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Crédito da foto BH Airport Divulgação

 

O voo direto entre Belo Horizonte e Santiago foi lançado nesta quinta-feira (5), em evento realizado no The Ritz-Carlton Santiago, na capital chilena. As passagens do trecho já estão, inclusive, disponíveis no site da Latam. A nova conexão foi celebrada com um menu especial desenvolvido pelo chef mineiro Felipe Rameh, que serviu canapés, queijos, broas e cafés, oferecendo um recorte da diversidade de sabores e aromas representativos da cozinha mineira contemporânea. O voo direto entre Belo Horizonte e Santiago foi lançado nesta quinta-feira (5), em evento realizado no The Ritz-Carlton Santiago, na capital chilena. As passagens do trecho já estão, inclusive, disponíveis no site da Latam. A nova conexão foi celebrada com um menu especial desenvolvido pelo chef mineiro Felipe Rameh, que serviu canapés, queijos, broas e cafés, oferecendo um recorte da diversidade de sabores e aromas representativos da cozinha mineira contemporânea. 

A ação de iniciativa do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, foi realizada em parceria com a BH Airport, e aconteceu na sequência da inauguração do voo direto entre Belo Horizonte e Buenos Aires na segunda-feira (2/10), durante a Feira Internacional de Turismo (FIT) de Buenos Aires, na Argentina.
Com os novos voos sem escala para Buenos Aires, da Gol, e para Santiago, operado pela Latam, o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, fechará 2023 com mais oito destinos internacionais. O número é quatro vezes maior do que no início do ano, fruto da política de incentivo implementada pelo Governo de Minas e de parcerias com a BH Airport e empresas aéreas. Os demais voos inaugurados este ano foram Orlando e Fort Lauderdale (Estados Unidos) e Curaçao (Caribe), operadas pela Azul, e Bogotá (Colômbia), pela Avianca. 

O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, ressalta que a ampliação da conectividade aérea na capital é estratégica para a internacionalização do destino Minas Gerais. “Os novos voos facilitam o deslocamento dos mineiros para os destinos internacionais e, ao mesmo tempo, também possibilitam que visitantes do exterior possam vir ao nosso estado. Realizamos as ações de promoção da cozinha mineira contemporânea junto com os lançamentos dos voos justamente para mostrar um dos nossos maiores atrativos, uma vez que a experiência gastronômica está entre os principais motivadores da atividade turística em Minas Gerais”, afirma Oliveira.  

A rota BH-Santiago será operada três vezes por semana, em uma aeronave com capacidade para 198 passageiros, o que tornará possível a vinda de 27 mil viajantes por ano do Chile para Minas Gerais.

Já a rota da Gol saindo do BH Airport para Buenos Aires será sazonal, com voos até fevereiro de 2024. As vendas ainda não estão disponíveis, mas terão início ainda neste mês. A proposta da companhia aérea e do terminal é aproveitar a alta temporada de verão e  fornecer mais rapidez no deslocamento para mineiros e argentinos. 

Proximidade 

A Argentina está entre os maiores parceiros comerciais de Minas Gerais, junto com China, Estados Unidos e a União Europeia, e é o maior destino de nossas exportações no Mercosul. A ligação direta com a capital argentina pode incrementar ainda mais essa relação, tanto nos negócios quanto no turismo. 

“Voltar a ter uma ligação direta regular com Buenos Aires torna mais ágil e fácil os contatos e amplia as oportunidades de negócios para as empresas das duas localidades, além de incrementar o turismo. A nova rota reforça a posição do de Minas Gerais como um dos mais importantes hubs aéreos do país, o que também ajuda a atrair mais investimentos para o nosso Estado”, diz Ronaldo Alexandre Barquette, diretor de atração de Investimentos da Invest Minas. 

O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Fernando Passalio, reiterou a importância de Minas ter cada dia mais voos partindo para várias partes do mundo. “Criar essas conexões é incentivar o crescimento do estado, evidenciando para o mundo todo o amplo potencial mineiro, turístico e econômico. Mais destinos mostram que Minas está pronta para receber, não só o turista, mas também uma gama variada de investimentos. Isso amplia nossa economia, melhora a logística, além de criar mais oportunidades, empregos e renda”.

Crédito da foto: BH Airport/Divulgação

Escola de Tecnologia da Cena do Cefart Crédito Paulo Lacerda

O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e da Fundação Clóvis Salgado (FCS), realiza o processo seletivo de novos estudantes para os cursos regulares do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). São oferecidas 471 vagas, distribuídas por 15 cursos das Escolas de Artes Visuais, Dança, Música, Teatro e Tecnologia da Cena.

As inscrições estão abertas até 15 de outubro, através do site da FCS, onde também é possível consultar os editais completos. O cadastro é gratuito, assim como as aulas, previstas para começar em fevereiro de 2024.

O processo seletivo é composto por, no mínimo, duas etapas, com entrevistas e/ou provas práticas. As aulas das Escolas de Dança, Teatro e Tecnologia da Cena serão presenciais. Já os cursos das Escolas de Artes Visuais e Música, os Cursos Básicos de Arte-Educação, de Curadoria e Expografia e de Regência de Bandas serão ministrados online, por meio da plataforma eletrônica Cefart Virtual.

As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm como mantenedores Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal, Patrocínio da Usiminas e Copasa e Correalização da APPA – Arte e Cultura.

Coral Infantojuvenil

Além dos cursos regulares, a Escola de Música oferece vagas em seu Coral Infantojuvenil. O projeto permanente de extensão é aberto a pessoas de todas as idades, com possibilidades de aulas de manhã, à tarde ou à noite, a depender da opção.

Cefart

O Centro de Formação Artística e Tecnológica – Cefart, da Fundação Clóvis Salgado, é responsável por promover a formação em diversas linguagens no campo das artes e em tecnologias do espetáculo. Referência em formação artística, o Cefart possui amplo e inovador Programa Pedagógico para profissionalizar e inserir jovens talentos no mercado de trabalho da cultura e das artes.

Diversas gerações de artistas e técnicos foram formadas ao longo dos quase 50 anos de atividades, com forte impacto no fazer artístico de Minas Gerais.  São oferecidas, gratuitamente, oportunidades democráticas de acesso à formação cultural diversa, por meio de Cursos Técnicos, Básicos, de Extensão e Complementares, com grande repercussão social.

Fundação Clóvis Salgado

Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS. 

A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart).

A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.

Lista de Cursos por Escola

Escola de Artes Visuais

  • Curso Formação Inicial Continuada (FIC) de Assistente de Produção Cultural
  • Curso Básico de Arte-Educação
  • Curso Básico de Curadoria
  • Curso Básico de Expografia

Escola de Dança

  • Curso Básico de Dança
  • Curso Preparatório Técnico de Dança
  • Curso Técnico em Dança 

Escola de Música 

  • Curso Básico de Música
  • Curso de Musicalização para Adultos
  • Curso de Regência de Bandas
  • Coral Infantojuvenil

Escola de Teatro

 

  • Curso Técnico em Teatro

Escola de Tecnologia da Cena

  • Curso Formação Inicial Continuada (FIC) de Auxiliar de Cenotecnia
  • Curso Formação Inicial Continuada (FIC) de Figurinista
  • Curso Formação Inicial Continuada (FIC) de Iluminador Cênico
  • Curso Formação Inicial Continuada (FIC) de Sonoplasta

Serviço
Processo seletivo de novos estudantes | Cursos regulares do Cefart
Inscrições: Até 15 de outubro de 2023
Editais, erratas e formulários de inscrição: fcs.mg.gov.br/eventos/processo-seletivo-de-novos-alunos-cefart-2024
Lista dos candidatos habilitados: 18/10/2023, a partir das 18h
Recursos: 18 e 19 de outubro
Divulgação do cronograma das etapas de seleção: 24/10/2023, a partir das 18h
Resultado final: 22/12/2023, a partir das 18h (exceto Escola de Teatro) e 9/2/2024 (apenas para a Escola de Teatro)
Início das aulas: 26/2/2024
Dúvidas: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Informações: (31) 3236-7307 | www.fcs.mg.gov.br

Foto: Paulo Lacerda

Filarmônica de Minas Gerais em Araxá maestro associado José Soares Foto Flora Silberschneider

A Filarmônica de Minas Gerais, uma das mais importantes orquestras da América Latina, volta a se apresentar em Araxá nesta quinta-feira, 7 de setembro, às 19h30, no Pátio da Fundação Cultural Calmon Barreto. 

Sob a batuta do maestro José Soares, Regente Associado da Filarmônica, a orquestra leva ao público grandes clássicos do universo sinfônico brasileiro e internacional, como Carmen, de Bizet; A bela adormecida, de Tchaikovsky, Batuque, de Lorenzo Fernandez, Mourão, de Guerra-Peixe, e obras do universo popular arranjadas para orquestra, como Corta-jaca de Chiquinha Gonzaga (com orquestração de Anderson Alves), e Milagre dos Peixes, de Milton Nascimento (com orquestração de Nelson Ayres). A apresentação é gratuita. 

Com repertório diverso, de diferentes épocas e compositores, a Filarmônica fará um passeio pela história da música orquestral, apresentando “grandes clássicos que certamente todos vão reconhecer”, como comenta o maestro José Soares. 

Este projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais e CBMM, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e conta com recursos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo de Minas Gerais, Ministério da Cultura e Governo Federal. Os concertos e as ações educativas contam com o apoio da Prefeitura de Araxá e da Fundação Cultural Calmon Barreto.

Atividades educativas
Nos dias 5 e 6/9, músicos e musicistas da Filarmônica de Minas Gerais promovem intercâmbio cultural com músicos da cidade, na E.E. Professor Luiz Antônio Corrêa Oliveira. 

As inscrições estão abertas até o dia 4/9 (informações no serviço abaixo). A atividade é dividida em módulos e inclui ações de formação, motivação, divulgação e gestão. 

No dia 6/9, às 15h, no Centro Cultural Uniaraxá, a Orquestra faz um concerto didático gratuito para alunos da rede pública, com idades entre 6 e 14 anos, previamente selecionados pela Secretaria Municipal de Educação. 

Sob regência de José Soares, maestro associado da Filarmônica de Minas, o programa terá como tema “O mundo mágico da orquestra”, com obras que o público bem conhece, como O Quebra-nozes e A bela adormecida, ambas de Tchaikovsky; Harry Potter: Tema de Edwiges, de John Williams, e Peer Gynt, de Grieg. 

Serviço
Filarmônica de Minas Gerais - Turnê estadual – Araxá
Data: 7/9 (quinta-feira)
Horário: 19h30
Local: Pátio da Fundação Cultural Calmon Barreto – Praça Arthur Bernardes, 10 - Centro, Araxá
Entrada livre

Ações Educativas
Data: 5/9 e 6/9 (terça e quarta)
Horário: das 19h às 22h
Local: E.E. Professor Luiz Antônio Corrêa Oliveira – Rua Santo Antônio, 150 - Santo Antônio, Araxá
Inscrições (até 4/9): http://fil.mg/inscricoesintercambio ou pelo telefone (31) 3219-9000
Público-alvo: instrumentistas acima de 16 anos

Foto: Flora Silberschneider

BACURAU 1

A partir desta quinta-feira (5/10) até o dia 11/10, o Cine Humberto Mauro, do Palácio das Artes, exibirá a mostra itinerante “A Cinemateca é Brasileira”, reunindo doze clássicos do cinema nacional. A estreia será às 17h, com o filme “Jeca Tatu”, de Milton Amaral. A sessão, que integra o projeto “História Permanente do Cinema”, será comentada pelo cineasta, professor e produtor cultural Sávio Leite.

Serão exibidos também filmes como “Central do Brasil”, “Cidade de Deus”, “O Cangaceiro”, “O Pagador de Promessas” e “Bacurau”. Além dos nacionais, como parte do programa “Cinema e Psicanálise”, a mostra vai passar o norte-americano “Os Excêntricos Tenenbaums”, nesta sexta-feira (6/10), 19h30. Haverá ainda uma exposição artística instalada no saguão próximo à entrada do cinema. Toda a programação será gratuita.

De acordo com Vitor Miranda, gerente do Cine Humberto Mauro, as parcerias com a Cinemateca Brasileira são bem-vindas, pois as duas instituições compartilham da missão de preservar, fomentar e divulgar a nossa Cultura. “Nesta mostra reunimos uma seleção de filmes obrigatórios para qualquer pessoa que queira conhecer o cinema nacional”, declarou.

"Além do trabalho de preservação, uma das nossas principais funções é a difusão do audiovisual brasileiro. Então, é muito significativo para nós reforçar laços com uma instituição cultural como o Palácio das Artes, com uma seleção de filmes nacionais tão relevantes", explicou a diretora geral da Cinemateca Brasileira, Maria Dora Mourão. "Também vamos inaugurar no Palácio das Artes uma exposição sobre a história da Cinemateca, e consequentemente do cinema no Brasil, que depois poderá ser vista em outras cidades do país”, concluiu. 

“A Cinemateca é Brasileira” é projeto itinerante que reúne títulos perpassando diferentes momentos históricos, propostas estéticas e abordagens temáticas, demonstrando a riqueza do cinema brasileiro ao longo dos seus mais de 120 anos de história. A iniciativa foi idealizada pela Cinemateca Brasileira em 2022, um ano após o incêndio que atingiu um dos galpões do prédio, localizado em São Paulo, onde eram guardados um amplo acervo de roteiros, cópias de filmes e equipamentos antigos.

Fundação Clóvis Salgado

Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS. 

A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.

Programação

5/10 – Quinta
17h HISTÓRIA PERMANENTE DO CINEMA | Jeca Tatu (Milton Amaral, Brasil, 1959) | Livre | 1h30 | Sessão comentada por Sávio Leite  
20h Limite (Mário Peixoto, Brasil, 1931) | 12 anos | 1h55

6/10 – Sexta
17h O Cangaceiro (Lima Barreto, Brasil, 1953) | 14 anos | 1h35
19h30 CINEMA E PSICANÁLISE | Os Excêntricos Tenenbaums (The Royal Tenenbaums, Wes Anderson, EUA, 2001) | 14 anos | 1h50 | Sessão comentada por Juliana Motta – Psicanalista,  membro da Escola Brasileira de Psicanálise e da Associação Mundial de Psicanálise

7/10 – Sábado
16h O Pagador de Promessas (Anselmo Duarte, Brasil, 1962) | 12 anos | 1h38
18h Macunaíma (Joaquim Pedro de Andrade, Brasil, 1969) | 14 anos | 1h50
20h15 À Meia-Noite Levarei Sua Alma (José Mojica Marins, Brasil, 1964) | 16 anos | 1h25

8/10 – Domingo
18h O Bandido da Luz Vermelha (Rogério Sganzerla, Brasil, 1968) 14 anos | 1h33
20h Ilha das Flores (Jorge Furtado, Brasil, 1989) | Cinco Vezes Favela (Miguel Borges, Joaquim Pedro de Andrade, Carlos Diegues, Marcos Farias, Leon Hirszman, Brasil, 1962) | 14 anos | 1h45

9/10 – Segunda
19h Cidade de Deus (Fernando Meirelles, Kátia Lund, Brasil-França-Alemanha, 2002) | 16 anos | 2h10

10/10 – Terça
17h A Hora da Estrela (Suzana Amaral, Brasil, 1985) | 14 anos | 1h36
19h Central do Brasil (Walter Salles, Brasil-França, 1998) | 12 anos | 1h54

11/10 – Quarta
15h Bacurau (Juliano Dornelles, Kleber Mendonça Filho, Brasil-França, 2019) | 16 anos | 2h11

Serviço
Data: 5 a 11 de outubro
Local: Cine Humberto Mauro - Av. Afonso Pena, 1537 - Centro, Belo Horizonte
Informações para o público: (31) 3236-7400 | www.fcs.mg.gov.br
Entrada gratuita (sujeita à lotação do espaço)

Foto: Reprodução/Bacurau

RegistroDoc3

Nesta sexta-feira (8/9), a partir das 16h, o Cine Humberto Mauro exibe os quatro episódios da série “Registro.Doc”, criada pelo coletivo audiovisual Trupe. Com a proposta de registrar, resgatar, preservar e democratizar a História, a série é focada na produção cultural, social e científica compreendida no período da independência e pós independência do Brasil, em 1822. Em face das comemorações do bicentenário da independência, em 2022, “Registro.Doc” busca quebrar paradigmas acerca da linearidade dos acontecimentos e conjunto social do período, bem como sua movimentação em torno desse novo tempo para o Brasil.

Dividida em quatro episódios, a série mescla elementos do talk show com a linguagem documental para apresentar os desdobramentos em dramaturgia, imprensa, ciência, literatura e artes visuais do século XIX, colocando-se assim como mecanismo de divulgação e preservação da nossa história. As expressões artísticas se tornam o elo entre presente e passado, proporcionando ao espectador uma viagem pela temporalidade oitocentista dotada de conhecimentos e descobertas.

O apresentador Thiago Welter revisita períodos, acontecimentos, interpretações, espaços e culturas que fazem parte da história do Brasil. A partir de visitas e encontros e amparado em pesquisas, produções e publicações acadêmicas, o programa propõe novos olhares acerca do que até então conhecíamos com diálogos dotados de conhecimento com estudiosos referências das temáticas compartilhadas.

Após a exibição dos episódios, haverá uma conversa do apresentador com os convidados sobre os desdobramentos das independências até os dias atuais. Cada episódio tem 26 minutos de duração.

Serviço
Lançamento primeira temporada “Registro.Doc”
Data: 8/9/2023
Horário: 16h
Local: Cine Humberto Mauro - Palácio das Artes
Endereço: Av. Afonso Pena, 1537, Centro – Belo Horizonte
Informações: (31) 3236-7400

Entrada gratuita mediante retirada de ingressos na bilheteria do cinema

Festa da Primavera de Santo Antônio do Leite Faop Tico Soador

Uma celebração em torno da arte, da cultura e pela preservação do meio ambiente. Esse é o mote da Festa da Primavera, que acontece de 13 a 15 de outubro, no distrito de Santo Antônio do Leite, em Ouro Preto. Mais uma vez, o encontro será na Praça do Cruzeiro, no bairro Chapada, berço do evento. A iniciativa é realizada pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e da Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop), de forma colaborativa com a Secretaria Municipal de Cultura, comunidade, empresários e outros órgãos locais.

A programação é toda gratuita e inclui shows musicais, apresentações cênicas, atividades infantis, troca e distribuição de mudas, entre outras atividades que promovem o bem-estar para pessoas de todas as idades. Além disso, haverá barraquinhas com várias delícias afetivas da cozinha mineira local.

Sobre a festa

A Festa da Primavera de Santo Antônio do Leite teve início no final da década de 1980. Ela foi idealizada por um grupo de moradores artesãos do distrito, com o intuito de celebrar a chegada da estação e reflorestar o bairro Chapada, antigo local de pastos e fazendas do lugar. Com a campanha original “Adote uma árvore”, a festa deixou o legado de um bairro arborizado e fresco, com uma charmosa praça com a antiga capela de Nossa Senhora da Piedade, onde o evento foi realizado na maioria de suas edições.

Desde o seu surgimento, o projeto tem como principais objetivos desenvolver a cultura local, possibilitar o acesso da comunidade a diferentes áreas artísticas culturais e propor ações de conscientização, preservação e recuperação ambiental.

Ao longo dos anos, realizou ações de reflorestamento das nascentes e áreas urbanizadas do distrito; promoveu a instalação de lixeiras personalizadas nas ruas; deu início a projetos de preservação de córregos locais, em conjunto com coletivos, em parceria com o projeto Manuelzão; além da realização de palestras e oficinas de conscientização e capacitação ambiental.

Em sua programação cultural, contou com grandes nomes do circo e do teatro, tais como o Grupo Galpão, Trampulim, Giramundo e Berimbrown. E bandas e artistas musicais, atualmente reconhecidos, como o Frito na Hora, Tambor Mineiro, Projeto Saravá, Sérgio Pererê, bloco Pena de Pavão de Krishna, dentre outros.

Em suas últimas edições, trouxe artistas da região de Ouro Preto e de outras partes do estado, incentivando e valorizando a arte local e mineira e dando espaço para novos artistas. Em 2022, o grupo Pássaro Vivo de Patos de Minas foi sua atração principal e trouxe públicos de Belo Horizonte, Ouro Preto e turistas de outros estados e países. Estima-se um público de 3 mil pessoas em três dias de festa, realizada em outubro de 2022.

Santo Antônio do Leite

Essa pequena localidade é carinhosamente chamada de “Leite” por seus habitantes e visitantes mais assíduos. Santo Antônio do Leite é um distrito de Ouro Preto (MG), que fica a 83 quilômetros de Belo Horizonte.

O distrito surgiu no início do século XVIII, com fazendas de produção leiteira e agricultura, e já foi um dos maiores produtores de bananas do Brasil. No final do século XX, após se tornar um distrito autônomo, artesãos, turistas e estrangeiros habitaram o distrito.

Atualmente é conhecido pelo seu artesanato em prata, pedra, cerâmica e outros. Também possui diversidade de produtos artesanais, como queijo, mel, café, cachaça, doces, geleias, compotas e cervejas artesanais.

Para o turista, o distrito oferece história, atrativos naturais como mirantes, cachoeiras, rios e lagoas, e uma ampla estrutura de hotéis, pousadas e casas de temporada que convidam ao relaxamento e ao lazer.

Serviço
Festa da Primavera de Santo Antônio do Leite
Data: 13, 14 e 15 de outubro
Horário: Sexta-feira (13/10), das 18h às 00h | Sábado e domingo (14/10 e 15/10), das 12h às 00h
Local: Praça do Cruzeiro – Chapada, Santo Antônio do LeiteL
Como chegar: Acesso pela BR 356, de Belo Horizonte (83km), Ouro Preto (30km), BR 040 (50 km).

Foto: Tico Soador

Simpósio Conversas de Cozinha Caipiblue Foto Leo Bicalho

Belo Horizonte terá um curso de pós-graduação em Cozinha Mineira Contemporânea, a partir de 2024. O anúncio foi realizado durante o simpósio Conversas de Cozinha, que integrou o a programação do Festival Internacional de Cozinha Mineira Contemporânea – Caipiblue, uma iniciativa do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e da Fundação Clóvis Salgado.

Quem realizará a formação será a Faculdade Arnaldo, que deverá oferecê-la em formato híbrido, modular e continuado. O curso tem como objetivo de atualizar e aguçar o olhar para a gastronomia mineira para além dos clássicos, reunindo elementos da contemporaneidade e inovação relacionando-os à crescente atividade turística no estado.

“A cozinha mineira traz afeto em sua essência. O grande desafio hoje é manter essa história e tradição, trazendo para essa cozinha as técnicas do mundo contemporâneo. O objetivo dessa pós-graduação é preservar a essência, os valores e os afetos, trazendo modernidade e técnicas atuais”, reforçou o diretor executivo da Faculdade Arnaldo, João Guilherme Porto.

O lançamento aconteceu no sábado (2), durante a abertura do simpósio que teve a nova cozinha mineira em sua centralidade. Aberto ao público e com entrada franca, o evento contou com a participação de especialistas, chefs, estudantes e entusiastas da cozinha mineira.  “O simpósio é uma oportunidade para que todos possam conhecer mais sobre o patrimônio cultural de Minas Gerais que é a nossa cozinha mineira clássica e também a cozinha contemporânea, que estamos denominando de a nova cozinha mineira. A nova e criativa cozinha mineira mantém o legado de tradição e se desdobra em novos saberes e sabores com gosto de futuro”, ressaltou o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira.

Ao longo de dois dias, cinco mesas redondas promoveram discussões e reflexões acerca do movimento local que se ancora na tradição, nos saberes e nos ingredientes da terra, em diálogo com a gastronomia francesa. Tal combinação reflete numa cozinha original e contemporânea, reconhecida pela identidade mineira e motivada pela busca da inovação, corrente que vem ganhando força em todo o país. 

Primeiro dia do simpósio

Com a mediação do historiador e curador Roger Vieira, o primeiro encontro aconteceu na tarde de sexta-feira, 1º de setembro. Com o tema “Patrimonialização da Cozinha Mineira”, os docentes José Newton Coelho Meneses (UFMG) e Maria Coeli Simões Pires (UFMG), a diretora de Proteção e Memória do Iepha-MG, Débora Raiza Carolina Rocha Silva, e a pesquisadora Luciana Amaral Praxedes do Instituto Periférico, conversaram sobre os aspectos técnicos de salvaguarda dos modos e saberes que culminaram no título de patrimônio cultural imaterial do estado conferido à cozinha mineira, em julho deste ano pelo Iepha-MG, assim como na candidatura dos Modos de Fazer O Queijo Minas Artesanal a patrimônio da humanidade pela Unesco.

“O processo didático de explicar os modos de fazer é o que de fato importa na perspectiva dos órgãos de patrimônio.  Se não houver a materialidade, os modos de fazer não são repassados. Esse é o entendimento da dinâmica do patrimônio imaterial. Entendermos a organização da legislação, é entender a compreensão da humanidade sobre patrimônio”, pontuou Roger Vieira.

A “Cozinha Mineira Contemporânea: Atualizando as origens” foi o segundo encontro do primeiro dia. Na ocasião, os chefs Felipe Rameh de Paula - que assina a curadoria da parte gastronômica do festival -, Caio Soter e Tainá Moura promoveram um bate-papo descontraído sobre os desafios futuros de uma cozinha celebrada e potente em sua tradição. Origens, sociedade, ecologia, gestão humanizada, agricultura familiar e intercâmbio com Curaçao foram temas abordados. A conversa teve mediação de Roger Vieira.

“O Festival traz a beleza do intercâmbio de culturas. A importância de entender a tradição para falar de futuro. Tivemos a oportunidade de trazer a Taina, uma mulher preta que lidera cinco restaurantes em Belo Horizonte e ocupa um lugar de protagonismo em uma cozinha em que muitas vezes se fala menos do que deveríamos abordar: o legado da cozinha africana. Essa discussão precisa passar sempre para além das nossas montanhas”, enfatizou o chef Felipe Rameh.

Encerrando a programação do primeiro dia do Simpósio, o encontro “Cozinha Mineira: do Clássico ao Contemporâneo”, reuniu os docentes Carolina Figueira da Costa (Senac), Sinval Espírito Santo (UNA-Liberdade), Larissa Fernandes (Estácio de Sá), Eduardo Roberto Batista (Faculdade Arnaldo) e Jackson Cruz Cabral (Promove). Com mediação de Edson Puiati, diretor de Hospitalidade e Gastronomia do Senac, o encontro teve como um de seus pontos altos o debate de gênero e as relações com o universo gastronômico, finalizando o primeiro dia do simpósio.  

Segundo dia do simpósio

Na manhã de sábado, 2 de setembro, parte da pauta foi direcionada para as ações de fomento da cadeia produtiva e da cultura alimentar mineira no país e no exterior, assim como a relação entre territórios, produtores e produtos como indutores de desenvolvimento econômico e geração de emprego e renda, além do exemplo de BH Cidade Criativa da Unesco. A mesa “Perspectivas para Promoção e Fomento da Cozinha Mineira Clássica e Contemporânea” contou com a presença da gerente Unidade Indústria, Comércio e Serviços do Sebrae-MG, Márcia Valéria Cota Machado; o presidente da Abrasel, Rummenigge Zanola; o presidente da Belotur, Gilberto Castro; e a Diretora do Centro de Referência do Queijo Artesanal e Instituto de Hospitalidade e Artes Culinárias, Sarah Rocha.

Concluindo a programação do segundo e último dia do simpósio, “Conversas sobre Turismo de Experiência da Cozinha Mineira Contemporânea” debateu, entre outros assuntos, a importância das pessoas que integram e movem a economia da criatividade e sua correlação com a promoção dos destinos turísticos, a exemplo da experiência de Curaçao, país convidado nessa primeira edição do Festival.

Participaram da mesa redonda a diretora de Relações Exteriores do Ministério do Desenvolvimento Econômico, Vanessa Toré; o diretor-adjunto do escritório de Turismo de Curaçao, Hugo Clarinda; o gerente regional para a América Latina do Escritório de Turismo de Curaçao, Andre Rojer; e a representante do governo de Curaçao, Janaina de Araújo. O encontro teve mediação da secretária Milena Pedrosa.

 “O crescimento do turismo em Curaçao e o impulsionamento das políticas públicas para o setor são exemplos para nós. Já estamos trabalhando para aprimorar e implementar novas ações em Minas Gerais a partir da experiência obtida nesse intercâmbio”, finalizou a secretária de Estado Adjunta de Cultura e Turismo, Milena Pedrosa.

Ao final do encontro, a Secult homenageou as Mestras de Igarapé, cujos saberes são patrimônio imaterial do município localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Também foram reconhecidos pelo apoio à gastronomia e à nova cozinha mineira, o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Oswaldo Miranda Júnior; Bruno Bethonico, da Frente da Gastronomia Mineira; o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas e do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo Souza e Silva; o prefeito de Tiradentes, Nilzio Barbosa; o secretário de Turismo de Tiradentes, Guilherme Carvalho; e o prefeito de Igarapé, Arnaldo Chaves.

Foto: Leo Bicalho

feliperameh

O chef mineiro Felipe Rameh preparou menu especial para compartilhar com o público da Argentina e do Chile

 

De Minas para o Mundo: a Cozinha Mineira Contemporânea é protagonista de uma ação, comandada pelo chef Felipe Rameh, com o objetivo de promover o destino Minas Gerais na Argentina e no Chile. A iniciativa é do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, em parceria com a Embratur e a BH Airport.

A primeira parte dessa missão aconteceu durante a Feira Internacional de Turismo (FIT) de Buenos Aires nessa segunda-feira (2/10), dentro do estande da Embratur. Na ocasião, foi celebrado o lançamento oficial do voo direto da Gol de Belo Horizonte à capital argentina. Rameh realizou um cooking show com canapés de ovinho de codorna e queijo Minas; de melancia, queijo de cabra, broto de coentro e pimenta; de suflado de tapioca, creme azedo, peixe defumado e dill; e a famosa goiabada frita do restaurante Tragaluz, de Tiradentes.

Nesta quarta-feira (4), será a vez dos chilenos provarem essas delícias, em evento que celebrará a inauguração do voo BH-Santiago, a ser operado pela Latam, a partir de 1º de novembro. “Estou muito feliz de participar de mais uma iniciativa de promoção da cozinha mineira, da cultura de Minas Gerais e da nossa biodiversidade. Temos ingredientes incríveis e receitas que emocionam pela maneira de fazer. Há muita profundidade, muita história. No próximo ano, teremos uma série de ações nas feiras turísticas para levar a cozinha, os produtos e os produtores mineiros Brasil afora”, declarou Rameh.

Em seus 20 anos de carreira, o chef mineiro já passou por cozinhas como a do D.O.M, de Alex Atala, Mugaritz (Espanha), Le Chalet de La Forêt (Bélgica) e Canteen (Londres), e, recentemente, assinou a curadoria da primeira edição do Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea – Caipiblue, realizado no início de setembro no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte.

Na capital chilena, a ação de promoção de Minas Gerais será realizada no hotel The Ritz-Carlton Santiago, onde Rameh vai preparar quase o mesmo cardápio, mas com um toque especial “Em Santiago também farei uma broa, café coado e doce de leite”, antecipou.

Presente na FIT, o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, destacou atrativos mineiros, especialmente a cozinha, cuja versão clássica foi declarada patrimônio cultural imaterial do estado em julho. “Minas Gerais venceu a 2ª Edição do Prêmio Excelência Turística Destino Digital neste ano, na categoria gastronomia. E isso se alia à centralidade da cozinha mineira nas nossas famílias, nas nossas casas e nas nossas cidades, seja a cozinha mineira clássica ou a contemporânea, que é marcada pela inventividade. Além disso, o nosso estado abrange três diferentes biomas, encanta os visitantes com as cachoeiras, parques e rios. E cerca de 62% do patrimônio histórico do Brasil também está em Minas Gerais”, sublinhou Oliveira.

Foto: BH Airport/Divulgação

 

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Homenagem marcou o encerramento do simpósio Conversas de Cozinha

 

Celebrar a nova cozinha mineira é também reconhecer a história, os saberes e os ingredientes tradicionais da terra de Minas Gerais que forjaram a cozinha mineira clássica. Foi com esse pensamento que as Mestras da Culinária de Igarapé foram homenageadas, no sábado (2/9), no I Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea, realizado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult/MG) e da Fundação Clóvis Salgado (FCS).

No encerramento do simpósio Conversas de Cozinha, a secretária de Estado Adjunta de Estado de Cultura e Turismo, Milena Pedrosa, entregou as honrarias às mestras. Elas criaram a Associação das Mestras da Culinária de Igarapé (ASMECI), em 2012, e fundaram o Festival Igarapé Sabor, que chegou à sua 5ª edição neste ano. A secretária-adjunta ressaltou a importância do trabalho realizado por essas mulheres que são detentoras de saberes e fomentam a cozinha mineira.

“São mãos lindas que produzem um legado incrível, e trazem essa cozinha mineira clássica para um novo conceito contemporâneo. Minas Gerais já faz essa fusão com muita criatividade e hoje estamos celebrando e agradecendo a essas mestras maravilhosas”, reverenciou Milena Pedrosa.

Vice-presidente da ASMECI, Ubalda Alves de Oliveira se disse muito feliz com o reconhecimento. “Receber esta homenagem hoje é muito gratificante. É aí que a gente vê o valor que tem a nossa gastronomia mineira. Este evento aqui é maravilhoso”, contou a mestra, que começou a cozinhar vendo a mãe. “Minha mãe saía para levar comida para o meu pai na roça e eu ficava lá, montava o fogareirozinho no chão, colocava a panelinha ali e fazia um guisadinho. Assim fui tomando gosto pela gastronomia”, lembrou.

A trajetória é parecida com a de Maria Nunes da Silva, a veterana do grupo, nascida e criada em Igarapé. “Cozinho desde os 7 anos de idade. Sempre fui pequena, então meu pai fez um caixotinho para eu alcançar o fogão. Eu amo cozinhar, cozinho por amor”, contou Maria, para quem a arte da gastronomia é uma das mais importantes que existe. “Cozinhar é uma arte, e é uma arte maravilhosa. Pegar a matéria-prima e transformar em coisas saudáveis e gostosas”, relatou Maria.

Igarapé e o legado da Cozinha Mineira

A vocação de Igarapé para a cozinha mineira vem de longe. O município criou seu primeiro festival gastronômico em 2005, o Igarapé Bem Temperado, que coexiste com o Festival Igarapé Sabor. Ambos são realizados anualmente, durante quatro dias – um em maio, o outro em julho –, e recebem investimentos via Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

O sucesso dos festivais é internacional. Em 2019, o Igarapé Sabor recebeu menção honrosa da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Alimentação e a Agricultura (FAO) no “Concurso Saberes e Sabores: as Mulheres Rurais no resgate da alimentação tradicional saudável e na proteção à biodiversidade”.

Maria Nunes da Silva e Ubalda Alves de Oliveira participam desde o primeiro festival, em 2005. Além disso, as mestras compartilham o fato de serem doceiras. “Trabalho com os doces há uns 20 anos. Comecei de brincadeira, só para a gente comer em casa, mas aí foram gostando, pedindo mais. Hoje, graças a Deus, é o meu sustento. Faço vários doces de compota, licor de canela. E faço o melhor pão de mel do Brasil, na minha opinião. Eu amo”, brincou Ubalda.

A mestra Elizabeth das Dores Pinto chegou ao festival um pouco depois, em 2008. Nascida em Belo Horizonte, ela foi morar em São Joaquim de Bicas, perto de Igarapé, pouco antes de se aposentar. Plantou árvores frutíferas de todos os tipos em seu quintal e, quando as frutas apareceram, a dúvida sobre a destinação foi o empurrão que precisava para entrar no evento culinário da cidade.

“Quando aposentei, em 2006, pensei ‘O que eu vou fazer com essas frutas?’ Aí eu tive a iluminação de Deus de fazer licores, doces e geleias. Hoje, eu tenho mais de 40 sabores de licores”, contou Elizabeth, que lança um novo sabor de licor a cada festival e é conhecida como Beth dos Licores.

“As mestras da culinária de Igarapé são importantes por preservarem a tradição da comida mineira no uso de ingredientes cultivados nos quintais de casa, e também por serem guardiãs do saber culinário que foi aprendido com suas mães e avós. Esse costume estimula as famílias a preservarem a memória gastronômica que faz parte do patrimônio imaterial da cultura igarapeense”, explicou Vivian Rocha, assessora da Secretaria de Cultura e Turismo de Igarapé.

Tradição que gera o novo

Para Maria da Silva, uma das grandes alegrias da homenagem recebida pelo Governo de Minas Gerais é ver reconhecida a tarefa de transmitir o legado da cultura alimentar, das festas, dos doces e das comidas mineiras para as gerações atuais e futuras.

“Estamos aqui celebrando a cozinha contemporânea, e é importante lembrar que ela vem lá da raiz. Os chefs de cozinha mesmo dizem que, sem os pratos rústicos, eles não teriam essa base para inovar, fazer os pratos melhores, com essa pegada moderna. Então essa cultura alimentar do passado é a base”, declarou Maria, para quem a bandeira da alimentação saudável tem papel de destaque na cozinha.

“Nós produzimos as nossas verduras, os nossos legumes, sem agrotóxico, tudo com adubo orgânico. A gente trabalha muito defendendo a saúde neste sentido. Eu aprendi a aproveitar as folhas, transformar em farinhas para combater anemia, faço geleias para combater anemia. Esses conhecimentos são fundamentais”, defendeu.

Fazendo coro com a colega de associação, Elizabeth das Dores Pinto enalteceu essa busca em conciliar o novo e o tradicional. “Eu estou muito emocionada com essa homenagem, estou para explodir de tanta felicidade. E ela casa muito bem com o nosso trabalho de reconhecer a origem e o contemporâneo”, finalizou.

Homenageados

Além das Mestras da Culinária de Igarapé, foram homenageados pelo apoio à gastronomia e à nova cozinha mineira, o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Oswaldo Miranda Júnior; Bruno Bethonico, da Frente da Gastronomia Mineira; o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas e do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo Souza e Silva; o prefeito de Tiradentes, Nilzio Barbosa; o secretário de Turismo de Tiradentes, Guilherme Carvalho; e o prefeito de Igarapé, Arnaldo Chaves.

Belezas naturais únicas e uma política pública focada no desenvolvimento sustentável fazem do estado um verdadeiro paraíso para o turismo de natureza

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Viajar em busca de experiências autênticas, com conexão com a natureza e de forma sustentável é a grande tendência do turismo mundial. É o chamado turismo verde, que tem aqui no Brasil um terreno fértil para crescer ainda mais: o estado de Minas Gerais.

Com parques naturais, trilhas, lagos, cachoeiras, grutas, cavernas, estâncias hidrominerais, esse cenário perfeito que já é sinônimo de viagens na natureza vem sendo turbinado com políticas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável e a conservação ambiental.

Para Leônidas Oliveira, secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, proteger o meio ambiente e o patrimônio histórico para que as pessoas (do estado e de fora) vivam em harmonia é uma característica de Minas Gerais. Nesse contexto, a política pública Plano Turismo Verde está sendo implementada com o objetivo de fornecer subsídios para que o cuidado com a natureza seja a grande tônica.

Oliveira lembra que o estado tem a única cordilheira do Brasil, que é a do Espinhaço, reconhecida pela Unesco como Reserva da Biosfera, com seus quase 1.500 quilômetros de montanhas que seguem ao norte, atravessando também a Bahia. "São montanhas muito vigorosas, com milhares de cachoeiras e paisagens inesquecíveis que percorrem vários biomas, como a Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga, criando um ambiente propício para o ecoturismo e turismo de aventura e também para o turismo verde."

Onde a natureza é incomparável

A natureza foi realmente generosa com Minas Gerais, o que faz dela um verdadeiro paraíso para os ecoturistas. Tudo isso tendo como diferencial a cultura, a hospitalidade e a cozinha mineira, que garante um tempero a mais para essas vivências.

De norte a sul do estado não faltam formações rochosas únicas, montanhas a perder de vista, cavernas e muita água, o que dá origem a estâncias hidrominerais, rios caudalosos ou a cachoeiras que despencam de alturas inacreditáveis. Nada mais natural, portanto, que o estado tenha 8 Parques Nacionais, 19 parques estaduais e 4 monumentos naturais abertos à visitação.

SERRA DO CIPÓ Foto Diego Sanches apenas Setur

 

A apenas 100 km de Belo Horizonte, o Parque Nacional da Serra do Cipó</a> é um dos mais visitados. Apelidado de "Jardim do Brasil" pelo paisagista Burle Marx por conta da diversidade da flora e fauna, o parque guarda alguns recordes. É lá que está a Cachoeira do Tabuleiro, com 273 metros de altura, a mais alta de Minas e a terceira mais alta do Brasil. Para chegar ao seu poço, basta encarar um trekking de 3,6 quilômetros. A Serra do Cipó é também um paraíso para escalada e ciclismo.

Para os mais radicais, há aventuras como a Travessia Serra do Cipó – Alto Palácio X Serra dos Alves, que dura três dias e atravessa regiões remotas desse parque que faz parte da Cordilheira do Espinhaço.

Já na região sul do estado, nos arredores da pequena Carrancas está uma das maiores concentrações de quedas d’água do estado. Não à toa, a cidade de 4.000 habitantes é conhecida como a terra das cachoeiras. De tão numerosas, elas são apresentadas em conjuntos de quedas d’águas e poços conhecidos como complexos, acessíveis por trilhas, de carro ou até mesmo caminhando a partir do centro da cidade. Os mais famosos são os complexos da Zilda, da Fumaça, da Toca, da Ponte, das Onças, da Vargem Grande, do Tira Prosa, do Grão Mogol e da Serra do Moleque.

Ainda no quesito água, o Lago de Furnas, conhecido como o "Mar de Minas", uma das principais atrações de Capitólio, é outro lugar que impressiona pelo volume de suas águas e seus 1.440 km² de extensão. Um passeio pelo Lago de Furnas, com banhos em diversas cachoeiras e o visual do alto do Mirante dos Cânions, já valeria e muito a visita, mas há ainda o Parque Nacional da Serra da Canastra todinho ali ao lado para ser explorado, com direito a visita às propriedades rurais que produzem os queijos artesanais mais famosos do Brasil.

Outro Parque Nacional incrível e ainda pouco visitado para seu potencial é o Cavernas do Peruaçu, no norte do estado. Com grutas e cavernas de tirar o fôlego, o parque abriga a maior estalactite do mundo, conhecida como a Perna da Bailarina, além de pinturas rupestres datadas do período pré-histórico.

Minas tem também a maior concentração de águas carbogasosas do planeta. São 12 fontes com propriedades químicas variadas que brotam no Parque das Águas, em Caxambu. A cidade faz parte do chamado Circuito das Águas, um conjunto de 14 municípios reconhecidos internacionalmente por suas fontes medicinais, incluindo São Lourenço e Lambari. Outras estâncias hidrominerais famosas no estado são Poços de Caldas e Araxá.

Os parques estaduais, um grande destaque é o de Ibitipoca, nos municípios de Lima Duarte e Santa Rita do Ibitipoca, que ganhou fama internacional depois de Gisele Bündchen ter se apaixonado pela região.

Um destino sustentável de referência

Segundo uma pesquisa recente da Booking.com, 74% dos viajantes acreditam que as pessoas devam escolher viagens mais sustentáveis para preservar o planeta para as gerações futuras. Nessa linha, Minas Gerais está comprometida em posicionar-se como um destino de turismo sustentável de referência, reafirmando a determinação em equilibrar o crescimento econômico com a proteção do meio ambiente, garantindo que as gerações futuras possam desfrutar das maravilhas naturais que o estado tem a oferecer.

Nesse contexto, o Plano Turismo Verde: Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável, sob a liderança da Secretaria de Cultura e Turismo, está sendo elaborado como um documento orientador que possibilitará criar empregos e renda de forma sustentável, planejando políticas públicas de maneira ordenada e em bases sustentáveis em curto, médio e longo prazos. A ideia é atender a sociedade e os visitantes do território.

O Plano Turismo Verde está sendo construído de forma participativa, junto com as Instâncias de Governança Regionais, os municípios, a sociedade e toda a cadeia produtiva do turismo mineiro. Neste momento, estamos na etapa de diagnóstico, analisando cuidadosamente todos os territórios, a partir de oficinas regionais presenciais com escuta ativa de todos os participantes", diz Leônidas Oliveira.

O Turismo Verde não é apenas uma oportunidade de descobrir a beleza natural de Minas Gerais, mas sobretudo de contribuir para sua conservação. Isso se dá através de diversas práticas sustentáveis de gestão, como a promoção do turismo responsável, gestão de resíduos e engajamento das comunidades locais.

