça-feira (11/06) até às 23h59 do dia 5 de julho. Podem se inscrever pessoas físicas, não vinculadas a instituições, que tenham atuação cultural comprovada de, no mínimo, três anos.

Entidades, sindicatos, instituições ou associações civis sem fins lucrativos também podem participar. Neste caso, é necessário que indiquem até três nomes de representantes, agrupados a partir de lista tríplice. Da mesma forma, essas pessoas precisam comprovar atuação na área cultural de pelo menos três anos.

Remuneração

A remuneração mensal varia entre 75 Ufemgs a 375 Ufemgs, de acordo com o volume de projetos que analisados individualmente pelos pareceristas membros da sociedade civil.

Em 2024, o valor da Ufemg, estabelecido pela Secretaria de Fazenda de Minas Gerais, é de R$ 5,2797. Assim, os futuros pareceristas poderão receber, aproximadamente, de R$ 395 a R$ 1.979 por mês.

Serviço
Período de inscrições: 00h00 de 11/06 a 23h59 de 5 de julho
Link de inscrição: aqui
Edital e outros documentos: aqui
Esclarecimentos e orientação técnica: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Exposição Oratórios Foto Renata Garbocci SecultMostra no Museu Mineiro exibe um conjunto de oratórios acondicionados na reserva técnica do museu, cujo valor estético impressiona pela riqueza de detalhes (Fotos Renata Garbocci/Secult)

 A partir desta quarta-feira (27), o Museu Mineiro joga luz em sua reserva técnica e apresenta ao público a exposição “Preciosidades do Acervo: Oratórios”. A mostra exibe, até 27 de abril, um conjunto de oratórios datados dos séculos XVII a XIX, cujo valor estético impressiona pela riqueza de detalhes, independentemente da fé professada pelos visitantes. “Preciosidades do Acervo: Oratórios” é mais do que uma exposição tradicional, é um programa expositivo que propõe trazer para deleite do público peças do acervo do Museu Mineiro que estão acondicionados na reserva técnica por diversas razões, sejam elas por escolhas curatoriais ou pelo estado de conservação.

“É sempre uma experiência gratificante para a equipe do museu poder expor objetos que estiveram guardados por algum tempo. Uma exposição é sempre uma oportunidade de trazer ao público parte do conhecimento e da experiência que estiveram restritas aos profissionais do museu ou a estudiosos do acervo”, diz Vinícius Duarte, historiador e coordenador do Museu Mineiro. “Preciosidades do Acervo: Oratórios” faz parte da programação do Minas Santa 2014, realizado pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo.

Nesta exposição, os oratórios se projetam com o protagonismo que lhes é devido, apesar de serem considerados por alguns como mero complemento de imagens e conjuntos de arte sacra. A mostra se configura, de certa forma, como uma extensão da exposição de longa duração “Minas das Artes, Histórias Gerais”, estabelecendo um diálogo com a coleção de imaginária religiosa exposta na sala das colunas.

Oratórios centenários com diferentes formatos e finalidades

Os oratórios podem assumir diversos formatos em função da finalidade para os quais foram produzidos. Os oratórios de tipo maquineta se apresentam sob a forma de caixas retangulares lisas ou chanfradas, produzidos em madeira e vidro, e decorados externamente com elementos curvilíneos e rocalhas. O interior desses oratórios é geralmente policromado e pode apresentar subdivisões em níveis: na base, apresentam uma cena da natividade ou presépio e, na parte superior, a representação do calvário. Em alguns casos, trazem ainda imagens dos santos de devoção pessoal de seus antigos proprietários. Há, ainda, o oratório de salão, espécie de móvel desenvolvido para ser colocado sobre uma mesa, prestando-se a atender às demandas de devoção familiar. São oratórios de grandes proporções que se assemelham a retábulos, podendo apresentar um sacrário e nichos para a inserção de santos.

Nesta exposição, a equipe curatorial formada por Vinícius Duarte, Saulo Marques e Deise Silveira, funcionários e pesquisadores do acervo do museu, optou por não inserir santos nos nichos dos oratórios de salão. A proposta é possibilitar a apreciação do oratório per se, incitando os visitantes a observarem detalhes da confecção destes objetos, tanto da fatura da madeira quanto da policromia que apresentam em seu interior ou externamente.

A reserva técnica de um museu: finalidades e desafios

A reserva técnica do Museu Mineiro reúne centenas de objetos de diferentes tipologias: pinturas, gravuras, desenhos, medalhas, moedas, esculturas, móveis, objetos de uso pessoal, achados arqueológicos e uma infinidade de outras peças. Muitos destes objetos já estiveram expostos em outras circunstâncias, tanto no Museu Mineiro quanto em outras instituições congêneres do Brasil e do exterior que, vez por outra, solicitam peças para compor exposições temáticas em suas galerias. O fato de um objeto do acervo não estar exposto não quer dizer, em definitivo, que ele não tenha valor histórico, artístico ou cultural. Pelo contrário, muitas vezes, objetos excessivamente preciosos ou delicados podem não figurar numa mostra justamente por exigir, por exemplo, equipamentos que reproduzem condições climáticas e de luminosidade muito diferentes daquelas do ambiente natural.

Exposição Oratórios Foto Renata Garbocci Secult 3

“Várias razões levam esses objetos a não estarem em exposições de longa duração: seu estado de conservação, a falta de espaços expositivos suficientes para expor todo o acervo, o fato de não terem sido selecionados pela curadoria para compor a mostra ou o fato de não dialogarem diretamente com esta ou aquela proposta expositiva, por exemplo”, explica Vinícius Duarte.

Conheça o Museu Mineiro

Inaugurado em 1982, o Museu Mineiro reúne em seu acervo um conjunto bastante diversificado de objetos referentes à história e à produção cultural e artística mineiras. Nas salas de exposição são exibidas obras de artistas consagrados, tais como Manoel da Costa Ataíde, Yara Tupynambá, Amílcarde Castro, Jeanne Milde, Inimá de Paula, Lótus Lobo, Celso Renato, Sara Ávila, Guignard, Maria Helena Andrés e Di Cavalcanti, entre outros.

Atualmente, o Museu exibe a exposição de longa duração “Minas das Artes, Histórias Gerais”, onde o visitante tem a oportunidade de conhecer uma vasta coleção de arte sacra, datada dos séculos XVIII e XIX, além de preciosidades do acervo, como a bandeira da Inconfidência Mineira, os manuscritos originais da obra “Tutaméia” de Guimarães Rosa, o retrato de Aleijadinho e a coleção de santos de devoção popular.

Serviço

O quê: Exposição “Preciosidades do acervo: Oratórios”

Quando: De 27 de março a 27 de abril de 2024

Onde: Sala das Sessões do Museu Mineiro Endereço (Av. João Pinheiro, 342 – Funcionários)

Horário de funcionamento: terça a Sexta, das 12h às 19h; sábados e domingos, das 11h às 17h

Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade em Caeté Foto Marco Evangelista Imprensa MGSantuário Basílica Nossa Senhora da Piedade, em Caeté, é um importante destino do turismo da fé em Minas Gerais (Foto Marco Evangelista/Imprensa MG)

O turismo da fé é uma potência em Minas Gerais, estado que, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), se mantém na liderança do crescimento do turismo, superando em 15 vezes a média nacional em fevereiro deste ano. De acordo com dados do Observatório de Turismo de Minas Gerais, 36% dos viajantes que chegam ao estado têm como principal motivação conhecer locais e festas de riqueza histórico-cultural, incluindo bens e eventos religiosos, gerando uma movimentação econômica de cerca de R$ 5 bilhões por ano.

Em 2024, a segunda edição do programa Minas Santa, um dos propulsores do turismo da fé no estado, motivou uma movimentação turística de 500 mil pessoas no período da Semana Santa. As 660 ações chegaram a cerca de 600 municípios participantes da campanha, posicionando Minas Gerais como o principal destino turístico do país no feriado santo.

Em Minas Gerais, os viajantes encontram rotas estruturadas especialmente para o turismo da fé. Há diversas opções no estado e os percursos podem ser feitos de carro, a pé, de bike ou a cavalo. Atualmente, são 11 rotas da fé cadastradas no estado: Rota da Peregrinação, CRER – Caminho Religioso da Estrada Real, Caminho da Luz, Caminho da Fé, Caminho de Nhá Chica, Caminhos de Padre Victor, Caminhos de Padre Libério, Santuário da Mãe Rainha, Rota Nos Passos de Dom Viçoso, Caminho das Capelas e Caminhos Franciscanos.

Música e oração

Considerado o maior festival de música e oração da América Latina, o Ore Comigo Music Festival (orecomigo.com.br) desponta como um dos principais eventos no estado, capaz de movimentar a economia da criatividade e do entretenimento e a ocupação hoteleira em Belo Horizonte, palco da segunda edição do encontro de fé e canção, que acontece no dia 22 de junho, no Mineirão, e tem apoio do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo.

Em 2023, o festival gerou cerca de mil postos de trabalhos diretos, arrecadou mais de 16 toneladas de alimentos não-perecíveis para doação e reuniu aproximadamente 60 mil pessoas. A expectativa é que o número seja superado neste ano. Em mais de 12h de programação, que terá início às 8h, os principais nomes da cena gospel brasileira – são mais de 45 atrações – se apresentam no Gigante da Pampulha.

Camila Barros, Deive Leonardo, Aline Barros, Bruna Karla, Eli Soares, Isadora Pompeo, Jefferson e Suellen, Antônio Cirilo, Eliel e Midiã Lima, Ezenete Rodrigues, Michele do Pandeiro e Fernandinho, que gravará seu novo projeto, são alguns dos artistas que passarão pelo Mineirão. O Ore Comigo Music Festival 2024 também trará mais recursos tecnológicos e artísticos para os fãs.

Idealizador do Ore Comigo, Pastor Fábio Lacerda diz que a dinâmica no Mineirão será de oração e música: “Estamos preparando o melhor para que o público tenha um evento de excelência, da recepção até a saída. Buscamos excelência na contratação do som, palcos, painéis de led, estruturas de pista, camarim. Além disso, dedicamos esforços em definir valores para ingresso, comida e bebida de forma que tudo ficasse o mais acessível para toda a família”.

A arte da Palavra

Como parte da campanha "A Liberdade Mora em Minas", realizada pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), o Centro Cultural Unimed-BH recebe, de 2 a 5 de abril, a 2ª edição do festival "A Arte da Palavra”, que busca despertar e conscientizar o público sobre o valor e o poder da Palavra falada, escrita, musical e poética.

Neste ano, o projeto do Selo Karmim homenageia Ariano Suassuna, Chiquinha Gonzaga, Carlos Drummond, Adélia Prado, Pixinguinha, Ary Barroso, Luiz Gonzaga e Tom Jobim. “Todo ser humano deveria ter a oportunidade de conhecer a literatura musical e poética. Oferecemos ao público o contato com o belo e com a arte. Arte como agente transformador. Um sentimento profundo que transcende o universo por meio da Palavra musical e poética. O Festival ‘A Arte da Palavra’ é isso e muito mais”, afirma a produtora cultural Carminha Guerra, idealizadora do Selo Karmim e promotora do evento.

O festival será aberto com uma palestra sobre Ariano Suassuna, que será ministrada pela professora Maria de Lourdes Gouveia. O evento acontecerá às 20h do dia 2 de abril (terça-feira), na sala multimeios, com entrada franca.

No dia 3 de abril (quarta-feira) acontecerá um concerto comentado em homenagem à Chiquinha Gonzaga, com a presença da pianista Maria Teresa Madeira. No dia seguinte (4/4) será a vez do grupo Palavra Viva apresentar um recital de poesias de Carlos Drummond e Adélia Prado. Fechando a programação, no dia 5 de abril, Gilvan de Oliveira, Mauro Rodrigues, Eneias Xavier e convidados darão um show com repertório de Pixinguinha, Ary Barroso, Luiz Gonzaga e Tom Jobim.

As apresentações acontecerão sempre às 20h, no teatro do Centro Cultural Unimed-BH. Os ingressos custam R$ 40 (inteira) e 20 (meia) e podem ser comprados através da plataforma Sympla ou na bilheteria do teatro, aberta das 12 às 20h.

O projeto “A Arte da Palavra” é realizado por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, do Governo de Minas, e conta com apoios culturais do Centro Cultural Unimed-BH Minas, Minas Tênis Clube, Rede Minas e Empresa Mineira de Comunicação e Rádio Inconfidência e patrocínio do Grupo Tora.

Sobre o Selo Karmim

Em agosto de 2024, o Selo Karmim completa 37 anos de existência com a realização de

várias produções musicais, da música instrumental à poesia, tanto para o público adulto quanto infantil. Idealizado pela produtora cultural Carminha Guerra, o Selo Karmim produz e promove festivais que valorizam as culturas brasileira e mineira, difundindo, de maneira democrática, a música, a arte e a poesia.

PROGRAMAÇÃO

2 de abril
20h: Palestra da professora Maria de Lourdes Gouveia sobre Ariano Suassuna - Sala multimeios/ entrada franca.

3 de abril
20h: Concerto comentado - recital da pianista Maria Teresa Madeira em homenagem à Chiquinha Gonzaga

4 de abril
20h: Recital de poesia em homenagem a Carlos Drummond e Adélia Prado com o grupo Palavra Viva, um programa de ação cultural contínua, implementado em 1994, que visa estimular o gosto pela literatura e o hábito da leitura, através da apropriação de recursos teatrais.

5 de abril
20h: Musical em homenagem a Pixinguinha, Ary Barroso, Luiz Gonzaga e Tom Jobim com Gilvan de Oliveira, Mauro Rodrigues, Eneias Xavier e convidados.

Serviço:
Festival A Arte da Palavra
Data: De 2 a 5 de abril
Local: Centro Cultural Unimed – BH
Endereço: R. da Bahia, 2.244, Lourdes, Belo Horizonte
Ingressos: Sympla
Informações: (31) 3516-1360

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Para comemorar os 70 anos da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, completados no dia 2 de junho, o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, prepara uma série de ações que serão desenvolvidas ao longo de 2024. Insere-se nesse contexto a homenagem à escritora Carolina Maria de Jesus, cuja mostra “Aragem em mãos que ardem: Carolina”, segue com visitação até 20 de julho.

A exposição reúne obras das artistas visuais Ana Pá e Flavia Carla dos Reis, e apresenta poemas da escritora, compositora, cantora e poetisa brasileira Carolina Maria de Jesus (1914-1977). No segundo andar do prédio sede, o público também poderá conferir até o fim deste mês a exposição “Com carinho, à Biblioteca Pública Estadual”, montada pelo setor de Coleções Especiais, com dedicatórias de autores consagrados como Carlos Drummond de Andrade, Alaíde Lisboa e Conceição Evaristo.

Também está prevista a produção de um documentário centrado na relação afetiva que as pessoas possuem com a Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, um novo vídeo institucional, bem como a realização de um livro sobre a Biblioteca, focado em educação patrimonial que deve ser concluído neste ano. A criação de uma nova logo para celebrar as sete décadas da instituição foi lançada no último domingo (2) e já pode ser conferida nas redes sociais e, no próximo dia 20, às 19h, haverá uma homenagem à instituição, durante Reunião Especial, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

A Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais integra o Circuito Liberdade, sendo o espaço que funciona como equipamento cultural a mais tempo no complexo integrado que é reconhecido como o maior do Brasil e da América Latina. Seu acervo possui mais de 570 mil exemplares composto por livros, revistas e jornais históricos, distribuídos em dois prédios (Edifício sede e Anexo) que somam uma área construída de mais de 9 mil metros quadrados. Por mês, são mais de três mil leitores que retiram obras via Setor de Empréstimo, que conta com mais de 80 mil títulos para essa finalidade.

Criada pelo então governador Juscelino Kubitschek em 1954, um dos objetivos principais do equipamento é promover a ampliação dos serviços de biblioteca à população de Minas Gerais, democratizando o acesso à informação, à literatura e à leitura. A Biblioteca Estadual é ainda referência para as demais bibliotecas públicas mineiras. Além de funcionar como centro de preservação da memória bibliográfica, desenvolve programas e ações sociais de mediação e incentivo à leitura por meio de atividades específicas, exposições temáticas e serviços de extensão, entre outras atividades.

“Mais que uma biblioteca, este equipamento público é um centro cultural dedicado ao livro, à leitura e à literatura. A programação dos 70 anos abrangerá a transversalidade da arte da palavra com as mais diversas linguagens artísticas, buscando enriquecer ainda mais o cenário cultural mineiro ao tratar de temas emergentes do mundo contemporâneo. Um destaque da programação é o projeto 'Raízes', que promoverá de forma contínua atividades culturais que enaltecerão nossa ancestralidade. Além de celebrar o passado, buscamos, neste momento de comemoração, lançar também questões para o futuro, reposicionando a Biblioteca Pública Estadual de Minas como referência frente às constantes transformações da era digital e ampliando as ações de inclusão e acessibilidade para os mais diversos públicos”, comenta o Diretor do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas, Lucas Amorim.

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ESTRUTURA

Prédio sede

Obra do arquiteto Oscar Niemeyer para o governo Juscelino Kubitschek, o prédio sede da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais foi inaugurado em 1961. O espaço possui 5.699 m², divididos em quatro andares que abrigam os setores de Restauro, Seleção, Carro-Biblioteca, Caixa-Estante, Infantojuvenil, Coleções Especiais, Braille, Hemeroteca Histórica, além de setores administrativos. Na sede estão, também, o Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas Municipais e Comunitárias, o Suplemento Literário, os teatros de Arena e José Aparecido Oliveira e a Galeria de Arte Paulo Campos Guimarães.

BIJU

A Biblioteca Infantojuvenil visa democratizar o acesso à leitura literária e informativa entre crianças e jovens, oferecendo-lhes um ambiente convidativo à leitura, com mobiliário e acervo adequados; pais e demais educadores, que cumprem importante papel na formação dos jovens leitores; estudiosos e pesquisadores no campo da literatura infantojuvenil. É um espaço onde crianças e adolescentes podem conhecer os clássicos da literatura, os autores consagrados, a rica produção literária atual, quadrinhos, revistas e mais. O setor possui ainda brinquedoteca, jogos pedagógicos e livros brinquedos, voltados à primeira infância. O acervo é constituído por cerca de 40 mil exemplares de obras representativas da literatura brasileira e estrangeira. Além dos livros, há programação que inclui roda de leitura, contação de histórias, teatro, lançamento de livros, encontros com autores, exposições, oficinas literárias e artísticas, palestras, cursos e visitas de grupos escolares e particulares.

Setor Braille

Espaço é destinado à inserção cultural e social de pessoas com deficiência visual, onde os leitores têm acesso garantido à informação e à literatura, por meio de livros em braille, audiolivros e filmes com audiodescrição. O setor disponibiliza equipamentos de tecnologia assistida (linha braille, computadores com leitores de tela e acesso à internet, lupas eletrônicas, máquinas Perkins, regletes, equipamento de visão artificial) e promove, também, leitura viva-voz por meio de trabalho voluntário, estudos, palestras, oficinas diversas atividades de incentivo à leitura.

Coleções Especiais Mineiriana

Dedicada aos textos sobre Minas Gerais, e aos escritos de autores que nasceram ou viveram por aqui, a Mineiriana é a maior coleção sobre o Estado disponível para o público. É importante fonte de pesquisa sobre nossa memória cultural e intelectual. Com aproximadamente 25.600 itens, abarcando livros, CDs, filmes, mapas e recortes de jornais, a coleção apresenta um panorama do Estado de Minas Gerais em todos os seus aspectos: literário, histórico, cultural, artístico e científico.

Coleções Especiais – Obras Raras

A coleção de Obras Raras é formada por 1.554 exemplares, publicados entre os séculos XIV e XIX. Relacionados nos principais repertórios especializados ou em catálogos de referência, é possível encontrar obras como a coleção completa da Encyclopédie, dos filósofos Denis Diderot e Jean Le Rond D`Alembert, que foi a primeira enciclopédia publicada no mundo no ano de 1751.

Coleções Especiais Patrimonial

Reúne cerca de 55 mil exemplares de livros nacionais e estrangeiros considerados especiais como primeiras edições, edições esgotadas, que apresentam dedicatórias de escritores, ilustrações e encadernações preciosas, dicionários, enciclopédias, tratados e obras relevantes e representativas da cultura universal em todas as áreas do conhecimento.

Coleções Especiais Hemeroteca Histórica

A Hemeroteca Histórica compõe as Coleções Especiais da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais e guarda um valioso acervo de periódicos relevantes para o patrimônio cultural do país. Sua coleção é composta por mais de 1.200 títulos de jornais e quase 600 títulos de revistas que datam desde o século XIX. Por meio de assinatura dos principais jornais e revistas correntes do país, o espaço é destinado ainda à leitura informativa e de lazer.

Prédio Anexo

Incorporado à Biblioteca no ano de 2000, o prédio anexo possui três andares distribuídos numa área de 3.622 m². No local funcionam os setores de Empréstimos, Referência e Estudos, além do Espaço Geek e das salas de internet, de cursos para realização de oficinas e palestras, estudos individuais e, ainda, a Passarela Cultural, ambiente de exposições visuais.

Empréstimos Domiciliares

Com um rico acervo composto por mais de 80 mil exemplares, o setor de Empréstimos oferece aos leitores que desejam levar livros para ler em suas residências, obras da literatura brasileira e estrangeira, de autoajuda, informática, história dentre outros assuntos. O público circulante neste espaço ultrapassa a marca de 3 mil leitores por mês.

Referência e Estudos

O setor de Referência e Estudos da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais possui livros das mais diversas áreas do conhecimento atualizados para concursos, vestibulares e afins, além de atlas, dicionários de diversas línguas. Possui também salas de estudo individual e um espaço equipado com oito computadores com acesso gratuito à internet.

Espaço Geek

Inaugurado recentemente, o espaço é destinado aos amantes dos quadrinhos e jogos de tabuleiro. Seu acervo contempla publicações brasileiras e de várias partes do mundo, permitindo aos leitores a oportunidade de contato com o mundo mágico das produções em HQ e partidas de xadrez, damas e quebra-cabeças.

Espaços Expositivos

No foyer do prédio sede, a Galeria Paulo Campos Guimarães recebe escritores e artistas com o objetivo de mostrar e divulgar seus trabalhos relevantes no âmbito da cultura e da literatura. Na galeria há possibilidade de exposições, lançamentos de livros, performances teatrais, intervenções culturais, feiras, amostras entre outros eventos. O Hall das Coleções Especiais é um espaço alternativo oferecido pela Biblioteca no qual se realiza exposições, cursos, encontros de escritores e outras atividades culturais. E, localizada no Prédio Anexo da Biblioteca, a Passarela Cultural é um espaço singular e alternativo, onde escritores e artistas apresentam e divulgam os seus trabalhos.

Teatro José Aparecido de Oliveira

Com 192 lugares, o Teatro José Aparecido de Oliveira, localizado no coração da Biblioteca Pública, é singularmente centrado em temáticas que exaltam o universo dos livros e da leitura. É um espaço aberto a projetos que integrem a literatura às demais linguagens artísticas, como teatro, dança, música, cinema e eventos culturais como seminários, palestras, fóruns e encontros. Além disso, dá-se atenção especial às questões de inclusão, acessibilidade e à rica mineiridade que permeia a cultura do Estado.

Teatro de Arena

Já o Teatro de Arena, também localizado no prédio sede da biblioteca, é um espaço aberto que recebe shows, apresentações teatrais, feiras e mostras.

Extensão: atividades culturais de incentivo à leitura

O Núcleo de Extensão da Biblioteca Pública Estadual desenvolve ações de mediação e incentivo à leitura com o objetivo de fomentar o gosto pela leitura e democratizar o acesso ao conhecimento. Estas ações desempenham papel crucial na formação de novos leitores e na construção de uma sociedade mais informada, crítica e inclusiva. Destacam-se as seguintes iniciativas: visitas mediadas; rodas de leitura; hora do conto; Exposições literárias e temáticas; oficinas de arte e literárias; apresentações teatrais; lançamentos de livros; encontros e bate-papos com escritores; cursos e palestras. Todas as atividades oferecidas pelo Núcleo de Extensão são gratuitas.

Extensão: programa educativo

Mediante agendamento, a Biblioteca Pública Estadual realiza visitas mediadas para públicos variados. Crianças e adolescentes das redes pública e particular de ensino, de projetos sociais e demais interessados em conhecer o espaço podem participar gratuitamente de atividades de incentivo à leitura e de inclusão e acessibilidade. São oferecidas também de forma gratuita visitas panorâmicas, para grupos de pessoas interessadas em conhecer os setores de atendimento, os detalhes da arquitetura do prédio sede, as exposições alocadas nas galerias ou que queiram consultar e pesquisar o seu acervo, bem como Visitas Técnicas para públicos especializados e/ou interessados em conhecer a instituição, com foco na conservação, restauração e seleção de acervo, processamento técnico, arquitetura, execução de políticas públicas culturais do livro, leitura, literatura, bibliotecas e gestão governamental. Todas as visitas realizadas pelo Programa Educativo são gratuitas.

Extensão: Carro-Biblioteca

Serviço itinerante, o Carro-Biblioteca objetiva democratizar a informação e a leitura junto às comunidades socialmente vulneráveis em Belo Horizonte e Região Metropolitana que não possuem bibliotecas ou equipamentos culturais. Promove, também, ações culturais e educativas. As comunidades atendidas Instalada em veículo adaptado, a biblioteca móvel permite levar, aproximadamente, 3.500 livros, que tem os títulos renovados periodicamente para que o leitor sempre encontre novidades e exemplares em bom estado de conservação. Em 2023, o projeto ganha um novo veículo, que passa a atender cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Extensão: Caixa-Estante

Este projeto encaminha acervos cuidadosamente selecionados a instituições diversas (creches, centros socioeducativos, penitenciárias, APAE, Lar dos Meninos entre outras) com o objetivo de garantir o acesso ao livro, à leitura e à literatura para pessoas que não podem se deslocar até uma biblioteca. Promove, ainda, atividades diversas, como “Hora do conto e da leitura” e “Encontro com o escritor”. Em 2023, em parceria com a Secretaria de Estado de Justiça, foi iniciado projeto para remição de pena por leitura, em unidades prisionais.

Suplemento Literário

Considerado um dos mais respeitados periódicos literários do Brasil, o Suplemento Literário de Minas Gerais (SLMG) foi criado em 1966, sob a responsabilidade da Imprensa Oficial do Estado. Publicado semanalmente, acompanhou o Diário Oficial de Minas Gerais até 1992. Após uma breve interrupção, o SLMG retorna em 1994 com periodicidade mensal, tendo como responsável a Secretaria de Estado da Cultura. A história do Suplemento teve início pelas estradas pobres do Norte de Minas. Preocupado com a lacuna informacional na região, o governador Israel Pinheiro recomendou ao então diretor da Imprensa Oficial que preparasse uma seção noticiosa e uma página de Literatura, revivendo uma antiga tradição do Jornal Minas Gerais. Ao longo dos anos, o Suplemento Literário reuniu em suas edições figuras importantes como Guimarães Rosa, Carlos Drummond de Andrade, Lygia Fagundes Telles, Clarice Lispector, e promoveu novos escritores e deu visibilidade a autores menos conhecidos pelo público.

Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas e Comunitárias

Institucionalizado em 1984 e localizado na Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, o Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas e Comunitárias tem como objetivo o planejamento e a execução de projetos e programas que promovam a ampliação do serviço bibliotecário à população dos municípios mineiros, visando a democratização do acesso à informação e à leitura. Atende cerca de 800 bibliotecas públicas e comunitárias com capacitações, assessorias técnicas, doações de livros e empréstimo de exposições literárias itinerantes.

 Fotos: Leo Bicalho

 

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo esclarece as principais dúvidas para manter a transparência do processo relacionado à Lei Paulo Gustavo em Minas Gerais. Reunimos abaixo os questionamentos mais frequentes com as respectivas respostas, a fim de sanar as principais dúvidas e compartilhar com o público as informações necessárias, reforçando a transparência do processo.

 

A inscrição na Plataforma Prosas poderia ser menos burocrática?

Todos os dados que constam na plataforma Prosas são referentes a informações solicitadas pelo Ministério da Cultura. Além das informações referentes ao projeto, foram solicitados dados sobre o agente cultural em conformidade com a Instrução Normativa MinC 06/2023. A ampliação do prazo das inscrições foi motivada por diversas solicitações encaminhadas por proponentes, sobretudo do interior, e também recebidas por deputados envolvidos com a área da cultura.

Porque a publicação no dia 05/01 foi cancelada?

Foram encontradas inconsistências no resultado preliminar dos editais da LPG. Considerando-se o alto número de projetos inscritos nos editais da LPG, para que fossem realizadas todas as verificações, decidiu-se pela suspensão da publicação até que fossem corrigidas as inconsistências.

No dia 16 de janeiro de 2024, os resultados preliminares foram publicados juntamente com um calendário com todas as próximas etapas. Não houve suspensão.https://www.secult.mg.gov.br/noticias-artigos/8124-publicacao-dos-resultados-preliminares-dos-editais-da-lpg-02-ao-11

Porque foram realizados sorteios em algumas categorias?

Caso houvesse empate em todas as notas dos critérios de desempate, o próprio edital previa um sorteio. O sorteio foi realizado e por questões de transparência divulgou-se o vídeo. No edital 02, por exemplo, esta ação está prevista no item 9.4.1. Nos demais,  a numeração do item pode variar, mas sempre sendo o último na seção de avaliação das propostas.

Foram classificados projetos de funcionários do Governo de Estado de Minas Gerais?

Os editais estabeleciam que funcionários, comissionados e servidores da Secult não poderiam participar da concorrência. Não foi identificada a participação de nenhum funcionário que exerce função atualmente na Secult.  Observamos a participação de pessoas que ocuparam cargos comissionados há mais de 12 meses, obedecendo assim o estabelecido prazo de quarentena/descompatibilização estabelecido por lei. Além disso, as classificações e notas dos projetos foram determinadas pelos pareceristas que avaliaram que os projetos de ex-funcionários atenderam a todos os critérios para classificação e execução do projeto.

A Secult irá cumprir o cronograma existente?

Compreendemos que os prazos, previamente definidos estão no limite de execução, porém estamos trabalhando no fortalecimento da equipe para que os empenhos sejam concretizados até a data limite de 03/04.

Sobre os Editais de premiação e bolsas – 6, 7 e 11 e os impostos, já temos alguma definição?

O parecer n. 235/2023/CONJUR-Minc/CGU/AGU é inconclusivo quanto às retenções ou não dos impostos, gerando insegurança para a administração publica, portanto a definição está em análise jurídica da SECULT.

Qual o número de inscritos (BH e interior) e número de aprovados (BH e interior)?

Foram inscritas 5.403 propostas ao todo, sendo 1.987 de Belo Horizonte e 3.416 do interior, correspondendo, respectivamente, a 37 % e 63% do total. Por edital, o número de inscritos e aprovados ficou da seguinte maneira:

Edital 02:

1.629 inscritos, sendo 695 de Belo Horizonte e 934 do interior. 1.244 aprovados (acima de 70 pontos), sendo 415 classificados e 829 suplentes. Dos classificados 112 são de Belo Horizonte e 303 do interior. Dos suplentes 426 são de Belo Horizonte e 403 do interior.

Edital 03:

120 inscritos, sendo 19 de Belo Horizonte e 101 do interior. 84 aprovados (acima de 70 pontos), sendo 67 classificados e 17 suplentes. Dos classificados 5 são de Belo Horizonte e 62 do interior (93%). Dos suplentes 7 são de Belo Horizonte e 10 do interior.

Edital 04:

180 inscritos, sendo 76 de Belo Horizonte e 104 do interior. 135 aprovados (acima de 70 pontos), sendo 84 classificados e 51 suplentes. Dos classificados 32 são de Belo Horizonte e 52 do interior. Dos suplentes 29 são de Belo Horizonte e 22 do interior.

Edital 05:

96 inscritos, sendo 69 de Belo Horizonte e 27 do interior. 68 aprovados (acima de 70 pontos), sendo 65 classificados e 3 suplentes. Dos classificados 50 são de Belo Horizonte e 15 do interior. Dos suplentes 3 são de Belo Horizonte e 0 do interior.

Edital 06:

360 inscritos, sendo 229 de Belo Horizonte e 131 do interior. 278 aprovados (acima de 70 pontos), sendo 186 classificados e 92 suplentes. Dos classificados 89 são de Belo Horizonte e 97 do interior. Dos suplentes 87 são de Belo Horizonte e 5 do interior.

Edital 07:

487 inscritos, sendo 155 de Belo Horizonte e 332 do interior. 260 aprovados (acima de 70 pontos), sendo 176 classificados e 84 suplentes. Dos classificados 38 são de Belo Horizonte e 138 do interior. Dos suplentes 37 são de Belo Horizonte e 47 do interior.

Edital 08:

890 inscritos, sendo 310 de Belo Horizonte e 580 do interior. 623 aprovados (acima de 70 pontos), sendo 447 classificados e 176 suplentes. Dos classificados 109 são de Belo Horizonte e 338 do interior. Dos suplentes 93 são de Belo Horizonte e 83 do interior.

Edital 09:

344 inscritos, sendo 112 de Belo Horizonte e 232 do interior. 263 aprovados (acima de 70 pontos), sendo 180 classificados e 83 suplentes. Dos classificados 46 são de Belo Horizonte e 134 do interior. Dos suplentes 37 são de Belo Horizonte e 46 do interior.

Edital 10:

591 inscritos, sendo 184 de Belo Horizonte e 407 do interior. 424 aprovados (acima de 70 pontos), sendo 40 classificados e 384 suplentes. Dos classificados 3 são de Belo Horizonte e 37 do interior. Dos suplentes 134 são de Belo Horizonte e 250 do interior.

Edital 11:

706 inscritos, sendo 138 de Belo Horizonte e 586 do interior. 487 aprovados (acima de 70 pontos), sendo 439 classificados e 48 suplentes. Dos classificados 67 são de Belo Horizonte e 372 do interior. Dos suplentes 9 são de Belo Horizonte e 39 do interior.

Quais são as cotas?

Em todos os editais foram estabelecidas como cotas 20% para pessoas negras; 10% para pessoas indígenas; 5% para mulheres; 5% para LGBTQIAPN+; 5% para pessoas idosas; e 5% para pessoas portadoras de necessidades especiais. No edital 02 ainda foram previstos 5% para proponentes do interior, 5% para estreantes e 5% para comunidades tradicionais. Em todos os casos em que as linhas de repasse (menor divisão das categorias dos editais) tinha número superior a 13, foi garantida ainda 1 vaga para os aprovados originados de cada uma das 13 regiões intermediárias de Minas Gerais, com o número de vagas restantes, caso houvesse, sendo destinados às cidades de Menor Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do estado.

Quem encaminhou os documentos para habilitação e não recebeu resposta ou retorno, o que deve fazer?

Deverá aguardar, pois haverá 5 dias de prazo para assinatura do termo a contar da liberação por parte da Secult. Será enviado um e-mail assim que o documento for disponibilizado, então não é necessário se preocupar com a data prevista para assinatura do termo e recebimento de recursos neste momento. Também pedimos que não envie e-mail ou faça peticionamento intercorrente para que não sobrecarregue a equipe e também evite que o processo sofra qualquer atraso. A equipe está trabalhando no seu máximo para liberar os termos o quanto antes, sendo assim, aguarde o envio do termo.

Os valores excedentes dos editais, como serão utilizados?

Conforme pode ser verificado na seção ‘Celebração e Pagamento’ de todos os editais, “Quando houver saldo a ser repassado, será distribuído de forma igual aos projetos suplentes da mesma categoria. Caso ainda assim, reste valores a serem distribuídos, será decidido conjuntamente à Comissão da Lei Paulo Gustavo – MG a forma de remanejamento desses recursos.

Grupo de Choro Foto Grupo de Choro DivulgaçãoO Grupo de Choro, que se apresenta no dia 20 de junho no Museu Mineiro, é um projeto de extensão permanente da Escola de Música da UEMG (Grupo de Choro/Divulgação)

O Museu Mineiro dá início, nesta quinta-feira (6), à programação musical gratuita e especial de junho com a apresentação do Grupo Pandora, a partir das 18h, na Sala das Sessões. O show faz parte do projeto “Concerto no Museu”, realizado em parceria com a Escola de Música da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG). Formado por Stanley Levi, Talmer Oliveira, Júlia Rocha, Gustavo Ramos e Thiago Diniz, o Pandora nasceu com a missão de elaborar formas diferentes de tocar violão, tornando-o uma renovada “caixa de maravilhas”. Neste concerto, cujo foco são os autores brasileiros, o quinteto apresenta obras para diferentes formações, de solo a quinteto, e com variadas propostas estéticas: didáticas, de livre improvisação e indeterminação, e grandes obras solistas.

A programação do “Concerto no Museu” continua na próxima quinta-feira (13/06). Às 18h, na Sala das Sessões do Museu Mineiro, o flautista e compositor Felipe Amorim apresenta ao público o espetáculo “Música de Museu”, resultado de inquietações quanto à forma tradicional de se apresentar um concerto, apresentar uma música além de seus sons, sem modificar o ritual da tradição e ao mesmo tempo adicionar a ela novos elementos. A forma escolhida foi colocar lado a lado imagens e sons, contrapor a música das “Fantasias para flauta solo”, de Georg Philipp Telemann (1681-1767), e as pinturas de Antoine Watteau (1684-1721). Felipe Amorim também é professor na Universidade do Estado de Minas Gerais, doutor em flauta pela Universidade Federal da Bahia e passou pelos grupos O Grivo, Flutuar Orquestra de Flautas e Oficina Música Viva.

Já no dia 20 de junho, às 18h, também na Sala das Sessões do Museu Mineiro, a música fica por conta do Grupo de Choro, que é, ao mesmo tempo, um projeto de extensão permanente da Escola de Música da UEMG e uma disciplina optativa oferecida aos três cursos de graduação da instituição: Bacharelado com habilitação em Instrumento, Canto ou Regência Coral, Licenciatura com habilitação em Educação Musical Escolar e Licenciatura com habilitação em Instrumento ou Canto. Os trabalhos da prática musical em conjunto, da improvisação e das especificidades interpretativas do choro e da música popular brasileira são o foco central das atividades do Grupo de Choro.

Festival Internacional de Corais (FIC 2024)

Além dos concertos, o Museu Mineiro recebe., no dia 17 de junho, a partir das 19h, parte da programação da 23ª edição do Festival Internacional de Corais (FIC 2024), com a apresentação do Coral Black to Black, do Coral Imprensa ABT e do Coral Ensaio Aberto. Eles se apresentam na Sala das Sessões do Museu. O FIC é uma jornada através dos Belos Horizontes de Minas, exaltando todas as facetas deste estado querido, sua cultura vibrante, sua história profunda e a paixão que arde em cada um de seus filhos. O tema é relacionado à edição passada “Minas”, que celebrou a essência dessa terra tão rica.

Museu Mineiro

Inaugurado em 1982, o Museu Mineiro reúne em seu acervo um conjunto bastante diversificado de objetos referentes à história e à produção cultural e artística mineiras. Nas salas de exposição são exibidas obras de artistas consagrados, tais como: Manoel da Costa Ataíde, Yara Tupynambá, Amílcar de Castro, Jeanne Milde, Inimá de Paula, Lótus Lobo, Celso Renato, Sara Ávila, Guignard, Maria Helena Andrés, Di Cavalcanti etc.

Atualmente, o Museu exibe a exposição de longa duração “Minas das Artes, Histórias Gerais”, onde o visitante tem a oportunidade de conhecer uma vasta coleção de arte sacra, datada dos séculos XVIII e XIX, além de preciosidades do acervo, como a bandeira da Inconfidência Mineira, os manuscritos originais da obra “Tutaméia” de Guimarães Rosa, o retrato de Antônio Francisco Lisboa, conhecido como Aleijadinho, e a coleção de santos de devoção popular.

Serviço:

Mês da Música no Museu Mineiro, com o projeto “Concertos no Museu”
Grupo Pandora: nesta quinta-feira (6), às 18h
Felipe Amorim: na próxima quinta (13), às 18h
Grupo de Choro: 20 de junho, às 18h
Entrada gratuita

23ª edição do Festival Internacional de Corais
Dia 17 de junho, a partir das 19h, com apresentação dos corais Black to Black, Imprensa ABT e Ensaio Aberto
Entrada gratuita

Museu Mineiro
Av. João Pinheiro, 342 – Circuito Liberdade, BH
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facebook.com/museumineiro.mg/ 
instagram.com/museumineiro
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Ep1 A Carranca e o Rio São FranciscoOs jornalistas Juliana Perdigão e Odilon Amaral percorreram quase 6 mil km para mostrar as diferentes tradições, técnicas e artes produzidas em várias regiões do estado (Foto Reprodução)

Primeira série do Projeto Preserva, que viaja para mostrar exemplos de sustentabilidade, preservação ambiental e também cultural, “Saberes Ancestrais” estreia nesta sexta-feira (22), Dia Mundial da Água, às 18h30, na Rede Minas, com reprise no sábado (23), às 11h15. A produção audiovisual, capitaneada pelos jornalistas Juliana Perdigão e Odilon Amaral, tem cinco episódios e o primeiro, “A carranca e o Rio São Francisco”, já está disponível na plataforma EMCPlay. “Saberes Ancestrais” também será exibida no YouTube oficial do projeto, com episódios indo ao ar sempre às sextas-feiras.

A série documental traz, em cinco episódios, histórias que mostram como a natureza e seus recursos impactam a vida das comunidades do interior de Minas Gerais, sendo importante não só para a economia, como também para a formação da cultura local. A equipe percorreu quase 6 mil km para mostrar as diferentes tradições, técnicas e artes produzidas em várias regiões do estado.

O primeiro episódio, gravado em Pirapora, trata do universo do Rio São Francisco, suas lendas, seus trabalhadores, sua arte e seus desafios ambientais. Dirigido por Juliana Perdigão e Odilon Amaral, jornalistas com grande experiência em produções audiovisuais, a série apresenta um mergulho nas tradições e no modo mineiro de fazer arte e artesanato – transmitido há anos, por gerações – com histórias e paisagens de tirar o fôlego. A dupla visitou diferentes regiões do estado, entre março e setembro de 2023, mostrando a grandeza e a diversidade ambiental e cultural de Minas Gerais. Foram registradas várias técnicas tradicionais mineiras, como a cerâmica e a tecelagem, do Vale do Jequitinhonha; a escultura, com as carrancas do Rio São Francisco; o bordado, típico da Serra do Espinhaço; além da panha e do trabalho feito com a planta sempre-viva, também na região da Serra do Espinhaço, que recebeu da ONU o título de Patrimônio Agrícola Mundial.

A ancestralidade e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

O critério para a escolha dos lugares e artistas para a série foi a ancestralidade presente nas técnicas que garantem uso sustentável da matéria-prima local. Esses saberes preservam os recursos naturais, geram pertencimento comunitário e movimentam as economias locais. Não por acaso, a salvaguarda desses patrimônios está entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), criados pela ONU, em 2015, como um apelo global para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima, entre outras questões.

Saberes Ancestrais | Episódio 1: A carranca e o Rio São Francisco

Episódio gravado em Pirapora, norte de Minas, mostra os saberes da navegação no rio São Francisco, a partir das histórias dos pescadores e da tripulação do barco à vapor Benjamim Guimarães. Destaca também o trabalho dos artesãos que herdaram a técnica de escultura dos mestres carranqueiros. As carrancas, inicialmente usadas para proteção dos barcos, hoje são arte e também são um dos saberes do rio.

 

Festival Internacional Cultura Turismo Ouro Preto Secult DivulgaçãoSão esperados quatro mil visitantes nos três dias do Festival Internacional de Turismo e Cultura de Ouro Preto, que terá programação diversa e gratuita (Foto Secult/Divulgação)

A cultura e os destinos turísticos de Minas Gerais serão destaques do 4º Festival Internacional de Turismo e Cultura de Ouro Preto (Festur 2024), que acontece desta quarta (5/6), com abertura às 14h, a sexta-feira (7/6), no Centro de Artes e Convenções da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop). O estande do Governo de Minas, organizado pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG) e Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), dará visibilidade especial aos patrimônios mundiais do estado reconhecidos pela Unesco: as cidades de Ouro Preto, Tiradentes, Diamantina e o conjunto arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte.

Em Minas Gerais encontra-se mais de 60% do patrimônio histórico do país, o que ressalta a sua importância enquanto destino turístico cultural e artístico. Guardião de legados e saberes que atravessaram séculos, além de ter uma cozinha eleita a melhor do país e uma natureza exuberante, o estado atrai visitantes do mundo todo, o que o mantém na liderança do crescimento do turismo, superando em 15 vezes a média nacional em fevereiro de 2024, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O objetivo da ação, que integra os programas Mais Turistas e Minas para o Mundo: Mundo para Minas, é fortalecer ainda mais o turismo mineiro, colocando o estado como a primeira escolha dos turistas em nível nacional e internacional, além de popularizar Minas no mercado global. No estande do Governo do Estado, experiências, produtos e atrativos mineiros estarão em evidência para os 4 mil visitantes esperados nos três dias de evento, que tem entrada e atividades gratuitas.

Quem apresentará os destinos aos visitantes são profissionais das próprias localidades. Participarão da promoção turística representantes das Instâncias de Governança Regional (IGR) Pico da Bandeira, Circuito das Malhas, Trilha dos Inconfidentes, Circuito das Grutas, Mar de Minas, Campo das Vertentes e Circuito das Águas, além de parceiros do trade da Cordilheira do Espinhaço, Ouro Azul, Espinhaço Operadora, Ajuru, Minas Ecoturismo, Natventure, MHB Hotelaria, San Diego Hotelaria e Estrada Real.