Complexo da Toca

Do Plano à prática

De norte a sul do Estado, exemplos de Turismo Verde já têm sido colocados em prática por meio de ações regionais, mesmo antes desse documento orientador sair do papel. A própria criação do destino "Cordilheira do Espinhaço", por exemplo, faz parte dessas iniciativas, sendo, nesse caso específico, um projeto promovido pelo Sebrae Minas e pelo Governo do Estado, por meio da Secult. Entre as ações desenvolvidas estão o mapeamento e a oferta de novos produtos e serviços turísticos voltados para o ecoturismo, turismo de aventura, cicloturismo, observação de aves, turismo cultural, turismo náutico e turismo de base comunitária com o objetivo de potencializar ainda mais os atrativos locais

"Além disso, o projeto também se atenta às questões relacionadas à sustentabilidade ambiental, econômica e social. Isso inclui a preservação dos recursos naturais do destino, o fortalecimento da governança local, a capacitação gerencial e o estímulo à criação de novos negócios ligados à cadeia produtiva associada ao turismo, contribuindo para o aumento do fluxo turístico na região e a geração de emprego e renda para as comunidades locais", diz Marcelo de Souza e Silva, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas.

Uma outra iniciativa de Turismo Verde bem ousada está acontecendo em Caxambu. O município do Circuito das Águas está iniciando o processo de criação de um Geoparque Mundial Unesco, que será o primeiro geoparque líquido do mundo, uma vez que no Brasil água mineral é considerada como minério pelos registros de lavra do DNPM – Departamento Nacional de Produção Mineral. "A ideia é transformar o Parque de Caxambu, que é a maior diversidade em águas minerais carbogasosas do planeta, em Geoparque Unesco, como forma de construir valor ao território e incentivar as boas práticas ambientais", diz Filipe Condé, secretário de Turismo e Cultura do Município de Caxambu e vice-presidente do Conselho Estadual de Turismo do Estado de Minas Gerais.

Além dessa novidade, Condé enumera outros vários exemplos de ações estratégicas já implementadas em Caxambu, como a criação de unidades de conservação municipais como a APA das Águas Minerais e o monumento natural municipal do Morro do Caxambu, ao sopé do Parque das Águas. A cidade também realizou um processo que é pioneiro no Brasil.

PARQUE ROLA MOÇA 4 Credito Evandro Rodneyapenas Setur

Em 2018, propôs o Registro de Bem Imaterial do Uso e Costumes de Coletar Águas Minerais no Parque das Águas de Caxambu como uma salvaguarda cultural e garantia de acesso às fontes devido a seu uso cultural. A iniciativa, que se seguiu também na vizinha Cambuquira, foi reconhecida pelo estado de Minas Gerais.

"É uma forma de usar a cultura como elemento de proteção e salvaguarda das águas minerais adequando essas ações de turismo verde e sustentável", resume Condé.

A região de Ibitipoca também viu nascer recentemente algumas unidades de conservação. Foi o caso do Parque Estadual Serra Negra da Mantiqueira, de 2018, criado pelo IEF (Instituto de Florestas) com o apoio da Instância de Governança Regional local.

"Nós fomentamos o projeto, pesquisamos e articulamos junto a prefeitos, secretarias de estado, voluntários e pesquisadores. Consideramos uma grande vitória da articulação a nível regional para o desenvolvimento do turismo sustentável, verde, com o mínimo impacto, uma vez que estamos falando de unidades de conservação", diz Marcio Lucinda, gestor técnico da IGR Serras de Ibitipoca.

Outro programa dessa IGR é o de identificar e formatar novos roteiros turísticos na região. Um bom exemplo é a Volta das Transições, hoje um dos principais roteiros de cicloturismo do Brasil, totalizando 390 quilômetros, a maioria por estradas de terra que passam por pequenos vilarejos entre as montanhas de Zona da Mata, Vertentes e Sul de Minas. A IGR Serras de Ibitipoca também apoiou tecnicamente a Transmantiqueira, outra trilha de longo curso e trabalha agora na formatação de outros dois roteiros: a Volta do Rio Grande e a Volta da Serra Negra da Mantiqueira.

"Nós estamos transformando a região toda em produto turístico pronto para comercialização tanto para o turismo guiado como também para o autoguiado, com muito foco no cicloturismo, nas caminhadas de longo curso, no montanhismo, no ecoturismo de balneabilidade e no histórico", completa Marcio Lucinda. A ideia é desenvolver o turismo com o menor impacto possível.

*Conteúdo patrocinado produzido pelo Estúdio Folha

Encontros de Negócios Caipiblue Foto Renata Garbocci abre

O 1º Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea – Caipiblue, evento gratuito e aberto ao público, começou nesta sexta-feira (1/9) com o Encontros de Negócios, envolvendo representantes de Curaçao e produtores mineiros de diversos segmentos, tais como vestuário, calçados, tecnologia, construção civil, mel e cachaça.

O evento é uma iniciativa do Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult/MG) e da Fundação Clóvis Salgado.

O objetivo do encontro, mediado pelo Sebrae Minas, foi apresentar o potencial de exportação dos produtos mineiros, bem como conhecer as necessidades e particularidades do mercado de Curaçao, estreitando laços culturais e econômicos com a ilha caribenha.

No Museu Memorial Minas Gerais Vale, a conversa iniciou logo pela manhã, às 9h. Fazendo as boas-vindas a Curaçao, o Subsecretário de Turismo de Minas Gerais, Sérgio de Paula, enfatizou as semelhanças culturais entre a ilha e Minas Gerais, destacando o momento do estado no cenário nacional. “Minas se posicionou como segundo principal destino do Brasil. É o estado que mais cresce no turismo, mas não apenas; também cresce nos negócios. Tenho certeza de que este festival, que vai até domingo (3), trará grandes frutos para Minas Gerais, para o nosso turismo e, principalmente, para a geração de emprego e renda e o desenvolvimento econômico para todos aqui presentes”, disse.

Logo em seguida, a Diretora de Relações Exteriores do Ministério de Desenvolvimento Econômico de Curaçao, Vanessa Tore, subiu ao palco para falar sobre as belezas, necessidades e oportunidades econômicas do país. Um dos principais atrativos é o fato de que a ilha, por constituir o Reino dos Países Baixos, faz parte da União Europeia. Por isso, Curaçao possui benefícios para exportar para a Europa e também Estados Unidos, com que tem tratados de isenção fiscal.

“Minas Gerais pode, por exemplo, exportar insumos para Curaçao e lá nós industrializamos, colocamos um valor agregado. Daí este produto consegue entrar nos mercados da América do Norte e Europa com muito mais facilidade”, explicou, acrescentando que a ilha possui zona franca e porto muito moderno.

Outro aspecto que pode atrair empresários mineiros é a carência de produção local. A ilha importa praticamente todas as suas frutas, carnes, trigo e outros gêneros alimentícios, sendo também uma porta de entrada para demais países do Caribe. "Temos grandes expectativas para esta parceria. Sendo uma pequena ilha e um estado em desenvolvimento, não conseguimos produzir para o nosso povo e para os nossos turistas tudo o que consumimos. Queremos que Minas possa tornar-se um fornecedor de alimentos e outros produtos de que necessitamos, para garantir uma elevada qualidade de vida ao povo de Curaçao", disse Vanessa Tore.

Encontros de Negócios Caipiblue Foto Renata Garbocci

Voo direto Curaçao-Belo Horizonte aumenta as chances de negócios

Quem também marcou presença no encontro de negócios foi o Diretor de Turismo de Curaçao, Hugo Clarinda, que destacou o aumento do fluxo de brasileiros desde a inauguração do voo direto da ilha ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, inaugurado em junho deste ano. “Antes, recebíamos cerca de 800 turistas brasileiros por mês. Depois do voo, esse número saltou para 3 mil por mês, um crescimento muito grande”, contou o diretor, acrescentando que nosso país é o 5º maior emissor de turistas para Curaçao.  

O súbito aumento indica as inúmeras oportunidades de negócios, sobretudo nos segmentos diretamente ligados ao turismo. Conforme notou Vanessa Tore, o grande número de hotéis em construção tem demandado mão de obra qualificada, setor que estava representado por entidades como o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (SINDUSCON) e a Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA-MG).

Para o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva, a iniciativa é uma oportunidade para apresentar a qualidade e a variedade dos produtos mineiros, incluindo o artesanato, a cachaça e a moda, além de nossas soluções inovadoras para os setores da construção civil e do agronegócio. “Queremos nos conectar com potenciais compradores de Curaçao, ampliando as oportunidades para o estabelecimento de novas parcerias comerciais, da nossa rede de contatos internacionais e, o mais importante, valorizando a origem do que é produzido no estado e divulgando os destinos turísticos de Minas Gerais para outros países”, disse Marcelo de Souza e Silva.

Foto: Renata Garbocci

Paulo Gustavo Reprodução Instagram

São mais de R$ 182 milhões destinados aos segmentos do Audiovisual e demais áreas culturais

O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, divulgou neste sábado, 30 de setembro, os dez (10) editais estaduais da Lei Paulo Gustavo. Serão R$ 182.397.750, 52 milhões destinados aos segmentos do Audiovisual e demais áreas culturais, distribuídos em quatro modalidades: Edital de Credenciamento, Edital de Seleção de Propostas, Edital de Seleção de Bolsistas e Edital de Premiação.

“Hoje nós temos a alegria de lançar os editais da Lei Paulo Gustavo. Eu convido as trabalhadoras e trabalhadores da cultura para que todo mundo se inscreva, sobretudo as regiões e municípios mais distantes, porque nós temos reservado de forma muito especial recursos para chegar aonde o IDH é menor e com o foco na descentralização. Todo mundo participando desse grande projeto que vai movimentar a economia da criatividade no nosso estado de Minas Gerais”, enfatizou o secretário de Estado de Cultura e Turismo MG, Leônidas de Oliveira.

Poderão participar pessoas físicas e jurídicas residentes, domiciliadas ou com permanência no estado, com comprovada atuação artística e cultural. O período de inscrições terá início no dia 09 de outubro, às 00h, e encerrará às 18h do dia 28 de outubro, horário de Brasília.

Foto: Reprodução/Instagram  

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Programação contempla simpósio, exposição de produtos mineiros, drink show, pratos diversos, almoços e jantares beneficentes, além de atrações culturais

 

Uma grande celebração da nova cozinha mineira com programação gratuita e diversa no Circuito Liberdade, em Belo Horizonte, acontecerá a partir desta sexta-feira (1º), com o início do Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea - Caipiblue, uma iniciativa do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e da Fundação Clóvis Salgado.

Em sua primeira edição, o evento homenageará Curaçao, ilha caribenha que desde a inauguração do voo direto BH-Curaçao, em junho deste ano, pela Azul Linhas Aéreas, tem intensificado as relações com Minas Gerais. A síntese desse intercâmbio cultural, turístico e gastronômico é o drink Caipiblue, que mistura a cachaça mineira e o licor de laranja, o curaçao blue, típico de Curaçao.

A bebida além de homenagear esse encontro também lança luz para a contemporaneidade da cozinha mineira que dialoga com diversas vertentes, mantendo a inspiração em suas tradições, que vêm sendo atualizadas. É a partir dessa perspectiva que uma programação diversa irá convidar o público a conhecer mais sobre a originalidade da cozinha mineira, seja por meio de bate-papos, como o simpósio Conversas de Cozinha, ou apreciando pratos diversos e drinks, que serão feitos na hora, e também produtos e iguarias que completam uma rica experiência gastronômica.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, ressalta que o festival marca a oportunidade de valorizar esse movimento que impulsiona a economia da criatividade. “Nós estamos iniciando um processo de talvez dar um nome, um significado, a um fenômeno que acontece no nosso estado, sobretudo, em alguns restaurantes da capital, do Sul de Minas e de Tiradentes. Nós identificamos uma continuidade em relação à cozinha mineira, no que diz respeito à pesquisa, à valorização dos produtos da terra, mas com uma apresentação oriunda da forma francesa”, pontua Oliveira. “Eu costumo dizer que todos nós sabemos fazer feijão tropeiro. No entanto, nós precisamos avançar no sentido de que a riqueza da nossa cozinha tenha uma apresentação de forma contemporânea. Daí o nascimento do festival, que propõe uma reflexão sobre a cozinha mineira contemporânea, certamente, baseada na tradição da cozinha agora protegida como patrimônio cultural imaterial do estado pelo Iepha-MG”, acrescenta.

A programação desta sexta-feira (1º) começará a partir das 9h, com os Encontros de Negócios, no Memorial Minas Gerais Vale. Este será um momento importante em que produtores mineiros vão dialogar com representantes do governo de Curaçao, a fim de estabelecer acordos voltados à comercialização de itens mineiros para a ilha caribenha. A pauta é de grande relevância para dinamizar a economia mineira e criar oportunidades de geração de emprego e renda.

A partir das 14h, terá início o simpósio Conversas de Cozinha, no Palácio da Liberdade. Serão cinco encontros abertos ao público que vão discutir a atualidade e o percurso da nova cozinha mineira, um movimento local que se ancora na tradição, nos ingredientes mineiros, mas em diálogo com a gastronomia francesa. Tal combinação se reflete numa cozinha peculiar e contemporânea, ancorada no reconhecimento da mineiridade e motivada pela busca da inovação.

Nesta sexta, estão previstas três mesas: Patrimonialização da Cozinha Mineira, Cozinha Mineira Contemporânea: Atualizando as origens e Cozinha Mineira: do Clássico ao Contemporâneo. No sábado (2), haverá mais dois encontros, a partir das 9h: Perspectivas para Promoção e Fomento da Cozinha Mineira Clássica e Contemporânea e Conversas sobre Turismo de Experiência da Cozinha Mineira Contemporânea.

A partir das 18h, começará nos jardins do Palácio da Liberdade, e ao lado, na praça José Mendes Júnior, o momento mais sensorial, em que o público poderá apreciar alguns preparos feitos na hora e também experimentar queijos, doces, cachaças, que representam as diversas facetas da cozinha mineira.

Nos jardins do Palácio da Liberdade estarão as estações que representam a vertente contemporânea, com a produção de vinhos mineiros, cafés, sorvetes e pratos a partir de receitas dos chefs Caio Soter e Felipe Rameh. O segundo é quem assina a curadoria da parte gastronômica do festival. Já na praça José Mendes Júnior estará contemplada a cozinha clássica mineira com uma seleção especial de produtos regionais.

O horário de funcionamento desses serviços na sexta-feira será das 18h às 22h. No sábado e no domingo será das 11h às 22h.

Almoços e jantares beneficentes

Nos dias 1º, 2 e 3 de setembro também serão realizados no Salão de Banquetes do Palácio da Liberdade quatro refeições especiais, sendo dois almoços e dois jantares, assinados pelos chefes Caio Soter e Felipe Rameh. A iniciativa é do Serviço Social Autônomo (Servas), que realizará a doação da renda adquirida a partir da venda dos ingressos para quatro hospitais filantrópicos de Belo Horizonte: Santa Casa BH, Hospital da Baleia, Mário Penna e São Francisco.

Os banquetes incluem um receptivo com entradas, uma visita guiada pelo Palácio da Liberdade, até o momento de apreciar o menu completo, que será contextualizado com alguns destaques da história de Minas Gerais. Em razão desses eventos, nesses três dias, não haverá visitação aberta ao público do Palácio da Liberdade.

Atrações culturais

Haverá entre os dias 1º, 2, e 3, a apresentação, respectivamente, dos DJs Cubanito, Sandra Leão e Palomita, nos jardins do Palácio da Liberdade. O público presente também poderá curtir drink shows que serão promovidos pelo mixologista Vitor Puiati. Ele apresentará uma receita que combina licor de Curaçao Blue com Jenipapo e outra que equilibra as notas do mesmo licor com os sabores e os aromas do café.

Intervenções artísticas e culturais dos grupos Calcinha de Palhaço e Circo do Sufoco que trabalham a linguagem da palhaçaria são outras atrações que vão temperar a programação cultural.

Para todas as idades

 Nos três dias, estará montada uma área kids na quadra do Palácio da Liberdade. Nesta sexta (1º), o espaço funcionará das 18h às 22h. No sábado (2) e no domingo (3), das 11h às 22h.

Confira a programação completa do simpósio Conversas de Cozinha aqui.

Foto: Victor Schawner

 

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Minas Gerais quadriplicou o número de voos internacionais diretos em 2023. Os mais recentes destinos sem escalas são Buenos Aires (Argentina), operado pela Gol, e Santiago (Chile), da Latam, ambos saindo do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte (BH Airport). As duas rotas foram anunciadas pelo Secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), Leônidas Oliveira, nesta sexta-feira (29/9), no último dia da Abav Expo 2023, no Rio de Janeiro.

O voo de estreia para Santiago acontecerá no dia 1º de novembro. A rota da Latam será operada regularmente, três vezes por semana, tendo capacidade para trazer 27 mil viajantes por ano do Chile para Minas Gerais. Já o trecho BH-Buenos Aires começará a partir de 16 de dezembro. Em um primeiro momento, a rota da Gol será sazonal, com voos até fevereiro de 2024. A ideia é aproveitar a alta temporada de verão para permitir que os argentinos cheguem com mais comodidade a Minas Gerais, e vice-versa.

“Começamos 2023 com dois destinos internacionais [Lisboa e Cidade do Panamá] e vamos terminar o ano com oito [Lisboa, Panamá, Bogotá, Fort Lauderdale, Orlando, Curaçao, Santiago e Buenos Aires]. Quadruplicamos o número de destinos! Isso mostra como Minas Gerais é um destino que tem sido cada vez mais buscado pelos estrangeiros. Crescemos 103% acima da média nacional na atividade turística no último ano, e todo esse crescimento impulsiona a geração de emprego e renda, a meta maior do Governo do Estado”, diz o secretário Leônidas Oliveira.

O governador Romeu Zema ressalta o compromisso com o estímulo ao desenvolvimento por meio do incentivo ao turismo, setor que movimenta a economia e gera empregos para os mineiros. “Com mais um importante voo internacional, Minas amplia a sua conectividade, facilitando tanto a ida dos mineiros para a Argentina, como também trazendo diretamente mais pessoas para o Destino Minas Gerais. Tudo isso só é possível com trabalho e atuação conjunta com nossos parceiros estratégicos”, completa. 

O gestor de Conectividade e Aviação do BH Airport, Clayton Begido, destaca a posição do terminal como um dos três principais hubs de destinos do Brasil. “Buenos Aires é o primeiro destino internacional de muitos brasileiros e já era um desejo antigo dos mineiros. Realizar essa rota com a GOL é uma oportunidade ímpar de estreitar os laços e fortalecer a parceria. Essa é uma notícia a ser celebrada pelo estado de Minas Gerais, que fica cada vez mais internacional e mais acessível para turismo, geração de oportunidades e negócios”.

Tax Free

Outra boa notícia que fortalece Minas internacionalmente é a aprovação do “Tax Free” pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Com essa medida, os estados poderão equiparar as compras realizadas por turistas estrangeiros à exportação, para fins de ICMS, devolvendo o valor do imposto aos viajantes que não moram no Brasil. “Esta inciativa é extremamente importante para internacionalizar o nosso turismo”, afirma Leônidas Oliveira.

Missões internacionais na Argentina e Chile

Como parte do programa Mais Turistas, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo embarca neste sábado (30/9) em uma nova missão internacional para a Argentina, onde participa da Feira Internacional de Turismo (FIT) Buenos Aires, uma das maiores feiras da América Latina. A inauguração do voo direto da Gol está entre os atrativos promovidos pelo Governo de Minas, juntamente com os encantos já tradicionais do estado: a cozinha mineira, a natureza, o turismo cultural e religioso.

O estado estará presente no estande da Embratur. No local, o chef Felipe Rameh – curador do 1º Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea-Capiblue – fará um cooking show apresentando um pouco da Nova Cozinha Mineira. Entre as criações estarão canapés de ovinho de codorna e queijo Minas; de melancia, queijo de cabra, broto de coentro e pimenta; e de suflado de tapioca, creme azedo, peixe defumado e dill. Para fechar, o chef vai preparar a famosa goiabada frita que compõe o menu do restaurante Tragaluz em Tiradentes.

"Cozinha é política de estado em Minas. Estamos promovendo e incentivando festivais e, com isso, incentiva-se também o consumo de produtos da agricultura familiar, do turismo de base comunitária, movimentando toda a cadeia”, comenta o secretário Leônidas Oliveira, quem estará presente na FIT Buenos Aires.

Da capital argentina, a Secult segue para Santiago, no Chile, junto com a equipe do BH Airport, para lançar a conexão direta entre BH e a capital chilena. A viagem acontece três semanas antes do voo de estreia da Latam entre Belo Horizonte e Santiago, servindo como oportunidade para promover o nosso estado. Lá, a proposta é apresentar os atrativos turísticos mineiros aos operadores de turismo locais, ensinando-os a vender nossos destinos. Serão exibidos nossos melhores queijos, cafés e quitandas. Também acontecerá um café com jornalistas e operadores de turismo do país, a fim de estreitar os laços e ampliar as possibilidades de negócios.

Foto: BH Airport

Foto VictorSchawner

Programação integra o Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea - Caipiblue eacontecerá nos dias 1º e 2/9, no Palácio da Liberdade

 

A nova cozinha mineira será o tema central do simpósio “Conversas de Cozinha”, que acontecerá nos dias 1º e 2/9, no Palácio da Liberdade, como parte da programação do Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea, iniciativa do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e da Fundação Clóvis Salgado. Serão cinco encontros abertos ao público que vão discutir a atualidade e o percurso de um movimento local que se ancora na tradição, nos ingredientes mineiros, mas em diálogo com a gastronomia francesa. Tal combinação se reflete numa cozinha original e contemporânea, ancorada no reconhecimento da identidade mineira e motivada pela busca da inovação.

“Passado e futuro se juntam na Nova Cozinha Mineira, gerando uma rede de mestras e mestres da cozinha, chefs nas nossas escolas de gastronomia. Chefs que se espalham pelo território, pelas cidades e distritos, fazendas, restaurantes e botecos, agregando valor à nossa agricultura familiar com um intenso processo de pesquisa pessoal. Coletivo de mãos que recriam nossa cozinha pela criatividade peculiar do sistema contemporâneo”, pontua o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira.

As inscrições são gratuitas, e podem ser feitas online via formulário. Entre os dias 1º e 2 de setembro serão abordados diversos aspectos em torno da temática principal, desde a salvaguarda dos saberes em torno da cozinha mineira, incluindo os modos de fazer o queijo minas artesanal - atual candidato a patrimônio da humanidade pela Unesco, às vertentes tradicionais e contemporâneas. As perspectivas de fomento e promoção, além das relações com o turismo de experiência são outros aspectos relevantes. Haverá também o lançamento da primeira pós-graduação em cozinha mineira contemporânea, que será oferecida pela Faculdade Arnaldo, em Belo Horizonte.

O curador Roger Vieira explica que a programação foi pensada a partir de dois principais eixos: “No primeiro dia, vamos trabalhar os conceitos e as ideias que foram construídas acerca do tema cozinha mineira. Às vezes, o termo é utilizado de maneira errônea como sinônimo de gastronomia ou culinária mineira. E o segundo dia reunirá as perspectivas de negócios para esse universo da cozinha mineira, trazendo algumas instituições que atuam diretamente com o tema, como o Sebrae, a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), o Centro de Referência do Queijo Artesanal e alguns representantes do governo de Curaçao, que compartilharão conosco suas experiências relacionadas ao patrimônio e à gastronomia”, detalha Vieira.

Abertura

O primeiro bate-papo, previsto para começar às 14h, no dia 1º de setembro, abordará a Patrimonialização da Cozinha Mineira, tendo em vista as iniciativas que culminaram no título de patrimônio cultural imaterial do estado conferido à cozinha mineira, em julho deste ano, pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG).

Participarão deste encontro: os professores Maria Coeli Simões Pires (UFMG), José Newton Coelho Meneses (UFMG), a diretora de Proteção e Memória do Iepha-MG, Débora Raiza Carolina Rocha Silva, e a pesquisadora Luciana Amaral Praxedes do Instituto Periférico, que atuou como parceiro na confecção do dossiê sobre a cozinha mineira organizado pelo Iepha-MG. A mediação será do historiador e curador Roger Vieira.

Na sequência, serão discutidos os temas: Cozinha Mineira Contemporânea: Atualizando as origens, a partir das 16h, e Cozinha Mineira: do Clássico ao Contemporâneo, a partir das 18h. Na primeira parte estão confirmados os chefs Felipe Rameh de Paula - que assina a curadoria da parte gastronômica do festival -, Caio Soter e Taina Moura. Esse bate-papo também será mediado por Roger Vieira.

Já no segundo momento, voltado às vertentes da cozinha mineira, do clássico ao contemporâneo, serão recebidos os professores Carolina Figueira da Costa (Senac), Sinval Espírito Santo (UNA-Liberdade), Larissa Fernandes (Estácio de Sá), Eduardo Roberto Batista (Faculdade Arnaldo) e Jackson Cruz Cabral (Promove). A mediação será de Edson Puiati, que é diretor de Hospitalidade e Gastronomia do Senac.

Segundo dia do simpósio

No dia 2 de setembro, parte do enfoque será voltado para as ações de difusão da cultura alimentar mineira no país e no exterior, tendo em vista seu papel como indutor de desenvolvimento econômico, de geração de emprego e renda. Participarão do debate Perspectivas para Promoção e Fomento da Cozinha Mineira Clássica e Contemporânea, a partir das 9h, a gerente Unidade Indústria, Comércio e Serviços do Sebrae-MG, Márcia Valéria Cota Machado; o presidente da Abrasel, Rummenigge Zanola; o presidente da Belotur, Gilberto Castro; e a Diretora do Centro de Referência do Queijo Artesanal e Instituto de Hospitalidade e Artes Culinárias, Sarah Rocha.

Os diálogos entre turismo de experiência e cozinha mineira contemporânea encerram o segundo dia do simpósio. Para esta mesa estão confirmados: a diretora de Relações Exteriores do Ministério do Desenvolvimento Econômico, Vanessa Toré; o diretor-adjunto do escritório de Turismo de Curaçao, Hugo Clarinda; o gerente regional para a América Latina do Escritório de Turismo de Curaçao, Andre Rojer; e a representante do governo de Curaçao, Janaina de Araújo. A mediação será da secretária de Estado Adjunta de Cultura e Turismo, Milena Pedrosa.

O curador Roger Vieira acrescenta que o objetivo é difundir conhecimento e experiências não só entre especialistas, mas com o público em geral. “As pessoas muitas vezes vão para o festival para ter um momento de usufruir da cozinha mineira, e neste simpósio o público também terá a oportunidade de entender um pouco mais tanto sobre o nosso patrimônio cultural quanto sobre a própria cozinha mineira que foi construída ao longo de séculos e está sendo cada vez mais valorizada seja no mercado nacional seja no mercado internacional”.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, ressalta a importância deste momento para lançar luz para a vitalidade da nova cozinha mineira. “Trata-se de uma cozinha mais controlada, uma maior atenção à temporalidade, às cozinhas regionais como fonte de inspiração. Uma vez que a cozinha mineira tradicional está agora protegida, nós queremos dar ainda mais visibilidade para essa nova cozinha mineira e para as diversas possibilidades de diálogo e combinações que esse segmento permite, como poderemos apreciar, a partir desse intercâmbio com Curaçao, e o drink Caipiblue, ao combinar a cachaça mineira e o licor de laranja da ilha caribenha, é exemplo”, pontua Oliveira.

Confira a programação completa do Simpósio:

1º de setembro (sexta-feira)

14h-16h: “Patrimonialização da Cozinha Mineira”
Mediação: Roger Vieira - Historiador
Debatedores:
Maria Coeli Simões Pires - Professora (UFMG)
José Newton Coelho Meneses - Professor (UFMG)
Débora Raiza Carolina Rocha Silva - Diretora (Iepha-MG)
Luciana Amaral Praxedes - Pesquisadora (Instituto Periférico)

16h-18h: “Cozinha Mineira Contemporânea: Atualizando as origens”
Mediação: Roger Vieira - Historiador
Debatedores:
Felipe Rameh de Paula - Chef
Caio Soter - Chef
Taina Moura - Chef

18h-20h: “Cozinha Mineira: do Clássico ao Contemporâneo”
Mediação: Edson Puiati - Diretor de Hospitalidade e Gastronomia do Senac
Debatedores:
Carolina Figueira da Costa - Professora (Senac)
Sinval Espírito Santo - Professor (UNA-Liberdade)
Larissa Fernandes - Professora (Estácio de Sá)
Eduardo Roberto Batista - Professor (Faculdade Arnaldo)
Jackson Cruz Cabral - Professor (Promove)

2 de setembro (sábado)

09h-11h: “Perspectivas para Promoção e Fomento da Cozinha Mineira Clássica e Contemporânea”
Mediação: Carla Madeira - Lápis Raro
Debatedores:
Márcia Valéria Cota Machado - Gerente Unidade Indústria, Comércio e Serviços (Sebrae-MG)
Rummenigge Zanola - Presidente (Abrasel)
Gilberto Castro - Presidente (Belotur)
Sarah Rocha - Diretora (Centro de Referência do Queijo Artesanal e Instituto de Hospitalidade e Artes Culinárias)

11h-13h: “Conversas sobre Turismo de Experiência da Cozinha Mineira Contemporânea”
Mediação: Milena Pedrosa - Secretária de Estado Adjunta de Cultura e Turismo (Secult-MG)
Debatedores:
Vanessa Toré - Diretora Rel. Exteriores (Ministério do Desenvolvimento Econômico)

Hugo Clarinda - Diretor-Adjunto (Escritório de Turismo de Curaçao) Andre Rojer - Gerente Regional para a América Latina (Escritório de Turismo de Curaçao)

Janaina de Araujo - Curaçao Tourist Board

 

Foto: Victor Schawner

O cuidado Crédito Danielle dos Anjos

A potência de artistas mineiras se une a variadas linguagens e suportes para falar de um tema que transcende as representações artísticas, na próxima mostra de artes visuais do Palácio das Artes. O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e da Fundação Clóvis Salgado (FCS), apresenta a exposição “Quero amar quem acenda uma fogueira comigo às 7 da manhã”, com curadoria da artista e pesquisadora Flaviana Lasan. A mostra ocupa a Galeria Arlinda Corrêa Lima de 7 de outubro a 14 de janeiro de 2024. 

Com quase 50 obras de 11 artistas contemporâneas, a exposição tematiza a solidão afetiva, social e na ascendência das mulheres negras, através de pinturas, gravuras (algumas com materiais e suportes como água de feijão, nódoa de banana, terra e papelão), peças de cerâmica, registros audiovisuais e outros recursos. A entrada na Galeria é gratuita, e a exposição tem classificação indicativa livre. A Galeria Arlinda Corrêa Lima fica aberta de terça a sábado, das 9h30 às 21h, e aos domingos, das 17h às 21h.

A proposta da exposição foi ativada a partir de experiências pessoais e conversas vividas pela curadora, envolvendo o não pertencimento e a ausência de representações de mulheres negras nos espaços de poder. Outras inspirações vieram a partir dos encontros com o disco Bom mesmo é estar debaixo d’água, da cantora baiana Luedji Luna, com a escrita da mineira Conceição Evaristo e com o livro Cartas para minha avó, da filósofa Djamila Ribeiro.

O título da exposição evoca questões como os anseios das mulheres, liberdade de escolha, as dinâmicas de trabalho e também a luta conjunta contra o racismo – aqui simbolizada pela fogueira, e presente também na expografia, que trará indícios de carbonização. “Neste título eu induzo um movimento afetivo, mas que trata também de poderes estatais e de condições de vida digna para a mulher negra”, sintetiza Flaviana Lasan.

As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm como mantenedores Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal, Patrocínio da Usiminas e da Vivo e Correalização da APPA – Arte e Cultura.

As urgências do feminino na arte mineira

Trabalhando a reivindicação conceitual das artes através da configuração e identidade de artistas negras, a exposição dá protagonismo às leituras de mulheres a partir de seus territórios, sejam eles a capital do estado ou cidades do interior de Minas. Integram a seleção as obras de Ana Elisa Gonçalves, Ana Paula Sirino, Danielle dos Anjos, Daiely Gonçalves, Desirée dos Santos, Elizabeth Ramos, Josiane Souza, Maria Auxiliadora, Mônica Maria, Rebeca Amaral e Andréa Rodrigues.

“A importância dessa exposição acontecer em uma galeria do Palácio das Artes está na ruptura coletiva que ela provoca naquele espaço. A novidade é o tratamento desta exposição a partir de um tema que custa caro à mulher negra brasileira – basicamente, custa sua própria vida. Essa é a ruptura coletiva. Reunir 11 artistas mulheres, de variadas gerações, de múltiplas cidades das Gerais, mesmo que em um recorte pequeno, trazendo a multiplicidade de técnicas produzidas e suas percepções amplas, considerando a individualidade de cada uma. É imensurável perceber que há artistas ali que frequentarão pela primeira vez a instituição, através de suas obras”, salienta Flaviana Lasan.

A curadora fala também da relevância desta temática ser abordada e, principalmente, ganhar visibilidade através da arte. “A solidão comunicada não está apenas em obras poéticas, mas faz parte de um sistema econômico e político, e tem ativações que colaboram para manutenção da pobreza e violência para com a mulher negra, base da estrutura brasileira. Desde dados de estupro, até assassinatos cometidos, passando também por diferenças salariais e formas de humilhação. Precisamos tratar a hegemonia midiática e considerar quando e como mulheres negras são trazidas à tona”, destaca.

A atriz e escritora Andréa Rodrigues, que aborda intensamente o tema em suas obras, será parte da exposição através de uma crônica de sua autoria, inscrita na Galeria como uma interface literária da exposição. A obra, criada em 2020, ganhou o título de Paixão Triste, e fala sobre as ilusões diárias e os amores impossíveis que perpassam a vida da narradora, capturando com lirismo a solidão, mote da exposição.  “Esse texto surge da necessidade de dizer em voz alta o que por vezes me atormenta. Tem silêncio que grita e eu acredito no som das palavras escritas como expurgo”, reflete Andréa.

Sobre a curadora Flaviana Lasan

Educadora, artista visual e produtora de campo. Licenciada em artes visuais (UEMG) e pós-graduada em Ensino de História e América Latina (UNILA), investiga a história da arte produzida por mulheres e metodologias do ensino de arte nos movimentos sociais, atravessados pelo mercado. Trabalhou em diversas iniciativas independentes com curadoria e produção; em aparelhos artísticos públicos e privados na condição de produtora e educadora pelo Brasil, por mais de uma década. Foi curadora do MAM (Movimento Arte na Maternidade), e está curadora do JUNTA, Cura (Circuito Urbano de Arte) e FAC (Festival Audiovisual de Cultura).

Foto: Danielle dos Anjos

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Jornalistas da ilha caribenha conheceram o Palácio da Liberdade, o Mercado Central e terão a oportunidade de vivenciar a cultura mineira a partir desta segunda (28)

 

Após desembarcar em Belo Horizonte no último domingo (27), a comitiva de Curaçao, composta por autoridades do governo, jornalistas e produtores de conteúdo, reuniu-se com o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, na manhã desta segunda (28), no Palácio da Liberdade. O encontro deu continuidade aos eventos de boas-vindas aos convidados, que foram contextualizados sobre parte da história e das tradições de Minas Gerais.

“A cultura é o fundamento do turismo em Minas Gerais. Quase metade das pessoas que vêm ao nosso estado é motivada pela cultura, compreendida em sua forma ampla: a cultura alimentar, a música, o patrimônio histórico, as danças, a cultura popular e tradicional, a cultura negra. Ou seja, estar em Minas Gerais é uma experiência cultural também”, pontuou Oliveira.

O grupo chegou cinco dias antes da abertura do I Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea – Caipiblue, cuja primeira edição homenageia a ilha caribenha, justamente para ter mais tempo de conhecer o estado. O bate-papo com o secretário fez parte de uma das agendas da press trip em solo mineiro da qual essa comitiva participa e tem o objetivo de promover internacionalmente o destino Minas Gerais.

A iniciativa integra o programa Mais Turistas, realizado pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), e conta com o apoio da companhia Azul Linhas Aéreas, que lançou no mês de junho a nova rota internacional, conectando em um voo direto entre Belo Horizonte e Curaçao. A chegada dessa comitiva, portanto, é um desdobramento dessa nova rota, possibilitando o intercâmbio cultural, turístico e econômico entre Minas Gerais e a ilha caribenha.

“Esta aproximação entre Minas e Curaçao faz parte do projeto de internacionalização do destino Minas, que a Secult vem trabalhando desde 2020. Com essa nova rota direta, lançada pela Azul, os negócios entre empresários da ilha e de Minas Gerais prometem resultados bastante frutíferos. Curaçao é uma ilha que importa uma variada gama de produtos e Minas tem tudo a oferecer”, reforça o Subsecretário de Turismo, Sérgio de Paula.

Os profissionais da imprensa de Curaçao também participaram nesta segunda (28) de uma visita guiada pelas dependências internas e externas do Palácio da Liberdade. Na sequência, o grupo seguiu para o Mercado Central de Belo Horizonte, onde foram apresentados à cozinha clássica mineira, ao artesanato e aos diversos produtos regionais.

Imersão na cultura local

Do clássico ao tradicional e contemporâneo, os destinos previstos para a promoção de Minas Gerais prometem momentos regados a muita comida mineira. Em sua primeira noite em Minas Gerais, os membros da delegação participaram de um jantar de boas-vindas, no restaurante Turi, reunindo-se com a equipe da Secult, dentre outros convidados, como o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte Marcelo e do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo Souza e Silva, além de jornalistas mineiros. O momento proporcionou a aproximação e a troca de experiências entre os dois grupos.

A jornalista curaçaense Nicole Maduro ressaltou a expectativa em conhecer de perto a cultura local. “Desde o início desse voo direto da Azul, nós estamos recebendo tantas pessoas maravilhosas que nos visitam, e estamos realmente interessados em Minas Gerais. Nós queremos conhecer vocês, conhecer o Brasil, Belo Horizonte, a cultura de vocês. Nós ouvimos que esta é uma cidade que tem uma ótima comida e boas bebidas. Então, além conhecer a cultura, a história e todas essas pessoas bonitas, nós também queremos saber mais e experimentar suas comidas e bebidas”, sublinhou Nicole.

O Mercado Central, portanto, foi um dos primeiros pontos escolhidos dessa rota. Para além de Belo Horizonte e dos principais cartões postais da cidade, como o Circuito Liberdade, o Conjunto Arquitetônico da Pampulha e o Palácio das Mangabeiras, o grupo também conhecerá parte do interior do estado.

Eles visitarão o município de Santa Cruz de Minas, localizado entre São João Del Rei e Tiradentes, celebrado por seus produtos artesanais, e Carrancas, reconhecida como a Terra das Cachoeiras. Antes do retorno à capital, o grupo também conhecerá o Instituto Cultural Inhotim, em Brumadinho.

I Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea – Caipiblue

Belo Horizonte sediará o 1º Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea - Caipiblue, cuja abertura ao público está prevista para o dia 1º de setembro. Com realização do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e da Fundação Clóvis Salgado, o evento celebrará a criatividade, a história e o legado da cultura alimentar e gastronômica mineira por meio de diversas ações, como simpósio, encontros de negócios, feira com produtos regionais, como café, o queijo e a cachaça, além de experiências gastronômicas, jantares beneficentes e atrações culturais.

Desde junho deste ano, quando foi inaugurado pela Azul Linas Aéreas, no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, um novo voo direto para Curaçao, ilha localizada no Caribe, esta tem se tornado mais uma importante porta de entrada para a promoção internacional do destino Minas Gerais.

Durante o evento, a ilha estará representada por sua coquetelaria e pela música. Bartenders renomados de Curaçao virão a Belo Horizonte propor receitas combinando ingredientes mineiros, dentre eles a cachaça e o café, com um toque especial do seu país de origem, criando, assim, novos drinks, como o Caipiblue.

Lançado no dia 8 em Curaçao, o Caipiblue, sintetiza o encontro entre as culturas de Minas Gerais e da ilha, a partir da combinação da cachaça com o licor de laranja típico da coquetelaria curaçauense. Essa conexão também será ampliada no simpósio Conversas de Cozinha, no Circuito Liberdade. A importância dos patrimônios históricos em Curaçao e em Minas Gerais como indutores da atividade turística será um dos temas abordados.

Sinfonica de Minas Gerais Concertos no Parque 2023

Após mais um ano de muito sucesso, com apresentações que emocionaram o público e levaram milhares de pessoas a diversos espaços públicos de Belo Horizonte, o projeto “Concertos no Parque” realiza, no dia 1º de outubro, domingo, às 10h30, sua última apresentação em 2023. No mês das Crianças, o tema escolhido não poderia ser outro. A Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG) trará aos espectadores um repertório que irá homenagear o público infantil. O Concerto ocorrerá no Parque Lagoa do Nado, na Região da Pampulha. A entrada é gratuita, e a classificação indicativa é livre.

Serão interpretadas obras de grandes compositores do cenário erudito inspiradas nas mais conhecidas histórias infantis, tais como Cinderela, A Bela Adormecida, O Quebra-Nozes e João e Maria. Para encerrar o concerto, o público terá a oportunidade de ouvir a divertida "Sinfonia dos Brinquedos", de Leopold Mozart, pai do célebre compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart. 

Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais e Fundação Clóvis Salgado apresentam “Concertos no Parque - Homenagem ao Mês das crianças / Parque Lagoa do Nado”. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm como mantenedores Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal, Patrocínio da Usiminas e da Copasa e Correalização da APPA – Arte e Cultura.

A regência será do maestro assistente da OSMG, André Brant, que vem realizando frequentemente concertos dos mais variados estilos, transitando entre o repertório erudito e o popular, com atuação constante também na preparação das óperas. “Um dos aspectos que sempre me emocionou muito nas apresentações do “Concertos no Parque” é a presença expressiva de famílias que muitas vezes têm, através desse projeto, a oportunidade de assistir a um concerto pela primeira vez. E certamente isso vai se repetir nesta edição em homenagem às crianças, já que ao mesmo tempo em que o concerto será dedicado aos pequenos, os pais terão a chance de ouvir novamente os temas de histórias que marcaram a infância de todos nós”, afirma André Brant.

Programa:

  1. 1.       Cinderela (La Cenerentola) Abertura / Gioacchino Rossini 
  2. 2.       Cinderela (Cendrillon) – Marcha das princesas / Jules Massenet 
  3. 3.       A Bela Adormecida – Adágio da Rosa / Piotr Tchaikovsky
  4. 4.       A Bela Adormecida – Valsa das guirlandas / Piotr Tchaikovsky
  5. 5.       O Quebra Nozes – Dança da Fada Açucarada / Piotr Tchaikovsky
  6. 6.       O Quebra Nozes – Dança Chinesa / Piotr Tchaikovsky
  7. 7.       O Quebra Nozes – Dança das flautas / Piotr Tchaikovsky
  8. 8.       João e Maria – Cavalgada das Bruxas / Engelbert Humperdinck
  9. 9.       João e Maria – Prece e Sonho / Engelbert Humperdinck
  10. 10.     Sinfonia dos Brinquedos – Leopold Mozart

Serviço
Concertos no Parque - Homenagem ao Mês das crianças / Parque Lagoa do Nado
Data: 1º de outubro (domingo)
Horário: 10h30
Local: Parque Lagoa do Nado - R. Min. Hermenegildo de Barros, 904 - Itapoã, Belo Horizonte
Entrada gratuita (sujeita à lotação do espaço)
Informações para o público: (31) 3236-7400

Edições anteriores do Encontro de Prefeitos e Secretários foram sucesso

Nos próximos dias 19 e 20, a cidade de Capim Branco sediará o 3º Encontro Regional de Turismo e Cultura IGR Grutas. O evento é voltado para a cadeia produtiva do turismo e da cultura, bem como aos gestores públicos dos 15 municípios associados à Instância de Governança Regional (IGR) Grutas. A Secretaria de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult/MG) integrará a programação com capacitações, como parte do “Secult no Município”, programa de regionalização para desenvolvimento das 13 regiões intermediárias do Estado.

Na terça-feira (19/9), o Auditório Municipal José Teodoro Flores, no Centro, vai receber representantes da cadeia produtiva, além da comunidade interessada, com uma programação bem diversa. A programação será toda gratuita e, além das capacitações, contará com painéis de debate e muito network. No mesmo dia, ocorrerá o 3º Encontro de Prefeitos.

“Vamos receber consultores da área de Gastronomia, da área de interlocução cultura e turismo, vamos receber a Secult, com suas oficinas e capacitações dentro do Programa de Regionalização do Turismo, teremos cases de sucesso do nosso território e também de outros Circuitos Turísticos, além de uma feira com produtores da região”, adianta a presidente da IGR Grutas, Mariela França. Já na quarta-feira (20/9) acontecerá o 3º Encontro de Secretários de Turismo e Cultura, com programação exclusiva para os gestores públicos.

O Encontro Regional de Turismo e Cultura é um evento anual itinerante realizado pela IGR Grutas com o objetivo de promover capacitações, atualizações e fomentar as discussões sobre a Regionalização do Turismo no território. Antes de chegar a Capim Branco, o encontro já passou por Sete Lagoas, Matozinhos e Fortuna de Minas.

“Tudo começou no Salão Regional Regional do Turismo, realizado em 2018 em Sete Lagoas, no qual nasceu a ideia de um evento anual para reunir e capacitar gestores, conselhos e cadeia produtiva”, conta Mariela França.

O Circuito Turístico das Grutas é composto por 15 municípios: Lagoa Santa, Confins, São José da Lapa, Pedro Leopoldo, Matozinhos, Capim Branco, Prudente de Morais, Sete Lagoas, Cachoeira da Prata, Fortuna de Minas, Paraopeba, Caetanópolis, Cordisburgo, Jequitibá e Santana de Pirapama.

Serviço
Inscrições gratuitas: Sympla

Foto: Divulgação/ IGR Grutas

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Minas Gerais conquistou o primeiro lugar na categoria “gastronomia” e o segundo lugar em “inclusividade”, no 2º Prêmio Excelência Turística Destino Digital, cuja cerimônia foi realizada nesta quinta-feira (28), durante a Abav Expo, no Rio de Janeiro. O certame foi criado na Itália, onde está em sua oitava edição, enquanto no Brasil é realizado pelo segundo ano. É promovido pela empresa The Data Appeal Company, especializada no gerenciamento de dados turísticos, e tem como objetivo laurear os estados brasileiros com melhor reputação digital no mercado do turismo.

Foram analisadas mais 155 milhões de avaliações digitais, em torno de 2,7 milhões de pontos de interesse, como transportes, atrativos e meios de hospedagem. Uma plataforma coleta essas informações de mais de 130 fontes, tais como Google, Trip Advisor, Booking e Facebook, dentre outras redes sociais, gerando uma grande base de dados.

Esses dados são processadas com auxílio da inteligência artificial, que consegue ler, entender e interpretar cada um desses reviews, identificando o quanto cada comentário é positivo ou negativo e sobre o assunto que se refere, como um restaurante, bar, hotel, ou ponto turístico. Depois de todo o processamento, o algoritmo gera um índice, o qual é usado para classificar os lugares com melhor reputação em cada categoria e, assim, definir os vencedores.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, comemorou a premiação, que exalta a importância da cozinha mineira. “Minas Gerais está sendo reconhecida por milhões de pessoas, que avaliaram o estado como um destino onde há a melhor gastronomia do Brasil. E isso se alia à centralidade da cozinha mineira nas nossas famílias, nas nossas casas e nas nossas cidades, seja a cozinha mineira clássica ou a contemporânea, que é marcada pela inventividade e pela criatividade”, pontuou Oliveira.

“É um momento importante, de muita alegria e que lança luz novamente para outro fenômeno em Minas, que é o queijo minas artesanal, o qual é patrimônio imaterial do Brasil e, em breve, poderá ser patrimônio da humanidade pela Unesco, tendo em vista a candidatura, a ser avaliada no próximo ano. Eu saúdo todas as cozinheiras, cozinheiros, chefes, donas de casa, e todos nós que amamos cozinhar, comer e receber bem as pessoas em nossas mesas”, celebrou o secretário.

O acolhimento mineiro foi outro aspecto ressaltado durante o evento, com Minas Gerais conquistando o segundo lugar dentre os destinos considerados mais inclusivos. “Ou seja, é um lugar em que a população LGBTQIA+ é bem recebida e querida. Isso é muito importante, porque este também é um mercado fundamental e que cresce muito no mundo afora. Então, Minas Gerais é um lugar inclusivo e onde a mesa também sempre foi inclusiva. Gastronomia e inclusividade são Minas Gerais”, finalizou Oliveira.

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Fotos: Leo Bicalho

Na Mineiridade das trilhas do Vale do Rio Doce Foto Leo Bicalho

A cidade de Resplendor, no Vale do Rio Doce, recebeu, nessa quarta (23/8), a segunda edição do evento “Na Mineiridade das trilhas do Vale do Rio Doce”, realizado pela Instância de Governança Regional (IGR) Trilhas do Rio Doce. O evento, que contou com a presença com representantes das 53 cidades que fazem parte do circuito turístico, teve apoio do Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, e Sebrae-MG.

Seu principal objetivo é reforçar a mineiridade do território do Vale do Rio Doce, tendo como norteador o alinhamento com regionalização do turismo, construindo assim um ambiente onde o poder público, iniciativa privada, terceiro setor e comunidade integrem uns com os outros na atuação conjunta entre os municípios, em benefício para o turismo.

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo foi representada no encontro pelo Superintendente de Políticas do Turismo e Gastronomia, Petterson Tonini, que destacou em sua fala a importância dos programas que já estão sendo executados pela pasta, como "Mais Turistas" e "Minas Criativa", para o desenvolvimento do turismo das cidades. Além disso, o superintendente falou sobre as vantagens que a regionalização pode trazer para o turismo do Estado.

"A IGR Trilhas do Rio Doce vem desenvolvendo um importante papel. A regionalização do turismo é fundamental e sem a sua realização não conseguimos capilaridade", disse Petterson Tonini.

O evento também contou com apresentação do grupo de dança pomerana, do Município de Itueta, Pomerisch Dansgrup Fon Minas; a entrega dos Certificados do Mapa de Turismo Brasil para Prefeitos e Secretários de Turismo; as palestras "O que uma cidade precisa ter para o turismo acontecer?, com o turismólogo Cristiano Lopes; "Empreender no Turismo", com o empreendedor local José Resende de Mato; a apresentação do aplicativo de turismo Guia Brasil e outras atividades.

Foto: Leo Bicalho

Estande abav Leo Bicalho

A cozinha mineira estará na centralidade do estande de Minas Gerais na 50ª ABAV Expo, feira de turismo anual realizada pela Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav), que acontecerá de 27 a 29 de setembro, no Rio de Janeiro. Uma área dedicada a cooking shows e outras experiências gastronômicas funcionará no meio dos 200 m² do estande, criado pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult).

O objetivo é dar visibilidade e valorizar um dos principais atrativos turísticos do estado, a cozinha mineira, cuja versão clássica, recentemente protegida como patrimônio cultural imaterial do estado, convive com a contemporânea. “Uma grande característica dessa nova cozinha é o respeito ao território, ao que as comunidades fazem, com esse olhar para o original e apresentado de forma mais internacional, em um menu de vários passos, com nossos vinhos, azeites, cachaças, cervejas e cafés. É um fenômeno que acontece no nosso estado, sobretudo, em alguns restaurantes da capital, do Sul de Minas e de Tiradentes. Nós identificamos uma continuidade em relação à cozinha mineira, no que diz respeito à pesquisa, à valorização dos produtos da terra, mas com uma apresentação oriunda da forma francesa”, explica o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira. 

Sete experiências da gastronomia mineira prometem agradar o paladar de quem passar pelo local. A Instância de Governança Regional (IGR) Circuito das Águas, por exemplo, promoverá uma degustação de cafés especiais, cultivados nas montanhas do Sul de Minas, acompanhada de quitutes variados. Já a IGR Veredas vai oferecer degustação do doce de leite, confeccionados pela Artesanal Sabores, próxima ao Inhotim.

O bartender Léo Gomes, que fez sucesso durante o 1º Festival da Cozinha Mineira Contemporânea, vai preparar o já consagrado Caipiblue – drink que mistura nossa cachaça com o Curaçao Blue, bebida típica da ilha caribenha de Curaçao. O espaço contará ainda com feijão tropeiro, vinhos mineiros de inverno, queijos da Serra da Canastra e, claro, a cachaça mineira.

Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marcelo de Souza e Silva, Minas Gerais vive um momento muito especial da sua história contemporânea, reencontrando com seu papel de protagonismo no cenário nacional. “Nossa capital e nosso Estado possuem um imenso potencial a ser explorado e principalmente, uma gente hospitaleira que sabe, como ninguém receber o turista de forma carinhosa e acolhedora em torno de um boa mesa”, aponta o dirigente da entidade, que patrocina a Cozinha Show. 

“Este novo olhar de Minas Gerais para a culinária e o turismo está gerando emprego e renda para os mineiros, além de impulsionar o espírito empreendedor em milhares de pessoas. É mais um estímulo à nossa economia criativa. Ao promover a nossa gastronomia e movimentar o Estado em torno da cultura, do lazer e do turismo, tenho a certeza que estamos fazendo de Minas o melhor lugar para se viver e empreender”, completa.

Formato em ilha
Uma das características do estande é que ele será montado como uma ilha, permitindo a entrada de visitantes por todos os lados. O design foi pensado para facilitar o acesso para o público da feira, que deve receber mais de 34 mil pessoas nos três dias de evento, garantindo mais visibilidade para Minas e seus atrativos turísticos. Apesar disso, haverá um pórtico principal com a bandeira mineira no topo, abaixo do qual um tapete de LED com alguns dos atrativos do estado dará as boas-vindas a quem adentrar no local.

Estande Minas Gerais Abav 2023 2

Espaços instagramáveis
Duas salas instagramáveis prometem agitar o estande. Uma delas, chamada A Liberdade Mora Em Minas, terá um balanço e asas de anjo e, ao fundo, a reprodução do teto da Igreja de São Francisco de Assis de Ouro Preto, pintada pelo Mestre Ataíde. Neste cenário, o público poderá “voar” pelos ares do Barroco mineiro.  O outro espaço é o Quem ama Minas Gerais, dá 5 estrelas. Ele contará com um painel mostrando os principais atrativos mineiros: a experiência gastronômica, os patrimônios históricos, a natureza, a arte moderna e contemporânea. Estarão representadas diversas cachoeiras, igrejas, equipamentos do Circuito Liberdade e o Queijo Minas Artesanal, candidato a patrimônio mundial pela Unesco. O público poderá escolher entre as diversas imagens para registrar sua presença no estande de Minas Gerais.  

Negócios
O estande ainda terá sala reservada para reuniões e balcões de atendimento, ocupados por representes dos receptivos do Minas Recebe, hotelaria e de diversos destinos mineiros. Por meio deles, o público poderá comprar pacotes de viagens para diversos lugares do nosso estado, facilitando os negócios e impulsionando a geração de emprego e renda.

Mais Turistas
A participação de Minas Gerais na Abav Expo 2023 está inserida no Mais Turistas. O programa da Secult tem como meta incentivar e fortalecer a atividade turística de forma sustentável e, para isso, busca promover o destino Minas Gerais aos principais agentes de viagens do país e do exterior. Apenas nesta edição, estão confirmados mais de 50 representantes de países como Estados Unidos, México, Argentina, Itália, Alemanha, Reino Unido e Portugal, com os quais o Estado poderá firmar negócios e atrair turistas.

Em 2023, a Secult já participou da Fitur e Madrid Fusion (Espanha); BTL (Portugal); WTM (São Paulo); Ta On (Campinas); Salão Abav e Travel Next (Belo Horizonte); além das missões em Bogotá (Colômbia), Frankfurt (Alemanha), Miami (EUA) e Curaçao (Caribe).

Foto: Leo Bicalho

Poderia Ser Rosa Crédito Christiano Castro

A Cia de Dança Palácio das Artes (CDPA) apresenta, no Museu de Arte de São Paulo (MASP), uma nova versão do espetáculo “Poderia ser Rosa”, estreado em 2001 e suscitado pelo crescente número de mulheres assassinadas na região do Anel Rodoviário de Belo Horizonte no final da década de 1990. Com coreografia novamente assinada por Henrique Rodovalho, o espetáculo será encenado nesta sexta-feira (25/8), a partir das 20h, no Auditório do MASP, como parte da programação da 5ª Semana Paulista de Dança. 

Já no sábado (26/8), a Cia de Dança Palácio das Artes se apresenta no Vão Livre do MASP, a partir das 14h, com o espetáculo “(in)tensões”. Em ambos os casos, a entrada é gratuita e a classificação, livre.

A reapresentação de “Poderia ser Rosa” acontece mais de 20 anos depois, em que violência contra as mulheres segue sendo um tema urgente na sociedade brasileira. Dados do 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostram que os crimes motivados por gênero cresceram em 2022, quando comparados ao ano anterior. É o caso dos feminicídios, que subiram 6,1%, e também das agressões em contexto de violência doméstica, cujos registros aumentaram em 2,9%.

“Poderia ser Rosa” aborda frontalmente o feminicídio a partir de quatro casais e suas histórias, que apresentam o começo das relações e seus distintos desmembramentos. Em um país que registrou uma média de 4 feminicídios por dia em 2022, Henrique Rodovalho revisita sua criação e concebe de forma mais abrangente o tema da violência contra a mulher. Aliando sensibilidade e intensidade, o espetáculo assume seu caráter de denúncia como papel ativo no combate à violência de gênero.

O espetáculo “Poderia Ser Rosa” é apresentado pelo Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, cujas atividades têm como mantenedores Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal, Patrocínio da Usiminas e da Copasa e Correalização da APPA – Arte e Cultura.

De Belo Horizonte para o Brasil
Um dos museus de arte mais importantes da América Latina, o MASP é conhecido por seu acervo que contempla diversas culturas e épocas da História, passando por pinturas, esculturas, desenhos, fotografias e vestuário. Porém, na semana que vai dos dias 23 a 27 de agosto, a dança tomará conta do espaço.

Sônia Pedroso, diretora da Cia de Dança Palácio das Artes, reforça a importância da nova versão de Poderia Ser Rosa estrear justamente ao longo desta semana – que representa uma vitrine para a dança no Brasil –, em um dos mais prestigiados espaços culturais do país. "Essa estreia no MASP é muito significativa, porque é um evento de dança de enorme visibilidade, além de ser um novo entendimento e uma nova concepção, que ainda estamos trabalhando e aprimorando, sobre como tratar este tema tão delicado", destaca.

Quando o feminino se movimenta
Dono de um estilo que retrata imagens do cotidiano brasileiro com uma movimentação específica – repleta de detalhes e ações suaves –, o goianiense Henrique Rodovalho foi convidado para criar a coreografia de Poderia ser Rosa em 2001 e agora, duas décadas depois, é chamado novamente para a remontagem. O coreógrafo destaca os desafios de se adaptar o espetáculo para um contexto diferente, mas que ainda impõe imensos desafios.

“Na época, o conceito final se deu no sentido de tratar questões psicológicas e de procedimentos desse assassino em série que estava matando mulheres, a partir de personagens que foram desenvolvidos e também de movimentos/gestos coreografados. Foram captados vários depoimentos de mulheres sobre o assunto e esse material foi utilizado na linha de narrativa do espetáculo. Quando agora houve a proposta de resgatar essa obra – 22 anos depois –, uma grande questão foi apresentada: como trazer esse triste assunto de novo, mas dialogando, de alguma forma, com o que acontece hoje?”, explica.

Foi então que surgiu a proposta de tratar o feminicídio a partir das histórias de quatro casais. Rodovalho conta que os duos começam com uma dinâmica de relação e movimentos mais suaves e tranquilos, indo depois para momentos e movimentações mais tensas e agressivas.

“O que se percebe estatisticamente é o aumento de feminicídios, praticados principalmente por companheiros, namorados, esposos ou pessoas próximas da família. Sendo assim, o que era para ser uma simples remontagem demandou uma análise mais cuidadosa, surgindo a necessidade de se repensar a obra para a construção de um olhar mais atual. Por isso, foi solicitado ao elenco feminino da Cia de Dança Palácio das Artes que colocasse nesse trabalho todo o olhar delas e todas as falas necessárias sobre o tema, que toca diretamente e principalmente as mulheres. Assim, o protagonismo dessa nova obra é delas, para tentar buscar formas de respostas, além de um pensamento e atos mais sensíveis de acolhimento sobre essa delicada questão. Tentar, enfim, contribuir para que tenhamos um mundo mais generoso e feminino”, reflete.

Henrique Rodovalho
Com formação em artes marciais e Educação Física pela Escola Superior de Educação Física e Fisioterapia de Goiás, atuou como ator e bailarino antes de 1988, quando iniciou sua carreira como coreógrafo, sendo reconhecido por seu trabalho como residente da Quasar Cia de Dança e por seu estilo de movimentação em dança, que trabalha a segmentação do corpo.

Rodovalho se interessa pela expressão do corpo desde criança, com influência vinda do cinema e da televisão. Foi aluno do professor e coreógrafo Julson Henrique (1953-1993), e dançou junto de outros coreógrafos como Regina Sauer (1957) e Rainer Vianna (1958-1995). Desde 1988, ano de criação da Quasar Cia de Dança, Rodovalho é coreógrafo do grupo, a convite da bailarina Vera Bicalho (1963). Em 1994, a companhia independente estreia Versus, responsável pela projeção internacional do coreógrafo e do grupo.

Seguiram-se os espetáculos Divíduo (1998), Coreografia Para Ouvir (1999) e Mulheres (2000). Em 2018, Rodovalho cria Melhor Único Dia, seu segundo espetáculo para a São Paulo Companhia de Dança (SPCD) – premiado pela comissão de dança da Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA) na categoria espetáculo (estreia) –, no qual mantém seu estilo de movimentação, replicado em conjunto. Em 2020, torna-se coreógrafo residente da SPCD, participando de recriações de obras do repertório da Quasar, além de novas produções. 

Internacionalmente premiado por seu estilo autoral de coreografia, Henrique Rodovalho tem papel fundamental na dança de sua geração, por meio de sua produção na Quasar Cia de Dança, e como convidado em diversos outros grupos, no Brasil e em países como México, Portugal e Holanda.

Cia de Dança Palácio das Artes
Reconhecida como uma das mais importantes companhias do Brasil, é uma das referências na história da dança em Minas Gerais. Foi o primeiro grupo a ser institucionalizado, durante o governo de Israel Pinheiro, em 1971, com a incorporação dos integrantes do Ballet de Minas Gerais e da Escola de Dança, ambos dirigidos por Carlos Leite – que profissionalizou e projetou a Companhia nacionalmente.

O Grupo desenvolve hoje um repertório próprio de dança contemporânea e se integra aos outros corpos artísticos da Fundação – Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e Coral Lírico de Minas Gerais – em produções operísticas e espetáculos cênico-musicais realizados pela Instituição ou em parceria com artistas brasileiros. A Companhia tem a pesquisa, a investigação, a diversidade de intérpretes, a cocriação dos bailarinos e a transdisciplinaridade como pilares de sua produção artística. Seus espetáculos estimulam o pensamento crítico e reflexivo em torno das questões contemporâneas, caracterizando-se pelo diálogo entre a tradição e a inovação.

 

Fundação Clóvis Salgado

Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS. 

A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.

Serviço
Cia de Dança Palácio das Artes na Semana Paulista da Dança | Poderia ser Rosa
Data: 25/08/2023 (sexta-feira)
Horários: 20h
Local: Auditório do MASP – Museu de Arte de São Paulo - Av. Paulista, 1578 – São Paulo, SP
Classificação Indicativa: Livre
Informações para o público: (31) 3236-7400

Distribuição de ingressos a partir de 2 horas antes dos espetáculos, conforme horário de chegada

Foto: Christiano Castro

Trilogia Grande Sertão Veredas Riobaldo Crédito Renato Mangolin 4

No ano que marca os 115 anos de Guimarães Rosa, o Palácio das Artes recebe duas peças teatrais baseadas na obra-prima do autor mineiro. O ator e dramaturgo carioca Gilson de Barros volta a Belo Horizonte com a “Trilogia Grande Sertão: Veredas”, com direção do premiado Amir Haddad.

De sexta a domingo (29/9 a 01/10), o artista reapresentará a peça “Riobaldo”. Já entre os dias 6 e 8 de outubro estreia, em BH, a segunda peça da “Trilogia: O Diabo na Rua, no Meio do Redemunho”. As apresentações acontecerão no Teatro João Ceschiatti, às 20h nas sextas e sábados e às 19h30 aos domingos. Os ingressos custam R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia-entrada).

Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa (1908- 1967), é considerado a obra-prima do escritor mineiro e um dos maiores livros da literatura brasileira, já tendo sido adaptado para cinema e televisão. Publicado em 1956, a obra revolucionou a literatura nacional, a partir da observação da linguagem popular e da inventividade do autor ao retratar o sertão mineiro. Guimarães Rosa dispôs da riqueza e ousadia da língua para se aprofundar reflexivamente sobre a alma humana, atribuindo ao sertão uma dimensão universal e discutindo aspectos metafísicos do homem em toda sua ambiguidade.

Trajetória de sucesso

A “Trilogia Grande Sertão: Veredas” estreou com a peça “Riobaldo” em março de 2020, no Rio de Janeiro. Uma semana depois, teve a temporada cancelada em decorrência da pandemia, mas manteve sua interlocução com o público por meio de lives entre ator e diretor, e foi pioneira nas apresentações virtuais. Voltou a ficar em cartaz em 2021, fazendo temporadas presenciais em vários espaços da capital fluminense.

Em 2022, a peça iniciou turnê pelo país. A primeira parada foi em São Paulo, em uma vitoriosa temporada, seguida por Belo Horizonte (na Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais) e pelas cidades mineiras que integram o Circuito Guimarães Rosa. Também percorreu bairros da cidade de São Paulo, integrando o Circuito Cultural e 18 cidades do interior. O espetáculo fechou o ano em Brasília.

Em março de 2023, “Riobaldo” ocupou o Teatro João Ceschiatti, com ingressos esgotados e sessão extra. O sucesso foi estrondoso e, atendendo a pedido do público, o espetáculo retorna agora ao Palácio das Artes, desta vez acompanhado pela segunda parte da trilogiaa peça “O Diabo na Rua, no Meio do Redemunho”, que faz sua estreia em Minas Gerais.

“Há alguns anos venho estudando a obra de Guimarães Rosa, com ênfase no livro “Grande Sertão: Veredas”. Interpretar Riobaldo tem sido meu trabalho e minha dedicação. A cada releitura do livro, cada temporada da peça, a cada curso que participo, vou aumentando a compreensão da obra. O objetivo é traduzir a prosa do Guimarães para a linguagem do teatro. Pretensioso, eu sei. Mas, não imagino outra forma de enfrentar essa obra-prima, repleta de brasilidade. Por fim, registro a honra de estar no palco com o suporte de João Guimarães Rosa, Amir Haddad, Aurélio de Simoni e todos os colegas envolvidos nessa montagem”, celebra Gilson de Barros.

SINOPSE: Riobaldo

Personagem central do romance “Grande Sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa, o ex-jagunço Riobaldo relembra seus três grandes amores: Diadorim, Nhorinhá e Otacília. O incompreendido amor por Diadorim, o amigo que lhe apresentou a vida de jagunço e lhe abriu as portas do conhecimento da natureza e do humano, levando-o ao pacto fáustico; o amor carnal e sem julgamentos pela prostituta Nhorinhá; e o amor purificador por Otacília, a esposa, que o resgatou do pacto fáustico e o converteu em “homem de bem”.

SINOPSE: O Diabo na Rua, no Meio do Redemunho

Riobaldo, um ex-jagunço, hoje um velho fazendeiro, conversa com um interlocutor (o público). Nesse encontro, cheio de filosofia, ele conta passagens de sua vida e reflete sobre a dialética: bem e mal, Deus/diabo.  Na juventude, por amor a Diadorim, e para conseguir coragem e força, fez o que julga ser um pacto fáustico. Durante a narrativa, o personagem se vale de várias histórias populares, para questionar: “o diabo existe?”.

Serviço
Trilogia grande sertão: veredas 

Riobaldo
Datas: 29/9 (sexta-feira), 30/9 (sábado) e 01/10 (domingo)
Horário: Sexta e sábado, às 20h; domingo, às 19h30
Local: Teatro João Ceschiatti – Palácio das Artes
Endereço: Av. Afonso Pena, 1537, Centro, Belo Horizonte
Ingressos: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia-entrada)
Classificação Indicativa: 16 anos

O diabo na rua, no meio do redemunho
Datas: 06/10 (sexta-feira), 07/10 (sábado) e 08/10 (domingo)
Horário: Sexta e sábado às 20h, domingo às 19h30
Local: Teatro João Ceschiatti – Palácio das Artes
Endereço: Av. Afonso Pena, 1537, Centro, Belo Horizonte
Ingressos: R$ 50 (inteira) e R$25 (meia-entrada)
Classificação Indicativa: 16 anos

Informações para o público: (31) 3236-7400

Foto: Renato Mangolin

Recital de Professores Cefart Crédito Paulo Lacerda

O Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam o “Recital de Professores da Escola de Música do Cefart”. O espetáculo acontece nesta sexta-feira (25), às 19h, na Sala Juvenal Dias, no Palácio das Artes. A entrada é gratuita e a classificação é livre.

O evento reúne docentes de diferentes disciplinas do curso e composições de diversos autores. A proposta da apresentação é mostrar ao público parte do trabalho que os professores desenvolveram ao longo de sua carreira como musicistas, assim como a diversidade musical aplicada na formação dos estudantes.

O “Recital de Professores do Cefart” busca divulgar o trabalho dos docentes de música, aproximando-os dos alunos e do público em geral. Em performances individuais ou em pequenas formações, os educadores apresentam obras que vão do repertório erudito ao popular brasileiro, dando ao público a oportunidade de contemplar interpretações de elevado nível artístico.

As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm como mantenedores Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal, Patrocínio da Usiminas e Correalização da APPA – Arte e Cultura.

Saberes musicais

O repertório do “Recital de Professores” contempla vários instrumentos e estilos de obras. Estão inclusas no programa desde composições eruditas europeias do século XVIII a representantes da música contemporânea, todas interpretadas exclusivamente de forma instrumental. Obras como Quarteto para flauta, violino, viola e violoncelo, do austríaco Wolfgang Amadeus Mozart, marcam a presença da música clássica no repertório.

Outros compositores eruditos reconhecidos, como o alemão Johann Sebastian Bach e o italiano Antonio Vivaldi, também estão presentes no programa. O repertório conta, ainda, com uma obra do autor russo Sergei Rachmaninoff, em homenagem aos 150 anos de nascimento do artista.

Gustavo Machado, que faz parte da Coordenação da Escola de Música e é professor de trompete no Cefart, destaca a importância dos recitais de professores na apresentação ao público da diversidade de instrumentos, estilos e técnicas, assim como do próprio trabalho de ensino e difusão artístico-cultural desenvolvido na instituição. “A Escola de Música do Cefart oferece cursos de diversos instrumentos.

Sendo assim, cada professor apresenta no recital um repertório voltado para sua área de concentração, possibilitando desta forma uma grande variedade de estilos e técnicas em diferentes abordagens musicais. A performance é sem dúvida uma das habilidades mais importantes no aprendizado de instrumentos musicais e está inserida no ensino da nossa escola. Por isso, o exemplo dos professores através do recital se faz essencial para o crescimento dos alunos, que posteriormente realizarão suas próprias apresentações”, afirma.

A música das Américas marca presença no concerto com a obra Pastorale, de Eric Ewazen (1954-), consagrado compositor norte-americano e grande conhecedor dos instrumentos de metal. O autor se tornou popular pela forma como manipula a harmonia e as melodias em suas músicas, demonstrando grande conhecimento da técnica da orquestração e com uma ampla compreensão do desenvolvimento da técnica composicional. As apresentações se encerram com uma obra criada em homenagem a uma das maiores cantoras da História, a estadunidense Billie Holiday (1915-1959).

Composta em 2003 pelo holandês Jacob Ter Veldhuis, Billie foi baseada na voz da artista a partir de registros proveniente de várias entrevistas radiofônicas ao longo de sua carreira. “O público pode esperar uma grande diversidade de instrumentos, várias formações de grupo, músicas solo sem e com acompanhamento, distintos estilos musicais e compositores de épocas variadas. Tudo isso executado por profissionais de excelência”, garante o professor Gustavo Machado.

Programa

Concerto para Piano em n° 5 em Fá Menor, BWV 1056 | J. S. Bach

Camerata Concertante de Professores da Escola de Música Cefart

Regência: Luiz Franceschini

Piano Solo: Leoni Werner

Violinos: Vitor Dutra e Mateus Figueiredo

Viola: Kele Albuquerque

Violoncelo: Glaucia Furtado

Trio élégiaque nº 1 em sol menor | S. Rachmaninoff

Violino: Vítor Dutra

Violoncelo: Gláucia Furtado

Piano: Leoni Werner

Pastorale | E. Ewazen, 1996

Trombone: Igor de Lima Pereira

Tuba: Isaque de Macedo

Piano: Leoni Werner

Quarteto de Mozart KV 285 para flauta, violino, viola e violoncelo

I – Allegro

II – Adagio

III – Rondo

Flauta Transversal: Nara Franca

Violino: Vitor Dutra

Viola: Kele Albuquerque

Convidado: Violoncelo: Carlos Marcio

Concerto para Violão em Ré Maior RV 93 | A. Vivaldi

Camerata Concertante de Professores da Escola de Música do Cefart

Regência: Luiz Franceschine

Violão Solo: Dudu Barreto

Violinos: Vitor Dutra e Mateus Figueiredo

Viola: Kele Albuquerque

Violoncelo: Glaucia Furtado

Billie (2007) | Jacob Ter Veldhuis

Saxofone: Luis Flávio Aguiar

Professores:

Eduardo Barreto (Violão), Igor de Lima Pereira (Trombone), Isaque Edson Macedo (Tuba), Kele Albuquerque (Viola) Leoni Werner (Piano), Luis Flávio Aguiar Miranda (Saxofone), Luiz Franceschini (Regência) Mateus Figueiredo (Violino) e Nara Franca (Flauta Transversal)

Escola de Música

A Escola de Música do Cefart oferece os Cursos Básico e o Curso Básico Complementar de Música. O Curso Básico de Música tem duração de três anos e o objetivo é formar o músico performer– cantor ou instrumentista – com conhecimento específico na área de performance musical, para atuar como solista ou camerista, compor grupos profissionais ou amadores, orquestras, corais e outras formações musicais.

A capacitação dos alunos se dá por meio de estudos de instrumento musical ou canto erudito e alia a prática à teoria musical. O intuito é desenvolver o potencial artístico do aluno e otimizar suas habilidades para a performance, a criação e a apreciação musical, sempre incentivando a produção musical individual e coletiva.

Cefart

O Centro de Formação Artística e Tecnológica da Fundação Clóvis Salgado é responsável por promover a formação em diversas linguagens no campo da arte e em tecnologia do espetáculo. Inúmeras gerações de artistas e técnicos foram formadas ao longo dos quase 50 anos de atividades, com forte impacto no fazer artístico de Minas Gerais.

Um dos aspectos mais valiosos dessa formação é a possibilidade da vivência prática dos alunos nos espaços profissionais do Palácio das Artes, onde está sediada uma de suas unidades. Referência em formação artística, o Cefart possui amplo e inovador Programa Pedagógico para profissionalizar e inserir jovens talentos no mercado de trabalho da cultura e das artes.

São oferecidas, gratuitamente, oportunidades democráticas de acesso a formação cultural diversa, por meio de Cursos Técnicos, Regulares e de Extensão, com grande repercussão social. São incontáveis as possibilidades de atuação dos alunos, ao longo de amplo calendário anual, incluindo grupos jovens, projetos de pesquisa e apresentações artísticas diversas. São oferecidas, ainda, várias atividades gratuitas, destinadas a diferentes públicos, bem como oferta virtual de conteúdos culturais formativos. Além dos estúdios e salas de aula no Palácio das Artes, o Cefart mantém unidade também na Praça da Liberdade, integrada ao Circuito Cultural.

Fundação Clóvis Salgado

Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS. 

A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia. de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.

Serviço
Recital de professores da escola de música do cefart
Data: 25/08/2023 (sexta-feira)
Horários: 19h
Local: Sala Juvenal Dias – Palácio das Artes
Endereço: Av. Afonso Pena, 1.537, Centro, Belo Horizonte
Classificação Indicativa: Livre
Informações para o público: (31) 3236-7400

Entrada gratuita, com retirada de ingressos a partir de 1 hora antes do evento, na bilheteria da Sala Juvenal Dias

Foto: Paulo Lacerda

3º Encontro Regional da IGR Grutas Divulgaçao IGR Grutas

Pela primeira vez em Capim Branco, o 3º Encontro Regional de Turismo e Cultura da Instância de Governança Regional (IGR) Grutas bateu recorde de público nesta edição. Mais de 200 pessoas se encontraram no Auditório Municipal José Teodoro Flores nos últimos dias 19 e 20, ocasião em que a cadeia produtiva do turismo e da cultura, gestores públicos, estudantes universitários e comunidade puderam trocar experiências para fomentar o turismo nos 15 municípios que compõem o Circuito Turístico das Grutas.

A abertura contou com o Subsecretário de Estado de Turismo de Minas Gerais, Sérgio de Paula Junior, que estimulou o desenvolvimento da cadeia turística das cidades e elogiou o trabalho desenvolvido no Circuito Turístico das Grutas. Também marcaram presença na cerimônia o prefeito de Capim Branco, Elvis Presley; a presidente da IGR Grutas, Mariela França; e a equipe do Deputado Mauro Tramonte, presidente da Comissão de Gastronomia e Turismo da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que oficializou a entrega de um carro para a IGR Grutas, fruto de emenda parlamentar de sua autoria.

Após a abertura, os prefeitos seguiram para o 3º Encontro de Prefeitos da IGR Grutas no gabinete do prefeito anfitrião Elvis Presley, onde conversaram com o subsecretário Estadual de Turismo, alinhar o entendimento sobre o Programa de Regionalização do Turismo e debater sobre ações conjuntas entre os municípios da IGR Grutas, formada por Lagoa Santa, Confins, São José da Lapa, Pedro Leopoldo, Matozinhos, Capim Branco, Prudente de Morais, Sete Lagoas, Cachoeira da Prata, Fortuna de Minas, Paraopeba, Caetanópolis, Cordisburgo, Jequitibá e Santana de Pirapama. As cidades se comprometeram a viabilizar a estruturação do território como destino turístico, por meio de iniciativas como a melhoria da rodovia MG-424, recapeamento de estradas vicinais, sinalização turística, dentre outras.

O prefeito Elvis Presley reforçou o entendimento de que, para alavancar o turismo, é preciso realizar políticas públicas com apoio técnico. “O Circuito Turístico das Grutas hoje propicia isso para a gente: capacidade técnica, conhecimento e união da gestão pública. A oportunidade de estar no Circuito das Grutas é muito importante para cada município mostrar a sua potencialidade e unir forças para divulgar o quão rica nossa região é”, afirmou.

Programação

O evento contou com intensa programação gratuita de capacitações, painéis de debate e feira de produtores da região, além de proporcionar muito network para os participantes. Na terça-feira (19), o primeiro painel abordou o tema da gastronomia e a valorização do modo de fazer de cada lugar como atrativo turístico e cultural. No segundo bate-papo, o tema foi a natureza como inspiração para experiências esportivas, culturais e artísticas.

Na parte da tarde, após as cidades terem sido homenageadas com Certificado de Boas Práticas, técnicos da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais ministraram o painel “Secult nos Municípios”, que promoveu a capacitação e qualificação a respeito do Programa de Regionalização do Turismo, Cadastur e Promoção em Turismo. O quarto painel expôs a importância e o papel dos Conselhos Municipais de Turismo e Cultura. Encerrando o primeiro dia, foi realizada uma emocionante homenagem para o senhor Heli Diniz, o primeiro presidente do Circuito Turístico das Grutas, eleito em 1999.

No dia 20, no Espaço Verde Imperador, ocorreu o 3º Encontro de Secretários e Assessores de Turismo e Cultura da IGR Grutas. Doze cidades estiveram presentes para palestras trazidas pelos parceiros Sebrae, Senac e Facopi Sete Lagoas.

Iniciando a manhã, o analista do Sebrae Diogo Reis palestrou sobre o Programa Prepara Gastronomia, ao passo que a também analista Nathalia Heringer dissertou a respeito do Programa Check in Minas. Na sequência, as consultoras de relacionamento do Senac Suzane Ferreira e Deycinara Fernandes falaram sobre temas como cursos gratuitos que podem ser oferecidos nas cidades, Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) e orientações sobre eventos municipais. Finalizando a programação, o consultor Fábio Pinheiro da Facopi palestrou sobre Liderança e Gestão no Ambiente Público.

Foto: Divulgação/IGR Grutas

Notícia Secult Bordados CAP

No próximo sábado, 26 de agosto, o Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult/MG) e do Centro de Arte Popular, inaugura a exposição temporária “Perspectivas – Bordando a obra de Henry Vitor”. A mostra integra a programação do “3º Encontro Bordado, Educação, Sustentabilidade & História”, promovido pelo Projeto Mãos que Bordam, que acontecerá de 27 a 31 de agosto.

A mostra “Perspectivas - Bordando a obra de Henry Vitor” apresenta 22 trabalhos de um grupo de bordadeiras, que iniciaram seus trabalhos em 2019 tendo como fonte de inspiração as pinturas do artista.

Segundo Fátima Coelho, coordenadora do Projeto Mãos que Bordam e responsável pela realização do 3º Encontro de Bordados, a escolha das obras de Henry Vitor para serem reproduzidas em bordado veio através do conhecimento e identificação com o trabalho e a beleza das obras do artista, além da simplicidade da arte naif que reproduz as paisagens e a vida no campo. 

Sobre o artista

Henry Vitor nasceu em Guaxupé, MG, em 2 de abril de 1939. Pintor autodidata, teve seu primeiro contato com as tintas aos 17 anos. Formado em Jornalismo e Publicidade, atuou na área por 32 anos, exercendo paralelamente os ofícios de pintor e poeta. Destaque na arte naïf brasileira, sua técnica se caracteriza por uma pincelada delicada e sutil que busca a simplicidade, a alegria, a paisagem ideal. Participou de inúmeras exposições, entre elas: I Bienal Naïf “Universo da Alma Ingênua” - Vitória – ES | 2016; Exposição Coletiva Galeria Bric-A-Brac; Exposição Individual Centro Cultural Prof.

Fernandina Tavares Paes - Guaranésia - MG | 2017 - I Bienal Internacional de Arte Naïf Totem Cor-Ação - Socorro - SP (Prêmio destaque); II Bienal Naïf “Universo da Alma Ingênua” - Vitória - ES; Bienal Naïf do Brasil Evidências - Sesc Belenzinho São Paulo - SP; Exposição Coletiva “O Solar do Rosário e seus Artistas” - Curitiba - PR; Exposição Individual Teatro Municipal Guaxupé - SP; Mostra dos Recusados - Arte Naïf Nacional - Mogi das Cruzes - SP | 2018; Exposição Congada - Socorro – SP | 2018; Festival Internacional de Arte Naïf - FIAN em Guarabira – PB.

Sobre o 3º Encontro Bordado, Educação, Sustentabilidade & História

O 3º Encontro de Bordado, Sustentabilidade & História acontece de 27 a 30 de agosto, na Casa Santíssima Trindade, em Belo Horizonte, e tem como objetivo unir as pessoas através do bordado, apresentando várias técnicas, que são compartilhadas com o grupo. O evento promove ao longo desses quatro dias diversas atividades, dentre elas: mesas redondas, palestras, oficinas, exposições, noite autógrafos.

Informações e inscrições para o Encontro pelos telefones: (31) 9 9992-6884 (Fátima Coelho) e (31) 9 9726-9167

Centro de Arte Popular

Localizado nas adjacências da Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, o Centro de Arte Popular foi inaugurado em 19 de março de 2012 e exibe ao público a riqueza da cultura produzida pelos artistas populares de Minas Gerais. A instituição tem por objetivo divulgar a pluralidade e a diversidade cultural mineira, dinamizando a produção, o consumo e a fruição artística, além de atuar como poderoso agente de inclusão social.

O acervo do CAP é composto por objetos confeccionados em madeira, cerâmica, tecido, fibras naturais, pedras, além de outros suportes e linguagens. A originalidade e a criatividade do artista popular mineiro estão ao alcance dos olhos dos visitantes, assim como o domínio do fazer artístico sobre as matérias-primas proporcionadas pela natureza.

Produzida de forma espontânea, sem determinação direta dos circuitos acadêmicos de transmissão de saberes e geralmente oriunda dos estratos populares da sociedade, a arte popular revela autonomia e capacidade de subversão em relação aos cânones ditados pelo saber erudito, a despeito do constante fluxo e das trocas que permeiam essas instâncias.

A instituição conta com um programa de ação educativa permanente e produz exposições temporárias, oficinas e eventos diversos relacionados às diversas expressões da arte criadas pelo homem ao longo dos tempos no território que corresponde ao Estado de Minas Gerais.

O Centro de Arte Popular é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. Trabalhando em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas.

Serviço
Exposição temporária “perspectivas – bordando a obra de henry vitor”
Data de abertura: 26/08/2023 (sábado)
Horário: 14h às 17h
Período de Visitação: 26 de agosto a 24 de setembro de 2023
Local: Centro de Arte Popular
Endereço: Rua Gonçalves Dias, 1608 - Lourdes - BH/MG. CEP: 30140-092
Horário de Funcionamento: Terça a sexta-feira, das 12h às 19h| Sábados, domingos e feriados, das 11h às 17h.
Facebook: https://www.facebook.com/centrodeartepopular.mg
Instagram: https://www.instagram.com/centrodeartepopular

Sanção descentra cultura Foto Marco Evangelista Imprensa MG

O governador Romeu Zema sancionou, nesta terça-feira (26/9), a lei Descentra Cultura, que amplia o acesso aos mecanismos do sistema estadual de financiamento cultural para os 853 municípios mineiros, promovendo a descentralização, regionalização e democratização dos recursos da cultura em todo o estado. O documento foi assinado em cerimônia realizada no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, também com participação do secretário de Estado de Cultura e Turismo (Secult), Leônidas Oliveira. Para o governador, a descentralização da cultura no estado vai colaborar para o surgimento de novos talentos, além de reforçar a cultura mineira. “É uma ação que visa democratizar o acesso aos recursos da cultura, no que diz respeito à questão burocrática. Isso vai fazer com que muitos talentos que nunca tiveram a oportunidade de aflorar tenham, a partir de agora, uma oportunidade. Tenho a certeza de que Minas Gerais, que já era um celeiro de talentos, será muito mais. Nossa cultura vai estar mais presente no interior, onde ela dificilmente chegava, principalmente nos pequenos municípios”, disse. “Saliento também que um estado que tem o nosso patrimônio, história, tradições, cozinha, e que tem essa mineiridade, tem um potencial enorme de fazer aflorar muita coisa que estava abafada, sem condição de florescer. Então, ficam aqui os meus agradecimentos a todos que se esforçaram para que esse projeto se concretizasse. Pois não adianta estarmos criando empregos, atraindo investimentos, sendo ambientalmente responsáveis, melhorando a saúde e a educação, se a cultura não estiver viva, pois é ela que dá liga a tudo isso”, acrescentou o governador. Para o secretário Leônidas Oliveira, a Descentra Cultura pode, além de impulsionar a economia criativa em Minas, gerar empregos e renda em toda a cadeia produtiva do setor. “Hoje é um dia muito especial para a cultura de Minas Gerais. Chegamos a um consenso de um projeto de Lei que facilita a vida dos produtores, trabalhadoras e trabalhadores da cultura. O projeto descentraliza os recursos, sobretudo para os municípios que não têm acesso, compreende a cultura popular e tradicional, inclui e potencializa empresas que patrocinam a cultura; isso significa que um maior contingente da população terá acesso aos recursos da cultura.  Minas tem como o seu maior produto a cultura, e tem no turismo a compreensão da cultura como uma potência de geração de emprego e renda e atração de turistas. Agradeço ao governador Romeu Zema por acreditar na cultura de uma forma livre, pensando no ser, na pessoa e no desenvolvimento econômico”, enfatizou o secretário. Modernização Com a sanção do projeto de lei, o Governo de Minas, por meio da Secult, garante a modernização, regularização e, principalmente, cria melhores condições de acesso aos municípios, às trabalhadoras e trabalhadores da cultura, de forma especial à cultura popular. A lei também facilita o acesso de povos e comunidades tradicionais aos mecanismos de fomento. Proposto pelo Governo de Minas, via Secult, o PL Descentra Cultura Minas Gerais foi elaborado em conjunto com o Conselho Estadual de Política Cultural (Consec), com as Secretarias de Estado de Fazenda (SEF) e de Governo (Segov) desde 2020, tendo também a colaboração direta de vários parlamentares para o aprimoramento e consolidação.

Mudanças Tecnicamente, a lei Descentra Cultura modifica a legislação 22.944/2018, que institui o Sistema Estadual de Cultura, o Sistema de Financiamento à Cultura e a Política Estadual Cultura Viva. Para chegar à sanção, o projeto de lei foi aprovado em dois turnos no Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Pelas regras anteriores, a cada ano, cerca de 35 municípios mineiros acabavam concentrando 95% dos recursos destinados à Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Já via Fundo Estadual de Cultura (FEC), apenas 184 municípios conseguiam acessar o mecanismo, concentrando 89% dos recursos disponíveis. Com a Descentra Cultura, o acesso agora está de vez ampliado para todos os municípios mineiros. Confira, a seguir, outros destaques da nova legislação estadual:

  • Definição mais precisa das expressões de culturas populares, das quais não serão exigidos projetos;
  • Possibilidade de redução de contrapartida das empresas ao Fundo Estadual de Cultura (FEC) no caso de os proponentes serem do interior do estado, passando dos atuais 35% para 10%;
  • Sistema de financiamento passa a poder apoiar outras iniciativas, como assegurar visibilidade de artistas mineiros para curadores de grandes festivais e mostras nacionais e internacionais, entre outras ações;
  • Empresas de maior porte que optarem por financiar projetos em municípios do interior do estado poderão destinar até 5% do valor devido do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Antes, esse percentual estava limitado a 3%;
  • Reorganização dos mecanismos de inscrição, aprovação e prestações de contas, conforme demandas antigas da sociedade;
  • Incorporação de emendas que propõem a simplificação e aprimoramento do acesso a recursos para culturas populares e tradicionais;
  • Instauração de novas modalidades de repasse: Fomento; Patrocínio; Bolsa; Fomento individual;
  • Maior transparência nos dados do Sistema Estadual de Cultura (Siec);
  • Redução e extinção de sanções e multas para empreendedores culturais;
  • Limitação dos recursos do FEC disponíveis para municípios e organizações ligadas à Secult;
  • Garantias de ações afirmativas para grupos culturais marginalizados e de apresentação verbal de projetos oficializados pela Secult-MG;
  • Avaliação de impacto a ser realizada de forma participativa;
  • Mudança de “Seleção Pública de Projetos” para “Instrumentos Públicos de Seleção”;
  • Ajuste da contrapartida de municípios ao critério variável da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO);
  • Vinculação do Conselho à lei do Siec;
  • Atendimento às bandas de música tradicionais e promoção de formação musical.