O 4º Festival Internacional de Turismo e Cultura de Ouro Preto (Festur 2024) é realizado pelo Ouro Preto e Circuito do Ouro Convention & Visitors Bureau (CVB), produzido pela C:M Business Hub e conta com apoio do Governo de Minas Gerais, por meio da Secult-MG, entre outras instituições.

Sabores, Tradições e Negócios

O Festur contará com 51 estandes. Estarão presentes empresas do trade, circuitos turísticos e artesãos de 11 cidades: Barão de Cocais, Brumadinho, Catas Altas, Capitólio, Conceição do Mato Dentro, Congonhas, Diamantina, Mariana, Juiz de Fora, Turmalina e Ouro Preto. O tema de 2024 é “Sabores, Tradições e Negócios”. Cada um desses pilares dá nome a um espaço dedicado, respectivamente, à cozinha mineira, à cultura e ao empreendedorismo, promovendo uma programação que reflete a riqueza e a diversidade de Minas Gerais.

O “Espaço Sabores” terá várias cozinhas show, como as “delícias de amêndoas” e “caldo de vó Odete e banoffe à mineira”, entre outras opções. No “Espaço Tradições” serão ministradas oficinas de turbante e crochê, além de palestras como “Transformando pausas em oportunidades”. No “Espaço Negócios” acontecerão encontros com receptivos, trocas de experiências sobre gestão e diversas palestras, entre as quais “Sustentabilidade no turismo” e “Royalties do minério, fundos municipais e o poder transformador do crédito para micro e pequenas empresas”. Haverá, ainda, apresentações culturais e palestras no Espaço Gourmet, no foyer e no Teatro Ouro Preto.

O evento no Centro de Artes e Convenções da Ufop acontecerá das 14h às 22h. A entrada é gratuita, assim como a participação nas atividades, mas é necessário retirar ingressos na plataforma Sympla. A exceção é em relação ao Fórum de Guias de Turismo, Profissionais de Cultura e Turismo de Minas Gerais, promovido pela Associação de Guias de Turismo do Brasil Seção Minas Gerais (Agturb), em comemoração aos seus 44 anos.

Conexão com os Estados Unidos

O Festur 2024 também celebra a conexão com os Estados Unidos. O intercâmbio se dará por meio de duas atrações: a primeira é o concerto do pianista americano Evan Magaro, que se apresentará às 19h30 desta quarta-feira, no Teatro Ouro Preto, ocasião da solenidade de abertura do festival. Na quinta (6/6), às 19h, será a vez da palestra master “Encantar para fidelizar: excelência em atendimento e experiência do cliente”, baseada no livro “O jeito Disney de encantar os clientes e outros empreendedores visionários”. Quem comandará a aula é a dupla composta por Hélio Cabral e Marcelo Fazzio, CEO e COO da Lux Academy Education, empresa de treinamento e desenvolvimento com ações nos Estados Unidos e no Brasil.

Importância do Festur

O Festur acontece em Ouro Preto, uma das cidades de maior potencial turístico de Minas Gerais, tendo em seu entorno atrativos como a Serra da Piedade, o Santuário do Caraça, o Sítio Arqueológico da Pedra Pintada, o Inhotim e a própria capital mineira. A localização privilegiada favorece a crescente relevância do festival, que já soma, nas edições anteriores, 127 cidades participantes, 14 países, 185 expositores, 11 regiões turísticas e mais de 9,5 mil visitantes. Por meio da promoção do empreendedorismo e da geração de oportunidades de emprego e renda, o evento contribui para o desenvolvimento econômico de toda a região. Além disso, a valorização da história e da cultura mineira eleva o sentimento de pertencimento e a autoestima das comunidades locais.

Serviço

Data: 5 a 7/6/2024 (quarta a sexta-feira)

Horário: 14h às 22h (Espaço Gourmet e Intervenções Culturais até meia-noite)

Local: Centro de Artes e Convenções da Ufop - Rua Diogo de Vasconcelos, número 328 – bairro Pilar, Ouro Preto (MG)

Inscrições: Gratuitas, via Sympla

Encenação da Paixão de Cristo em DiamantinaSemana Santa em Diamantina: momento de fé, religiosidade e tradição (Foto Reprodução site minasgerais.com.br)

Os cerca de 400 mil turistas esperados em Minas Gerais durante a Semana Santa terão à disposição uma programação diversa e gratuita, que une tradições e ritos da fé e da religiosidade em missas, procissões, encenações da Paixão de Cristo, vigílias, oficinas, mostra de cinema, exposições, apresentações musicais e outras atrações em todas as regiões do Estado. Os eventos integram a segunda edição do programa turístico Minas Santa, que conta com a adesão de aproximadamente 600 municípios. O programa turístico Minas Santa posiciona o estado como o principal destino no país durante a Semana Santa e estimula a economia da criatividade. Em Minas Gerais, a Semana Santa representa um incremento extremamente significativo no turismo. Em abril de 2023, após as celebrações religiosas, o estado registrou crescimento de 720% – recorde histórico – acima da média nacional, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Também no ano passado, Minas Gerais cresceu 130% acima da média brasileira.

A programação do Minas Santa, apresentada nesta sexta-feira (22), no Paláico da Liberdade, pode ser acessada no portal Minas Gerais (minasgerais.com.br). No site, há um portfólio com as atividades cadastradas pelos municípios. Na lista abaixo, confira alguns destaques. O Minas Santa 2024 é uma iniciativa do Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), da Fundação Clóvis Salgado (FCS), do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) e da Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP), com patrocínio da Cemig, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

“A Semana Santa é o grande momento de movimentação turística em Minas Gerais, é a maior celebração que temos aqui e um grande movimento do turismo interno em Minas. Esse fluxo do turismo da fé é muito importante para o estado. Todas as nossas ações na Semana Santa encontram a cultura, desde o patrimônio histórico até o artesanato. Nesse período, temos a união das artes: o teatro, a música, a dança, as artes plásticas, a escultura e a moda. Em Minas, há um universo imenso de manifestações e de uma variedade muito rica”, ressalta o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

As cidades históricas mineiras são destinos destaques durante a Semana Santa. Tradicionalmente, Ouro Preto e São João del-Rei são as cidades mais procuradas pelos turistas neste período. Em 2023, Ouro Preto recebeu cerca de 25 mil visitantes, tendo uma taxa de ocupação hoteleira acima dos 90%. Em 2024, são esperados cerca de 30 mil turistas durante a celebração.

O Minas Santa também terá programação em rotas do estado como o Caminho da Luz, Caminho da Fé, Caminho Nos Passos de Dom Viçoso, Caminho das Capelas, Caminhos Franciscanos e o Caminho Religioso da Estrada Real (Crer), que compreende 31 municípios, como Caeté, Itabirito, Mariana, Tiradentes e São Lourenço. O programa também mapeia congressos, retiros, shows e espetáculos da comunidade evangélica, assim como contempla expressões religiosas de matriz africana, como a Feitura do Cordão de São Francisco, no terreiro do Quilombo Pena Branca, no município de São Francisco, no Norte de Minas. O Minas Santa 2024 conta com o apoio da Reitoria do Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade – Padroeira de Minas Gerais, Fecitur – Federação dos Circuitos Turísticos de Minas Gerais, Rede Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo, Associação Mineira de Municípios (AMM) e Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais.

São João Nepomuceno

Missas, procissões na zona urbana e rural, apresentação teatral e cantos, entre outras atividades, acontecem na Semana Santa promovida pelas Paróquias de São João Nepomuceno, na Zona da Mata mineira. Na Sexta-feira Santa (29/3), a Cia de Teatro Novos Horizontes apresenta, há mais de 30 anos, no adro da Igreja Matriz, a encenação da Paixão de Cristo. No domingo de Páscoa (31/3), às 5h, uma procissão segue pelas ruas do centro da cidade comemorando a ressurreição de Jesus Cristo.

Diamantina

Na Semana Santa, um grupo de mais de 80 homens se organiza em uma tradição de mais de 100 anos e sai às ruas de Diamantina encenando os passos e a paixão de Jesus Cristo. Eles usam escudos e alabardas e marcham lentamente pela cidade em procissão. Ao caminhar, batem fortemente os pés e as alabardas no chão. A Guarda Romana foi reconhecida como patrimônio cultural do município. Feitura de tapetes devocionais, Encomendação das Almas, procissões, execução de músicas sacras dos séculos 18 e 19, e apresentação de bandas corais e orquestras também estão na programação. Outro rito importante da Semana Santa em Diamantina é o Concerto do órgão Histórico da Igreja de Nossa Senhora do Carmo.

Caeté

A tradicional Semana Santa em Caeté, na região metropolitana de Belo Horizonte, é celebrada entre ladeiras, praças e igrejas do Centro Histórico da cidade. Procissões, missas, sermões e outras celebrações estão previstas. Também haverá programação no distrito de Morro Vermelho, na zona rural do município. O Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade – Padroeira de Minas Gerais, na Serra da Piedade, localizado a 48 km da capital mineira e a 16 km do município de Caeté, é um importante local da fé e tem missas diárias.

Baependi

Na Quinta-feira Santa (28/03), a cidade do Sul de Minas será palco da encenação “Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo”, a partir das 21h30, nas praças da Igreja do Rosário e da Igreja da Boa Morte. Durante a Semana Santa, procissões, Cerimônia do Lava Pés, execução de músicas sacras dos séculos 18 e 19 e apresentações de bandas integram a programação. Uma agenda de celebrações também acontecerá no Santuário da Imaculada Conceição da Beata Nhá Chica.

Centralina

Durante todo o período quaresmal, que se inicia na Quarta-feira de Cinzas, a Paróquia Cristo Rei e Nossa Senhora do Carmo, matriz do município localizado no Triângulo Mineiro, realiza as atividades que remetem à Quaresma. Na Semana Santa, em especial, são realizadas várias atividades, como a encenação da Paixão de Cristo, exibição de filme temático, procissões, Cerimônia do Lava pés e vigílias. Os fiéis e visitantes da região participam de todas as atividades.

Serra da Saudade

Menor cidade do Brasil em termos de população, com apenas 833 habitantes, segundo o Censo 2022, Serra da Saudade também conta com programação especial para a Semana Santa. Na encenação da Paixão de Cristo, na Praça do Carmo, a comunidade se reúne para apresentar o espetáculo. Alunos da rede municipal se vestem para a montagem do teatro mostrando as últimas horas de Cristo. Realização da Via Sacra, Encomendação das Almas, Cerimônia do Lava Pés, vigílias e o Rito da Imposição das Cinzas integram a programação na cidade do Centro-Oeste mineiro.

Belo Horizonte

A programação em Belo Horizonte na Semana Santa, desenvolvida pela Fundação Clóvis Salgado, inclui exposição de arte no Palácio da Liberdade, oficinas, mostra de cinema no Cine Humberto Mauro, concerto de música litúrgica no Palácio das Artes e a encenação “Via Sacra da Liberdade”, realizada de forma inédita no Circuito Liberdade. Os principais passos de Jesus na Via Crucis serão representados na Sexta-feira da Paixão (29/03), a partir das 19h. O espetáculo terá início em frente ao prédio do Iepha, segue em cortejo pela alameda da Praça da Liberdade, passa pelo Palácio da Liberdade e termina na Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem.

Januária

Na Sexta-feira da Paixão (29/03), a encenação da Paixão de Cristo, na Praça Romão da Mota, será realizada no distrito de Brejo do Amparo pela própria comunidade. O espetáculo faz parte da programação da Semana Santa na cidade do Norte de Minas, celebrando as tradições e culturas em torno do feriado religioso cristão. Realização da Via Sacra, procissões, vigílias e uma exposição sobre a Semana Santa também integram a agenda em Januária.

Marilac

No município do Vale do Rio Doce, a Farra do Boi é uma festa folclórica com raízes religiosas. São construídos bonecos gigantes e bois artesanais. A comunidade se divide em blocos e sai pelas ruas da cidade à meia-noite do Sábado de Aleluia. Enquanto um grupo segue atrás de um boneco intitulado Judas cantando repentes nas portas das casas dos moradores, os outros blocos correm dos “bois” pelas ruas. A festa dura dois dias. Na noite de sábado haverá shows e no domingo, durante o dia, a queima do Judas.

São João del-Rei

Tapetes devocionais, procissões, Cerimônia do Ofício de Trevas, apresentação de corais e orquestras, encenação da Paixão de Cristo, Festa dos Passos, Cerimônia do Domingo de Ramo, vigílias e Encomendação das Almas são algumas atrações da Semana Santa em São João del-Rei, na região Central do Estado. Destaque também para o “Combate dos Sinos”, um dos ritos do período da Quaresma. Trata-se de uma “batalha” protagonizada pelos sinos de três igrejas do Centro Histórico – Catedral Basílica Nossa Senhora do Pilar, Igreja São Francisco de Assis e Igreja Nossa Senhora do Carmo.

Lançamento Minas Junina 2024 Foto Leo Bicalho Secult 4Lançado nesta quarta-feira (29), programa turístico Minas Junina celebra a cultura das festas juninas em Minas Gerais e impulsiona a economia da criatividade em cerca de 300 municípios

Em mais uma ação que ressalta Minas Gerais como um dos principais destinos do país, líder em movimentação turística e palco de tradicionais eventos juninos, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, lançou, nesta quarta-feira (29), a segunda edição do Minas Junina. Entre 1º junho e 31 de julho, o programa terá cerca de 450 ações em 300 municípios, números que apontam um crescimento de 20% em relação ao ano passado, e será responsável por gerar uma movimentação turística de aproximadamente três milhões de pessoas, 20% a mais que em 2023, quando 2,6 milhões de turistas viajaram pelo estado nesse período, segundo dados do Observatório do Turismo.

O Minas Junina 2024, cujo lançamento no Prédio Verde do Iepha, na Praça da Liberdade, contou com a apresentação do grupo de quadrilha Sangê Minas, terá “Comida de Frio” como tema, uma maneira de promover e valorizar a cozinha mineira típica das festas juninas, como os derivados de milho e mandioca, reconhecidos como Patrimônio Cultural Imaterial do estado de Minas Gerais em julho de 2023, e o quentão, feito com cachaça, outro Patrimônio Cultural do estado. O evento é realizado em parceria com a Rede Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo, Federação dos Circuitos Turísticos de Minas Gerais (Fecitur) e Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais.

Com música, dança, pratos típicos, folclore e decoração, as festas juninas têm longa tradição e fazem parte da cultura de Minas Gerais. Em muitos municípios, esses eventos se misturam às manifestações de fé, como procissões, festas do Santíssimo Sacramento e hasteamento de bandeiras em mastros próximos a igrejas, já que o período é dedicado aos Santos Antônio, João e Pedro.

No portal Minas Gerais, um portfólio de festividades juninas, executado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), reúne eventos e manifestações culturais em todo o estado, integrando o turismo e a cultura. Municípios que incluírem suas programações irão somar pontos para receber repasses do ICMS Patrimônio Cultural. O objetivo é mapear os municípios com tradição juninas, fomentando a elaboração de rotas turísticas com essa temática. Os dados inseridos também serão utilizados pelo Iepha-MG visando o planejamento, execução e gestão de políticas públicas.

Festas em BH e no interior

Miraí, na Zona da Mata, promoverá seu 1º Circuito Junino, com a participação de diversas escolas municipais. Festas e quadrilhas em várias instituições de ensino também estão na programação do Festival Junino de Novo Cruzeiro, no Alto Jequitinhonha. Reacendendo a Fogueira – Festival de Quadrilhas, em Salinas, no Norte de Minas, o 34° Arraiá do Zé Bagunça, em Bueno Brandão, no Sul do estado, e o JuliFest 2024, em Itabirito, na região Central, vão fomentar a economia da criatividade e celebrar a cultura junina de Minas Gerais. Cidades como Itaúna, Serra da Saudade, Bom Despacho, Peçanha, Estiva, Itanhandu, Simão Pereira, Guaxupé e Resplendor também já cadastraram seus eventos.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, diz que o Minas Junina representa a consolidação do estado “como um destino (para a temporada) de frio, um destino de manifestação da cultura popular que, em terras mineiras, tem caracteristicas muito próprias nessa junção da fogueira, dos povos indígenas, da cultura negra e também dessa cozinha estritamente híbrida”.

Em Belo Horizonte, a festa será realizada no Palácio da Liberdade. Entre os dias 28 e 30 de junho, o histórico edifício e seus jardins, iluminados e decorados especialmente para o evento, sediará a segunda edição do Arraiá da Liberdade, que terá uma extensa programação cultural, artística e gratuita com muita música, comidas típicas, brincadeiras juninas, Cozinha Viva, espaços instagramáveis, quadrilhas e espetáculos infantis.

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater–MG) estará presente no Arraiá da Liberdade com uma feira de produtos agroecológicos, para a promoção do desenvolvimento rural sustentável centrado na agricultura familiar. Inclusivo, o evento também terá participação de instituições de atenção a pessoas com deficiência. O Arraiá da Liberdade 2024 é uma realização do Governo de Minas, por meio da Secult e da Fundação Clóvis Salgado, com patrocínio da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), via Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

“Estamos no caminho certo de promover Minas Gerais como foco no desenvolvimento da economia da criatividade, gerando cada vez mais postos de trabalho e, consequentemente, mais renda e mais qualidade de vida. Só no período das festas juninas, esperamos um crescimento de 20% em relação aos números do ano passado. Estamos ainda mais preparados para alcançar esse crescimento”, destaca a Secretária de Estado Adjunta de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Josiane de Souza.

ICMS Patrimônio Cultural

O ICMS Patrimônio Cultural é um programa de incentivo do Iepha-MG à preservação do patrimônio cultural do Estado. Ele funciona por meio de repasse dos recursos aos municípios que preservam seu patrimônio e suas referências culturais, através de políticas públicas relevantes. Há vários critérios de análise para pontuação e um deles é a adesão dos municípios às políticas estaduais, como o Minas Junina, em que são avaliados o cadastro e as ações implementadas pelas cidades dentro das ações de mobilização de incentivo à cultura e ao turismo no Estado.

O ICMS Patrimônio Cultural estimula as ações de salvaguarda dos bens protegidos pelos municípios por meio do fortalecimento dos setores responsáveis pelo patrimônio das cidades e de seus respectivos conselhos em uma ação conjunta com as comunidades locais. Nas Rodadas Regionais virtuais e presenciais, com grande participação de gestores municipais e agentes culturais dos municípios,o Iepha-MG oferece orientações sobre as políticas de preservação. São feitas divulgações em todos os canais de comunicação institucional, desde mailing até site e redes sociais.

Encenação Paixão de Cristo Foto Leo Bicalho Secult 2Um trecho do espetáculo teatral da Paixão de Cristo foi encenada na manhã desta sexta-feira (22), no Palácio da Liberdade (Fotos Leo Bicalho/Secult)

Em Minas Gerais, a Semana Santa é responsável por impulsionar o turismo e a economia da criatividade. Em abril de 2023, após as celebrações religiosas, o estado registrou crescimento de 720% – recorde histórico – acima da média nacional, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Também no ano passado, Minas Gerais cresceu 130% acima da média brasileira. São esses números relevantes que fazem com que a segunda edição do programa turístico Minas Santa conte com 600 municípios e posicione o estado como o principal destino no país durante o período, que irá gerar um fluxo de 400 mil turistas em Minas Gerais. Com o lançamento do Minas Santa, o Aeroporto de Confins receberá 90 voos extras.

Patrimônio histórico em diversas cidades mineiras e período marcante da cultura no estado, a Semana Santa inspira uma celebração inédita em Belo Horizonte, resultado de uma parceria entre o Governo de Minas e a Cemig. Na Sexta-feira da Paixão (29/03), a partir das 19h, a encenação teatral da Paixão de Cristo irá percorrer trechos do Circuito Liberdade até chegar à Igreja da Boa Viagem. O espetáculo, realizado pela primeira vez neste local, faz parte da programação especial do programa turístico Minas Santa 2024. As ações do projeto foram apresentadas nesta sexta-feira (22), no Palácio da Liberdade.

A montagem é uma iniciativa da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado (FCS) e do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), com patrocínio da Cemig, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura, e realização do Centro Artístico Cultural São João Batista (Cenarc). Um trecho da encenação foi apresentado no Palácio da Liberdade, na manhã desta sexta.

“A Semana Santa é o grande momento de movimentação turística em Minas Gerais, é a maior celebração que temos aqui e um grande movimento do turismo interno em Minas. Esse fluxo do turismo da fé é muito importante para o estado. Todas as nossas ações na Semana Santa encontram a cultura, desde o patrimônio histórico até o artesanato. Nesse período, temos a união das artes: o teatro, a música, a dança, as artes plásticas, a escultura e a moda. Em Minas, há um universo imenso de manifestações e de uma variedade muito rica”, ressalta o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

Programação no Circuito Liberdade

A programação em Belo Horizonte, desenvolvida pela Fundação Clóvis Salgado, também inclui exposição de arte, oficinas e mostra de cinema. A encenação teatral da Paixão de Cristo retrata os principais passos de Jesus na Via Crucis e terá início em frente ao prédio do Iepha, segue em cortejo pela alameda da Praça da Liberdade, passa pelo Palácio da Liberdade e termina na Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem. O enredo se inicia no prédio do Iepha com a prisão, julgamento, condenação e açoite de Jesus, seguida de Seu encontro com Maria, as mulheres de Jerusalém, Verônica e Simão de Cirene na alameda da Praça da Liberdade. Em frente ao Palácio da Liberdade, será encenado o caminho do calvário, a crucificação e a morte de Jesus. O evento termina com o sermão do descendimento pelo Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte, Dom Walmor de Oliveira Azevedo, e a procissão do enterro.

Com direção geral de Antony Diniz e direção artística de Magdalena Rodrigues, a encenação terá apresentação pública, totalmente gratuita – presencial e com transmissão para todo estado, pela Rede Minas de Televisão e TV Horizonte. O espetáculo conta com a participação de um elenco de aproximadamente 60 pessoas do Centro Artístico Cultural São João Batista (Cenarc), localizado no bairro Salgado Filho, proponente do projeto, incluindo alguns profissionais, que já atuam em encenações populares.

A encenação da Paixão de Cristo do programa Minas Santa é uma versão adaptada de “A Luz da Paixão”, espetáculo apresentado pelo Cenarc há 30 anos em ruas e praças de Belo Horizonte, em especial na Praça da Estação, onde o espetáculo completo da Paixão de Cristo atraiu multidões, sendo considerado o segundo maior evento temático na Semana Santa, perdendo somente para a Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, em Pernambuco.

Capacitação

As ações da Fundação Clóvis Salgado também preveem oficinas de capacitação profissional voltadas ao público em geral e atores. As atividades já estão sendo realizadas. Os cursos, organizados pelo Centro Artístico e Cultural São João Batista e pelo Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado de Minas Gerais (Sated/MG), trabalham técnicas como cenografia, figurino e adereçaria, educação e expressão corporal e introdução à iluminação cênica. O Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart), da FCS, também está promovendo oficinas de capacitação para técnicos e produtores de eventos, como iluminação de fachada de igrejas. O objetivo é aprimorar os profissionais envolvidos nas encenações da Semana Santa em todo o estado, visando qualificar e melhorar as produções e o patrimônio, bastante visitadas pelos turistas.

Ainda dentro da programação do Minas Santa, intervenções artísticas de grupos de cidades do interior, como Congonhas e Alpinópolis, estão previstas para acontecer no pátio frontal do Palácio da Liberdade, nos mesmos dias e horários de visitação ao espaço. Também em Belo Horizonte, a Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP) ofereceu oficinas de feitura de tapetes devocionais no Centro de Arte Popular, no Circuito Liberdade. Os encontros terminam nesta sexta-feira (22). No sábado de Aleluia (29), tapetes serão montados em frente às sedes da instituição em Ouro Preto, Guaxupé e Paracatu.

Cinema e exposição

Para celebrar o Dia do Artesão, em 19 de março, data marcada pelo Dia de São José, o Palácio da Liberdade irá abrigar, até 31 de março, a exposição “São José – o artesão”, que faz parte da programação da 7ª Semana do Artesão Mineiro e do Programa Minas Santa. A exposição reúne obras de mais de 150 artesãos de diversos municípios do estado, divididas entre o Palácio da Liberdade e o Centro de Artesanato Mineiro, na vitrine especial do Palácio das Artes. “São José – o artesão” tem patrocínio da Cemig, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

Utilizando diversas matérias-primas, como a madeira, a tinta, a cerâmica, o papel, o tecido, as fibras e o metal, a mostra homenageia São José e os artesãos de todo o estado por meio de esculturas, pinturas, bordados, entalhes, mosaicos, serralherias e dobraduras. Responsável por traduzir em materialidades diversas, da cerâmica aos tecidos, cenas do cotidiano, vivências coletivas, sentimentos e crenças do povo mineiro, o artesanato desempenha um papel fundamental na preservação da história e da tradição de nosso estado, além de gerar emprego e renda e estimular a economia da criatividade.

Coletiva Leônidas de Oliveira Foto Leo Bicalho SecultO secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, falou sobre a programação do Minas Santa 2024 e destacou a importância do projeto para o turismo no estado

Já no Cine Humberto Mauro, no Palácio das Artes, o público poderá conferir, de 28 de março a 10 de abril, uma mostra dedicada à cinematografia do diretor indiano-americano M. Night Shyamalan, um dos grandes nomes do cinema hollywoodiano. Independentemente do gênero, uma temática atravessa a obra de Shyamalan: a fé. Seus filmes não tratam de qualquer religiosidade específica, apesar da liturgia formal que o cineasta utiliza para abordar os mistérios dos seus enredos. A fé é a força motriz para enriquecer a complexidade e a profundidade de suas obras.

Minas Santa 2024

A programação do Minas Santa 2024, que se estende até dia 31 de março, no Domingo de Páscoa, pode ser acessada no portal Minas Gerais (minasgerais.com.br). O Minas Santa é uma iniciativa do Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo, do Instituto do Patrimônio Histórico (Iepha-MG), da Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP) e da Fundação Clóvis Salgado (FCS), com patrocínio da Cemig, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura. O programa conta com o apoio da Reitoria do Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade – Padroeira de Minas Gerais, Fecitur – Federação dos Circuitos Turísticos de Minas Gerais, Rede Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo, Associação Mineira de Municípios (AMM) e Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais.

Cemig: a energia da cultura

Como uma das maiores incentivadoras da cultura em Minas Gerais, a Cemig segue investindo e apoiando as diferentes produções artísticas existentes nas várias regiões do estado. Afinal, fortalecer e impulsionar o setor cultural mineiro é um compromisso da Companhia, refletindo seu propósito de transformar vidas com energia. Ao abraçar a cultura em toda a sua diversidade, a Cemig potencializa, ao mesmo tempo que preserva, a memória e a identidade do povo mineiro. Assim, os projetos incentivados pela empresa trazem na essência a importância da tradição e do resgate da história, sem, contudo, deixar de lado a presença da inovação. Apoiar iniciativas como essa reforça a atuação da Cemig em ampliar, no estado, o acesso às práticas culturais e em buscar uma maior democratização dos seus incentivos.

Cine Pojichá em Ataléia Foto Instituto In Cena DivulgaçãoEdição do projeto Cine Pojichá, viabilizado com recursos da Lei Paulo Gustavo, em Ataléia (Foto Instituto In-Cena/Divulgação)

O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), implementou diversas medidas para descentralizar, democratizar e ampliar o acesso dos trabalhadores e trabalhadoras da cultura à Lei Paulo Gustavo. O resultado é que das 5.403 propostas inscritas no estado, 3.416, número que corresponde a 63% do total, foram de proponentes residentes no interior. A relação de projetos aprovados também reflete a desconcentração dos recursos: 74% dos contemplados – ou 1.548 de um total de 2.099 selecionados – são de fora de Belo Horizonte.

Segundo dados divulgados na quarta-feira (22/5), 91% dos projetos já haviam recebido o pagamento, colocando Minas Gerais nas primeiras posições de um ranking dos estados com melhores índices de repasses já realizados. Com o início da execução dos projetos, todas as regiões do estado terão cultura de qualidade e em diversas linguagens, além de geração de emprego e renda.

Diálogo

Os números refletem as ações colocadas em prática ao longo da execução da LPG no estado. A lei, num esforço do Governo de Minas em diálogo com gestores municipais, conselhos de cultura e trabalhadores do setor, teve adesão de 99% das cidades mineiras e irá injetar R$ 182,3 milhões no setor em todo o estado. A participação elevada se deve também às políticas da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais. Além das ações de descentralização, a Lei Paulo Gustavo no estado garantiu repasses a municípios de baixo Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), além de contemplar todas as regiões intermediárias em Minas, o que é bastante positivo dada a complexidade do estado quanto às características regionais. Entre alguns contemplados, estão fazedores de cultura de Presidente Kubitschek, Caraí, Morro do Pilar, Araponga, Santa Helena de Minas.

Para o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, o processo da Lei Paulo Gustavo no estado e suas dificuldades revelaram a necessidade de rever instrumentos administrativos da Secult. “No momento, estamos preparando a equipe para a Política Nacional Aldir Blanc e já temos aprovada a contratação temporária de efetivo para uma maior qualidade nas entregas, que, agora, serão mais eficientes com a regulamentação da Lei Descentra Cultura", explica.

Leônidas acrescenta que, por outro lado, a descentralização dos recursos já ocorrida na LPG e 99% de adesão dos municípios mineiros é um marco histórico. "Os recursos da LPG em Minas, já repassados a mais de 90% dos projetos aprovados, trarão grande evolução para o setor cultural e a economia da criatividade, meta do Conselho Estadual de Política Cultural (Consec)”, afirma.

Alcance ampliado a diferentes públicos

Promulgada em 8/7/2022 e regulamentada pelo Governo Federal em 11/5/2023, a Lei Paulo Gustavo previa, obrigatoriamente, 20% de cotas para pessoas negras e 10% para pessoas indígenas. Em Minas Gerais, esse percentual foi ampliado para outros grupos sociais. Em dez editais, pessoas LGBTQIAPN+, idosos, pessoa com deficiência (PcD) e mulheres tiveram 5% de cota, cada. Ou seja, todos os editais tiveram, pelo menos, 50% de cotas garantidas. Segundo a subsecretária de Cultura de Minas Gerais, Nathalia Larsen, a adoção dos critérios de regionalização e interiorização, além da extensão da garantia de repasse aos quatro grupos citados, terá um efeito muito benéfico na cadeia produtiva da cultura em toda Minas Gerais, especialmente nos municípios menos desenvolvidos e com menor população.

“A garantia do acesso às mais diversas formas de expressões artísticas e culturais, e a ampla distribuição do recurso por todas as regiões de Minas, alcançando municípios remotos e de pequeno porte, inserem maior número de pessoas na cadeia produtiva, impulsionam a economia da criatividade e garantem uma Minas Gerais mais diversa e inclusiva”, afirma Larsen.

LPG movimenta cultura no interior

Em Santos Dumont, na Zona da Mata, Aline Barbosa diz que está ligada à área cultural “desde que me entendo por gente”. Psicóloga, ela também tem formação como agente de turismo rural e, após ser contemplada na Lei Aldir Blanc, em 2021, fazer cursos de escrita de projeto, integrar fóruns de cultura e se envolver mais em pesquisas e estudos sobre gestão cultural, aprovou dois projetos na Lei Paulo Gustavo. “Camponesa”, que irá ressaltar, por meio de um catálogo fotográfico e uma exposição, o protagonismo das mulheres em Conceição do Formoso, distrito de Santos Dumont, ligadas ao trabalho de crochê, bordado, artesanato e gastronomia; e um projeto de circulação da trupe circense Cia. 14 Risos, que se apresentará em Conceição do Formoso, Mantiqueira e no quilombo São Sebastião da Boa Vista.

“A LPG traz recursos para as cidades do interior e, assim, conseguimos remunerar os profissionais. Antes, estava quase tudo concentrado em BH, a gente tinha que trabalhar no interior por amor. A LPG provoca um movimento, é um alento muito grande e, pessoalmente, traz efeitos muito positivos para mim. Me sinto uma artista que faz a diferença para a cultura mineira”, ressalta Aline Barbosa. 

O cineasta Florisvaldo Cambuí Jr., de Teófilo Ottoni, teve seu projeto viabilizado pela Lei Paulo Gustavo, mais uma edição do “Cine Pojichá”, festival de cinema itinerante que passou por seis cidades dos vales do Mucuri e do Jequitinhonha – Teófilo Otoni, Padre Paraíso, Nanuque, Ataléia, Crisólita e Novo Cruzeiro – e voltará aos mesmos locais em uma segunda etapa nos próximos meses. Florisvaldo diz que é “imprescindível ter políticas de cotas e recursos descentralizados”. “É importante que os recursos públicos sejam direcionados também para o interior, assim como é fundamental haver facilitação de acesso e menos burocracia”, acrescenta o cineasta.

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O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, com coordenação da Diretoria de Capacitação e Qualificação, realiza o curso “Introdução ao Turismo”, gratuito e online. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas até o dia 3 de abril no site www.ead.secult.mg.gov.br. O início das aulas está previsto para o dia 4 de abril de 2024.

Serão oferecidas 500 vagas via plataforma de Ensino à Distância Minas Cultura e Turismo.

A iniciativa faz parte do programa estadual de qualificação do turismo, “Minas Forma, Minas Transforma”, que busca aprimorar o setor a curto e médio prazo, alinhado com as demandas do mercado de trabalho mineiro, especificidades e padrões culturais locais e novas tendências e paradigmas do setor.

O curso “Introdução ao Turismo” reflete, assim, o comprometimento do Governo de Minas com a qualificação e o desenvolvimento do setor turístico em Minas Gerais e o esforço em proporcionar oportunidades de aprendizado acessíveis aos gestores e gestoras, contribuindo para o fortalecimento do turismo local.

Poderão participar profissionais do setor turístico, empreendedores, gestores públicos e demais interessados em aprofundar seus conhecimentos básicos sobre o setor. O foco do curso é oferecer conhecimentos fundamentais no âmbito do turismo, proporcionando uma compreensão ampla dos princípios, segmentos e impactos dessa atividade.

A carga horária é de 25 horas, distribuídas em 4 módulos ao longo de 4 semanas. Será oferecido certificado aos participantes que concluírem o curso.

 

Divulgação Curso Infográficos

 

Oportunidade única para profissionais do setor turístico, empreendedores, gestores públicos e demais interessados, o curso Aprenda a Elaborar Infográficos para Dados Turísticos Usando Ferramentas Gratuitas está com inscrições abertas até o dia 4 de junho na plataforma de Ensino a Distância Minas Cultura e Turismo. A iniciativa é do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), com coordenação da Diretoria de Capacitação e Qualificação.

Serão oferecidas 1.000 vagas, na modalidade online, completamente gratuito. A ação faz parte do programa estadual de qualificação do turismo, Minas Forma, Minas Transforma, que busca aprimorar o setor a curto e médio prazo, alinhado com as demandas do mercado de trabalho mineiro, especificidades, padrões culturais locais, novas tendências e paradigmas.

O objetivo é compartilhar técnicas e práticas para transformar informações turísticas em visualizações atrativas e de fácil compreensão. As aulas serão distribuídas em quatro módulos ao longo de quatro semanas, totalizando uma carga horária de 20 horas. Haverá certificado para quem concluir o curso.

A iniciativa ressalta o comprometimento do Governo de Minas com a qualificação profissional e o desenvolvimento do setor turístico em Minas Gerais. A oferta de um curso online, gratuito e certificado reflete o esforço da Secult em proporcionar oportunidades de aprendizado acessíveis aos gestores e gestoras, contribuindo para o fortalecimento do turismo local.

Para mais informações acesse o site: www.ead.secult.mg.gov.br

exposição museu casa guimarães rosa fábio brasileiroExposição de Fábio Brasileiro dá início às comemorações dos 50 anos do Museu Casa Guimarães Rosa, em Cordisburgo (Fotos Ronaldo Alves/Divulgação)

O Museu Casa Guimarães Rosa, que completa 50 anos no dia 30 de março, deu início às celebrações referentes à data e inaugurou, nesta quinta-feira (14), durante a 6ª edição da Noite Mineira de Museus e Bibliotecas, a exposição “Poty Lazzarotto nas artes em argilogravura: um passeio pela literatura de Guimarães Rosa a partir da arte em cerâmica”, do artista e educador Fábio Brasileiro. A mostra pode ser vista até dia 28 de abril e é uma homenagem ao centenário de Poty Lazzarotto, gravurista que criou as ilustrações para os principais livros de Rosa entre os anos de 1956 e 1983. A união entre a cerâmica e a literatura convida os visitantes a explorarem as metáforas do fogo, da luz e da iluminação presentes na literatura de João Guimarães Rosa, através das argilogravuras inspiradas nas ilustrações de Poty Lazzarotto.

São peças únicas que evidenciam as conexões entre o “texto-escrito” de Guimarães Rosa e o “texto-desenho” de Poty Lazzarotto, elementos indissociáveis para a compreensão da obra do escritor roseano, na perspectiva do ceramista Fábio Brasileiro, autor da mostra: “Para mim, as ilustrações de Poty compõem o corpo das mensagens de Guimarães, sem as quais não seria possível entender com profundidade o universo de sua obra”. Todas as obras da exposição estão disponíveis ao toque para as pessoas com deficiência visual. A proposta é que por meio da experiência sensorial elas possam ampliar a experiência de leitura da obra roseana, conhecendo o texto e as estórias, além das ilustrações feitas para “Sagarana”, publicado em 1946, que atualmente não são mais publicadas em livro.

Poty Lazzarotto (Curitiba, 1924-1998)

Poty, como assinava seus trabalhos, foi um dos grandes gravadores de sua época, além de desenhista, ceramista e muralista. Com Guimarães Rosa, criou as ilustrações para os principais livros do escritor, lançados pela Livraria José Olympio Editora, entre os anos de 1956 e 1983.

Museu Casa Guimarães Rosa

Inaugurado em 1974, o Museu Casa Guimarães Rosa está localizado na cidade de Cordisburgo (MG), sendo uma instituição dedicada à preservação da memória biográfica e literária de um dos maiores escritores da literatura nacional. Os documentos, fotografias e objetos do acervo do Museu refletem aspectos da vida pessoal de Guimarães Rosa, além de sua atuação profissional como médico, escritor e funcionário do Ministério das Relações Exteriores. O Museu Casa Guimarães Rosa está instalado na casa onde Guimarães Rosa nasceu e viveu os primeiros anos de sua infância (1908 – 1917). O edifício é composto pela residência onde a família Guimarães Rosa habitava e pela venda mantida pelo pai do escritor, “seu” Florduardo, ou simplesmente “seu Fulô”.

No Museu, o visitante tem a oportunidade de conhecer o universo mágico do sertão mineiro, onde Guimarães Rosa nasceu e se formou. Da infância na “Venda do Seu Fulô”, onde ouvia as histórias fantásticas dos vaqueiros e fregueses de seu pai, à atuação como Cônsul no Rio de Janeiro, Hamburgo, Bogotá e Paris, a vida do escritor está retratada no acervo, nas exposições e nas ações que o Museu desenvolve.

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Atualmente, o Museu Casa Guimarães Rosa exibe a exposição de longa duração Rosa dos Tempos, Rosa dos Ventos, que proporciona uma imersão nos espaços residenciais da Família Guimarães Rosa e na literatura de seu membro mais ilustre. O universo rosiano e sertanejo se mesclam oferecendo ao público uma mostra da genialidade de Guimarães Rosa como escritor, médico, cônsul, pai, filho, marido e membro da Academia Brasileira de Letras.

Noite Mineira de Museus e Bibliotecas

A Noite Mineira de Museus e Bibliotecas é uma ação realizada pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult/MG), por meio da Superintendência de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade, com apoio da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB) e da Diretoria de Museus (DIMUS). A edição de estreia de 2024 aconteceu nesta quinta-feira (14/03), com uma programação gratuita em equipamentos culturais de todo o estado.

A iniciativa propõe a extensão do horário de funcionamento dos equipamentos culturais em Minas Gerais, uma vez ao mês, para que os visitantes que trabalham ou estudam em horário comercial tenham a oportunidade de participar de exposições, saraus literários, clubes de leitura, encontros com escritores/as, oficinas de arte, exibições de vídeos, instalações culturais, performances artísticas, shows, apresentações de dança, espetáculos teatrais, realização de empréstimo de livros, dentre outras atrações, durante a semana.

Serviço:

“Poty Lazzarotto nas artes em argilogravura – Um passeio pela literatura de Guimarães Rosa a partir da arte em cerâmica”, de Fábio Brasileiro
Onde: Museu Casa Guimarães Rosa – rua Padre João, 744 – Cordisburgo
Período de visitação: até 28 de abril
Informações: (31) 99160-1817 // Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Instagram: @museuguimaraesrosa

João Paulo Martins iepha Foto arquivo pessoalO historiador, arquiteto e urbanista João Paulo Martins é o novo presidente do Iepha-MG (Foto: Arquivo pessoal)

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais informa que o historiador, arquiteto e urbanista João Paulo Martins assume a presidência do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha–MG). Ele é servidor público do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e sua última atuação foi como Coordenador Técnico da Superintendência em Minas Gerais. Pelo Iphan, Martins também foi Chefe do Escritório Técnico do instituto em Mariana (MG).

João Paulo Martins é graduado em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), e mestre em História e Culturas Políticas pela UFMG. Em sua trajetória profissional, o arquiteto e urbanista atuou nas áreas de patrimônio imaterial, política cultural, pesquisa e gestão de patrimônio cultural, política urbana e legislação urbana e regional.

A arquiteta Marília Palhares Machado, que ocupava a presidência do Iepha-MG, irá assumir a Diretoria de Regionalização e Descentralização da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo para atuar no desenvolvimento do ICMS Turismo nas diversas regiões de Minas Gerais.

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Com um total de 4.200 inscrições e 700 cidades presentes, o 6º Encontro de Gestores de Cultura e Turismo de Minas Gerais, realizado entre os dias 12 e 13, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, foi uma oportunidade para gestores municipais trocarem ideias, experiências bem-sucedidas e estratégias para a promoção de políticas públicas na cultura e no turismo em todo o estado. O lançamento do projeto “Ano da Cozinha Mineira – Clássica e Contemporânea”, que prevê várias ações ao longo de 2024, foi um dos destaques da edição, marcando a abertura do evento no dia 12.

O 6º Encontro de Gestores de Cultura e Turismo de Minas Gerais é realizado pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), em parceria com o Sebrae Minas, a Federação dos Circuitos Turísticos de Minas Gerais (Fecitur), a Rede Estadual de Gestores de Cultura e Turismo e Associação Mineira de Municípios (AMM).

Durante dois dias, os gestores também participaram de rodas de conversa com especialistas das áreas da cultura, do turismo, da gastronomia, das políticas públicas e da economia da criatividade. Foram momentos de discussões importantes para cada setor.
No segundo dia do evento, por exemplo, foram abordados os laços entre a cozinha mineira clássica e contemporânea, a importância das estratégias de marketing turístico e a relação entre a arquitetura e o patrimônio em Minas Gerais.

Participaram desse segundo momento o chefe Caio Soter, a historiadora e herdeira do legado de Dona Lucinha, Márcia Nunes, a secretária adjunta de Estado de Comunicação, Bárbara Botega, o presidente da Codemge, Thiago Toscano, a gerente de marketing da TAP, Suelda Vicente, a palestrante e mentora, Marta Poggi, o arquiteto Gustavo Penna, o chefe e pesquisador, Michel Abras, a analista setorial de turismo do Sebrae Minas, Nathália Heringer, e o fiscal do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Lucas Guimarães.

O 6⁰ Encontro de Gestores demonstra, assim, a sua potência e importância para os segmentos da cultura e do turismo no estado, sendo um meio relevante para a construção e democratização do acesso às políticas públicas.

“Nós tivemos o maior encontro de gestores de cultura e turismo, não só de Minas Gerais, mas do Brasil. Foram 4.200 inscrições, e, portanto, um momento de muita troca entre os gestores, com palestras, com grandes nomes, com muito conhecimento voltado, claro, para a prática dos municípios e também das Instâncias de Governança Regionais. O Encontro é um momento também para exercermos uma escuta muito grande. Os dados que nós temos, tanto do crescimento da cultura quanto do turismo, são fruto disso, dessa abertura, dessa construção em conjunto, entre Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, entre gestores municipais das Instâncias de Governança Regional”, avalia o subsecretário de Turismo, Sérgio de Paula.

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 Fotos: Leo Bicalho

Obra da exposição Marias da artista plástica Ana Fátima Carvalho foto Sylvia Varturi“Marias”, exposição da artista plástica Ana Fátima Carvalho, será inaugurada nesta quinta-feira (23) e reúne xilogravuras iniciadas na pandemia, em 2020 (Foto Sylvia Varturi/Divulgação)

A Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP Liberdade), em parceria com o Centro de Arte Popular (CAP), no Circuito Liberdade, inaugura, nesta quinta-feira (23), a exposição “Marias”, da artista plástica Ana Fátima Carvalho. A mostra fica em cartaz até dia 26 de junho, com entrada gratuita. A força, resiliência e a presença da mulher estarão representadas por meio de xilogravuras da artista, que é professora do Núcleo de Arte e Ofícios da FAOP. Ana Fátima, mais conhecida como Fatinha Carvalho, lembra que a série de trabalhos teve início durante a pandemia da Covid-19, em 2020. “Dei esse nome (“Marias”) porque acho que durante aquele período, todas nós, mulheres, tivemos nosso mundo revirado, tendo a família presa em casa – marido, filhos, netos... –, além do teletrabalho, e muito nos foi exigido. Tivemos que dar conta de tudo isso”, afirma.