Foto: Marco Evangelista / Imprensa MG

ICMS Turismo

O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult/MG), divulgou o resultado provisório do ICMS Turismo de 2023 (ano referência 2022). Do total, 485 municípios estão habilitados a receber recursos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em 2024. O número corresponde a 78,22% das 620 cidades que pleiteavam o benefício – um aumento de 65% em relação ao índice provisório de 2022, quando 294 municípios conseguiram a habilitação.

Esse aumento significativo é fruto do trabalho realizado pela Secult/MG através de capacitação, interlocução e articulação junto aos municípios e às Instâncias de Governança Regionais (IGRs).

O crescimento demonstra o interesse das cidades em iniciar ou permanecer na política pública do turismo. Cabe notar que mais da metade (56,8%) de todos os 853 municípios mineiros serão contemplados pelo programa, criado para incentivar o fortalecimento da política municipal de turismo e o desenvolvimento da gestão turística.

O empenho da pasta também pode ser percebido na antecipação da publicação dos índices provisórios, divulgados 105 dias em comparação com o ano anterior, graças a um redesenho do processo de análise.

Recursos

Os municípios que não conseguiram atender aos critérios de habilitação podem entrar com recurso até 1º de setembro. Basta entrar no Sistema ICMS Turismo, verificar a notificação de inabilitação e enviar o recurso através de aba própria.

Foto: Divulgação / Prefeitura de Uberlândia

Sérgio Reis FCS Foto Leo Bicalho

O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), promoveu o lançamento de mais um Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte – FestCurtasBH, que ocorrerá de 11 a 22 de outubro. Realizado pela Fundação Clóvis Salgado (FCS), o festival comemora 25 edições celebrando o recorde de filmes inscritos em uma única edição: foram 3.031 obras enviadas, sendo 944 filmes nacionais, de todos os estados brasileiros, e curtas vindos de 106 países.

A coletiva de imprensa para o lançamento do FestCurtasBH aconteceu nessa segunda-feira (25/9), no Foyer do Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. Além de autoridades e servidores da Secult e da Fundação Clóvis Salgado, o evento contou com a participação dos responsáveis pela coordenação e curadoria do 25º FestCurtasBH.

A Secretária de Estado Adjunta de Cultura e Turismo, Milena Pedrosa, ressaltou a longevidade do FestCurtasBH e a relevância dos debates suscitados pelo Festival. “Esse é o poder da política pública, com essa continuidade e o entendimento da importância do setor audiovisual, uma cadeia tão grandiosa e que desenvolve social e economicamente o nosso estado. Um festival que já é realizado há mais de duas décadas e segue despertando a sensibilidade do público e fomentando todas as discussões tão importantes que o audiovisual promove”, celebrou.

O presidente da Fundação Clóvis Salgado, Sérgio Rodrigo Reis, destacou que o Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte é uma grande janela de exibição para as múltiplas formas do audiovisual. “A cada novo FestCurtasBH, somos surpreendidos com a criatividade e as provocações dos realizadores. É motivo de orgulho que a Fundação Clóvis Salgado invista em uma iniciativa tão potente quanto o Festival. De forma gratuita e democrática, oferecemos ao nosso público uma programação extensa, variada e que sempre busca refletir as urgências da contemporaneidade por meio de produções em curta-metragem. Teremos aqui dias muito ricos, não só para quem puder vir presencialmente, mas também para quem estiver em casa e quiser conferir a programação”, disse.

Programação diversa e gratuita

Nos dias 11 e 12 de outubro serão realizadas atividades para introduzir o público nos temas que serão debatidos ao longo da programação do evento. No dia 11, no Cine Humberto Mauro, acontecerá a sessão de première especialmente preparada para dar largada nessa jornada cinematográfica. Dia 12, integrando o Dia do Pequeno Artista, promovido pelo Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart), da FCS, o público infantil poderá se divertir com a realização do FestCurtinhas, em duas sessões especialmente preparadas para a garotada.

Já na sexta-feira (13/10) ocorre a abertura das mostras especialmente curadas para a 25ª edição do evento. A ocasião contará com a participação da cantora Adriana Araújo, comandando uma roda de samba, em uma ocupação diferenciada do Palácio das Artes.

Ao todo, serão exibidos 142 filmes nacionais e internacionais, distribuídos entre mostras competitivas, paralelas e especiais, incluindo uma destinada exclusivamente à produção mineira. Haverá ainda sessões comentadas, mesa-redonda, debates, exposição e oficina crítica.

A programação presencial acontecerá no Cine Humberto Mauro, na Sala Juvenal Dias, no Espaço Mari'Stella Tristão e na Galeria Aberta Amilcar de Castro – todos espaços do Palácio das Artes com acesso gratuito. O público poderá ainda ter acesso online às sessões de cinema por meio da plataforma Cine Humberto Mauro MAIS.

A coordenadora de Programação e Curadoria do festival, Ana Siqueira, explicou que, nesta edição, o FestCurtasBH propõe um olhar mais atento às produções das mulheres, em um recorte mais regionalizado. "Para além da sempre instigante produção contemporânea nacional e internacional, presente nas mostras competitivas e paralelas, o 25º FestCurtasBH apresenta duas mostras especiais que se dedicam a cinemas de criações estéticas e políticas tão fundamentais quanto pouco conhecidos entre nós. Temos uma mostra com a história do cinema feito por mulheres na América Latina desde os anos 1960 até os dias de hoje, e que é tão inventivo e admirável quanto pouco acessível no Brasil. Já a segunda mostra especial se volta para o aclamado trabalho da cineasta e artista visual estadunidense Cauleen Smith, em sua primeira visita ao Brasil ", destacou Ana Siqueira.

Já o coordenador executivo do festival, Matheus Antunes, pontuou que a diversidade da programação é um dos grandes atrativos do evento. “Se manter plural e estar em constante desenvolvimento e movimento é uma das características mais marcantes do FestCurtasBH. A diversidade e a constante ampliação dos mais diversos colaboradores que contribuem não apenas para a criação da programação cinematográfica, mas também, para a ampliação de nossa programação - que em tempos atuais não se limita apenas ao fazer/ver cinematográfico, é um dos principais marcos do Festival. O crescente número de inscrições - nacionais e internacionais - reflete cada vez mais a consolidação do FestCurtasBH entre os principais eventos dedicados ao curta-metragem. Ao longo de dez dias da intensa programação, o festival cria um ambiente dedicado à exibição e à reflexão sobre as obras - contemporâneas ou históricas exibidas em cada edição - mas também propõe um olhar em diálogo, um convite à experimentação, para outros campos da expressão artística. Entre eventos musicais, exposição, atividades formativas, e intervenções artísticas o FestCurtasBH se consolida hoje como um espaço de reflexão do cinema para além da tela”, destacou.

Seleção e premiação

Todos os filmes inscritos foram avaliados e selecionados por duas comissões – uma para as obras nacionais e outra para as internacionais –, ambas compostas por seis profissionais brasileiros dedicados à pesquisa, à curadoria, à crítica e à realização cinematográfica.

Os filmes exibidos nas mostras competitivas serão avaliados por Júri Técnico e concorrem ao prêmio oficial de R$ 5 mil. As demais obras, exibidas nas mostras paralelas, concorrem, juntamente com os filmes da mostra competitiva, ao prêmio do Júri Popular no valor de R$ 3 mil. As duas categorias de mostras também concedem o já tradicional “Troféu Capivara”. 

Exposições e oficina Corpo Crítico

Durante o Festival, a cineasta Cauleen Smith – que será tema de uma das mostras especiais – apresentará pela primeira vez no Brasil a obra “SPACE STATION: A Rock in a River”. A mostra ficará em cartaz de 13 a 29 de outubro, com entrada gratuita.

Outra atração para além do cinema é a Oficina Corpo Crítico, integrada à programação do FestCurtasBH desde 2018. Criada com o intuito de propiciar a construção conjunta de pensamento em torno dos filmes, a oficina gratuita ocorrerá nos dias 11, 12, 16 e 17 de outubro. Para participar, é preciso se inscrever pelo site do festcurtasbh até 1º de outubro. 

Nesta edição, a oficina será realizada pela INDETERMINAÇÕES, plataforma criada pela historiadora e crítica cinematográfica pernambucana Lorenna Rocha e pelo jornalista e curador mineiro Gabriel Araújo. O tema da edição é “Autorias em disputa; ou crítica como contaminação", proposta pela dupla para fomentar a discussão em torno da ideia de autoria e coletividade.

Além do Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e  Fundação Clóvis Salgado, o Festival Internacional de Curtas de BH é apresentado pelo Ministério da Cultura e Secretaria Municipal de Cultura de Belo Horizonte. A realização é da FCS, com correalização da APPA - Arte e Cultura e patrocínio máster da , por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

O festival conta ainda com o apoio da MGS, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, e apoio cultural da Embaixada da França no Brasil e do Instituto Cervantes de Belo Horizonte. A Fundação Clóvis Salgado tem como mantenedores a Cemig e o Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal, Patrocínio da Usiminas e apoio da Anglo Gold Ashanti.

Foto: Leo Bicalho

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Belo Horizonte sediará o 1º Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea - Caipiblue, cuja abertura ao público está prevista para o dia 1º de setembro. Com realização do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e da Fundação Clóvis Salgado, o evento celebrará a criatividade, a história e o legado da cultura alimentar e gastronômica mineira por meio de diversas ações, como simpósio, encontros de negócios, feira com produtos regionais, como café, o queijo e a cachaça, além de experiências gastronômicas, jantares beneficentes e atrações culturais.

 A programação, que celebra o intercâmbio cultural, turístico e gastronômico com Curaçao, país convidado para a estreia desse projeto, foi lançada na manhã desta segunda-feira (21), no Palácio da Liberdade. O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, explicou que o festival marca uma nova etapa do processo de valorização e reconhecimento da cozinha mineira, que foi declarada patrimônio cultural imaterial do estado em julho deste ano.

“Após esse momento, nós estamos iniciando um processo de talvez dar um nome, um significado, a um fenômeno que acontece no nosso estado, sobretudo, em alguns restaurantes da capital, do Sul de Minas e de Tiradentes. Nós identificamos uma continuidade em relação à cozinha mineira, no que diz respeito à pesquisa, à valorização dos produtos da terra, mas com uma apresentação oriunda da forma francesa”, pontuou Oliveira. “Eu costumo dizer que todos nós sabemos fazer feijão tropeiro. No entanto, nós precisamos avançar no sentido de que a riqueza da nossa cozinha tenha uma apresentação de forma contemporânea. Daí o nascimento do festival, que propõe uma reflexão sobre a cozinha mineira contemporânea, certamente, baseada na tradição da cozinha agora protegida”, acrescentou o secretário.

A representante de Curaçao no Brasil, Janaína Araújo, comemorou a parceria e reforçou que o Caipiblue já é um dos temas mais comentados na ilha caribenha. “Os empresários estão ávidos para chegarem aqui e fazerem negócios com o estado de Minas Gerais. Curaçao é uma ilha que precisa de tudo e Minas tem tudo a oferecer. Nós já entendemos que esta será uma parceria muito frutífera”, exaltou Janaína.

Ela também anunciou a inclusão, em dezembro deste ano, de novas frequências do voo direto entre Belo Horizonte-Curaçao, inaugurado pela Azul Linhas Aéreas, em junho deste ano. “Esse é um voo muito significativo. O mineiro ganhou uma praia caribenha. Curaçao será a nossa ‘Ibiza’ no Sul do Cariben, essa conectividade é um presente para os mineiros”, completou.

Experiências Gastronômicas

A curadoria da parte gastronômica do Caipiblue é assinada pelo chef Felipe Rameh. Com 20 anos de trajetória, ele coleciona histórias no comando de restaurantes de destaque no cenário gastronômico da capital mineira. Apresentador do programa “Coisas daqui”, da Globo, ele é especialista em tudo que se refere à rica culinária do estado. Ele compôs o evento convidando outros chefs como o talentoso Caio Soter, do restaurante Pacato, com quem dividirá o comando dos banquetes beneficentes promovidos no Palácio da Liberdade.

Esse espaço será o principal ambiente de convivência do evento. Nos Jardins do Palácio, serão concebidos espaços planejados por arquitetos e decoradores, destacando elementos da mineiridade. Chefs e restaurantes convidados prepararão pratos especiais, além de oferecer cozinhas e drinks shows com preparos que prometem encantar pelos olhos e pelo paladar. Móveis, adornos, receptivo. Todos os detalhes foram planejados para garantir uma experiência incomparável.

 “No entorno do Palácio, teremos 8 estações de cozinha mineira contemporânea. Uma delas será do restaurante Tragaluz de Tiradentes, servindo sobremesas típicas. Outra será do Pacato, do Caio Soter. Eu também vou ter a minha estação. Haverá outras de vinhos, coquetéis, gelatos mineiros com harmonizações inusitadas, como goiabada com flor de sal e alecrim. Vamos fazer umas brincadeiras assim para trazer um pouco desse ar contemporâneo. Vamos receber também bartenders e chefs de cozinha de Curaçao, além de ter uma feirinha de rua de com produtos mineiros”, detalhou Rameh.

 Simpósio “Conversas de Cozinha”

 A cozinha mineira será o tema central do Simpósio “Conversas de Cozinha”, que acontecerá nos dias 1 e 2/9, no Circuito Liberdade. Os encontros serão abertos ao público e profissionais que a vivenciam compartilharão suas experiências em dois dias de programação.

 O curador Roger Vieira ressaltou que o objetivo é difundir conhecimento e experiências não só entre especialistas, mas com o público em geral. “Esse festival marca a primeira experiência internacional após o registro da cozinha mineira como patrimônio e teremos a grata oportunidade de trazer alguma das pessoas que atuaram de forma importante nesse processo de patrimonialização, desde 2002, quando o Modo de Fazer O Queijo Artesanal da Região do Serro foi registrado patrimônio cultural imaterial do estado de Minas Gerais. Teremos também convidados que atuam nesse processo em nível federal, como a produção do dossiê pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). São, portanto, professores, pesquisadores e profissionais que fazem parte desse momento de patrimonialização da cozinha mineira. Teremos a oportunidade de discutir também estes conceitos: cozinha mineira, gastronomia mineira, culinária mineira. Seriam eles sinônimos? De onde eles surgem?”, comentou Vieira.

Diálogos sobre proteção e salvaguarda dos saberes em torno da cozinha mineira, as suas diversas vertentes, do clássico ao contemporâneo, ao lado das perspectivas de fomento e promoção e das relações com o turismo de experiência serão alguns dos principais temas. Haverá também o lançamento da primeira pós-graduação em cozinha mineira contemporânea, que será oferecida pela Faculdade Arnaldo, em Belo Horizonte.

Feira de Minas

Na Alameda da Educação, na Praça da Liberdade, produtores mineiros participarão da Feira de Minas, que reunirá uma seleção de cafés, doces, queijos, dentre outras iguarias. A curadoria desse espaço foi realizada junto com o Sebrae. 

Encontros de negócios

 Esses encontros vão acontecer entre os dias 31/8 e 1/9, no Museu Memorial Minas Gerais Vale, no dia 1, das 9h às 13h. O objetivo é possibilitar que produtores de Minas Gerais possam estreitar laços com os representantes de Curaçao, apresentando os produtos mineiros, o potencial de exportação e compartilhando experiências de sucesso. Esses encontros serão mediados pelo Sebrae.

O presidente do conselho deliberativo do Sebrae Minas e presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, sublinhou, inclusive, que essa iniciativa estimulou a decisão de tornar a exportação dos produtos mineiros mote dos próximos trabalhos a serem desenvolvidos junto com os empresários do estado.

"Aproveito para anunciar que estamos criando o Sebrae Exporta, que se dedicará a entender qual o melhor caminho para que os microempreendedores e os empresários da economia criativa possam buscar nesse mercado", frisou.  "Curaçao precisa de muitos produtos que nós aqui em Minas temos abundantemente. Então, nosso objetivo é facilitar esses processos, fomentar o turismo, receber as pessoas de Curaçao de braços abertos e também que a ilha possa receber os mineiros. Parabenizo a Azul que aceitou esse desafio de fazer com que esse voo seja capaz de gerar negócios e transformar vidas", acrescentou Silva. 

Banquetes beneficentes no Palácio da Liberdade

 A experiência se completará com banquetes no Palácio da Liberdade, apresentando a cozinha mineira com charme e sofisticação. Serão quatro almoços e jantares que poderão ser apreciados mediante a compra de ingressos na plataforma Sympla. Toda a renda será doada para os hospitais: Santa Casa BH, Hospital da Baleia, Mário Penna e São Francisco.

 Essas instituições foram indicadas pelo Serviço Social Autônomo (Servas). A presidente do Servas, Christiana Renault, a importância de contemplar esses espaços. “Só quem está próximo de alguém que administra esses hospitais filantrópicos sabe a luta que é fechar a contabilidade o custeio desses hospitais, que atendem pessoas não apenas de Belo Horizonte, mas pacientes de todo o estado”, relatou Christiana.

Ela, em seguida, detalhou que serão quatro refeições completas, que serão produzidas pelos chefs Felipe Rameh e Caio Soter. Enquanto Rameh assinará os menus do jantar do dia 1º de setembro e do almoço do dia 3/9, Soter ficará responsável pelos banquetes servidos no almoço e no jantar do dia 2/9.

“Nós receberemos cerca de 40 convidados em cada uma das refeições, e já estamos emitindo alguns convites no Sympla. Toda a renda será revertida em conjunto. Vamos somar todo o valor arrecadado e dividir pelos quatro hospitais”, completou a presidente do Servas.

Os banquetes incluem um receptivo com entradas, uma visita guiada pelo Palácio da Liberdade, até o momento do menu completo, proporcionando uma experiência gastronômica que será contextualizada com alguns destaques da história de Minas Gerais.

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Conexão com Curaçao

Desde junho deste ano, quando foi inaugurado pela Azul Linas Aéreas, no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, um novo voo direto para a ilha caribenha, esta tem se tornado mais uma importante porta de entrada para a promoção internacional do destino Minas Gerais no Caribe.

Durante o evento, a ilha estará representada por sua coquetelaria e pela música. Bartenders renomados de Curaçao virão a Belo Horizonte propor receitas combinando ingredientes mineiros, dentre eles a cachaça e o café, com um toque especial do seu país de origem, criando, assim, novos drinks, como o Caipiblue.

Lançado no dia 8 em Curaçao, o Caipiblue, sintetiza o encontro entre as culturas de Minas Gerais e da ilha, a partir da combinação da cachaça com o licor de laranja típico da coquetelaria curaçauense. Essa conexão também será ampliada no simpósio Conversas de Cozinha, no Circuito Liberdade. A importância dos patrimônios históricos em Curaçao e em Minas Gerais como indutores da atividade turística será um dos temas abordados.

 

Fotos: Leo Bicalho

Preservação Tikmũũn Maxakali Foto Leo Bicalho

Única proposta do país contemplada no edital lançado pela Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil, o Projeto de Preservação do Sistema de Conhecimentos Ancestrais do Povo Tikmũ’ũn-Maxakali foi lançado nesta terça-feira (26), em evento realizado no Palácio da Liberdade. A iniciativa é do Governo de Minas, por meio do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) e da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), e se insere no Programa de Salvaguarda das Culturas Indígenas em Minas Gerais, o qual foi anunciado em abril deste ano dentro da programação da Ocupação Artística Abril Indígena. 

Participaram da solenidade representantes da comunidade Maxakali, do Governo de Minas, da Universidade Federal de Minas Gerais, dos Consulado dos Estados Unidos da América e da Promotoria de Justiça de Minas Gerais. 

Dentre os 28 selecionados no edital, que recebe inscrições do mundo todo e é dedicado à preservação do patrimônio cultural, cinco são da América Latina, incluindo a proposta encaminhada pelo Iepha-MG. A proposta receberá cerca de R$ 1 milhão do Fundo dos Embaixadores para a Preservação Cultural no Brasil.

Os recursos vão garantir a realização do trabalho que visa à preservação da língua nativa dos Maxakalis, do artesanato, das músicas, das cerimônias e das técnicas de agricultura, de pescaria e da caça. O primeiro passo será o desenvolvimento de estudos e ações de proteção dos seus costumes, por meio da identificação e documentação dos sistemas de conhecimentos ancestrais da comunidade, o que deverá ser organizado de forma colaborativa.  

O resultado dessa etapa será a criação de um Inventário do território de canto “Yãmixop”, juntamente com uma produção audiovisual, além de seminários, fóruns e exibições de filmes e do desenvolvimento de um plano de salvaguarda.  

Sueli Maxakali, representante da comunidade indígena, comemorou a iniciativa. “Estou muito feliz de estar aqui representando meu povo Maxakali. Era o meu sonho de preservar a nossa memória, para que ela permaneça viva para nossas crianças. Registrar o que era dos nossos antepassados e agradecer a todos os nossos mais velhos que deixaram essa memória para o meu povo”, exaltou Sueli.  

A presidente do Iepha-MG, Marília Palhares, pontuou que o trabalho a ser desenvolvido será de forma participativa junto com os indígenas. “O Projeto de Preservação do Sistema de Conhecimentos Ancestrais do Povo Tikmũ’ũn-Maxakali dá continuidade às ações iniciadas a 20 anos, adotando agora o processo participativo. Os integrantes da comunidade serão protagonistas desse processo. Muitos deles são professores, artistas, pesquisadores, cineastas que contribuirão de forma significativa para o êxito desse projeto”, pontuou Marília.

O secretário de Estado de Cultura de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, ressaltou o papel do Iepha na proteção das culturas tradicionais e originárias. “Durante 52 anos de existência, o Iepha não havia instituído uma política para as afromineiridades, como estamos fazendo. Agradeço a esse novo Iepha que desponta e cria também uma política de proteção para as culturas dos povos indígenas”, sublinhou.

A conselheira para assuntos de Cultura, Educação e Imprensa da Embaixada e Consulados dos EUA, Elizabeth Detmeister, ressaltou a relevância da proposta. “Apoiar este projeto para uma comunidade de grande importância para a história mineira é uma satisfação. Essa iniciativa permitirá a conservação de práticas transmitidas de geração a geração. Além disso, será uma plataforma para compartilhar essa riqueza cultural de forma mais ampla com a comunidade brasileira”.  

SOBRE O POVO MAXAKALI 

Os Maxacalis são o único povo indígena do estado que mantém a sua língua materna, com uma vida dinâmica no Vale do Mucuriem quatro principais áreas: nas aldeias de Água Boa, no município de Santa Helena de Minas; em Pradinho e Cachoeira, no município de Bertópolis; em Aldeia Verde, no município de Ladainha, e no distrito de Topázio, em Teófilo Otoni.

Todo povo indígena tem um nome pelo qual é conhecido, e essa denominação é chamada de etnônimo. Maxakali é um exemplo: esse povo é conhecido no Brasil por meio dessa denominação. Mas, entre eles, o termo usado é outro: Tikmũ’ũn, a combinação de termos como tihik, que significa homem, e mu’un, que tem o sentido de grupo e inclusão. Na tradução para a língua portuguesa, essa ideia pode ser transmitida por apenas três letras: nós. 

Foto: Léo Bicalho

Sofia Fan Crédito André Seiti

Nesta quarta-feira (23), o Palácio das Artes vai receber a “Caminhada Rumos”, evento realizado pelo Itaú Cultural para apresentar o edital “Rumos Itaú Cultural” a artistas, pensadores, gestores e interessados no assunto. O encontro acontece das 19h às 21h, no Teatro João Ceschiatti, e tem entrada gratuita, sem necessidade de retirada de ingressos.

A proposta do grupo formado por Jader Rosa, superintendente do Itaú Cultural, e Sofia Fan, gerente do núcleo de Artes Visuais e Acervos e integrante da Comissão de Seleção, é esclarecer dúvidas e trocar informações sobre a rica cena artística mineira.

Dessa forma, a palestra aproxima o público local do “Rumos Itaú Cultural”, criado há 26 anos e um dos maiores editais privados de financiamento de projetos culturais do país.

As inscrições para o edital “Rumos Itaú Cultural 2023-2024” já estão abertas e devem ser efetuadas pelo site rumositaucultural.org.br, até as 23h59 de 22 de setembro. Nesta edição, o valor máximo para projetos inscritos tanto por pessoas físicas quanto por pessoas jurídicas é de R$ 100 mil brutos.

Em sua 20ª edição, o edital seleciona projetos nas áreas de arquitetura, arte e tecnologia, artes visuais, audiovisual, circo, dança, design, games, gastronomia, HQ, literatura, moda, música, performance e teatro. Os projetos devem estar relacionados à arte e à cultura brasileiras, e podem ser concebidos em qualquer tipo de suporte, formato ou mídia.

Caminhada cultural

Para explicar mais detalhes sobre o funcionamento do edital, equipes do Itaú Cultural percorrem todas as regiões do Brasil na já tradicional Caminhada Rumos, até o dia 14 de setembro, quando terá passado pelas 26 capitais, mais o Distrito Federal, abrangendo todos os estados do país.

 

A atividade começou por São Paulo, em um bate-papo na sede do Itaú Cultural, que pode ser acessado no site do programa ou no YouTube da instituição. Seguiu para Cuiabá (MT), Porto Velho (RO), Aracaju (SE), Recife (PE), Maceió (AL), Natal (RN), Vitória (ES), Rio de Janeiro (RJ), Rio Branco (AC), Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), Goiânia (GO), Macapá (AP), Curitiba (PR) e Belém (PA).

Depois de Belo Horizonte, ainda em agosto, a dinâmica irá para São Luís (MA) e Manaus (AM), no dia 24; e Boa Vista (RR), no dia 25. Em setembro, as primeiras capitais a receberem a Caminhada são Brasília (DF) e Campo Grande (MS), as duas no dia 4; em seguida, no dia 5, é Palmas (TO); João Pessoa (PB), no dia 11; Salvador (BA), no dia 12; Fortaleza (CE), no dia 13; finalizando em Teresina (PI), no dia 14.

Um dos maiores editais privados de financiamento de projetos culturais do país, o Programa Rumos é realizado pelo Itaú Cultural desde 1997, fomentando a produção artística e cultural brasileira. A iniciativa recebeu mais de 75,8 mil inscrições desde a sua primeira edição, vindas de todos os estados do país e do exterior. Destas, foram contempladas 1,5 mil propostas nas cinco regiões brasileiras, que receberam o apoio da instituição para o desenvolvimento dos projetos selecionados nas mais diversas áreas de expressão ou de pesquisa.

Os trabalhos resultantes da seleção de todas as edições foram vistos por mais de 7 milhões de pessoas em todo o país. Além disso, mais de mil emissoras de rádio e televisão parceiras divulgaram os trabalhos selecionados. Na última edição, de 2019-2020, foram 11.246 projetos inscritos, resultando em 90 projetos selecionados.

 Fundação Clóvis Salgado

Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS. 

A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia. de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.

 

Serviço
Caminhada Rumos em Belo Horizonte | Itaú Cultural
Data: 23/08/2023 (quarta-feira)
Horário: das 19h às 21h
Local: Teatro João Ceschiatti – Palácio das Artes
Endereço: Av. Afonso Pena, 1.537, Centro - Belo Horizonte
Classificação Indicativa: Livre
Informações para o público: (31) 3236-7400

Entrada gratuita, sem necessidade de retirada de ingressos. Espaço sujeito à lotação.

Foto: André Seiti

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O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), publicou o edital de abertura do processo eleitoral para escolha de novos membros do Conselho Estadual de Política Cultural de Minas Gerais (Consec). A eleição visa selecionar representantes da sociedade civil para, no biênio 2023-2025, ocuparem cadeira no órgão colegiado, que tem como principais objetivos prestar assessoramento à Secult e acompanhar de perto a elaboração, implantação e descentralização das políticas culturais do Estado.

Serão eleitos 29 conselheiros da sociedade civil, sendo 12 titulares e 17 suplentes; cinco vagas de titular serão ocupadas por conselheiros reconduzidos do mandato atual, que atuarão na comissão eleitoral para escolha dos novos membros. As demais 34 vagas do Consec – 17 titulares e 17 suplentes – serão ocupadas por representantes do poder público, indicados pelos dirigentes dos respectivos órgãos, entidades e instituições.

As cadeiras são distribuídas por 17 segmentos culturais: artesanato; audiovisual e novas mídias; circo; cultura alimentar e gastronomia; culturas afro–brasileiras; culturas indígenas; culturas populares e tradicionais; danças; design e artes visuais; entidades sociais culturais; literatura, livro, leitura e biblioteca; moda; museus, espaços de memória e acervos; música; patrimônio imaterial; produção cultural e técnica; e teatro.

Para as áreas de “museus, espaços de memória e acervos”, “design e artes visuais”, “cultura alimentar e gastronomia”, “culturas populares e tradicionais” e “danças”, cujos representantes foram reconduzidos, haverá eleição apenas para a vaga de suplente. Os eleitos exercerão mandato de dois anos, podendo haver recondução de conselheiros uma única vez. Não há remuneração para exercer as atividades do Consec.

Inscrições e requisitos

As inscrições serão abertas às 9h desta sexta-feira (29/9) e permanecerão até às 23h59 do dia 13 de outubro, considerando o horário de Brasília. O cadastro é gratuito e deverá ser feito por meio de plataforma própria, disponível no site da Secult.

Os interessados deverão informar no formulário seus dados pessoais, além de responderem a quatro perguntas sobre suas propostas de atuação enquanto conselheiros. Também será necessário anexar documentos comprobatórios, como cópia de documento de identificação, comprovante de endereço, cartas de recomendação, portfólio de trabalhos, entre outros.

Poderão se inscrever pessoas físicas maiores de 18 anos que morem em Minas Gerais e que desenvolvam atividades artísticas e culturais no Estado. O critério inclui representantes do segmento “entidades sociais culturais”, desde que atendam aos critérios estabelecidos no edital.

É vedada a participação de servidores públicos efetivos, empregados públicos ou comissionados, vinculados a entidades da administração pública direta ou indireta dos três níveis de governo. Também não podem concorrer pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos.

Como votar nos candidatos

Quem quiser votar para escolher representantes do Consec também deverá se cadastrar na plataforma disponibilizada no portal da Secult. Para isso, é preciso ser pessoa física com mais de 16 anos e residir em Minas Gerais.

Cidadãos inscritos e previamente aprovados em uma das plataformas de fomento da Secult (Plataforma Digital Fomento e Incentivo à Cultura ou Lei Aldir Blanc), bem como os que já votaram em 2021, precisarão indicar apenas o CPF.

A votação será realizada remotamente, através da mesma plataforma digital de cadastramento, das 9h do dia 1º de novembro às 23h59 de dia 17 de novembro. O resultado final das eleições está previsto para 2 de dezembro.

Serviço
Edital de abertura do processo eleitoral: aqui
Edital de instituição da Comissão Eleitoral: aqui
Período de inscrições: 29/09 a 13/10
Resultado preliminar da seleção dos candidatos: 18/10
Votação de eleitores: 01/11 a 17/11
Resultado final da eleição do Consec: 02/12

Foto: Leo Bicalho 

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Já estão abertas as inscrições para o 4° Prêmio Décio Noviello, criado para seleção de artistas, curadores, coletivos ou propostas coletivas. Os interessados devem se inscrever, gratuitamente, até 13 de outubro, por meio do formulário disponível no site do Palácio das Artes ou neste link. A realização é do Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult/MG) e da Fundação Clóvis Salgado (FCS).

A premiação – uma das principais ações de fomento para as artes visuais no Brasil – contemplará três projetos de artes visuais, que serão expostos nas galerias do Palácio das Artes, e dois para a CâmeraSete. Nesta edição, o prêmio de Artes Visuais vai contar com mais um espaço expositivo, a Galeria Mari’Stella Tristão, que se junta novamente à Galeria Arlinda Corrêa Lima e à Galeria Genesco Murta para receber projetos pelo edital. Os prêmios serão de R$ 8 mil para as exposições individuais e de R$ 10 mil para exposições coletivas.

Já para o edital de Fotografia, a CâmeraSete - Casa da Fotografia de Minas Gerais contemplará dois projetos para ocupar os dois espaços expositivos. Os valores para premiação são os mesmos das Artes Visuais: R$ 8 mil para as exposições individuais e de R$ 10 mil para as coletivas. Podem se inscrever, em ambos os editais, artistas, curadores, coletivos ou propostas coletivas de brasileiros natos, naturalizados ou estrangeiros com residência no Brasil.

As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm como mantenedores Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal, Patrocínio da Usiminas e da Vivo e Correalização da APPA – Arte e Cultura.

Pluralidade e importância da premiação

O Prêmio Décio Noviello de Artes Visuais e de Fotografia busca a ocupação das galerias da Fundação Clóvis Salgado por meio da produção contemporânea emergente e já contemplou artistas que hoje são destaques nas artes visuais brasileiras.

“Além de uma importante ação de fomento da Fundação Clóvis Salgado, durante esses anos, o Prêmio Décio Noviello se consolidou como uma vitrine para a produção emergente, que abrange os artistas iniciantes, artistas com uma trajetória profissional e curadores independentes. Além disso, é uma grande oportunidade para o público mineiro vislumbrar o que há de mais diverso na arte brasileira”, explica Uiara Azevedo, gerente de Artes Visuais da FCS.

Inscrições online

A 4° edição da premiação simplificou o processo de inscrição e agora os interessados podem submeter os projetos por meio de um formulário online. As documentações exigidas, bem como o critério de contemplação, estão especificadas no edital, que pode ser encontrado no site do Palácio das Artes e da APPA.  A divulgação da lista das inscrições indeferidas para apresentação de recurso será divulgada dia 23 de outubro de 2023 no site da Fundação Clóvis Salgado (www.fcs.mg.gov.br) e no site da APPA - Associação Pró-Cultura e Promoção das Artes (www.appa.art.br). O resultado final será divulgado no dia 31 de outubro de 2023. A Instituição também garantirá a publicação de um catálogo das exposições. Dúvidas sobre o edital podem ser esclarecidas somente pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Os trabalhos serão avaliados por uma Comissão de Seleção do Edital, que contará com a participação de profissionais convidados, com notória especialização em Artes Visuais, além de um representante da Gerência de Artes Visuais da Fundação Clóvis Salgado. Serão avaliados os portfólios dos inscritos e os projetos apresentados conforme os seguintes critérios: qualidade e contemporaneidade, relevância estética e conceitual, originalidade e ineditismo em Belo Horizonte e adequação ao espaço físico pretendido.

Prêmio Décio Noviello

Na primeira edição realizada em 2020, o Prêmio Décio Noviello contemplou o artista Froiid (MG) e a curadora Joyce Defim (MG) para a linguagem de Artes Visuais, além de Maurício Pokemon (PI) e Dalila Coelho (MG) na categoria fotografia. Já na segunda edição do Prêmio, em 2022, foram contemplados artistas com diferentes suportes, como pinturas, desenhos, colagens, gravuras, objetos, instalações, holografias, fotografias, entre outros. Na oportunidade, João Angelini (DF) ocupou a Galeria Genesco Murta e Erre Erre (SP) apresentou seu trabalho na Galeria Arlinda Corrêa Lima. Chris Tigra (SP) e Matheus Dias (CE) ocuparam a CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais.

Na terceira edição da premiação, o edital de Artes Visuais contemplou os artistas visuais Eduardo Hargreaves (Juiz de Fora – MG), para a Galeria Arlinda Corrêa Lima, com a exposição “Brasil, Hy-Brasil”, e Pedro Neves (Imperatriz – MA), para a Galeria Genesco Murta, com a exposição “Tripa”. Já o edital de fotografia premiou os artistas Julia Baumfeld (Belo Horizonte – MG), com a exposição “Entre cantos e lamentos”, para o Espaço 1, e Bruno Barreto (Dom Pedrito – RS), com a exposição “5 casas”, no Espaço 2, na CâmeraSete.

O ano de 2020 marcou o lançamento da nomenclatura Prêmio Décio Noviello, em homenagem ao artista. Desenhista, cenógrafo, figurinista, gravurista e pintor belo-horizontino, Noviello realizou sua última exposição em vida, Cor Opção, durante a programação do ArteMinas 2018, na Fundação Clóvis Salgado (FCS). Na abertura, o artista reviveu o happening que compunha a mostra Do Corpo à Terra, que integrou a programação de inauguração do Palácio das Artes, em 1970. Em sua trajetória, Décio Noviello também criou inúmeras cenografias e figurinos para balés, óperas e peças teatrais produzidas pela FCS, além de outras mostras de artes plásticas.

Já foram contemplados pelo Edital de Artes Visuais da FCS trabalhos de artistas como Adriana Maciel, André Griffo, Bete Esteves, Claudia Tavares, Éder Oliveira, Isabel Löfgren e Patricia Gouvêa, Juliana Gontijo, Luis Arnaldo, Marcelo Armani, Nydia Negromonte, Ricardo Burgarelli, Ricardo Homen, Lorena D’arc, Renata Cruz, Rodrigo Arruda, Pedro Neves, Eduardo Hargreaves. Já o Edital de Fotografia da FCS contemplou, desde sua primeira edição, trabalhos dos artistas Daniel Antônio, Letícia Lampert, Luiza Baldan, Nelton Pellenz, Tiago Aguiar, Coletivo Família de Rua, Victor Galvão e Élcio Miazaki, Julia Baumfield e Bruno Barreto.

Fundação Clóvis Salgado

Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS. 

A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia. de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.

Serviço
Inscrições para 4º Prêmio Décio Noviello de Artes Visuais e Fotografia
Inscrições: www.palaciodasartes.com.br ou neste link
Período: 18 de agosto de 2023 13 de outubro de 2023
Editais: Artes Visuais
              Fotografia
Informações para o público: (31) 3236-7400 | www.fcs.mg.gov.br

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Quem pensa em cozinha mineira e visualiza (apenas) um fogão a lenha precisa voltar a Minas Gerais. Não que a tradicional forma mineirinha de preparar alimentos esteja em extinção. A novidade é que a ela se somam restaurantes de chefs revolucionários e até mesmo botecos gastronômicos que trazem sabores clássicos apresentados em formatos surpreendentes. São pratos preparados com técnicas e equipamentos de última geração e embalados em um conceito que não poderia ser mais moderno: o de voltar às origens com um olhar atual. Dessa aparente contradição entre inovação e tradição nasce a cozinha mineira contemporânea.           

Para Leônidas Oliveira, secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, esse movimento de volta às origens começou em Tiradentes, cidade histórica que sedia há 26 anos o primeiro e mais importante festival gastronômico do país, mas explodiu mesmo no pós-pandemia. "Os novos restaurantes que abrem já têm este entendimento da ‘mineiridade’. Uma grande característica dessa nova cozinha é o respeito ao território, ao que as comunidades fazem, com esse olhar para o original e apresentado de forma mais internacional, em um menu de vários passos, com nossos vinhos, azeites, cachaças, cervejas e cafés’’, diz.           

"O objetivo da cozinha mineira contemporânea é valorizar aquele trabalho tradicional, respeitando muito o que foi feito até aqui, mas buscando um novo olhar que condiz com 2023, com a contemporaneidade e com o que é tendência na gastronomia", define Caio Soter, um dos chefs mais conectados ao movimento.

Ao abrir, em 2021, seu primeiro restaurante autoral, o Pacato, em Belo Horizonte, Soter decidiu não servir absolutamente nada que fosse de fora do estado, que não tivesse a ver com o costume alimentar do mineiro, ao menos em sua origem, que é a tríade porco-frango-vegetais. Ali, não entram camarão ou peixes de água salgada, por exemplo. Soter, ainda, vai além. Passa boa parte do ano pesquisando e viajando pelo estado para pesquisar não só produtores mas também a cultura, a música e o artesanato para incorporar ao Pacato e inspirar seus menus degustação, que de tradicionais não têm nada.

Não se trata de pegar o modelo francês e encaixar ingredientes mineiros. Soter subverte a forma de pensar a sequência de pratos, criando um menu de dez pratos que traduz um dia de comilança em Minas Gerais. "A gente começa pelo café da manhã e vai andando no correr do dia até chegar àquele momento que você, antes de dormir, vai à geladeira para pegar um pedacinho de queijo, um docinho." Uma forma modesta de resumir uma sequência de pratos que percorre releituras de clássicos como o frango com quiabo, apresentados de maneiras totalmente inovadoras. "Não podemos ficar amarrados ao tradicional. Se temos opção maior de técnicas, utensílios, de rastreabilidade de produto, de tudo, a gente deve aplicar isso, pois, dessa forma, nossa cozinha evolui."

Felipe Rameh, chefe-executivo do Tragaluz, é outro expoente da comida mineira contemporânea. Sua experiência em renomados restaurantes europeus e no D.O.M., de Alex Atala, realça sabores do que encontra no "quintal", a região de Tiradentes, onde fica o restaurante.

Autor do livro "Inventário Particular - Uma Coleção de Histórias, Sabores e Amores", Rameh mescla sua memória afetiva da culinária local com requintadas técnicas gastronômicas aprendidas ao longo da vida.

Segundo Leônidas Oliveira, a nova cozinha mineira ou contemporânea é uma denominação, mas a cozinha mineira esteve sempre em evolução, a cada geração. "Esses chefes da nova cozinha mineira pesquisam nos livros de receitas das famílias, toda família mineira tem um e guarda tesouros", diz.

A BH da Cozinha Contemporânea

Nessa nova cena de cozinha contemporânea em Belo Horizonte, que ostenta o título de Cidade Criativa da Unesco pela Gastronomia, cabem diferentes formatos e propostas. Da alta cozinha de Léo Paixão, que teve pela segunda vez o seu Glouton entre os 100 melhores do mundo na lista do 50Best Latin America, aos botecos cada vez mais inventivos. De restaurantes que só trabalham com menu degustação, como o Per Lui, do chef Yves Saliba, aos que só servem pão de queijo. Dos estabelecimentos em bairros tradicionais, como Lourdes, aos em novos polos gastronômicos, que ocupam edifícios ou mercados que antes estavam em decadência. Em comum, esses lugares tão diferentes têm o respeito às raízes. "A cozinha é um fator identitário de Minas", resume Leônidas Oliveira.

Entre as novidades estão o Cozinha Santo Antônio, inaugurado em 2020 pela chef e historiadora Juliana Duarte. A proposta é unir ingredientes orgânicos e histórias em pratos como o Maria da Cruz, batizado em homenagem à líder de um motim contra a Coroa Portuguesa à beira do Rio São Francisco, no norte de Minas. Leva ingredientes da região como um peito Angus Carapreta meia cura, milho e mandioca com requeijão moreno.

Cozinha Mineira Contemporânea 1 foto Victor Schawner

Outra boa nova é o Florestal, de Bruna Martins, aberto em 2022. A chef, que ficou famosa nacionalmente pelo reality Mestre do Sabor, já tinha desde 2013 o Birosca S2, um restaurante de comida afetiva mineira com receitas garimpadas nos livros de família. O conceito do novo restaurante é dar protagonismo aos vegetais cultivados por pequenos produtores rurais. Ela também é dona do Gira, um ecommerce e bar de vinhos orgânicos e artesanais, com carta repleta de vinhos mineiros.

O bar físico do Gira fica no Mercado Novo, um antigo mercadão degradado que foi revitalizado em 2018 e conta com lojas, bares, cachaçarias e restaurantes que representam bem essa cozinha contemporânea. Também ali, o Cozinha Tupis, do chef Henrique Gilberto, faz releituras muito interessantes de delícias mineiras. Outro local já clássico é a Copa Cozinha, uma loja de broas, bolos e biscoitos que recebe para um café da manhã aos fins de semana, bem ao estilo "casa de vó". Há uma filial no bairro Floresta que abre para almoço.

"Está acontecendo um fenômeno muito interessante em Belo Horizonte. Depois da revitalização do Mercado Novo, outros espaços do centro foram renovados e ocupados por bares e restaurantes dessa cozinha mineira contemporânea", conta Leônidas Oliveira. Os polos da vez são a Galeria São Vicente, o Edifício Maletta e, ainda mais recentemente, o entorno da Praça da Estação.

Botecos

Engana-se quem acha que essa onda de nova cozinha mineira exclui os famosos botecos, tão onipresentes na capital mineira. Segundo o secretário Leônidas, esses bares são centros de criatividade. "Temos o festival Comida di Buteco, que a cada ano é uma releitura, uma inventividade absurda, uma pesquisa muito grande dos pratos da nossa tradição, mas todos com misturas inusitadas", diz.

Esse novo jeito de pensar a cozinha mineira chegou até mesmo às coisas mais simples, como o tão mineirinho pão de queijo. Em 2013, foi inaugurada a Pão de Queijaria, com três lojas na capital. Ali, a receita caseira do mais mineiro dos quitutes é feita à risca e com queijos tradicionais, mas aceita subversões. Ele pode, por exemplo, ser recheado com hambúrguer.

Minas dos Festivais

A histórica Tiradentes, onde toda essa revolução começou, recebe anualmente mais de 60 mil visitantes para seus dez dias de festa gastronômica. Democrático, o Festival de Cultura e Gastronomia de Tiradentes promove desde chefs cozinhando em praça pública até os célebres festins –jantares de alta gastronomia com menu harmonizado. E, mesmo quando tudo acaba, a cidade segue como um paraíso para foodies. Paradas obrigatórias são lugares como o Tragaluz ou o Angatu.

Mas a ótima notícia é que praticamente o ano inteiro é possível participar de um festival de gastronomia em Minas Gerais. "Nos últimos três meses, tivemos 80 festivais de cozinha mineira, de gastronomia. Neste ano, vamos chegar a 300. Praticamente toda cidade tem o seu", conta Leônidas.

Exemplos de festas gastronômicas pitorescas e únicas não faltam. Na Festa do Queijo, em Ipanema, é produzido o maior queijo do mundo, que a cada ano quebra o próprio recorde, devidamente registrado pelo Guinness Book. Este ano pesou nada menos que 2.727 quilos. No Cozinha de Roça, em Itapecerica, que teve sua 15a edição em junho, fornos a lenha são montados a céu aberto, ocupando as históricas ruas da cidade. Já em Igarapé, há 20 anos, cozinheiros batizados de "Mestras" e "Mestres" armam barracas na frente das casas para servir quitutes feitos com ingredientes que eles plantam em seus quintais. "São pratos totalmente diferentes, cozinha contemporânea que eles vão lapidando e inventando a cada ano", diz Leônidas.

Essa profusão de festivais gastronômicos é o resultado de uma política de estado que enxerga na cozinha mineira um importante mecanismo de transformação social. "Cozinha é política de estado em Minas", diz o secretário. Ao incentivar festivais, incentiva-se também o consumo de produtos da agricultura familiar, do turismo de base comunitária, movimentando-se toda a cadeia. Além disso, há políticas de incentivo a qualquer área da cozinha mineira clássica e contemporânea.

O segredo está nos ingredientes

Não se faz boa cozinha sem bons ingredientes e nesse ponto Minas Gerais está cada vez mais bem guarnecida. Todas as matérias primas estão entre as melhores, mas algo que merece destaque é o Queijo Minas Artesanal que, por ter o leite cru como ingrediente principal, somente há dez anos pôde ter sua venda para fora do estado regulamentada. A partir daí, o produtor ganhou mais dinheiro e pôde investir para melhorar o produto.

Esse reconhecimento está prestes a ser internacional. O método de produção do Queijo Minas Artesanal caminha para ser reconhecido pela Unesco como Patrimônio Imaterial Cultural da Humanidade, sendo o primeiro alimento brasileiro a ocupar esse posto. Segundo o secretário Leônidas Oliveira, a candidatura já foi aceita. Vale mencionar que os ingredientes base da cozinha mineira, o milho e a mandioca, foram recentemente protegidos como Patrimônio Cultural do Estado de Minas Gerais pelo IEPHA (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais).

Cozinha Mineira Contemporânea 2 foto Victor Schawner

Nas Minas Gerais de hoje, as cozinhas clássica e contemporânea existem por todas as cidades e convivem. "Até porque a cozinha clássica é a que o mineiro faz todo dia em casa, o que vem depois é próprio da criatividade humana que está sempre evoluindo, mas não há uma em detrimento da outra", diz Leônidas. Ainda segundo ele, a cozinha mineira contemporânea está servindo muito para fazer o marketing da cozinha clássica.

Caio Soter compara o movimento que acontece em Minas hoje ao que aconteceu no Peru na década passada. "Acho que a nouvelle cuisine francesa e a nórdica foram muito disruptivas do ponto de vista técnico. Aqui, a gente não está inventando nada tecnicamente, mas sim valorizando nossos produtos, nossa tradição e cultura. Foi o que o Peru fez", diz. "Eles pegaram a tradição e encaixaram num modelo de restaurante tendência no mundo que é ter menu degustação, pratos mais bem apresentados, mais leves. Eles se uniram para trazer os holofotes da gastronomia mundial para o Peru. A gente se assemelha. Estamos pegando nossa cozinha tradicional e colocando uma roupa de 2023 nela. Não queremos reinventar a roda, mas sim mostrar ao mundo o quanto é incrível o que temos aqui."

5 viagens gastronômicas em Minas

O chef Caio Soter, do Pacato, viaja o estado atrás de ingredientes e cultura para inspirar seus menus. Conheça seus destinos preferidos:

1- Belo Horizonte

"É um baita destino turístico, pois tem a estrutura da capital e a uma hora daqui há milhares de produtores, cidades históricas. Ou seja, é um ótimo ponto de partida."

2- Tiradentes

"A cidade histórica está na região do Campo das Vertentes que eu chamo de ‘a Toscana mineira’, pois o relevo lembra muito a região da Itália. Além de reunir natureza, cachoeira, pousadas de charme, Tiradentes tem uma estrutura de restaurantes melhor que a de várias capitais do Brasil. E com a grande vantagem de estar à mesma distância de BH, São Paulo e Rio de Janeiro."

3- Serra da Mantiqueira

"Lá você encontra vinho, queijo, azeite e é uma região mais desenvolvida, então são cidades mais estruturadas, com hotéis legais. Um super destino turístico."

4- Vale do Jequitinhonha

"Acho que tem que ser explorado por pessoas que tenham um senso mais aventureiro, pois tem menos estrutura, mas é riquíssimo culturalmente, muito famoso pelas bordadeiras, pelo artesanato em barro que está espalhado por galerias do mundo inteiro, além de ser um lugar lindo. Uma viagem começando em Diamantina e acabando em Almenara é muito legal. Para mim, é ali que mora o verdadeiro mineiro. Ali o tempo corre diferente. "

5- Serra da Canastra

"Além do queijo, é uma região maravilhosa, com muitas cachoeiras, muitas belezas naturais. Lá você já encontra um turismo de fazenda, focado em produtores mais estruturados, é legal visitar as queijarias, eles sabem contar história."

Fotos: Victor Schawner

*Conteúdo patrocinado originalmente publicado no Estúdio Folha

OSMG Ligia Amadio Credito Paulo Lacerda

A Fundação Clóvis Salgado apresenta mais um espetáculo da série "Concertos no Parque". A segunda apresentação desta temporada leva de forma inédita a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG) ao Parque Ecológico da Pampulha. O evento é gratuito e acontece no próximo domingo (27/8), às 10h30. Com regência de Ligia Amadio, maestra titular da OSMG, a apresentação traz a união da música popular e erudita e tem como convidado o grupo mineiro Cobra Coral.

A ideia por trás do concerto é a fusão de dois estilos musicais aparentemente distintos. A combinação entre a OSMG e artistas contemporâneos da música brasileira dá outra dimensão às canções populares. A conexão de instrumentos, como violinos, violas, violoncelos, flautas, oboés, clarinetes, trompetes, trombones, com guitarra, baixo, e bateria trazem ainda mais riqueza para as harmonias, melodias e os ritmos das canções populares.

Com uma década de banda, o Cobra Coral vai levar para o concerto um repertório que perpassa diferentes momentos da carreira do trio. Dentre as músicas estão E o que for já éCasa Aberta e Quadros Modernos, composta por Toninho Horta, Murilo Antunes e Flávio Henrique, um dos fundadores do grupo e que faleceu em 2018.

Concertos no Parque

Essa é a segunda de uma série de apresentações desta temporada que ocorrerão em outros espaços de Belo Horizonte, fora das cercanias dos tracionais concertos que acontecem no Parque Municipal Américo Renné Giannetti. O objetivo é levar a música orquestrada a outros parques e espaços abertos ao longo do segundo semestre deste ano para expandir ainda mais o público e levar cada vez mais pessoas os concertos gratuitos. Uma característica do Concertos no Parque é ser um espetáculo leve, mais informal, em que a regente conversa com o público, fala sobre o repertório e aproxima os presentes ainda mais da música erudita.

O Concerto no Parque é realizado pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, pela Fundação Clóvis Salgado e Circuito Liberdade. Tem correalização da APPA – Arte e Cultura. Tem como mantenedor a Cemig e o Instituto Cultural Vale, e como patrocinador máster a ArcellorMittal. Conta com patrocínio da Usiminas e Copasa e apoio da AngloGold Ashanti, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (PRONAC 211261). A série Concertos no Parque é produzida pela Pólobh.

Programa

1) Faísca na medula – Kadu Vianna / Murilo Antunes

2) Luz do sol / Lindeza – Caetano Veloso

3) Qualquer palavra – Kadu Vianna/Pedro Morais/Magno Mello

4) Quadros Modernos – Toninho Horta/Flávio Henrique/Murilo Antunes

5) Canção da minha vida – Pedro Morais/Magno Mello

6) Cigana – Flávio Henrique/Brisa Marques

7) Encontros e despedidas – Milton Nascimento/Fernando Brant

8) Força estranha – Caetano Veloso

9) E o que for já é – Pedro Morais/Kadu Vianna/Magno Mello

10) Casa aberta – Flávio Henrique e Chico Amaral

11) Dom de iludir – Caetano Veloso

12) Cobra Coral – Caetano Veloso/Wally Salomão

13) Manha – Flávio Henrique/Kadu Vianna/Mariana Nunes/Pedro Morais

14) Sob o Sol – Flávio Henrique/Pedro Morais

15) Esquecimento – Samuel Rosa

16) Capullito de Aleli – Rafael Hernández

17) Lança perfume – Rita Lee e Roberto de Carvalho

18)Nada será como antes - Milton Nascimento / Ronaldo Bastos

Cobra Coral

Formado em 2021, o grupo Cobra Coral segue com os 3 integrantes da formação original, após a perda de Flávio Henrique - renomado compositor, produtor musical e fundador do então quarteto. A soma dos timbres completamente diferentes, em ricos arranjos vocais é o grande diferencial do conjunto, que tem dois discos lançados ("Cobra Coral" - 2012 e "Pra cada um ser o que é" - 2015), além de um show com repertório de músicas de Caetano Veloso, montado em homenagem aos 75 anos do artista.

Em 2018, o grupo fez duas apresentações junto com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, no projeto Sinfônica POP, com grande teatro do Palácio das Artes completamente lotado. O grupo recebeu grandes nomes da música brasileira como convidados que participaram em suas apresentações, entre eles, Milton Nascimento, João Donato e Ed Mota, além de dividir o palco com outros nomes de destaque como Toninho Horta, Boca Livre, Renato Braz, Cláudio Nucci, Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, Túlio Mourão e Wagner Tiso.

Tiveram a honra e privilégio de abrir o show de João Bosco em quatro eventos e momentos diferentes, sendo o último em dezembro de 2019 e o primeiro, bem no início da carreira do grupo, fato que rendeu matéria de capa no caderno de cultura do jornal Estado de Minas e a admiração do mestre registrada no encarte do primeiro disco num belo texto de apresentação. Enquanto preparam um novo projeto, seguem circulando os shows de repertório autoral ou o que interpretam o mestre Caetano Veloso.

Ligia Amadio

Ligia Amadio é uma das mais destacadas regentes brasileiras da atualidade. Notabilizou-se internacionalmente por sua reconhecida exigência artística, seu carisma e suas vibrantes performances. Sua atuação estende-se pela América, Europa e Ásia. Dentre os prêmios que recebeu, podem ser destacados: Concurso Internacional de Tóquio (1997), II Concurso Latino-Americano em Santiago do Chile (1998), APCA (2001), Prêmio Carlos Gomes (2012), Ordem de Rio Branco (2018) e Prêmio Alumni USP (2022).

Ligia Amadio atuou como regente titular e diretora artística das seguintes orquestras: no Uruguai, da Filarmônica de Montevidéu; na Colômbia, da Filarmônica de Bogotá; na Argentina, da Filarmônica de Mendoza e da Sinfônica da Universidade Nacional de Cuyo; no Brasil, da Orquestra Sinfônica Nacional, da Sinfônica de Campinas e da OSUSP. Ligia lidera o Movimento Mulheres Regentes, que realizou três Simpósios Internacionais desde 2016, e organiza neste momento sua 4ª edição, que terá lugar em Buenos Aires. Sua discografia reúne 11 CDs e 5 DVDs. Completou graduação na POLI-USP e na UNICAMP, possui mestrado na UNICAMP e doutorado na UNESP. Sua formação também inclui os mais importantes cursos internacionais de regência orquestral nos seguintes países: Áustria, Holanda, Hungria, Itália, República Tcheca, Rússia e Venezuela. Ligia Amadio é a atual regente titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais.

Orquestra Sinfônica de Minas Gerais

Considerada uma das mais ativas do país, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais cumpre o papel de difusora da música erudita, diversificando sua atuação em óperas, balés, concertos e apresentações ao ar livre. Criada em 1976, foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais.

Participa da política de difusão da música sinfônica promovida pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, a partir da realização dos projetos Concertos da Liberdade – Sinfônica ao Meio-dia e Sinfônica em Concerto –, Concertos nos Parques, Concertos Comentados, Sinfônica Pop, além de integrar as temporadas de óperas realizadas pela FCS. Mantém permanente aprimoramento da sua performance executando repertório que abrange todos os períodos da música sinfônica, além de grandes sucessos da música popular.  Ligia Amadio é a sua atual regente titular.

Serviço
“Concertos no Parque | Viva Ópera”
Data: 27/08/2023
Horário: 10h30
Local: Parque Ecológico da Pampulha - Av. Otacílio Negrão de Lima, 6061, Pampulha, Belo Horizonte/MG
Classificação Indicativa: Livre
Informações para o público: (31) 3236-7400
Entrada gratuita

Foto: Paulo Lacerda

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Minas Gerais terá estande próprio na 50ª Edição da ABAV Expo, feira turística anual promovida pela Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav), que acontecerá de 27 a 29 de setembro, no Rio de Janeiro. A participação é uma iniciativa do Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), e tem o objetivo de promover o destino Minas Gerais aos principais agentes de viagens do país e do exterior. Estão confirmados mais de 50 representantes de países como Estados Unidos, México, Argentina, Itália, Alemanha, Reino Unido e Portugal.

A pluralidade dos atrativos do estado será apresentada, a partir da cozinha mineira, da música, da dança e das riquezas naturais, em um estande personalizado. O espaço será montado em formato de ilha, o que facilitará o acesso das pessoas e garantirá mais visibilidade durante o evento cuja estimativa de público é de 34 mil participantes durante três dias. Haverá também um ambiente instagramável e uma área reservada para reuniões no estande.

Durante a Abav, a Secult também promoverá uma programação cultural com apresentações no formato pocket show. Bailarinas que integram a Cia de Dança Palácio das Artes vão mostrar parte do espetáculo “Jequitinhonha: Origem e Gesto”, o qual mescla as tradições mineiras à contemporaneidade.

A participação de Minas em feiras como a Abav Expo contribui para divulgar o estado, e, sobretudo, gerar novas possibilidades de negócios. Essa articulação, aliada a outros projetos, traz resultados que têm sido verificados consistentemente. Nos últimos 12 meses, Minas cresceu 103% acima da média nacional no volume de atividade turística, alcançando o 1º lugar no crescimento acumulado.

De janeiro a julho, os aeroportos mineiros cresceram 18% em relação aos primeiros sete meses de 2022, tendência que se seguiu na ocupação hoteleira, que ficou 12,5% acima em relação ao ano passado. Tudo isso se traduz na geração de emprego e renda. O setor de entretenimento, ligado ao turismo, teve aumento de quase 500% na criação de empregos em junho de 2023, no comparativo com mesmo período do ano passado.

A promoção de Minas Gerais integra o programa Mais Turistas, que tem entre suas metas incentivar e fortalecer a atividade turística de forma sustentável. Em 2023, a Secult já participou da Fitur e Madrid Fusion (Espanha); BTL (Portugal); WTM (São Paulo); Ta On (Campinas); Salão Abav e Travel Next (Belo Horizonte); além das missões em Bogotá (Colômbia), Frankfurt (Alemanha), Miami (EUA) e Curaçao (Caribe).

Foto: Silla Cadengue/Abav

Noite Mineira dos Museus e Bibliotecas Leo Bicalho

Os equipamentos culturais de Minas Gerais que querem participar da próxima edição da Noite Mineira dos Museus e Bibliotecas, que acontecerá dia 14 de setembro, já podem inscrever suas atividades. O cadastro é gratuito e deve ser feito até esta quarta-feira (23), através do formulário online disponibilizado pela Superintendência de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade (SBMEC), que integra a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult/MG).

Após o fim das inscrições, a Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas e a Diretoria de Museus produzirão o Guia da Programação. A divulgação está prevista para 4 de setembro e será feita por meio do site da Secult.

A realização das atividades ficará sob a responsabilidade das próprias bibliotecas e museus que as inscrever, bem como a viabilização para seu desenvolvimento. Espera-se que as ações promovidas sejam abertas a um público amplo e diverso, e que possam ser usufruídas por todos, a depender da classificação indicativa da atração que deverá ser definida e explicitada pela instituição que a promoverá.

A ação é um convite para que bibliotecas públicas e comunitárias e museus públicos e privados de Minas Gerais ampliem o horário de funcionamento uma vez ao mês. Dessa forma, o público terá a oportunidade, no período noturno, de participar de exposições, saraus literários, clubes de leitura, encontros com escritores/as, oficinas de arte, exibições de vídeos, instalações culturais, shows, apresentações de dança, espetáculos teatrais, realização de empréstimo de livros, dentre outras atrações.

A mais recente edição aconteceu no dia 10 de agosto. Foram mais de 40 atividades em quase 30 municípios, o que atraiu centenas de pessoas para desfrutarem de espaços culturais diversos durante a noite. Para a Superintendente de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade (SBMEC), Célia Iglesias Ramos, a terceira edição será ainda maior.

“O sucesso da primeira noite é um prenúncio do que está por vir nas próximas. É com grande entusiasmo que convidamos todas as cidades do Estado de Minas Gerais a se juntarem a nós na edição de setembro. É uma oportunidade ímpar para as cidades se unirem e destacarem seus próprios tesouros culturais, abrindo suas portas e corações para os amantes da arte, da história e do conhecimento”, convocou Célia Ramos.

Serviço
Inscrições: formulário online gratuito
Informações: Sistema de Museus - (31) 99791-3923
                        Sistema de Bibliotecas - (31) 98489-2113

Foto: Leo Bicalho

Cia de Dança Palácio das Artes Jequitinhonha Origem e Gesto Crédito Paulo Lacerda

A Cia. de Dança Palácio das Artes (CDPA) realiza, a pedido do público, cinco apresentações extras da montagem “Jequitinhonha: Origem e Gesto”, na Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard. Nos dias 22, 29 e 30 de setembro, e 6 de outubro, haverá apresentação do espetáculo em dois horários: às 18h e às 20h.

Nestes dias, a Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard será fechada para visitações às 17h. Nas demais datas, a Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard fica aberta a visitações até o horário habitual (21h). O espetáculo “Jequitinhonha: Origem e Gesto” tem entrada gratuita, com retirada de ingresso 1 hora antes de cada apresentação, na bilheteria do Palácio das Artes. 

“Jequitinhonha: Origem e Gesto” está em cartaz desde o início de agosto, com apresentações sempre aos fins de semana. O espetáculo já levou um total de quase 700 pessoas à Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard, que recebe, até o dia 8 de outubro, a exposição homônima.

Com concepção coletiva dos bailarinos da CDPA e direção do também curador e coordenador do projeto, Marco Paulo Rolla, a coreografia é resultado da pesquisa de campo realizada pelo corpo artístico do Palácio das Artes no Alto Jequitinhonha. As visitas às Associações de Artesanato e as conversas com moradores da região inspiraram um trabalho que mescla as tradições mineiras à contemporaneidade.

Serviço
Apresentações extra do espetáculo “Jequitinhonha: Origem e Gesto”
Datas: 22, 29 e 30 de setembro e 6 de outubro
Horários: Exibições às 18h e às 20h
Local: Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard – Palácio das Artes
Endereço: Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro – Belo Horizonte
Entrada: gratuita, com retirada de ingressos na bilheteria do Palácio das Artes 1 hora antes do espetáculo

Foto: Paulo Lacerda

APM Preservação do Patrimônio

O Arquivo Público Mineiro (APM) começou a executar o projeto “Arquivo Público Mineiro: Preservação do Patrimônio”, realizado por meio de convênio com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), assinado em março. O programa visa aumentar a segurança de documentos históricos guardados pela instituição, por meio de ações como a aquisição e instalação de equipamentos de proteção, reparo e digitalização de documentos, ampliação da capacidade de armazenamento de imagens, entre outras.

Já foram realizadas as ações de contratação de equipe capacitada para a execução do projeto; diagnóstico, higienização e restauro dos documentos; microfilmagem e preparação para acesso informatizado de parte do acervo; manutenção corretiva de equipamentos utilizados na conservação do acervo e microfilmagem; e compra de materiais e equipamentos para suporte ao projeto.

Nesta primeira fase também estão previstas tarefas como a sinalização das áreas monitoradas pelo Circuito Fechado de TV (CFTV), a elaboração de planilha de dados para controle e monitoramento do acervo trabalhado e a guarda digital em hardware atualizado e seguro. Em um segundo momento, será concluída a reformatação das obras por meio de microfilmagem e digitalização.

O planejamento dá maior destaque ao Fundo Presidência da Província (PP), parte do acervo que reúne 2.188 caixas com cerca de 700 mil páginas. O objetivo é ampliar o acesso à informação para o público, além de evitar o manuseio desnecessário dos originais, aumentando a integridade dos documentos. A expectativa é de que o projeto seja concluído em 16 meses.

Para execução dos trabalhos, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) vai repassar R$ 454.650, recurso proveniente de medidas compensatórias ambientais. O autor do projeto é a Associação Cultural do Arquivo Público Mineiro (ACAPM), que inscreveu a proposta por meio do Semente, plataforma desenvolvida pelo MPMG para garantir segurança jurídica e transparência na destinação das verbas recebidas.

A iniciativa atende à Recomendação Conjunta do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e da Coordenadoria das Promotorias de Justiça de Proteção do Patrimônio Cultural (CPPC), elaborada para orientar diretrizes no sentido de eliminar riscos à preservação do acervo.

A realização das atividades do projeto poderá ser acompanhada por meio das redes sociais do Arquivo Público Mineiro (@arquivopublicomg) e através do site www.arquivopublico.mg.gov.br.

Arquivo Público Mineiro

O APM guarda, desde 1895, documentos manuscritos, impressos, mapas, fotografias e filmes que registram mais de 300 anos de história com acervos certificados pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade. São documentos de guarda permanente, fonte para pesquisa histórica e com valor para a garantia de direitos cujo acesso pela internet se encontra comprometido em razão da obsolescência de seu sistema informatizado.

Em 2022, através do projeto “Arquivo Público Mineiro: Patrimônio Protegido” – também proposto pela ACAPM –, foram implantadas melhorias na segurança das edificações que compõem o APM. Entre elas estiveram instalação do Circuito Fechado de TV, manutenção das portas corta-fogo, instalação de telas de proteção e manutenção do portão da garagem.

Associação Cultural do Arquivo Público Mineiro 

Fundada em 1995, a Associação Cultural do Arquivo Público Mineiro (ACAPM) é uma entidade civil, sem fins lucrativos e de caráter cultural criada com o propósito de apoiar o Arquivo Público Mineiro no desenvolvimento de projetos culturais, na dinamização de seus programas e nas atividades técnicas.

Importante parceira do APM, a ACAPM tem papel fundamental na captação de recursos e administração de projetos desenvolvidos no Arquivo por meio de agências de fomento, entidades governamentais e sociedade civil.

Os projetos e atividades da Associação estão estruturados nas seguintes linhas de atuação: elaboração e gerenciamento de projetos; apoio à capacitação técnica; desenvolvimento de projetos de pesquisa histórica e conservação de acervos documentais; e apoio às atividades do APM.

Plataforma Semente

Por meio de parceria entre o Centro Mineiro de Alianças Intersetoriais – CeMAIS e Ministério Público de Minas Gerais, a plataforma Semente subsidia os promotores de justiça na seleção de projetos de relevância socioambiental apresentados por instituições do terceiro setor, iniciativa privada e poder público, com a utilização de uma plataforma virtual com amplo acesso em todo o estado.

A plataforma potencializa a transparência dos resultados alcançados e dos recursos utilizados, de modo que a comunidade envolvida possa acompanhar os resultados.

4ª Noite Mineira de Museus e Bibliotecas Chamada

Estão abertas as inscrições para os espaços culturais que querem participar da 4ª Noite Mineira de Museus e Bibliotecas. Gestores culturais de todo o estado têm até a próxima quarta-feira (27/9) para cadastrar seus equipamentos na programação, gratuitamente, através do formulário disponibilizado neste link. A próxima edição será realizada no dia 19 de outubro, quinta-feira, excepcionalmente na terceira semana do mês, em função do feriado de 12 de outubro.

A Noite Mineira de Museus e Bibliotecas é uma ação realizada pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult/MG) e da Superintendência de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade (SBMEC), com apoio da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB) e da Diretoria de Museus (DIMUS).

A iniciativa propõe a extensão do horário de funcionamento dos equipamentos culturais em Minas Gerais, uma vez ao mês. Assim, os visitantes que trabalham ou estudam em horário comercial têm a oportunidade de participar de exposições, saraus literários, clubes de leitura, encontros com escritores/as, oficinas de arte, exibições de vídeos, instalações culturais, performances artísticas, shows, apresentações de dança, espetáculos teatrais, realização de empréstimo de livros, dentre outras atrações, durante a semana.

Serviço
Inscrições para a 4ª Noite Mineira de Museus e Bibliotecas
Link de inscriçãohttps://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSexWNSU7SHY8LANn9CQ4K2HWKVRRh-j4bN9Z1XMFoiZ3_PRUg/viewform
Data: 19 de outubro de 2023
Horário: 18h às 22h

*O formulário é exclusivo para inscrição de atividades por responsáveis e gestores culturais dos equipamentos culturais. Vedada a participação, neste momento, do público em geral.

I Seminário de Segurança e Turismo Foto 13 região e 38 batalhão abre

Na última quarta-feira (16), São João del-Rei foi palco do I Seminário de Segurança e Turismo promovido em Minas Gerais. Com público de mais de 300 pessoas, o evento reuniu autoridades, associações, gestores de diversas Instâncias de Governança Regionais (IGRs) e membros da sociedade civil, que debateram e traçaram estratégias para garantir a segurança voltada para as atividades turísticas, bem como a proteção do patrimônio histórico e cultural. A realização foi do Governo de Minas Gerais, por meio da 13ª Região da Polícia Militar e da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, com organização do 38º Batalhão da PMMG.

O subsecretário de Turismo de Minas Gerais, Sérgio de Paula e Silva Júnior, participou desta iniciativa inédita e reforçou sobre o papel da segurança no crescimento do turismo mineiro. “Sermos o estado mais seguro do país sem dúvida ajudou a colocar Minas Gerais na frente dos demais estados brasileiros no aumento da atividade turística. O turista sabe que está seguro aqui. E precisamos garantir que visitantes e moradores tenham cada vez mais esta certeza para ampliarmos as atividades do setor”, afirmou.

Os debates tiveram início ainda pela manhã. Após a abertura oficial do evento, os participantes puderem assistir à palestra “Proteção Jurídica do Patrimônio Cultural”, apresentada pelo promotor de justiça Dr. Marcelo Azevedo Maffra, que pertence à Coordenadoria de patrimônio Cultural. O dia seguiu com diversas outras conversas, ministradas por professores de turismo, autoridades da PMMG, profissionais da Secult e da Secretaria de Cultura e Turismo de São João del-Rei-MG.

Na avaliação do subsecretário, o evento alcançou o objetivo de sensibilizar a parcela da sociedade ligada ao turismo sobre a necessidade de ações para melhorar o setor. “Com o seminário, ampliamos a discussão sobre o aperfeiçoamento da prestação dos serviços de segurança nos municípios que exploram as atividades de turismo. Isso possibilita uma visão integrada do setor, o que refletirá na consolidação de um turismo de qualidade”, defendeu Sérgio de Paula.

Além do subsecretário de Turismo da Secult, participaram o Superintendente de Políticas do Turismo de Gastronomia, Petterson Tonini; a assessora da Superintendência de Políticas do Turismo de Gastronomia, Michele Andrade; o comandante da 13ª Região da RPM, Coronel Floriano; o comandante do 38º Batalhão da PM, Tenente Coronel Henrique; o subcomandante do 38º Batalhão da PM, Major Saulo; e os promotores de justiça Marcelo Azevedo Maffra e Marcos Paulo de Souza Miranda. Também estiveram presentes as Instâncias de Governança Regionais Trilha dos Inconfidentes, Ouro e Villas e Fazendas de Minas, juntamente com representantes dos municípios que as integram.

I Seminário de Segurança e Turismo Foto 13 região e 38 batalhão

Foto: 13ª RPM/38º BPM

Palacio da Liberdade Foto Leo Bicalho

Desde que a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG) assumiu a gestão do Palácio da Liberdade, em 2022, o espaço vem se consolidando como um dos locais de maior visitação no Circuito Liberdade. De janeiro a julho, o local recebeu 128.479 pessoas, número seis vezes maior que o registrado no ano passado: 20.859 pessoas. Além da abertura dos portões, outros fatores que impulsionaram a visitação foram a constante realização de eventos, como o Natal da Mineiridade, o Réveillon da Liberdade, a Feira do Doce Mineiro, o Arraiá da Liberdade e o Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea.

O Palácio da Liberdade tem se tornado um espaço cultural mais democrático, aberto a todos os públicos, a “Casa da Mineiridade”. Desde dezembro, sob gestão da Fundação Clóvis Salgado (FCS), o Palácio tem seus portões abertos de quarta-feira a domingo, e a visitação acontece sem agendamento prévio. O gerenciamento das visitações, incluindo as escolares, é realizado pela APPA - Arte e Cultura.

Recorde do ano

Julho também foi o mês em que o Palácio da Liberdade bateu recorde: as visitas espontâneas somaram 12.476 pessoas – no acumulado do ano foram 51.483. As visitas mediadas levaram ao interior do prédio 3.970 pessoas de janeiro a julho. Em junho, foram 1.098 pessoas, já que não houve atendimento nas férias de julho.

Segundo o presidente da Fundação Clóvis Salgado, Sérgio Rodrigo Reis, o sucesso é uma conquista: “Além de oferecermos ótimos produtos’ – Palácio da Liberdade, suas várias atrações e diversificada programação – a crescente visitação é fruto de dedicação e trabalho. O Palácio é a cereja do bolo da Praça da Liberdade, cercada por outras joias, incluindo o Edifício Niemeyer. O Palácio da Liberdade esbanja história, design e paisagismo. É um palácio, agora, de todos os mineiros”.

Na esteira

O Palácio da Liberdade, centro cultural mais recente do Circuito Liberdade, contribuiu também para o crescimento da visitação do complexo, atualmente composto por 32 equipamentos culturais. Na esteira desse crescimento, o Circuito registrou a maior frequência de público desde sua criação, em 2010: foram cerca de 2,8 milhões de participantes nos primeiros seis meses deste ano contra 2,3 milhões em todo o ano passado.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, observa que o aumento do público no Circuito Liberdade demonstra a recuperação do setor pós-pandemia e reflete as ações do governo de Minas para potencializar a vocação cultural e turística do complexo. “Os espaços do Circuito Liberdade são atrativos tanto para moradores quanto para os turistas. Praticamente toda programação do Circuito é aberta, de graça, além de muito diversa, então é importante que as pessoas conheçam, participem e aproveitem isso”, afirma Oliveira.

O Palácio da Liberdade está aberto à visitação, por meio do projeto “Descubra o Palácio – Projeto de Museografia e Visitação Pública ao Palácio da Liberdade”, financiado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura, Governo Federal. O patrocínio é da Copasa.Feira no Palacio da Liberdade Foto Leo Bicalho

Exposições

A antiga sede do governo de Minas Gerais é também um grande museu, uma galeria para exposições como "Já raiou a liberdade: hinos do Brasil", "Libertas quae sera Tamen", "Sanctus", "Ocupação Artística Abril Indígena – Demarcando Mentes e Pensamentos", "Esculturas" e "Acervo de Compositores – Música Mineira" ajudaram atrair visitantes interessados em arte e cultura. Desde abril, o Palácio da Liberdade assumiu sua vocação como centro cultural, com programação constante e renovada.

O número de visitantes que acessam os jardins se aproxima daqueles que visitam o interior da edificação. Foram 22.524 contra 34.7987. Uma das maneiras de fomentar esse crescimento, segundo a APPA – Arte e Cultura, responsável pelo Programa Educativo e Receptivo do Palácio, foi a oferta de atividades culturais, entre elas "Caça aos Detalhes", inaugurada em abril deste ano, visitas mediadas e oficinas, como a recente Programação de Férias de Julho.

Visitação

Atualmente, a visitação espontânea no Palácio da Liberdade ocorre de quarta a sexta-feira, das 12h às 17h30, com último horário de entrada às 17h, e aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 17h, com último horário de entrada às 16h30. É realizada pelos portões principais, de forma gratuita, sem a necessidade de retirada de ingressos. A visita é por ordem de chegada, com cadastramento feito no local e sujeita à lotação do espaço.

Já o acesso aos Jardins é livre de quarta a sexta-feira, a partir de 12h, e aos sábados, domingos e feriados, a partir de 10h. O visitante pode permanecer na área externa até as 18h. O Palácio ainda oferece visitas mediadas, também gratuitas, de quarta a sexta-feira, às 16h30, e aos sábados e domingos, às 11h e às 15h, sem a necessidade de agendamento.

Fundação Clóvis Salgado

A Fundação é gestora do Circuito Liberdade, complexo cultural vinculado à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG), que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e de cultura em transversalidade com o turismo.

Palácio da Liberdade

Antigo local de trabalho do governador de Minas Gerais, agora sediado no Edifício Tiradentes. O Palácio também foi residência de diversos chefes do executivo estadual e sua construção data do fim do século XX. O prédio e os jardins são abertos à visitação pública gratuita. A edificação compõe o Circuito Liberdade, que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e de cultura em transversalidade com o turismo.

Appa – Arte e Cultura

A Associação Pró-Cultura e Promoção das Artes é uma entidade sediada em Belo Horizonte, sem fins econômicos e com o propósito de viabilizar, promover e difundir a arte, a cultura e o patrimônio, democratizando o acesso e contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico cultural nos âmbitos local, regional e nacional. Em 30 anos, já desenvolveu, gerenciou e executou com sucesso diversos mecanismos de financiamento cultural. Em sua trajetória, possui mais de 235 projetos realizados e mais de R$ 180 milhões geridos. Por meio de uma sólida parceria, a APPA atua, junto à Fundação Clóvis Salgado/Palácio das Artes desde 1993.

Fotos: Leo Bicalho

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O edital de fomento à cultura para premiar congadeiros, reinadeiros e irmandades de Minas foi prorrogado até a próxima quarta-feira (23/8). A iniciativa, realizada pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), vai destinar R$ 352.133,45. Serão contemplados projetos que contribuam para a transmissão de conhecimento de detentores, mestras e mestres dos saberes de Congados Mineiros, bem como a realização de celebrações, festividades, festas populares, circulação de grupos e coletivos, ações de fortalecimento em rede, dentre outras ações que estimulem a preservação e a salvaguarda dos congados e reinados mineiros.

Serão premiados 20 inscritos, que receberão R$ 17.606,67 (valor bruto) cada. O modelo do edital é premiação a pessoas físicas. Por esse caminho, congadeiros, reinadeiros e irmandades poderão ser premiados por sua tradição, desburocratizando o acesso aos recursos do Fundo Estadual de Cultura (FEC). A seleção será feita segundo critérios como conceito, conteúdo, viabilidade de execução, capacidade técnica, transmissão geracional, regionalização, democratização do acesso, acessibilidade e presença de ações afirmativas, entre outros.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, afirma que o edital faz parte do compromisso da Secretaria na valorização das tradições afro-mineiras. “Os congados, reinados e irmandades são de vital importância na cultura mineira. O Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) já catalogou quase 800 Reinados e Congados em 263 municípios. 

“Tivemos as inscrições do edital Afromineiridades, com R$ 3 milhões para mestras, mestres e detentores de saberes de expressões culturais afro-mineiras. Agora, com o mais este edital do Fundo Estadual de Cultura, ampliamos ainda mais o acesso aos recursos para essas pessoas e grupos que compõem aspectos fundamentais da nossa mineiridade”, declarou Leônidas.

A proposta inovadora será custeada por meio de emenda parlamentar da Deputada Andréia de Jesus, que também é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A parlamentar implementou parceria com a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult).
“A Secult acatou a nossa proposta, que é inédita no Estado. Fortalecer esses grupos é muito importante, pois esses ternos exercem importante função identitária dentro e fora das guardas, a importância da resistência e o empoderamento da cultura afro-brasileira. Os Congados divulgam a cultura negra, que é um dos pilares do povo brasileiro, ademais transitam pela cultura oral, cultura local, identidade e patrimônio, demonstrando que é mais que uma festa, ele é resgate, educação, empoderamento”, explica Andréia de Jesus.

Inscrições e requisitos

As inscrições permanecerão até às 23h59 do dia 23 de agosto, por meio da Plataforma Digital Fomento e Incentivo à Cultura. Cada pessoa só poderá inscrever um projeto, que deverá prever atividades de forma presencial. Antes de realizar a inscrição, é necessário que o proponente seja cadastrado e aprovado na plataforma online.

Para participar da seleção, quem propõe o projeto precisa ser maior de 18 anos, morar em Minas Gerais, ter experiência da realização de atividades culturais há mais um ano, ser diretamente responsável pela execução do projeto e ser classificada como pessoa detentora, mestra ou mestre de Congados mineiros. Para efeito do edital, os indivíduos classificam-se da seguinte maneira:

Mestras e Mestres: pessoas físicas, de grande experiência e conhecimento dos saberes, fazeres e expressões culturais populares e tradicionais, reconhecidos pela comunidade onde vivem e atuam, com longa permanência na atividade desempenhada e dotadas da capacidade de transmissão dos conhecimentos artísticos e culturais.

Detentor: Denominação dada às pessoas que integram comunidades, grupos, segmentos e coletividades que possuem relação direta com a dinâmica de produção e reprodução de determinado bem cultural imaterial e/ou de seus bens culturais associados, para as quais a prática cultural possui valor referencial por ser expressão da história e da vida de uma comunidade ou grupo, de seu modo de ver e interpretar o mundo, ou seja, sua parte constituinte da memória e identidade. Os detentores possuem conhecimentos específicos sobre esses bens culturais e são os principais responsáveis pela sua transmissão para as futuras gerações, pela continuidade da prática e dos valores simbólicos a ela associados ao longo do tempo.

Já os requisitos para o projeto são: ser considerado de interesse público; ter caráter prioritariamente cultural; visar à valorização, à promoção e à proteção do patrimônio cultural mineiro, bem como a livre criação, divulgação, produção, pesquisa, experimentação, capacitação e fruição artístico cultural; contribuir para a garantia do pleno exercício dos direitos culturais e de democratização do acesso aos bens e serviços culturais; visar à promoção do desenvolvimento cultural regional; e conceber a cultura como lugar de reafirmação e diálogo entre as diferentes identidades culturais e como fator de desenvolvimento humano, econômico e social.

Processo seletivo

A avaliação será feita pela Comissão Paritária Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura de Minas Gerais (Copefic), que avaliará os projetos de acordo com os critérios técnicos e de fomento. Os critérios técnicos somam 30 pontos e compreendem conceito e conteúdo do projeto; viabilidade de execução do projeto; e capacidade técnica relativa à ação proposta.

Os critérios de fomento, por sua vez, valem 70 pontos. Eles estão distribuídos entre os seguintes aspectos: democratização do acesso e acessibilidade; regionalização e Interiorização - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e número de habitantes); contribuição da atuação para continuidade e transmissão geracional; ações afirmativas e protagonismo.

O editalO edital está disponível na íntegra do site da Secult-MG. O documento foi elaborado com base nas técnicas de linguagem simples, direito visual e design editorial, sob orientação do Laboratório de Inovação em Governo (LAB.mg).A mudança na apresentação foi feita para garantir uma maior clareza das informações, mais rapidez na navegação pelo documento e leitura mais agradável. Com isso, o Governo de Minas espera melhorar a compreensão do que é necessário para um bom projeto e facilitar o acesso a esta política pública de fomento cultural.

Foto: Consuelo de Abreu

Cine Humberto Mauro Crédito Paulo Lacerda

O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), divulgará até o dia 29 de setembro a relação dos nove (9) editais da Lei Paulo Gustavo. Minas Gerais terá disponível R$ 181,4 milhões transferidos pelo Governo Federal. Os recursos serão divididos nas seguintes modalidades: Edital de Credenciamento, Edital de Seleção de Propostas, Edital de Seleção de Bolsistas e Edital de Premiação, distribuídos em dois segmentos: Audiovisual e Demais Áreas Culturais. Serão contempladas pessoas físicas e jurídicas residentes, domiciliadas ou com permanência no estado, com comprovada atuação artística e cultural. 

Os editais serão divididos em dois principais segmentos: Audiovisual e Demais Áreas Culturais. O primeiro contemplará os eixos: Desenvolvimento de Roteiros e Projetos; Apoio a Salas de Cinema; Apoio a Capacitação em Audiovisual, Cineclubes, Mostras e Festivais; Apoio à Difusão: Empresas, Vod, Licenciamento e Distribuição.

Já o segundo contemplará: Residência artística; Territórios e paisagens culturais; Mobilidade de artistas, grupos e técnicos; Mostras, Festivais e Feiras Multiculturais; e Trajetórias Culturais.

Construção coletiva
Os editais estão sendo construídos em conjunto com a sociedade civil e Comissões de Cultura por meio de Consultas Simplificadas, Escuta Sociedade e Encontros Virtuais, todos abertos e transmitidos pelo canal da Secult-MG no YouTube. A iniciativa teve como objetivo compreender as especificidades dos segmentos artísticos no âmbito da LPG 2023.

Articulado e mediado pela Secult, os encontros contaram com a participação dos representantes do Conselho Estadual de Política Cultural, com a Rede de Gestores Municipais, com representantes da Fundação Clóvis Salgado, Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), Fundação de Artes de Ouro Preto (Faop), e representantes do Arquivo Público Mineiro, Biblioteca Pública Estadual e Museu Mineiro.

A consulta pública permaneceu aberta de 24/04/2023 a 15/05/2023, e contou com 540 contribuições de 156 municípios. Os 11 encontros virtuais tiveram mais de 2 mil visualizações e foram divididos nos seguintes segmentos: Audiovisual, Literatura e Quadrinho, Música, Produção e Técnica, Urbanas, São João e Carnaval, Organizações da Sociedade Civil, Pontos de Cultura e Sindicatos artísticos, Audiovisual, Cultura Digital e Games, Culturas Populares e Tradicionais, Artesanato, Museu e restauro, Design, Artes Visuais, Moda e Gastronomia, Teatro Dança e Circo.

A Secult também criou em outubro de 2022 uma Comissão de Gestão Estratégica, que, além da secretaria e suas vinculadas, reúne o Conselho Estadual de Política Cultural, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), a Associação Mineira de Municípios (AMM), a Rede Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo; a Rede Mineira dos Pontos de Cultura; o Sindicato da Indústria do Audiovisual de Minas Gerais (SINDAV), a Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro (APAN), a Associação de Trabalhadores do Cinema Independente de Minas Gerais (ATCIMG), o Fórum Permanente de Cultura e demais instituições e entidades parceiras.A partir dessa comissão, foram organizadas 10 subcomissões e três fóruns por segmentos, sendo lideradas por membros do Conselho Estadual de Política Cultural (Consec). 

Laboratório de Inovação em Governo MG
Com orientação do Laboratório de Inovação em Governo (LAB.mg), os editais terão design visual mais “amigáveis”, com a aplicação de técnicas de Linguagem Simples, Direito Visual e Design Editoria, assegurando maior clareza das informações, rapidez na navegação e leitura mais agradável. Para auxiliar os agentes culturais, a Secult-MG promoverá uma série de lives e tutoriais; o calendário será divulgado nos próximos dias. 

A Lei Paulo Gustavo
A Lei Paulo Gustavo foi criada com a finalidade de prestar apoio emergencial a artistas, técnicos, instituições culturais e fazedores de culturas populares e demais profissionais responsáveis pela promoção cultural que acumularam perdas durante a pandemia de Covid-19. A proposta de Lei, de iniciativa do Senado Federal, foi apresentada em dezembro de 2021, sete meses após o falecimento do ator e humorista Paulo Gustavo, vítima de Covid. A Lei Complementar nº195/2022 foi sancionada em julho de 2022.

Foto: Paulo Lacerda

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“Tivemos um julho histórico”, exalta o produtor rural e empresário Hugo Faria Leite, que recebe turistas em sua fazenda localizada em São Roque de Minas, na região da Serra da Canastra. Cerca de 50% do queijo produzido por ele é comercializado no próprio local, onde os visitantes podem degustar e conhecer todas as etapas de produção do alimento, que é candidato a patrimônio da humanidade pela Unesco.