A inspiração veio também da emblemática canção de Milton Nascimento: “Maria, Maria”. “Por toda essa garra que tivemos. Somos todas Marias, tal como Milton escreveu e cantou”, reforça a artista. A própria família também é fonte para o seu trabalho. Fatinha tem outras 8 irmãs e um irmão. Ela é a caçula. “Elas são a minha base, o meu refúgio e a minha força”. A exposição é composta por 12 xilogravuras, de 60 cm de diâmetro, além de outras 10, de 32 cm de diâmetro. Também serão apresentadas as matrizes que deram origem às impressões sobre papel e tecido. A série, contudo, está longe de terminar. “É um trabalho que ainda não foi concluído. Outras “Marias” ainda devem ‘nascer’, avisa”.

Assinam a curadoria desta exposição, conjuntamente, a própria artista e Rachel Falcão, também artista plástica, além de professora e coordenadora do Núcleo de Arte & Ofícios da FAOP, doutora em artes visuais pela Escola de Belas Artes (UFMG).

A artista

Ana Fátima Carvalho é artista plástica com formação na área de desenho, pintura e gravura pela Escola de Arte Rodrigo Melo Franco de Andrade da Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP). Atua nas áreas de arte e cultura como professora de artes plásticas, arte/educadora, curadora de exposições e feiras, e produtora cultural na organização de eventos. Desenvolve seu trabalho artístico na área de gravura, com foco em xilogravura.

Já realizou mais de 15 exposições individuais e participou de várias exposições coletivas, tendo sido premiada no Salão de Gravura do SESI Rio de Janeiro, no Concurso Natal Nota Dez da FAOP e no Concurso de Tapetes Devocionais da Associação Comercial de Ouro Preto. Desde 2009, atua como professora e monitora em oficinas de eventos culturais. No período de 2013 a 2017, integrou a equipe do CASP-AD, onde desenvolveu um

trabalho de arte, cultura, artesanato e reciclagem nas oficinas terapêuticas. Compõe o corpo docente da Escola de Arte da FAOP, onde leciona desde 2009. Participou da Residência Artística promovida pelo Instituto de Arte Contemporânea de Ouro Preto (IA Ouro Preto) – Edição 2022. Desde 2023 vem ministrando oficina de estandartes afetivos e estamparia artesanal no distrito ouro-pretano de Antônio Pereira.

Faz parte da equipe de coordenação do Projeto Sextas Abertas da FAOP desde a primeira edição, em 2016, oferecendo oficinas e coordenando a Feira de Arte e Artesanato. Este ano recebeu Moção de Aplausos na Câmara Municipal de Ouro Preto, por sua trajetória artística.

Sobre a xilogravura

A xilogravura é uma técnica artística milenar que utiliza madeira como matriz para criar imagens que podem ser reproduzidas. Através de ferramentas afiadas – goivas e formões –, a(o) artista entalha o desenho na madeira, deixando em relevo as partes que receberão a tinta. Essa tinta, aplicada com rolo de borracha rígida, transfere a imagem para o papel (ou outro suporte), resultando em estampas únicas de grande expressividade, marcadas por linhas e texturas características, sendo muito utilizadas em ilustrações, livros e cartazes.

Serviço

Exposição “Marias”, de Ana Fátima Carvalho

Abertura: Nesta quinta-feira (23)

Período de visitação: 24 de maio a 26 de junho de 2024

Onde: Centro de Arte Popular | CAP (Rua Gonçalves Dias, 1608 – Lourdes – Belo Horizonte)

Horário: terça a sexta, das 12h às 18h30; sábado e domingo, das 11h às 17h

Curadoria: Rachel Falcão e Ana Fátima Carvalho

Lançamento projeto ano da cozinha mineiraParticipação em dezenas de feiras nacionais e internacionais, 1º Seminário da Cozinha Mineira Contemporânea e programas de capacitação estão entre as ações que serão desenvolvidas ao longo de 2024 (Foto Renata Garbocci/Secult)

 O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, irá colocar os sabores e saberes que saem das cozinhas de todo o estado no centro das atenções ao longo deste ano. Uma série de iniciativas abrangentes que visam promover, capacitar e fortalecer esse patrimônio gastronômico único dão forma ao projeto “Ano da Cozinha Mineira – Clássica e Contemporânea”, lançado nesta terça-feira (12), no primeiro dia do 6º Encontro de Gestores de Cultura e Turismo de Minas Gerais, que acontece até esta quarta (13) no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. Um dos eixos do projeto está na promoção da Cozinha Mineira no Brasil e no exterior. Entre as atividades de 2024 está a participação em 17 feiras nacionais e 15 eventos internacionais, sempre com um chef mineiro convidado, destacando tanto a culinária mineira clássica quanto a contemporânea, em parceria com a Codemge. Recentemente, entre o fim de fevereiro e início de março, Minas Gerais esteve em feiras turísticas em Lisboa e Berlim.

Outra ação é a realização da Semana da Gastronomia Mineira, evento em parceria com a Frente da Gastronomia Mineira (FGM), Sebrae Minas, Fecomércio MG, Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel-MG) e faculdades de gastronomia. Com o “Ano da Cozinha Mineira – Clássica e Contemporânea”, a Secult também está investindo na capacitação dos profissionais da área, com iniciativas como o 1º Seminário da Cozinha Mineira Contemporânea, previsto para acontecer em agosto, em Tiradentes, fruto da parceria com o Sebrae Minas.

Segundo o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, o projeto lançado nesta terça-feira envolve um trabalho conjunto entre secretarias de Estado e parceiros com o objetivo de promocionar, fomentar e estimular a Cozinha Mineira em todo o Brasil e também no mercado estrangeiro. “A Secult e a Secom (Secretaria de Estado de Comunicação Social) vão mostrar os produtos, o Invest Minas (Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais – Indi) vai continuar atraindo investimentos e a Codemge vai fazer as políticas públicas de exportações dos nossos produtos, fechando, assim, esse ciclo. É importante que os nossos produtos ganhem os mercados internacionais. Para isso, temos que vencer várias barreiras de leis, que precisam mudar. A cozinha de Minas Gerais é sucesso internacional. Com esse projeto, vamos internacionalizar ainda mais Minas Gerais, vamos dar um salto ainda maior”, destacou Oliveira.

O “Ano da Cozinha Mineira – Clássica e Contemporânea” inclui ações, também em conjunto com o Sebrae Minas, de capacitação das pequenas empresas de alimentação das Rotas Gastronômicas que serão lançadas ao longo do ano, além de uma parceria com o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) para identificação e capacitação para legalização das cachaças de alambique e desenvolvimento de experiências gastronômicas e turismo de experiência em diversas regiões do estado.

Política de Estado

Para o Governo de Minas Gerais, a Cozinha Mineira, que garante desenvolvimento econômico e geração de emprego e renda, também é política de Estado. A revisão da política do ICMS Turístico, com intuito de pontuar a realização de Festivais e Eventos da Cozinha Mineira para o índice do ICMS Turístico, a categorização das IGR's (Instâncias de Governança Regionais) e a atualização do Plano Estadual da Cozinha Mineira, em parceria com o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), estendendo as ações até 2026, também farão parte do projeto “Ano da Cozinha Mineira – Clássica e Contemporânea”.

Além disso, em 2024, a Secult, por meio do Iepha, irá cadastrar os cerca de 400 festivais de Cozinha Mineira existentes no Estado e os chefs renomados e premiados dos municípios mineiros. Com essas iniciativas, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais busca não apenas promover a rica culinária do estado, mas também fortalecer o setor gastronômico e impulsionar o turismo no estado, garantindo que a Cozinha Mineira continue sendo uma referência nacional e internacional.

O 6º Encontro de Gestores de Cultura e Turismo

 Realizado no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, o 6º Encontro de Gestores de Cultura e Turismo de Minas Gerais foi aberto na tarde desta terça-feira pelo violinista e compositor Marcus Viana, que interpretou a canção “Pátria Minas”, de sua autoria. Após a performance de Viana, o jornalista, apresentador e escritor Zeca Camargo participou de um bate-papo virtual com Leônidas de Oliveira sobre cultura e turismo cultural, e respondeu perguntas da plateia que lotou o Palácio das Artes. O 6º Encontro de Gestores de Cultura e Turismo de Minas Gerais recebeu cerca de 3.800 inscrições para as atividades dos dois dias de evento.

“Um encontro como esse é extremamente importante para isso e eu sei que a gastronomia, a música, o próprio turismo, que muitas vezes as pessoas se esquecem que é cultura, são portas de entrada de identificação (dessas riquezas). Minas tem um potencial absurdo na gastronomia, na literatura, no turismo, no cinema, na música. Temos que explorar isso cada vez melhor”, disse Zeca Camargo, que é mineiro de Uberaba.

Durante o evento, a subsecretária de Cultura de Minas Gerais, Nathalia Larsen, que assumiu o cargo recentemente, foi apresentada ao público e falou sobre a atuação na Secult: “Com muito entusiasmo e responsabilidade, noção das demandas e dos desafios, aceitei o convite do Leônidas. Pretendo trabalhar muito nas políticas públicas, consolidar as existentes, ampliar. A única forma de atuarmos no estado inteiro é descentralizar as políticas públicas”.

Após o bate-papo com o jornalista e o lançamento do “Ano da Cozinha Mineira – Clássica e Contemporânea”, a chef Mariana Gontijo comandou, no foyer do Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, o Cozinha Viva, encerrando o primeiro dia de evento. Mariana é reconhecida pela pesquisa e valorização dos ingredientes do cerrado e da cozinha mineira de raiz, os quais são revisitados em seus pratos de forma contemporânea. A programação continua nesta quarta-feira (13), segundo e último dia do encontro, a partir das 9h, com diversas apresentações sobre Cozinha Mineira, marketing turístico, arquitetura e patrimônio histórico.

O 6º Encontro de Gestores de Cultura e Turismo de Minas Gerais é realizado pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), em parceria com o Sebrae Minas, a Federação dos Circuitos Turísticos de Minas Gerais (Fecitur), a Rede Estadual de Gestores de Cultura e Turismo e Associação Mineira de Municípios (AMM). Participam da programação gestores de todo o estado, reunidos para debater estratégias e trocar experiências bem-sucedidas nos municípios.

 

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Um grande banco de dados com informações sobre as bibliotecas públicas e comunitárias do estado, os museus, equipamentos e espaços culturais, além de profissionais e empresas da cultura. Assim pode ser definida a Plataforma Minas Criativa, lançada pelo Governo de Minas e que está disponível para acesso no site da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo.

O objetivo é realizar um amplo cadastro, organizar e compartilhar informações e indicadores estratégicos, que permitam análises detalhadas, as quais contribuem para o planejamento de políticas públicas. No caso dos profissionais, por exemplo, será levado em conta o segmento em que atua, a função, etnia, faixa etária e gênero, dentre outros aspectos. O mapeamento e monitoramento de espaços e equipamentos culturais também será georreferenciado, ou seja, permitindo a sua localização precisa nos municípios do estado.

Outro ponto acrescentado pelo Diretor do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas, Lucas Amorim, é o fato de a Plataforma Minas Criativa trazer uma otimização do trabalho desenvolvido pelas diretorias da Superintendência de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade.

“Por meio do nosso Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas e Comunitárias, o maior do país, inclusive, realizamos um cadastramento periódico de cerca de 800 instituições e esse processo era todo feito no papel. As bibliotecas mandavam os documentos e, em seguida, nós fazíamos essa atualização. Agora o processo será muito mais prático, rápido e autônomo, as bibliotecas poderão fazer esse cadastro por meio da plataforma e manter os dados sempre atualizados e georreferenciados”, explica Amorim.

A vantagem da construção desse banco de dados é a possibilidade de integração ao Sistema Nacional de Cultura, gerenciado pelo Ministério da Cultura. Isso facilitará a construção de diagnósticos relacionados aos setores culturais, o que é essencial para a elaboração de ações mais direcionadas e efetivas.

“A partir disso, nós podemos pensar, por exemplo, em editais específicos para as bibliotecas a partir dos diagnósticos, que levem em conta as principais necessidades e desafios enfrentados pelos equipamentos”, acrescenta Amorim.

Módulos

A Plataforma Minas Criativa foi lançada com dois primeiros módulos: um é o das Bibliotecas Públicas e Comunitárias, que permitirá o cadastro desses equipamentos, sendo essa uma ação prevista dentro do programa Minas Literária, lançado em 2023. Esse cadastro será também uma ferramenta de gestão de informações eficiente, que contribua para a melhoria da administração das bibliotecas públicas e comunitárias do estado.

Por meio da Plataforma Minas Criativa será possível centralizar e padronizar os dados cadastrais dessas bibliotecas, facilitando o acesso, a atualização e a manutenção dessas informações, bem como promover a cooperação entre as instituições envolvidas e os diferentes níveis de governo.

Para as bibliotecas públicas e comunitárias haverá maior visibilidade e alcance, tornando-as mais acessíveis para os frequentadores e para os órgãos públicos. Isso pode contribuir para atrair um maior número de visitantes e leitores, fortalecendo o papel das bibliotecas como centros culturais e educacionais em suas comunidades. ​Um passo a passo explicativo sobre o cadastro das bibliotecas públicas e comunitárias está disponível online. Clique aqui para acessá-lo.

O outro módulo é o Banco de Profissionais da Economia Criativa. Esta será uma oportunidade para artistas ou técnicos integrarem o cadastro oficial do Sistema de Informações e Indicadores Culturais, que faz parte do Sistema Estadual de Cultura de Minas Gerais, e terem maior visibilidade para possíveis contratantes dos seus serviços. O propósito é exercer o potencial de articulação do Estado, contribuindo com as cadeias produtivas da cultura e da arte para além dos mecanismos de fomento e financiamento.

“A plataforma vai abarcar dados de todos esses profissionais e vai compor o Sistema Estadual de Informação e Indicadores Culturais, que é tão necessário. É muito importante essa iniciativa, porque ela também permite uma comunicação entre as regiões, entre os diversos setores da cultura, tudo isso dentro da mesma plataforma”, completa a vice-presidente do Conselho Estadual de Política Cultural, Aryanne Ribeiro, que também é titular da cadeira de audiovisual e novas mídias.

A Plataforma Minas Criativa também atende à ação prevista no Plano Estadual de Cultura de Minas Gerais, a qual prevê a criação de bancos de dados consistentes sobre os profissionais da cultura, com cerca de 900 funções ligadas aos setores criativos. A iniciativa consolida, portanto, um percurso de dez anos de preparação, tendo início em 2014.

“Esse trabalho faz parte do que está proposto no Plano Estadual de Cultura, o qual foi elaborado junto com a Assembleia Legislativa de Minas Gerais e o Conselho Estadual de Política Cultural (Consec). Então, agora nós reforçamos o pedido para que todos os artistas, técnicos, agentes públicos de bibliotecas e museus façam os registros necessários, para que possamos construir um cadastro confiável e potente das nossas políticas públicas”, completa a subsecretária de Cultura, Nathália Larsen.

Foto: Lucas Henrique de Almeida

Delegação de Minas Gerais na Conferência Nacional de Cultura

A 4ª Conferência Nacional de Cultura teve participação de 42 delegados enviados pelo Governo de Minas Gerais, que se juntaram aos cerca de 1.200 delegados de todo o país para elencar as prioridades nas políticas públicas culturais brasileiras. O encontro terminou ontem (08/03), em Brasília, e resultou na definição de 30 propostas consideradas prioritárias, escolhidas por meio de debates e votações realizadas durante os cinco dias de conferência, iniciada na segunda-feira (4/3). A conferência foi realizada pelo Ministério da Cultura (MinC).

Com aprovação unânime, uma das principais resoluções foi a ampliação de representações de setores culturais no Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC), que institui a previdência social para fazedores de cultura. Outras sugestões identificadas com prioritárias foram a valorização e visibilidade dos mestres e mestras das culturas populares, o reconhecimento da cultura indígena formadora da identidade cultural brasileira.

O evento, que teve como tema central “Democracia e Direito à Cultura”, teve início com 140 propostas oriundas de debates nos municípios, estados e Distrito Federal. As discussões giraram em torno de em seis eixos temáticos: “Institucionalização, Marcos Legais e Sistema Nacional de Cultura”; “Democratização do acesso à cultura e Participação Social”; “Identidade, Patrimônio e Memória”; “Diversidade Cultural e Transversalidades de Gênero, Raça e Acessibilidade na Política Cultural”; “Economia Criativa, Trabalho, Renda e Sustentabilidade”; e “Direito às Artes e Linguagens Digitais”.

Em Minas Gerais, os debates aconteceram na 4ª Conferência Estadual de Cultura, realizada nos dias 20, 21 e 22 de novembro de 2023, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte.

Próximas etapas

A partir de agora, o Ministério da Cultura vai encaminhar, em até 60 dias, as propostas para conselhos municipais, estaduais e do Distrito Federal, pontos de cultura, além de delegados e secretarias estaduais e municipais de Cultura. Os 30 pontos definidos como prioritários servirão para o ministério elaborar, em conjunto com a sociedade civil, a proposta do novo Plano Nacional de Cultura (PNC).

A previsão do secretário Executivo do MinC, Márcio Tavares, é que o texto seja enviado para apreciação do Congresso Nacional até outubro. Se aprovado, o projeto seguirá para sanção presidencial para então virar, efetivamente, o Plano Nacional de Cultura, que terá validade de 10 anos.

A delegação mineira

A delegação mineira foi formada por 40 integrantes das mais diferentes regiões do estado, eleitos durante a 4ª Conferência Estadual de Cultura. Além deles, estiveram presentes um representante indicado pelo plenário do Conselho Estadual de Política Cultural de Minas Gerais (Consec-MG) e um representante do poder público, indicado pelo Secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira. Quem ocupou esta posição, liderando a delegação mineira, foi a Chefe de Gabinete da Secult, Maristela Rangel.

Além dos delegados enviados pelo Governo de Minas, participaram outros três representantes do estado, delegados natos do Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC). Todos eles tiveram direito a voz e voto nas plenárias da Conferência Nacional de Cultura, da qual também participaram convidados e observadores.

Foto: Secult-MG/Divulgação

A Lei Descentra Cultura nº 24.462, sancionada em 26 setembro de 2023 pelo governador Romeu Zema, ampliou o acesso aos mecanismos do sistema estadual de financiamento cultural para os 853 municípios mineiros, promovendo a descentralização, regionalização e democratização dos recursos da cultura em todo o estado.

A nova legislação traz mudanças nos processos de incentivo fiscal por meio do ICMS, entre as quais pode-se citar a possibilidade de redução do repasse das empresas incentivadoras ao Fundo Estadual de Cultura (FEC), passando dos atuais 35% para 10%, no caso dos empreendedores culturais ou beneficiários serem do interior do estado ou quando os projetos culturais ou as manifestações culturais tradicionais atenderem aos critérios de democratização e municipalização estabelecidos pelo Consec.

Outra alteração importante resultante da Lei Descentra Cultura, é que empresas de maior porte que optarem por financiar projetos em municípios do interior do estado poderão destinar até 5% do valor devido do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), antes esse percentual estava limitado a 3%.

A iniciativa busca viabilizar um maior volume de patrocínios pelas empresas incentivadoras, facilitando a captação de recursos pelos agentes da cultura, sobretudo os empreendedores do interior do estado. A Lei Descentra Cultura nº 24.462/2023, que institui o Sistema Estadual de Cultura, o Sistema de Financiamento à Cultura e a Política Estadual Cultura Viva, e o Decreto nº 48.819, de 2024 que a regulamenta podem ser acessados aqui em Legislações e Resoluções.

Com a regulamentação por meio do Decreto Estadual nº 48.819, de 2024 publicado no sábado, dia 11/05/2024, as novas regras já estão vigentes.

Novas regras e aplicações

A nova lei traz algumas regras nas tramitações das Declarações de Incentivo. É importante ressaltar que todos os projetos aprovados na legislação anterior e que tenham Autorização de Captação válidas, seguem aprovados e com a possibilidade de captação. Isso vale tanto para os que ainda não captaram e buscam novos aportes.

Importante ressaltar que os projetos que captaram integralmente ou parcialmente não poderão solicitar cancelamento ou substituição da Declaração de Incentivo homologada antes da regulamentação da lei para usufruírem dos novos critérios.

As novas regras de captação, conforme art.68 da Lei nº 24.462/2023, funcionam da seguinte forma:

Projetos com captação parcial e que seguem regidos pela lei vigente à época:

Projetos aprovados que porventura tenham captado recursos  parcialmente antes do início da vigência do Decreto Estadual nº 48.819/2024 continuam regidos pela legislação vigente, ou seja, seguem os percentuais e condições estabelecidas na lei nº 22.944/2018.

O documento de Declaração de Incentivo, necessário para os empreendedores culturais que tiveram seus projetos culturais aprovados, permanece o antigo (Anexo - Declaração de Incentivo (DI) - Modelo Antigo) e pode ser acessado aqui em Formulários - Captação / Declaração de Incentivo

Projetos que não captaram e que NÃO se enquadram nos Critérios de Democratização e Municipalização (CDM)

Os projetos aprovados, mas que não captaram os recursos, passam a ser regidos pelas regras da Lei Descentra Cultura. O documento atualizado de Declaração de Incentivo (Anexo - Declaração de Incentivo (DI) - Lei Descentra - sem redução) necessário para os empreendedores culturais que tiveram seus projetos culturais aprovados após a sanção da Lei e que NÃO se enquadram nos Critérios de Democratização e Municipalização pode ser acessado aqui em Formulários - Captação / Declaração de Incentivo. 

Projetos sem captação e que se enquadram nos Critérios de Democratização e Municipalização:

Os projetos aprovados, mas que não captaram os recursos, passam a ser regidos pelas regras da Lei Descentra Cultura. O documento atualizado de Declaração de Incentivo (Anexo - Declaração de Incentivo (DI) - Lei Descentra - CDM), necessário para os empreendedores culturais que tiveram seus projetos culturais aprovados após a sanção da Lei e que enquadram nos Critérios de Democratização e Municipalização pode ser acessado aqui em Formulários - Captação / Declaração de Incentivo. 

Entenda a mudança

A Lei Estadual nº 22.944/2018, que previa o repasse de 35% ao Fundo estadual de Cultura, e fixava as contrapartidas das empresas incentivadoras aos percentuais de 1%, 3% e 5% para projetos da Categoria 1, e 5%, 15% e 25% para projetos de Categoria 2, foi revogada após a sanção da Lei Descentra Cultura nº 24.462/2023.

Com a regulamentação da Lei Descentra, esses percentuais podem chegar a 10%, quando os projetos culturais ou as manifestações culturais tradicionais atenderem aos critérios de democratização e municipalização estabelecidos pelo Consec a cada quatro anos.

Já a contrapartida para projetos de Categoria 1, não haverá o repasse de valores. Enquanto para projetos da Categoria 2, permanecem os 5%, 15% e 25%, podendo também ser dispensada quando os projetos atenderem aos critérios de democratização e municipalização estabelecidos pelo Consec a cada quatro anos.

Para 2024, nos termos do inciso VI, art. 6º, o plenário do Conselho Estadual de Política Cultural de Minas Gerais, em sua 32ª Reunião Extraordinária, deliberou, por maioria, pela aprovação dos seguintes dispositivos transitórios de critérios de municipalização e democratização de projetos e manifestações culturais tradicionais dos proponentes que atendam a um ou mais critérios:

  1. Culturas populares, povos e comunidades tradicionais ou urbanas e culturas itinerantes;
  2. Projetos de proponente domiciliado em municípios do interior do estado;
  3. Propostas de baixo valor, até R$ 60.000,00 (Sessenta mil reais); e, por fim;
  4. Proponentes iniciantes na Lei Estadual de Incentivo à Cultura, ou seja, que nunca captaram projetos via Incentivo Fiscal à Cultura.

Lei Estadual de Incentivo à Cultura forte em 2024 

Em 2024 a Lei Estadual de Incentivo à Cultura conta com o montante de R$ 159 milhões disponíveis para captação a título de incentivo fiscal para estímulo à realização de projetos artístico-culturais, deste montante cerca de R$ 47 milhões foram captados até o momento, sendo aproximadamente 32% de agentes culturais do interior, e com a regulamentação do Descentra estima-se uma ampliação destes percentuais para projetos do interior do estado, promovendo cada vez a descentralização desses recursos tão importantes para a cultura.

O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), vem a público prestar esclarecimentos sobre os editais da Lei Paulo Gustavo. No que diz respeito aos editais 7, 8, 9, 10 e 11, o prazo para envio das documentações de habilitação foi prorrogado em virtude das diversas solicitações recebidas em nossos canais oficiais.

Os proponentes dos editais 7, 9 e 11 agora podem enviar os documentos até a próxima terça-feira (12/3), enquanto os concorrentes dos editais 8 e 10 têm até quinta-feira (14/3) para fazê-lo. A documentação deve ser encaminhada através do Sistema Eletrônico de Informações (SEI), plataforma do Governo do Estado. 
Em relação aos editais de 3 a 6, comunicamos que estamos empenhados em agilizar o processamento de todas as documentações recebidas, a fim de garantir que os termos sejam finalizados e assinados o mais breve possível.

Compreendemos que, por uma série de razões, não foi possível a todos assinarem o termo dentro do prazo previsto, mas queremos tranquilizá-los de que isso não causará prejuízo aos classificados que aplicaram seus processos dentro do período estabelecido. Assim que o documento estiver finalizado, o termo estará disponível no SEI para a devida assinatura. 

Adicionalmente, pedimos gentilmente a compreensão e paciência de todos durante este processo. Estamos à disposição para fornecer quaisquer esclarecimentos adicionais que possam ser necessários.

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A abertura acontece no próximo dia 16 de maio, quinta-feira, e faz parte da programação da 22ª Semana Nacional de Museus

Nesta quinta-feira (16), o Centro de Arte Popular, localizado na R. Gonçalves Dias, 1608 - Lourdes, BH, integrante do Circuito Liberdade, recebe a exposição “Deitar a Benção”, que traz o ofício das benzedoras e benzedores para dentro do museu, a partir das 11h. E conta com uma programação variada e gratuita ao longo de toda a semana, como ateliê aberto com a artista Priscila Amoni, oficina com Wellington Dias e a exibição de documentário que traz 11 entrevistados (as). 

A abertura da mostra integra a 22ª Semana Nacional de Museus promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), que acontece anualmente em comemoração ao Dia Internacional dos Museus (18 de maio). Durante essa edição Minas Gerais participa com mais de 139 instituições distribuídas em 69 municípios.

Conhecidas por sua sabedoria e habilidades curativas, as pessoas que mantêm e perpetuam os saberes do benzimento são chamadas de diversas formas: benzedeiras, curandeiras, rezadeiras, entre outras. Como guardiãs desse conhecimento e suas tradições, exercem um papel fundamental na sociedade, transmitindo através da oralidade práticas de cura e proteção.

 “O desejo da iniciativa que se concretiza na exposição e em uma programação cultural diversa é conhecer e comunicar com o público os saberes, memórias e práticas dessas pessoas. Através do encontro, da escuta e do registro audiovisual, a exposição compartilha com seus visitantes o processo de pesquisa, mapeamento e encontro com benzedores e benzedeiras de Belo Horizonte e da Região Metropolitana, buscando reforçar a importância cultural e social das práticas de benzeção, ancestral em diversas culturas”, diz o coletivo curatorial, formado pela 12ª turma de Museologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Na exposição os visitantes poderão conhecer um pouco dos benzedores a partir de fotografias e de suas histórias, além do trabalho de artistas que desenvolvem suas investigações com temas relacionados aos saberes e práticas do benzimento como: Ana Gabriela S B B Costa, Aline Gomes Ruas, Analice Coutinho, Angela Rosa, Alexandre Rosalino, Caio Ronin, Giovanni Santarelli, Lara de Paula, Leandro Beca, Letícia Coutinho, Lori Figueiró, Massuelen Crisitina, Priscilla Amoni, Willi Cesar e Welington Dias.

 

Projeto de Lei busca reconhecimento do ato de benzer como patrimônio imaterial

Grande parte dos benzedores encontrados são pessoas que aprenderam a benzer com os mais velhos e que detém inúmeras histórias e saberes relacionados ao restabelecimento da saúde. Possuem em seu ofício um forte vínculo com seu entorno e, por isso, são agentes importantes para a formação de identidade e de apoio à comunidade. Embora aos poucos sejam considerados como agentes de saúde, inclusive pelo SUS, e algumas iniciativas busquem reconhecê-los como patrimônio imaterial de Minas Gerais, observa-se que muitos vêm deixando de exercer esse ofício ou fazendo-o de maneira velada em virtude do preconceito. Nesse sentido, a exposição busca valorizar a trajetória dos benzedores e ampliar o debate sobre o reconhecimento dos saberes tradicionais, além de contribuir para o combate ao racismo e à intolerância religiosa presentes na sociedade.

 

Parceria com a UFMG traz pesquisas da Universidade para dentro do museu

“É importante destacar que as universidades se abriram nos últimos anos para outras epistemologias e reconhecem a multiplicidade das formas de conhecimento e a importância dos saberes tradicionais, sobretudo ancorados nas tradições africanas e indígenas”, ressalta a professora Verona Segantini.

Promovida pelos alunos da 12ª turma de Museologia da Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, sob a coordenação das professoras Verona Segantini (Escola de Belas Artes) e Bianca Ribeiro, arquiteta e mestre em Museologia e Patrimônio (UNIRIO), a exposição faz parte da programação da 22ª Semana de Museus - Museus, Educação e Pesquisa e poderá ser visitada até 16 de junho, com entrada franca para todos os públicos.

A exposição no Centro de Arte Popular é uma forma de fortalecer a vocação do museu, como ressalta a coordenadora Angelina Gonçalves: “O museu apresenta um amplo panorama de obras que privilegiam a riqueza e a diversidade das manifestações culturais populares de Minas Gerais, valorizando o trabalho de criadores que traduzem no barro, na madeira e em outros materiais o universo em que vivem. Nesse sentido, abrir o Museu para o diálogo com a universidade e trazer as benzedeiras para esse espaço é reconhecer a diversidade do nosso patrimônio”.

Centro de Arte Popular

O Centro de Arte Popular apresenta um amplo panorama de obras que privilegiam a riqueza e a diversidade das manifestações culturais populares, valorizando o trabalho de criadores que traduzem no barro, na madeira e em outros materiais o universo em que vivem. Sua edificação principal foi construída para uso residencial na década de 1920, tendo sido também a sede do antigo Hospital São Tarcísio.

No ano de 2012, a edificação foi adaptada para abrigar o CAP, onde o público pode conhecer obras de artistas de várias regiões de Minas Gerais, como o Vale do Jequitinhonha, Cachoeira do Brumado, Divinópolis, Prados, Ouro Preto, Sabará e outras, entrando em contato com elementos representativos da pluralidade da cultura mineira.

O edifício possui quatro salas de exposição permanente, uma sala para exposições temporárias, um auditório para 50 lugares, um espaço para oficinas de arte e ainda um pátio interno.

Programação do CAP:

Exposição “Deitar a Bênção”

Abertura: 16 de maio de 2024
Horário: 11h

Período de visitação: 16 de maio a 16 de junho de 2024

Local: Centro de Arte Popular – Espaço de Convivência

Rua Gonçalves Dias, 1.608 – Lourdes
Entrada franca.

Experiência de pintura mural da artista Priscila Amoni no Centro de Arte Popular.
Data: 15 de maio (quinta-feira)
Horário: de 12h às 17h
Entrada GRATUITA – sujeita a lotação do espaço
Local:  Centro de Arte Popular – Espaço de Convivência

Exibição do documentário com depoimento das benzedeiras
Data: 16 de maio de 2024
Horário: 11h
Local: Centro de Arte Popular – Sala Multiuso

Oficina de estandarte com Márcio Fonseca

Data: 18 de maio (sábado)

Horário: 14h - 17h

Local: Centro de Arte Popular – Sala Multiuso
Inscrições pelo Link

Encontro de Gestores de Cultura e Turismo de Minas Gerais 2023 Foto Leo Bicalho Secult MG 2Evento, que já conta com mais de 2.200 inscrições, será realizado, como em 2023, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, nas próximas terça (12) e quarta-feira (13), com programação cultural e rodas de conversa (Foto Leo Bicalho/Secult)

Nas casas mineiras, o coração está na cozinha. Entre os elementos que ajudaram a desenvolver culturas e identidades em cada região do Estado, os sabores e saberes da nossa culinária surgem como peça-chave dessa formação. Para celebrar o que combina passado, presente e futuro e projeta Minas para o mundo, 2024 se transforma no “Ano da Cozinha Mineira – Clássica e Contemporânea”. O projeto será lançado no 6º Encontro de Gestores de Cultura e Turismo de Minas Gerais e vai permear a programação do evento, que será realizado nas próximas terça (12/03) e quarta-feira (13/03), no Palácio das Artes, espaço-símbolo da cultura mineira localizado na capital.

Na abertura especial do encontro, cujo objetivo é compartilhar experiências e iniciativas que contribuem para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para os setores cultural e turístico, o violinista e compositor Marcus Viana irá interpretar a canção “Pátria Minas”, de sua autoria, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. Após a performance de Viana, o jornalista, apresentador e escritor Zeca Camargo fará um bate papo, a partir das 14h30, sobre “Cultura e Turismo Cultural”. Na sequência, o lançamento do “Ano da Cozinha Mineira – Clássica e Contemporânea” marca a programação. Às 16h, a chef Mariana Gontijo comanda o Cozinha Viva, no foyer do Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. Mariana é reconhecida pela pesquisa e valorização dos ingredientes do cerrado e da cozinha mineira de raiz, os quais são revisitados em seus pratos de forma contemporânea.

O evento também terá momentos de atendimento ao público com a participação do Arquivo Público Mineiro, do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais, da Diretoria de Museus, da Diretoria de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas, da Diretoria de Fomento Cultural e da plataforma Prosas. Além disso, haverá exposição e comercialização de produtos típicos da cozinha e da cultura mineira. Além da programação no Palácio das Artes, visitas técnicas em mais de 20 equipamentos do Circuito Liberdade serão oferecidas aos participantes e jogarão luz na prática da produção cultural, dos museus, dos arquivos e também das atividades do turismo.

O 6º Encontro de Gestores de Cultura e Turismo de Minas Gerais é realizado pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), em parceria com o Sebrae Minas, a Federação dos Circuitos Turísticos de Minas Gerais (Fecitur), a Rede Estadual de Gestores de Cultura e Turismo e Associação Mineira de Municípios (AMM). Participam da programação gestores de todo o estado, reunidos para debater estratégias e trocar experiências bem-sucedidas nos municípios.

O lançamento do “Ano da Cozinha Mineira – Clássica e Contemporânea” marca o início de uma série de ações voltadas voltadas para a promoção da diversidade da cozinha de Minas Gerais e de como ela é definidora também da cultura do estado. “Serão dois dias de muita reflexão, aprendizados e estudos. Falar da Cozinha Mineira é falar da formação de Minas Gerais, das nossas identidades, das nossas culturas, de quem fomos e de quem somos. Ao longo de 2024, faremos várias ações para celebrar a Cozinha Mineira. Na terça-feira, teremos o ponto de partida”, afirma o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

Programação

Na quarta-feira (13/03), está prevista a mesa “Cozinha Mineira: tradição e contemporaneidade”, com os chefs Caio Soter e Márcia Lima (a confirmar), a partir das 9h, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. Em seguida, a secretária-adjunta de Comunicação de Minas Gerais, Bárbara Botega, realizará a palestra “Marketing de grandes eventos e atração de turistas”. Complementando a programação da manhã, o presidente da Codemge, Thiago Toscano, abordará o tema “Economia criativa, cultura e turismo na geração de emprego e renda”, a partir das 10h50.

A gerente de Marketing e Inteligência de Mercado da TAP Air Portugal, Suelda Vicente, também participará dos encontros da terça-feira, com uma palestra que encerrará as atividades da parte da manhã. As discussões serão retomadas à tarde no Grande Teatro com a apresentação de Marta Poggi, palestrante internacional e mentora especializada em tendências, inovação e transformação digital no turismo e hotelaria. Ela convidará o público a refletir sobre “O papel do gestor público na construção de destinos turísticos inteligentes”, a partir das 14h.

Premiado e reconhecido no Brasil e no exterior, o arquiteto Gustavo Penna, a partir das 15h, vai tratar da relação entre a “Arquitetura contemporânea e patrimônio histórico como atrativos turísticos”. Depois, às 16h, haverá uma bate-papo com o professor Michel Abras, especialista em Estratégia e Finanças Corporativas, e a Analista Setorial de Turismo do Sebrae Minas, Nathália Heringer. Juntos eles vão abordar o tema “A gastronomia e o fortalecimento da identidade e do turismo de Minas Gerais”. Outro ponto importante será debatido pelo fiscal Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Lucas Guimarães, que detalhará, a partir das 17h, “A importância da qualidade da cachaça para a cozinha mineira”. Por fim, a partir das 18h, será feita a entrega dos certificados de reconhecimento das Instâncias de Governança Regionais.

Inscrições

O evento está com inscrições abertas até o dia de abertura – terça-feira (12/3). Os ingressos para as diversas atividades são gratuitos e devem ser retirados por meio da plataforma Sympla. Para participar, é necessário apresentar o ingresso virtual ou impresso no momento do check-in. Ao final do evento, será emitido certificado de participação. O 6º Encontro de Gestores de Cultura e Turismo de Minas Gerais já recebeu, até o momento, o número recorde de 2.221 inscrições para os dois dias no Palácio das Artes.

Cozinha Mineira Secult DivulgaçãoO Governo de Minas, por meio da Secult, lançará o projeto “Ano da Cozinha Mineira – Clássica e Contemporânea” na próxima terça-feira (12/03) (Foto Secult/Divulgação)

edital credenciamento acervo secultA cultura em Minas Gerais será beneficiada com recursos provenientes da Polícia Nacional Aldir Blanc (PNAB) (Foto Acervo Secult)

A partir desta quinta-feira (16), o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, promoverá reuniões abertas online com o setor cultural para dialogar e debater soluções e questões pertinentes à elaboração do Plano Anual de Aplicação dos Recursos (PAAR), da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB). Os encontros promovidos pela Secult acontecerão sempre às 19h, no canal da pasta no YouTube, e contemplarão diversas expressões artísticas e áreas da cultura. A PNAB destinará R$ 160 milhões aos 853 municípios mineiros e começará a ser executada ainda neste ano.

Outra novidade é que a Secult abriu, nesta terça-feira (14), consulta pública simplificada para recolher sugestões, opiniões e preocupações a fim de aperfeiçoar mecanismos, editais e critérios gerais para a aplicação da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB). Partes interessadas, cidadãos, fazedores e fazedoras da cultura podem preencher um formulário neste link. O objetivo é garantir a transparência, promover a participação democrática e ouvir as contribuições e demandas da comunidade.

A série de reuniões abertas online promovida pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais reflete o trabalho multidisciplinar e transversal que norteia as ações referentes aos mecanismos de fomento e conta com a participação da Fundação Clóvis Salgado (FCS), Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop), Empresa Mineira de Comunicação (EMC), Superintendência de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade (SBMEC) e do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG).

Podem inscrever projetos em Editais e receber recursos da PNAB trabalhadores e trabalhadoras da cultura, entidades, pessoas físicas e jurídicas que atuem na produção, na difusão, na promoção, na preservação e na aquisição de bens, produtos ou serviços artísticos e culturais, inclusive o patrimônio cultural material e imaterial.

Confira abaixo a programação das reuniões abertas online sobre a PNAB:

Quinta-feira (16/05 às 19h): Abertura da série de reuniões e reunião geral sobre o Plano Anual de Aplicação dos Recursos (PAAR)

Segunda-feira (20/05 às 19h): Cultura alimentar, gastronomia, artesanato e moda - Clique e acesse a reunião

Terça-feira (21/05 às 19h): Audiovisual, novas mídias, produção cultural e técnica - Clique e acesse a reunião

Quarta-feira (22/05 às 19h): Patrimônio imaterial, culturas populares e tradicionais, culturas indígenas e culturas afro–brasileiras - Clique e acesse a reunião

Quinta-feira (23/05 às 19h): Música, teatro, danças e circo - Clique e acesse a reunião

Sexta-feira (24/05 às 19h): Entidades sociais e culturais, museus, espaços de memória e acervos - Clique e acesse a reunião

Segunda-feira (27/05 às 19h): Design, artes visuais, literatura, livro, leitura e biblioteca - Clique e acesse a reunião

Terça-feira (28/05 às 19h): Pontos e pontões de cultura - Clique e acesse a reunião

Jardim Mineral Museu Mineiro

Nesta sexta-feira (8/3), o Museu Mineiro abre suas portas para a artista plástica Ana Elisa Murta e sua instalação “Jardim mineral: o avesso da terra”. A obra inédita celebra a essência mineral de Minas Gerais e a sabedoria de um povo que retira os recursos da natureza respeitando os limites e os ciclos da própria terra. A mostra fica em cartaz 5 de maio e tem entrada gratuita.

A estreia no Museu Mineiro acontece após uma bem-sucedida temporada da artista em Londres com “Colour Diving”, inspirada na conexão com o divino e na busca pelo sentido da vida. A realização é do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult).

A instalação “Jardim mineral: o avesso da terra” reflete uma profunda comunhão da mineira Ana Elisa Murta com sua terra natal. O ambiente é dividido ao meio por duas instalações dependuradas ao centro, de dimensões impressionantes, com quase 10 metros de comprimento, que foram criadas esticadas no chão, trazendo micromundos minerais em frações, e coexistem com obras menores, em formato quadrado – todas são inéditas.

As telas exibem cores naturais dos minérios, em tons de ocre. Ora amarelados e alaranjados, ora avermelhados e terrosos, em variadas texturas, as tonalidades retratam não apenas a beleza, mas também evidenciam as vastas possibilidades e a magnificência dos recursos naturais disponíveis.

A tinta utilizada é resultado de um processo metamórfico de rochas transformadas em pó, acrescido de óleo de linhaça, e foi empregada a técnica da monotipia com pequenos galhos de vegetação. O percurso por esse jardim mineral remete às pinturas rupestres, quando o homem pré-histórico eternizou sua marca e presença no mundo.

“Jardim mineral: o avesso da terra ressignifica a extração de minério no estado pela forma como o simples e o bruto podem se transformar em arte, evidencia a identidade do povo e o que as terras de Minas têm para contar. Os pigmentos para produzir a minha própria tinta a óleo vêm de pedras minerais (mica, quartzo e hematita) da cidade do Serro, em Minas Gerais”, explica Ana Elisa Murta.

Trajetória artística marcada pela responsabilidade social

Toda a trajetória artística de Ana Elisa Murta é permeada não apenas por práticas sustentáveis, como de responsabilidade social. “A extração dos pigmentos, que resultam em um produto livre de toxicidades, é feita por moradores locais, fomentando a geração de renda. Sempre tive uma preocupação com a origem e pureza das tintas e seu descarte. Utilizo ainda outros elementos encontrados na natureza. Ao escolher materiais sustentáveis e adotar práticas responsáveis, busco honrar a natureza e manter o ciclo da vida e da arte em equilíbrio", descreve.

A arte de Ana Elisa Murta é feita visando um consumo consciente e durável, entendendo que está em constante evolução e em cocriação com quem a adquire. “Meus quadros não são assinados no lado da frente e vêm com penduradores nos quatro cantos da tela, estabelecendo um fluxo que não se encerra em meu ateliê”, ressalta.

“Jardim mineral: o avesso da terra” tem apoio do Ministério da Cultura, Governo Federal, Governo de Minas, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas de Gerais e patrocínio da empresa Herculano Mineração. A exposição seguirá depois para Roma e Dubai.

Sobre Ana Elisa Murta

Nascida em Belo Horizonte, Ana Elisa Murta é uma artista brasileira com foco no expressionismo abstrato. Desde muito nova, ela criava e experimentava com cores e imagens, tendo participado de inúmeras aulas de arte e mantido uma conexão duradoura com o desenho e a pintura como meios de expressar suas emoções e pensamentos mais profundos.

“Quando eu olho para trás, vejo que a arte não surgiu por acaso em minha vida, sempre esteve presente, fez parte de muitos momentos da minha história. A arte não veio para me ajudar a colocar a dor para fora, veio para me lembrar, me reforçar, a beleza que existe no mundo. Hoje eu compreendo que a minha arte não é um processo de dentro para fora, é um processo de fora para dentro”, declara.

Somente depois de se formar em direito e construir uma carreira bem-sucedida no mundo dos negócios que ela finalmente pôde se dedicar intensamente à sua prática artística. Desde 2019, mantém uma agenda artística movimentada, já expôs individualmente em São Paulo, Belo Horizonte, Cascais, Montreux, Pully e Londres. A artista retorna à capital mineira para inaugurar uma nova fase em sua carreira, fortalecendo suas raízes, e já recebeu convites para expor em Roma, nos Emirados Árabes e em outros locais.

Museu Mineiro

Inaugurado em 1982, o Museu Mineiro reúne em seu acervo um conjunto bastante diversificado de objetos referentes à história e à produção cultural e artística mineiras. Nas salas de exposição são exibidas obras de artistas consagrados, tais como: Manoel da Costa Ataíde, Yara Tupynambá, Amílcarde Castro, Jeanne Milde, Inimá de Paula, Lótus Lobo, Celso Renato, Sara Ávila, Guignard, Maria Helena Andrés, Di Cavalcanti etc.

Atualmente, o Museu exibe a exposição de longa duração “Minas das Artes, Histórias Gerais”, onde o visitante tem a oportunidade de conhecer uma vasta coleção de arte sacra, datada dos séculos XVIII e XIX, além de preciosidades do acervo, como a bandeira da Inconfidência Mineira, os manuscritos originais da obra “Tutaméia” de Guimarães Rosa, o retrato de Aleijadinho e a coleção de santos de devoção popular.

Serviço
“Jardim mineral: o avesso da terra”, por Ana Elisa Murta
Data: De 8 de março a 5 de maio
Horário: Terça a sexta, das 12h às 19h | Sábados, domingos e feriados, das 11h às 17h Local: Museu Mineiro – Av. João Pinheiro, 342, Funcionários – Belo Horizonte
Entrada franca

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Ações da nova fase tem como objetivo a conservação preventiva e curativa, além da reformatação do acervo da Presidência da Província

O Arquivo Público Mineiro, localizado na Avenida João Pinheiro, tem cerca de 65% da segunda fase do projeto “Arquivo Público Mineiro: Preservação do Patrimônio” concluída. O projeto é realizado através de convênio com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), assinado em março de 2023. O investimento no projeto é  de R$432.429,38 e tem previsão de execução de 18 meses.

Diferentemente da primeira etapa, que tinha como objetivo melhorias na segurança das edificações e monitoramento das áreas de guarda, a atual objetiva a conservação preventiva e curativa e a reformatação do acervo da Presidência da Província. Também está prevista a sinalização das áreas de guarda do fundo.

As ações listadas, assim como todo o projeto, foram elaboradas pela Associação Cultural do Arquivo Público Mineiro (ACAPM), responsável pelo cadastro na Plataforma Semente, onde a equipe do CeMais realizou a análise técnica e financeira, aprovando o projeto para captação de recursos.

Com a preservação dos documentos, estudantes e pesquisadores, além da sociedade em geral, serão os maiores beneficiados. Afinal, a instituição guarda um volume excepcional do patrimônio documental de Minas Gerais, do século XVIII ao XXI, e que pode ser acessado para fins de pesquisa científica, probatória ou cultural. Entre eles, documentos manuscritos, impressos, mapas, fotografias e filmes que registram mais de 300 anos de história com acervos certificados pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade.

Além da equipe do Arquivo Público Mineiro, para a execução desta nova fase, foi necessário a contratação de novos profissionais: quatro técnicos especializados com experiência e formação em história, arquivologia, conservação e restauração; um coordenador financeiro com formação em gestão de projetos e contabilidade; um coordenador contábil formado em contabilidade e um coordenador jurídico formado em direito.

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Dividido em duas etapas, durante a fase da reformatação para preservação e acesso a uma parte do acervo do Fundo Presidência da Província, foram realizados diagnósticos e pequenos reparos de itens com maior degradação; preparação de documentos e substituição das embalagens e etiquetas; microfilmagem, digitalização  dos microfilmes; organização, tratamento de imagens em JPEG e conversão para PDF; criação de planilha de dados para a migração das descrições para o sistema; melhoria da infraestrutura de armazenamento de imagens; e a disponibilização dos dados da planilha e de imagens em PDF na rede do Arquivo Público Mineiro.

Já a segunda e última etapa, a infraestrutura de segurança, contará com sinalizações das áreas monitoradas com a instalação de 32 placas; a elaboração de planilhas de dados com os registros da documentação trabalhada no projeto; e a guarda digital do acervo formatado, em um ambiente informatizado atualizado e seguro.

O Fundo Presidência da Província (1821-1889)

É um acervo de grande dimensão guardado no Arquivo Público Mineiro. Ele totaliza 2.188 caixas de documentos que contêm aproximadamente 700.000 páginas. Os registros mostram a rotina da administração do governo provincial e versam sobre diversos temas como a relação da Província com o Governo Imperial, obras públicas, instrução pública, polícia, magistratura, eleições, escravidão, imigração, agricultura, comércio, indústria, mineração, catequese, irmandades religiosas e outros. 

Arquivo Público Mineiro: Patrimônio Protegido - 1ª etapa

A primeira etapa desse projeto aconteceu entre agosto e novembro de 2022. Além da implantação de um novo sistema segurança, foram adquiridos equipamentos para proteger, reparar e digitalizar documentos, otimizando a capacidade de armazenamento, o que poderá facilitar o acesso virtual de parte do acervo do APM pelo público.

Nessa etapa, foram investidos R$56.698,24, por meio de captação junto ao MPMG. Houve a aquisição e instalação de dispositivos, como câmeras, telas, além da manutenção corretiva de 17 portas corta-fogo que são importantes no combate aos incêndios. Essas ações também permitiram a ampliação do monitoramento das áreas de guarda, reduzindo também o risco de furtos do acervo.

 

Fotos; Léo Bicalho

Música na Capela Casa Fiat de Cultura AMARANTO Foto Élcio Paraíso Bendita

Neste domingo (10/3), a Casa Fiat de Cultura abre a série “Música na Capela 2024” com o espetáculo “Amaranto e Tabajara Belo apresentam Vinicius”, que passeia pela obra de Vinicius de Moraes. A apresentação será realizada às 11h, na Capela de Santana, localizada nos jardins da Casa Fiat de Cultura. A entrada é gratuita, sujeita à lotação.  

O repertório celebra o calor, o aconchego e o encontro brasileiro de vozes e violão, reunindo obras clássicas do compositor, como “Pela luz dos olhos teus” e “Coisa mais linda”. A performance será marcada por lirismo, humor e crônicas de amor e do cotidiano vestidas com a colorida assinatura timbrística característica do trio vocal mineiro, combinadas com o apuro estético e violinístico erudito-popular de Tabajara.

“É uma maravilha podermos abrir esse projeto especial de música na Casa Fiat de Cultura, que tanto agrega à história de Belo Horizonte”, celebra Flávia Ferraz, voz e violão do trio Amaranto.

Sobre a escolha do repertório, ela destaca que o Amaranto sempre se encantou pela arte de Vinicius de Moraes e que, após a demanda por um show temático, convidaram Tabajara Belo para prepararem esse espetáculo. “O público tem recebido de forma muito acolhedora, já que as canções de Vinicius trazem uma atmosfera própria, que mistura amor, boemia, solitude e encontros da vida. As pessoas sentem essa proximidade de imediato”, comenta Flávia.

A artista explica ainda que o público pode esperar um contato ainda mais íntimo com as vozes do trio, por ser um show a capella, sem amplificação das vozes. “O violão muito apurado de Tabajara Belo traz uma atmosfera da erudição, sem perder, na mistura com as vozes, a soltura e a leveza que caracterizam o fazer musical de Vinicius.”

Desde 2015, o Música na Capela busca ampliar a formação musical do público, ao oferecer apresentações de experientes corais e grupos de câmara, com repertório diversificado e acesso gratuito. O programa é uma realização da Casa Fiat de Cultura e do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Conta com o patrocínio da Fiat, copatrocínio da Stellantis Financiamento, do Banco Stellantis, do Banco Safra, da Usiminas e da Sada. O evento tem apoio institucional do Circuito Liberdade, além do apoio do Governo de Minas e do Programa Amigos da Casa.    

Amaranto

Grupo vocal formado pelas irmãs Flávia, Lúcia e Marina Ferraz. Nascidas e criadas em BH, cresceram unidas pelo gosto pela música e desenvolveram naturalmente seu estilo musical. Realizam um trabalho vocal apurado, elaborando seus próprios arranjos, além de serem instrumentistas (violão, flauta e piano) com sólida formação acadêmica.

Com 25 anos de carreira, gravaram 10 trabalhos: o CD “Retrato da Vida”, com canções de Djavan; o CD “Aos Olhos de Guignard”, resultado da parceria com Flávio Henrique e Marina Machado; o CD “Brasilêro” com canções autorais e de nomes consagrados da música popular brasileira; o CD “Três Pontes”, seu primeiro trabalho dedicado ao público infantil; o CD “Três Estações”, homenagem a Dorival Caymmi,  parceria com Geraldo Vianna e Fernando Brant; o CD “Quarto Azul”, seu trabalho mais autoral, o livro-CD "A Menina dos Olhos Virados", também destinado ao público infanto-juvenil, o DVD “Amaranto e Orquestra de Câmara de Ouro Branco”, o CD “Bendito Jazz”, parceria com o Trio Mitre e homenagem a grandes nomes  do Jazz e, mais recentemente, o livro/CD “O Menino das Cem Palavras”, com espetáculo cênico-musical de mesmo nome.

Tabajara Belo

Violonista, guitarrista e compositor de destaque na cena musical de Minas e do Brasil. Dono de um estilo que abriga sólida formação erudita e grande fluência na música popular, vem trabalhando, em shows e gravações, com nomes como Trio Amaranto, Marina Machado, Paula Santoro, Déa Trancoso, Marcus Viana, Vander Lee, Paulo Bellinati, Claudio Nucci e Wagner Tiso. Bacharel em violão pela UFMG, Master of Guitar pela University of Arizona e Doutor em Composição e Jazz Performance pela University of Florida, é professor efetivo de violão, harmonia e improvisação na Universidade Federal de Ouro Preto.

Tabajara Belo tem se apresentado em importantes festivais e projetos de música instrumental no Brasil e no exterior. Já atuou como solista junto à Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, Orquestra SESI Minas e University of Florida Symphony Orchestra. Conquistou o prêmio de Melhor Instrumentista do BDMG Instrumental 2008. Fez turnês na Europa e EUA, realizando concertos e workshops. Trabalha atualmente na produção de seu terceiro disco e do documentário audiovisual “Texturas do Pinho”, que focaliza sua recém-concluída pesquisa de doutorado e inclui detalhes de sua carreira artística e acadêmica.

A Casa Fiat de Cultura

A Casa Fiat de Cultura integra um dos mais expressivos corredores culturais do país, o Circuito Liberdade, em Belo Horizonte. Mais de 4 milhões de pessoas já visitaram suas exposições e 700 mil participaram de suas atividades educativas.   

O espaço cumpre importante papel na transformação do cenário cultural brasileiro, ao realizar prestigiadas exposições. A programação estimula a reflexão e interação do público com várias linguagens e movimentos artísticos, desde a arte clássica até a arte digital e contemporânea.

Por meio do Programa Educativo, a instituição articula ações para ampliar a acessibilidade às exposições, desenvolvendo réplicas de obras de arte em 3D, materiais em braille e atendimento em libras. Mais de 80 mostras, de consagrados artistas brasileiros e internacionais, já foram expostas na Casa Fiat de Cultura, entre os quais Caravaggio, Rodin, Chagall, Tarsila, Portinari entre outros.

Há 18 anos, o espaço apresenta uma programação diversificada, com música, palestras, residência artística, além do Ateliê Aberto – espaço de experimentação artística – e de programas de visitas com abordagem voltada para a valorização do patrimônio cultural e artístico. A Casa Fiat de Cultura é situada no histórico edifício do Palácio dos Despachos e apresenta, em caráter permanente, o painel de Portinari, Civilização Mineira, de 1959.

Serviço
Música na Capela – “Amaranto e Tabajara Belo apresentam Vinicius"
Data: 10/3/2024 (domingo)
Horário: 11h
Local: Casa Fiat de Cultura – Praça da Liberdade, 10, Funcionários – BH
Ingresso: Entrada gratuita, sujeito à lotação do espaço

Foto: Élcio Paraíso

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O Museu Mineiro apresenta a exposição “Sala de estar”, do artista contemporâneo Mano Penalva, com curadoria de Wagner Nardy, nesta quinta-feira (16), a partir das 18h. A mostra baseia-se na pesquisa do artista, a qual desenvolve-se a partir de um olhar para o lugar de passagem entre a casa e a rua, relacionando o público e o privado.

“Esses percursos são construídos a partir de deslocamentos. Deslocamentos muito simples, em que o público que for ver a exposição poderá reconhecer os objetos que fazem parte dos trabalhos. São objetos do cotidiano, ordinários, que compõem a nossa vida, como os tapetinhos feitos à mão ou as miçangas que se transformam em cortinas ou assentos de carro, por exemplo”, explica o artista.

Mano Penalva destaca, a partir desses deslocamentos, o “efeito lupa” para aspectos cotidianos. Situações que podem passar despercebidas no dia a dia ganham novos matizes quando vão para uma sala expositiva, levando em conta elementos de composição e de arranjo.

Nesse sentido, o nome da exposição “Sala de Estar” é pensado para convidar o público para um ambiente doméstico, ainda que dentro de um museu, criando uma ponte entre o que já é reconhecido, que já faz parte do imaginário popular, com um novo campo poético.

“Se pensamos na casa, a “sala de estar” é aquele lugar onde a gente organiza e arruma para receber as visitas. Acredito que uma exposição é o nosso melhor cômodo para receber as pessoas, é um momento de celebração. Acredito muito nesse lugar da arte, do diálogo a partir dos trabalhos que saem do ateliê para serem vistos”, diz Mano.

Obra feita especialmente para a mostra em Minas Gerais

A exposição “Sala de Estar”, que já foi apresentada em outros museus como o Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MAMAM), de Recife, é marcada por trabalhos de diferentes séries desenvolvidas ao longo dos anos por Mano Penalva, que versam sobre esse lugar de passagem, que “embaralha as fronteiras entre a arte dita erudita e a arte popular, entre o íntimo e o público, entre o artístico e o doméstico, entre o dentro e o fora”, como diz Wagner Nardy, curador da exposição. Entre elas, estão “Ventanas”, “Brasão” e “Alpendre”.

A novidade fica por conta de uma obra produzida exclusivamente para essa exposição, em terras mineiras, que faz parte de uma série já em desenvolvimento chamada “Branquinhas”, feita a partir de sete tons de cachaça.

“Preparei essa exposição com muita vontade de mostrar o meu trabalho para Minas, porque ela carrega uma afetividade que é presente nesse estado assim como na Bahia, de onde sou. Estou na expectativa para saber quais são os pontos de vista do público que vai visitar essa exposição”, revela o artista.

Exposição faz parte da programação da 22ª Semana Nacional de Museus

A Semana Nacional de Museus é uma temporada cultural promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) que acontece anualmente em comemoração ao Dia Internacional dos Museus (18 de maio). Tem como objetivo promover, divulgar e valorizar os museus brasileiros; aumentar o público visitante e intensificar a relação dos museus com a sociedade.

A 22ª edição acontece entre os dias 13 e 19 de maio e só em Minas Gerais são mais de 139 instituições participando, distribuídas em 69 municípios.

Mano Penalva (1987, Salvador, Brasil)

Vive e trabalha em São Paulo. A produção de Mano Penalva parte do deslocamento dos objetos do contexto cotidiano e reflete o interesse do artista pela Antropologia e Cultura Material. Por meio de diferentes mídias como escultura, instalação, pintura, fotografia e vídeo, Penalva propõe novos agrupamentos estéticos a partir das estratégias de venda do varejo, das suas experiências de coleta de histórias e da observação do campo que transita entre a Casa e a Rua. Penalva realça com seus trabalhos a ideia de que a exponencial proliferação de objetos e imagens não se destina a treinar a percepção ou a consciência, mas insiste em fundir-nos com eles.

É bacharel em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2008). Frequentou por 7 anos cursos livres de arte do Parque Lage (2005 - 2011). Atualmente, faz parte do Massapê Projetos, plataforma gerida por artistas que possibilita o pensamento e produção de arte sediada em São Paulo, da qual é o idealizador.

Nos últimos anos participou de diversas residências artísticas: Casa Wabi - Puerto Escondido (México) 2021, Fountainhead Residency - Miami (EUA) 2020, LE26by / Felix Frachon Gallery - Bruxelas (Bélgica) 2019, AnnexB - Nova Iorque (EUA) 2018, Penthouse Art Residence - Bruxelas (Bélgica) 2018, R.A.T - Residência Artística por Intercâmbio - Cidade do México (México) 2017, Pop Center - Camelódromo Porto Alegre (Brasil) 2017.

Museu Mineiro
Inaugurado em 1982, o Museu Mineiro reúne em seu acervo um conjunto bastante diversificado de objetos referentes à história e à produção cultural e artística mineiras. Nas salas de exposição são exibidas obras de artistas consagrados, tais como: Manoel da Costa Ataíde, Yara Tupynambá, Amílcar de Castro, Jeanne Milde, Inimá de Paula, Lótus Lobo, Celso Renato, Sara Ávila, Guignard, Maria Helena Andrés, Di Cavalcanti etc.

Atualmente, o Museu exibe a exposição de longa duração “Minas das Artes, Histórias Gerais”, onde o visitante tem a oportunidade de conhecer uma vasta coleção de arte sacra, datada dos séculos XVIII e XIX, além de preciosidades do acervo, como a bandeira da Inconfidência Mineira, os manuscritos originais da obra “Tutaméia” de Guimarães Rosa, o retrato de Antônio Francisco Lisboa, conhecido como Aleijadinho, e a coleção de santos de devoção popular.

Serviço:

Exposição “Sala de Estar”, do artista Mano Penalva
Data: 16 de maio de 2024
Horário: 18h
Período de visitação: até 30 de junho de 2024
Local: Sala das Sessões do Museu Mineiro (Av. João Pinheiro, 342, Circuito Liberdade, Belo Horizonte)

Foto: Estúdio em Obra/Divulgação

Leônidas de Oliveira em reunião na ITB Berlin Secult MG Divulgação'Estamos trabalhando para captar investimentos e parceiros para Minas Gerais', diz o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira (Foto Secult-MG/Divulgação)

Em abril deste ano, Minas Gerais sediará uma das etapas da Copa do Mundo de Mountain Bike, contribuindo para projetar Araxá e o Circuito Turístico Nascentes das Gerais e Canastra, o qual abrange mais 19 municípios, como Capitólio e São Roque de Minas, internacionalmente. A realização desse evento é fruto de negociações do Governo de Minas que começaram em 2023, na ITB Berlin, a qual é reconhecida como um dos maiores eventos do segmento turístico do mundo. O Estado retorna à feira neste ano, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, com objetivo de potencializar a internacionalização do Destino Minas Gerais, atraindo mais turistas e novos investimentos.

A Secult tem participado de reuniões com expositores e com a Warnes Bros, que promove a Copa do Mundo de Mountain Bike junto à União Ciclística Internacional (UCI). Na reunião com Rémi Trapero, gerente de Vendas Internacionais para América Latina da Warner Bros. Discovery Sports, foram feitos alinhamentos gerais sobre o torneio que acontecerá de 19 a 21 de abril de 2024.

“Nós acabamos de consolidar essa parceria. No próximo mês, a partir de 19 abril, teremos uma etapa da Copa do Mundo de Mountain Bike em Araxá, e convido todo mundo para estar em Araxá, na Serra da Canastra, essa região que cresce imensamente no turismo. O evento vai proporcionar um projeção internacional de Araxá e do Circuito Turístico Nascentes das Gerais e Canastra, o qual abrange diversos municípios, incluindo aqueles que integram o Mar de Minas, como Capitólio, Alpinópolis e São José da Barra”, reforça o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira. Ele também destaca o empenho na busca pela expansão da conectividade no estado. “Estamos trabalhando para captar investimentos e parceiros para Minas Gerais, de forma que possamos atrair o mundo para Minas Gerais e mostrarmos Minas Gerais para o mundo. Visitamos diversos expositores e parceiros com o objetivo de ampliarmos o número de voos e os investimentos das cadeias hoteleiras internacionais no estado”, acrescenta Oliveira.

Os principais atrativos turísticos do estado, como a diversidade dos biomas, os patrimônios históricos, a cozinha mineira e a arte moderna e contemporânea têm sido apresentados com foco tanto no mercado alemão quanto na comunidade europeia. Vale lembrar que, de acordo com pesquisa realizada pela Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Minas Gerais aparece como o 7º destino brasileiro mais visitado pelos alemães, o que demonstra a importância de ações voltada para promoção de Minas Gerais para esse público, estimulando, assim, o retorno ou a vinda de novos turistas.

Palestra no Museu Mineiro Foto Israel Crispim DivulgaçãoOficina e palestra no Museu Mineiro integram programação da 22ª Semana Nacional de Museus, cujo tema é “Museus, educação e pesquisa” (Israel Crispim/Divulgação)

O Sistema Estadual de Museus, em parceria com o Museu Mineiro, traz para a 22ª Semana Nacional de Museus, cujo tema é “Museus, educação e pesquisa”, uma programação voltada para a formação e o fortalecimento do campo museal. Nesta quarta (15) e também na sexta-feira (17), serão oferecidas, de forma gratuita, no Museu Mineiro, no Circuito Liberdade, em BH, a “Oficina de Plano Museológico” (inscrições neste link), com Ranielle Menezes, museóloga e docente da UFMG, e a palestra “Desafios da educação museal” (inscrições neste link), com Adriana Mortara, também docente do curso de museologia da instituição.

A Semana Nacional de Museus é uma temporada cultural promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), que acontece anualmente em comemoração ao Dia Internacional dos Museus (18 de maio). O evento tem como objetivo promover, divulgar e valorizar os museus brasileiros; aumentar o público visitante e intensificar a relação dos museus com a sociedade. A 22ª edição acontece desta segunda-feira (13) a domingo (19) e só em Minas Gerais são mais de 139 instituições participando, distribuídas em 69 municípios.

Programação

A proposta da “Oficina de Plano Museológico”, que será realizada nesta quarta-feira (15), das 13h30 às 17h30, é oferecer uma visão abrangente sobre como desenvolver esse plano, cobrindo desde conceitos de planejamento e gestão até diagnósticos, definição de objetivos e elaboração de programas e projetos. O Plano Museológico é um requisito legal para todos os museus, conforme estabelecido pela Lei nº 11.904/09 e Decreto nº 8.124/2013. Este plano é uma ferramenta essencial de planejamento estratégico, adaptada às necessidades específicas da gestão museológica.

Já na palestra “Desafios da educação museal”, promovida nesta sexta (17), a partir das 14h, Adriana Mortara convida à reflexão sobre o amadurecimento das pesquisas no campo da museologia, os desafios que ficam evidentes na prática e os possíveis caminhos de enfrentamento da educação museal.

Sistema Estadual de Museus de Minas Gerais

O Sistema Estadual de Museus de Minas Gerais (SEMMG), é entendido como um organismo indispensável para o estabelecimento de uma plataforma comum a todos os museus do estado, tendo como compromisso incentivar o intercâmbio e a disseminação de informações museológicas e o fortalecimento dessas instituições.

Museu Mineiro

Inaugurado em 1982, o Museu Mineiro reúne em seu acervo um conjunto bastante diversificado de objetos referentes à história e à produção cultural e artística mineiras. Nas salas de exposição são exibidas obras de artistas consagrados, tais como: Manoel da Costa Ataíde, Yara Tupynambá, Amílcar de Castro, Jeanne Milde, Inimá de Paula, Lótus Lobo, Celso Renato, Sara Ávila, Guignard, Maria Helena Andrés, Di Cavalcanti etc.

Atualmente, o Museu exibe a exposição de longa duração “Minas das Artes, Histórias Gerais”, onde o visitante tem a oportunidade de conhecer uma vasta coleção de arte sacra, datada dos séculos XVIII e XIX, além de preciosidades do acervo, como a bandeira da Inconfidência Mineira, os manuscritos originais da obra “Tutaméia” de Guimarães Rosa, o retrato de Antônio Francisco Lisboa, conhecido como Aleijadinho, e a coleção de santos de devoção popular.

4ª Semana Estadual de Incentivo à Literatura
A 4ª Semana Estadual de Incentivo à Literatura acontecerá entre os dias 15 a 21 de abril e está com inscrições abertas até o dia 17 de março. O evento tem como tema as Afromineiridades e homenageará a escritora mineira Carolina Maria de Jesus (1914-1977), que completaria 110 anos em 2024. 

As bibliotecas públicas e comunitárias de Minas Gerais podem se cadastrar por meio de um formulário online. A iniciativa é do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e coordenação do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas e Comunitárias.

De 15 a 21 de abril, os equipamentos culturais participantes realizarão atividades que convidem a comunidade para ler, discutir e compartilhar textos produzidos por escritores afrodescendentes de Minas Gerais.

Além disso, as bibliotecas poderão desenvolver ações que celebrem as manifestações da tradição oral, funcionando como um centro pulsante de promoção das culturas e artes afrodiaspóricas. O evento também será uma oportunidade para criar atividades que divulguem e valorizem o acervo de memória local presente nas nossas bibliotecas.

A execução das ações será de responsabilidade de cada equipamento, que poderá escolher entre os formatos online, presencial ou híbrido. O Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas e Comunitárias de Minas Gerais e a Secult produzirão folheto digital com todas as atividades cadastradas, divulgando a programação por meio de todos os seus canais. O material de divulgação será disponibilizado para as bibliotecas até 8 de abril.

A iniciativa integra o Minas Literária, programa realizado pela Secretarias de Estado de Cultura e Turismo (Secult), lançado em maio do ano passado, que busca incentivar a leitura e fortalecer a cadeia produtiva do livro, gerando emprego e renda em Minas Gerais.

Serviço
IV Semana Estadual de Incentivo à Literatura - Afromineiridades
Inscrições: Até 17/3 
Formulário de inscrição: formulário online
Período de realização do evento: 15/4 a 21/4
Informações: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e (31) 98489-2113 (WhatsApp)

FESTA DA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO LAGOA SANTA Crédito Acervo Setur MG Consuelo de AbreuLei Descentra Cultura irá fortalecer trabalhadores da cultura em todo o estado (Foto Acervo Setur MG/Consuelo de Abreu)

Importante instrumento que amplia e moderniza o acesso aos mecanismos de financiamento cultural para os 853 municípios mineiros, promovendo descentralização, regionalização e democratização dos recursos da cultura em todo o estado, a lei Descentra Cultura foi regulamentada pelo Governo de Minas Gerais para operacionalização no estado neste sábado (11). O movimento acontece após o Projeto de Lei ter sido aprovado em dois turnos no Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em setembro do ano passado, e sancionado pelo governador Romeu Zema no mesmo mês.

A possibilidade de redução de contrapartida das empresas ao Fundo Estadual de Cultura (FEC) no caso de os proponentes serem do interior do estado, passando dos atuais 35% para 10%, é um dos aspectos que irá favorecer os trabalhadores da cultura em Minas e incentivar a descentralização dos investimentos para todo o estado. A Descentra Cultura também incorpora novas áreas específicas a serem beneficiadas, como bandas de música tradicionais, educação musical, culturas populares urbanas e periféricas, cultura digital e jogos eletrônicos, cultura alimentar e gastronomia, culturas e ofícios da moda.

Outra novidade é que, agora, empresas de grande porte que optarem por financiar projetos em municípios do interior poderão destinar mensalmente até 5% do valor devido do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Antes, esse percentual estava limitado a 3%. A lei também facilita o acesso das culturas populares, povos e comunidades tradicionais aos mecanismos de fomento. Tecnicamente, a Descentra Cultura substituiu a lei 22.944/2018, que instituiu o Sistema Estadual de Cultura, o Sistema de Financiamento à Cultura e a Política Estadual Cultura Viva. Com as regras anteriores, a cada ano, cerca de 35 municípios mineiros concentravam 95% dos recursos destinados à Lei Estadual de Incentivo à Cultura (LEIC). Já via Fundo Estadual de Cultura (FEC), apenas 184 municípios conseguiam acessar o mecanismo, concentrando 89% dos recursos disponíveis.

Para o governador Romeu Zema, a descentralização vai reforçar a cultura mineira: “É uma ação que visa democratizar o acesso aos recursos da cultura, no que diz respeito à questão burocrática. Nossa cultura vai estar mais presente no interior, principalmente nos pequenos municípios. Um estado que tem o nosso patrimônio, história, tradições, cozinha, tem também um potencial enorme de fazer aflorar muita coisa que estava abafada, sem condição de florescer. Não adianta criar empregos, atrair investimentos, ser ambientalmente responsáveis, melhorar a saúde e a educação se a cultura não estiver viva, pois é ela que dá liga a tudo isso”.

Com o Descentra Cultura, o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, garante mais democratização e descentralização, criando melhores condições de acesso por parte de muito mais municípios, de trabalhadoras e trabalhadores da cultura e, de forma especial, às culturas populares. Segundo o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, a Descentra Cultura irá, além de impulsionar a economia criativa em Minas, gerar empregos e renda em toda a cadeia produtiva do setor. “A Lei facilita a vida dos produtores, trabalhadoras e trabalhadores da cultura, descentraliza os recursos, sobretudo para os municípios que não têm acesso, acolhe e dá visibilidade às culturas populares e tradicionais, potencializa o investimento em mais municípios, fomenta a responsabilidade das empresas que patrocinam a cultura com o estado como um todo. Isso significa que um maior contingente da população terá acesso aos benefícios dos recursos para a cultura, garantindo o pleno exercício dos direitos culturais”, enfatiza Oliveira.

O Projeto de Lei Descentra Cultura Minas Gerais foi elaborado a partir das demandas do Conselho Estadual de Política Cultural (Consec), com as Secretarias de Estado de Fazenda (SEF) e de Governo (Segov) desde 2020, tendo também a colaboração direta de parlamentares para aprimoramento e consolidação.

Confira, a seguir, destaques da nova legislação estadual:

● Definição mais completa das expressões de culturas populares, das quais não serão exigidos projetos, mas apenas descrição da manifestação, bem como a criação de dois instrumentos de repasse específicos para elas;

● Possibilidade de redução de contrapartida das empresas ao Fundo Estadual de Cultura (FEC) no caso de os proponentes serem do interior do estado, passando dos atuais 35% para 10%;

● Sistema de financiamento passa a poder apoiar outras iniciativas, como assegurar visibilidade de artistas mineiros para curadores de grandes festivais e mostras nacionais e internacionais, entre outras ações;

● Empresas de maior porte que optarem por financiar projetos em municípios do interior do estado poderão destinar até 5% do valor mensal devido do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Antes, esse percentual estava limitado a 3%;

● Reorganização dos mecanismos de inscrição, aprovação e prestações de contas, conforme demandas antigas da sociedade;

● Incorporação de emendas que propõem a simplificação e aprimoramento do acesso a recursos para culturas populares e tradicionais;

● Instauração de novas modalidades de repasse: Fomento; Patrocínio; Bolsa; Fomento individual;

● Maior transparência nos dados do Sistema Estadual de Cultura (Siec);

● Redução e extinção de sanções e multas para empreendedores e beneficiários;

● Garantias de ações afirmativas para grupos culturais mais vulneráveis e de apresentação de propostas por meio de gravações, facilitando o acesso por quem tem mais dificuldades de escrever;

● Mudança de “Seleção Pública de Projetos” para “Instrumentos Públicos de Seleção”;

● Flexibilização da contrapartida de municípios para o FEC ao critério variável da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), atendendo demanda antiga de municípios;

● Vinculação do Conselho à lei do Siec;

● Incorporação de novas áreas específicas a serem beneficiadas, como bandas de música tradicionais, educação musical, culturas populares urbanas e periféricas, cultura digital e jogos eletrônicos, cultura alimentar e gastronomia, culturas e ofícios da moda.

Estande de Minas na BTL 2024 Foto Marden Couto TurismodeMinasGoverno do Estado realizou ações de promoção da cultura mineira em um estande próprio na BTL 2024; a partir de junho, BH terá voos diários para Lisboa (Foto Marden Couto/TurismodeMinas)

Minas Gerais conquistou os portugueses que participaram da 34ª edição da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), realizada na última semana, entre quarta-feira (28/02) e domingo (03/03), mostrando aos participantes da feira suas riquezas, sua cultura e as delícias da cozinha mineira. Uma das maiores e mais importantes feiras de turismo do mundo, a BTL contou com mais de 1.400 expositores, 63 mil visitantes, 2.000 reuniões e 75 destinos internacionais, números que fizeram do evento um importante espaço de negócios e geração de novos investimentos. Pelo estande do Governo de Minas Gerais passaram, em média, 300 pessoas por dia, além de gestores e personagens do universo político.

Uma das novidades anunciadas na feira é que, a partir de junho, Belo Horizonte terá voos diários para Lisboa. O acordo assinado entre a TAP Air Portugal e a Embratur irá fortalecer o intercâmbio entre Minas e o país europeu, gerar novas oportunidades de negócios, emprego e desenvolvimento econômico para o Estado. A BTL Lisboa reuniu operadoras, redes hoteleiras, companhias aéreas e prestadores de serviços turísticos para desenvolvimento de negócios e promoção de networking. Diretor da TAP para o Brasil e América do Sul, Carlos Antunes ressaltou a parceria com o Governo de Minas. “Trazer um pouco de Minas para Portugal suscita curiosidade, o desejo do agente de viagens português em vender Minas para seus passageiros. Graças ao trabalho entre a TAP e a Secretaria de Estado Cultura e Turismo de Minas Gerais, estamos conseguindo melhorar a ocupação dos voos e aumentar a frequência no Estado”, avalia Antunes.

As ações do Governo de Minas na BTL 2024, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG) e da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), fazem parte do programa “Minas para o Mundo: Mundo para Minas”. Em 2024, a previsão é que o Estado participe de 37 feiras e eventos turísticos no Brasil e no exterior para seguir posicionando Minas no mercado internacional, estimular os negócios e atrair novos turistas estrangeiros. Para o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira, o mundo está vendo que Minas Gerais é uma potência turística e importante destino de investimentos: “Isso é resultado de um trabalho multidisciplinar do Governo de Minas. Na BTL, cumprimos nosso objetivo de mostrar Minas para o mundo e atrair turistas e investimentos”.

Em todas as feiras turísticas de 2024, a Secult-MG terá a Codemge como importante parceira para promover a cultura e o turismo de Minas. “Vamos manter e até aumentar a promoção de Minas dentro e fora do Brasil para que empresas, turistas e outros agentes interessados possam conhecer Minas Gerais e suas potencialidades e a gente possa promover desenvolvimento econômico”, afirma Thiago Toscano, presidente da Codemge.

Cozinha Mineira na BTL Lisboa

Ao longo de cinco dias, a promoção da Cozinha Mineira deu o tom da programação do estande do Governo de Minas na Bolsa de Turismo de Lisboa. Os chefs Felipe Rameh e Roberta Gomes promoveram degustações com ingredientes típicos para os convidados na Cozinha Viva. O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, visitou o espaço e se encantou com os sabores, cores e temperos da Cozinha Mineira. “A comida mineira é um sonho”, disse. Presidente da Embratur, Marcelo Freixo também foi só elogios: “A cozinha mineira é espetacular. Nosso país também tem que ser conhecido pela gastronomia e Minas Gerais é a porta de entrada”.

Outra novidade é que o Queijo Canastra, um dos símbolos da Cozinha Mineira, será promovido na 26ª edição do Festival de Cinema Brasileiro de Paris, que acontece de 26 de março a 2 de abril no tradicional cinema de rua L’Arlequin, no bairro de Saint-Germain-des-Près. A iguaria é tema de um documentário produzido pela Embratur, terceiro episódio da série “Turismo Transforma”.

Queijo, pão de queijo e cachaça

O estande do Governo de Minas na BTL Lisboa também ofereceu degustação de cachaças, cafés, doces e queijos – Queijo Canastra Mauro, Queijo Canastra do Onésio, Roça da Cidade e Capim Canastra, todos da região de São Roque de Minas, Queijo Serro Samuel, da cidade do nordeste do Estado, Matriarca Cabra, de São Gotardo, Solera Ribeiro Fiorentini, de Governador Valadares, e d’Alagoa, da Serra da Mantiqueira. Hugo Faria Leite, um dos produtores rurais da Associação dos Produtores de Queijo Canastra (Aprocan), destaca que a BTL foi oportunidade única para divulgar a Serra da Canastra e reforçar a candidatura do modo de fazer do Queijo Minas Artesanal como Patrimônio Mundial da Unesco. “Não só para mim, mas para todos os produtores de queijo da Canastra, foi um momento importante de apresentar o trabalho que a gente vem fazendo ao longo dos anos. É um momento oportuno também para que os pequenos produtores tenham o devido reconhecimento e valorização de suas produções artesanais”, enfatiza.

Nossa mais famosa iguaria, o pão de queijo, também esteve representada pelos produtos da grife Pão de Queijaria. “Futuramente, temos projeto de viabilizar a exportação de nossos produtos para a Europa ou mesmo a entrada de nossas lojas por lá. Dessa forma, esperamos também contribuir com a economia de Minas Gerais”, afirma o sócio-fundador da Pão de Queijaria, Lucas Parizzi.

Outro produto típico mineiro, a cachaça ficou disponível para degustações no balcão gastronômico. Desde 2016, Paulo Rodrigues e a esposa Regina administram um alambique em Três Corações e produzem a cachaça Divina. A produção profissional começou em 2017 e, hoje, a marca participa de feiras no Brasil e no exterior. Na BTL, a Divina Cachaça exibiu cinco rótulos: Netuno (armazenada em inox), Febo (blend e amburana e jequitibá rosa), Vulcano (blend de carvalho e jequitibá rosa), prata (tradicional) e Júpiter (blend de carvalho norte-americano e europeu). “Participar da feira foi o reconhecimento de um trabalho, é o que nos faz refletir que estamos no caminho certo e entender que podemos levar uma identidade brasileira para a Europa”, salienta Rodrigues.

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG) e o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) se unem pelo melhor aproveitamento de recursos para as artes em Minas Gerais após a dissolução do BDMG Cultural. A Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop) assume a gestão do equipamento com o compromisso de dar continuidade aos programas e projetos desenvolvidos pela instituição, agora ainda mais integrada às políticas de descentralização de recursos e com novas potências de alcance e acesso às políticas públicas para a cultura e para o turismo de Minas Gerais.

É importante destacar que não se trata do fim das ações e programas do BDMG Cultural. Trata-se, com a gestão da Faop que se inicia, de uma maior integração do Sistema Estadual de Cultura em todos os territórios de Minas Gerais. Trata-se, também, de um plano maior de ações de qualificação para novas e melhores oportunidades na geração de trabalho, emprego e renda para os artistas mineiros e trabalhadores da cultura.

Nos últimos três anos, a Faop, vinculada à Secult-MG, por meio de intenso trabalho de descentralização, alcançou todas as regiões de Minas Gerais. São ações efetivas de formação e promoção das Artes e dos Ofícios, em parceria com prefeituras e organizações sociais, além de total integração com outras instituições do Estado, como a Fundação Clóvis Salgado (FCS), o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) e Empresa Mineira de Comunicação (EMC).

Entende-se que, potencializada junto ao Sistema Estadual de Cultura, a Faop vai fortalecer ainda mais e melhor o conjunto de ações e programas estruturantes já consolidados. A instituição estadual de arte e educação, fundada, entre outros, pelo poeta Vinícius de Moraes, em 1968, é anterior até mesmo à Secretaria de Cultura. Ao longo de mais de meio século, a Faop fez e segue fazendo história pelas artes e pela memória de Minas Gerais. O que temos em construção, por meio da Faop, acolhendo as ações e programas oriundos do BDMG Cultural, é mais uma ressignificação de esforços e de recursos, humanos e financeiros, para novas possibilidades de avanços na economia da criatividade de modo efetivo e descentralizado.

Delegação em Brasília

Com objetivo de participar dos debates sobre políticas públicas culturais, o Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), enviou 42 delegados à Brasília para a 4ª Conferência Nacional de Cultura, que integra o Sistema Nacional de Cultura e será coordenada pelo Ministério da Cultura (MinC). A delegação mineira se juntará às outras de todo o país, entre os dias 4 e 8 de março, para debates tendo como tema central “Democracia e Direito à Cultura”.

A edição contará com cerca 1.500 delegados, reunidos para debater e redefinir as prioridades nas políticas públicas de cultura do país. As deliberações servirão tanto como balanço do Plano Nacional de Cultura (PNC) atual quanto para a construção do novo plano, projetado para os próximos 10 anos.

Serão amplamente debatidas, em âmbito nacional, as discussões já consolidadas nos Estados, em seis eixos temáticos: “Institucionalização, Marcos Legais e Sistema Nacional de Cultura”; “Democratização do acesso à cultura e Participação Social”; “Identidade, Patrimônio e Memória”; “Diversidade Cultural e Transversalidades de Gênero, Raça e Acessibilidade na Política Cultural”; “Economia Criativa, Trabalho, Renda e Sustentabilidade”; e “Direito às Artes e Linguagens Digitais”.

Participantes

A delegação mineira é formada por 40 integrantes das mais diferentes regiões do estado, eleitos durante a 4ª Conferência Estadual de Cultura, que aconteceu em novembro do ano passado. Além deles, conforme portaria federal, está presente um representante indicado pelo plenário do Conselho Estadual de Política Cultural de Minas Gerais (Consec-MG) e um representante do poder público, indicado pelo Secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira. Quem ocupa esta posição e lidera a delegação é a Chefe de Gabinete da Secult, Maristela Rangel, que tem décadas de atuação na área cultural.

Além dos delegados enviados pelo Governo de Minas, participarão outros três representantes do estado, delegados natos do Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC). Todos esses 45 têm direito a voz e voto nas plenárias, que acontecerão nos dois últimos dias do evento (7 e 8 de março). Na ocasião, serão votadas as propostas surgidas dos eixos temáticos e, eventualmente, de discussões em paralelo dos fóruns de secretários e de conselhos.

Há ainda duas outras categorias participantes da conferência: os convidados, que têm direito a voz, mas não a voto, e os observadores, que podem apenas acompanhar os debates. Para este público, foram liberadas 300 vagas.

Edições anteriores

A Conferência Nacional de Cultura surgiu em 2005, tendo como tema “Estado e Sociedade Construindo Políticas Públicas de Cultura”. A segunda conferência, em 2010, abordou “Cultura, Diversidade, Cidadania e Desenvolvimento”. A 3º e última edição da série de encontros foi realizada em 2013 e teve como tema "Uma Política de Estado para a Cultura: Desafios do Sistema Nacional de Cultura”. 

A 4ª CNC é realizada pelo MinC e pelo Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC),  correalizada pela Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI) e tem apoio da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso Brasil).