“Nós recebemos mais de 3 mil pessoas em nossa fazenda, em julho, vivendo a experiência do queijo artesanal da Canastra”, comemora Leite, que disse já retomar os índices pré-pandemia.

O relato do fazendeiro vem se somando aos de outros produtores mineiros, gestores municipais e membros do trade turístico que identificam, na prática, o que os números mais recentes têm revelado sobre o crescimento da atividade turística em Minas Gerais. O estado tem conquistado posição de liderança no cenário brasileiro, obtendo o maior volume de atividades turísticas, além de registrar crescimento superior a 720% em relação à média nacional.

De acordo com o IBGE, a variação do volume das atividades turísticas de Minas Gerais, em abril de 2023, correspondeu a 10,1% no comparativo com abril de 2022, enquanto a variação do volume nacional foi de 1,4% no mesmo período.

Gerente executivo da Associação dos Produtores de Queijo Canastra (Aprocan), Higor Freitas ressalta, inclusive, que a expectativa para 2023 é que o fluxo turístico na região da Canastra supere os índices pré-pandêmicos até dezembro.

“O turismo de experiência vem crescendo. Atualmente, recebemos grupos de 30 a 35 pessoas provenientes de outros estados”, pontua Freitas, que identifica no setor um reflexo das ações do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult). “Especialmente no que diz respeito à valorização da Mineiridade, assim como o pleito dos Modos de Produção do Queijo Minas Artesanal a patrimônio da humanidade", acrescenta.

De acordo com o gerente executivo, a promoção de feiras e eventos também tem impulsionado e fortalecido o segmento. "São 70 produtores associados, com uma produção média mensal de 52.500 quilogramas. Diante desse cenário favorável, haverá um incremento na produção nos próximos meses para atender à demanda turística na região”, completa Freitas.

Hotelaria Essa expansão da atividade turística não se limita à Serra da Canastra. Em Poços de Caldas, no Sul de Minas, por exemplo, a ocupação hoteleira chegou a 100% em julho. Conhecida por suas fontes termais, a cidade recebe aproximadamente 1,6 milhões de turistas por ano, e a projeção é de aumento nos próximos meses.

Um dos investimentos mais recentes no setor que poderá contribuir para esse crescimento é o contrato de concessão do Circuito Integrado, formado pelo Complexo Turístico Cristo Redentor (com teleférico e a rampa de voo livre), a Fonte dos Amores, o Recanto Japonês e o Complexo Turístico Véu das Noivas.

O acordo foi firmado em dezembro do ano passado entre a prefeitura de Poços de Caldas e a empresa Circuito Integrado do Turismo de Poços de Caldas. O contrato de R$ 45 milhões, estruturado pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), prevê a geração de 300 empregos no município, sendo 100 diretos, além da arrecadação de R$ 20 milhões em Impostos Sobre Serviços (ISS) durante o período de concessão.

“A concessão do Circuito Integrado representa um ganho enorme para o município. Atualmente, contamos com 11 mil leitos, e a cidade está se preparando para ampliá-los, pois é uma demanda já existente. Esse investimento será um agregador para todo o trade turístico de Poços de Caldas, qualificando melhor a prestação de serviço, ofertando novas opções de lazer para o turista e gerando emprego e renda para a cidade e a região”, ressalta o secretário municipal de Turismo de Poços de Caldas, Israel Souza Pinheiro.pocosdecaldas credito v

Outra cidade mineira que desponta é Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Listada pelo Ministério do Turismo entre os municípios brasileiros mais bem preparados para receber turistas do país e do exterior, a cidade vem se destacando no ranking nacional nos segmentos do turismo de negócios e eventos.

"O turismo de negócios sempre foi a vocação de Uberlândia, que tem uma localização estratégica e atrativa para o empreendedorismo. Mas nossa cidade também é muito rica culturalmente e historicamente, com diversas manifestações religiosas e tradições gastronômicas, além de espaços para o lazer. Portanto, investimos em políticas de infraestrutura que contemplem o crescimento da nossa cidade e contribuam com a qualidade de vida", explica o prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão.

Polo do agronegócio e um dos principais centros do país com capacidade para receber eventos de grande porte, Uberlândia conta com 3.546 meios de hospedagens e 6.305 leitos, apresentando fluxo turístico doméstico médio anual de 584.716 visitantes, além dos 18.732 provenientes do estrangeiro.

Reconhecida por sediar competições esportivas como o Sul-Americano de Vôlei Feminino, Copa Davis de Tênis, Pré-Olímpico de Vôlei Feminino e a Supercopa de Vôlei (modalidades masculina e feminina), a cidade do Triângulo Mineiro também se consolidou como um importante espaço para shows, recebendo na Arena Sabiazinho apresentações de bandas e artistas de renome nacional e internacional.

Minas tá na moda

Recentemente, Gisele Bündchen, referência internacional de moda, publicou em seu perfil pessoal no Instagram sua experiência no Parque Estadual do Ibitipoca, localizado no município de Lima Duarte, na Zona da Mata. “Que lugar mágico! Estou recarregada e inspirada!”, vibrou a modelo em sua rede social. 

Com paisagens de tirar o fôlego, o parque é o segundo mais visitado em todo o estado, de acordo com o levantamento do Instituto Estadual de Florestas (IEF). Foram 32.513 visitantes entre janeiro e maio deste ano. Somente no primeiro semestre de 2023, mais de 158 mil pessoas visitaram cerca de 17 Parques Estaduais, representando um crescimento de 21% em relação a 2022. 

De acordo com a Pesquisa de Demanda Turística, divulgada no ano passado pelo Observatório do Turismo de Minas Gerais, 33,2% dos visitantes que viajam pelo estado buscam contato com a natureza. No Brasil, Minas Gerais lidera o segmento com 42,4%, à frente de São Paulo e Rio de Janeiro. Ao todo, são 94 unidades de conservação e 42 delas são Parques Estaduais.

O gestor da Instância de Governança Regional Serras de Ibitipoca (IGRs), Marcio Lucinda Lima, avalia que o trabalho desenvolvido pela Secult tem orientado de maneira exemplar os diversos agentes que promovem a atividade turística no estado.

“Com o direcionamento estratégico da Secult, Minas Gerais é um exemplo de construção participativa do turismo no país”, frisou Lima, que também ressaltou a importância da interlocução entre municípios, Secult e Ministério do Turismo. “Isso é necessário para fomentar a criação de Unidades de Conservação da Natureza, desenvolver o turismo no entorno dos Parques Naturais e comunidades turísticas, apoio técnico e institucional são algumas das ações para consolidar e promover o turismo regional. As IGRs ou Circuitos Turísticos também têm um papel fundamental no processo de capilaridade da construção e implementação dessas políticas públicas. Com o trabalho de ponta, orientamos os municípios, identificamos e formatamos produtos, gerando visibilidade regional em todas as 44 regiões turísticas”, conclui. ibitipoca credito marciolucindalima

Crédito das imagens nos nomes dos arquivos

SÃO TOMÉ DAS LETRAS Foto John Brandão

Minas Gerais registrou crescimento da atividade turística em 103% a mais do que a média nacional nos últimos 12 meses. Em julho, o estado alcançou o 1º lugar na variação acumulada nesse intervalo, registrando 23,9% de aumento contra 11,8% da variação brasileira. Esses são os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), que mostram a constância na ascensão do turismo de Minas Gerais e o papel de liderança do estado nesse setor no cenário nacional.

Essa expansão também é observada no comparativo do mês. Em julho, Minas superou em 106,4% o crescimento nacional, que ficou em 7,8%. O aumento de 16,1% no volume das atividades é 71% maior do que o registrado em São Paulo, que, no ano passado, foi o estado mais procurado por turistas, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD Contínua, do IBGE. 

O desenvolvimento do turismo em solo mineiro se reflete diretamente na geração de emprego e renda. Somente no mercado formal, o segmento emprega atualmente 387.320 pessoas. O grande destaque é o setor de entretenimento, que teve aumento de 489% na criação de postos de trabalho em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged).

“Esse é um exemplo de como o trabalho voltado para o investimento, o planejamento, a capacitação e a promoção da atividade turística geram emprego e renda. O Governo de Minas, atuando em conjunto com o trade turístico e os municípios, tem conseguido manter o estado na posição de liderança em nível nacional. Vale ressaltar também as ações para a internacionalização do destino, a fim de que o turismo seja cada vez mais reconhecido como uma base sólida para o desenvolvimento econômico, social e humano de Minas Gerais”, declara o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira. 

Voos nacionais e internacionais em alta
De janeiro a julho, 3,5 milhões de passageiros desembarcaram nos aeroportos de Minas Gerais, um crescimento de 20% em relação ao mesmo período de 2022. Já o número de pousos de aeronaves subiu 18%, totalizando 35.318 aterrissagens nesse intervalo de tempo.

Mais de 551 mil pessoas desceram em solo mineiro apenas em julho. Dos voos domésticos, a maior parte dos turistas veio de São Paulo (39%), Minas Gerais (20%) e Bahia (9%). Entre os internacionais, os países que mais enviaram visitantes foram Panamá (30%), Portugal (29%) e Colômbia (21%).

Os três principais países emissores têm voos diretos para o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, que registrou fluxo de 5 milhões de pessoas no primeiro semestre – um aumento de 16% em relação ao ano passado. Os dados mostram a importância dessas rotas para o fortalecimento do turismo na capital e no interior. Para o subsecretário de Estado de Turismo de Minas Gerais, Sérgio de Paula, consolidar Belo Horizonte como um hub é uma estratégia importante para impulsionar o turismo em todo o estado.

“Os voos diretos incentivam o turista estrangeiro a conhecer Minas Gerais. Além disso, eles abrem portas para o stopover, que é quando o viajante pode ficar alguns dias na cidade de conexão antes de seguir para o destino final. Brasileiros de todo o país podem comprar uma passagem para Curaçao, por exemplo, e aproveitar a parada em Minas para conhecer o Inhotim, o Circuito Liberdade, Ouro Preto e outras cidades”, explica.

Foto: John Brandão

AINDA QUE DURA VISTAS e1689700961553 768x605

A PQNA Galeria Pedro Moraleida, no Palácio das Artes, exibe, até 3 de setembro, a exposição AINDA QUE DURA, com trabalhos dos artistas mineiros Aruan Mattos e Flavia Regaldo. A seleção de obras apresenta um olhar direcionado para a paisagem de Belo Horizonte, ressaltando a relação histórica da cidade com suas montanhas, pedreiras, morros e serras. A entrada é gratuita, e a exposição poderá ser visitada de terça a sábado, das 09h30 às 21h, e nos domingos, entre as 17h e as 21h. 

Tendo como base uma pesquisa iniciada no ano de 2019, e que parte da matéria mineral, o trabalho dos artistas apresenta três linhas de pesquisa relacionadas a três cinturões da cidade: A Avenida do Contorno, traçado fundamental da cidade planejada; as pedreiras originárias, de onde se extraiu a matéria-prima da nova capital; e as serras que circundam Belo Horizonte – em constante mutação pela expansão da cidade e o aumento no número de edifícios – tendo a Serra do Curral como a borda mais imponente. 

O Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam a exposição Ainda que Dura. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm como mantenedores Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal, Patrocínio da Usiminas e da Vivo e Correalização da APPA – Arte e Cultura.

AINDA QUE DURA estabelece, por meio de diversas séries de gravuras e serigrafias, o histórico de tensões naturais, sociais e políticas que acompanham a cidade de Belo Horizonte. Em imagens de conteúdo gráfico intenso, as obras combinam conceitos de arquitetura e design para estabelecer um panorama da demografia urbana e uma reflexão acerca das modificações pelas quais a cidade tem passado.

Aruan Mattos, um dos artistas responsáveis pelos trabalhos, afirma que “as obras nasceram de um desejo conjunto de entender as pedreiras que alimentaram Belo Horizonte, para compreender o processo de construção da cidade”. Os visitantes da exposição poderão conferir, neste contexto, uma série de gravuras monotípicas – nome dado à impressão em prova única, em suportes como vidro ou acrílico – relacionada à potência das pedras que formaram a capital do estado. 

Outro trabalho significativo são as vistas, elaboradas a partir da ida dos artistas a todas as ruas dentro do perímetro da Avenida do Contorno. Produzidas por meio do processo de serigrafia, as obras procuram mapear, partindo das vias que compõe a cidade, todos os pontos em que as serras (do Curral e da Piedade) podem ser observadas por quem está no interior do traçado original do município – geralmente nas frestas entre as edificações da cidade. 

O trabalho dos artistas também abarcou os marcos topográficos – chapas de bronze entalhadas – inseridos nas proximidades das 5 pedreiras relacionadas. A partir das coordenadas destes pontos, traçou-se o desenho do polígono para, em seguida, se encontrar o centro deste. Na nova marcação foi instalado um sexto marco, indicando o primeiro centro geográfico da capital segundo a perspectiva das pedreiras.

Aruan Mattos destaca que a presença da exposição na PQNA Galeria Pedro Moraleida é muito significativa. “A Avenida Afonso Pena faz um eixo muito importante entre dois pontos limites da cidade. Um é a rodoviária, esse portal através do qual se é transportado para fora da cidade, e o outro é a Serra do Curral, que remonta à própria história de Curral del Rei. Então essa exposição tinha que estar aqui. É quase como uma extensão da obra ela estar na PQNA Galeria, porque traz uma camada a mais. E a PQNA Galeria também tem uma conversa com o Jardim Interno, muito simbólico por trazer essa questão das janelas, molduras e vistas. Foi um encontro maravilhoso”, celebra.

Aruan Mattos

Belo-horizontino, nasceu em 1985, cursou Artes Plásticas na Escola Guignard – UEMG, é bacharel em Design Gráfico pela Universidade FUMEC e formou-se no curso técnico de Marcenaria Maciça pelo SENAI. Desenvolve seu trabalho principalmente em Belo Horizonte. Desde 2014 participa da organização e curadoria da Residência Artística Mutuca – RAM. Participou de Residências Artísticas e exposições dentro e fora do Brasil. Entre outros, foi ganhador da Bolsa Funarte de Estímulo à Produção em Artes Visuais (edição 2012).

Flavia Regaldo

Formada em Comunicação e Mídia pela Goldsmiths College, Universidade de Londres, com especialização prática em fotografia e produção de documentário. Cursou também disciplinas no curso Disciplinas das Artes, Música e Espetáculo (DAMS) da Universidade de Bologna.

Atualmente cursa Artes Plásticas na Escola Guignard – UEMG. Trabalhou em diversas instituições relacionadas a vídeo e cinema em Londres, assim como produtora artística responsável pela montagem de novas exposições no Centro de Arte Contemporânea INHOTIM. Desde 2014 participa da organização e curadoria da Residência Artística Mutuca – RAM. Como artista visual participou de diversas exposições e residências artísticas. Entre outros, recebeu a Bolsa Funarte de Estímulo à Produção em Artes Visuais (edição 2012).

Serviço
Período da exposição: até 3 de setembro
Local: PQNA Galeria Pedro Moraleida – Palácio das Artes
Endereço: Av. Afonso Pena, 1537, Centro – Belo Horizonte
Horário: De terça a sábado, das 9h30 às 21h | Domingo, das 17h às 21h
Informações: (31) 3236-7400

Entrada gratuita. Classificação Livre

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Os municípios de Minas Gerais poderão acessar um aporte maior de recursos destinados ao turismo, a partir da lei nº 24.431/2023, sancionada pelo Governo de Minas. Esta dispõe sobre a divisão do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pertencente aos municípios. Dentre outras mudanças, o documento altera o percentual destinado à atividade turística, o qual passará de 0,1% para 0,5%.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, pontua que isso representa um avanço para o setor. “Até julho deste ano foram repassados cerca de R$ 8 milhões via ICMS Turismo aos municípios de Minas Gerais. E, atualmente, há 485 cidades que se tornaram habilitadas no índice provisório a receber os benefícios. Essa alteração no percentual de divisão do ICMS possibilitará um aumento considerável nos repasses voltados ao desenvolvimento da atividade turística, o que garantirá mais investimentos e oportunidade de geração de emprego e renda”, analisa.

Atualmente, 25% do total arrecadado com o ICMS pelo estado é transferido aos municípios.
Para receber o percentual do ICMS Turismo, os entes precisam cumprir alguns requisitos. Um deles é criar e manter em funcionamento um Conselho Municipal de Turismo e um Fundo Municipal de Turismo, onde os recursos são alocados.

Também é necessário elaborar uma Política Municipal de Turismo e participar do Programa de Regionalização do Turismo de Minas Gerais. Essas e outras obrigações devem ser comprovadas anualmente, de forma que a cidade tenha direito a receber os repasses no ano subsequente.

Além desses critérios obrigatórios, os municípios recebem uma pontuação extra, no caso de serem habilitados nos critérios patrimônio cultural e meio ambiente, também previstos na Lei n.º 18.030/2009.

O percentual do ICMS Turismo a ser repassado para os municípios é definido com base no cálculo do índice de investimento em turismo do município e o somatório dos índices de investimento em turismo de todos os municípios habilitados a receber o incentivo.

Minas Gerais é pioneiro na política de repasse de recursos do ICMS como forma de incentivo ao fortalecimento da política municipal de turismo e o desenvolvimento da gestão turística, nos termos da legislação federal e estadual. Ao longo dos últimos anos esses repasses trouxeram, e continuam trazendo, grandes avanços no planejamento e no desenvolvimento da política pública de turismo nos municípios mineiros.

Foto: Ricardo Cozo

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Sessenta anos de Brasil pelas lentes de uma das produtoras mais importantes do país. É com esta proposta que o Cine Humberto Mauro recebe, até a próxima quinta-feira (24/8), a mostra “LC Barreto – 60 Anos Filmando o Brasil”. Fundada em 7 de maio de 1963, a LC Barreto já lançou mais de 150 filmes, e é responsável por clássicos da cinematografia nacional, como Vidas Secas (1963), Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976), O Beijo no Asfalto (1981) e O Que é Isso, Companheiro? (1997).

A programação conta com sessões online e presenciais, com alguns filmes exibidos em película e convidados especiais, como Lucy Barreto, uma das responsáveis pela produtora, além de pesquisadores, realizadores e especialistas que participarão de debates e discussões. As sessões são gratuitas, com retirada de ingresso a partir de 1 hora antes da exibição, e têm classificação variável, de acordo com cada filme.

O conjunto de trabalho da LC Barreto é caracterizado pela qualidade técnica e artística, pela diversidade de temas e pela busca por retratar o Brasil de forma autêntica. São 60 anos filmando o país, suas histórias, e suas peculiaridades. A mostra surge como uma oportunidade de o público ver, ou rever, na tela do cinema, alguns exemplares do legado desta importante produtora. 

“LC Barreto – 60 Anos Filmando o Brasil” conta com uma seleção plural de filmes, que representam diferentes fases da companhia, desde suas primeiras obras até produções mais recentes. As sessões são também uma oportunidade para discutir a importância do cinema nacional e o papel da LC Barreto na construção da cinematografia do país. A produtora foi fundamental no movimento Cinema Novo, que transformou o cinema brasileiro na década de 1960.

Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam a mostra “LC Barreto – 60 Anos Filmando o Brasil”. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm como mantenedores Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal, Patrocínio da Usiminas e Correalização da APPA – Arte e Cultura.

Trajetória que se confunde com a História do Cinema Brasileiro

Mesmo passando boa parte de sua carreira na função de produtor, o cearense Luiz Carlos Barreto também é lembrado pela direção de fotografia do filme Vidas Secas, dirigido por Nelson Pereira dos Santos e que divide com a produtora LC Barreto o aniversário de 60 anos em 2023.

O trabalho de Luiz Carlos Barreto na produção e cinematografia desta obra é celebrado até hoje por ter revolucionado o estilo fotográfico dos filmes brasileiros. Adaptação do clássico homônimo de Graciliano Ramos e um marco do Cinema Novo, a trama aborda a história de Fabiano e sua família, que partem pelo sertão em busca de uma vida melhor. 

Desde esse primeiro filme, a LC Barreto tem se consolidado no mercado cinematográfico brasileiro e alcançado sucesso mundial. Vitor Miranda, Gerente do Cine Humberto Mauro, destaca a importância e singularidade da companhia. “A LC Barreto é, sem dúvida, uma das principais produtoras do país, além de uma das que está há mais tempo em atividade. Isso é algo louvável no cinema brasileiro, que já passou por muitas fases diferentes de esquemas de produção.

A LC Barreto tem uma carreira que vem dos anos 1960, com filmes do Cinema Novo, produções junto à Embrafilme, além de obras que estão dentro da chamada Retomada do Cinema Brasileiro, na segunda metade dos anos 90, e atualmente é uma presença muito forte em filmes de comédia, com atores e atrizes muito conhecidos. É uma trajetória pouco antes vista no cinema brasileiro, principalmente levando em consideração que se trata de uma família”, ressalta.

Nos bastidores da produtora

Além de Luiz Carlos Barreto, que dá nome à companhia, a LC Barreto contou, ao longo dos anos, com a participação de diversos outros membros da família, especialmente de Lucy Barreto, sua companheira de trabalho e de vida. Hoje internacionalmente consagrada, a mineira de Uberlândia já produziu 30 longas-metragens e 15 curtas, ao longo de uma trajetória cinematográfica iniciada nos sets de Vidas Secas.

Paula Barreto, filha de Luiz Carlos e Lucy, também é outra parceria criativa muito recorrente. Já os dois filhos do casal se tornaram diretores bem-sucedidos. Nesta função, Fábio Barreto – falecido recentemente – deixou obras importantes para a História do Cinema Brasileiro, como o drama de época O Quatrilho (1995), primeiro filme da produtora indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, em 1996.

A segunda indicação viria apenas dois anos depois, com O Que é Isso, Companheiro?, realizado por Bruno Barreto, responsável também por obras como O Beijo No Asfalto, além do estrondoso sucesso comercial Dona Flor e Seus Dois Maridos. Diversos outros diretores muito consagrados também trabalharam nos filmes da produtora, como Nelson Pereira dos Santos, Marco Altberg, Walter Lima Jr., Joaquim Pedro de Andrade e Cacá Diegues.

O público que comparecer às sessões no Cine Humberto Mauro poderá fazer um mergulho na história da produtora. Dentre os convidados especiais que a mostra irá receber para debates e discussões está a própria Lucy Barreto. Vitor Miranda reafirma a relevância da LC Barreto para o cinema brasileiro, e enfatiza como esta será uma oportunidade de conhecer os detalhes de alguns dos maiores clássicos da cinematografia nacional.

“Foi uma produtora muito versátil, que explorou muitas vertentes, temas e gêneros diferentes, sempre acompanhando o zeitgeist do cinema nacional. Nesses 60 anos, em todas as décadas nós temos filmes marcantes para a História do Cinema Brasileiro, e que foram sucesso, destacando, claro, Dona Flor e Seus Dois Maridos, que é uma das principais bilheterias do nosso cinema. Então é uma produtora que sempre esteve presente no que de maior destaque foi feito no Brasil durante esses 60 anos. Na mostra vamos conseguir fazer essas reflexões, de forma qualitativa, especialmente com a presença da Lucy Barreto, além dos críticos que convidamos para contribuir com a mostra, e também com os comentários que vamos ter aqui”, salienta.

Na superfície dos filmes

Ao todo, seis filmes serão exibidos na mostra em seu formato original, a película 35mm. A projeção de obras neste suporte tem uma importância histórica e conceitual significativa, conectando o público às raízes do cinema, preservando o artesanato cinematográfico e mantendo viva a memória coletiva dos fundamentos da exibição audiovisual.

“Creio que isso agrega muito à experiência do espectador, tanto em termos de qualidade de som e imagem, como também pela imersão na realidade do Brasil daquela época. Presencialmente nós escolhemos muitos dos filmes mais antigos da produtora, porque é um papel do Cine Humberto Mauro resgatar esses cinemas que são pouco vistos e já considerados clássicos”, afirma Vitor Miranda.

Exibições online gratuitas – Valorizando o equilíbrio entre a preservação das tradições cinematográficas e a adoção de novas tecnologias que aprimoram a experiência para um público mais amplo, alguns dos mais marcantes filmes de comédia da produtora serão disponibilizados gratuitamente, de forma virtual, na plataforma online cinehumbertomauroMais.

Serão 12 filmes deste gênero cinematográfico, com o qual a produtora tem muita afinidade, que poderão ser assistidos durante todo o período da mostra, sendo que sete deles serão exibidos exclusivamente por lá.  Vitor Miranda afirma que a diversidade de obras, formatos e pessoas envolvidas na mostra proporcionará um ambiente rico em debates.

“Os espectadores vão conseguir ter essa perspectiva histórica muito clara, tanto nas exibições presenciais quanto nas sessões da plataforma – que vai ter um conjunto especial de filmes, muitos dos quais não serão exibidos presencialmente –, além dos textos que vamos publicar. Acho que vai ser uma oportunidade de construir em conjunto esse pensamento, com o público e nossos convidados, sobre o trabalho desta produtora, que é uma das maiores do Brasil”, reflete.

PROGRAMAÇÃO

17/08 QUI
15h Grupo Corpo 30 Anos – Uma Família Brasileira (Lucy Barreto, Fabio Barreto, Marcelo Santiago, BRA, 2006) | Livre | 1h18
17h HISTÓRIA PERMANENTE DO CINEMA | O Homem Que Desafiou o Diabo (Moacyr Góes, BRA, 2007) | 16 anos | 1h46| Sessão comentada por Ewerton Belico, curador, educador, roteirista e diretor
19h45 O Beijo No Asfalto (Bruno Barreto, BRA, 1981) | 16 anos | 1h20

18/08 SEX
15h O Quatrilho (Fábio Barreto, BRA, 1995) | Livre | 1h53
17h15 Lição de Amor (Eduardo Escorel, BRA, 1975) |Exibição em 35mm | 16 anos | 1h25
19h30 CINEMA E PSICANÁLISE | Ele, o Boto (Walter Lima Jr., BRA, 1987) | Exibição em 35mm | 16 anos | 1h50 | Sessão comentada por Maria de Fátima Ferreira – Psicanalista, membro da Escola Brasileira de Psicanálise e da Associação Mundial de Psicanálise

 19/08 SAB
18h Vidas Secas (Nelson Pereira dos Santos, BRA, 1963) | Livre | 1h43
20h O Que É Isso, Companheiro? (Bruno Barreto, BRA-USA, 1997) | 14 anos | 1h50

20/08 DOM
18h Menino do Rio (Antônio Calmon, BRA, 1982) | 14 anos | 1h44
20h Memórias do Cárcere (Nelson Pereira dos Santos, BRA, 1984) | 14 anos | 3h05

22/08 TER
16h Dona Flor e Seus Dois Maridos (Bruno Barreto, BRA, 1976) | 18 anos | 1h50
18h Romance Da Empregada (Bruno Barreto, BRA, 1988) | 18 anos | 1h30
20h Sonhos e Desejos (Marcelo Santiago, BRA, 2006) | 16 anos | 1h35

23/08 QUA
15h Lição de Amor (Eduardo Escorel, BRA, 1975) |Exibição em 35mm | 16 anos | 1h25
17h Ele, o Boto (Walter Lima Jr.,BRA, 1987) | Exibição em 35mm | 16 anos | 1h50
19h15 Inocência (Walter Lima Jr., BRA, 1983) | Exibição em 35mm | 14 anos | 1h57 

24/08 QUI
16h Garrincha, Alegria do Povo (Joaquim Pedro de Andrade, BRA, 1962) | Livre | 1h
17h30 Isto É Pelé (Eduardo Escorel, Luiz Carlos Barreto, BRA, 1974) | Livre | 1h9
19h30 CINEMA MINEIRO EM CARTAZ | Lutar, Lutar, Lutar (Sérgio Borges, Helvécio Marins Jr., BRA-MG, 2021) | 12 anos | 1h50 | Texto crítico disponível na plataforma CineHumbertoMauroMais

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O Palacete Dantas, que integra o Conjunto Arquitetônico e Paisagístico da Praça da Liberdade, deverá ser reaberto ao público em 2024. O anúncio foi realizado na tarde desta quarta-feira (20), durante solenidade em que o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG), assinou com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) um protocolo de intenções sobre o projeto de conservação e restauro do edifício.

O Palacete Dantas é tombado nas esferas estadual e municipal, sendo essa iniciativa também realizada com o apoio do município, por meio Secretaria Municipal de Cultura (SMC) e da Fundação Municipal de Cultura (FMC).

O protocolo busca viabilizar a elaboração de projetos executivos de arquitetura, engenharia e complementares para a restauração e adaptação do Palacete Dantas. Os objetivos são proteger, conservar o patrimônio e tornar o espaço apto à fruição do público.

O procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior, explicou que o trabalho será custeado com recursos de medidas compensatórias ambientais direcionados pelo MPMG, dentro do programa Minas para Sempre. “Esses recursos serão repassados ao Iepha que será responsável pela restauração. Posteriormente, o Palacete ficará sob a custódia e os cuidados do Ministério Público. Nós não vamos fazer desta um museu ou um memorial do Ministério Público, embora haverá aqui algumas referências ao nosso trabalho. Nós queremos, sobretudo, que esse espaço seja usado para a fruição da população, e que os artistas, especialmente, os mais pobres, possam ter aqui um ambiente para expor os seus trabalhos”, completou.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, elogiou a atuação do MPMG em prol da revitalização dos patrimônios e reforçou a importância dessa ação para a preservação da história e da memória de Belo Horizonte.

“Essa ação do Ministério Público contribui para restaurar e recuperar a memória da Praça da Liberdade. Já não se trata mais de apenas um edifício. Ao lado do Palacete Dantas, temos o Palácio da Liberdade, onde já começaram as obras de restauração também a partir da parceria com o Ministério Público. Ambos os edifícios se encontram com problemas que exigem o cuidado necessário para que Minas Gerais continue tendo uma centralidade no âmbito da preservação do patrimônio, e possa atrair mais visitantes, o que contribui para gerar mais emprego e renda”, pontuou o secretário.

O palacete

Projetado em 1915 pelo arquiteto italiano Luís Olivieri, o Palacete Dantas foi, originalmente, residência do engenheiro José Dantas, e abrigou a antiga sede da Secretaria de Estado da Cultura de Minas Gerais. O edifício possui estilo eclético e chama a atenção pela fachada toda ornamentada. Sua planta se divide em dois pavimentos. Destinada a abrigar uma família grande, a área foi arquitetada com generosidade de espaços e requinte ornamental.

O prédio foi incluído no tombamento estadual pelo Iepha-MG do Conjunto Arquitetônico e Paisagístico da Praça da Liberdade, por meio do Decreto n.° 18.531, de 2 de junho de 1977. É também tombado pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte como parte do Conjunto Urbano da Praça da Liberdade e Adjacências, pela Deliberação 03/1994, publicada no “Minas Gerais” em 18/11/1994.

Foto: Leo Bicalho

Protocolo Fale Agora Dirceu Aurélio Imprensa MG

Governo de Minas Gerais apresenta iniciativa para combater a violência sexual em estabelecimentos como bares, restaurantes, hotéis e casas noturnas, especialmente aquela cometida contra mulheres nesses espaços de lazer e turismo do estado. 

Para a elaboração do protocolo, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) participou em conjunto com as secretarias de Estado de Saúde (SES-MG), de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e de Educação (SEE/MG), além das polícias Militar (PMMG) e Civil (PCMG), Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) e Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

“Os proprietários e os funcionários desses estabelecimentos estarão sendo devidamente orientados e treinados para que possam prevenir ao ver algo que caracterize esse tipo de ação”, disse o governador Romeu Zema, na noite dessa quarta-feira (16/8), durante promoção do Protocolo Fale Agora, iniciativa da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (Sedese-MG).

O governador mineiro esteve em bares de Belo Horizonte para colar o selo que identifica estabelecimentos que têm funcionários certificados com o curso de orientação do protocolo. “Nosso objetivo é que Minas Gerais seja o estado com a menor taxa desse tipo de crime, que considero hediondo”, alertou Zema.

O Fale Agora foi formatado em três frentes: prevenção contra possíveis agressores para mudar hábitos machistas e misóginos que levam ao assédio e à importunação sexual, e estupros contra mulheres, na maioria dos casos; acolhimento de forma respeitosa das vítimas de todas as configurações de violência sexual; orientação dessa vítima durante todo o atendimento humanizado, em ambiente privativo, onde será informada a rede de atendimento, policial e hospitalar, para possível direcionamento, conforme vontade da pessoa agredida. 

O projeto é baseado no protocolo espanhol No Callamos (não calamos, em português). “Nos inspiramos na prefeitura de Barcelona, mas adequamos o protocolo à realidade brasileira, e uma das orientações é que a vítima tome cuidado com as provas, porque queremos que esses autores sejam devidamente punidos e, muitas vezes, a ausência de provas é um grande problema. Então, é um trabalho completo que vai além de simplesmente prevenir. Esperamos inibir, mas caso ocorra, trabalhamos para que as provas sejam fortes”, explicou o governador de Minas.

A capacitação virtual, formulada pela Subsecretaria de Direitos Humanos (Subdh), será oferecida gratuitamente, por meio de aulas disponíveis na plataforma da Escola de Formação em Direitos Humanos (EFDH), da  Sedese-MG. O curso é dividido em quatro módulos com os seguintes temas: Conceitos Legais Básicos, Sensibilização, Acolhimento e Procedimentos Operacionais Padrão. Em caso de ocorrência de algum crime, os profissionais e os estabelecimentos estarão instruídos de quais autoridades e instituições buscar, como postos de saúde e hospitais prontos para receber vítimas de violência sexual.

Estabelecimentos certificados

Bares, restaurantes, boates, hotéis, shoppings e espaços de eventos, principalmente ambientes noturnos, de grandes aglomerações e circulação de bebidas alcoólicas, podem aderir gratuitamente e receber o Selo do Protocolo Fale Agora. 

A adesão é feita justamente por meio da capacitação de pelo menos 70% dos funcionários e colaboradores, que aprendem conteúdos como legislação e comportamento, entre outros procedimentos. “O protocolo tem o sentido de informar as pessoas, tanto funcionários quanto o público em geral, quem se sentir capaz de acolher e retirar uma mulher de uma situação de vulnerabilidade, e encaminhar a vítima devidamente”, explica a secretária adjunta de Estado de Desenvolvimento Social, Mariana Pimentel. 

Os locais certificados terão cartazes informativos que abordarão a prevenção e o acolhimento, além de sinalizar que a casa está preparada para auxiliar frequentadores caso passem por alguma situação de violência. O Fale Agora foi criado para atender pessoas violentadas sexualmente, maiores de idade, de todos os gêneros. O enfoque em mulheres se dá devido aos dados que demonstram que os casos são majoritariamente cometidos por homens contra mulheres.

Entre outras ações que deverão ser realizadas pelos estabelecimentos está, por exemplo, evitar comportamentos discriminatórios e sexistas. São exemplos a prática de preços de entrada diferenciados para homens e mulheres, normas de vestimenta com diferenciação de gênero, além de uso de imagens ou discursos sexistas que incitem a discriminação e a violência sexual.

O protocolo e as orientações para a adesão estão disponíveis na internet. O acesso pode ser feito pelo link https://bit.ly/45tF35S.

Foto: Dirceu Aurélio / Imprensa MG

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O Projeto de Lei Descentra Cultura Minas Gerais, proposto pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), foi aprovado em 2º turno no Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na tarde desta quarta-feira, 20/9. Em até 15 dias úteis, o PL 2.976/2021 será sancionado e, posteriormente, promulgado e publicado em ato do Executivo.

Para o secretário de Estado de Cultura e Turismo, a aprovação do PL assegura uma maior descentralização dos recursos e impulsiona a cultura no estado. “O descentra cultura, projeto de lei que moderniza, regulariza e sobretudo cria melhores condições de acesso aos municípios, às trabalhadoras e trabalhadores da cultura, de forma especial à cultura popular, foi aprovado hoje. O PL Descentra Cultura foi construído a muitas mãos; pelo conselho de políticas públicas, pela equipe da Secretaria de Cultura e Turismo de Minas Gerais, pelo Governo de Minas e secretarias em transversalidade. O PL foi muito apurado com emendas interessantíssimas que a Assembleia fez com que ele se tornasse ainda melhor”, ressalta Leônidas de Oliveira.

Com a aprovação do Descentra Cultura na Assembleia, todos os 853 municípios mineiros terão acesso aos recursos de fomento à cultura, impulsionando a economia da criatividade e a geração de emprego e renda em toda cadeia produtiva do setor. Atualmente, a cada ano, cerca de 35 municípios mineiros concentram 95% dos recursos destinados à Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Já via Fundo Estadual de Cultura (FEC), apenas 184 municípios conseguem acessar o mecanismo, concentrando 89% dos recursos disponíveis.

O documento modifica a Lei 22.944/2018, que institui o Sistema Estadual de Cultura, o Sistema de Financiamento à Cultura e a Política Estadual Cultura Viva, a fim de ampliar a todas as regiões do estado o acesso aos mecanismos do sistema estadual de financiamento.

A construção do PL foi feita de forma conjunta entre poder público e trabalhadores da cultura, baseado nas diretrizes estabelecidas no Plano Estadual de Cultura, que valoriza artistas, trabalhadores e trabalhadoras da cultura ao estimular a geração de emprego e renda, bem como estabelece uma nova relação entre o Estado e as culturas populares e tradicionais mineiras.

“A descentralização dos recursos da cultura é uma vitória para todos nós. O Descentra possibilitará a promoção do saber e a transmissão da oralidade do nosso povo de maneira igualitária. Essa vitória simboliza a proteção da forma como nós fazemos cultura”, afirmou a liderança da Casa de Caridade Pai Jacob do Oriente, Pai Ricardo de Moura.

Destaques da PL 2.976/2021

O PL foi elaborado após extensas discussões com o Conselho Estadual de Política Cultural (Consec) e outros órgãos do Estado. Na proposta da Secult, serão criadas condições para facilitar o acesso de povos e comunidades tradicionais aos mecanismos de fomento. Além disso, empresas de maior porte que optarem por financiar projetos em municípios do interior do estado poderão destinar até 5% do valor devido do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Atualmente esse percentual está limitado a 3%.

Dentre as mudanças apresentadas, duas podem ser destacadas. A primeira é a definição mais clara das expressões de culturas populares, das quais não serão exigidos projetos. A segunda é a possibilidade de redução de contrapartida das empresas ao FEC no caso de os proponentes serem do interior do estado, passando dos atuais 35% para 10%.

O PL Descentra Cultura Minas Gerais propõe ainda que o sistema de financiamento possa apoiar outras iniciativas, como assegurar visibilidade de artistas mineiros junto a curadores de grandes festivais e mostras nacionais e internacionais, entre outras ações. Os mecanismos de inscrição, aprovação e prestações de contas também serão reorganizados, atendendo, assim, às demandas antigas da sociedade.

Foto: Secult/Divulgação 

MM Congadeiros Notícia Secult

No próximo sábado (19/8), o Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e do Museu Mineiro, inaugura a exposição temporária “As Congadas de Minas Gerais”. A mostra, que fica em cartaz até 22 der outubro, reúne trabalhos de dez artistas de diversas regiões de Minas Gerais e do Brasil. A visitação tem entrada gratuita.

Com curadoria de Fátima Aquino, a exposição é uma incursão de artistas visuais de várias regiões do país no universo congadeiro. O tema grandioso e rico remete a saberes culturais, simbologias de crenças religiosas, sincretismo e fé, traduzidos pelas festas de rua, celebrações, cortejos, indumentárias, músicas e instrumentos inerentes a cada região de Minas.

O resultado dessa incursão é exibido na mostra, cuidadosamente construída nos preceitos fundamentais do Congado. Todos os elementos relacionados ao tema foram meticulosamente estudados para não se cometer equívocos, o resultado dessas pesquisas representa um verdadeiro convite a um passeio pela história que possibilita ao mesmo tempo conhecer e reconhecer essa cultura herdada dos antepassados.

“As Congadas de Minas Gerais” é o título da obra homônima do escritor e historiador de manifestações culturais Jeremias Brasileiro, doutor pela Universidade Federal de Uberlândia, um dos expoentes mais importantes do Congado no Brasil. Assim, pretende-se também homenagear tão ilustre figura, guerreiro na defesa da cultura popular, que tão gentilmente cedeu a autorização para uso do título da sua obra na mostra.

Enfatizar o legado do Congado para a construção da identidade cultural mineira e brasileira constitui um dos objetivos da exposição “As Congadas de Minas Gerais”. A exposição apresenta obras de artistas de diversas linguagens e suportes, como a cerâmica e a pintura, através de objetos que identificam e expressam a grandiosidade e a riqueza do Congado.

A exposição tem o ensejo de contribuir para que a manifestação cultural do Congado se mantenha viva e para que jamais seja esquecida, representando um lembrete para as gerações futuras de suas origens e de seu lugar no mundo.

“As Congadas de Minas Gerais” reúne obras de Adriana Santos, Fátima Aquino, Felicidade Patrocínio, Gariglio, Márcia Valadares, Marileusa Reducino, Onofre Santos, Sônia Furtado, Wagner Bottaro e Wzanvettor.

Serviço
Eexposição temporária “As Congadas de Minas Gerais”
Curadoria: Fátima Aquino
Abertura: 19/08 (sábado)
Período de visitação: 19 de agosto a 22 de outubro de 2023
Local: Museu Mineiro
Endereço: Av. João Pinheiro, 342, Centro – Belo Horizonte
Horário de funcionamento: Terça a Sexta, das 12h às 19h | Sábado e Domingo, das 11h às 17h

Orquestra Sinfônica de Minas Gerais Concertos no Parque Crédito Paulo Lacerda 4

Dentro das comemorações dos 60 anos do encontro entre Milton Nascimento e Márcio Borges, gênese do Clube da Esquina, o Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult/MG) e da Fundação Clóvis Salgado (FCS), apresenta a obra sinfônica “Suíte do Cigano”, criada por Márcio Borges em parceria com a maestrina Claudia Cimbleris. O concerto será executado pela Orquestra Sinfônica de Minas Gerais neste domingo (24/9), às 10h30, no Parque Municipal Américo Renné Giannetti.

A obra – que integra a série Concertos no Parque, produzida pela Pólobh – tem regência do maestro convidado Marcelo Ramos. A apresentação vai celebrar ainda os 87 anos da Rádio Inconfidência, no recente dia 3 de setembro. Com entrada livre, o evento conta com tradução em libras e recursos para assegurar o acesso de pessoas com deficiências auditivas e visuais.

A “Suíte do Cigano” foi composta quando Márcio Borges estava isolado em seu sítio na Serra da Mantiqueira, por conta da pandemia. “Passei dois anos e seis meses trancafiado no meu sítio. Foi quando meu filho, José Roberto, me presenteou com um desses apps de orquestração por computador. Comecei a escrever notas diretamente na pauta, apenas para ouvir os sons que o computador reproduzia. Senti que alguma coisa muito antiga e ancestral estava tentando se expressar”, contou o letrista do Clube da Esquina.

Conforme explicou Márcio Borges, a obra trata-se de uma saga, ao mesmo tempo épica, mística e circense, que narra o encontro de um ser espiritual com um simples poeta na Terra. “O ser mágico se identifica como Cigano do Egito, que vem a ser o doador do dom da escrita ao pequeno poeta desde os tempos primordiais”, detalhou. “Passei 60 anos sendo poeta e escritor profissional. E agora, aos 77 anos, me vejo transformado, por influência, amizade e amor de duas Cláudias, num compositor erudito. Não é pequena a emoção”, concluiu Márcio.

Centro da Esquina
A apresentação de final de ano da Escola de Música do Centro de Formação Artística e Tecnológica – Cefart, da Fundação Clóvis Salgado, também será uma homenagem ao Clube da Esquina, reconhecido em todo o mundo pela sua riqueza musical. No dia 29 de novembro, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, serão apresentadas músicas emblemáticas do grupo, instrumentais e cantadas.

Fundação Clóvis Salgado
Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS. 

A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.

Serviço
Concertos no parque | Suíte do Cigano
Data: 24/9 (domingo)
Horário: 10h30
Local: Palácio Parque Municipal Américo Renné Giannetti
Classificação Indicativa: Livre
Informações para o público: (31) 3236-7400 | www.fcs.mg.gov.br
Entrada gratuita (sujeita à lotação do espaço)

Foto: Paulo Lacerda

2023 Rachel Barton Pine Imprensa Lisa Marie Mazzucco

A ópera sempre ofereceu rico material para inspiração a outros compositores. Uma das mais influentes é a Carmen de Bizet. É impressionante como várias de suas passagens influenciaram o virtuosismo de Pablo de Sarasate, assim como o “ouvido” contemporâneo de Rodion Schchedrin. A violinista Rachel Barton Pine retorna ao palco da Filarmônica de Minas Gerais para interpretar outras variações sobre temas operísticos, desta vez do Fausto de Gounod, também de Sarasate. 

A apresentação é no dia 19 de agosto, às 18h, na Sala Minas Gerais, com regência de José Soares, maestro associado da Orquestra. Este é um concerto da série “Fora de Série”, que, em 2023, com o tema Segundas Opiniões, explora como compositores contribuíram com novas interpretações de obras de outros artistas. Os ingressos estão à venda no site da filarmônica e na bilheteria da Sala Minas Gerais.