Programação da 4ª Conferência Nacional de Cultura

Segunda-feira (4/03) 

9h - Atividades artísticas 

9h às 12h - Reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC)

9h às 18h - Recepção e Credenciamento 

12h30 às 14h30 - Almoço e Atividades artísticas 

14h30 às 17h  - Encontros Nacionais Setoriais e Encontros Nacionais de Gestores 

17h - Fala Inspiradora 

18h - Abertura Oficial 

Terça-feira (5/03) 

9h - Atividades artísticas 

9h às 18h - Recepção e Credenciamento 

9h às 12h30 - Reuniões Nacionais de Gestores e Reuniões Nacionais Setoriais 

12h30 às 14h30 - Almoço e Atividades artísticas 

14h30 às 19h - Plenária de Regulamento Interno da Etapa Nacional 

19h - Lançamento de Livros 

19h às 21h - Atividades Autogestionadas 

19h às 21h - Escuta ampliada da Comissão Temática para Reformulação do Conselho Nacional de Política Cultural 

19h às 21h - Jantar e Atividades artísticas 

20h - Show (área externa) 

Quarta-feira (6/03)  

9h  Atividades artísticas 

9h às 18h - Início das Inscrições das Moções 

9h às 12h30 - Grupos de Trabalho dos Eixos 

12h30 às 14h30 - Almoço e Atividades artísticas 

14h30 às 19h - Grupos de Trabalho dos Eixos 

19h - Lançamento de Livros 

19h às 21h - Atividades Autogestionadas 

19h às 21h - Jantar e Atividades artísticas 

20h - Show (área externa) 

Quinta-feira (7/03)  

9h - Atividades artísticas 

9h às 13h - Plenária dos 6 Eixos Temáticos 

12h - Encerramento das inscrições das Moções 

12h30 às 14h30 - Almoço e Atividades artísticas 

14h30 às 17h -  Plenárias dos 6 Eixos Temáticos 

17h30 às 19h - Abertura da Plenária Final (Aprovação das Moções) 

19h - Lançamento de Livros 

19h às 21h - Jantar e Atividades artísticas 

20h - Show (área externa) 

Sexta-feira (8/03) 

9h - Atividades artísticas 

9h às 13h - Plenária final 

12h30 às 14h30 - Almoço e atividades artísticas 

14h30h às 16h - Encerramento da Plenária final  

17h - Show (área externa) 

Foto: Secult

 

Com objetivo de participar dos debates sobre políticas públicas culturais, o Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), enviou 42 delegados à Brasília para a 4ª Conferência Nacional de Cultura, que integra o Sistema Nacional de Cultura e será coordenada pelo Ministério da Cultura (MinC). A delegação mineira se juntará às outras de todo o país, entre os dias 4 e 8 de março, para debates tendo como tema central “Democracia e Direito à Cultura”. 
A edição contará com cerca 1.500 delegados, reunidos para debater e redefinir as prioridades nas políticas públicas de cultura do país. As deliberações servirão tanto como balanço do Plano Nacional de Cultura (PNC) atual quanto para a construção do novo plano, projetado para os próximos 10 anos.
Serão amplamente debatidas, em âmbito nacional, as discussões já consolidadas nos Estados, em seis eixos temáticos: “Institucionalização, Marcos Legais e Sistema Nacional de Cultura”; “Democratização do acesso à cultura e Participação Social”; “Identidade, Patrimônio e Memória”; “Diversidade Cultural e Transversalidades de Gênero, Raça e Acessibilidade na Política Cultural”; “Economia Criativa, Trabalho, Renda e Sustentabilidade”; e “Direito às Artes e Linguagens Digitais”.
Participantes
A delegação mineira é formada por 40 integrantes das mais diferentes regiões do estado, eleitos durante a 4ª Conferência Estadual de Cultura, que aconteceu em novembro do ano passado. Além deles, conforme portaria federal, está presente um representante indicado pelo plenário do Conselho Estadual de Política Cultural de Minas Gerais (Consec-MG) e um representante do poder público, indicado pelo Secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira. Quem ocupa esta posição e lidera a delegação é a Chefe de Gabinete da Secult, Maristela Rangel, que tem décadas de atuação na área cultural.
Além dos delegados enviados pelo Governo de Minas, participarão outros três representantes do estado, delegados natos do Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC). Todos esses 45 têm direito a voz e voto nas plenárias, que acontecerão nos dois últimos dias do evento (7 e 8 de março). Na ocasião, serão votadas as propostas surgidas dos eixos temáticos e, eventualmente, de discussões em paralelo dos fóruns de secretários e de conselhos.
Há ainda duas outras categorias participantes da conferência: os convidados, que têm direito a voz, mas não a voto, e os observadores, que podem apenas acompanhar os debates. Para este público, foram liberadas 300 vagas.
Edições anteriores
A Conferência Nacional de Cultura surgiu em 2005, tendo como tema “Estado e Sociedade Construindo Políticas Públicas de Cultura”. A segunda conferência, em 2010, abordou “Cultura, Diversidade, Cidadania e Desenvolvimento”. A 3º e última edição da série de encontros foi realizada em 2013 e teve como tema "Uma Política de Estado para a Cultura: Desafios do Sistema Nacional de Cultura”. 
A 4ª CNC é realizada pelo MinC e pelo Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC),  correalizada pela Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI) e tem apoio da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso Brasil).
Programação da 4ª Conferência Nacional de Cultura
Segunda-feira (4/03) 
9h - Atividades artísticas 
9h às 12h - Reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC)
9h às 18h - Recepção e Credenciamento 
12h30 às 14h30 - Almoço e Atividades artísticas 
14h30 às 17h  - Encontros Nacionais Setoriais e Encontros Nacionais de Gestores 
17h - Fala Inspiradora 
18h - Abertura Oficial 
Terça-feira (5/03) 
9h - Atividades artísticas 
9h às 18h - Recepção e Credenciamento 
9h às 12h30 - Reuniões Nacionais de Gestores e Reuniões Nacionais Setoriais 
12h30 às 14h30 - Almoço e Atividades artísticas 
14h30 às 19h - Plenária de Regulamento Interno da Etapa Nacional 
19h - Lançamento de Livros 
19h às 21h - Atividades Autogestionadas 
19h às 21h - Escuta ampliada da Comissão Temática para Reformulação do Conselho Nacional de Política Cultural 
19h às 21h - Jantar e Atividades artísticas 
20h - Show (área externa) 
Quarta-feira (6/03)  
9h  Atividades artísticas 
9h às 18h - Início das Inscrições das Moções 
9h às 12h30 - Grupos de Trabalho dos Eixos 
12h30 às 14h30 - Almoço e Atividades artísticas 
14h30 às 19h - Grupos de Trabalho dos Eixos 
19h - Lançamento de Livros 
19h às 21h - Atividades Autogestionadas 
19h às 21h - Jantar e Atividades artísticas 
20h - Show (área externa) 
Quinta-feira (7/03)  
9h - Atividades artísticas 
9h às 13h - Plenária dos 6 Eixos Temáticos 
12h - Encerramento das inscrições das Moções 
12h30 às 14h30 - Almoço e Atividades artísticas 
14h30 às 17h -  Plenárias dos 6 Eixos Temáticos 
17h30 às 19h - Abertura da Plenária Final (Aprovação das Moções) 
19h - Lançamento de Livros 
19h às 21h - Jantar e Atividades artísticas 
20h - Show (área externa) 
Sexta-feira (8/03) 
9h - Atividades artísticas 
9h às 13h - Plenária final 
12h30 às 14h30 - Almoço e atividades artísticas 
14h30h às 16h - Encerramento da Plenária final  
17h - Show (área externa)

Centro de Arte Popular BH Foto Leo Bicalho 1

Evento acontece nesta quinta (9) com maior adesão de museus em todo o estado 

Com 69 atividades e participação de 37 municípios, acontece, nesta quinta-feira (9), a 7ª edição da Noite Mineira de Museus e Bibliotecas. A iniciativa do Governo de Minas Gerais é realizada pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult/MG), por meio da Superintendência de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade (SBMEC), com apoio da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB) e da Diretoria de Museus (Dimus). Confira a programação completa aqui
A proposta, executada desde 2022, é estender por um dia, a cada dois meses, o horário de funcionamento dos equipamentos culturais até às 22h para que os visitantes que trabalham ou estudam em horário comercial tenham a oportunidade de participar das atividades durante a semana. 
Dentro da variada programação que acontecerá em 69 equipamentos culturais diferentes, haverá contação de histórias, clube de livros, exposições, ateliês abertos, debates, visitas mediadas, debates e outras atividades. A programação completa já está disponível no link, com acessibilidade para pessoas com deficiência visual.
Nesta edição, a novidade fica por conta da maior adesão de museus, que aumentaram em 27% a sua participação em relação à última edição. Entre os novos participantes estão o Museu histórico Ojú Aiyê (Matozinhos), o Centro de Memória da AngloGold Ashanti (Nova Lima), o  Museu Regional de São João del-Rei e o Museu da Capela- Irmãs Dominicanas de Monteils (Uberaba). 

Noite Mineira de Museus e Bibliotecas

A Noite Mineira de Museus e Bibliotecas é  uma ação bimestral que visa propiciar a articulação do trabalho em rede dos equipamentos culturais, com objetivo de incentivar novas atividades, dar visibilidade a elas e formar novos públicos, de modo que o atendimento seja expandido. São realizadas nos museus e nas bibliotecas de todas as regiões de Minas Gerais.O projeto é uma realização da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult/MG), por meio da Superintendência de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade, com apoio da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB) e da Diretoria de Museus (DIMUS).

7ª NOITE MINEIRA DE MUSEUS E BIBLIOTECAS

Data: 9 de maio de 2024

Horário: 18h às 22h

Municípios participantes: Alto Jequitibá, Antônio Carlos, Araxá, Belo Horizonte, Campanha, Cordisburgo, Frutal, Guarda-Mor, Ipatinga, Itaguara, Itambacuri, Lagoa da Prata, Lavras, Mariana, Matias Barbosa, Matozinhos, Minas Novas, Montes Claros, Nova Serrana, Ouro Preto, Papagaios, Paracatu, Paraopeba, Patos de Minas, Poços de Caldas, Sacramento, Salinas, Santa Rita do Sapucaí, São João del-Rei, São José do Alegre, Sarzedo, Silvianópolis, Tumiritinga, Uberaba, Uberlândia, Unaí, Varginha

Foto: Leo Bicalho

Museu Mineiro Credito Vinícius Duarte

A Noite Mineira de Museus e Bibliotecas 2024 inaugura nova fase de forma ampliada e com melhorias nos equipamentos culturais. A 6ª edição começa no próximo dia 14/3 com 68 atividades, distribuídas por 44 municípios do estado. A iniciativa do Governo de Minas Gerais é realizada pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult/MG), por meio da Superintendência de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade (SBMEC), com apoio da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB) e da Diretoria de Museus (Dimus). A proposta executada desde 2022 é estender por um dia o horário de funcionamento dos equipamentos culturais até as 22h.

O número de cidades é 47% maior do que o registrado nas edições de 2023, da qual participaram uma média de 30 municípios. O motivo deste crescimento está no sucesso da ação, que provou aumentar o acesso da população a museus e bibliotecas. Somente no ano passado, 5 mil pessoas participaram das 196 atividades oferecidas nas quatro Noite Mineiras, que envolveram 60 cidades em todas as 13 regiões de Minas Gerais.

“Além de ampliar o acesso da população, a gente vê uma geração de público espontâneo. Isso acontece porque, na Noite Mineira, fazemos ações diferentes do que os equipamentos se propõem diariamente. Um museu recebe um show musical, uma biblioteca recebe um sarau literário. Assim, os equipamentos atraem um público que, mesmo que tivesse possibilidade de acessá-lo durante o dia, não iria. Muito mais do que simplesmente estender o horário, a Noite Mineira de Museus e Bibliotecas amplia a forma como a população lida e se apropria desses equipamentos”, explica a superintendente de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade, Célia Ramos.

O aumento e renovação do público é também verificado pela chefe do departamento de Educação e Cultura da Prefeitura de Morada Nova de Minas, Elizabeth Pereira Santos. De acordo com ela, o número de pessoas que frequentam a Casa da Cultura – equipamento que abriga um museu e uma biblioteca, e que participou de três das quatro edições da Noite Mineira realizadas no ano passado – cresceu 40% com a iniciativa do Governo do Estado.

“A Noite Mineira dos Museus e Biblioteca representa muito para o município. Através das atividades propostas, a gente consegue atingir um outro público que não tinha acesso ao museu e à biblioteca. A gente consegue chegar em todas as faixas etárias através do projeto, desde os 5 anos até um público de 93 anos”, conta a gestora municipal.

O coordenador do Museu Casa Guimarães Rosa, Ronaldo Alves de Oliveira, compartilha relato semelhante. O espaço cultural de Cordisburgo, que também integrou a programação da Noite Mineira por três vezes em 2023, viu seu público modificar com a expansão do horário de funcionamento para a noite. “Destaco a participação dos alunos da EJA (Educação de Jovens e Adultos), que sempre vêm participar da Noite Mineira de Museus e Bibliotecas. Na primeira vez que teve [a Noite Mineira de Museus e Bibliotecas], foi excelente. Muitos nem conheciam direito o museu, então a ação trouxe este sentido de conhecer um equipamento cultural importante da cidade”, relembra.

Crédito Museu Morada Nova de Minas 2

 Legado permanente para as cidades

Estreante na Noite Mineira de Museus e Bibliotecas, Guaxupé tem muito a comemorar com a ação inédita na cidade. Isso porque o Museu Histórico e Geográfico Comendador Sebastião de Sá, que abrigará a maior parte da programação, está em reforma especialmente para receber a 6ª edição do evento. O prédio reformado será entregue à população no dia 14/3, quando o museu realizará atividades das 18h até às 20h.

“Quando da parceria com a Secretaria de Cultura e Turismo de Minas Gerais, para Guaxupé participar da 6ª edição da Noite Mineira de Museus e Bibliotecas, decidimos finalizar a obra e entregá-la à sociedade nesta data de 14 de março, para recebermos a ação do Estado”, contou o secretário de Cultura, Esporte e Turismo de Guaxupé, Marcos Alexandre Costa Buléd.

A colaboração entre o município e o Estado não é de hoje. Em outubro do ano passado, Guaxupé recebeu uma unidade da Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop), vinculada à Secult, exercendo um trabalho conjunto que gerou frutos inclusive para a Noite Mineira de Museus e Bibliotecas.

“A programação foi criada por um historiador do município, juntamente com o coordenador e a equipe da Faop – Guaxupé. Outro aspecto importante é que os livros entregues ao museu foram restaurados pela Faop”, revela Buléd, convidando a todos a participarem da edição.Museu Histórico e Geográfico Comendador Sebastião de Sá Crédito Ascom Guaxupé

 Mudança cultural ampla

Para Ronaldo Alves, o inédito engajamento dessa população extrapola a relação com o museu propriamente dito, transformando a percepção de pertencimento com a própria cidade, berço de Guimarães Rosa. “Já fizemos atividades nas quais foi trabalhada a obra do Guimarães Rosa, o que aproxima esse público com a obra do escritor. Isso é muito importante, não só pelo conhecimento, mas também para eles perceberem que fazem parte dessa história. Isso é muito significativo para os alunos do EJA”, reconhece o coordenador, complementando:

“E outra coisa que também acho muito importante é o interesse que a ação desperta pela cultura. Quando esse público viaja, passa a querer conhecer outros espaços culturais. Acho que a formação de público não é só em relação ao museu daqui de Cordisburgo. É uma atividade de formação cultural completa, que amplia os horizontes das pessoas”, avalia Ronaldo Alves.

Célia Ramos acrescenta que a Noite Mineira de Museus e bibliotecas tem proporcionado uma mudança cultural não apenas no público, mas também nos gestores. “Nós temos tido retornos muito positivos das cidades do interior. A própria gestão dos municípios tem voltado o seu olhar para esses equipamentos culturais. Para nós, é uma alegria pensar que o projeto extrapola essa noite especificamente em que ele é realizado, trazendo benefícios para a população para além da noite em si”, alegra-se a superintendente da SBMEC.

Nova periodicidade

Em 2024, a Noite Mineira de Museus e Bibliotecas acontecerá bimensalmente, e não mais todo mês. O dia da semana foi mantido: bibliotecas públicas e comunitárias e museus de todo o estado ficarão abertos na segunda quinta-feira do mês em que a ação for realizada. A mudança foi implementada a partir do feedback de parte dos municípios, que relataram que o espaço de um mês entre uma ação e outra era curto para a organização do evento.

“Entendemos que essa solicitação fazia todo o sentido frente ao que a gente se propõe, que é ampliar o acesso da população aos equipamentos culturais, e resolvemos acatar essa sugestão. Acreditamos que a realização a cada dois meses será benéfica tanto para a ação como um todo, quanto para o engajamento dos municípios. Com a mudança na periodicidade, acreditamos que a Noite Mineira dos Museus e Bibliotecas terá uma adesão ainda maior em 2024”, explicou Célia Ramos.

A decisão parte de um diálogo constante para a melhoria do projeto, o que é valorizado pelos gestores. “A Noite Mineira tem melhorado a cada edição. O Governo do Estado nos dá direcionamento e ideias para trabalhar os temas, e isso nos ajuda muito”, comenta a chefe do departamento de Educação e Cultura da Prefeitura de Morada Nova de Minas, Elizabeth Pereira Santos.

“A Noite Mineira de Museus e Bibliotecas tem sido uma experiência muito boa para Cordisburgo. Com certeza continuaremos participando das próximas edições”, compartilha o coordenador Museu Casa Guimarães Rosa, Ronaldo Alves de Oliveira.CAP Crédito Leo Bicalho

PROGRAMAÇÃO 6ª EDIÇÃO

ALTO JEQUITIBÁ

Biblioteca Pública Municipal Antenor Gripp

Rua Antônio Eugênio Sanglard, 391/431 - Centro

Instagram: @bibliotecaaltojequitiba

18h - Contação de causos ao som de modas de viola

Mediação: José Geraldo Paixão, Gecy Rodrigues Costa, Geraldo Verly, José

Batista Pinheiro e Ademir Lacerda da Silva.

Atividade presencial

ANTÔNIO CARLOS

Museu Ferroviário Poeta Cruz e Sousa

Avenida João Cabral, 90 - Centro

Instagram: @prefeituradeantoniocarlosmg

19h30 - Bate-papo: Acontecimentos e heróis brasileiros (quase) esquecidos

Mediação: Fabrício Robson de Oliveira

Atividade presencial

ARAXÁ

Museu Histórico de Araxá Dona Beja

Praça Cel. Adolfo, 98 - Centro

Instagram: @fccb.araxa

Tel.: (34) 99186-6872

19h - Noite Mineira de Museus 2024

Sarau e rodas de leitura com mediação, contação de história baseados em livros clássicos.

Mediação: Núcleo de Incentivo à Leitura da Secretaria de Educação de Araxá

Atividade presencial

BELO HORIZONTE

Palácio da Liberdade

Praça da Liberdade, s/nº - Funcionários

Instagram: @palaciodaliberdademg

19h30 às 20h30 – Visita mediada

Observação: Sessão das 19h30 terá intérprete de Libras

Mediação: Educativo Palácio da Liberdade

Atividade presencial

Casa Fiat de Cultura

Praça da Liberdade, 10, Funcionários

Instagram: @casafiatdecultura

19h30 às 21h - Palestra "Mulheres artistas nos séculos XX e XXI: inserção nos mundos das artes com Rita Lages"

Mediador: Rita Lages

Atividade presencial

Biblioteca Comunitária Trilhas da Palavra

Avenida Olegário Maciel, 742 - Sala 3.165 - Centro

Instagram: @trilhasdapalavra

19h - Cesta Cultural

Mediação: Sol Barreto

Atividade presencial

Centro de Arte Popular

Rua Gonçalves Dias, 1.608 - Lourdes

Instagram: @centrodeartepopular

19h - Exposição “Névoas de Ouro Preto”

Artistas: Coletivo 6+1, composto por Ângela Costa, Fátima Miranda, Letícia Pinto, Liliane Coelho, Mônica Batitucci, Regina Moraes e Marcos Esteves.

Atividade presencial

MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal

Praça da Liberdade, 680 - Funcionários

Instagram: @mmgerdau

19h - Visita guiada ao museu

Atividade presencial

Museu de Ciências Naturais PUC Minas

Avenida Dom José Gaspar, 290 - Coração Eucarístico - PUC Minas/prédio 40

Instagram: @museupucminas

18h - Visita mediada pelo Museu PUC Minas

Mediação: equipe do Museu.

Atividade presencial

18h - Oficina de observação dos corpos celestes

Mediação: Monitores do GAIA (Grupo de Astronomia e Astrofísica da PUC

Minas)

Atividade presencial

19h20 - Oficina: De ouvidos abertos - encontro com a música

Mediação: Maestro Daniel Augusto Oliveira Machado - PUC Minas

Atividade presencial

Museu Inimá de Paula

Rua da Bahia, 1.201 - Centro

Instagram: @museuinimadepaula

18h - Exposição "Caboclos da Amazônia - Arquitetura, Design e Música"

Curador: Carlos Alcantarino

Atividade presencial

Museu Mineiro

Av. João Pinheiro, 342 - Funcionários

Instagram: @museumineiro

18h - Feira Gastronômica e Cultural

Mediação: Parceria Seapa

Atividade presencial

18h - Apresentação da Banda Academia Musical Orquestra Show da

PMMG

Músicos: Academia Musical Orquestra Show da PMMG

Atividade presencial

Museu dos Militares Mineiros

Rua dos Aimorés, 698 – Funcionários

Instagram: @museudosmilitaresmineiros

18h às 21h: Aberto ao público para visitação espontânea

Mediação: Educativo do museu

Ponto Cultural CDL

Av. João Pinheiro, 495 - Centro

Instagram: @pontoculturalcdl

19h - Visita mediada ao Ponto Cultural CDL

Mediador: Allysson Gudu

Atividade presencial

BOM DESPACHO

Biblioteca Pública Municipal Professor Jacinto Guerra

Rua Coronel Tininho, 40- Centro

19h - Reinauguração da biblioteca como centro de informação

Mediação: Rosimaire Santos

Atividade presencial

CAMPANHA

Biblioteca Pública Municipal Cônego Victor

Avenida Ministro Alfredo Valadão, 158 - Centro

Instagram: @prefcampanha

19h30 - Sarau: Música, leitura e cultura

Mediação: Evandra de Moura Braga

Atividade presencial

CORDISBURGO

Museu Casa Guimarães Rosa

Rua Padre João, 744 - Centro

Instagram: @museguimaraesrosa

19h30 - Exposição "Poty Lazzarotto nas artes em argiloxilogravura”, um passeio pela literatura de Guimarães Rosa a partir da arte em cerâmica.

Artista: Fábio Brasileiro

Atividade presencial

FERNANDES TOURINHO

Biblioteca Pública Municipal Profa. Braulinda Francisca da Silva

Av. Sebastião Marcelino da Silva, 26 - Centro

Facebook: facebook.com/bibliotecaprofbraulindafraciscasilva

18h - Sarau musical e roda de conversa sobre descrições culturais de estilos musicais populares e seus autores

Mediação: Daniel Oliveira ( Professor de Música da Escola Municipal de Música de Fernandes Tourinho.

Atividade presencial

FRUTAL

Biblioteca Pública Municipal Minerva Maluf de Souza

Rua Senador Gomes da Silva, 26 - Centro

Site: www.cultura.frutal.mg.gov.br

19h - Roda de conversa com a Academia Frutalense de Letras

Mediação: Academia Frutalense de Letras

Atividade presencial

Museu Municipal de Frutal

Rua Senador Gomes da Silva, 26 - Centro

Instagram: @cultura.frutal

20h - Exposição: Paixão na Paixão

Artista: professor Liu Feliciano

Atividade presencial

GOUVEIA

Biblioteca Pública Municipal Profa. Stael Alves Nunes

Avenida JK, 1.091 - Centro

Instagram: @sigagouveiasecult

19h - Clube Mulheres Leitoras

Mediação: Sueli Vieira

Atividade presencial

GUARDA-MOR

Biblioteca Pública Municipal Prof. Caetano de Faria

Rua Dr. Cândido Ulhôa, 280 - Centro

Instagram: @departamentodeculturagmor

18h30 - Lendo aniversariantes de março

Mediação: Mirian Ferreira Duarte

Atividade presencial

GUAXUPÉ

Museu Histórico e Geográfico Comendador Sebastião de Sá

Rua Coronel Antônio Costa Monteiro, 55 - Centro

Instagram: @prefguaxupe

18h - Inauguração do Espaço Comendador Sebastião de Sá

Mediação: Professor Historiador Fábio Lúcio Mello Tobias

Atividade presencial

18h30 - Entrega de livros ao museu

Mediação: Marcos Alexandre Costa Buléd (Secretário Municipal).

Atividade presencial

19h - Palestra: A história de Pio Damião

Mediação: Professora e pesquisadora Denise Dias

Atividade presencial

20h - Sarau das raízes afro-mineiras

Mediação: Sarah Oliveira

Atividade presencial

IPATINGA

Biblioteca Pública Municipal Zumbi dos Palmares

Rua Mariana, 119 - Centro

Instagram: @bibliotecapublicaipatinga

19h - Oficina de xadrez

Mediação: Thiago Ferreira Guerino

Atividade presencial

JANUÁRIA

Biblioteca Pública Municipal Professor Manoel Ambrósio

Praça Tiradentes, 76 - Centro

Instagram: @bibliotecajanuaria

18h - Bate-papo: Raízes literárias: celebrando autores e artistas locais

Mediação: Pedro Xavier

Atividade presencial

JUIZ DE FORA

Museu Mariano Procópio

Rua Dom Pedro II, 350 - Mariano Procópio

Instagram: @museumarianoprocopio

18h - Sarau de poesias no museu

Mediação: Cynthia Imbelloni Hosken

Atividade presencial

LAGOA DA PRATA

Biblioteca Pública Municipal Cel. José Vital

Rua Getúlio Vargas, 827 - Centro

Instagram: @bibliotecaceljosevital

18h - Clube de leitura e exposição “Varal Poético/Poesia Mineira”

Mediação: Caroline Marques

Atividade presencial

LUMINÁRIAS

Museu Municipal Prof. Dr. Carlos Ribeiro Diniz

Rua Coronel Diniz, 222 - Centro

Facebook: https://www.facebook.com/casadaculturalms

19h - Bate-papo: Uma noite no museu

Mediação: João Gilberto Lara (Diretor de Cinema)

Atividade presencial com transmissão pelo Facebook

MARIANA

Biblioteca Pública Municipal Benjamim Lemos

Rua Barão de Camargos, 59 - Centro Histórico

Instagram: @bibli.benjamimlemos

17h - Noite de jogos e lazer

Mediação: Rita do Carmo de Oliveira

Atividade presencial

Museu Casa Alphonsus de Guimaraens

Rua Frei Durão, 82 - Centro

Instagram: @museualphonsus

19h - Vozes e letras - Oficina: O recurso imagético no processo de ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa escrita para surdos: uma estratégia possível.

Mediação: Vanessa Souza de Paula

Atividade presencial

MATEUS LEME

Biblioteca Pública Municipal Geraldo Alves de Oliveira

Rua dos Funcionários, 23 - Centro

Instagram: @bibliotecamateusleme

18h - Noite cultural na biblioteca

Autora: Maria Aparecida Rios

Atividade presencial

MONTE SANTO DE MINAS

Biblioteca Pública Municipal Professor Jairo Palacini

Rua João Ribeiro, 393 - Centro

Instagram: @bibliomontesantodeminas

18h30 - Palavras ao luar

Mediação: Tamiris Durigan

Atividade presencial

MONTES CLAROS

Museu Regional do Norte de Minas

Rua Coronel Celestino, 75 - Centro

Instagram: @museuregionalnm

19h - CineFoot – “Memórias do Chumbo: o futebol nos tempos do Condor” / Episódio Argentina

Mediação: Professor Dr. Georgino Jorge de Souza Neto

Atividade presencial

19h - Exposições "Cultura Gorutubana: Cores do Sertão", de Gilsa Florisbela, e "O Arvoredo da Vida", de Coiote Junio.

Artistas: Gilsa Florisbela e Coiote Junio.

Atividade presencial

MORADA NOVA DE MINAS

Biblioteca Pública Municipal Professor Antônio Ribeiro

Rua Waldemar Alvares Rodrigues de Souza, 430 - Centro

18h - A história da capoeira

Mediação: Anderson Antônio

Atividade presencial

Museu Morada Nova

Rua Waldemar Alvares Rodrigues de Souza, 430 - Centro

Site: https://www.moradanova.mg.gov.br/

18h - Protagonismo negro de Morada Nova de Minas

Mediação: Waldyr Salviano

Atividade presencial

MURIAÉ

Museu do Cinema Carlos Scalla

Rua das Palmeiras, 219 - Napoleão

Facebook: https://www.facebook.com/museudocinemacarlosscalla

20h - Projeção ao luar

Mediação: Bruno Scalla de Souza Pereira

Atividade presencial

MUZAMBINHO

Museu Municipal Francisco Leonardo Ceravolo

Rua Aparecida, 112 - Centro

Instagram: @museumuzambinho

19h - Visitação guiada

Mediação: Secretaria de Esporte, Lazer, Cultura e Turismo (SELCT).

Atividade presencial

NOVA SERRANA

Biblioteca Pública Municipal Aurélio Camilo

Praça Tito Pinto, 93 - Centro

Instagram: @bibliotecaaurelio

18h30 - Bate-papo: A capoeira na afromineiridade

Mediação: Márcia Máximo

Atividade presencial

OURO PRETO

Museu Casa Guignard

Rua Conde de Bobadela, 110 - Centro

Instagram: @museucasaguignard

18h30 - Visita mediada ao Museu Casa Guignard

Mediação: Wanalyse Emery

Atividade presencial

Biblioteca Pública Municipal de Ouro Preto

Rua Xavier da Veiga, 309 - Centro Histórico

Instagram: @prefeituradeouropreto

19h - Exposição de artesanatos e bate-papo Café com leite: arte, cultura e palavras

Artistas: artesãos do Distrito Antônio do Leite

Mediação: Cleusmar Fernandes (diretor da biblioteca pública)

Atividade presencial

PAPAGAIOS

Associação Museu Bartolomeu Campos de Queirós

Praça Alexandre Maciel, 86 - Santo Antônio

Instagram: @museubartolomeu

19h - Visita guiada

Mediação: Rosa Maria Filgueiras Vieira (Diretora da Associação Cultural

Bartolomeu Campos de Queirós).

Atividade presencial

PARACATU

Biblioteca Pública Municipal René Lepesqueur

Rua Rio Grande do Sul, 1.200 - Centro

19h - Mais Saúde - Atividades voltadas para a área da saúde no espaço da biblioteca

Mediação: educadores físicos e profissionais da área de Saúde

Atividade presencial

PARAISÓPOLIS

Biblioteca Pública Municipal José Asdrúbal de Almeida

Praça do Centenário, s/nº - Centro

Instagram: @laculturparaiso

19h - Visita guiada: Explorando a biblioteca

Mediação: Antônio Almeida.

Atividade presencial

PARAOPEBA

Biblioteca Pública Municipal Agnaldo Edmundo Silva

Rua Antônio Cândido da Rocha Mascarenhas, 217 - Centro

Instagram: @biblioteca_paraopeba

19h30 - Bate-papo: Página marcada

Mediação: Flávio Pereira

Atividade presencial

PEDRALVA

Biblioteca Pública Municipal Otto Joseph Van Wijk

Rua Coronel Canudo, s/nº - Centro (Rodoviária Municipal)

Instagram: @desencolvimentopedralva

18h - Aula aberta da Corporação Musical Gaspar Carneiro

Maestro: João Cesar da Silva

Atividade presencial

PIRANGA

Museu e Memorial Cesário Alvim

Rua Cesário Alvim, s/nº - Centro

Instagram: https://www.instagram.com/prefeituradepiranga/

18h - Visita ao Museu e Memorial Cesário Alvim

Mediação: Vitor Tiago de Souza

Atividade presencial

PIRAPORA

Associação Cultural Baticundum

Rua Bernardino Barbosa, 22 - Nossa Senhora Aparecida

Instagram: @baticundum_oficial

19h - Exposição: Museu da Música - Projeto Acervo da Música Barranqueira

Mediação: Cinara Dreide Xavier Araujo Vieira

Atividade presencial

SANTA RITA DO SAPUCAÍ

Biblioteca Pública Municipal Prof. Henrique Del Castillo

Rua Cel. Joaquim Neto, 306 - Centro

Instagram: @bibliosantarita

19h30 - Sarau das mina

Mediação: Thais Bernardes

Atividade presencial

Museu Histórico Delfim Moreira

Praça Delfim Moreira, 42 - Família Andrade

Instagram: @prefeiturasrs | @museu_dmoreira

19h30 - Show: Memória Musical Santa-ritense

Mediação: Carlos Romero Carneiro

Atividade presencial

SÃO GERALDO

Biblioteca Pública Municipal Profa. Laura Casulari da Motta

Rua João Torrente Giber, s/nº - Centro

Instagram: @bibliotecasaogeraldo

19h - Gincana patrimonial na biblioteca

Mediação: Lara Cristina Rachid Batalha

Atividade presencial

Museu Ferroviário de São Geraldo

Rua João Torrente Giber, s/ºn - Centro

Instagram: @visitesaogeraldo.com

19h30 - Visita noturna ao Museu Ferroviário

Mediação: Tanusa Queiroz Coelho

Atividade presencial

SÃO JOÃO DO PARAÍSO

Biblioteca Pública Municipal Manoel Nascimento Gomes

Praça Arthur Trancoso, 92 - Centro

Instagram: @bibliotecamunicipalmng

18h30 - Sarau literário

Mediação: Dárlen Meireles Ribeiro

Atividade presencial

SÃO JOSÉ DO ALEGRE

Biblioteca Pública Municipal Maurício Lacerda de Carvalho e Museu Municipal Histórico-Cultural de São José do Alegre

Rua Caetano Pires, 267 - Centro

Facebook: https://www.facebook.com/mauricio.lacerda.7545

19h - Apresentação instrumental de violão e trompete

Músico: João Carlos

Mediação: Gisely

Atividade presencial

SETE LAGOAS

Biblioteca Pública Municipal Doutor Avellar

Rua Lassance Cunha,174 - Centro

Instagram: @bibliotecasete

18h - Chá com letras – Roda de conversa “A mulher na profissão da escrita”

Atividade presencial

SILVIANÓPOLIS

Biblioteca Pública Municipal Maria Célia Vilhena Beraldo

Avenida Doutor José Magalhães Carneiro, s/nº - Centro

Instagram: @prefeituradesilvianopolis

19h - Poesia, música e café

Mediação: Sheyla Rosária Vilhena de Carvalho

Atividade presencial

TAIOBEIRAS

Biblioteca Pública Municipal Zenilde da Costa Mota Maia

Rua Rio Pardo, 546 - Centro

Instagram: https://www.instagram.com/zenildebiblio1/?hl=pt_BR

19h - Sarau poético

Mediação: Welton Silveira Mendes

Atividade presencial

TRÊS MARIAS

Memorial Manuelzão

Rua João Alexandre, 12 - Distrito de Andrequicé

Instagram: @memorialmanuelzao

Tel.: (38) 3754-8812

19h - Roda de Leitura Rosiana

Mediação: Prof. José Antônio Vicente de Souza (Presidente da Samarra)

Atividade presencial

UBERLÂNDIA

Museu Municipal de Uberlândia

Praça Clarimundo Carneiro, 69 - Centro

18h - Visita guiada ao Museu Municipal de Uberlândia

Mediação: Setor Educativo

Atividade presencial

Biblioteca Pública Municipal Juscelino Kubitschek de Oliveira

Praça Jacy de Assis, s/nº - Centro

Instagram: @amigosdabiblio_udi

18h30 - Sarau literário

Mediação: Leda Furtado e Silvia

Atividade presencial

VARGINHA

Museu Municipal de Varginha

Praça Governador Benedito Valadares, 141 - Centro

Facebook: https://www.facebook.com/museumunicipaldevarginha

18h - Mostra de obras de Aurélia Rubião

Mediação: Paulo Sergio Rosa

Atividade presencial

Biblioteca Pública Municipal de Varginha

Praça Governador benedito Valadares, 141 - Centro

Facebook: https://www.facebook.com/bibliotecapublicadevarginha/

19h - Lançamento de livro

Mediação: Helaina de Fátima Vinhas Pereira

Atividade presencial

VIÇOSA

Biblioteca Pública Municipal Dr. Mário Dutra dos Santos

Praça do Rosário, 05, 3° andar - Centro (Secretaria Municipal de

Cultura, Turismo e Esportes - antiga sede da prefeitura)

Instagram: @secultvicosa

18h20 - Bate-papo: O fantástico mundo dos livros

Mediação: Fabiene Cristina da Silva Reis

Atividade presencial

Crédito das Fotos, de cima para baixo: Vinícius Duarte, Museu Morada Nova de Minas, Ascom Guaxupé e Leo Bicalho

Exposição bordados Casa Museu Guimarães RosaA mostra "Ave Palavra" reúne um conjunto de 40 bordados do artista mineiro Osmar Oliva (Foto Reprodução)

O Museu Casa Guimarães Rosa, em Cordisburgo, inaugura, neste sábado (11), a partir das 15h, a exposição “Ave Palavra”, do artista mineiro Osmar Oliva, que reúne 40 bordados inspirados nas obras de Guimarães Rosa. A mostra, que fica aberta ao público até dia 30 de junho e tem curadoria de Fabiano Lopes de Paula, reflete a jornada de um homem e suas composições dentro de um contexto de imagens e de um simbolismo peculiar que afloram na alma do sertanejo. “Ave Palavra” é também uma homenagem à obra de Guimarães Rosa, autor de um livro de mesmo nome, uma coleção póstuma de escritos diversos que inclui contos, fragmentos de diários e reflexões, e representa a natureza ondulatória e o ritmo da escrita rosiana. Cada ponto e cada linha podem simbolizar as alturas emocionais e as nuances sutis expressas em bordados, capturando a musicalidade e o ritmo tão característicos no trabalho literário de Rosa.

“Este conjunto de 40 bordados, meticulosamente trabalhados por um artista cuja história transcende a técnica artística, convida-nos a vivenciar um mundo onde o ato de bordar se transforma em uma ponte emocional entre o traçado e tramas do ponto a ponto, das linhas e das cores, contornando e cosendo formas, ilustrando em poesia”, destaca Fabiano de Paula.

Nestas obras, cada movimento, cada matiz, não é apenas um elemento de desenho, mas um símbolo potente de conexão e cura. Osmar Oliva, um homem de sensibilidade aguçada, mergulhou no universo do bordado como meio de enfrentamento após o falecimento de sua mãe, uma mulher de vida simples e de grande força, que deixou um legado de amor incondicional e resiliência para seus nove filhos.

Inspirado pelas lembranças de sua mãe bordando à porta de sua humilde casa, e movido pela saudade após sua partida, o artista empreendeu uma jornada de criação que o levou a completar 40 peças, cada uma delas carregando camadas de significado e emoção. Ao longo da exposição, os visitantes são convidados a refletir sobre as diversas formas de amor e de memória e sobre como a arte, em suas múltiplas expressões, pode servir como um veículo poderoso para a celebração da vida. “A forma das linhas e as cores poderiam, ainda, simbolizar a voz de Rosa, que ressoa através de suas palavras como uma ave, um pássaro que voa livremente, espalhando suas histórias e a riqueza da cultura sertaneja”, finaliza o curador Fabiano de Paula.

Osmar Oliva

Osmar Oliva nasceu em Brasília de Minas. É neto de Duzim Oliva, o primeiro fotógrafo da cidade, e sobrinho-neto de Zino Oliva, escultor e pintor em Montes Claros nos anos de 1920. Em sua família, destacam-se, portanto, artistas nas diversas áreas: literatura, escultura, fotografia, pintura, música e bordado. O artista é formado em Letras Português/Francês pela Unimontes, com mestrado e doutorado em Estudos Literários pela UFMG. É professor na Unimontes desde 1996 e já publicou dezenas de livros de crítica literária, de poemas e de contos. Dedica-se de forma polivalente a outras artes como a pintura, a escultura, a fotografia, e o bordado à mão.

Participou de diversas oficinas de desenho e de pintura com os artistas Gemma Fonseca, Sérgio Ferreira, Heloísa Dumont, Fátima Raquel, Hélio Brantes, dentre outros. Em fotografia, realizou cursos com o fotógrafo e editor de imagens Neto Macedo. Já o bordado tem se tornado uma prática cada vez mais intensa, de forma autodidata. Vem participando efetivamente de concursos de fotografia e de exposições individuais e coletivas com suas expressões artísticas variadas, firmando-se como um artista inquieto e múltiplo.

Museu Casa Guimarães Rosa

Inaugurado em 1974, o Museu Casa Guimarães Rosa completou 50 anos em março passado. O espaço cultural está localizado na cidade de Cordisburgo, sendo uma instituição dedicada à preservação da memória biográfica e literária de um dos maiores escritores da literatura nacional. Os documentos, fotografias e objetos do acervo do Museu refletem aspectos da vida pessoal de Guimarães Rosa, além de sua atuação profissional como médico, escritor e funcionário do Ministério das Relações Exteriores.

O museu está instalado na casa onde Guimarães Rosa nasceu e viveu os primeiros anos de sua infância (1908 – 1917). O edifício é composto pela residência onde a família Guimarães Rosa habitava e pela venda mantida pelo pai do escritor, “seu” Florduardo, ou simplesmente “seu Fulô”. No Museu, o visitante tem a oportunidade de conhecer o universo mágico do sertão mineiro, onde Guimarães Rosa nasceu e se formou. Da infância na “Venda do Seu Fulô”, onde ouvia as histórias fantásticas dos vaqueiros e fregueses de seu pai, à atuação como Cônsul no Rio de Janeiro, Hamburgo, Bogotá e Paris, a vida do escritor está retratada no acervo, nas exposições e nas ações que o Museu desenvolve.

Atualmente, o Museu Casa Guimarães Rosa exibe a exposição de longa duração “Rosa dos Tempos, Rosa dos Ventos”, que proporciona uma imersão nos espaços residenciais da Família Guimarães Rosa e na literatura de seu membro mais ilustre. O universo rosiano e sertanejo se mesclam oferecendo ao público uma mostra da genialidade de Guimarães Rosa como escritor, médico, cônsul, pai, filho, marido e membro da Academia Brasileira de Letras.

Serviço:
Exposição "Ave, Palavra", do artista Osmar Oliva
Curadoria: Fabiano de Paula
Quando: De 11 de maio a 30 de junho
Local: Museu Casa Guimarães Rosa (Av. Padre João, 744 - Cordisburgo)

Ana Granjo e Ricardo Couto à esquerda Foto Marden Couto DivulgaçãoOs influenciadores portugueses Ana Granjo e Ricardo Couto (à esquerda)visitaram o estande de Minas Gerais na BTL Lisboa(Foto Marden Couto/TurismodeMinas)

Ações com influenciadores digitais têm se tornado um importante mecanismo de promoção de produtos e destinos em feiras internacionais. Além de viralizar nas redes sociais, contribuem para atrair a atenção de um público segmentado. O influencer digital Diamantino Martins é um desses fenômenos portugueses. Com 21,7 mil seguidores, além de criador de conteúdo, ele é proprietário da agência Pólis Viagens e Turismo. “Como profissional e criador de conteúdo, considero importante divulgar o Estado e seus produtos aqui, até para dar mais visibilidade ao destino Minas”, diz.

Diamantino Martins é um dos influenciadores digitais que têm usado perfis nas redes sociais para promover Minas Gerais na 34ª edição da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), uma das maiores e mais importantes feiras de turismo do mundo. As ações do Governo de Minas, que conta com um estande na feira lisboeta, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), fazem parte do programa “Minas para o Mundo: Mundo para Minas”. A BTL Lisboa começou na última quarta-feira (28) e a programação se estende até o próximo domingo (3).

“Uma das grandes apostas de Minas aqui na BTL é o que o estado tem de melhor a oferecer: a gastronomia”, comenta Martins em um vídeo no perfil @diamantinomartins, no Instagram. Como agente de viagens, ele reconhece que a procura pelo destino Minas cresceu no último ano. “Na minha agência, vendi pacotes para o Carnaval de Belo Horizonte este ano. Descobri que é uma festa genuína, popular e segura”, comenta.

Palestrante oficial da BTL Lisboa, a influenciadora Sónia Justo é multiplataforma – escreve sobre gastronomia e viagens em blog, podcast, redes sociais e Youtube com o perfil @lovelylisbonner. Presença constante no estande do Governo de Minas, Sónia se mostra encantada com as degustações promovidas pelos chefs Felipe Rameh e Roberta Gomes na Cozinha Viva. Embora ainda não conheça Minas Gerais, ela se diz instigada a visitar o estado ao participar da BTL. Quando indagada sobre a primeira imagem que vem à mente quando se menciona Minas Gerais, a influenciadora não hesita em citar a gastronomia e as paisagens naturais.

“Minas Gerais tem muito ainda a crescer como destino em Portugal, o viajante português tem uma ligação muito forte com o Brasil. A participação de Minas na feira é muito orgânica e natural. O estande chama muito a atenção: tem pão de queijo, cachaça, queijo, café”, pontua. Em todas as feiras das quais Sónia participou no ano passado, Minas marcou presença. “Os estandes de Minas Gerais e do Brasil são sempre os mais cheios, animados e populares. O europeu gosta muito”, acrescenta.

O casal Ana Granjo e Ricardo Couto, do travel blog com o instigante nome de Gato Vadio (@gatovadiotravelblog), com 27, 5 mil seguidores, também não teve a oportunidade de viajar ao Brasil. De Minas Gerais, se encantaram com as imagens das cachoeiras. “Só conhecemos Minas Gerais pelas novelas”, conta. No estande mineiro, participaram da Cozinha Viva e experimentaram o porquinho crocante com banana caramelada, mini vegetais tostados e rotti. “Achamos tudo delicioso, não estamos acostumados a comer quiabo”, destaca Ana.

A criadora de conteúdo conta que a cozinha mineira tem similaridades com a portuguesa, como o porquinho, que também é comum em outros preparos na culinária local, mas também percebeu influências africanas. “O purê de banana é muito diferente. No geral, gostamos dessa mistura de sabores e culturas”, avalia. Minas Gerais, segundo o casal, oferece diversas opções, como patrimônio histórico, natureza e gastronomia, para vários nichos de públicos. “Há uma vantagem: os portugueses gostam de viajar e comer bem”, resume Ana Granjo.

Sobre a BTL Lisboa

A 34ª edição da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), realizada no Parque das Nações, conta com 1.400 expositores e espera receber mais de 60 mil visitantes até domingo (3). A BTL Lisboa reúne operadoras, redes hoteleiras, companhias aéreas e prestadores de serviços turísticos para desenvolvimento de negócios e promoção de networking. Minas Gerais se destaca entre os 75 destinos internacionais. São três dias exclusivos só para profissionais da área e, no fim de semana, o evento será aberto ao público, que poderá conhecer destinos, hotéis, operadoras, cias aéreas, cruzeiros, locadoras, atrativos e fornecedores.

Trem da Serra da Mantiqueira Foto Reprodução Site tremdaserradamantiqueiraExperiências vão ressaltar a Cozinha Mineira e o patrimônio histórico e cultural de diversos municípios como potência turística e econômica; passeio no Trem da Serra Mantiqueira, em Passa Quatro, faz parte da programação do roteiro Amag Mantiqueira (Foto Foto Reprodução/tremdaserradamantiqueira.com.br)

A partir desta quinta-feira (9), o Governo de Minas Gerais promove uma imersão marcada por experiências turísticas e gastronômicas em duas rotas do Estado: a recém-lançada Rota das Artes, que abrange oito municípios da região Central do Estado, e a Rota do Queijo e do Azeite, no Sul de Minas, estado líder em atividade turística há mais de um ano e que, em fevereiro, cresceu mais de 1.500% acima da média nacional. Até domingo (12), jornalistas e influenciadores mineiros e de outros estados vão conhecer as riquezas culturais existentes em roteiros especialmente preparados para as ambas as ações, que integram o programa Mais Turistas e o projeto “Ano da Cozinha Mineira – Clássica e Contemporânea”. O objetivo é reforçar Minas Gerais como um dos principais destinos turísticos do país e ressaltar a cultura mineira como potência econômica e geradora de emprego e renda.

Com degustações, almoços e jantares em locais turísticos, visitas a fazendas e outros pontos estratégicos durante os quatro dias, o roteiro Amag Mantiqueira, que percorre a região da Serra da Mantiqueira, no Sul de Minas, tem início nesta quinta-feira (9), na cidade de Aiuruoca, conhecida pelas muitas cachoeiras, corredeiras, picos, montanhas e uma rica e preservada Mata Atlântica. Um dos atrativos mais procurados e visitados é a Cachoeira dos Garcias. A promoção do roteiro Amag Mantiqueira é uma realização do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, e do Centro Universitário UniBH, com patrocínio da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) e apoio da Associação dos Municípios da Microrregião do Circuito das Águas (Amag).

A viagem continua em Alagoa, famosa pelo delicioso queijo parmesão produzido artesanalmente pela população que vive na zona rural do município. Favorecida pelo clima e topografia da região, a cidade recebeu o orgulhoso título de “Terra do Queijo Parmesão”. “Essa ação do Governo de Minas e da Secult vai dar mais visibilidade aos resultados turísticos e econômicos já existentes aqui nas montanhas da Mantiqueira. A Rota do Queijo e do Azeite é recomendada pela revista ‘Forbes’. Será um turismo de experiência memorável e é fundamental que isso extrapole as fronteiras de Minas para trazermos turistas de outros estados para cá”, destaca o fundador da Queijo d’Alagoa-MG e criador da Rota do Queijo e do Azeite, Osvaldo Filho.

O sábado (11), em Passa Quatro, será marcado pelo passeio no Trem da Serra da Mantiqueira. A Maria Fumaça relembra os tempos áureos das ferrovias e a locomotiva a vapor é quase centenária, de 1925. Visitas ao túnel da Mantiqueira, passagem de quase um quilômetro de extensão famosa por ser cenário da Revolução Constitucionalista de 1932, e ao Instituto Alto Montana da Serra Fina, local de pesquisa e educação que guarda mais de 1.000 hectares de Floresta Atlântica, também são destaques do penúltimo dia de viagem. O roteiro termina, no domingo (12), em Itanhandu, após passagem por Itamonte, reconhecida por sua culinária típica do Circuito Turístico Terras Altas da Mantiqueira: truta, pinhão e comida mineira de fogão à lenha.

Do barroco à Cozinha Mineira

Um tour pelo Circuito Liberdade, em Belo Horizonte, será o pontapé inicial para a jornada pela Rota das Artes, que também começa nesta quinta-feira (9). Em seguida, o grupo parte para Congonhas, local da atividade “Experiência Modos Operantes de Aleijadinho”. Na cidade da região Central do Estado está localizado o Santuário do Bom Jesus de Matozinhos, considerado uma das obras-primas do barroco mundial e reconhecido como Patrimônio Cultural Mundial pela Unesco.

De lá, a imersão na Rota das Artes segue com visitas e atividades em Ouro Branco, Ouro Preto e Mariana, cidades que, a exemplo de Congonhas, integram o Circuito do Ouro e reúnem riquezas do patrimônio histórico nacional. Experiências gastronômicas tendo os pratos típicos da cozinha mineira como protagonistas farão parte de todo o roteiro. Maior museu de arte contemporânea a céu aberto do mundo, Inhotim, em Brumadinho, é o destaque da programação de sábado (11). No dia seguinte, o último da jornada pela Rota das Artes, o roteiro também prevê uma parada em Igarapé antes do retorno a BH.

A Rota das Artes foi lançada no MTM – Minas Travel Market, evento realizado na capital mineira, no fim de abril, e irá impulsionar o desenvolvimento econômico e a geração de emprego e renda nas regiões atravessadas pelo projeto. O roteiro abrange oito municípios: Belo Horizonte, São Joaquim de Bicas, Igarapé, Brumadinho, Congonhas, Ouro Branco, Ouro Preto e Mariana. As cidades estão divididas em três destinos: Circuito Liberdade, Destino Veredas e Circuito do Ouro. A promoção turística da Rota das Artes é uma realização do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, e do Centro Universitário UniBH, com patrocínio da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) e apoio do Sebrae Minas.

A diretora-executiva do Circuito do Ouro, Márcia Martins, celebra a iniciativa do Governo de Minas: “A Rota das Artes conecta BH a duas grandes regiões turísticas de Minas Gerais, o Circuito do Ouro e Destino Veredas, e tem uma abordagem que permite a essas regiões repensarem a forma de se apresentar junto ao mercado. No Circuito do Ouro, a Rota das Artes valoriza o trabalho dos artistas e incentiva o empreendedorismo”.

Palácio da Liberdade Foto Marco Evangelista ImprensaMGProgramação da imersão à Rota das Artes inclui visita ao Palácio da Liberdade, no Circuito Liberdade, em Belo Horizonte (Foto Marco Evangelista/ImprensaMG)

queijo credito MardenCouto

O queijo canastra será promovido na 26ª edição do Festival de Cinema Brasileiro de Paris, que acontece de 26 de março a 2 de abril no tradicional cinema de rua L’Arlequin, no bairro de Saint-Germain-des-Près. A informação é do presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Marcelo Freixo, em entrevista no estande de Minas na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), onde parou para tomar um café. O documentário produzido pela Embratur é o terceiro episódio da série “Turismo Transforma”.

 “A parceria com Embratur é importante para Minas Gerais e, ao promover nosso queijo, primeiro patrimônio da cultura alimentar protegido pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico Nacional), significa um reforço para nossa candidatura a patrimônio do mundo pela Unesco. Minas é cultura. Um olhar amplo para além de sol e praia é colocar os pés na experiência que o viajante contemporâneo exige”, enfatiza o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira.

De acordo com a coordenadora de Cultura e Gastronomia da Embratur, Ana Paula Jaques, o modo artesanal de fazer o queijo Canastra torna o sabor original e fez a iguaria conquistar premiações internacionais, principalmente em festivais da França, a terra do queijo. Hoje, o queijo Canastra é o primeiro bem agroalimentar candidato ao título de Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco.

 “É raro ter um bem alimentar, patrimônio imaterial. Eu defendo a candidatura e estou em campanha na Unesco. Minas Gerais tem cidades como Belo Horizonte, Cidade Criativa da Gastronomia, onde a cultura do botequim é muito forte. O estande de Minas está ao lado do da Embratur, e trabalha gastronomia o tempo inteiro. As pessoas passam lá para comer broa, frango com quiabo, tomar um café coado, isso em uma feira internacional”, ressalta Marcelo Freixo, presidente da Embratur.

Para o presidente da Embratur, a cozinha mineira é espetacular, uma das maiores gastronomias que o Brasil tem. “O mercado europeu sempre comprou o Brasil como sol e praia, mas nós temos cultura, natureza, gastronomia. Temos que divulgar na feira esse Brasil com S, seus sabores e saberes. Nosso país tem que ser conhecido pela gastronomia também, e Minas Gerais é a porta de entrada”, destaca.

A BTL acontece até o dia 3 de março e destaca-se por promover destinos nacionais e internacionais, além de ser um ponto de encontro de profissionais do setor do mundo todo para desenvolvimento de negócios e promoção de networking. A participação do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG) e da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) faz parte das ações do programa “Minas para o Mundo: Mundo para Minas”, que já vem trazendo resultados sólidos, tanto que o estado está entre os três destinos que mais receberam turistas estrangeiros no Carnaval 2024, atrás apenas de Rio de Janeiro e São Paulo.

Crédito da foto: Marden Couto

sinfonica lua 

Em 1969, na histórica missão Apollo 11, que marcou a primeira vez em que o homem pisou na lua, o astronauta Neil Armstrong levou consigo uma gravação da “Sinfonia do Novo Mundo”, de Dvořák. Embora tenha sido composta por um tcheco, a obra se tornou um ícone da cultura estadunidense. Sob a regência do renomado maestro alemão Oliver Weder, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG), juntamente com o Coral Lírico de Minas Gerais (CLMG), apresenta “O Novo Mundo”, com um programa composto por obras de Antonín Dvořák e dos italianos Giuseppe Verdi e Giacomo Puccini, compositores essenciais para a música clássica. A apresentação ocorre na quarta-feira (8/5) às 20h, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, com participação do Coral Infantojuvenil Palácio das Artes, da soprano Melina Peixoto e do barítono Pedro Viana. Os ingressos, que já estão à venda no site, têm preços populares: R$30 a inteira e R$15 a meia-entrada. No dia anterior ao concerto, terça-feira (7/5), às 12h, será apresentada ao público mais uma edição do projeto “Sinfônica ao Meio-Dia”, com parte do programa e entrada gratuita.

O concerto marcará a primeira vez do regente Oliver Weder no Brasil. Ele, que é Maestro Titular de uma das orquestras mais antigas da Alemanha, a Orquestra Sinfônica de Thüringen (cuja história remonta ao século XVII), e Diretor Geral de Música do Teatro de Rudolstadt, conta que está animado para conhecer Minas Gerais e o Palácio das Artes. “Só conheço sua maravilhosa maestra Ligia Amadio, e ela me convidou e confiou em mim para reger seus incríveis músicos. Acho que iremos ter uma ótima experiência apresentando este programa lindamente escolhido para o nosso público. Sou um maestro de ópera, e vocês têm um grande coral, então foi uma escolha natural colocar trechos de coros de óperas famosas na primeira parte do programa. Como precisávamos de uma segunda parte igualmente popular, o que poderia ser melhor do que a ‘Sinfonia do Novo Mundo’, de Antonín Dvořák?”, conta Oliver. Pelo nome, a sinfonia pode não parecer tão familiar para o público, mas é frequentemente usada no cinema e está presente na trilha sonora de filmes como “Os Infiltrados” (2006), “Quarteto Fantástico” (2005) e “Barbie como Rapunzel” (2002).

O Ministério da Cultura, o Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam “Concertos da Liberdade – O Novo Mundo”. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm Patrocínio Master da Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal e correalização da APPA – Cultura e Patrimônio. Governo Federal, Brasil. União e Reconstrução.

Uma celebração de Verdi, Puccini e Dvořák – Giuseppe Verdi e Giacomo Puccini são dois dos mais renomados compositores italianos e ambos deixaram um legado duradouro na ópera e na música clássica em geral. A primeira obra a ser interpretada no dia 8 será a introdução de “Nabucco”, de Verdi, ópera que foi um ponto de virada crucial na carreira do autor, resgatando-o de um período difícil em que considerou abandonar a música. Esta obra, que narra a história do rei da Babilônia e a expulsão dos judeus de sua terra, é reconhecida como um dos maiores triunfos artísticos do compositor italiano, e sua composição emotiva fez de Verdi uma figura de destaque e um símbolo nacional.

Em seguida, virão trechos de “Le Villi” (As fadas), “La Rondine” (A andorinha), “Turandot” e “Tosca”, de Puccini, e os dois últimos contarão com a participação do Coral Infantojuvenil Palácio das Artes. Bruno Thadeu, regente do grupo, explica que dentro da Sinfônica e do Coral Lírico estão os profissionais que já têm uma jornada na música e são os maiores exemplos para os cantores do Coral Infantojuvenil. “A possibilidade das crianças trabalharem com suas inspirações é, talvez, o principal motivador para elas. Toda vez que há essa participação junto da Orquestra, do Coral Lírico, a gente percebe que os meninos têm um brilho no olhar diferenciado, exatamente por se aproximarem dos seus ídolos. Da minha parte, na regência, é um desafio técnico também, porque preparar trechos de óperas que tem esse renome e essa história – como é o caso das que eles vão participar, ‘Turandot’ e ‘Tosca’ –, é sempre um desafio técnico, e engloba, ainda, a organização do grupo, que hoje é composto por 34 crianças e adolescentes”, detalha Bruno Thadeu.

As obras de Puccini são frequentemente encenadas em teatros em todo o mundo e continuam a cativar o público com suas narrativas. Puccini era um mestre na criação de personagens complexos e na representação de emoções humanas universais. “Le Villi”, sua primeira incursão no gênero de ópera, é inspirada em uma lenda popular sobre espíritos de mulheres que vagam pela floresta em busca de vingança e marcada pela intensidade das melodias. Em “La Rondine”, Puccini apresenta uma história de amor e sacrifício, ambientada em Paris, com uma partitura melancólica. “Turandot”, seu último trabalho, é um épico grandioso, com temas musicais de origem chinesa. Já em “Tosca”, uma de suas obras mais aclamadas e populares, o compositor cria um drama trágico sobre a paixão, ambientado na Itália às vésperas do século XIX.

Para encerrar a primeira parte do programa, o barítono Pedro Vianna, do Coral Lírico de Minas Gerais, participará de uma ária como solista. “As expectativas são as melhores possíveis para voltar ao palco do Grande Teatro Cemig Palácio das Artes depois de pouco mais de um ano ausente como solista, e, para esse reencontro musical, nada melhor do que Puccini no programa. Terei o prazer de subir ao palco acompanhado da querida Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, para interpretar um dos trechos mais famosos da ópera ‘Tosca’, cantado pelo personagem Scarpia, sendo esse um dos mais sublimes do repertório romântico. Além disso, haverá o ilustre acompanhamento do Coral Lírico de Minas Gerais no famoso trecho do ‘Te Deum’. Tenho certeza que esse concerto será sublime”, adianta Vianna.

Na segunda parte do programa, será apresentada a “Sinfonia nº 9” de Dvořák, mais conhecida como “Sinfonia do Novo Mundo”. O célebre regente Leonard Bernstein, recentemente interpretado por Bradley Cooper no filme “Maestro”, definiu-a como “a primeira sinfonia multinacional”. A história da obra explica essa característica: em 1885, a benfeitora Jeannette Thurber fundou o Conservatório Nacional de Música em Nova York, visando desenvolver uma identidade musical própria para os Estados Unidos. No ano de 1892, Thurber recrutou Dvořák, conhecido por suas composições tchecas nacionalistas, para liderar o Conservatório. O compositor acreditava que a futura música dos Estados Unidos deveria ser baseada nas “melodias negras”, referindo-se à música afro-americana. Ele mergulhou nesse estilo musical e incentivou seus alunos a explorá-lo também. Durante seu tempo nos Estados Unidos, Dvořák compôs sua famosa “Sinfonia do Novo Mundo”, com influências da música indígena e afro-americana. Quando o compositor voltou para casa, em 1895, ele deixou um legado ainda maior do que Jeannette Thurber ousou sonhar: a primeira composição que conseguiu incorporar e transmitir o “espírito americano”. Um marco para a história da música, a “Sinfonia nº 9” abriu o caminho para a influência mundial da cultura estadunidense ao longo do século XX.

FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS.  A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.

A realização é do Ministério da Cultura, Governo do Estado de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, por meio da Fundação Clóvis Salgado e do Circuito Liberdade. O patrocínio master é da Cemig e do Instituto Cultural Vale. O patrocínio prime é da ArcelorMittal e do Instituto Unimed BH. A promoção é da Rede Minas e da Rádio Inconfidência. A correalização é da APPA – Cultura & Patrimônio. Viabilizado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura.

O Concerto contará com um profissional intérprete de LIBRAS para o acompanhamento das ações e orientação ao público PCD auditivo nos espaços que dão acesso ao teatro.

Informações

Local

 Grande Teatro Cemig Palácio das Artes

Horário

07/05 – 12h
08/05 – 20h

Classificação

10 anos

Informações para o público

(31) 3236-7400

 

Foto: Fundação Clóvis Salgado

 

Aumento da frequência de voos vai gerar emprego e desenvolvimento econômico para o Estado

TAP anuncia voos diários BH Lisboa Foto Marden Couto

Belo Horizonte terá voos diários para Lisboa a partir de junho. A ação, que busca fortalecer o intercâmbio, o turismo e os investimentos entre Brasil e Portugal, foi anunciada no estande de Minas Gerais, durante a Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), pelo diretor da TAP para o Brasil e América do Sul, Carlos Antunes. A novidade foi acertada em reunião com o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas de Oliveira, o secretário-chefe de Estado da Casa Civil, Marcelo Aro, e o diretor de administração e finanças da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), Lincoln Teixeira Genuino de Farias. Hoje, Minas Gerais tem cinco frequências para o destino europeu.

“A ocupação está muito boa. Esse é o grande desafio da TAP: manter os voos rentáveis. Hoje, apenas 25% dos passageiros do voo BH-Lisboa são estrangeiros, e 75% são viajantes de Minas. Temos uma grande oportunidade para melhorar a ocupação e a rentabilidade, gerando emprego e um desenvolvimento econômico absurdo para o estado”, disse o executivo da TAP.

Ele também destacou a parceria com o Governo de Minas. “Estou aqui no estande comendo pão de queijo, experimentando a culinária mineira. E isso de trazer um pouco de Minas para Portugal suscita curiosidade, o desejo do agente de viagens português em vender Minas para seus passageiros. E o primeiro impacto é a gastronomia. Graças ao trabalho entre a TAP e a Secretaria de Estado Cultura e Turismo de Minas Gerais, estamos conseguindo melhorar a ocupação dos voos e aumentar uma frequência no estado”, avalia Carlos Antunes.

“A Codemge destaca a importância de estabelecer essa parceria e está a disposição para fortalecer ainda mais a promoção do Estado de Minas Gerais para o mundo, trazendo muitas oportunidades para todos os mineiros”, acrescenta Lincoln de Farias. “Mais voos significam desenvolvimento, turistas e conectividade de Minas Gerais com o mundo”, pontua Aro.

Para o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, tudo isso é resultado de um trabalho multidisciplinar do Governo de Minas. “O turismo em Minas lidera o crescimento do setor no país. Conexão é fundamental, e esse anúncio é de extrema importância para nosso estado, não somente para a atração de turistas, mas também para que nós, mineiros, possamos ter mais conexão com a Europa”, enfatiza.

Foto: Marden Couto

Festival do Queijo e da Cachaça das Vertentes em Coronel Xavier Chaves Foto Fabrícia Ferreira stagecomunicação

O município de Coronel Xavier Chaves vai sediar, de quinta a domingo (2 a 5 de maio), o 2º Festival do Queijo e da Cachaça das Vertentes. O evento vai reunir os principais produtores, expositores, especialistas e curadores dos eixos no mês de maio, além de grande nome da música popular brasileira.

A entrada é gratuita em todos os dias, com uma estrutura completa, coberta, com estandes e praça de alimentação. A programação musical vai contar com a apresentação da Banda 14 Bis no sábado (4/5), a partir das 22h, além de diversos shows regionais ao longo dos quatro dias de evento.

Os visitantes poderão apreciar a qualidade de produtos artesanais e conhecer as novidades e tendências do Mercado das Vertentes. Será uma oportunidade de passear pelos estandes, degustar e comprar os mais variados tipos de queijos e produtos lácteos, além de cachaças exclusivas que garantem a Minas Gerais o reconhecimento de um dos melhores produtores do país.

Queijos e Cachaças premiados

Não que precise de justificativas para realizar um evento com queijo e cachaça em Minas Gerais, mas Coronel Xavier Chaves tem muitos motivos para sediar o evento. Entre eles estão as premiações recebidas de forma recorrente pelos produtores locais.

Entre as dezenas de produtores de queijo e cachaça estão vários premiados. O Queijo Bonanza, de Coronel Xavier Chaves, recentemente recebeu duas premiações no Mundial do Queijo do Brasil 2024. O Queijo Minas Padrão Bonanza recebeu Medalha de Ouro, e o Queijo Meia Cura Bonanza, Medalha de Prata.

Outro destaque para a Cachaça Século XVIII, fabricada no Engenho mais antigo do Brasil em funcionamento, da família de Tiradentes. Em 2024, mais uma vez, a Cachaça está entre as 50 finalistas do VI Ranking da Cúpula da Cachaça. A Santo Grau e a Século XVIII, as duas fabricadas em Coronel Xavier Chaves, representaram mais uma vez no jeito mineiro de fazer cachaça.

São produtos feitos na região e que levam o nome de Coronel Xavier Chaves e da região para o Brasil e para o mundo. É uma oportunidade de levar para casa produtos que conquistam o paladar de jurados de diversos concursos.

Cursos franceses

Dentre outras atividades, serão realizados cursos franceses de cura de queijos e análise sensorial ministrados pelos professores Dhelphine Gehante Luhring, francesa, e José Manoel Martins, da SerTãoBras. O programa inclui os cursos: Microbiologia do QMA e Ultra frescos e sobremesas no dia 02 de maio; Descoberta das famílias de queijos duros, semiduros e azuis: perfil sensorial, sabores e aromas e Degustação comentada dos queijos das Vertentes no dia 03 de maio; Descoberta das famílias de queijos filados, frescos, massa mole e caca florida: perfil sensorial, sabores e aromas no dia 04 de maio, na Praça da cidade.  

O curso, realizado pela prefeitura, por meio da associação SerTãoBras, terá participação de produtores de leite e queijo de Coronel Xavier Chaves. O Prefeito Fúvio Olímpio fala sobre a importância de cursos para produtores locais. “Apoiar a produção de queijos artesanais na cidade é uma das prioridades como política pública para motivar produtores de leite a valorizarem melhor sua matéria prima neste mercado que está super em alta, o nicho dos queijos artesanais gourmet. Estamos no Campo das Vertentes, uma região queijeira reconhecida e temos todo potencial para isso”, disse.

Programação extensa

Os participantes vão contar ainda com orientações de como legalizar a produção de QMA, como ganhar dinheiro e diversificar as produções. Outra proposta é a oportunidade acompanhar a produção de cachaça ao vivo.

A região é rica em histórias. E quem está no mercado há décadas vai contá-las ao público. Com produtores locais e regionais que tiveram suas produções premiadas ao longo dos anos e levam o nome de Coronel Xavier Chaves e da região ao mundo.

Foto: Fabrícia Ferreira/@stagecomunicação

semana santa ouro preto GIL 24 tapeteAlém de ser uma das 32 cidades mineiras que integram o CRER – Caminho Religioso da Estrada Real, Ouro Preto é um dos principais destinos turísticos do país (Foto Gil Leonardi / Imprensa MG)

O turismo da fé em Minas Gerais é uma potência que abrange a Semana Santa e vai além. De acordo com dados da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG), 36% dos turistas que visitam o estado têm como principal motivação conhecer locais e festas de riqueza histórico-cultural, incluindo bens e eventos religiosos, gerando uma movimentação econômica de cerca de R$ 5 bilhões por ano. Minas Gerais, que tem roteiros de promoção turística do café, do queijo e da cachaça, também conta com rotas da fé. Elas contribuem para alavancar os números do turismo neste segmento, divulgam o estado para todo o país e evidenciam a religiosidade e as diversas manifestações presentes na formação das identidades do povo mineiro.

Expressões ligadas à fé ganham ainda mais destaque na Semana Santa, período que irá atrair cerca de 400 mil turistas ao estado. Lançada recentemente, a segunda edição do programa turístico Minas Santa impulsiona a movimentação turística em cerca de 600 municípios participantes do projeto. Procissões, encenações da Paixão de Cristo, missas solenes e feitura de tapetes devocionais fazem parte da programação.

Rotas da fé

Fé, espiritualidade, riquezas naturais, aventura, patrimônio histórico e os sabores da nossa cozinha. Em Minas Gerais, os viajantes encontram tudo isso em rotas estruturadas especialmente para o turismo da fé, que atrai pessoas de todas as regiões do Brasil e até do mundo e movimenta a economia da criatividade. Há diversas opções no estado e os percursos podem ser feitos de carro, a pé, de bike ou a cavalo. Atualmente, são 11 rotas da fé cadastradas no estado: Rota da Peregrinação, CRER – Caminho Religioso da Estrada Real, Caminho da Luz, Caminho da Fé, Caminho de Nhá Chica, Caminhos de Padre Victor, Caminhos de Padre Libério, Santuário da Mãe Rainha, Rota Nos Passos de Dom Viçoso, Caminho das Capelas e Caminhos Franciscanos.

Sobre o Caminho da Fé, vale ressaltar que a rota de mais de 2.000 quilômetros, inspirada no milenar Caminho de Santiago de Compostela, é a mais visitada do país, com fluxo médio anual de 23 mil viajantes e geração econômica de R$ 24 milhões por ano. O percurso integra cidades de São Paulo e as mineiras Andradas, Arceburgo, Crisólia, Tocos do Moji, Inconfidentes, Borda da Mata, Botelhos, Caldas, Campestre, Ouro Fino, Estiva, Guaxupé, Itamogi, Consolação, Paraisópolis, Luminosa, Monte Santo de Minas, Monte Sião, Santa Rita de Caldas, São Sebastião do Paraíso e São Tomás de Aquino.

Segundo Camila Bassi, gestora executiva da Associação dos Amigos do Caminho da Fé (AACF), responsável pela administração da rota, o Caminho da Fé é relevante para o turismo em Minas Gerais e para o desenvolvimento das cidades que estão em seu percurso: “O Caminho da Fé é um produto de turismo religioso com 21 anos de existência e que mudou a realidade desse eixo por onde ele passa. Ele gera desenvolvimento econômico e o volume de pessoas que praticam essa atividade cresce a cada ano. O Caminho da Fé mudou a realidade deste território no sentido da valorização da cultura, do meio ambiente e das comunidades”.

Em Minas Gerais, as rotas nascem a partir da iniciativa de gestores, empresários e pessoas ligadas ao turismo e ao empreendedorismo, que enxergam uma oportunidade de desenvolvimento turístico e de criação de novos produtos. É fundamental que os caminhos estejam sinalizados, limpos, organizados e possuam materiais de suporte ao turista. As rotas da fé também podem ser estimuladas pelas ações das IGR’s (Instâncias de Governança Regional). O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, atua no sentido de unir esforços dos diversos órgãos e entidades, bem como de organizações do setor privado, em prol do desenvolvimento da atividade e da infraestrutura turística e do fortalecimento da cadeia produtiva do setor em diversas frentes, promovendo e divulgando os produtos turísticos do estado.

“O turismo da fé é uma grande potência em Minas Gerais e a Semana Santa é, nesse sentido, um forte atrativo. Esse segmento gera uma grande movimentação turística no estado, sendo fonte de geração de emprego e renda e coesão comunitária. Em 2023, o Minas Santa, juntamente com a Semana da Inconfidência, geraram um fluxo turístico em Minas crescer 720% acima da média nacional em abril." pontua o Secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

Caminho Nhá ChicaO Caminho Nhá Chica abrange 15 municípios da região Sul de Minas Gerais, com início na Capela Nhá Chica, em Romas, zona rural de Inconfidentes (Foto caminhodenhachica.com/Reprodução)

O Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade, na Serra da Piedade, em Caeté, também é emblemático para o turismo da fé em Minas e recebe cerca de 500 mil visitantes por ano. Tombado nos âmbitos municipal, estadual e federal, o Conjunto Cultural, Arquitetônico, Paisagístico e Natural da Serra da Piedade é o ponto de partida do Crer – Caminho Religioso da Estrada Real, maior rota deste segmento no país. O percurso é composto por 32 municípios mineiros e seis paulistas, ligando Caeté à Aparecida (SP), cidade que abriga o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida.

Criado em junho de 2019, o Caminho Nhá Chica abrange 15 municípios da região Sul de Minas Gerais, com início na Capela Nhá Chica, em Romas, zona rural de Inconfidentes. O percurso totaliza aproximadamente 270 quilômetros até a cidade de Baependi.

Maior cenário bíblico do Brasil

 Quando se fala em turismo da fé em Minas Gerais, Alpinópolis é um importante destino. Na cidade do Sul de Minas, em um terreno de 90 mil m², foi erguido o Monte das Oliveiras, maior cenário bíblico a céu aberto do Brasil e um dos maiores do mundo nesse formato. A construção é uma espécie de réplica de Jerusalém, com monumentos arquitetônicos e representações geográficas da Terra Santa e das passagens bíblicas. Fundado em maio de 1983 pelo historiador e fiel católico Iglair Lopes, o Monte das Oliveiras é gerido pela Associação Filantrópica Apóstolos de Cristo, cujo presidente é Marcelo Domingos Ferreira.

Durante a Semana Santa, são realizadas apresentações teatrais que encenam a vida e morte de Jesus Cristo, dentre outras passagens bíblicas. Segundo Ferreira, a expectativa é que o Monte das Oliveiras supere, em 2024, o número de 100 mil turistas registrados no ano passado. A atração pode ser visitada de segunda a segunda, das 8h às 17h. A agenda para retiros espirituais, que acontecem aos fins de semana, está praticamente fechada até dezembro. “O Monte das Oliveiras é importante para o turismo da fé em Minas Gerais por ser uma obra única. No Brasil, não existe em nenhum estado o que temos aqui em Alpinópolis. O Monte das Oliveiras desperta a fé, retrata a história e convida à reflexão. As pessoas saem renovadas, é uma experiência transformadora. É um espaço ecumênico, recebemos pessoas de várias religiões”, relata Marcelo Domingos Ferreira.

Semana Santa: fé e tradição

Além de ser uma das 32 cidades mineiras que integram o CRER – Caminho Religioso da Estrada Real, Ouro Preto é um dos principais destinos turísticos do país, recebendo visitantes de todo o mundo durante os 365 dias do ano, muito por conta do patrimônio histórico cultural e religioso e do estilo barroco. Especificamente na Semana Santa, a cidade localizada a 100 quilômetros de Belo Horizonte guarda diversas tradições e se enfeita para as celebrações.

Historiadora, rainha conga e professora especializada em cultura mineira, Deolinda Alice dos Santos participa da feitura dos tapetes devocionais em Ouro Preto, onde nasceu e mora, desde a infância. Como acontece em todos os anos, os tapetes começarão a ser feitos no Sábado de Aleluia, por volta das 21h, e os trabalhos seguem madrugada adentro. Na procissão do domingo de Páscoa – ou Domingo da Ressurreição –, que sairá da Igreja Matriz Nossa Senhora do Pilar em direção ao Santuário Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias, as históricas ruas ouropretanas se colorem com os tapetes de serragem, tradição de mais de 300 anos na cidade.

Para Deolinda, o costume tem importantes significados não só religiosos, mas também do ponto de vista social. “É um processo histórico e cultural. Representa a união das famílias, o respeito aos mais velhos, a união dos jovens e o entrelaçamento que ajuda as pessoas a cumprir a missão na terra e a vencer as batalhas”, sublinha a historiadora.

Os ritos no período da Semana Santa também contemplam as manifestações religiosas das afromineiridades. Em São Francisco, no Norte do estado, a Feitura do Cordão de São Francisco, no terreiro do Quilombo Pena Branca, na Sexta-Feira Santa, é tradição seguida pela família de Makota Janete há, pelo menos, 50 anos. “Também temos nossa Semana Santa, só que voltada para a umbanda. Apesar da Semana Santa ser de cunho cristão, existe o sincretismo e nós temos muita devoção por todas as santas. Cultuamos o sagrado todos os dias das nossas vidas”, destaca Janete.

Carnaval BH 2024 Foto Dirceu Aurélio Imprensa MGO Carnaval impulsionou o crescimento da atividade turística no estado em fevereiro (Foto Dirceu Aurélio/Imprensa MG)

A cultura em Minas Gerais é a grande impulsionadora do turismo e foi fator determinante para que o estado alcançasse um recorde histórico. Manifestações populares como o Carnaval e a Minas Santa proporcionaram, em fevereiro, que o volume das atividades turísticas em Minas superasse a média nacional no mesmo período em 1.533%. A movimentação do turismo no estado chegou a 4,9%, 15 vezes maior que a média no país, de aproximadamente 0,3%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Outro destaque importante é que, de acordo com a Embratur, Minas foi o terceiro estado brasileiro a receber mais turistas internacionais em fevereiro, superando, por exemplo, destinos tradicionais do Nordeste. Ainda de acordo com o IBGE, Minas Gerais também é líder no desempenho turístico acumulado nos últimos 12 meses, de março de 2023 a fevereiro deste ano, com crescimento de 12,6%, superior ao dobro da média nacional, que foi de 4,9%.

Propulsor fundamental da economia da criatividade em Minas Gerais, a cultura é sinônimo de geração de emprego e renda, além de contribuir efetivamente para o recorde da atividade turística no estado. Em fevereiro, o segmento foi responsável por 368.289 empregos em Minas, Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. Já no turismo, em fevereiro deste ano, o estoque de postos de trabalho no setor chegou a 400.519, um aumento de 7% – ou 28 mil novos empregos formais – em relação ao mesmo mês do ano passado.

As duas áreas, segundo o Novo Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego, superam os 700 mil empregos formais, estando entre os principais criadores de empregabilidade do estado. Festivais, feiras, eventos gastronômicos, espetáculos, shows, patrimônio histórico, museus e as riquezas naturais são os principais ativos dessa empregabilidade e renda. O Carnaval, por exemplo, movimentou R$ 4,7 bilhões na economia da criatividade e foi responsável pela criação de 100 mil novas vagas temporárias de trabalho no estado.

O recorde do fluxo turístico em Minas Gerais também é resultado das políticas públicas implementadas no setor e que integram os programas Minas Criativa e Mais Turistas, criados em meados de 2023 para ressaltar ainda mais os segmentos como motores de desenvolvimento econômico e geradores de emprego e renda. A campanha nacional realizada em nove capitais para publicizar o Carnaval do estado e a promoção do Destino Minas em feiras nacionais e internacionais, além de programas estruturantes, como Natal da Mineiridade, Minas Santa e festas populares e religiosas em municípios de todas as regiões, também contribuíram para o cenário favorável.

“Há mais de um ano, Minas lidera o crescimento das atividades turísticas no Brasil segundo o IBGE, mas o que aconteceu em fevereiro é um fenômeno impulsionado pelo turismo cultural carnavalesco, pelos festivais e também pelo verão nos lagos e nas cachoeiras. Devemos muito aos trabalhadores e trabalhadoras da cultura, às IGRs (Instâncias de Governança Regionais), ao trade turístico e aos produtores, que são os propulsores da atração de turistas em Minas Gerais. Ao promover um evento, seja ele de negócios ou cultural, ou uma visita aos nossos parques e acolhermos bem quem aqui chega, também damos nossa contribuição. Minas está na moda e ganhando o Brasil e o mundo pela nossa mineiridade”, destaca o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

Entre janeiro e março deste ano em 2024, o Governo de Minas já repassou R$ 17,9 milhões via ICMS Turismo aos municípios. No mesmo período, a estruturação de produtos turísticos, o desenvolvimento de políticas de regionalização, a divulgação turística de Minas Gerais e o planejamento e monitoramento do turismo no estado também estiveram entre as ações que receberam investimentos governamentais.

Outros destaques

O relatório do Observatório do Turismo de Minas Gerais também traz outros dados importantes sobre o desempenho turístico do estado. No mês de fevereiro, segundo levantamento da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), foram registrados 4.936 pousos de aeronaves nos aeroportos mineiros, o que representa uma variação positiva de 6,4% em relação ao mesmo período de 2023. No acumulado de janeiro e fevereiro, o número chega a 10.261, indicando um crescimento de 4,3% no comparativo com o mesmo período do ano passado. Somente para o Minas Santa, foram mais de 90 novos voos oriundos de todo o país.

Ainda de acordo com a ANAC, entre janeiro e fevereiro deste ano, mais de um milhão de passageiros desembarcaram nos aeroportos mineiros. Em fevereiro, só o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, registrou um fluxo de 800.085 passageiros, crescimento de 6,6% em relação ao mesmo período do ano passado. O Aeroporto de Confins é, hoje, o segundo mais movimentado do país, superado apenas por Guarulhos, em São Paulo. A Rodoviária de BH também apresentou alta na movimentação. Em março, 574.330 passageiros embarcaram e desembarcaram no terminal, variação positiva de 9,4% em relação ao mesmo período de 2023. O excelente momento do turismo em Minas Gerais também se refletiu nas experiências de ecoturismo e do turismo de natureza. Em março, segundo o Observatório do Turismo, os parques estaduais receberam 43.367 visitantes, aumento de 40% em relação a março do ano passado.

Chef Felipe Rameh Secretário Leônidas e o presidente de Portugal Marcelo Rebelo de SousaO chef Felipe Rameh, o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, e o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, que visitou o estande do Governo do Estado na BTL Lisboa e disse que 'a comida mineira é um sonho' (Foto Marden Couto/Turismo de Minas)

 “A comida mineira é um sonho”, confidenciou o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa ao secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, ao inaugurar o estande do Governo de Minas na 34ª edição da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL 2024), uma das maiores e mais importantes feiras de turismo do mundo, nesta quarta-feira (28). O chefe do executivo português degustou o Queijo Minas Artesanal, candidato a patrimônio imaterial mundial da Unesco e um dos produtos típicos levados especialmente para a feira. A Cozinha Mineira é a protagonista do estande, que também recebeu a visita do presidente da Embratur, Marcelo Freixo. Ao todo, cerca de 300 pessoas passaram pelo estande mineiro no primeiro dia da BTL Lisboa.

As ações do Governo de Minas na feira lisboeta, por meio da Secult, da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) e da TAP Air Portugal, fazem parte do programa “Minas para o Mundo: Mundo para Minas”. O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, lidera a comitiva de Minas em Portugal e diz que a participação do Estado é fundamental, pois o país é muito importante para a conexão de Minas com a Europa. "Mostrar Minas Gerais e atrair turistas é o objetivo da nossa participação na feira. Minas para o Mundo, e o mundo para Minas”.

Até domingo (3), Oliveira participará de reuniões no estande ao lado dos representantes da Codemge, os executivos Lincoln de Farias, diretor de Administração e Finanças, e Paulo Guilherme, gerente de Comunicação. “Ao atrair turistas para conhecer toda a essência da Cozinha Mineira, além das belezas naturais do Estado, atraímos também uma cadeia de geração de novos negócios, atividades, empregos e renda. As cidades ocupadas por turistas trazem uma grande movimentação em toda uma cadeia de negócios”, afirma Thiago Toscano, presidente da Codemge, que firmou parceria com a Secult-MG para promover a cultura e o turismo em todas as feiras turísticas dentro e fora do Brasil. 

Pelo segundo ano consecutivo, Minas Gerais tem um estande no evento com fotos do patrimônio histórico estampadas nas paredes, exibição de vídeos em painéis e TVs e distribuição de material promocional. Os participantes da BTL Lisboa são atraídos também pelos aromas e sabores das Minas Gerais, que exalam pelos corredores da feira. O chef Felipe Rameh preparou em um showcooking purê de baroa com pequi, acompanhado de galinha na lata, que os participantes provaram e aprovaram. “Farei cinco aulas, ao vivo, com menus-degustação repletos de ingredientes que contam a história do nosso amado estado”.

Visitas ilustres

Além do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo, que se rendeu aos queijos, aos pães de queijo, às cachaças, aos doces e aos cafés que estão sendo oferecidos aos participantes, e do presidente da Embratur, Marcelo Freixo, o embaixador do Brasil em Portugal, Raimundo Carreiro, também prestigiou o estande de Minas Gerais e degustou os pratos preparados pelo chef Felipe Rameh. Carreiro destacou a importância da participação de Minas na feira: “Minas Gerais é um Estado tão grande quanto a BTL, e não poderia ficar de fora dessa feira que é um sucesso”. Jorge Rebelo, presidente do Vila Galé, também marcou presença no estande do mineiro. A rede abrirá um resort em Ouro Preto, no próximo ano, e está em negociação com o governo para abertura de outros hotéis pelo Estado.

Sobre a BTL Lisboa

A programação da 34ª edição da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) se estende até domingo (3/3). O evento, realizado no Parque das Nações, ocupa quatro pavilhões, com 45 mil m², tem 1.400 expositores e espera receber mais de 60 mil visitantes. A BTL Lisboa reúne operadoras, redes hoteleiras, companhias aéreas e prestadores de serviços turísticos para desenvolvimento de negócios e promoção de networking. Minas Gerais se destaca entre os 75 destinos internacionais. São três dias exclusivos só para profissionais da área e no final de semana o evento será aberto ao público, que poderá conhecer destinos, hotéis, operadoras, cias aéreas, cruzeiros, locadoras, atrativos e fornecedores.

Leônidas de Oliveira Foto Leo Bicalho SecultApresentada neste sábado (27) pelo secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, a Rota das Artes abrange oito municípios e irá impulsionar o desenvolvimento econômico e a geração de emprego e renda no estado (Foto Leo Bicalho/Secult)

 O Governo de Minas apresentou uma nova rota turística no segundo e último dia da feira MTM – Minas Travel Market, neste sábado (27/04), no Minascentro, em Belo Horizonte. A Rota das Artes foi lançada no evento e irá impulsionar o desenvolvimento econômico e a geração de emprego e renda nas regiões atravessadas pelo projeto. O roteiro abrange oito municípios: Belo Horizonte, São Joaquim de Bicas, Igarapé, Brumadinho, Congonhas, Ouro Branco, Ouro Preto e Mariana. As cidades estão divididas em três destinos, que oferecem, ao todo, 16 experiências.

São eles: Circuito Liberdade – Palácio da Liberdade e MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal –, Destino Veredas – Inhotim (Brumadinho), Arte, Cerâmica e Brunch no Ateliê (Brumadinho), Arte em Cerâmica no Mirante (Brumadinho), Brunch na Vila Lavanda (Brumadinho), Coração em Branco (Brumadinho), Alquimia dos Quintais (Brumadinho), 4 Estações com o Chef (São Joaquim de Bicas), Da Cozinha ao Quintal da Mestra (São Joaquim de Bicas) e Arte em Madeira (Igarapé), e, por fim, o Circuito do Ouro: Santuário do Bom Jesus do Matosinhos (Congonhas), Museu de Congonhas (Congonhas), Cerâmica Saramenha (Ouro Branco), Ateliê Edney do Carmo (Mariana) e Restaurante Sebastião (Ouro Preto).

A Rota das Artes irá potencializar ainda mais o fluxo turístico no estado, que teve o maior crescimento no país no primeiro bimestre de 2024, com alta de 7,6% em comparação ao mesmo período do ano passado, e é líder também no desempenho acumulado nos últimos 12 meses, de março de 2023 a fevereiro deste ano, com crescimento (12,6%) superior ao dobro da média nacional (4,9%), segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Minas Gerais é uma potência cultural e a cultura possui na arte um dos seus grandes fundamentos. Belo Horizonte, nossa capital, Brumadinho, Ouro Preto e a região metropolitana possuem destinos excepcionais seja no barroco, seja na arte contemporânea ou no modernismo marcante para a formação do Brasil. Hoje, nós lançamos na MTM a Rota das Artes e uma press trip, para trazer a imprensa para conhecer esses destinos que são referência mundial na arte e na criatividade”, destaca o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

“Participar da Rota das Artes é de um valor imensurável. Desde o seu lançamento, o Destino Veredas vem trabalhando do tradicional ao contemporâneo por termos Inhotim, que é indutor e uma referência internacional. Todas as experiências são com marco zero no Inhotim. Trouxemos essa nova forma de vivenciar experiências sempre valorizando o tradicional, pois não podemos perder a essência, mas trazendo a pitada do contemporâneo”, afirma Érica Maia, gestora da Instância de Governança Regional (IGR) Veredas. A diretora-executiva do Circuito do Ouro, Márcia Martins, também celebra a iniciativa lançada pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo: “A Rota das Artes conecta BH a duas grandes regiões turísticas de Minas Gerais, o Circuito do Ouro e Destino Veredas, e tem uma abordagem que permite a essas regiões repensarem a forma de se apresentar junto ao mercado e seguindo as tendências mundiais. No Circuito do Ouro, a Rota das Artes valoriza o trabalho dos artistas e incentiva o empreendedorismo”.

A participação no Minas Travel Market é uma iniciativa do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, realizada em parceria com o Centro Universitário UniBH, com patrocínio da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) e apoio do Sebrae Minas. As ações também fazem parte do projeto “Ano da Cozinha Mineira – Clássica e Contemporânea”, lançado em março, e do programa Mais Turistas.

Segundo pesquisa realizada pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, mais de 2.000 visitantes passaram pelos dois estandes do Governo do Estado nos dois dias do Minas Travel Market. O principal segmento turístico trabalhado pelos expositores foi o ecoturismo. Cerca de 80 negócios foram estabelecidos durante a feira. Dentre os principais estão os alinhamentos com agências, operadoras e guias dentro e fora de Belo Horizonte. Parcerias com grupos de ecoturismo e apresentação de ferramentas de inovação de turismo também foram destacadas.

Promoção da cozinha e da cultura mineira

Valorização do patrimônio histórico e da Cozinha Mineira como potênia cultural e turística, música, negócios e literatura também fizeram parte das ações no estande do Governo do Estado no evento, que reuniu representantes de 19 estados brasileiros e cerca de dois mil profissionais de turismo na capital mineira. O estande mineiro, a exemplo do que aconteceu no primeiro dia da feira, foi palco, neste sábado (27), do projeto “Cozinha Viva” com o chef Michel Abras, que homenageou a tradição do Jequitinhonha com o prato “Aconchego de Vó Zarinha” (linguiça caipira ao molho de rapadura e capim santo com requeijão moreno, farofinha de andu verde e arroz de quintal). No encerramento do MTM, o chef Sinval Espírito Santo comandou a ação de capacitação “Cozinha Mineira e turismo de experiência: dos causos aos cases”.

O estande de Minas também recebeu os artistas Thomas Atelie, com a experiência da arte em madeira, e Edson Lana, que demonstrou seu trabalho com pedra sabão, além de representantes das Instâncias de Governança Regionais (IGRs) Ouro e Veredas. O primeiro dia do MTM foi marcado pelo anúncio do curso de gastronomia que o Centro Universitário UniBH irá ofertar, no campus Buritis, em BH, em parceria com o Le Cordon Bleu, uma das escolas de culinária mais tradicionais e prestigiadas do mundo.

Apresentação do projeto “Patrimônio para Colecionar”, do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), da plataforma Invest Minas Tur, da Agência de Investimentos e Promoção Invest Minas, vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG), e dos calendários dos festivais literários de Araxá, Paracatu e Itabira foram outras agendas importantes do Governo de Minas no Minas Travel Market.

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Criada pelo então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek (1902-1976), em 29/2/1944, a Escola Guignard, que representa um marco na história da formação artística em Minas Gerais, completará 80 anos nesta quinta-feira (29/2).

Para celebrar essa trajetória, o Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) e da Fundação Clóvis Salgado (FCS), em parceria com a Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg), lança o projeto “80 e Sempre”.

A iniciativa abrange concertos, exposições, aulas, oficinas e o Congresso 80 anos da Escola Guignard, compondo uma ampla programação que deverá se estender ao longo do ano.

As ações realizadas pela FCS contam com patrocínio da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), do Instituto Cultural Vale, do Instituto Unimed-BH, da ArcelorMittal e da Vivo.

A Escola Guignard tem uma relação antiga com o Palácio das Artes. A instituição, vale lembrar, já funcionou no complexo cultural entre 1950 e 1994. Foi nesse último ano que a sede atual da escola, a qual foi projetada pelo premiado arquiteto Gustavo Penna, veio a ser inaugurada.

O presidente da Fundação Clóvis Salgado, Sérgio Rodrigo Reis, ressalta a oportunidade de revisitar essa relação calcada no fomento à cultura e às artes.

“Quando assumi o Palácio das Artes, percebi que estávamos no momento de celebrar essa história. Oferecemos isso para a Escola Guignard, o que foi muito bem recebido. Da comunhão de interesses nasceu o projeto ‘80 e Sempre’, honrando a passagem do artista Alberto da Veiga Guignard (1896-1962), criador da escola, por Minas, seu legado e importância. Durante todo o ano de 2024 traremos um pouquinho do Guignard de volta ao Palácio das Artes, e daqui para todos”, relata Reis.

A diretora da Escola Guignard, Lorena D’Arc, ressalta os laços afetivos em torno dessa parceria e a importância dessa ação para a sociedade.

“Entendemos que a comemoração dos 80 anos da Escola Guignard é um evento importante para a comunidade acadêmica, e também para a sociedade em geral, considerando que estamos com este projeto ‘80 e Sempre’ construindo uma identidade que é parte fundamental da história das Artes Plásticas em Minas Gerais. Outra questão bastante significante é que, por meio desse projeto, teremos a oportunidade de colaborarmos e darmos visibilidade a parte de nosso acervo, considerando que as obras de arte só fazem sentido quando são expostas ao público”, pontua Lorena.

O concerto “As Minas de Guignard - Homenagem aos 80 anos da Escola Guignard”, a ser realizado pela Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG), nos dias 27 e 28/2, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, marca a abertura dessa programação. No palco, a OSMG receberá como convidados Tadeu Franco, Toninho Horta, Marcus Viana e Trio Amaranto.

Já no dia 29/2, será inaugurada a exposição “A Paixão Segundo Guignard - Escola Guignard - 80 Anos”, na Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard.

Com curadoria de Paulo Schmidt e Claudia Renault, a mostra abordará o pioneirismo de Alberto da Veiga Guignard, que, em 1943, aceitou o convite feito por Kubitschek para iniciar, em Belo Horizonte, um trabalho que foi um divisor de águas no cenário cultural e artístico da época.

“‘A Paixão Segundo Guignard’ trata principalmente do Guignard artista e professor a partir de 1944, porque é nessa relação que importa a comemoração do aniversário de uma escola. A presença de Guignard vai até 1961, mais ou menos, no final com um envolvimento menor, mas ela sobrevive graças à sua vontade de ensinar e ao grupo que se formou no entorno e lutava para que a Escola permanecesse”, detalha Schmidt.

A exposição contextualiza o ofício de Guignard e como isso reverberou, sobretudo, na primeira geração de alunos e dos artistas que com ele conviveram.

Como destaque, estão obras do próprio Guignard, de seus assistentes Edith Behring, Franz Weissmann, dentre outros alunos. Guignard esteve à frente do curso desde sua implantação, em 1944, até 1961. Faleceu em 1962, deixando sua marca na formação de diversos artistas, como Amilcar de Castro (1920-2002), Yara Tupinambá, Maria Helena Andrés, Laetitia Renault e Jarbas Juarez.

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Mais exposições

No segundo semestre deste ano, está prevista a realização de mais duas mostras no Palácio das Artes.

A primeira reunirá a geração dos anos 1970 até os dias de hoje. São mais de 80 professores e artistas que mantêm o legado do mestre e seguem os principais ensinamentos de Guignard: a busca de uma identidade própria, sem amarras, com muita criatividade e liberdade. A curadoria é da Fundação Clóvis Salgado e da Escola Guignard.

A segunda exposição será “80 e Sempre”, contemplando os formandos de 2024 da Escola Guignard, instituição que há 30 anos está integrada à Uemg. O objetivo é ressaltar como um pensamento que começou em 1944 com Guignard perdura e permanece vivo nas novas gerações.

Encontros, aulas e oficinas

A Escola Guignard promoverá várias ações na própria sede, no bairro Mangabeiras, como a abertura, no dia 30/3, da exposição “Era uma vez...” na Galeria da Escola Guignard. Esse dia é emblemático, pois foi quando Guignard ministrou sua primeira aula em Belo Horizonte, em 1944.

A instituição também realizará atividades no Palácio das Artes, onde haverá, por exemplo, a prática do desenho na Grande Galeria. O espectador verá o ambiente como se estivesse em uma aula de modelo vivo.

No complexo cultural e no Parque Municipal, serão ministradas mais aulas de desenho, de observação e criação propostas por artistas e professores, além de oficinas conduzidas por estudantes como parte de atividades de extensão. Desenhos feitos no chão e em grande escala, queima de cerâmica a céu aberto, dentre outras ações.

Na Escola Guignard (Uemg), a semana de aulas e atividades começará em 11/3 e o encerramento está previsto para acontecer na Sala Juvenal Dias, no Palácio das Artes, no dia 15/3, às 19h. Na ocasião, será discutida a construção da escola e o pensamento sobre o desenho a partir de Guignard.

Também no Palácio das Artes, está previsto um encontro na Galeria Aberta Amilcar de Castro, que vai reunir alunos e ex-alunos do pintor, marcando o encerramento da mostra “A Paixão Segundo Guignard”.

Na oportunidade, também serão homenageados os professores eméritos da Escola Guignard, Maria Helena Andrés, Lótus Lobo e Antônio de Paiva Moura.

Museu Casa Guignard

Além dessa programação em Belo Horizonte, o Museu Casa Guignard, localizado em Ouro Preto, realiza a exposição temporária: “Desenhos de Guignard na Coleção Priscila Freire”, a qual faz parte das comemorações dos 128 anos de Guignard, completados no dia 25/2, e dos 37 anos da instituição, a serem celebrados no próximo 7/3.

O público poderá conferir nove fac-símiles, em alta qualidade, de desenhos inéditos produzidos pelo artista entre as décadas de 1950 e 1960, que fazem parte da coleção de Priscila Freire, atual presidente da Associação Amigos do Museu Casa Guignard e especialista na obra do mestre, de quem foi amiga e aluna.

Na década de 1980, ela fundou o Museu Casa Guignard, enquanto Superintendente de Museus do Estado de Minas Gerais. Assim, a mostra evidencia a obra do artista e aborda também a relação entre Guignard, a colecionadora e o museu, além do empenho de Priscila Freire no processo de valorização do legado do artista.

“Desenhos de Guignard na Coleção Priscila Freire” permanecerá em exibição até 9/6/23, no Museu Casa Guignard, que fica Rua Conde de Bobadela, número 110, em Ouro Preto.

Crédito das fotos: 

1 - Instituto Amilcar de Castro/Arquivo

2 - Museu de Arte da Pampulha/Acervo

 

 

MTM estande Minas 2024

Parceria do UniBH com o Le Cordon Bleu foi anunciada pelo Governo de Minas nesta sexta-feira (26), na abertura do MTM – Minas Travel Market, evento turístico que acontece em Belo Horizonte (Fotos Leo Bicalho/Secult)

Minas Gerais será sede de um novo curso de gastronomia até 2025, resultado da parceria do UniBH com o Le Cordon Bleu, uma das escolas de culinária mais tradicionais e prestigiadas do mundo. A informação, antecipada pelo UniBH, somou-se a outros destaques anunciados pelo Governo do Estado nesta sexta-feira (26), na primeira edição do MTM – Minas Travel Market, feira de turismo realizada no Minascentro, em Belo Horizonte, e reforça Minas como um dos principais destinos turísticos e de investimentos no Brasil, além de ressaltar as potências culturais e turísticas da Cozinha Mineira. A novidade coincide com o excelente momento do turismo no estado, que teve a maior atividade turística no país no primeiro bimestre de 2024, com alta de 7,6% em comparação ao mesmo período do ano passado, e é líder também no desempenho acumulado nos últimos 12 meses, de março de 2023 a fevereiro deste ano, com crescimento (12,6%) superior ao dobro da média nacional (4,9%), segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) analisados pela Fecomércio-MG.

O curso do UniBH terá modelo acadêmico inovador, já seguido por outras instituições do Ecossistema Ânima, com unidades curriculares ministradas em parceria com o Le Cordon Bleu e com certificados intermediários, constituindo, assim, uma dupla certificação. As atividades práticas e presenciais deverão acontecer no campus Buritis. O curso, que deve ser aberto até 2025, unirá as técnicas francesas com a diversidade e a riqueza dos ingredientes brasileiros, especialmente os mineiros. “É uma honra termos a oportunidade de marcar a chegada em Belo Horizonte do Le Cordon Bleu, em parceria com o UniBH, em um evento tão relevante para a cultura e o turismo mineiros. Celebrar nossa gastronomia a partir de um prisma que une o local ao global é um privilégio para nós”, afirma Pedro Coutinho, diretor do UniBH.

O MTM – Minas Travel Market substitui o antigo Salão do Turismo de Minas Gerais, da Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV), e acontece até sábado (27) no Minascentro, em Belo Horizonte. Valorização do patrimônio histórico, música, negócios, literatura e a promoção da Cozinha Mineira também envolvem as ações nos dois estandes do Governo do Estado no evento. A participação no MTM é uma iniciativa do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, realizada em parceria com o Centro Universitário UniBH, com patrocínio da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) e apoio do Sebrae Minas. As ações também fazem parte do projeto “Ano da Cozinha Mineira – Clássica e Contemporânea”, lançado em março, e do programa Mais Turistas.

Idealizado pelos mesmos criadores do Brazil Travel Market (BTM), uma das maiores feiras de turismo da América Latina, o MTM deve reunir representantes de 19 estados brasileiros e cerca de dois mil profissionais de turismo na capital mineira. “Feiras de turismo são momentos importantes no cenário local, nacional e internacional para posicionarmos o Destino Minas Gerais como um lugar de receber pessoas, de acolher bem e de turismo como gerador de emprego e renda. É isso que vamos fazer nos dois dias do MTM, além de atrair novos negócios. Minas tem uma cultura riquíssima e diversa e é por conta disso que o estado é líder em atividade turística no país, crescendo mais que o dobro da média nacional nos últimos 12 meses, segundo dados do IBGE”, ressalta o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

Protagonismo da Cozinha Mineira

Como sempre acontece nas feiras nacionais e internacionais de turismo, a Cozinha Mineira também será protagonista no MTM e os sabores, aromas e saberes da culinária do estado darão o tom do projeto “Cozinha Viva”. Na sexta, a chef Bernadete, do Norte de Minas, preparou um arroz caldoso com carne de sol na manteiga de garrafa, pequi e farofa crocante de baru. Outra atração do dia, o chef Highlander apresentou um risoto de pinhão com truta espalmada produzidos na Serra da Mantiqueira. Já no sábado, será vez da Cozinha do Jequitinhonha, com o chef Michel Abras e seu prato “Aconchego de Vó Zarinha” (linguiça caipira ao molho de rapadura e capim santo com requeijão moreno, farofinha de andu verde e arroz de quintal).

Também nesta sexta-feira, em parceria com o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), foi apresentado o projeto “Patrimônio para Colecionar”. Trata-se de cartões-postais com um breve resumo dos Cadernos do Patrimônio do Iepha e com um QR code que direciona a baixar gratuitamente os conteúdos. Os cards ficarão expostos no prédio do Iepha, na Praça da Liberdade, e em outros equipamentos do estado.

Governo de Minas no MTM Fotos Leo Bicalho Secult 2

Ainda dentro da programação deste primeiro dia do MTM, o jornalista e gestor cultural Afonso Borges, diretor-presidente da Associação Cultural Sempre um Papo, a exemplo do que ocorreu na World Travel Market (WTM) Latin America, em meados deste mês, falou sobre o calendário dos festivais literários de Araxá (19 a 23 de junho), Paracatu (28 de agosto a 1º de setembro) e Itabira (30 de outubro a 3 de novembro). A subsecretária de Cultura de Minas Gerais, Nathalia Larsen, participou do bate-papo com Borges. Outra atividade no estande, o sommelier de água Rodrigo Rezende abordou a diferença existente entre os diversos tipos da bebida e como ela pode ser harmonizada com as refeições.

Importante iniciativa do Governo de Minas no Minas Travel Market, a plataforma Invest Minas Tur, da Agência de Investimentos e Promoção Invest Minas, vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG), foi divulgada para o mercado nacional. A Invest Minas Tur será um facilitador para a atração de investimentos no setor, uma vez que possibilitará uma conexão direta dos investidores com potenciais parceiros. Os músicos Rodrigo Borges e Ian Guedes, que carregam em seus sobrenomes o legado do Clube da Esquina, encerraram o dia no estande do Governo de Minas com um show cujo repertório encontra a mineiridade em notas e acordes.

Minas terá nova rota turística

O MTM – Minas Travel Market continua neste sábado (27) e o Governo de Minas anunciará um novo roteiro turístico: a Rota das Artes, que irá abranger oito municípios: Belo Horizonte, São Joaquim de Bicas, Igarapé, Brumadinho, Congonhas, Ouro Branco, Ouro Preto e Mariana. Também no segundo dia do MTM, o chef Sinval Espírito Santo comandará a ação de capacitação “Cozinha Mineira e turismo de experiência: dos causos aos cases”.

BTL 2023 Secult MG Divulgação 2Missão chefiada pela Secult-MG coloca a Cozinha Mineira como centro da promoção, mostrando as belezas e potencialidades de Minas Gerais na BTL, em Lisboa, a partir desta quarta-feira (28) (Foto Secult-MG/Divulgação)

O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG) e da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), irá à Europa divulgar e promocionar as riquezas do estado e atrair oportunidades de negócios. A partir desta quarta-feira (28/2), em missão liderada pela Secult-MG, Minas Gerais, que terá estande próprio pelo segundo ano consecutivo, participa da 33ª edição da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), reconhecida como o evento de turismo mais importante de Portugal e um dos maiores do mundo. A feira, que acontece até o dia 3 de março, destaca-se por promover destinos nacionais e internacionais, além de ser um ponto de encontro de profissionais do setor do mundo todo para desenvolvimento de negócios e promoção de networking. A participação da Secult-MG na BTL faz parte das ações do programa “Minas para o Mundo: Mundo para Minas”, que já vem trazendo resultados sólidos, tanto que o estado está entre os três destinos que mais receberam turistas estrangeiros no Carnaval 2024, atrás apenas de Rio de Janeiro e São Paulo.

Em 2023, a BTL contou com a participação de mais de 63 mil visitantes e 1.400 expositores de 75 países. Segundo dados da Embratur, Portugal é atualmente o segundo país europeu a enviar turistas para o Brasil, atrás apenas da França. Em Minas, Portugal é responsável por 23% dos turistas estrangeiros que vêm ao estado, seguido do Reino Unido, França, Itália e Alemanha. Neste ano, a exemplo do que aconteceu em 2023, Minas Gerais terá um estande próprio na feira. Com 54m², o espaço explora os nossos variados cenários, dando ênfase para a arquitetura religiosa, instâncias hidrominerais, a natureza exuberante, o Queijo Minas Artesanal, candidato à Patrimônio Imaterial pela Unesco, e a rica Cozinha Mineira. O centro do estande será ocupado por um balcão culinário no qual ocorrerão demonstrações gastronômicas ministradas pelo chef de cozinha Felipe Rameh, seguido de degustação. Haverá também outras ações especiais em parceria com a Pão de Queijaria, TAP e ações com influenciadores de Portugal.

Durante a BTL, agências de viagens, operadoras, companhias aéreas, redes hoteleiras, escritórios de promoção turística de diversos países e empresas de produtos e serviços turísticos em geral se reúnem no Parque das Nações para apresentar suas ofertas ao mercado e ao público em geral. Neste ano, o evento conta também com ampla área de exposição, palestras e workshops, espaços de networking para os profissionais, cozinhas-show, degustações de produtos e premiação, além de atividades culturais para os visitantes.

Minas para o mundo: Mundo para Minas

No ano passado, Minas Gerais marcou presença em 19 feiras nacionais e internacionais, promovendo a Cozinha Mineira e os atrativos do Estado, entre as quais estão a Fitur Madrid, IMEX, WTM Latin América, Anato, FIT Buenos Aires, Abav Expo, BTM e Festuris, entre outras. Em 2024, a previsão é de participação em 37 feiras e eventos no Brasil e no exterior. A presença do Governo de Minas em grandes encontros de turismo faz parte do programa Minas para o Mundo, desenvolvido desde 2020 pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG) para posicionar o estado no mercado internacional, estimular os negócios e atrair novos turistas estrangeiros. O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, que embarca para Lisboa nesta segunda-feira (26, ressalta que “o programa ‘Minas para o Mundo: Mundo para Minas’ resultou no aumento da oferta de voos internacionais no estado, saltando de dois para oito em 2023”.

“Outro resultado histórico foi Minas Gerais figurar entre os três destinos que mais receberam turistas no Carnaval deste ano. Minas para o Mundo e o Mundo para Minas é ainda reforçar nossa economia criativa na arte, na cozinha, nas culturas ou nas festividades. Dialogar com o trade turístico e os diversos representantes de destinos europeus é fundamental para promover os destinos de Minas Gerais e atrair investimentos”, completa Oliveira.

A ação do Governo de Minas Gerais na BTL tem parceria de promoção e apoio da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge). Segundo Thiago Toscano, presidente da empresa, Minas deve ser sempre lembrada como um dos principais destinos turísticos do país. “A Codemge tem um papel importante nisso. Precisamos manter, e até aumentar, a promoção de Minas fora do Brasil para que empresas, turistas e outros agentes interessados possam conhecer Minas Gerais e suas potencialidades, seus atrativos culturais, turísticos, industriais, e a gente possa promover o desenvolvimento econômico do Estado”, afirma Toscano.

Cozinha Mineira em Lisboa

Curador da Cozinha Mineira na feira lisboeta, Felipe Rameh afirma que se sente honrado com o convite do governo de Minas para falar desse Estado tão plural e diverso. Segundo Rameh, os sabores de Minas Gerais são universais, consistentes e complexos. “A Cozinha Mineira está muito conectada à origem, às nossas raízes culturais, nosso modo de falar, de se relacionar, de receber, nosso modo de servir e de cozinhar. A BTL é a nossa primeira feira do ano, o secretário Leônidas vem desenvolvendo um trabalho muito importante não só na valorização e promoção de Minas, mas também no desenvolvimento de nossas potencialidades, na formação de cozinheiras e cozinheiros. Levar para Portugal uma cozinha com traços portugueses e com uma identidade muito forte da nossa terra é histórico”, salienta.

No estande, como em outras feiras internacionais, também há um espaço que contempla uma sala de reunião e balcões de atendimento idealizados para fomentar negócios e encontros com expositores de diversos países. A vinda da rede Vila Galé para Minas Gerais, um dos mais importantes investimentos em hotelaria no Estado nos últimos anos, nasceu dessas reuniões de negócios em 2021. A rede portuguesa está instalando um resort de alto luxo no distrito de Cachoeira do Campo, em Ouro Preto – um investimento de R$ 120 milhões e que já está gerando 120 postos de trabalhos permanentes e 600 indiretos.

Oficina curso Introdução à Preservação e Conservação de Bens Culturais Foto FAOP Divulgação 2A oficina Introdução à Preservação e Conservação de Bens Culturais aconteceu no início de abril e terá uma segunda edição em setembro (Foto: FAOP/Divulgação)

Uma nova opção de cultura, lazer e promoção artística em Belo Horizonte: desde o início do mês, a Fundação de Arte de Ouro Preto - Faop Liberdade oferece vasta programação ao público, em parceria com o Centro de Arte Popular (CAP), no Circuito Liberdade. Nos últimos três anos, a Faop percorreu mais de 200 mil quilômetros, desenvolvendo ações em 83 municípios de todas as regiões de Minas Gerais. A chegada à capital dá continuidade ao projeto de expansão e descentralização da fundação ouropretana, fundada em 1968 na famosa cidade da região Central. A iniciativa é do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult).

Programação gratuita

Com programação totalmente gratuita e sob a bandeira da democratização do acesso à cultura, a Faop Liberdade conta com exposições individuais e coletivas de artistas e artesãos mineiros, oficinas de formação e capacitação, rodas de conversa e outras atividades que, ao longo de 2024, vão preencher as salas do Centro de Arte Popular, inaugurado em 2012 e localizado nas imediações da Praça da Liberdade. Segundo o presidente da Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop), Jefferson da Fonseca, o programa pensado para 2024 é o resultado de um trabalho consolidado de ações de formação e promoção da memória e do patrimônio histórico e artístico de Minas Gerais. “A Faop Liberdade é um divisor de águas para a nossa fundação. É, também, o marco dessa descentralização e do reconhecimento dos múltiplos valores e da diversidade nas artes e nos ofícios do estado. A programação reflete o encontro de saberes e fazeres em um espaço que multiplica conhecimento”.

Coordenadora do Centro de Arte Popular desde 2019, Angelina Gonçalves diz que a agenda começou a ser desenvolvida ainda em 2023 sob a perspectiva de ser a mais democrática possível. Para a gestora, a chegada da Faop Liberdade à sede do Centro de Arte Popular é sinônimo de ampliação das iniciativas. “Ao longo do ano temos uma série de atividades e quem sai ganhando com isso é a cultura de Minas Gerais. A marca dessa programação é a diversidade e também a descentralização. A Fundação de Arte de Ouro Preto e o Centro de Arte Popular são instituições que tentam alcançar o maior número de artistas e públicos”, afirma a gestora.

Atrações

No sábado (27/4), a Faop promove a Oficina de Diorama ministrada pelo coletivo mineiro 6 + 1. Fátima Mirandda, Mônica Batitucci e Letícia Pinto compartilham técnicas e explicam os conceitos usados na confecção das “caixas” que fazem parte do acervo da mostra “Névoas de Ouro Preto”, em exibição no Centro de Arte Popular até domingo (28/4). A inscrição é gratuita e pode ser feita neste link. Grande parte do acervo do Centro de Arte Popular está à mostra na exposição de longa duração. São quatro salas expositivas com cerca de 360 obras de múltiplos suportes de vários artistas mineiros, entre mestres reconhecidos, como Dona Isabel, GTO, Ulisses Pereira, Ulisses Mendes e Maurino, além de anônimos e trabalhos de comunidades que trazem a variedade da produção artística do estado. Ainda há fotografias e vídeos que abordam o patrimônio imaterial, apresentam registros dos saberes e fazeres, das festas populares e da cozinha mineira.

"Marias"

Entre 23/5 e 23/6, o público poderá conferir a exposição “Marias”, da artista ouropretana Ana Fátima Carvalho, que reúne série de xilogravuras que representam a força das mulheres. De 4 a 7/6, a oficina Técnicas Alternativas em Gravura mergulha no aprendizado teórico e prático da gravura, de conceitos e contextos históricos ao desenvolvimento de processos criativos utilizando recursos alternativos e caseiros, com o reaproveitamento de materiais. Em sintonia com a proposta de manter as portas abertas aos artistas de todo o estado, a Faop Liberdade receberá, de 19/9 a 20/10, a exposição “Conexão Faop Guaxupé”, que reúne obras de artistas da cidade do Sul de Minas, uma das sedes físicas da instituição.

Centro de Arte Popular Foto Lucas Gil 2O Centro de Arte Popular, no Circuito Liberdade, expõe a produção de artistas de diversas regiões de Minas Gerais (Foto: Lucas Gil/Divulgação)

Já entre os dias 10 e 13/9, a Faop Liberdade promove o curso Introdução à Preservação e Conservação de Bens Culturais. A historiadora e mestranda em arqueologia Adriene Camile participou da atividade em abril, mas comemorou quando soube que o Centro de Arte Popular seria palco do repeteco no segundo semestre. A oficina visa a capacitação de jovens, adultos e colaboradores de museus, centros culturais, igrejas e outras instituições responsáveis pela preservação de obras de arte e acervos nos suportes em papel, madeira e tela. Segundo Adriene, “a parceria entre Faop e Centro de Arte Popular representa a democratização do conhecimento, já que se trata de uma programação gratuita, e a troca de ideias entre pessoas de áreas diversas”.

De frequentadora à expositora

Flávia Henriques é psicóloga de formação, mas se rendeu ao artesanato há pouco mais de 20 anos. Desde 2001, a belo-horizontina, frequentadora assídua do Centro de Arte Popular, se dedica a fazer oratórios e é justamente a arte sacra a protagonista de “Oratórios Cristãos e Profanos”, que ocupa a sala de exposições temporárias do CAP a partir de 31/10. A mostra é composta por caixas de materiais diversos, como a madeira e papelão, decorados com pinturas, rendas, santos, orixás, miçangas, panos e outros adereços. “Não acreditei quando me convidaram. É simplesmente maravilhoso eles estarem interessados na produção do pequeno artesão, do pequena artista. Sempre me encantei pelas obras do museu, ficava babando, e agora é minha vez. Estou curtindo muito o fato de poder expor na Faop Liberdade. Essa parceria é sensacional”, celebra Flávia Henriques. Paralelamente à mostra, ela também ministrará, no início de novembro, a oficina de confecção de oratórios devocionais “Ora… Minas”.

Novidades em Ouro Preto

O projeto Sextas Abertas, idealizado pela Fundação de Arte de Ouro Preto em 2016, por meio do Núcleo de Arte e Ofícios, é um dos destaques e terá edições especiais até novembro na cidade barroca. A primeira ocorreu na sexta-feira (19/4), durante a Semana da Inconfidência, com atrações culturais gratuitas – teatro, música, palestras, mostra de filmes, feira de arte e gastronomia – para todas as idades. Serão mais cinco edições durante o ano: 24/5, 28/6, 23/8, 25/10 e 22/11. A convocação para a participação de artistas de várias expressões e agentes culturais que atuam com temas diversos está aberta, por meio de formulário on-line disponível neste link. O público pode acessar as informações sobre o evento no perfil @sextasabertas, no Instagram.

Adriano Falabella e Túlio Mourão divulgação Rede Minas"Alto-Falante" deste sábado (24) resgata vídeo de Adriano Adriano Falabella e Túlio Mourão (Foto: Rede Minas/Divulgação)

Adriano Falabella e Túlio Mourão em um bate-papo sobre os Beatles. Esse encontro, da dupla que é referência da música, foi registrado em 2016 e só agora será apresentado ao público. O programa Alto-Falante, da Rede Minas, resgatou a gravação e mostra, pela primeira vez, os dois beatlemaníacos no último quadro inédito “Enciclopédia do Rock”, que será exibido neste sábado (24). Com apresentação de Terence Machado e Mariana Lima, o programa vai ao ar às 13h, pela Rede Minas. O público também confere a atração, nesse mesmo horário, pelo site redeminas.tv e na plataforma de streaming EMCplay.

“Eu conheci os Beatles, com dez anos de idade. Eles formaram o meu caráter”. Essa declaração é de Falabella sobre o quarteto britânico. Na gravação, ele e Túlio Mourão trocam confidências e compartilham histórias sobre como conheceram os “Reis do Iê-iê-iê” e como a banda impactou suas vidas.

Mais novidades

O rock psicodélico do Boogarins marca presença no programa. O Alto-Falante recebe, no estúdio, os goianos que conquistaram fãs no Brasil e no mundo e tiveram um de seus trabalhos indicado ao Grammy Latino. A banda roda o país para comemorar os dez anos de lançamento do álbum de estreia "As plantas que curam". Na atração, o grupo fala sobre esse trabalho, relembra a trajetória e revela algumas das novidades que vem por aí. Esses são alguns dos destaques do Alto-Falante.

Adriano e Túlio

Adriano Falabella apresentava o quadro "Enciclopédia do Rock", do programa Alto-Falante, atração da qual fazia parte desde 1997. Ele faleceu no dia 13 de janeiro, aos 70 anos. Túlio Mourão, à frente do programa "Noturno", também da Rede Minas, tem uma carreira sólida na música. Pianista e compositor, integrou uma das maiores bandas de sucesso de rock progressivo no Brasil, “Os Mutantes”, e tocou ao lado de nomes como Milton Nascimento e Chico Buarque, assim como compôs sucessos da MPB e se consagrou na cena do jazz e da música instrumental.

Exposição Tiradentes e seu legado Foto Museu dos Militares Mineiros Divulgação 3Exposição “Do passado ao presente: Tiradentes e seu legado” conta com objetos de diversas tipologias, como indumentárias, documentos e medalhas (Museu dos Militares Mineiros/Divulgação)

Integrante do Circuito Liberdade, o Museu dos Militares Mineiros inaugurou, nesta terça-feira (23/04), a exposição “Do passado ao presente: Tiradentes e seu legado” sobre a vida e a morte de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, patrono das polícias militares e civis de todo o Brasil e mártir da Inconfidência Mineira. A mostra, em parceria com Polícia Militar de Minas Gerais e o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, reúne objetos de diversas tipologias como indumentárias, documentos e medalhas. Com entrada gratuita, a exposição estará aberta ao público de segunda a sexta-feira, das 11h às 17h, até dia 9 de maio. O Museu dos Militares Mineiros está localizado no bairro Funcionários, região Centro-Sul de Belo Horizonte.

“Os visitantes poderão observar, por exemplo, como foi o estudo para que a tão famosa barba de Tiradentes fosse retirada e também o processo de aceitação dessa nova imagem, além de uma réplica do uniforme usado pelo Alferes Tiradentes, enquanto Comandante do Destacamento dos Dragões na patrulha do ‘Caminho Novo’, no Quartel de Sete Lagoas”, destaca Poliana Carla, coordenadora do Museu dos Militares Mineiros.

Tiradentes foi executado no Rio de Janeiro, em 21 de abril de 1792. Ele é considerado o mártir da Inconfidência Mineira, movimento liderado por intelectuais, militares e comerciantes insatisfeitos com a exploração econômica e as restrições impostas pela Coroa Portuguesa, tendo como objetivo a separação e libertação da região de Minas Gerais.

Museu dos Militares Mineiros

Inaugurado há dez anos, o Museu dos Militares Mineiros faz parte do Circuito Liberdade e apresenta a história, a memória e a cultura das corporações militares mineiras, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. Além disso, propõe uma reflexão sobre o papel destas corporações no cotidiano dos cidadãos e na reafirmação de elementos essenciais para a identidade mineira. Entre as peças em exposição estão uniformes, medalhas, armamentos, fotografias, instrumentos musicais, viaturas e equipamentos de campanhas, além de alguns documentos importantes não só para as corporações, mas para a cultura de Minas.

O Museu dos Militares Mineiros é um equipamento da Diretoria de Museus (DIMUS), vinculado à Secretaria de Estado da Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Superintendência de Museus, Bibliotecas e Economia da Criatividade.

Serviço:

Exposição “Do passado ao presente: Tiradentes e seu legado”

Abertura da exposição: Nesta terça-feira (23), às 18h de abril de 2024 Horário: 18h

Período de visitação: até 9 de maio – segunda a sexta-feira, das 11h às 17h

Local: Auditório do Museu dos Militares Mineiros (Rua dos Aimorés, 698 – Funcionários)

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São esperados 400 mil turistas durante a Semana Santa, que inspira ações em cerca de 600 municípios mineirosSão esperados 400 mil turistas durante a Semana Santa, que inspira ações em cerca de 600 municípios mineiros

O Minas Santa 2024, projeto lançado pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, para promover o turismo durante a Semana Santa, já gera resultados positivos para o estado. Uma das maiores companhias aéreas do país, a Azul terá 18 voos extras para Minas Gerais, durante a Semana Santa, sendo 16 para Belo Horizonte, um para Governador Valadares e um para Uberlândia.

O número, que representa 17,4% dos 103 voos extras anunciados pela companhia para todo o Brasil, reflete o sucesso do Minas Santa de 2023. Realizada pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, a campanha, juntamente com a Semana da Inconfidência, fez o fluxo turístico em Minas crescer 720% acima da média nacional em abril do ano passado.

“A ampliação da malha aérea é fundamental para suprirmos a demanda, especialmente porque este ano o Minas Santa está ainda maior. Temos cerca de 600 municípios participantes e esperamos em torno de 400 mil turistas. O turismo da fé é uma grande potência em Minas Gerais e a Semana Santa é um forte atrativo. Em Minas Gerais, as imagens barrocas saem às ruas e essa característica de termos um cenário onde o patrimônio histórico se confunde com a vida contemporânea é motivo de atração de muitos turistas”, declara o Secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira. 

Valladolid, Salamanca e Sevilha inspiram Minas Gerais. Nas três cidades espanholas, a Semana Santa foi declarada Patrimônio Mundial da Unesco e atrai turistas de todo o mundo. Para Oliveira, a riqueza e diversidade das manifestações religiosas de Minas colocam o estado em posição privilegiada para o turismo da fé. “Aqui temos as encenações da Paixão de Cristo, as afromineiridades, as comemorações evangélicas. Promovemos todos os festejos em prol do bem comum. A meta final é posicionar Minas Gerais como o principal destino turístico nacional durante a Semana Santa, gerando emprego e renda”, complementa o secretário.  

Minas Gerais, de fato, tem grande vocação para o turismo da fé. Segundo pesquisa do Observatório do Turismo do Estado, 36% dos visitantes têm como principal motivação conhecer os bens religiosos, além dos lugares de riqueza histórico-cultural presentes no território. O segmento gera uma movimentação econômica de cerca de R$ 5 bilhões por ano.

 

Programação do Minas Santa 2024

A segunda edição do Minas Santa contará com programação especial nos equipamentos culturais do Circuito Liberdade, incluindo a encenação da Via Sacra a céu aberto. Também será lançado o portfólio com a agenda de eventos dos municípios, que abrangem atrações como as tradicionais procissões, confecções de tapetes devocionais, encenações da Paixão de Cristo e missas. O catálogo pode ser acessado no portal Minas Gerais (www.minasgerais.com.br).  

A programação, que contempla expressões culturais e religiosas católicas, evangélicas e das afromineiridades e se estenderá até o domingo de Páscoa (31/3), contará com a participação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG), da Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop) e da Fundação Clóvis Salgado (FCS). A Reitoria do Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade (padroeira de Minas Gerais), a Federação dos Circuitos Turísticos de Minas Gerais (Fecitur), a Rede Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo, a Associação Mineira de Municípios (AMM) e a Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais são instituições que apoiam o projeto.

Foto: Ane Souz

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O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, anunciou que Araxá será palco do evento nos próximos dois anos do mountain-bike. “No ano que vem teremos duas etapas da Copa Mundial em Araxá e em 2026 a mesma coisa. Teremos que ter pistas diferentes: uma para a primeira etapa e outra para a segunda. Mas os organizadores já falaram que isso é plenamente possível”, disse em entrevista à Rede Minas. “Para mim é uma felicidade ver toda essa festa, todo esse movimento na minha terra natal, que vale lembrar, já sediava o campeonato internacional, mas a copa internacional é a primeira vez, levando o nome de Araxá, o nome de Minas Gerais, para mais de 180 países. Então é um evento grandioso e pelo que eu tenho conhecimento, Araxá nunca teve”, concluiu o governador.

O governador disse, ainda, que quer tornar o estado referência para o esporte. “Eu estive com os organizadores e eles me disseram que está todo mundo encantado com a hospitalidade da cidade. Então esse evento serviu para divulgar não somente o esporte, mas mostrando como somos um povo acolhedor. Nós sabemos que algumas provas, hoje, no mundo, são referências mundiais. Quando se fala em Mônaco logo se pensa em Fórmula 1, quero que quando se falar em Minas Gerais, todo mundo pensar em mountain-bike”, falou o governador.

O evento

Araxá, na região do Alto Paranaíba, encerrou neste domingo (21/4) a segunda etapa da WHOOP UCI Moutain Bike Series, o circuito mundial da modalidade. Além das competições, o evento trouxe visibilidade internacional para a cidade e alavancou a economia local. Para Ítalo Borges, presidente da Associação Comercial, Industrial, de Turismo, Serviços e Agronegócios de Araxá (Acia), a entidade não tem números consolidados, mas as projeções são otimistas. “O custo do evento foi de R$ 8 milhões. De acordo com a Embratur, a cada real investido pelo turista, o destino tem uma movimentação de outros R$ 20. Então, estaríamos falando de R$ 160 milhões de movimentação diretamente na economia, uma injeção em torno de R$ 30 milhões”, afirmou.

Ainda segundo Borges, que também é secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo, até sábado (20/4) cerca de 18 mil pessoas tinham passado pelo evento. Com a movimentação deste domingo (21), o volume de turistas deve chegar a 25 mil pessoas. “Esse é um evento que tem repercussão internacional, com transmissão para mais de 40 países. E o que vem de resultado no decorrer do tempo, mesmo após o evento, é muito grande. A gente ainda vai viver o reflexo disso por meses, anos, talvez. Então é algo muito significativo para o comércio, para a cidade, para o turismo, enfim, para todos”, destacou o presidente da Acia.

A Copa do Mundo de Mountain-Bike em Araxá é uma realização do Governo de Minas, por meio das secretarias de estado de Cultura e Turismo e de Desenvolvimento Social, do Centro Universitário UniBH, com apoio da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) e do Sebrae Minas.

“É incrível organizar, nesse contexto, um evento esportivo desse porte. Ele precisamente está qualificando para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, então é muito importante. Os atletas estão contentes pela participação em Araxá, Minas Gerais, onde sentimos realmente a energia das pessoas, essa paixão pelo mountain-bike”, destacou Remi Trapero, gerente de Vendas Internacionais para a América Latina da Warner Bros Discovery Sports, organizadora do evento. “O circuito é muito técnico, os atletas gostam, tem muitos saltos, então vamos viver um espetáculo fantástico para as carreiras de elite”, completou.

Movimentação

Eventos esportivos como esse, além de atrair atletas e espectadores, também beneficiam diretamente o comércio local. Para pequenos e médios comerciantes de Araxá, essa foi uma boa oportunidade para impulsionar os negócios. O sócio da BiciMobi, Gabriel Ramos, reitera que esses eventos movimentam normalmente um segmento da economia que funciona um pouco à margem das cadeias produtivas que geram mais dinheiro e, dependendo do tamanho do negócio de quem se envolve, isso representa o seu faturamento trimestral ou até de todo o semestre.

“Estou aqui em Araxá para a Copa do Mundo e encontrei uma atmosfera muito diferente e tranquila. No geral, tudo está muito bom com a experiência do evento, com a logística e como está tudo desenhado, organizado, além de ser um percurso muito bonito. Tudo é muito belo: encontrei uma ótima sorveteria e um ótimo café na cidade. Esperamos retornar aqui no próximo ano", disse Andrea Tiberi, ciclista do time Santa Cruz Rock Shox, da Itália, já acostumado às competições e mountain-bike.

Outro atleta que elogiou o evento e a cidade é Matthew Shriver, do time Pirelli, dos Estados Unidos. “Que lugar legal para vir, adoramos o local, a pista é incrível. Os organizadores fizeram um ótimo trabalho com a hospitalidade, o que está tornando muito fácil para nós ficarmos aqui por mais de uma semana. As pessoas são ótimas, não posso pedir mais nada: o tempo está perfeito, a comida é boa. Voltaremos a qualquer momento. Nós também amamos os fãs brasileiros, é muita paixão. Não vemos isso todos os dias, então é bom ter toda essa energia dos fãs aqui”, afirmou.

Os turistas também aprovaram a cidade e o evento. Jalizan Kemerich, de Panambi (RS), que visita Araxá pela primeira vez, disse que a gastronomia e o clima de Araxá são um pouco diferentes. “Estranhei um pouco a comida e o clima, mas a cidade é muito bonita e as pessoas, acolhedoras”, contou. Lucas Leonel, de Ribeirão Preto (SP), é atleta amador e retorna à cidade mais uma vez.  “Estou em Araxá prestigiando esse grande evento da copa do mundo, já frequento a cidade por causa da copa internacional. E por tudo que está sendo feito, esse glamour, esse espetáculo, mais um ano eu não poderia deixar de vir para presenciar o evento. Tomara que se repita por vários anos e que eu tenha saúde e condição de voltar sempre”, afirmou.

Estande

Os quatro dias de evento reservaram muito mais do que a competição dentro das pistas. No entorno do circuito, um verdadeiro festival esteve à disposição de quem passou pelo bairro do Barreiro para acompanhar as disputas mundiais: praça de alimentação, shows e feira de produtos estão entre as atrações. Para apresentar os turistas com toda a mineiridade, o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), montou no local do evento um estande com quitandas e quitutes mineiros, como pão de queijo, broa, doce de leite e biscoitos caseiros, além dos nossos delicioso café e queijo.

Quem experimentou as delícias mineiras, aprovou como é o caso de Kátia Tavares, turista do Rio de Janeiro: “É a minha primeira vez aqui em Araxá e achei a cidade é incrível, estou gostando muito. Aproveitei para passar no estande do Governo de Minas e tomar aquele cafezinho maravilhoso e comer um docinho de leite espetacular”.

Dados divulgados pelo Ministério do Turismo, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua Turismo), revelam que, em 2021, mais 363 mil turistas estiveram no Brasil a lazer e tiveram como motivação praticar ou assistir esportes. A pesquisa demonstra a importância do segmento para o setor, fortalecendo a atividade turística que, por sua vez, impulsiona a geração de emprego e renda em todas as regiões mineiras.

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Fotos: Secult/Divulgação

Filme quebrado Crédito Fábio Narciso

Doze curtas-metragens  ganhadores do Prêmio Humberto Mauro - Curtas de Invenção chegam às telas do cinema do Palácio das Artes. As exibições acontecem desta quinta-feira (22/2) até sábado (24/2), com início às 19h. A entrada é gratuita, com retirada de ingressos a partir de 1 hora antes de cada sessão. 

Dentro do universo de filmes inscritos nesta edição, a mostra apresenta a produção de Belo Horizonte e de cidades do interior, como os municípios de Cordisburgo, Januária e Lagoa Santa. Para o gerente de cinema da Fundação Clóvis Salgado (FCS), Vitor Miranda, os curtas selecionados destacaram-se pelas técnicas empregadas.

“Chamou a atenção o emprego diversificado da voz over para a narração ou a construção de discursos sobre diferentes temas sociais.  A exploração da baixa lapidação ou qualidade das imagens e da própria construção narrativa foi percebida como forma interessante de criação de sentido nos diferentes filmes escolhidos, muitos francamente implicados/preocupados com questões existenciais e políticas envolvendo as personagens e/ou os/as próprios/as autores/as”, disse. 

Além das exibições dos filmes premiados, a programação inclui debates com os diretores, mediados pelos críticos convidados (Larissa Muniz, Renan Eduardo e João Campos), e a exibição de três curtas dirigidos por Humberto Mauro, inspirador diretor mineiro do século XX: os clássicos “O João de Barro” (1956), “A velha a fiar” (1964) e “Carro de bois” (1974).  A programação está disponível na plataforma .CineHumbertoMauroMAIS..

Sobre o Prêmio Humberto Mauro – Curtas de Invenção

A premiação, voltada à produção experimental, foi criada em 2013 e já reconheceu mais de 60 realizadores mineiros, viabilizando curtas-metragens premiados em festivais nacionais e internacionais. Originado de uma parceria entre a Fundação Clóvis Salgado (FCS) e o BDMG Cultural, a iniciativa busca valorizar a diversa e inventiva produção cinematográfica contemporânea feita em Minas Gerais.

Na 8ª edição, o desafio de pensar um Cinema de Invenção surgiu como um estímulo aos processos criativos das  propostas estéticas e conceituais dos curtas, incentivando a utilização de meios de produção de baixo custo, popularizados com o acesso à tecnologia digital. 

Serviço:

Mostra Vencedores do Prêmio Humberto Mauro - Curtas de Invenção

Data: De quinta (22/2) a sábado (24/2)

Horário: 19h

Local:Cine Humberto Mauro – Palácio das Artes

Endereço: Avenida Afonso Pena, 1537, Centro, Belo Horizonte

Ingressos: Gratuito, com retirada a partir de 1 hora de antecedência na bilheteria do cinema

Programação:

22/02 - Quinta-feira

19h Sessão premiados  1 – “Deslumbres de uma paisagem em fuga” | 52 min  | Classificação: 12 anos

O João de Barro, de Humberto Mauro (MG – INCE, 1956) | 21min

Caracol, de Giulia Puntel de Souza (MG, 2024) | 2min54

Nessa Rua passa um Rio, de Maria Clara de Almeida Costa (MG, 2024) | 5min22

Rebento, de Vitor Faria (MG, 2024) | 13min43

Filme-quebrado, de Fábio Narciso (MG, 2024) | 10min

Sessão comentada pela equipe dos filmes e pela pesquisadora Larissa Muniz

 

23/02 - Sexta-Feira

19h - Sessão premiados  2 – “Fissuras do real: ritos e sobreposições” | 39min | Classificação: Livre 

A velha a fiar, de Humberto Mauro (MG – INCE, 1964) | Livre | 6min

Filme-chama, de Gabriela Luíza e Tiago Mata Machado (MG, 2024) | 9min12

Estudo para uma pintura o lavrador de café, de Warlei Desali (MG, 2024) | 12min39

Altar, de Carolina Fonseca Saldanha (MG, 2024) | 3min14

Hemisfério Esquerdo em Fissuras, de Caroline Cavalcanti, Julia Teles, Walter Gam (MG, 2024) | 8min40

Sessão comentada pela equipe dos filmes e pelo pesquisador Renan Eduardo

 

24/02 - Sábado

19h - Sessão premiados 3 – “Miragens” | 50min | Classificação: 12 anos

Carro de bois, de Humberto Mauro (MG – INCE, 1974) | 10min

Ponto e Vírgula, de Jéssica Marques e Luiz Vidigal (MG, 2O24) | 5min25  

Conto Anônimo, de Sara Pinheiro e Pablo Lamar (MG, 2024) | 10min47

Melhor de três, de Fábio Narciso (MG, 2024) | 10min

Trap pesadelo, o manifesto, de Marco Antônio Pereira (MG, 2024) | 13min57

Sessão comentada pela equipe dos filmes e pelo pesquisador João Paulo Campos

Foto: Fábio Narciso

MountainBikeAraxá

A segunda etapa da WHOOP UCI Moutain Bike Series, circuito mundial da modalidade, chegou à cidade de Araxá, no Alto Paranaíba, neste final de semana. E trouxe com ele uma grande movimentação turística e econômica para toda a região. Segundo a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, todos os hotéis estão com ocupação máxima desde a segunda-feira (15/4). Ainda segundo o órgão, além da hotelaria, muitos moradores alugaram suas casas ou quartos pelo Airbnb e aproveitaram para garantir uma renda extra. É a primeira vez que o evento acontece em Minas Gerais.

O WHOOP UCI Moutain Bike Series acontece no Grande Hotel Termas de Araxá até domingo (21/4). “A copa mundial impacta no turismo da cidade de forma positiva, gerando novos negócios, ou seja, hospedagem, restaurante, acomodações, enfim, e gira toda a economia, ainda mais com turistas de vários países do mundo estando aqui em Araxá. Não tem como ser diferente.  Aqui no hotel estamos com ocupação máxima por pelo menos uma semana. E os hotéis na região também. Desde a última segunda-feira, todos os hotéis estão sem disponibilidade. Um evento desse, ainda mais internacional, nos projeta para o mundo”, destaca o gerente-geral do Grande Hotel Termas de Araxá, Renan Dias.

Durante a competição, que conta com atletas olímpicos, serão disputadas as modalidades de Cross Country Olímpico (XCO) e de Short Track (XCC). Para os apaixonados por esporte, os olhos estarão no circuito totalmente renovado, com 3.800 km de extensão. Afinal, pedalando em meio à exuberante natureza do local estarão cerca de 300 dos melhores atletas do mundo – vindos de cerca de 40 países –, competindo pelo título da etapa nas icônicas trilhas da cidade mineira.

O secretário Municipal de Cultura e Turismo de Araxá, Ítalo Borges, conta como o evento está sendo importante para a cidade. “Com o evento, nossa rede hoteleira está com 100% de ocupação e, nesse mesmo período, foi despertado no município a oportunidade de locação por temporada, usando aplicativos. Com o evento isso passou até a ser usado pelo araxaense e fomentou de uma forma significativa a economia em todas as direções. Além da parte hoteleira, movimenta restaurante, oficina, os postos de gasolina e até mesmo a farmácia. Enfim, a economia gira em todos os setores”, ressalta.

Para o secretário, o mundial de mountain-bike é uma vitrine para a cidade. Borges fala na expectativa de um público estimado entre 20 e 30 mil pessoas, em um evento  que está sendo transmitido para mais de 40 países do mundo. “É uma propaganda, o mundo vai passar a conhecer Araxá de uma forma positiva. Estamos recebendo relatos positivos das delegações. Eles agradecem pela hospitalidade e pelo acolhimento e parabenizam pela estrutura que preparamos”, concluiu.

A turismóloga e empresária Cleonice Maneira Natal concorda com o secretário e ressalta ser um privilégio para a cidade receber um evento de tão alto nível. “Eu administro uma casa de aluguel para temporada aqui em Araxá e a aluguei para uma equipe estrangeira que vai participar da competição por uma média de 14 dias. Esse evento é um divisor de águas não só para a cidade, mas para a população local também. Ele deu oportunidade para todos participarem alugando suas casas, desde as mais simples e pequenas até as maiores”, conta.

Mas os quatro dias de evento reservam muito mais do que a competição dentro das pistas. No entorno do circuito, um verdadeiro festival está à disposição de quem for ao bairro do Barreiro acompanhar as disputas mundiais: praça de alimentação, shows e feira de produtos estão entre as atrações.

O cozinheiro Vinicius Albuquerque Cunha foi contratado para fazer o jantar de uma equipe da Suíça. Ele tem dois anos de formado em um curso técnico de cozinha e é apaixonado pela profissão. Cunha conta que foi contratado para fazer somente o jantar durante uma semana, mas eles gostaram tanto que acabaram contratando-o para fazer o almoço também. “Todos os dias eu sento com uma pessoa da equipe deles e fechamos o cardápio do próximo dia. Está sendo desafiador porque eles gostam da comida com bastante tempero, além de ser uma culinária bem diferente. Por exemplo, o feijão deles é o vermelho, cozido com grão de bico, milho e massa de tomate e com bastante tempero. Está sendo desafiador, gratificante, e vai agregar muito ao meu currículo. É uma grande oportunidade, não só de ganhar um dinheiro, mas também de enriquecer minhas experiências profissionais”.

Programação

As duas primeiras provas da WHOOO UCI Mountain Bike World Series aconteceram na sexta-feira (19) à tarde, às 14h e 14h35, com a realização do Short Track (XCC) para as categorias Sub-23 Feminina e Sub-23 Masculina, respectivamente. Neste sábado (20), mais três provas serão realizadas: a Elite Feminina e Elite Masculina no XCC, competindo às 12h e 12h35, respectivamente, e a Sub-23 Masculina encerra o dia com o primeiro Cross Country Olímpico (XCO) do evento, às 15h. O domingo (21) tem no XCO para a Sub-23 Feminina a primeira prova, às 10h30. Enquanto o XCO da Elite Feminina acontece às 13h15, o XCO da Elite Masculina encerra o evento a partir de 15h30.

Pensando em um evento para agradar ao público de todos os gostos, a WHOO oferece também uma feira de exposições com mais de 40 marcas exibindo e vendendo produtos para amantes do ciclismo, além de uma praça de alimentação com serviço completo. São diversas opções de alimentação durante os quatro dias, com comidas como pizza, pastel, espetinho, queijos, acarajé – e também opções como pipocas, churros, açaí e algodão doce. Na parte de bebidas, estandes exclusivos para venda de sucos, cervejas tradicionais e artesanais também têm espaço.

Turismo e esportes

Dados divulgados pelo Ministério do Turismo, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua Turismo) revelam que, em 2021, mais 363 mil turistas estiveram no Brasil a lazer e tiveram como motivação praticar ou assistir esportes. A pesquisa demonstra a importância do segmento para o setor, fortalecendo a atividade turística que, por sua vez, impulsiona a geração de emprego e renda em todas as regiões mineiras.

Foto: Dirceu Aurélio / Imprensa MG

Guignard Artes Noticia Secult

Nesta sexta-feira (23/2), o Museu Casa Guignard abre as portas para receber a exposição “Desenhos de Guignard na Coleção Priscila Freire”, a partir das 14h. A mostra, que fica em cartaz até 9 de junho, apresenta nove fac-símiles, em alta qualidade, de desenhos inéditos produzidos pelo artista entre as décadas de 1950 e 1960.

O acervo faz parte da coleção de Priscila Freire, fundadora do Museu Casa Guignard, na década de 80, enquanto Superintendente de Museus do Estado de Minas Gerais. Amiga e aluna de Alberto da Veiga Guignard, Priscila Freire atualmente é presidente da Associação Amigos do Museu Casa Guignard e especialista na obra do mestre. Assim, a mostra não é somente uma homenagem a Guignard, mas também a todo empenho da colecionadora no processo de valorização do legado do artista.

A exposição “Desenhos de Guignard na Coleção Priscila Freire” faz parte das comemorações dos 128 anos de Guignard, em 25 de fevereiro, e do aniversário de 37 anos do Museu Casa Guignard, em 7 de março.

Alberto da Veiga Guignard

Alberto da Veiga Guignard nasceu em Nova Friburgo, RJ, em 1896 e faleceu em Belo Horizonte, em 1962. O artista estudou na Europa e, na década de 1930, atuou intensamente no Rio de Janeiro. Em 1944, convidado pelo então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek, criou a Escola Guignard, pertencente ao Governo do Estado.

Guignard foi responsável por mudar as perspectivas da criação artística em Minas Gerais. É considerado um dos maiores pintores e desenhistas brasileiros do século XX. Encantado pela paisagem das cidades históricas de Minas, especialmente Ouro Preto, mitificou o tema em uma série de pinturas e desenhos que o projetou nacional e internacionalmente.

Museu Casa Guignard

Localizado em Ouro Preto, o Museu Casa Guignard foi inaugurado em 1987 com o intuito de reunir, conservar e exibir obras de Alberto da Veiga Guignard (Rio de Janeiro, 1896 – Belo Horizonte, 1962).

A edificação em que o Museu está instalado é datada do início do século XIX e compreende, em seu interior, um acervo formado por pinturas, desenhos, fotografias e documentos textuais relacionados à vida de Guignard. Merecem destaque no acervo o conjunto de retratos executados pelo artista e a coleção de Cartões de Guignard para Amalita, confeccionados entre os anos de 1932 e 1937.

O Museu desenvolve um programa de ações educativas inspirado nas lições e experiências de Guignard como professor. Uma dessas ações é o projeto Passos de Guignard, que demarca e explora os locais da cidade onde o artista produziu grande parte de suas obras.

Serviço:

Desenhos de Guignard na coleção Priscila Freire
Data de abertura:
23/2
Período de visitação: 23/2 a 9/6
Local: Museu Casa Guignard
Endereço: Rua Conde de Bobadela (Rua Direita), 110 – Ouro Preto

Semana da Inconfidencia Ouro Preto credito Luciano Almeida 2Atividades culturais e artísticas, passeios guiados, espetáculos musicais e teatrais e festival gastronômico integram a programação da Semana da Inconfidência em Conexões (Foto Luciano Almeida/Divulgação)

 A Semana da Inconfidência em Conexões irá unir Ouro Preto e Tiradentes em torno das artes, gastronomia e de territórios criativos. Até domingo (21/04), moradores e visitantes dessas importantes cidades históricas terão à disposição uma série de ações que irão conectá-los com história, raízes culturais, criatividade e o patrimônio artístico do estado. A programação completa pode ser acessada no site oficial do evento, que começou no último sábado e se encerra no dia 21 de abril com a tradicional cerimônia na Praça Tiradentes, em Ouro Preto. A iniciativa é promovida pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e da Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP), com patrocínio da Cemig, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura, em parceria com as prefeituras de Ouro Preto e Tiradentes.

Em Ouro Preto, terra dos Inconfidentes, o público terá a oportunidade de descobrir e se conectar com novos “territórios criativos” da cidade, lugares onde história, arte e cultura se fundem oferecendo inovadoras oportunidades de fruição cultural para moradores e turistas. Uma programação intensa com espetáculos e intervenções artísticas, oficinas, rodas de conhecimento e caminhadas guiadas destacam os bairros de Antônio Dias, Alto das Dores, Alto da Cruz e Padre Faria nesta segunda edição do evento. Durante as caminhadas guiadas (Walking Tours), serão realizadas abordagens históricas, como no roteiro “Um Retorno às Origens” criado pelo Coletivo Palma Preta, que propõe rotas de Afroturismo conduzindo os visitantes em rotas e lugares inusitados, fora do percurso comumente chamado como “Centro Histórico”, e que remetem à formação de Ouro Preto.

O reconhecimento de novos territórios criativos e seus usos será a tônica do projeto e a programação terá lugar em praças, adros de igrejas, largos, espaços culturais comunitários e escolas, que sediarão atividades gratuitas para todos os públicos. A Semana da Inconfidência será marcada também por uma homenagem à Bárbara Heliodora, poeta e heroína da Inconfidência Mineira. Do túmulo em São Gonçalo do Sapucaí, no Sul de Minas, os despojos serão levados para o Museu da Inconfidência, em Ouro Preto, onde há o “Panteão dos Inconfidentes, espaço que celebra os heróis desse período emblemático da nossa história.

Tiradentes

Em Tiradentes, no Campo das Vertentes, uma programação intensa e diversificada irá movimentar moradores e visitantes da cidade. Na programação, o Festival Mineiridades, cujas atrações do último domingo (14/04) marcaram a abertura da Semana da Inconfidência em Conexões no município. Está prevista ainda a Feira Mineiridades, nesta sexta-feira (19/04), que irá promover um verdadeiro encontro dos mineiros com suas próprias raízes gastronômicas e culturais. Além de saborear pratos e quitutes de dar água na boca, moradores e turistas poderão se divertir ao som de moda de viola, seresta e pop rock. A programação ainda vai oferecer cursos e palestras. Os visitantes terão a oportunidade de aprender sobre métodos de extração de café, os segredos da famosa quitanda mineira, e a como apreciar bons vinhos em uma degustação, conduzida por um especialista. As atividades vão acontecer no histórico Largo das Forras, tradicional palco de grandes eventos culturais de Tiradentes.

Mas não será apenas o Largo das Forras que ficará movimentado. Na rua Direita, o Banquete da Inconfidência, está confirmado. Nesse evento, restaurantes da cidade fazem doação de pratos típicos da culinária do estado para o público em uma imensa mesa que será montada na via. Outra tradicional atração será a Cavalgada da Inconfidência, que acontece há mais de três décadas. Este ano, cerca de 400 cavaleiros estão confirmados. Haverá também o momento para os amantes das pedaladas. Aproximadamente 1,5 mil ciclistas irão participar do CicloTurismo Oeste de Minas, que começa na cidade de Antônio Carlos, passa por Barbacena, Barroso, Prados, com chegada em Tiradentes.

No domingo (21/04) está marcada a solenidade cívica que irá destacar os 232 anos da morte de Alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, com chegada do Fogo Simbólico para acendimento da Pira da Liberdade. Está prevista ainda a aposição de uma coroa de flores junto ao monumento Alferes Tiradentes, em homenagem ao Mártir da Inconfidência Mineira. A exemplo de Ouro Preto, em conexão com os territórios criativos, o distrito do Elvas também foi integrado à programação com a realização de uma feira cultural, cujo tema irá celebrar a Beata Nhá Chica.

Projeto Sextas Abertas

O projeto Sextas Abertas, idealizado pela Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP) em 2016, por meio do Núcleo de Arte e Ofícios, terá edições especiais até novembro. A primeira será nesta sexta-feira (19/04), durante a Semana da Inconfidência, com atrações gratuitas para todas as idades. A convocação para a participação de artistas de várias expressões e agentes culturais que atuam com temas diversos está aberta, por meio de formulário online disponível no link: https://forms.gle/bFM4tQ99xFsDjtDx9. O público poderá acompanhar todas as informações sobre o evento na página oficial no projeto no Instagram @sextasabertas.

Minas Santa 2024

Para celebrar as tradições e a religiosidade do período da Semana Santa no estado, o Governo de Minas apresentou a segunda edição do projeto turístico Minas Santa, nesta segunda-feira (19/2), no Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade, na Serra da Piedade, em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). A apresentação do programa, que visa promover as diversas atividades religiosas nas cidades mineiras durante a Semana Santa, foi realizada pelo governador Romeu Zema e pelo secretário de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), Leônidas de Oliveira. Na ocasião, o arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, celebrou uma missa em ação de graças.

Na edição deste ano, o programa conta com a adesão de cerca de 600 municípios e continua tendo como meta principal posicionar Minas Gerais como o principal destino turístico no país durante a Semana Santa, dando protagonismo às diversas expressões culturais e religiosas (católicas, evangélicas e das afromineiridades) relacionadas à fé, e valorizar o patrimônio cultural material e imaterial. Para o governador Romeu Zema, Minas Gerais já tem uma vocação religiosa muito forte e o Minas Santa vem para reforçar a importância do estado durante as celebrações no país.

“O que nós queremos é mostrar para o mundo que o turismo religioso em Minas tem atrações que muitas vezes as pessoas não conhecem e nem sabem da dimensão. Espero que nesta Semana Santa nós tenhamos um grande número de turistas aqui, reiterando essa hospitalidade, nossas belezas, a fim de reforçarmos o sucesso que é o turismo em Minas” destaca Zema. No ano de seu lançamento, em 2023, o programa foi decisivo para que o estado registrasse crescimento recorde na movimentação turística em abril, bem acima do que foi observado no Brasil como um todo, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Minas tem uma especificidade muito grande no que se refere ao turismo da fé, e a Semana Santa e a Semana da Inconfidência foram os dois fatores que fizeram com que nosso turismo superasse esse recorde histórico, crescendo 720% acima da média nacional em 2023. Por isso, repetir esse projeto é fundamental para o desenvolvimento do turismo e da economia mineira”, analisa o secretário Leônidas de Oliveira. De acordo com a Secult-MG, 36% dos turistas que visitam Minas têm como principal motivação conhecer os bens religiosos e locais de riqueza histórico-cultural, gerando uma movimentação econômica de cerca de R$ 5 bilhões por ano.

O Minas Santa terá programação até o domingo de Páscoa (31/3), e conta ainda com participação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG), da Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop) e da Fundação Clóvis Salgado (FCS), além do apoio de representações religiosas como a Reitoria do Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade (padroeira de Minas Gerais), Federação dos Circuitos Turísticos de Minas Gerais (Fecitur), Rede Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo, Associação Mineira de Municípios (AMM) e Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais. Para a promoção do projeto, estão previstas ações como uma programação especial nos equipamentos do Circuito Liberdade, com encenação da Via Sacra, e o lançamento do portfólio com a agenda preparada pelos municípios.

Em conjunto com a promoção turística, serão realizadas, por meio do Iepha-MG, ações de salvaguarda e proteção das celebrações e ritos da Quaresma e da Semana Santa no estado. Um cadastro das festividades relacionadas ao período também será realizado pelo instituto. Além disso, a exemplo do que aconteceu em 2023, a Faop ministrará oficinas de confecção de tapetes devocionais em Ouro Preto, Guaxupé, Paracatu e Belo Horizonte.

Tradição e fé

Em Minas, são tradicionais as procissões, encenações da Paixão de Cristo, missas solenes e feitura de tapetes. Importantes destinos da fé, como Ouro Preto, Santa Luzia, Sabará, Perdões, Diamantina e Baependi, já se preparam para a celebração da Semana Santa. O Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade, na Serra da Piedade, em Caeté, local da Missa em Ação de Graças desta segunda-feira, também é emblemático para o turismo da fé e recebe 500 mil pessoas por ano.

Para dom Walmor Oliveira de Azevedo, o patrimônio religioso do estado e a espiritualidade e a fé do povo mineiro são divulgados para os outros lugares do mundo com a realização do programa Minas Santa. “É importante destacar que 60% do patrimônio sacro do Brasil se encontra em Minas Gerais. É uma riqueza única, não apenas na beleza arquitetônica e de engenharia, mas da expressão do significado humano que eles apresentam. Por isso Minas Gerais é singular no cenário brasileiro” enalteceu Dom Walmor.

O turismo da fé é o segmento que mais cria novas rotas turísticas em Minas. O Minas Santa terá programação em rotas do estado como o Caminho da Luz, Caminho da Fé, Caminho Nos Passos de Dom Viçoso, Caminho das Capelas, Caminhos Franciscanos e o Caminho Religioso da Estrada Real (Crer), que compreende 31 municípios, como Caeté, Itabirito, Mariana, Tiradentes e São Lourenço. O Caminho da Fé, percurso mais visitado do país, tem fluxo médio anual de 20 mil viajantes e geração econômica de R$ 24 milhões por ano. A rota, inspirada no milenar Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha, abrange as cidades mineiras de Andradas, Crisólia, Tocos do Mogi, Inconfidentes, Borda da Mata, Ouro Fino, Estiva, Consolação, Paraisópolis e Luminosa.

Quando se fala em celebração da fé, outro destaque é o Monte das Oliveiras, em Alpinópolis, no Sul de Minas. Durante a Semana Santa, são realizadas apresentações teatrais que encenam a vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo, dentre outras passagens bíblicas. O local é um dos maiores cenários bíblicos a céu aberto do país.

Diversidade religiosa

O Minas Santa mapeia os congressos, retiros, shows e espetáculos da comunidade evangélica, assim como abre espaço para as expressões religiosas de matriz africana, como a Feitura do Cordão de São Francisco, no terreiro do Quilombo Pena Branca, no município de São Francisco, no Norte de Minas. Há também o Recolhimento da Tenda de Umbanda Pai Xangô, em Formiga, no Centro-Oeste mineiro, e a Celebração Quaresmal e Tradicional Festa do Boi Balaio, em São Geraldo da Piedade, no Vale do Rio Doce. Todas estão registradas no catálogo “Celebrações e Ritos da Semana Santa em Minas Gerais”, do Iepha-MG.

A presença das religiões de matriz africana no Minas Santa foi comemorada pela Macota Janete, do quilombo Pena Branca. “Pra mim é uma alegria muito grande ter a nossa fé contemplada pelo Minas Santa, um sentimento de uma realização de trazer pra todo mundo o que temos de mais sagrado, que são nossa crença e nossos ritos”, enfatiza.

Leônidas de Oliveira Christiana Renault Afonso Borges Zeca Camargo e Paulo GuilhermeRealizada em São Paulo, maior feira de turismo da América Latina terminou nesta quarta-feira (17) com novidades anunciadas para fortalecer a atividade turística e atrair mais visitantes; na foto, Leônidas de Oliveira, Christiana Renault, Afonso Borges, Zeca Camargo e Paulo Guilherme (Fotos Leo Bicalho-Secult)

Durante três dias, o Destino Minas foi promovido durante a World Travel Market (WTM) Latin America, realizada em São Paulo, até esta quarta-feira (17). Mais de 27 mil pessoas participaram do evento, em que Minas Gerais contou com um estande próprio. No espaço, o público pôde apreciar os sabores da cozinha mineira, conhecer o congado, o artesanato mineiro, o calendário de festivais literários para este ano, além de informações sobre os principais atrativos turísticos do estado. A iniciativa integra o programa Mais Turistas e foi realizada pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), com patrocínio da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), em parceria com o Sebrae Minas e o Centro Universitário UniBH. Também participaram 30 coexpositores mineiros, dentre eles receptivos das Instâncias de Governança Regionais (IGRs), operadores turísticos e representantes do setor hoteleiro.

De acordo com a pesquisa realizada pela Secult com os coexpositores, o turismo cultural foi o principal segmento turístico trabalhado, representando 50% das ações. Em segundo lugar, está ecoturismo/turismo de aventura com 23,1% e o turismo de negócios com 15,4%. Além disso, mais de 80% dos coexpositores avaliaram com que a prospecção de negócios foi alta, o que mostra a importância do evento para ampliar oportunidades de geração de emprego e renda. O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, definiu como surpreendente a participação do Estado na feira de turismo. “É assim que podemos definir nossa participação na WTM em São Paulo: negócios e muita gente. Minas é linda e torna-se um lugar obrigatório a cada feira e, claro, nossa cozinha mineira, sotaque e prefeituras apresentando a grandeza de nossa terra. O que se viu na WTM deste ano foi um estande de Minas lotado, com os participantes disputando um lugar na fila para experimentar a culinária e conhecer os produtos da mineiridade”, disse.

“Estamos divulgando nossos produtos para um público diverso e conectado com a experiência contemporânea. A cultura é esse elemento que em uma viagem faz verdade, senão você pode viajar no seu celular. Estar em Minas é estar em contato com o que somos: é comer bem, é estar de portas abertas, que sejamos todos bem-vindos à Minas Gerais”, acrescentou Oliveira.

Cozinha Mineira

 A promoção da cozinha mineira esteve no centro do estande de Minas Gerais. O público pôde experimentar os pratos preparados pelas chefs Valdelícia Coimbra, Prinacotta, Vânia Lina, Tuquinha, Maria da Consolação e Marlene Raimunda – estas duas integrantes do projeto Circuito Gastronômico de Favelas. Um dos destaques da terça-feira (16), foi a participação do vice-governador, Mateus Simões, no projeto Cozinha Viva. Ele preparou um risotto acompanhado de costelinha mineira com molho de goiabada cascão. Uma celebração dos sabores da cozinha mineira contemporânea. Nesta quarta-feira (17), as chefs Vânia de Paracatu e Tuquinha de Belo Vale exibiram as “Quitandas de Minas” e prepararam o Mané Pelado Desmamada, a empada e a broa vegana de milho verde com cará e moela. A presença das chefs serviu para ressaltar o papel fundamental das mulheres na cozinha mineira, que sempre se mostrou criativa, inclusiva, diversificada e democrática.

Além dessas iguarias, foram servidos os premiados cafés mineiros especiais e disponibilizado para degustação queijos artesanais, doces caseiros e cachaças, além do delicioso pão de queijo, em parcerias com o Mercado Central, a Pão de Queijaria, o Café Paiol Boutique, de Três Pontas, e o Café Seival, de Baependi. O Sebrae Minas ainda realizou rodada com players do trade turístico internacional, como agências de viagens, operadoras DMOs (Destination Marketing Organization), organizações que fornecem informações aos viajantes. Oito receptivos também ofereceram aos participantes produtos e serviços de destinos mineiros.

“Acho que a Codemge faz muito bem em apoiar uma de nossas áreas de atuação, que é o turismo, porque ainda tem muito espaço para crescimento”, destacou o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, antes de assumir o fogão à lenha ao lado de chefs mineiras. “Fico feliz em ver que você, Leônidas, conseguiu três façanhas frente à Secult: primeiro, mostrar que nosso centro da discussão em Minas Gerais da cultura e do turismo está sempre na cozinha mineira, braço de nossa identidade cultural; segundo, interiorização, e por mais encantado e apaixonado que eu seja por minha cidade, Belo Horizonte, ou por nossas cidades históricas, nós temos muito mais a mostrar e que estão fora da visão das pessoas; e terceiro, a capacidade de aglutinação, de ter em um mesmo propósito tantos parceiros”, acrescentou Simões.

Rotas e exportações

Na maior feira de turismo da América Latina, também foram promovidas quatro rotas turísticas – Cafés do Sul de Minas, Café do Cerrado Mineiro, Rota Cicloturística Bahia-Minas e Caminhos do Geoparque de Uberaba, em parceria com o Sebrae Minas. Também foi realizado o lançamento nacional do programa ExportaMinas, da Codemge, e a plataforma Invest Minas Tur, da Agência de Investimentos e Promoção Invest Minas.

Experiências

Ricardo Menezes, sócio da operadora Espinhaço Turística, que faz parte do programa Minas Recebe e tem sede em Belo Horizonte, ressalta que é um privilégio participar de uma feira importante para o mercado do turismo como a WTM: “O movimento da feira é grande e gera vários negócios para o futuro. Estamos aqui mostrando nossas experiências, cultura e gastronomia para trazer mais turistas para o Estado”. Já para Felipe Castro Reis, sócio-proprietário da A Pão de Queijaria, que ofereceu rodadas de pães de queijos aos visitantes do estande de Minas na feira, foi uma honra participar de um espaço que enaltece a cultura, a arte e a gastronomia, levando Minas Gerais para o Brasil e o mundo. “Representar o pão de queijo engrandece a nossa marca e dá mais sentido para que a gente continue trabalhando e buscando cada vez mais qualidade”, comentou Reis.

Na terça-feira (14), foi divulgada uma press trip ao sul de Minas, programada para maio, e com o apoio da Associação dos Municípios da Microrregião do Circuito das Águas, uma região privilegiada pela natureza e com atrativos diversificados – turismo religioso, ecoturismo, turismo de aventura e gastronômico. ”Agora vamos poder mostrar as nossas riquezas já conhecidas e escondidas para nossos principais polos emissores, São Paulo e Rio de Janeiro”, afirma Cristina Galvão, gestora do Circuito Terras Altas da Mantiqueira, representando a Associação dos Municípios da Microrregião do Circuito das Águas (Amag).

O estande de Minas Gerais na WTM também recebeu a exposição "São José – O artesão", com obras de artistas mineiros e uma apresentação do violinista e compositor Marcus Viana, além de um bate papo informal entre o jornalista e apresentador Zeca Camargo e o também jornalista e gestor cultural Afonso Borges, que anunciou o calendário dos festivais literários de Araxá, Paracatu e Itabira, realizados pela Associação Cultural Sempre um Papo. Os eventos acontecem de 23 a 27 de junho em Araxá, de 30 de agosto a 1º de setembro em Paracatu, e de 30 de outubro a 1º de novembro em Itabira.

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Mais de 30 mil foliões internacionais visitaram Minas Gerais, movimentando cerca de 120 milhões na economia durante a festa

Celebrando um Carnaval histórico, com recorde de investimentos e turistas, Minas Gerais foi o terceiro estado do país a receber a maior quantidade de visitantes estrangeiros durante a folia de 2024. Mais de 30 mil turistas internacionais viveram a festa momesca no Estado, movimentando R$ 124,5 milhões na economia mineira. O levantamento é da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) e consolida Minas como um dos destinos mais procurados no Carnaval.

Ao todo, foram registrados 31.355 turistas estrangeiros em Belo Horizonte e outras cidades mineiras nos quatro dias de Carnaval, saldo que representa 13,6% de todos os visitantes internacionais que estiveram no país durante a folia (228.870 pessoas). Com este resultado, Minas fica atrás apenas do Rio de Janeiro, que recebeu 68.890 turistas internacionais, e de São Paulo, visitado por 48.978 estrangeiros.

Para o governador Romeu Zema, o resultado é consequência do investimento inédito que a atual gestão realizou, reconhecendo o crescimento das manifestações carnavalescas em todo o Estado. “Além de já ser uma rota nacional do Carnaval, vemos que Minas está inserida numa preferência internacional. O fato de o nosso Carnaval chamar a atenção de tantos turistas estrangeiros diz muito sobre o trabalho que fazemos, reconhecendo, valorizando e investindo na festa, tanto em Belo Horizonte, como no interior”, avalia o governador.

Com investimentos recordes neste ano, a folia em Minas Gerais movimentou R$ 4,5 bilhões, aquecendo diversos setores da economia, e melhorando a infraestrutura para o conforto do público. Pela primeira vez na história, o governo do Estado investiu na sonorização de ruas e avenidas de Belo Horizonte e auxiliou a prefeitura na disponibilização de banheiros químicos, além de fornecer patrocínio para projetos carnavalescos de forma direta e via recursos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura (LEIC). Ao todo, foram R$ 8,5 milhões investidos em todas as ações, além de R$ 14,5 milhões captados via LEIC, em mais de 130 projetos contemplados.

O secretário de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, pontua que o número de visitantes estrangeiros demonstra a eficiência das ações para valorizar o Carnaval em Minas e atrair mais turistas. “Nós nos empenhamos para nacionalizar e internacionalizar o Carnaval em Minas Gerais, ressaltando o caráter democrático, diverso, inclusivo e seguro da festa, que, acontece, de maneira participativa, a partir do trabalho dos blocos. Aqui o público consegue experimentar um Carnaval que acontece eminentemente nas ruas, convidando o público a brincar e se divertir com muita alegria e liberdade. Contribui para a atração de turistas, a hospitalidade mineira e também a nossa cozinha. Isso fez com que quase 90% das pessoas consultadas, por meio da pesquisa realizada pelo Observatório do Turismo de Minas Gerais, avaliassem a experiência aqui como ótima e desejassem voltar para Minas no ano que vem”, diz o secretário.

Carnaval no Estado

Em Minas Gerais, foram mais de 12 milhões de foliões no Carnaval, sendo 6,5 milhões no interior e 5,5 milhões em Belo Horizonte. Os números mostram o crescimento descentralizado da folia, além do registro de alta de 9% em relação ao ano passado. Durante o período, também foram criadas 100 mil novas vagas temporárias de trabalho no estado, impulsionando a economia em diversos setores.

Interior do Estado

O interior recebeu 245 mil turistas, e, no total, 6,5 milhões de foliões compareceram à folia nas cidades interioranas. O número representa um aumento de 8% no fluxo em relação a 2023, que registrou 6 milhões de foliões. Além disso, 97% dos municípios identificaram aumento no fluxo de pessoas, na comparação com o último ano, segundo dados do Observatório do Turismo de Minas Gerais.

Foto: Dirceu Aurélio / Imprensa MG 

Cozinha mineira WTM 2024Programação no estande do Governo de Minas ainda contou com o projeto Cozinha Viva, apresentação de congada e lançamento de press trip (Fotos Leo Bicalho/Secult)

O Governo de Minas realizou o lançamento nacional do programa ExportaMinas e da plataforma digital "Invest Minas Tur", nesta terça-feira (16), na World Travel Market Latin America (WTM Latin America, a maior feira de turismo da América Latina, que começou na segunda-feira (15) e acontece em São Paulo até esta quarta (17). Os anúncios aconteceram no estande de Minas Gerais, que ressalta os atrativos do Estado, como a cozinha mineira, a natureza exuberante, os patrimônios históricos e a arte moderna e contemporânea. A participação do Governo de Minas Gerais na WTM, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, integra o programa Mais Turistas, tem o patrocínio da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) e parceria do Centro Universitário UniBH e do Sebrae Minas.

“A gente tem feito questão de estar presente em todas as grandes feiras do país e também nas internacionais, onde há espaço para o turismo no Brasil. A gente mostrou que Minas Gerais vai muito além de nossas igrejas barrocas, temos muito mais a mostrar: o turismo de aventura, de contemplação e rural. Temos destinos diferentes dos tradicionais, como o Norte do Estado, que oferece um cenário mais agreste, o Triângulo, que parece mais com o Centro-Oeste, o nosso mar de Minas em Furnas. A presença na WTM também é uma oportunidade para atrair novos investidores e novas oportunidades de negócios”, afirma o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões.

“Estamos aqui mostrando Minas Gerais, primeiro para Minas, sempre, e de Minas para o mundo. As pessoas aqui presentes sabem como é ter no centro do poder pessoas do nível do governador Romeu Zema e do vice-governador Mateus Simões, que acreditam na cultura e vivem isso no jeito de gerir o governo de Minas. Isso tem feito com que Minas ganhe em todas as áreas e o turismo cresça o dobro da média nacional”, ressalta o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

Na WTM, o presidente da Invest Minas, agência vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG), João Paulo Braga, lançou a "Invest Minas Tur", plataforma digital criada para facilitar a identificação de espaços com potencial para abrigar equipamentos turísticos no Estado. A Invest Minas Tur será um facilitador para a atração de investimentos no setor, uma vez que possibilitará uma conexão direta dos investidores com potenciais parceiros. O objetivo é dar visibilidade às diversas oportunidades existentes em Minas Gerais, através de uma vitrine na qual proprietários de imóveis e gestores municipais possam apresentar suas possibilidades e, assim, ampliar as chances de se obter recursos para a concretização dos empreendimentos.

“A Invest Minas está lançando a Invest Minas Tur, um market place que busca conectar quem tem ativos e projetos ligados ao setor de turismo com potenciais parceiros e investidores, que vão poder levar adiante esse negócio. Na prática, a gente é procurado por pessoas que têm algum ativo e que pode despertar o interesse do mercado. Por exemplo, comecei a construir um hotel em um lugar interessantíssimo, mas o dinheiro acabou, não consegui terminar o prédio, a estrutura está lá e preciso de um investidor para complementar e viabilizar a execução do empreendimento. O nosso trabalho enquanto agência de promoção de investimentos é conectar essas duas pontas”, enfatiza Braga. A plataforma vai permitir também que os municípios possam cadastrar e promover suas localidades a partir de suas características especiais.

ExportaMinas

Desenvolvido pela Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), o objetivo do ExportaMinas, também lançado nesta terça (16) na WTM, é diversificar as exportações dos produtos mineiros, em especial, naqueles que compõem a cozinha mineira, como o café, o queijo, a cachaça e os doces mineiros, além de aumentar o acesso ao artesanato local. O programa foi lançado internacionalmente, no último sábado (13), durante a Specialty Coffee Expo, em Chicago, nos Estados Unidos. Para Leonardo Bortoletto, vice-presidente da Codemge, o ExportaMinas nasce hoje para ajustar arestas e fazer com que os produtos do estado possam estar em outros países: “Temos que lembrar que, para isso, temos que ter nossa produção certificada, temos que estar aptos a exportar, não é simplesmente incentivar. Temos que preparar, capacitar, fazer com que o pequeno se torne médio, que o médio ganhe uma estrutura, mas não perca o artesanal. Todas essas riquezas gastronômicas que estamos vendo aqui estarão nos próximos anos disponíveis em outros países. Nós temos a convicção de que, com o apoio do governo, o ExportaMinas será um grande sucesso”.

O ExportaMinas é inspirado no modelo francês de difusão da cultura alimentar pelo mundo. Em um primeiro momento, o programa pretende estruturar serviços de assessoria técnica aos produtores locais e instalar “casas da gastronomia mineira” nos principais mercados mundiais, como Estados Unidos, Europa e Oriente Médio. Em cinco anos, a meta é habilitar para exportação os principais produtos da gastronomia mineira com utilização do “Selo Verde”. No programa, quatro passos serão importantes para viabilizar a exportação de produtos típicos mineiros. Primeiramente, será preciso identificar os produtores com afinidade com o projeto, depois serão construídas parcerias para tratar os entraves já identificados. O terceiro passo será a elaboração do projeto-piloto, franquias de Minas no mundo e, por último, a replicação do projeto para outros produtores mineiros e setores da economia.

Associação dos Municípios da Microrregião do Circuito das Águas

O Governo de Minas também anunciou, nesta terça (16), a realização de uma press trip na região que compreende as 24 cidades integrantes da Associação dos Municípios da Microrregião do Circuito das Águas (Amag). A região abrange três importantes circuitos turísticos: Terras Altas da Mantiqueira, Circuito das Águas e Montanhas Mágicas. “Nós temos no território das Terras Altas da Mantiqueira uma natureza exuberante, uma diversidade natural única, que compreende parques nacionais e estaduais e favorece as atividades de ecoturismo, de esportes de aventura como montanhismo, voo livre e outras atividades. Além da riqueza natural, a região propicia”, destaca Cecília Galvão, gestora do Circuito Terras Altas da Mantiqueira, que representou o presidente da Amag, Juliano Diniz de Oliveira, prefeito de Alagoa.

Congada e Cozinha Mineira

Nesta terça-feira (16), quem passou peloo estande de Minas Gerais degustou uma rodada de pão de queijo oferecida pela Pão de Queijaria. Em seguida, houve uma apresentação, pelo terceiro ano consecutivo na WTM, do Terno de Congos e Caiapós de São Benedito de Poços de Caldas, uma tradição de mais de 100 anos e é repassada de geração a geração. O grupo se apresenta todo o ano na Festa de São Benedito, de 1º a 13 de maio, em Poços de Caldas. Maria Augusto Clementina, 70, mestra ogan (a que ensina e transmite experiência) foi o destaque, tocando seu atabaque. Maria Augusta é filha da segunda capitã de congo, Orlanda Conceição. “Eu nasci e cresci dentro da umbanda”, afirma, orgulhosa. A programação continuou com o lançamento do livro “Sistemas Culinários da Cozinha Mineira: o Milho e a Mandioca”, da coleção dos Cadernos do Patrimônio Cultural”, do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG).

O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, participou do Cozinha Viva, com o prato “Risotto Uai”, uma costelinha ao molho de goiabada defumada. A iniciativa também conta com a participação das chefs Maria da Consolação e Marlene Raimunda, do projeto Circuito Gastronômico de Favelas, e da chef Primatoca, de Araxá, e de Valdelícia Coimbra. Quem passou pelo estande da Secult degustou produtos tipicamente mineiros como café, queijos, pães de queijo, azeite, doces e muito mais.

Sobre a WTM

A 11ª edição da WTM Latin America, importante encontro que acontece em São Paulo, no Expo Center Norte, de segunda (15) a quarta-feira (17), reunirá mais de 27 mil profissionais, agentes e expositores de países como Argentina, Chile, Equador, Bolívia, Venezuela, Colômbia, México, Peru, Paraguai, Uruguai, Itália, Espanha, França, Alemanha, Portugal, Estados Unidos, Canadá, China, Holanda, México, Ruanda, Tanzânia, África do Sul, Austrália e Azerbaijão, num total de mais de 40 destinos. Entre as novidades a serem apresentadas pela WTM Latin America nesta edição está a Rota da Diversidade, iniciativa que tem o objetivo de incentivar inovações significativas, reconhecer e destacar projetos inovadores que abordem, de maneira única e criativa, as temáticas de Afroturismo, Turismo LGBTQIA+ e Turismo 60+.

Visita mediada na exposição MetropoliTRAMAS Créditos Julia Lobato

O Espaço do Conhecimento UFMG, que integra o Circuito Liberdade, realiza duas visitas mediadas em suas exposições no próximo fim de semana. Neste sábado (24/2), às 14h, acontece mais uma edição do “Sábado com Libras”, apresentando a mostra permanente “Demasiado Humano”, sobre a origem do universo e da humanidade, em Português e na Língua Brasileira de Sinais. Já no domingo (25/2), às 15h, será a vez do percurso guiado pela exposição de curta duração “MetropoliTRAMAS”, que celebra os 50 anos da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). 

Com duração aproximada de 1 hora, ambas as visitas são gratuitas, com vagas limitadas à lotação (até 20 vagas para a “MetropoliTRAMAS” e até 25 participantes para a “Demasiado Humano”). Os ingressos podem ser retirados na bilheteria do Espaço do Conhecimento UFMG, a partir de 2 horas antes da atividade. 

As duas exposições buscam suscitar reflexões contemporâneas, encantar públicos de todas as idades e promover um ambiente de diálogo multidisciplinar. Para Wellington Luiz, mestre em Educação e Docência pela UFMG e assessor de Ações Educativas e Acessibilidade do museu, o Sábado com Libras visa “divulgar a Língua Brasileira de Sinais e criar um ambiente onde as pessoas com deficiência auditiva possam se expressar, reforçando a identidade da comunidade surda nos espaços e ambientes culturais”.

Sobre as exposições

Inaugurada em dezembro de 2023, “MetropoliTRAMAS” é a mais nova exposição de curta duração do Espaço do Conhecimento. A mostra busca provocar reflexões sobre as diversidades, complexidades, tensões e prazeres da RMBH, instituída em 1973. Ao percorrer diferentes caminhos e trajetos, conexões e sentimentos, histórias e memórias, encontros e desencontros, cada instalação retrata vivências que envolvem o cotidiano dos cidadãos metropolitanos. 

A exposição de longa duração “Demasiado Humano” aborda, a partir de três módulos – O Aleph, Origens e Vertentes –, temas como o surgimento da vida na Terra, as visões de alguns povos sobre a trajetória humana e os processos que permeiam a contínua construção do conhecimento. Inaugurada em 2010, a mostra ocupa três andares do museu e propõe uma experiência sensorial de conhecimento. 

Espaço do Conhecimento UFMG

O Espaço do Conhecimento UFMG é fruto da parceria entre a UFMG e o Governo de Minas. O equipamento pertence ao Circuito Liberdade, complexo cultural gerido pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), por meio da Fundação Clóvis Salgado (FCS). 

O museu estimula a construção de um olhar crítico acerca da produção de saberes. Sua programação diversificada inclui exposições, cursos, oficinas e debates. O Espaço integra a Pró-reitoria de Cultura (Procult) da Universidade e conta com o apoio da Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade (FRMFA) e da Fundação de Apoio da UFMG (Fundep) no desenvolvimento de seus projetos. É amparado pelas Leis Federal, Estadual e Municipal de Incentivo à Cultura e conta com patrocínio do Instituto Unimed-BH e da Cemig.

Sobre o Instituto Unimed-BH

O Instituto Unimed-BH é uma associação sem fins lucrativos criada em 2003. Desde então, desenvolve projetos socioculturais e socioambientais visando à formação da cidadania, estimular o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, fomentar a economia criativa, valorizar espaços públicos e o meio ambiente. 

Ao longo de seus 20 anos de história, o Instituto destinou mais de R$ 170 milhões por meio das leis de incentivo municipal e federal, fundos do idoso e da criança e do adolescente, com o apoio de mais de 5,3 mil médicos cooperados e colaboradores da Unimed-BH. No último ano, mais de 9,3 mil postos de trabalho foram gerados e 1,6 milhão de pessoas foram alcançadas por meio de projetos em cinco linhas de atuação: Comunidade, Voluntariado, Meio Ambiente, Adoção de Espaços Públicos e Cultura, que estão alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. 

Sobre a Cemig

A Cemig é a maior incentivadora de cultura em Minas Gerais e uma das maiores do país. Ao longo de sua história, a empresa reforça o seu compromisso em apoiar as expressões artísticas existentes no estado, de maneira a abraçar a cultura de Minas Gerais em toda a sua diversidade. 

Além de fortalecer e potencializar as diferentes formas de produção artística, a Cemig se apresenta, também, como uma das grandes responsáveis por atuar na preservação do patrimônio material e imaterial, da memória e da identidade do povo mineiro.

Os projetos patrocinados pela Cemig, por meio da Lei Estadual e/ou Federal de Incentivo à Cultura, têm por objetivo beneficiar o maior número de pessoas, nas diferentes regiões do estado, promovendo a democratização do acesso às práticas artísticas. Assim, investir, incentivar e impulsionar o crescimento do setor cultural em Minas Gerais reflete o posicionamento da Cemig em transformar vidas com a sua energia.

Serviço
Visita mediada à exposição “MetropoliTRAMAS”
Data: 25/2 (domingo)
Horário: 15h
Duração: 1h
Número de vagas: 20
Ingressos: emitidos 2 horas antes da atividade
Local: 2° andar do Espaço do Conhecimento UFMG
Endereço: Praça da Liberdade, 700, Funcionários - Belo Horizonte

Visita mediada à exposição “Demasiado Humano”
Data: 24/2 (sábado)
Horário: 14h 
Público: A partir de 6 anos
Duração aproximada: 1h
Número de vagas: 25
Ingressos: emitidos 2 horas antes da atividade
Local: Praça da Liberdade, 700, Funcionários - Belo Horizonte

Foto: Julia Lobato

 
 
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