Este projeto é apresentado pelo Governo de Minas Gerais e Ministério da Cultura, e conta o patrocínio da Porto Seguro e da ArcelorMittal, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Apoio: Circuito Liberdade. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo do Estado de Minas Gerais, Ministério da Cultura e Governo Federal.

Sobre a violinista Rachel Barton Pine

Interessada pelas grandes obras-primas clássicas e por peças contemporâneas, a violinista Rachel Barton Pine se destaca por suas performances calorosas e por seu importante trabalho de resgate histórico de compositores e compositoras negras. Como solista, apresentou-se com muitas orquestras prestigiadas, incluindo as sinfônicas de Chicago, Viena e Detroit, a Orquestra da Filadélfia, a Royal Philarmonic e a Camerata Salzburg. Entre os regentes com quem colaborou estão Zubin Mehta, Erich Leinsdorf, Neeme Järvi, Marin Alsop e Neville Marriner.

Pine possui uma extensa discografia de 39 discos, tendo alguns deles figurado no topo da classificação da Billboard Classical. Venceu vários dos principais prêmios mundiais, incluindo uma medalha de ouro na Competição Internacional Johann Sebastian Bach, em 1992. Mantém a Rachel Barton Pine Foundation, que realiza ações de incentivo à carreira de jovens músicos e desenvolve, há duas décadas, o projeto Music by Black Composers, que já recuperou mais de 900 obras de aproximadamente 450 compositores negros do século XVIII até os dias atuais.

Repertório

 Pablo Sarasate (Pamplona, Espanha, 1844 – Biarritz, França, 1908) e a obra Fantasia sobre temas da "Carmen" de Bizet, op. 25 (1881)

No século XIX, o violino era o instrumento melodioso por excelência, e Pablo de Sarasate foi, sem dúvidas, um de seus expoentes máximos. Com técnica fluida, equilíbrio, nobreza e precisão, o espanhol radicado na França conquistou plateias em toda a Europa e nas Américas, realizando muitas turnês e temporadas de concertos ao longo de seus 64 anos de dedicação à música. Naquela época, esperava-se dos grandes virtuoses que apresentassem composições de sua autoria, e Sarasate logo tornou-se conhecido por um repertório próprio de fantasias sobre temas operísticos.

Sua Fantasia sobre temas da "Carmen", inspirada na criação de Georges Bizet, conquistou um lugar cativo no repertório violinístico. Carmen foi a última ópera escrita por Bizet e, ao contrário das anteriores, não contou com uma recepção muito positiva em sua estreia, em 1875. A Fantasia de Sarasate mudou esse cenário logo na década seguinte, contribuindo para a sua popularização. Dividida em cinco movimentos, todos inspirados em temas que fazem referência direta à tempestuosa protagonista, a obra se destaca pela inventividade, pela costura sutil entre momentos díspares do trabalho original e, como de praxe em se tratando de Sarasate, pelo exímio domínio técnico do instrumento solista.

Pablo Sarasate (Pamplona, Espanha, 1844 – Biarritz, França, 1908) e a obra Nova fantasia sobre Fausto, op. 13 (1874)

O compositor espanhol Pablo de Sarasate ficou tão arrebatado pela ópera Fausto, de Charles Gounod, que escreveu duas fantasias sobre temas da obra. A segunda delas, Nova fantasia sobre Fausto, foi composta originalmente em 1874 para violino e piano, mas o compositor logo fez também uma versão para solista e orquestra.

A obra começa com um acorde dramático no piano e, em seguida, o instrumento solista entra com uma passagem radiante. Depois da abertura, Sarasate segue para a música do segundo ato da ópera, quando Fausto já fez seu pacto com o demônio Mefistófeles. Mefistófeles canta a ária Le veau d’or, que Sarasate traduz para o violino com rigor e beleza. O tema final da obra vem da famosa Valsa de Fausto.

Rodion Shchedrin (Moscou, Rússia, 1932) e a obra Suíte da "Carmen" de Bizet (1967)

Nascido em 1932, em Moscou, onde vive até hoje, Rodion Shchedrin é o mais reconhecido compositor russo da segunda metade do século XX. Aliando o trabalho acadêmico a produções de cunho abertamente popular, Shchedrin construiu uma obra marcada pela exploração das tradições musicais e literárias de sua terra natal e pelo trânsito por diversos gêneros e linguagens.

Dentre suas produções para o palco, a suíte da ópera Carmen, de Georges Bizet, é uma das mais queridas e executadas desde sua estreia, em 1967. Pensada como acompanhamento para um balé coreografado por Alberto Alonso, do Balé Nacional de Cuba, foi a primeira peça que Shchedrin escreveu para sua esposa Maya Plisetskaya, na época a primeira bailarina do Teatro Bolshoi.

Trata-se de uma transcrição brilhante, na qual a exuberância das texturas de Bizet é mantida, ao mesmo tempo em que são complementadas com novos recursos orquestrais. Nesse sentido, uma das características mais marcantes da releitura de Shchedrin é a sua opção incomum por manter apenas as cordas e a percussão no corpo da orquestra, mas também conferir potência extra a ambas, ampliando o número de músicos nas cordas e lançando mão de uma gama imensa de instrumentos de percussão.

Serviço 
Fora de Série: Segundas Opiniões – Revisitando Carmen e Fausto
Data: 19/08
Horário: 18h
Local: Sala Minas Gerais - Rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto - Belo Horizonte
Ingressos: R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 50 (Mezanino), R$ 70 (Balcão Palco), R$ 90 (Balcão Lateral), R$ 120 (Plateia Central), R$ 155 (Balcão Principal) e R$ 175 (Camarote).
Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores. Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.
Funcionamento da bilheteria:
Dias sem concerto
3ª a 6ª — 12h a 20h
Sábado — 12h a 18h

Dias com concerto
12h a 22h — quando o concerto é durante a semana
12h a 20h — quando o concerto é no sábado
09h a 13h — quando o concerto é no domingo
Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Foto: Lisa Marie Mazzucco

pianista Teo Gheorghiu foto schreyer t27

O pianista suíço-canadense Teo Gheorghiu realiza seu segundo programa com a Filarmônica de Minas Gerais para interpretar duas releituras: a de Liszt sobre Fantasia Wanderer, obra de Schubert, e a de Lutoslawski sobre o famoso tema de um dos Caprichos de Paganini. A apresentação acontece neste sábado (23/9), às 18h, na Sala Minas Gerais. Os ingressos custam de R$ 50 a R$ 175 e podem ser adquiridos no site da Filarmônica e na bilheteria da Sala Minas Gerais.

O maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente Titular da Filarmônica de Minas Gerais, nos introduz à rica e densa sonoridade das cordas, nas variações feitas por Vaughan Williams sobre um tema de Thomas Tallis, e conduz a viagem por toda a orquestra na famosa obra de Britten sobre um tema de Purcell. Este é um concerto da série “Fora de Série”, que, em 2023, com o tema Segundas Opiniões, explora como compositores contribuíram com novas interpretações de obras de outros artistas. 

O projeto é apresentado pelo Governo de Minas Gerais e Ministério da Cultura, e conta o patrocínio da Porto Seguro e da ArcelorMittal, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A realização é do Instituto Cultural Filarmônica, Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult/MG), Ministério da Cultura e Governo Federal. O Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Fundação Clóvis Salgado, apoia o projeto.

Maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente titular 
Desde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo responsável pela implementação de um dos projetos mais bem-sucedidos no cenário musical brasileiro.

Ao ser convidado, em 2014, para o cargo de Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia, Fabio Mechetti tornou-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática. Depois de quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville, Estados Unidos, atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular da Sinfônica de Syracuse e da Sinfônica de Spokane. Desta última é, agora, Regente Emérito.

Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente.

Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais de verão nos Estados Unidos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York.

Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na Dinamarca, Mechetti dirige regularmente na Escandinávia, particularmente a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a de Helsingborg, Suécia. Na Finlândia, dirigiu a Filarmônica de Tampere; na Itália, a Orquestra Sinfônica de Roma e a Orquestra do Ateneo em Milão; na Dinamarca, a Filarmônica de Odense e na Argentina a Filarmônica do Teatro Colón.

No Brasil, foi convidado a dirigir a Sinfônica Brasileira, a Estadual de São Paulo, as orquestras de Porto Alegre e Brasília e as municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro. Trabalhou com artistas como Alicia de Larrocha, Thomas Hampson, Frederica von Stade, Arnaldo Cohen, Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil Shaham, Midori, Evelyn Glennie, Kathleen Battle, entre outros.

Em 2023, estreou no Festival Casals com a Sinfônica de Porto Rico e voltou a se apresentar com a Orquestra Sinfônica Nacional da Colômbia, em Bogotá.

Teo Gheorghiu, piano 
Destinatário do prêmio Beethoven-Ring do Beethovenfest de Bonn em 2010 e o mais jovem pianista a receber a honraria, Teo Gheorghiu já se apresentou com as sinfônicas de Tóquio, Bilbao e Pittsburgh, a Royal Philharmonic e a Tchaikovsky Symphony, além da Orquestra Nacional Dinamarquesa. Ao longo da carreira, colaborou com regentes renomados, como Neville Marriner, Vladimir Fedoseyev, Matthias Pintscher e Alexander Shelley.

Foi vencedor do prêmio principal nas competições internacionais de piano Franz Liszt e San Marino, e, em 2017, recebeu o prêmio de melhor artista no Concurso Musical Internacional de Montreal. Nascido em 1992, na Suíça, Gheorghiu viveu a maior parte da vida em Londres, onde foi pupilo de Hamish Milne. Em 2022, lançou o álbum Roots, que demonstra seu atual interesse na tradição musical do Leste Europeu e especialmente da Romênia, terra de seus pais e do compositor George Enescu.

Repertório 
Ralph Vaughan Williams (Down Ampney, Inglaterra, 1872 – Londres, Inglaterra, 1958) e a obra Fantasia sobre um tema de Thomas Tallis (1911/1913, revisões 1918 e 1933)

Baseada em um salmo do compositor renascentista inglês Thomas Tallis, esta fantasia marca um momento distintivo na trajetória de Vaughan Williams: o surgimento de um estilo próprio do compositor. A partir desta obra, ele estabeleceu uma reputação que peças posteriores, como a Sinfonia Pastoral, Flos Campi e a Missa em sol menor, serviram para consolidar. Embora o tratamento do tema de Tallis por Vaughan Williams seja principalmente contemplativo, há momentos dramáticos e apaixonados na Fantasia.

Sua estreia se deu em 6 de setembro de 1910, no Three Choirs Festival, em Gloucester. A princípio, os críticos receberam o trabalho com frieza, o que fez com que Vaughan Williams o revisasse duas vezes: primeiro em 1913 e, depois, em 1919. Foi reconhecida tardiamente como uma obra-prima menor, e, desde então, tem sido uma das peças mais populares do compositor.

Franz Schubert (Viena, Áustria, 1797 – Viena, Áustria, 1828) e a obra Fantasia em Dó maior, D. 760, "Fantasia Wanderer" (1822), com orquestração de Franz Listzt, em 1851.

A Fantasia em Dó maior, D. 760 foi composta em novembro de 1822, ano de impressionante produção criativa para Schubert. Trabalho de qualidades singulares no catálogo do compositor vienense, destaca-se por sua exigência virtuosística e pelas explorações sonoras testadas ao longo de quatro intensos movimentos, marcados por uma estrutura cíclica e por ritmos dactílicos similares.

O apelido Fantasia Wanderer, pelo qual é mais conhecida, só veio anos mais tarde, e faz referência a outra obra do próprio Schubert: a canção Der Wanderer ("O andarilho"), de 1816, que lhe empresta o tema no qual se baseia o adágio de seu segundo movimento. A jornada espiritual evocada pela peça, bem como suas demandas ao solista, fascinou os músicos românticos, especialmente Franz Liszt, que produziu três arranjos orquestrais para ela. O primeiro deles, escrito em 1852 e publicado em 1868, se adequa tão perfeitamente à proposta de Schubert que parece ter sido pensado pelo próprio. Com elegância e maestria, Liszt consegue transformar a Fantasia Wanderer em um verdadeiro concerto para piano, retendo o sentimento itinerante e desbravador que define a inspirada composição original de Schubert.

Witold Lutoslawski (Varsóvia, Polônia, 1913-1994) e a obra Variações sobre um tema de Paganini (1941, revisão e orquestração 1978)

Entre os anos 1940 e 1944, na Varsóvia ocupada pelo exército nazista, o compositor polonês Witold Lutoslawski ganhava a vida se apresentando em cafés com o amigo e também compositor Andrzej Panufnik. O repertório da dupla incluía dezenas de arranjos originais para duo de piano, entretanto, praticamente todos foram destruídos durante a heroica, mas mal-sucedida Revolta de Varsóvia, entre agosto e outubro de 1944, quando os alemães devastaram a cidade após suprimirem os esforços da resistência polonesa.

Diante da ameaça, Lutoslawski fugiu para a casa de parentes no interior, mas só conseguiu levar consigo alguns poucos trabalhos, entre eles as Variações sobre um tema de Paganini. Construídas a partir do influente e dificílimo Capricho nº 24 em lá menor – que também serviu de inspiração para Rachmaninov (Rapsódia sobre um tema de Paganini, op. 43) e para Blacher (Variações para orquestra sobre um tema de Paganini, op. 26) –, as Variações de Lutoslawski transcrevem para dois pianos a abordagem virtuosística da composição original para violino, e são, hoje, uma de suas obras mais executadas. Anos mais tarde, em 1978, Lutoslawski revisitou o próprio trabalho para escrever um novo arranjo, dessa vez para piano e orquestra. Essa versão acrescenta influências de Bartók e Prokofiev ao piano e confere vitalidade à orquestra com articulações e coloridos modernos, inspirados em Ravel e na música popular.

Benjamin Britten (Lowestoft, Inglaterra, 1913-1976) e a obra Guia orquestral para jovens: Variações e fuga sobre um tema de Purcell (1946)

As inquestionáveis qualidades didáticas de Guia orquestral para jovens tornaram-na um clássico do repertório utilizado para iniciação no universo da música sinfônica, bem como um dos trabalhos mais celebrados de Benjamin Britten. No início de 1945, o governo britânico convidou o compositor para escrever a trilha sonora de um documentário educativo voltado para o público infantil, chamado Os instrumentos da orquestra.

Britten escolheu um tema em ré menor de seu conterrâneo Henry Purcell (nascido no século XVII), parte da música incidental composta para a peça Abdelazer, de Aphra Behn, e construiu uma série de variações, cada uma delas ressaltando as características de um grupo de instrumentos da orquestra – por isso o outro nome da obra, Variações e fuga sobre um tema de Purcell. As variações começam com os instrumentos de sopro, seguidos pelas cordas e a harpa, depois pelos metais e, por fim, a percussão. Como encerramento, a mesma sequência é repetida em uma fuga vibrante e inspirada.

O filme teve estreia em novembro de 1946, mas, devido a sua clareza e objetividade, o Guia orquestral para jovens rapidamente ganhou vida própria, juntando-se a O Carnaval dos animais (1886), de Saint-Saëns, e a Pedro e o lobo (1935), de Prokofiev, como exemplos primorosos de trabalhos capazes de apresentar, para crianças e adultos, a beleza e a riqueza de um conjunto orquestral.

Serviço
Fora de Série - Segundas Opiniões
Data: 23/9 (sábado)
Horário: 18h
Local: Sala Minas Gerais – Rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto - Belo Horizonte
Ingressos: R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 50 (Mezanino), R$ 70 (Balcão Palco), R$ 90 (Balcão Lateral), R$ 120 (Plateia Central), R$ 155 (Balcão Principal) e R$ 175 (Camarote).
Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores. Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.
Funcionamento da bilheteria:
Dias sem concerto
3ª a 6ª — 12h a 20h
Sábado — 12h a 18h
Dias com concerto
12h a 22h — quando o concerto é durante a semana
12h a 20h — quando o concerto é no sábado
09h a 13h — quando o concerto é no domingo
Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Foto: Schreyer

Ceresp Betim2 Foto Divulgação Secult2

Uma Caixa-Estante com cerca de 100 livros tem transformado o cotidiano do Centro de Remanejamento do Sistema Prisional de Betim (Ceresp Betim). Recém-inaugurada no local, a iniciativa tem despertado o interesse pela leitura na população carcerária do Ceresp e envolvido também os servidores do espaço. O trabalho se soma à possibilidade de remição de pena por meio do incentivo à leitura em unidades prisionais. 

A ação é realizada pelo Governo do Estado, por meio da parceria entre a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), e integra o programa Minas Literária, lançado em maio deste ano. Junto à Caixa-Estante, foi implantada a biblioteca do próprio Ceresp Betim, no dia 28/7. 

Os livros presentes na Caixa-Estante do Ceresp Betim compõem um universo variado de estilos literários. Entre eles estão clássicos da literatura brasileira, como “Primeiras Estórias”, de João Guimarães Rosa e “Dom Casmurro”, de Machado de Assis. Há também clássicos internacionais, como “Histórias Extraordinárias”, de Edgar Allan Poe, “Crime e Castigo”, de Dostoiévski, e “Testemunha Ocular do Crime”, de Agatha Christie, além de best-sellers como "Nunca Desista de seus Sonhos", de Augusto Cury.  

As obras foram selecionadas a partir de um trabalho conjunto entre o Ceresp Betim e a Biblioteca Pública Estadual. Primeiramente, a unidade prisional realiza uma pesquisa entre os presos para saber que tipo de literatura os interessa. Com base nessas informações, encaminha a demanda à Biblioteca, juntamente com as determinações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e dos critérios estabelecidos no projeto aprovado pela Vara de Execução Penal da Comarca. 

Em Betim, a iniciativa já tem uma lista de espera com mais de 200 interessados nas obras. Um deles é Cláudio Nascimento, que participou do lançamento da Caixa-Estante. “Um dos livros da caixa que vi e logo quis pegar para ler era um quadrinho do Batman, que contava os segredos de família dele. Desde criança eu gosto do Batman, então li o livro todo no mesmo dia. Agora já quero pegar outro”, contou o recluso, que tem retomado o hábito da leitura. “Eu sempre li muito durante minha época de estudos. Depois que me formei, com trabalho e família, não dava muito tempo. Mas agora vou voltar a ler. Esse projeto veio na hora certa, encaixou perfeitamente”, comemorou. 

A iniciativa também foi celebrada por Pablo Antônio Pereira, há dois meses no Ceresp Betim. “Essa Caixa-Estante é uma ação sensacional. Lendo, você adquire conhecimento, e o conhecimento ninguém pode te roubar. Quando você lê um livro que te interessa, você viaja naquela leitura. A visão que a gente tem do mundo muda”, comentou. 

Os depoimentos vêm ao encontro do que prega a superintendente de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade, Célia Iglesias Ramos, para quem a força da literatura opera como um agente catalisador na jornada de recuperação, promovendo a esperança e a oportunidade de uma reintegração bem-sucedida na comunidade. “Com o Minas Literária, a Secult busca redefinir a maneira como os detentos se relacionam com a leitura e a cultura. Através dessa iniciativa pioneira, os detentos têm a oportunidade de reduzir suas penas por meio da leitura assídua de livros, destacando o poder transformador da literatura na jornada de reabilitação e reinserção na sociedade”, declara. 

Outro ponto positivo da Caixa-Estante é que ela permite uma atualização constante do acervo. Em princípio, os livros são trocados a cada seis meses, mas esse prazo pode ser reduzido ou ampliado a pedido da instituição. Assim, uma mesma unidade prisional pode receber centenas de títulos diferentes aptos para remição por ano.  

Acervo e curadoria  

A diretora de Humanização e Atendimento do Ceresp Betim, Lídia Poliana da Rocha Afonso, conta que se surpreendeu com a receptividade dos indivíduos privados de liberdade. “A adesão superou minhas expectativas. Nós temos hoje uma lista de 200 pessoas aguardando livros. É uma parcela muito significativa da população carcerária. E esse número tende a aumentar, porque esse quantitativo foi obtido só na primeira pesquisa nas galerias”, revelou Lídia. 

A remição de pena pela leitura é reconhecida desde 2011, quando a Lei nº 12.433 alterou a Lei de Execução Penal, estendendo o benefício às ações de educação. No entanto, ela não era ainda aplicada no Ceresp-Betim até a chegada da Caixa-Estante e da inauguração da biblioteca. Isso porque, para a unidade prisional aderir a essa modalidade de remição de pena, precisa enviar um projeto específico para a Vara de Execução Penal da Comarca, seguindo as normas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).  

Entre outras coisas, as resoluções e notas técnicas do conselho determinam que a unidade possua uma biblioteca prisional, e que esta possua títulos aptos à remição de pena. Foi aí que se estabeleceu a parceria com a Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, entidade vinculada à Secult e que presta o serviço da Caixa-Estante, conforme relatou o diretor-geral do Ceresp Betim, Nilmaier Assunção. "Com a Caixa-Estante, contamos com a capacitação e expertise da equipe da Biblioteca Estadual para nos ajudar em todas as etapas deste processo. Essa parceria com a Secult é muito importante para todos nós”, avaliou o diretor. 

Além dos 100 livros da Caixa-Estante, 511 títulos da biblioteca do Ceresp estão aptos a serem usados para fins de remição de pena. Neste primeiro momento, 20 reclusos participam do projeto, que prevê a realização de rodas de leitura e oficinas de escrita, alternadamente, a cada 15 dias, ambas oferecidas por voluntários. “Temos que ter em mente que o indivíduo privado de liberdade normalmente não é um leitor habitual. Essas rodas de leitura vão ajudar no processo de formação de público leitor. Elas serão mediadas por voluntários da área, como professores de português. Os reclusos do grupo da Caixa-Estante farão uma leitura guiada pelo voluntário e, quinze dias depois, passarão pela oficina de escrita”, explicou Lídia. 

As oficinas de escrita têm um propósito prático: ajudar os indivíduos privados de liberdade a redigirem um resumo do livro após sua leitura. O relatório é indispensável para a remição, devendo ser aprovado por uma comissão de validação formada por cinco funcionários ou voluntários. Quando o relatório de leitura é aceito, o documento é encaminhado à Vara de Execução Criminal da Comarca, para que os dias sejam remidos. São descontados quatro dias da pena do detento por obra lida, com um limite de 12 livros ao ano – ou 48 dias de desconto, no máximo. 

“Pretendemos aumentar a quantidade de indivíduos privados de liberdade que serão atendidos pelo projeto após esse diagnóstico inicial. É importante destacar que todos os reclusos podem ter acesso aos livros da biblioteca e da Caixa-Estante para fins de recreação”, ressaltou Lídia. E os servidores também podem participar do projeto; qualquer pessoa da unidade, seja recluso ou funcionário, está autorizado a pegar livros emprestados por até 21 dias.  

Pablo Pereira, que gosta mais de livros religiosos e sobre histórias reais, avalia que o benefício da remição pode ser um primeiro incentivo para mudar a relação que muitos presos têm com a literatura. “Às vezes a pessoa se interessa pelo projeto só pela remição da pena. Mas aí, quando começa a ler, pega amor pela leitura, porque ela te envolve”. 

Leitura e ressocialização 

A superintendente de Humanização do Atendimento do Departamento Penitenciário de Minas Gerais, Ana Paula Dolabella, defende que o projeto é benéfico não apenas ao recluso, mas para toda a sociedade. “A educação é direito e garantia fundamental de qualquer indivíduo. E, em se tratando de um ambiente de cárcere, as práticas educacionais contribuem e muito para o processo de ressocialização, tendo em vista que o indivíduo adquire conhecimento e desenvolve habilidades essenciais para o convívio em sociedade. É uma possibilidade de construção de uma nova realidade”, disse.  

Lídia Poliana faz coro com a colega de profissão. Ela também destaca a acessibilidade do livro como um dos pontos fortes para a adoção da leitura como medida educativa. “A leitura garante a sanidade mental dos reclusos e a dignidade da pena. É um investimento em humanização com um custo-benefício muito bom, porque o livro é muito acessível e a gente recebe muitas doações. Também não demanda um grande espaço físico, uma vez que a leitura pode ser feita na própria cela. É o mecanismo de ressocialização que menos demanda investimento em estruturação, compras ou outros gastos para o Estado”, observa a diretora de Humanização e Atendimento do Ceresp Betim. 

Essa opinião é compartilhada não apenas pelos servidores do Ceresp, como também pelos próprios indivíduos em privação de liberdade. “O livro nos ajuda muito, tanto no dia a dia aqui, para diminuir a pena, quanto para quando a pessoa sair, adquirir outros conhecimentos, deixar a vida de criminalidade que levava”, avaliou Cláudio Nascimento, que está em privação de liberdade há um ano, incluindo o tempo em que esteve em outras unidades prisionais.   

“A humanização é a integração dos diversos setores. Transformar a vida dessas pessoas é um dever não só do Estado, mas da sociedade. A pena tem que ser transformadora. Com a Secretaria de Cultura e Turismo de Minas Gerais, temos uma infinidade de parcerias que podem ser firmadas. A Secult já manifestou interesse na realização de outras ações aqui dentro, como apresentações de música e contação de história. A gente vê parcerias futuras no sentido de alfabetização e publicação. Porque queremos formar não só leitores, mas também escritores”, concluiu Lídia Poliana. 

O diretor do Livro Leitura, Literatura e Bibliotecas, Lucas Amorim, reforça a importância do projeto nas unidades prisionais. “Ao oferecer livros e promover a leitura para pessoas privadas de liberdade, este projeto piloto do Minas Literária não apenas reforça o direito de todas as pessoas à educação e ao acesso à cultura, mas também contribui para a reabilitação, redução da reincidência e para a promoção do respeito pelos direitos humanos, mesmo em ambientes desafiadores”, sublinha Amorim.  

Ele também analisa que é necessário sanar o analfabetismo para que mais indivíduos possam se beneficiar desse projeto. “Essa iniciativa reconhece o valor educacional e transformador da leitura, incentivando essas pessoas a dedicarem tempo à atividade de forma produtiva. Mas para construirmos uma Minas mais leitora, é importante enfrentarmos também a realidade do analfabetismo funcional presente em parcela considerável da população carcerária, e criarmos condições efetivas para a reinserção dessas pessoas na sociedade”, conclui Amorim. 

Ceresp Betim3 Foto Divulgação Secult3

A Caixa Estante 

Criada em 1969, a Caixa-Estante é um serviço da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais pensado para pessoas que não podem se deslocar a uma biblioteca. Além do Ceresp Betim, atualmente há Caixas-Estantes em mais sete lugares: Casa de Semiliberdade Letícia; Lar dos Meninos; e nos Centros Socioeducativos de Ribeirão das Neves, Santa Clara, Horto e São Jerônimo. Os Centros Socioeducativos são as unidades de internação ou de semiliberdade para jovens em conflito com a lei. Também com o objetivo de facilitar o acesso à leitura, a Caixa-Estante está presente na Creche José de Souza Sobrinho, destinada aos filhos de funcionários do Hospital Sofia Feldman.  

No total, são reunidos em média 100 livros, mas para o público infantil são enviados um pouco mais, entre 120 e 150 títulos por vez, devido a espessura menor das obras. O procedimento de escolha sempre leva em consideração o perfil do local, adequando-se à instituição. 

Para levar a leitura ao Centro Socioeducativo São Jerônimo, por exemplo, a escolha do acervo é feita por uma adolescente que participa do processo de definição do conjunto a ser emprestado. Ela vai à Biblioteca Pública Estadual acompanhada de uma pedagoga, que a auxilia na construção do acervo. 

Em 2024, uma nova Caixa-Estante será instalada no Complexo Penal Público Privado de Ribeirão das Neves. 

Ceresp Betim1 Foto Divulgação Secult1

Fotos: Secult / Divulgação

Bonecas de Barro CAP

Nesta quinta-feira, dia 21 de setembro, a partir das 19h, o Centro de Arte Popular inaugura a nova exposição temporária “Bonecas de barro: o viver do Vale”, com curadoria de Uiara Azevedo e Renata Fonseca. A mostra destaca a produção cultural do Vale do Jequitinhonha, reconhecida como Patrimônio Cultural do estado em 2018, a partir das bonecas feitas em cerâmica por mulheres de diferentes regiões do Vale. A proposta é valorizar o papel fundamental das artesãs nesse ofício ancestral, cujas habilidades preservam tradições valiosas e contribuem para a independência financeira delas e para o sustento de suas famílias.

O público poderá conferir de perto os trabalhos de Gloria Maria Andrade, Andreia Andrade e Mercinda Severa Braga, filha, neta e nora, respectivamente, de Dona Isabel, precursora na produção das bonecas de barro. Também estarão expostas as obras de Maurina Pereira dos Santos (Teca) e Aneli Brandão, do distrito de Santana do Araçuaí, em Ponto dos Volantes, e Maria José Gomes da Silva (Zezinha) e Irene Gomes, de Coqueiro Campo, localidade de Minas Novas.

“As bonecas do Vale do Jequitinhonha são mais do que simples objetos artísticos. São testemunhas da resiliência, criatividade e identidade cultural das mulheres que as criam. Elas não apenas representam quem as criou, mas também simbolizam a beleza que pode surgir da conexão profunda entre a arte e a vida, entre o barro e a criatividade e entre as mulheres e sua terra”, dizem Uiara Azevedo e Renata Fonseca no texto curatorial da exposição.

A exposição "Bonecas de Barro: o Viver do Vale" é uma iniciativa inserida no contexto da 17ª Primavera dos Museus, evento anual promovido pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) em que museus e instituições culturais de todo o país engajam-se em programações relacionadas a um tema específico. Este ano, o tema escolhido é "Memórias e Democracia: Pessoas LGBT+, Indígenas e Quilombolas".

Centro de Arte Popular

Localizado nas adjacências da Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, o Centro de Arte Popular exibe ao público a riqueza da cultura produzida pelos artistas populares de Minas Gerais. O acervo é composto por objetos confeccionados em madeira, cerâmica, tecido, fibras naturais, pedras, além de outros suportes e linguagens.

O Centro de Arte Popular integra o Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. Trabalhando em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas.

Serviço
Exposição temporária “bonecas de barro: o viver do vale”
Abertura: 21 de setembro de 2023
Horário: 19h
Período de Visitação: 21 de setembro a 22 de outubro
Local: Centro de Arte Popular – Rua Gonçalves Dias, 1608, Lourdes – Belo Horizonte
Horário de Funcionamento: Terça a sexta-feira, das 12h às 18h30 | Sábados, domingos e feriados, das 11h às 17h.
Facebook: facebook.com/centrodeartepopular.mg
Instagram: instagram.com/centrodeartepopular

Noite Mineira dos Museus e Bibliotecas Leo Bicalho

A noite da última quinta-feira (10) marcou o início da nova temporada de eventos noturnos nos equipamentos culturais do Estado. Os 28 municípios que participaram da 2ª edição da Noite Mineira nos Museus e Bibliotecas deram início à nova fase do projeto, que irá se repetir a cada segunda quinta-feira do mês. Nesta edição, centenas de pessoas estiveram nos 40 espaços culturais espalhados pelo Estado, que ficaram de portas abertas até às 22h oferecendo uma programação rica, diversa e gratuita. As atrações incluíram exposições, rodas de conversa, espetáculos de dança, saraus literários, apresentações teatrais, exibição de filmes, montagem coletiva de quebra-cabeça, entre muitas outras atividades.

“A primeira noite após a retomada do projeto não poderia ter sido mais bem-sucedida. Com shows, visitas mediadas, saraus, rodas de conversa e encontros com escritores, a variedade de opções proporcionou uma experiência única para todos os presentes. A energia contagiante das apresentações e a atmosfera vibrante reforçaram o valor do projeto para a população das cidades envolvidas”, declarou Célia Iglesias Ramos, Superintendente de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade (SBMEC), divisão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult/MG) que executou a Noite Mineira nos Museus e Bibliotecas.

A universitária Mariana Carneiro Falcão, que esteve na visita guiada promovida pelo Museu Mineiro, em Belo Horizonte, aplaudiu a iniciativa. “Essa ação é muito interessante por possibilitar o acesso das pessoas ao museu. O horário flexível permite a trabalhadores e universitários, como é o meu caso, frequentarem os museus e bibliotecas. Eu achei a atividade muito cativante e pretendo voltar nas próximas vezes”, contou.

Para a Superintendente da SBMEC, o projeto vai muito além de apenas abrir portas dos equipamentos. “A ação reafirma a importância dos espaços culturais como pontos de encontro e intercâmbio de ideias, promovendo um diálogo enriquecedor entre artistas, intelectuais e o público em geral”, avaliou Célia Ramos.

O relato do ilustrador Régis Luis atesta a eficácia da iniciativa em criar canais para trocas culturais entre as pessoas. “A Noite Mineira dos Museus e Bibliotecas tem sido muito importante para mim por causa da minha relação com a biblioteca. Ela permite que a gente encontre a comunidade de quadrinhos, desde autores, leitores, pesquisadores, e gera um debate muito bom”, disse Régis, que participou do bate-papo sobre quadrinhos realizado no espaço Geek da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, mediado por Afonso Estevan de Andrade e Eliani Gladyr da Silva.

Quem também marcou presença no Circuito Liberdade foi o arquiteto Rafael Oliveira, que aproveitou o período noturno para ir ao CCBB. “Por conta do nosso horário de trabalho, é importante que os museus e bibliotecas tenham esse funcionamento flexível para que possamos ter acesso aos meios culturais. Eu acho legal porque a gente conhece uma cultura que às vezes a gente não tem oportunidade. E a noite tem um clima agradável, todos estão mais tranquilos e a gente consegue relaxar também. Gostei muito”, relatou.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, destacou a importância da Noite Mineira de Museus e Bibliotecas para ampliar o acesso à cultura no estado. “Nós queremos trazer o público que não tem o hábito de ir a museus e bibliotecas. Estender o horário à noite é uma forma de possibilitar isso, estimulando as pessoas a conhecerem e frequentarem ainda mais os espaços da cultura de Belo Horizonte e de outras cidades de Minas Gerais”, declarou Oliveira.

O gestor pontuou ainda o potencial que o evento tem em se transformar em mais um atrativo cultural e turístico do Estado. “Essa programação pode fazer com que mais pessoas venham a Minas Gerais, e quem vive aqui poderá se programar para toda segunda quinta-feira do mês, já tendo em mente que haverá diversas atrações nesse dia. A ideia é viabilizar também não só uma ida ao museu, mas uma experiência, com as artes dialogando entre si e com os museus e bibliotecas. A música, o teatro e a literatura, em transversalidade, podem fazer com que mais pessoas se interessem e tenham um despertar para nossos espaços museológicos”, concluiu Oliveira.

Noite Mineira nos Museus e Bibliotecas acontecerá todo mês

A partir de agora, a Noite Mineira de Museus e Bibliotecas será realizada mensalmente, nas segundas quintas-feiras. Em breve, a SBMEC abrirá inscrições para que os equipamentos culturais de Minas Gerais integrem as próximas edições. O cadastro é realizado de forma online e gratuita.

“O sucesso da primeira noite é um prenúncio do que está por vir nas próximas. É com grande entusiasmo que convidamos todas as cidades do Estado de Minas Gerais a se juntarem a nós na edição de setembro. É uma oportunidade ímpar para as cidades se unirem e destacarem seus próprios tesouros culturais, abrindo suas portas e corações para os amantes da arte, da história e do conhecimento”, convocou Célia Ramos.

Foto: Leonardo Bicalho

Mostra Deficiência em Tela Intocáveis Crédito Divulgação

O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult/MG) e da Fundação Clóvis Salgado (FCS), inaugura, durante o Setembro Verde, o projeto Caminhos da Inclusão, com programação voltada para a acessibilidade, a afirmação dos direitos das pessoas com deficiência e a democratização do acesso às atividades da instituição. São várias ações e eventos gratuitos, todos com foco nas experiências e demandas de pessoas com as mais diversas condições, sejam físicas, cognitivas ou de sentido.

Entre os destaques estão a mostra de cinema Deficiência em Tela, no Cine Humberto Mauro; os concertos e shows com acessibilidade no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes e no Parque Municipal Américo Renné Giannetti; a exposição acessível “Um País Chamado Pará”, na CâmeraSete; visitas guiadas em Libras no Palácio da Liberdade; além da programação inclusiva no Centro Cultural Banco do Brasil, no Memorial Minas Gerais Vale e em outros equipamentos do Circuito Liberdade, gerido pela FCS. Também integra a programação o Festival Acessa BH, em parceria com a Fundação Clóvis Salgado.

Inclusão e acessibilidade são o tema da mostra “Deficiência em Tela”, em cartaz no Cine Humberto Mauro até a próxima segunda-feira (25/9). Com mais de 20 filmes e variadas ferramentas de acessibilidade, a curadoria feita por Sara Paoliello traz ampla seleção de curtas e longas-metragens marcados pela diversidade de narrativas e gêneros. A mostra convida o público a mergulhar em obras que refletem as complexidades da experiência das deficiências. Como medida prática de inclusão, o acesso ao Palácio das Artes pelo Parque Municipal Américo Renné Giannetti será temporariamente aberto.

Já na CâmeraSete – Casa de Fotografia de Minas Gerais, a exposição “Um País Chamado Pará”, aberta a visitações até 30/9 (sábado), tem trazido à galeria diversos serviços oferecidos às pessoas com deficiência, como piso tátil, catálogo em braile, audiodescrição e atendimento em Libras (Língua Brasileira de Sinais). A galeria fica aberta de terça a sábado, das 9h30 às 21h.

Os concertos da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG) e do Coral Lírico de Minas Gerais (CLMG) também têm dado o exemplo quando o assunto é diversidade e inclusão. A Fundação Clóvis Salgado disponibiliza, nestes e em outros eventos, profissionais intérpretes de Libras – tanto para a tradução simultânea das apresentações quanto para orientação ao público surdo nos espaços que dão acesso ao Grande Teatro Cemig Palácio das Artes ou à plateia ao ar livre, no caso dos eventos da série Concertos no Parque.

Em setembro, o público com deficiência terá a oportunidade de acompanhar, no Parque Municipal Américo Renné Giannetti, o talento da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG) unido à genialidade de um dos maiores letristas do país. O conjunto de instrumentistas interpreta, às 10h30 do dia 24/9 (domingo), e sob regência do maestro convidado Marcelo Ramos, a Suíte do Cigano, composição erudita criada por Márcio Borges – integrante do célebre Clube da Esquina –, em parceria com a renomada maestra Claudia Cimbleris.

As ações de inclusão continuam nos próximos meses, com destaque para as medidas de acessibilidade durante a grande ópera Matraga, que em outubro traz a obra de Guimarães Rosa ao Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, reafirmando o compromisso da FCS com uma produção cultural feita para todos. O Setembro Verde na Fundação Clóvis Salgado recebe ainda o Festival Acessa BH, evento que chega à sua 3ª edição, colocando as pessoas com deficiência no centro dos debates e das práticas inclusivas.

O Teatro João Ceschiatti será o palco, nas noites dos dias 15/9 (sexta-feira), 16/9 (sábado), 17/9 (domingo), 22/9 (sexta-feira) e 23/9 (sábado), de cinco espetáculos que tratam das histórias e vivências de pessoas com deficiência, colocando-as como protagonistas e proporcionando, também, ao público com deficiência, a possibilidade de fruição artístico-cultural.

Os ingressos para os espetáculos teatrais podem ser retirados gratuitamente na bilheteria do Palácio das Artes, a partir de uma hora antes de cada apresentação. De forma a aprimorar a experiência dos espectadores, o Teatro João Ceschiatti ganhou estrutura mais apropriada para receber pessoas cadeirantes. Os espaços estão mais confortáveis, com maior independência para o cliente e uma rampa com uma inclinação mais adequada. Agora, o Teatro conta com três lugares reservados para pessoas que fazem uso de cadeiras de rodas.

Concertos no Parque Cobra Coral Crédito Paulo Lacerda

Festival Acessa BH

As exibições em parceria com o Festival Acessa BH ocorrerão em vários dias no Cine Humberto Mauro. Nesta quarta-feira (20/9), a partir das 17h45, será exibido o premiado filme Meu nome é Daniel (2018), dirigido por Daniel Gonçalves, quem estará presente comentando a sessão. Logo depois, às 19h30, entrarão em tela quatro curtas-metragens de três estados do país, comentados pelos respectivos diretores e com mediação de Sara Paoliello, produtora do Cine Humberto Mauro, pesquisadora e pessoa com deficiência.

No sábado (23/9), às 17h15, o Hall de Entrada do Cine Humberto Mauro receberá a performance “A operária”, dos artistas Brisa Marques e Samuel Samways, com recursos de Libras e audiodescrição. Às 18h do mesmo dia acontecerá uma sessão especial do tradicional programa Cineclube Acessível, com o filme brasileiro “O artista e a força do pensamento (2021)”, dirigido por Elder Fraga.

O Cineclube Acessível oferece sessões mensais comentadas por profissionais especializados no assunto, a fim de promover um diálogo crítico e informativo sobre a acessibilidade no cinema. A exibição de setembro será comentada pelo curador, diretor e produtor Marcelo Cesar Silva. As duas sessões contarão com os recursos de Libras, legendas e audiodescrição. Os ingressos para as exibições podem ser retirados na bilheteria do Cine Humberto Mauro, a partir de uma hora antes de cada sessão.

Acessibilidade como política permanente

Estas ações de acolhimento das pessoas com deficiência têm se tornado uma política permanente. Entre julho e agosto de 2023, a Fundação Clóvis Salgado promoveu curso de Libras para capacitar servidores envolvidos no atendimento ao público. A iniciativa, conduzida pela servidora do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart) e estudante de Libras Léia Araújo, reuniu funcionários de diversos setores da instituição, com foco na melhoria do atendimento às pessoas com deficiência. O curso resultou na formação de um grupo virtual permanente, no qual os participantes (funcionários e servidores das áreas de Limpeza, Segurança, Manutenção e Administração) têm tido encontros mensais para praticarem a Língua Brasileira de Sinais.

Além desta iniciativa, a Fundação Clóvis Salgado tem investido na reforma de banheiros e elevadores de acessibilidade. O Palácio das Artes conta com rampas na entrada e banheiro acessível. Já o Cine Humberto Mauro dispõe de rampa na entrada, dois assentos acessíveis na lateral esquerda – um para pessoas obesas, outro para pessoas com mobilidade reduzida –, e quatro vagas para cadeiras de rodas na parte traseira do cinema.

O público com deficiência pode, ainda, utilizar as vagas exclusivas do estacionamento do Palácio das Artes, com entrada pela avenida Carandaí, bastando apresentar a credencial para estacionamento especial/reservado emitida pela prefeitura da cidade (ou do estado, caso a prefeitura não ofereça este serviço) onde a pessoa reside. Outra iniciativa de inclusão já estabelecida no calendário da Fundação Clóvis Salgado contempla o Prêmio Humberto Mauro, edital da FCS em parceria com o BDMG Cultural, e que visa incentivar a produção audiovisual em Minas Gerais. A seleção investe na tradução para Libras e na realização de audiodescrição e LSE (legendas para surdos e ensurdecidos) em todos os filmes premiados.

Circuito Acessível

Os vários equipamentos do Circuito Liberdade mantêm um conjunto de medidas para promover a acessibilidade e a inclusão de pessoas com deficiência, que podem ser acessadas na íntegra no site do Circuito ou nas redes sociais. O Palácio da Liberdade, por exemplo, realiza duas visitas mediadas com interpretação simultânea para a Língua Brasileira de Sinais, nos dias 22/09 (sexta-feira) e 30/9 (sábado), sempre às 14h, para grupos de até 15 pessoas.

O Festival Acessa BH também chega ao Palácio da Liberdade, trazendo dois espetáculos que conectam a dança à diversidade de corpos. No dia 22/9, a partir das 16h, os Jardins do Palácio da Liberdade recebem Adaptat. No dia 30/9, no mesmo espaço, a Cia Ananda apresenta Andanças Urbanas, às 11h e 16h.

No Memorial Minas Gerais Vale acontece, das 13h do dia 16/9 (sábado) às 2h do dia 17/9 (domingo), a Virada Criativa do Memorial. Atrações variadas tomam conta do interior do espaço e do seu entorno em cerca de 12 horas de programação, que conta com shows musicais, performances, intervenções, oficinas, teatro, cinema e muitas outras atrações, incluindo alguns eventos com acessibilidade em Libras.

Para celebrar o Dia Nacional da Luta das Pessoas com Deficiência (21/9), o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) vai dedicar uma semana com ações que evidenciam a importância da acessibilidade cultural para uma sociedade mais igualitária. As atividades, realizadas de 16/9 (sábado) a 22/9 (sexta-feira) e que envolvem contação de histórias, bate-papos, visitas e palestras, serão conduzidas por educadores e artistas que têm deficiência, e contarão com ferramentas de acessibilidade como a interpretação para Libras.

Já o Espaço Cultural da Escola de Design UEMG realiza as palestras Natal Inclusivo, no dia 27/9 (quarta-feira), e Museus são lugares sensacionais. Mas para quem?, em 28/9 (quinta-feira). Os dois encontros acontecerão a partir das 19h, no Mezanino da Escola de Design, dentro do programa Cultural do Acessível. O seminário “Diálogos e parcerias no Memorial Minas Gerais Vale: reflexões sobre acessibilidade nas visitas mediadas” ocorre no dia 21/9 (quinta-feira), entre as 15h30 e as 16h30, e integra a II Jornada de Educação em Museus (19/09 a 22/09), que tratará da inclusão, entre outros temas.

O MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal também promove uma conversa acerca das confluências entre cultura e acessibilidade. A Instituição possui diversas estruturas de acessibilidade, como elevador, exposições acessíveis (mobiliário, amostras táteis e audiodescrições), mediação e receptivo em Libras, banheiros acessíveis e exposições especiais. Entre elas estão o tour virtual com ferramenta de Libras e audiodescrição e o Circuito Acessível Pedras Sabidas, em exposição permanente e que gerou interfaces interativas que permitem aos visitantes tocarem amostras minerais da coleção e acionarem conteúdos inclusivos, tais como vídeos com imagens ampliadas, áudios, textos e interpretação em Libras.

Um País Chamado Pará Crédito Paulo Lacerda 1

O Espaço do Conhecimento UFMG também promove, ao longo do mês, a programação Setembro da Inclusão, com diversas atividades para o público surdo, além de ações e eventos voltados para pessoas do espectro autista. São oficinas, visitas mediadas e observações astronômicas, dentre outras atividades gratuitas oferecidas pelo museu.

A Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, por sua vez, mantém e aprimora há mais de 50 anos o atendimento a pessoas com deficiência visual por meio do Setor Braille, referência no atendimento a este público. No espaço, que funciona de segunda a sexta, das 08 às 18h, o público com deficiência visual tem acesso garantido à informação e à literatura, com diversos livros, periódicos, revistas e materiais acessíveis em áudio e em Braille, bem como a diversos filmes com audiodescrição.

Estão disponíveis, também, vários equipamentos para uso dentro da instituição (linha Braille, computadores com leitores de tela e acesso à internet, lupas eletrônicas, máquinas Perkins, regletes, equipamento de visão artificial, OrCam MyEye). São promovidos ainda estudos, orientação para pesquisas e leitura viva-voz por meio de trabalho voluntário, auxílio em inscrições para concursos e diversas atividades de incentivo à leitura (Tempo Para Ler, Clube de Leitura, Café com Poesia etc.). Há, também, palestras voltadas ao interesse das pessoas com deficiência visual.

Arte e cultura para todos

A Fundação Clóvis Salgado não abre mão da defesa da cultura enquanto um bem público, ao alcance de todos. O ano de 2023 tem sido marcante para este compromisso com a diversidade. Programações como o Abril Indígena no Palácio da Liberdade, a Batalha Drag de LipSync, o show Nomade Orquestra convida Kaê Guajajara, a mostra O Cinema de Ousmane Sembène e a exposição Jequitinhonha: Origem e Gesto, além da plataforma cineHumbertoMauroMAIS, entre outros, demonstram a abertura da instituição para as mais variadas linguagens, abordagens, localidades e subjetividades artísticas, de todos e para todos.

Neste sentido, o Cefart também cumpre um papel de relevância, tanto organizando cursos complementares que tematizam questões étnico-raciais, diversidade sexual e direitos das pessoas com deficiência quanto incluindo estas temáticas no currículo dos alunos que frequentam os cursos regulares. Em março de 2023, foram realizadas pelo menos três iniciativas, entre cursos e aulas abertas, abordando as intersecções entre acessibilidade e arte/cultura. Para o segundo semestre deste ano, estão previstos ciclos de atividades com palestras, oficinas, rodas de conversa e apresentações artísticas com a temática de inclusão e diversidade, a serem realizadas mensalmente como ação continuada.

Fundação Clóvis Salgado

Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS. 

A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.

As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm como mantenedores Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal, Patrocínio da Usiminas e Correalização da APPA – Arte e Cultura.

Serviço
Informações para o público: (31) 3236-7400

Fotos: Paulo Lacerda e Divulgação

Palacio da Liberdade 2

O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult/MG), retoma o agendamento de visitas Educativas ao Palácio da Liberdade. Diferentes Instituições – como escolas, ONGs, empresas e igrejas –  podem solicitar o serviço oferecido pelo Educativo do Palácio da Liberdade, formado por educadores e estagiários de diversas áreas do conhecimento.

A agenda será disponibilizada a partir do dia 5 de setembro, visando o agendamento de visitas mediadas para os meses de outubro e novembro. Para agendar a visita, basta ter um grupo acima de 10 pessoas e preencher o formulário online no site do Palácio da Liberdade.

Desde quando foi aberto ao público, em 2021, o Palácio da Liberdade virou um espaço democrático para todos os públicos. Educadores e estudantes de escolas públicas, principalmente em áreas periféricas da cidade, que nunca haviam pisado em espaços como esse, têm as visitas educativas como uma oportunidade única. Desde 2022, o Educativo do Palácio já atendeu quase 4 mil estudantes.

 "As visitas mediadas do Palácio da Liberdade voltadas para as escolas são momentos mágicos. Momentos de encontro com você mesmo, com o outro, com a sua cidade. Momentos de provocação, de reflexão, de construção. São momentos de aprendizagem e descobertas. Inclusive de descobrir que esse espaço pode ser frequentado por todos, que também pertence a eles", afirma Suely Monteiro, coordenadora do Educativo. 

A curadoria dessa ação é feita pela equipe do Educativo, que pesquisa e estuda para recebê-los, explica Suely. "O mais importante é que nos preparamos também para ouvi-los. Estamos falando de encontros, conexões, descobertas e todos temos muita a ensinar e aprender. É sempre uma via de mão dupla. É isso que faz com que esses momentos se tornem mágicos para os alunos e também para nós, mediadores", acrescenta.

Alunos das escolas municipais como, Dora Tomich Laender, do bairro Minas Caixa, em Venda Nova, e Sebastião Guilherme de Oliveira, do bairro Olaria, no Barreiro, já participaram da visita mediada no ano passado. As crianças, com idades entre 9 e 12 anos, descobriram a história do monumento e se envolveram em atividades lúdicas.

Na dinâmica, as cerca de 30 crianças das escolas municipais foram divididas em dois grupos de 15: enquanto um está na visitação, o outro participa da atividade complementar. Essa era a primeira vez que tanto alunos quanto professores estavam pisando no palacete da praça da Liberdade.

Flávia Justino, professora de geografia, matemática e história da Escola Municipal Dora Tomich Laender, fala dessa emoção: "É um misto de alegria e gratidão, uma realização profissional por proporcionar aos meus alunos a chance de estarem ali, de viverem um momento que pode ser único para muitos deles".

"Fiquei encantada por estar num lugar que conta tanto sobre a história de Belo Horizonte e também de Minas Gerais, imaginar que por aqueles caminhos também passaram pessoas como Juscelino e mesmo os reis belgas, que tanto encantaram meus alunos. Isso é uma realização pessoal, estar nesse lugar de tantas vidas, tantas histórias", complementa.

Desde que começou o projeto, Flávia Justino tem incentivado os alunos à participação. "A escola está em um lugar de vulnerabilidade social em Venda Nova, boa parte vem da comunidade do Borel e essa é uma oportunidade de conhecerem um pouco sobre a história de Belo Horizonte", enfatiza.

"A proposta é, depois das visitas, chegar à escola para discutir em grupo o que viram, produzir um podcast, fazer desenhos e montagens apresentando os espaços visitados", resume Flávia. Os trabalhos serão exibidos em uma feira cultural da escola em setembro, cujo tema é a mineiridade.

Durante o tour ao Palácio, as crianças não esconderam o encantamento com o que viram e aprenderam. Um fato em especial chamou a atenção delas: a visita dos reis da Bélgica Alberto e Elisabeth ao palácio em 1920 e o inusitado presente dos nobres à cidade: um casal de cisnes negros.

Os cisnes, não os originais, claro, estão lá e se exibem para os visitantes. Bernardo Valadares, 10, era um dos mais interessados nessas histórias. Disse que ficou impressionado com as pinturas e a enorme mesa de madeira do Salão de Banquete, na sua opinião, o espaço mais bonito.

Gabriel Renan, 11, acrescenta entre os espaços preferidos o quarto da rainha por causa de seu colorido, já Riquelme Vieira, 10, deslumbrou com a escadaria do hall, uma das obras-primas do palacete. Guardou inclusive detalhes de como ela foi feita na Alemanha, desmontada e trazida para ornar o palácio.

Camila Pimenta, auxiliar da biblioteca da Dora Tomich Laender acrescenta que, além da visita, os livros também mostram muitos pontos turísticos da cidade e rememoram essa história. Durante o passeio, ela atenta para as crianças lerem as informações dos totens e as datas dos acontecimentos.

O Palácio da Liberdade está aberto à visitação, por meio do projeto “Descubra o Palácio – Projeto de Museografia e Visitação Pública ao Palácio da Liberdade”, Pronac 193896, financiado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura, Governo Federal. O patrocínio é da Copasa.

Serviço
Visitas educativas no Palácio da Liberdade
Período: de quarta a sexta-feira, manhã e tarde.
Público: Grupos de 15 a 50 pessoas
Inscrições: com agendamento prévio pelo link.
Mais informações: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Paz em todas as línguas Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais

Em tempos tão confusos nos quatro cantos do mundo, refletir sobre a paz é tarefa das mais urgentes. Pensando nisso, a Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais recebe a exposição “Paz em todas as línguas”, apresentada pela organização Brahma Kumaris. A abertura acontecerá às 10h desta quinta-feira, 21 de setembro, data em que se comemora o Dia Internacional da Paz. A mostra ficará em cartaz na Passarela Cultural, no prédio Anexo Professor Francisco Iglesias, até 27 de outubro. A entrada é franca.

O propósito da exposição é oferecer inspiração e também algumas pistas sobre a verdadeira natureza e o poder da paz que cada indivíduo já carrega em si. Ela pretende mostrar um “espaço interior”, onde sempre se poderá encontrar paz. Cada ser humano é um ‘pacificador’ em potencial no mundo de suas casas e de seu trabalho, bem como no próprio mundo. Mas primeiro é preciso redescobrir a paz interior e conhecer seu poder. É uma descoberta razoavelmente fácil, mas que requer uma tomada de consciência.

A mostra conduz o visitante a duas experiências: uma contemplativa e outra mais interativa. A “Paz em todas as línguas”, obra que dá nome à exposição, consistem em diversas caixas nas quais se pode ler depoimentos de jovens de várias partes do mundo compartilhando suas experiências de como pacificam suas vidas.

Entre as obras do espaço contemplativo, o destaque vai para a “Oceano de Conhecimento”. São oito telas penduradas sobre um imenso painel do oceano, que trazem reflexões sobre alma e matéria (consciência de paz), de onde viemos e para onde vamos (a morada da paz), a lei da causa e efeito (ações de paz), entre outras indagações inerentes à condição humana.

As instalações e obras interativas e imersivas prometem encantar, surpreender e inspirar o público a assumir também a tarefa de se tornar um pacificador. Ao entrar neste espaço, o visitante encontra um ambiente lúdico e divertido, com uma imensa projeção audiovisual em Stop Motion chamada “E assim deve ser – Que essa canção traga paz!”.

Há ainda a instalação “A tenda da paz / Gire a paz em silêncio”, que consiste em uma tenda branca de meditação com iluminação e música ambiente; a obra “Pinte a Paz”, em que as pessoas podem colorir um painel na parede enquanto pensam no tema; e a “Pacifique sua Vida”, que propõe ao público girar uma roda na parede e identificar as áreas da vida que necessitam ser pacificadas, entre outras.

Palestra gratuita no Dia Internacional da Paz

No dia de abertura da exposição (21/9), às 19h, haverá ainda uma palestra no Teatro José Aparecido de Oliveira, no prédio principal da Biblioteca Pública de Minas Gerais. A conferência será ministrada por Goreth Dunningham, coordenadora de uma unidade da Brahma Kumaris em Salvador, e Alex Pochat, professor de Raja Yoga pela Brahma Kumaris.

Goreth Dunningham, que escreveu dois livros, é graduada em comunicação e design de moda e editora da revista Om Line. Alex Pochat possui doutorado em música pela UFBA.

Sobre a Brahma Kumaris

A Brahma Kumaris é um movimento espiritual difundido por mais de 110 países, com sede em Mount Abu (Índia) e escritórios em Londres (Reino Unido), Moscou (Rússia), Nairóbi (Quênia), Nova York (EUA) e Sidney (Autrália). A BK promove meditação, prática filosófica da Raja Yoga, retiros espirituais, iniciativas ambientais, projetos educativos, culturais e artísticos.

Serviço
Serviço: Exposição "Paz em todas as línguas"
Local: Passarela Cultural – Prédio Anexo da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais Professor Francisco Iglesias
Endereço: Rua da Bahia, 1899 - Segundo andar
Abertura: 21 de setembro 10h
Exposição: de 22 de setembro a 27 de outubro
Visitação: de segunda a sexta, das 10h às 16h
Informações: www.bibliotecapublica.mg.gov.br
Entrada franca

Palestra de Abertura da Exposição "Paz em todas as línguas”
Local: Teatro José Aparecido de Oliveira – Biblioteca Pública de Minas Gerais
Endereço: Praça da Liberdade, 21, Savassi
Data: 21 de setembro
Horário: 19h
Entrada franca

Arte Cibernética Itaú Cultural Crédito Paulo Lacerda 3

O Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam “Simbiose: Humanidade, Tecnologia, Natureza” – um grande debate com foco em questões urgentes na atualidade, trazido a reboque da exposição “Arte Cibernética”, que já recebeu mais de 23 mil visitas. O evento acontece nesta quarta-feira (16/8), na Sala Juvenal Dias, a partir das 19h, e traz o curador, pesquisador e professor Leno Veras como mediador das conversas, além de outros convidados, em duas mesas de discussões. A entrada no evento é gratuita, e a classificação é livre.

Aberta à visitação nas galerias Genesco Murta, Arlinda Corrêa e Mari’Stella Tristão, a exposição “Arte Cibernética” traz obras interativas, e promove o encontro do espectador com a linguagem presente em produções tecnológicas, oferecendo ao público mineiro outras formas de pensar o fazer artístico. Com curadoria do Instituto Itaú Cultural, a mostra reúne onze obras de diversos artistas e reforça a parceria da Fundação Clóvis Salgado (FCS) com a instituição.

A itinerância da exposição da coleção de Arte Cibernética do Itaú Cultural visa de potencializar o diálogo com o profícuo contexto artístico de Minas Gerais para articular paisagens contemporâneas nas quais se desenvolvem encontros entre Tecnologia, Natureza e Humanidade.

Segundo Leno Veras, a união entre campos do conhecimento e da expressão humana está longe de ser novidade. “O encontro entre Arte e Ciência pode surpreender, apesar de essa associação não ser nova em absoluto. No passado, os artistas ajudavam os cientistas a ilustrar as suas descobertas em anatomia, por exemplo. Contudo, a rápida evolução das artes e das ciências deu origem a uma percepção de oposição, e mesmo de rivalidade, entre ambas. A revolução da tecnologia em curso nas últimas décadas, no entanto, criou oportunidades para novos encontros, de maneira tão diversificada que a dificuldade atual é delimitar fronteiras entre áreas”, pontua o pesquisador.

A emergência climática, amplamente difundida pelos meios de comunicação científica há décadas, e hoje instaurada como realidade global, não somente é um cenário futuro premente, mas um chamado ao momento presente. Dentre distintas convergências de forças que a Humanidade tem engendrado frente à iminente catástrofe, colaborações entre cientistas e artistas se mostram cada vez mais fecundas, estabelecendo, como consequência, maior difusão do campo transdisciplinar da Arte-Ciência. “Através do compartilhamento de metodologias, objetivamos promover transferências de conhecimento, com foco específico na construção de capacidades e na resolução de problemas”, ressalta Leno Veras

As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm como mantenedores Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal, Patrocínio da Usiminas e da Vivo e Correalização da APPA – Arte e Cultura.

PROGRAMAÇÃO

Apresentação: Renata Fonseca (Gerência de Artes Visuais | Palácio das Artes - FCS)

Mediação: Leno Veras (Media Lab - Fundação Itaú | Coord. Proj. Acervos Futuros - CNPq/MCTI)

Mesa I – 19h às 20h30

Métodos de trabalho em Centros de Inovação

Convidadas: Cinthia Mendonça (Direção Caipira Tech Lab - Silo Arte e Latitude Rural (MG))

Francisca Caporali (Coordenação Artística - JA.CA Centro de Arte e Tecnologia (MG))

Mesa II - 20h30 às 22h

Estratégias de formação em Arte-Ciência

Convidados: Marina Andrade (Coordenadora Regional do Pint of Science de Minas Gerais)

Paola Oliveira (Gerente de Relacionamento Institucional Museu das Minas e Metal, coordena o Programa COMCiência)

Tadeus Mucelli (Bienal de Arte Digital | PPG - Ciências da Informação - UFMG) 

Serviço
Simbiose: humanidade, tecnologia, natureza
Data: 16/8
Horário: 19 às 22h
Local: Sala Juvenal Dias – Palácio das Artes
Endereço: Av. Afonso Pena, 1537, Centro, Belo Horizonte
Informações para o público: (31) 3236-7400

Foto:Paulo Lacerda

Noticia Secult

Museus e instituições culturais do Estado de Minas Gerais participam da 17ª Primavera dos Museus, que ocorre desta segunda-feira (18) até domingo (24/9). O tema desta edição é “Memórias e Democracia: pessoas LGBT+, indígenas e quilombolas”. A proposta é estimular os museus, detentores e promotores da memória, da cultura e das artes a contribuírem para o reconhecimento, a valorização e o protagonismo das pessoas LGBT+, indígenas e quilombolas na produção das suas próprias memórias.

Neste sentido, as instituições do Governo do Estado de Minas Gerais – Museu Mineiro, Centro de Arte Popular, Museu Casa Guimarães Rosa, Museu Casa Alphonsus de Guimaraens e Museu Casa Guignard - promovem uma série de ações a fim de contribuírem para a formação de um outro olhar sobre suas coleções e iniciar um processo sincero de escuta, revisão e reparação.

A Primavera dos Museus é promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e envolve museus e instituições culturais em todo o país. A iniciativa ocorre anualmente, sempre no início da estação da primavera.

Sistema Estadual de Museus de Minas Gerais promove ciclo de palestras

Como parte da programação da 17ª Primavera dos Museus, o Sistema Estadual de Museus de Minas Gerais um ciclo de palestras especial abordando temas sobre pessoas LGBT+, indígenas e quilombolas. Todas as conferências são gratuitas e online, por meio da plataforma Microsoft Teams, bastando fazer inscrição por meio do link correspondente.

PROGRAMAÇÃO PRESENCIAL DOS MUSEUS ESTADUAIS

MUSEU MINEIRO | BELO HORIZONTE

Roda de Conversa “Museu, Memória e Diversidade de Gênero: diálogos possíveis”
Data:
20 de setembro de 2023
Horário: 14h30 às 16h
Local: Museu Mineiro - Avenida João Pinheiro, 342, Circuito Liberdade / Belo Horizonte

A formação tem como intencionalidade repensar e discutir o lugar da diversidade de sujeitos e corpos dentro do museu, com destaque para a população LGBTQIAPN+. Historicamente, as expressões de gênero que escapam da heteronormatividade binária são lidas como abjetas, dissidentes e precarizadas, sendo, portanto, obliteradas de seus direitos de cidadania. Nesse sentido, é fundamental resgatar memórias, histórias, objetos, discursos e práticas de valorização da diversidade por meio de uma política de aliança entre corpos com diferentes marcadores sociais como gênero, raça, idade, classe social, deficiência, território entre outros. Visibilizar e protagonizar as diferenças de uma cultura é um importante passo em direção à uma sociedade que se pretenda democrática e cidadã.

Mediadores:
Cláudio Eduardo Resende Alves: Gestor de Políticas Públicas da Secretaria Municipal de Educação de BH - Núcleo de Educação, Cultura e Cidadania
Rebeca Cristina Lloyd: Gestora de Políticas Públicas da Secretaria Municipal de Educação de BH - Núcleo de Educação, Cultura e Cidadania.

CENTRO DE ARTE POPULAR | BELO HORIZONTE

Abertura da exposição temporária “ Bonecas de barro: o viver do Vale”
Data: 21 de setembro de 2023
Horário: 19h
Período de visitação: 21/09 a 22/10/2023
Local: Centro de Arte Popular - Rua Gonçalves Dias, 1608, Circuito Liberdade/ Belo Horizonte
Curadoria: Uiara Azevedo e Renata Fonseca

Noivas, mulheres grávidas, mulheres com vestidos enfeitados, mulheres carregando e amamentando seus filhos, essas são algumas das personagens presentes nas bonecas de cerâmica do Vale do Jequitinhonha, que carregam consigo uma verdadeira história de lutas e conquistas de mulheres que encontraram na produção das peças de cerâmica o sustento de sua família.

A Exposição “Bonecas de barro: o viver do Vale” apresenta um acervo de 23 bonecas que estavam em exibição na sede da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais e que passam a integrar o acervo do Centro de Arte Popular.

Oficina “Flores de papel”
Data: 19 e 20 de setembro de 2023
Horário: 14h às 17h
Número de participantes: 12 vagas por dia
Local: Centro de Arte Popular - Rua Gonçalves Dias, 1608, Circuito Liberdade/ Belo Horizonte
Inscrições pelo link: https://docs.google.com/forms/d/1cRrBD4l8_ikj0XmxsCvJKYiO1yPseEizchzbD7EHvCg/edit

A oficina será ministrada por Márcio Fonseca, funcionário do CAP. Esta ação tem como objetivo disseminar atividades artísticas e promover a socialização, possibilitando o acesso do cidadão às manifestações culturais tradicionais, bem como uma aprendizagem ampla e contínua.

Márcio Fonseca é funcionário do Centro de Arte Popular há três anos. Participou de várias oficinas realizadas aqui no Museu e tornou-se um profundo admirador do artesanato, especializando em trabalhos manuais em papel e tecido. 

MUSEU CASA GUIMARÃES ROSA | CORDISBURGO

Roda de Conversa “Museu, Memória e Diversidade de Gênero: diálogos possíveis”

Data: 21 de setembro de 2023
Horário: 14h às 16h
Local: Centro de Atendimento ao Turista de Cordisburgo - Avenida Padre João, 407, Cordisburgo

No escopo da programação da Primavera de Museus, a formação tem como intencionalidade repensar e discutir o lugar da diversidade de sujeitos e corpos dentro do museu, com destaque para a população LGBTQIAPN+. Historicamente, as expressões de gênero que escapam da heteronormatividade binária são lidas como abjetas, dissidentes e precarizadas, sendo portanto, obliteradas de seus direitos de cidadania. Nesse sentido, é fundamental resgatar memórias, histórias, objetos, discursos e práticas de valorização da diversidade por meio de uma política de aliança entre corpos com diferentes marcadores sociais como gênero, raça, idade, classe social, deficiência, território entre outros. Visibilizar e protagonizar as diferenças de uma cultura é um importante passo em direção à uma sociedade que se pretenda democrática e cidadã.

Mediadores:

  • Cláudio Eduardo Resende Alves: Gestor de Políticas Públicas da Secretaria Municipal de Educação de BH - Núcleo de Educação, Cultura e Cidadania
  • Rebeca Cristina Lloyd: Gestora de Políticas Públicas da Secretaria Municipal de Educação de BH - Núcleo de Educação, Cultura e Cidadania.
  • Luciana Guimarães Freitas: Gestora de Políticas Públicas da Secretaria Municipal de Educação de BH. Diretoria de Educação Inclusiva e Diversidade Étnico-Racial.

MUSEU CASA ALPHONSUS DE GUIMARAENS | MARIANA

Roda de conversa “O mito como fabulação sobre a alteridade: conversa sobre dois contos de Nós: uma antologia de literatura indígena”

Data: 18 de setembro
Horário: 19h
Local: Casa de Cultura de Mariana - Academia Marianense de Letras, Ciências e Artes - Rua Frei Durão, 84, Mariana
Mediação: Beatriz Cristina

A roda de conversa terá início com a exploração do que sabemos sobre os indígenas e com o questionamento sobre o que aprendemos por meio da literatura indígena. Em seguida, serão discutidos os contos “Hariporia, a origem do açaí” e “Amor originário”, que fazem parte da obra “Nós: uma antologia de literatura indígena”. O foco principal da conversa estará nas representações de alteridade que se encontram nessas narrativas, abrangendo situações de crise e processos de transformação próprios da estrutura de fabulação do mito.

Beatriz Cristina é graduada em Letras pela Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP e atualmente está cursando o mestrado no Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos da Linguagem. Sua pesquisa tem o título “As ideias coladas no corpo desenham um mundo: cosmogonias ameríndias e afro-brasileiras em Nós: uma antologia de literatura indígena e Poemas para ler com palmas”.

MUSEU CASA GUIGNARD | OURO PRETO

Oficina Colorindo Guignard
Data: 18 a 24 de setembro de 2023
Horário: De terça a sexta, de 12h as 18h | Sábado e Domingo, de 9h as 15h
Local: Museu Casa Guignard - Rua Conde de Bobadela, 110, Ouro Preto

A oficina tem como proposta apresentar o universo guignardiano a partir da reprodução de algumas naturezas mortas para colorir. O objetivo é renovar o olhar sobre a obra do artista por meio das cores, construindo a percepção estética através da possibilidade de releituras dos participantes

PROGRAMAÇÃO COMPLETA DE PALESTRAS ONLINE

 Palestra: “Sexualidade, gênero, raça e classe nos museus brasileiros”
Data: 19 de setembro de 2023
Horário: 14h às 16h
Link de inscrição: https://www.sympla.com.br/17-primavera-de-museus---1909__2149337

Sobre: Qual é a matriz de sexualidade, gênero, raça e classe que vigora nos museus brasileiros? A partir desta problemática procura-se traçar um perfil dos museus e do pensamento museológico no país, de modo a propor um conjunto de estratégias Queer interseccionais interessadas na decolonialidade da memória e história brasileira.

Palestrante: Jean Baptista é pós-doutor pelo Institute for Gender, Sexuality and Feminist Studies (McGill University, Canadá), onde também foi professor visitante e bolsista Muriel Gold (2019), Doutor (2007), Mestre (2004), licenciado e bacharel (2001) em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Leciona no bacharelado em Museologia da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e orienta no Programa de Pós-graduação em Museologia da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (UHLT). É membro da Rede LGBTQIA+ de Memória e Museologia Social.

Palestra: “Os ‘outros’ que somos nós. Repensar coleções e diversificar memórias para reconstruir os museus”
Data: 20 de setembro de 2023
Horário: 15h às 17h
Link de inscrição: https://www.sympla.com.br/17-primavera-de-museus--semmg---2009__2150171

Sobre: "Os museus contemporâneos têm sofrido fortes pressões pela sua democratização, nas últimas décadas. Após serem discutidas as condições de acesso e as modalidades de serviços oferecidos por eles, o foco dos debates recaiu sobre a necessidade de diversificação das histórias e das narrativas de memória veiculadas em suas exposições. Desde a primeira década dos anos 2000, criticou-se fortemente o tipo de valores veiculados por instituições que baseavam seu trabalho na construção de macro identidades, que tendem a se sobrepor a grupos identitários menores e apagar as diferenças existentes nas sociedades em prol do fortalecimento de narrativas englobantes, como foi ocorrer nos museus nacionais e regionais.

Palestrante: René Lommez é curador, historiador da arte e professor do Bacharelado em Museologia da Universidade Federal de Minas Gerais (Brasil); e líder do RARIORUM – Núcleo de História das Coleções e dos Museus. É professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação e do Programa de pós-graduação em História da UFMG; e orientador de pesquisa no Mestrado em Mercados da Arte do ISCTE/Universidade de Lisboa.

Palestra: Cartografia das memórias comunitárias LGBTQIA+
Data: 21 de setembro de 2023
Horário: 14h às 16h
Link de inscrição: https://www.sympla.com.br/17--primavera-de-museus--semmg---2109__2149340

Sobre: As pessoas LGBTQIA+ ao longo da história tiveram suas memórias invisibilizadas, garantindo a estes indivíduos o direito de não ter direitos. Refletiremos sobre os processos de invisibilização de apagamento dos indivíduos não normativos nos museus e espaços de memória e como isso estimula o preconceito e a violência. Queremos apresentar algumas estratégias comunitárias que vêm sendo desenvolvidas pela comunidade LGBTQIA+ brasileira. Por fim, esta atividade problematizará os limites e potencialidades das memórias dissidentes no território brasileiro.

Palestrante: Tony Boita é museólogo e psicanalista. Doutor em Comunicação (2022), Mestre em Antropologia (2017), Bacharel em Museologia (2015). É Especialista em Gestão Cultural (2019) e Psicanálise (2023). Participa e desenvolve projetos de ensino, pesquisa e extensão relacionados a populações vulneráveis brasileiras desde 2011. É editor da Revista Memórias LGBTQIA+ e articulador da Rede LGBTQIA+ de Memória e Museologia social.

Mesa: Kilombolismo - Ações e Articulações Para a Preservação dos Patrimônios Negros em Minas Gerais - Rede de Museologia Kilombola
Palestrantes: Vitú Medeiros e Aryane Peixoto
Data: 22 de setembro de 2023
Horário: 14h às 16h
Link de inscrição: https://www.sympla.com.br/17-primavera-de-museus--semmg---2209__2151121

Sobre: A palestra irá decorrer sobre práticas ocorridas dentro do território de Minas Gerais na preservação dos Patrimônios Negros e, em específico, o papel da Rede de Museologia Kilombola dentro dessas articulações, uma vez que o estado é o segundo território com maior número de comunidades quilombolas. Nesse encontro, iremos analisar o número de bens tombados registrados no Iepha e as notícias de crimes cometidos em comunidades tradicionais dentro do estado.

Vitú Medeiros é graduando em Museologia pela Universidade Federal de Minas Gerais. Membro da Articulação da Rede de Museologia Kilombola e compõe o Comitê Internacional de Museologia no Brasil- ICOM BR, onde propõe o recorte racial nos debates e pesquisas das Ciências do Patrimônio e da Informação. Fotógrafo, documentarista, realiza os registros das tradições e manifestações populares afrobrasileiras em seu projeto ‘Nagôgrafia’, inserido na Produtora ‘OJÚ.ARTE’. Ganhador da 1° Edição do Prêmio Dona Generosa do Museu dos Quilombos e Favelas Urbanas - MUQUIFU, com a exposição NJILAS.

Aryane Peixoto é graduanda de Museologia e artista plástica amadora. Membra e articuladora da Rede de Museologia Kilombola. Foi estagiária voluntária no Museu de Favela (MUF), um museu comunitário e de território, que abrange as favelas do PPG (Pavão, Pavãozinho e Cantagalo) do Rio de Janeiro, onde participou do processo de elaboração e montagem da exposição "Canudos - Narrativas de Reexistência". Atualmente, realiza estágio no setor de Museologia do Museu da República.

Orquestra 415 de Música Antiga Divulgacao

A Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais receberá o premiado espetáculo “A Traição de Tiradentes”, encenado pela Orquestra 415 de Música Antiga e o Coro 415. As apresentações ocorrerão no Teatro da Biblioteca, nos dias 31 de agosto, 1, 2 e 3 de setembro. Nos três primeiros dias, o concerto será realizado às 20h; no último dia em cartaz, no domingo, a apresentação acontecerá às 11h. Os ingressos estão à venda a preços promocionais – R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia) – até a próxima terça-feira (22/8), no site da Lua Nova Cultural.

“A Traição de Tiradentes” tem como música incidental o belíssimo Te Deum do compositor colonial mineiro Lobo de Mesquita. O espetáculo foi escrito pelo dramaturgo, escritor, jornalista e músico André Salles-Coelho, maestro e diretor artístico da Orquestra 415, responsável pelo texto, direção geral e a regência do espetáculo. O Coro 415 será ligado à orquestra e fará parte de todas as apresentações. Em cena estão os atores Gustavo Marquezini, no papel de Tiradentes, Marco Túlio Zerlotini, como Joaquim Silvério dos Reis, e Luciano Luppi, como o narrador.

A peça é baseada em uma passagem real, porém pouco conhecida da vida de Tiradentes: seu encontro com o traidor Joaquim Silvério dos Reis, momentos depois de Silvério ter delatado a Inconfidência Mineira, colocando fim ao movimento e condenando vários de seus colegas. O que teria sido falado? O que conversaram? Qual a reação de ambos? Quais as consequências desse encontro?

“Imaginar esse encontro, tão tenso, tão sensível, tão angustiante, sempre foi para mim um motivo de imensa curiosidade e satisfação. Mergulhei então nas diversas fontes sobre Tiradentes e sobre a Inconfidência, até me deliciar com “O Tiradentes”, de Lucas Figueiredo. O objetivo era fazer um espetáculo que não ficasse no puramente didático, mas que mostrasse em uma visão romanceada, esse encontro singular, o momento histórico e suas consequências”, nos conta André Salles-Coelho.

O espetáculo foi premiado no edital de seleção de bolsistas para a área artística, técnica e de produção cultural do Governo do Estado em 2020. Entre uma cena e outra, coro e orquestra executam ao vivo o belíssimo Te Deum em Lá menor do compositor colonial mineiro J. J. E. Lobo de Mesquita, que viveu em Minas Gerais na mesma época de Tiradentes. A partitura original foi praticamente redescoberta por André Salles-Coelho durante as pesquisas do espetáculo.

“Esse Te Deum foi gravado na década de 1970, porém ele sumiu de circulação. Ninguém sabia onde se encontravam as partes originais. Depois de muita pesquisa, identifiquei a obra nos acervos do Museu da Inconfidência, em Ouro Preto. Depois disso conseguimos editar o manuscrito e disponibilizá-lo gratuitamente na internet” Diz Salles-Coelho

A Orquestra 415 de Música Barroca é hoje a única orquestra independente do Brasil, especializada em música barroca com instrumentos de época (cópias fieis de instrumentos originais do período) a realizar concertos mensais, regulares, com repertórios variados. "Os desafios de levar uma temporada assim são imensos, já que uma orquestra tem muitas demandas e, no nosso caso, são maiores ainda, pois tudo, instrumentos, partituras, interpretação, formação da orquestra, é tudo muito particular, especial, artesanal, o que exige muito investimento. Tudo é muito trabalhoso, mas muito gratificante, pois conseguimos levar ao público as peças da maneira como os compositores imaginaram", afirma Salles-Coelho.

Serviço
Orquestra 415 de Música Antiga - Temporada 2023
Datas: 31/8 (quinta), 1/9 (sexta), 2/9 (sábado) e 3/9 (domingo).
Horários: De quinta a sábado, 20h; Domingo, 11h.
Local: Teatro da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais
Endereço: Praça da Liberdade, 21, Savassi – Belo Horizonte
Ingressos: Preços promocionais até 22 de agosto – R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia).
Venda: www.luanovacultural.com/ingressos

Foto: Divulgação

Orquestra 2 daniel ebendinger

A Sala Minas Gerais receberá, no próximo domingo (24), às 11h, a Orquestra Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro – Orquestra Residente da PUC-Rio. O concerto Gala de Ópera terá regência do maestro Cláudio Cruz e, como solistas, a mezzo soprano Carla Rizzi e o tenor Fernando Portari. Os ingressos poderão ser retirados por meio deste link ou presencialmente, na bilheteria da Sala Minas Gerais, a partir das 12h desta terça-feira (19).

O programa contará com diversos trechos de importantes obras da música clássica, como La Ci darem La Mano-dueto “Ópera Dom Giovanni”, de W. A. Mozart, Brindisi “Ópera La Traviata”, de Giuseppe Verdi, e All I Ask of You “Musical O Fastama da Opera”, de Andrew Lloyd Webb. Uma oportunidade para o público belo-horizontino conhecer, gratuitamente, o trabalho da Orquestra Sinfônica Jovem do Rio, com obras escolhidas a dedo para uma apresentação impactante e de alta qualidade.

De acordo com a diretora artística da Orquestra, Fiorella Solares, o Concerto Gala de Ópera vai encantar o público. “A Orquestra Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro vem se preparando com muita disciplina e entusiasmo, há várias semanas, para apresentar ao público belo-horizontino uma performance muito apurada musicalmente! Este concerto na Sala Minas Gerais é um marco importante na trajetória do conjunto, pois é a sua estreia no repertorio operístico. O concerto conta com a regência do extraordinário do maestro Cláudio Cruz os dois cantores muito queridos do público, o tenor Fernando Portari e a Mezzo soprano Carla Rizzi.

Ela ressalta também a importância da gratuidade dos ingressos. “É muito gratificante poder levar música de qualidade gratuitamente para um espaço tão importante quanto a Sala Minas Gerais. É uma oportunidade para dar acesso a quem não pode pagar, formando um novo público para a música clássica”.

A apresentação tem apoio do Instituto Cultural Filarmônica, parcialmente mantida com recursos do Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria Estadual de Cultura e Turismo (Secult/MG).

A Orquestra

A Orquestra Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro (OSJRJ), fruto do programa Ação Social pela Música do Brasil (ASMB), é composta por 55 jovens de grande talento com idade entre 18 e 26 anos, moradores em sua maioria de comunidades socioeconomicamente desfavorecidas do Rio de Janeiro.

A participação desses jovens na Orquestra é fundamental para seu desenvolvimento tanto profissional quanto pessoal. Neste processo de aprendizagem, eles adquirem maior disciplina, concentração, capacidade de trabalho em equipe, respeito e paixão pela arte, afastando-os, consequentemente, de atividades nocivas muito próximas de suas residências. Ao reunir e integrar adolescentes e jovens de diversas comunidades em um ambiente de prática orquestral, observa-se a música como um eficiente dispositivo de reestruturação emocional, inserção social e de crescimento pessoal. Como resultado, muitos deles ganham autoestima e confiança para enfrentar os desafios da vida adulta, abrindo oportunidades para exercer atividades remuneradas.

A Ação Social pela Música do Brasil (ASMB) é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, cuja missão é a educação social e cultural através do ensino da música clássica, a fim de promover a inclusão social de crianças, adolescentes e jovens de comunidades em situação de vulnerabilidade social. Atualmente 4.406 alunos em 11 núcleos de aprendizado musical e em 18 polos de musicalização. Dos 11 núcleos, 04 encontram-se na cidade do Rio de Janeiro, entre eles Rio das Pedras, Complexo do Alemão, Vila Isabel e Cidade de Deus, englobando um total de 20 comunidades atendidas.

Sala Minas Gerais

A sala Minas Gerais, localizada em Belo Horizonte, é considerada uma das mais importantes salas de concerto do Brasil, por seu projeto arquitetônico e acústico. Foi projetada para ser casa da Orquestra Filarmônica do Estado, mas também recebe apresentações externas. Com as mais modernas tecnologias presentes em sua estrutura, tem capacidade para receber até 1,4 mil expectadores por apresentação.

Programa completo do Concerto de Gala

  • Abertura Le Nozze Di Figaro – W. A. Mozart (1756 – 1791) 
  • Fuor del Mar “Ópera Idomeneo” - W. A. Mozart (1756 – 1791) 
  • La Ci darem La Mano-dueto “Ópera Dom Giovanni” - W. A. Mozart (1756 – 1791) 
  • Abertura “Ópera Carmem” – Georges Bizet (1838 – 1875) 
  • Habanera “Ópera Carmen” - Georges Bizet (1838 – 1875)
  • La Fleur que Tu m’avais Jetee “Ópera Carmen” - Georges Bizet (1838 – 1875) 
  • Sequidille “Ópera Carmen” - Georges Bizet (1838 – 1875) 
  • Meditação “Ópera Thais” – Jules Masset (1842 – 1912) 
  • Je Crois Entendre Encore “Ópera Os Pescadores de Pérolas” - Georges Bizet (1838 – 1875) 
  • Mon Coeur S'ouvre à ta Voix “Ópera Samson et Dalila” - Camille Saint-Saëns (1835 – 1921) 
  • Abertura “Ópera Fosca” – Antônio Carlos Gomes (1836 – 1896) 
  • Canção “Quem Sabe” - Antônio Carlos Gomes (1836 – 1896)
  • Abertura Opereta “Candide” – Leonard Bernstein (1918 – 1990) 
  • Somewhere “ Musical West Side Story” - Leonard Bernstein (1918 – 1990)
  • Maria “ Musical West Side Story” - Leonard Bernstein (1918 – 1990)
  • Intermezzo “Ópera Manon Lescaut” – Giacomo Puccini (1858 – 1924) 
  • Abertura “Ópera La Forza del Destino” – Giuseppe Verdi (1813 – 1901) 
  • Brindisi “Ópera La Traviata” - Giuseppe Verdi 1813 – 1901) 
  • All I Ask of You “Musical O Fastama da Opera” - Andrew Lloyd Webber (1948 -)

Serviço
Concerto Gala de Ópera - Orquestra Sinfônica
Data: 24/09/2023 (domingo)
Horário: 11h
Local: Sala Minas Gerais – Rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto – Belo Horizonte
Ingressos: gratuito, com retirada pelo link ou na bilheteria da Sala Minas Gerais, a partir das 12h desta terça-feira (19)
Informações para público: (31) 3219-9000.

Foto: Daniel Ebendinger

Orlando Maneschy UmpaischamadoPara 1

Um panorama da fotografia contemporânea, com imagens em suportes alternativos (foto-esculturas, pinholes, vídeos e videomapping), produzido pelos principais fotógrafos da cena paraense, em recorte que engloba os últimos 30 anos. Eis o argumento central da exposição “Um país chamado Pará”, que chega à CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais nesta quarta-feira (16/8) e fica até 30 de setembro. Além da exposição, o equipamento promoverá diversas atividades, como palestras, oficinas e visitas guiadas. Toda a programação é gratuita.

“Um país chamado Pará” busca ressaltar a singularidade, a expressividade, as inter-relações geracionais e a contribuição do Estado da região Norte à arte brasileira, a partir da pesquisa de processos de criação. Com recorte temporal específico (dos anos 1990 aos dias de hoje), terá como principal fio condutor o questionamento – e a subversão – aos suportes, às linguagens tradicionais e a seus desdobramentos ao longo dos últimos 30 anos.

Por meio da união de duas gerações de fotógrafos, entre reconhecidos e novos talentos, tem-se como resultado a mostra inédita, que envolve 23 fotógrafos e se compõe de obras desenvolvidas de maneira muito característica no Pará. Revelam, afinal, a particularidade temática-estilística dos profissionais (e seus olhares singulares) e os atos de criação no cenário artístico acima da linha do equador.  

Integram a mostra os fotógrafos Alberto Bitar, Alexandre Sequeira, Betania Barbosa Marajó, Claudia Leão, Dirceu Maués, Elza Lima, Emídio Contente, Flavya Mutran, Guy Veloso, Ionaldo Rodrigues, Irene Almeida, Jorane Castro, Mariano Klautau Filho, Miguel Chikaoka, Orlando Maneschy, Octávio Cardoso, Patrick Pardini, Paula Sampaio, Rafael da Luz, Suely Nascimento, Wagner Almeida, Walda Marques e Yan Belém. A iniciativa conta com curadoria de Rosely Nakagawa, projeto expográfico de Flávio Franzosi e projeto de acessibilidade de Sílvia Arruda.

No ver da curadora, como a fotografia representa importante campo de trocas sociais e artísticas, a exposição engloba a difusão e a produção de conhecimentos, o compartilhamento de saberes, a formação de público e o intercâmbio entre as regiões, de forma a dar visibilidade à produção brasileira, e, especificamente, do Pará, desde os anos 1970.

“No cenário cultural, nossa fotografia atua como um núcleo de referência para o desenvolvimento de uma linguagem fotográfica na região amazônica, por incentivar e promover o trabalho coletivo organizado na prática da ideia-ação-reflexão, aprimorando e multiplicando oportunidades de acesso ao exercício de fazer e pensar tal arte, sempre em sintonia com as questões sociais e culturais emergentes”, comenta Rosely Nakagawa.

Rosely frisa que o Pará é um dos maiores e vibrantes expoentes do panorama da fotografia brasileira. O movimento fotográfico do Estado se solidificou nas últimas três décadas, por meio de livros, críticas, publicações, prêmios e presenças de artistas em exposições nacionais e internacionais – a exemplo, das bienais de São Paulo e Veneza. “Nosso projeto, vem, então, ao encontro da busca de mais espaços de discussão para os que fazem, pensam e pesquisam fotografia; especialmente, a paraense”, completa.

De acordo com Uiara Azevedo, gerente de Artes Visuais da Fundação Clóvis Salgado, a mostra “traz uma produção descentralizada, de um dos mais ricos cenários brasileiros, e celebra a vocação principal da CâmeraSete, como um dos principais equipamentos públicos voltado exclusivamente para a fotografia”.

A exposição fotográfica “Um país chamado Pará” é apresentada pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais, Fundação Clóvis Salgado, Instituto Cultural Vale e Namazônia, com apoio da CâmaraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais, e do Memorial Minas Gerais Vale. Depois da presença em BH, a mostra segue a São Paulo, onde ficará na Panamericana Escola de Arte e Design, de 17 de outubro a 2 de dezembro. 

Belém e os fotógrafos, segundo Rosely Nakagawa

 Conforme destaca Rosely Nakagawa, Belém é, hoje, uma capital que abriga diversos centros culturais e museus, além de uma galeria especializada em fotos, a KAMARA_KÓ, de Makiko Akao. Cidade visitada, desde os anos 1980, por curadores de arte nacionais e internacionais, também é considerada o maior polo de fotografia do país, além de referência nas artes visuais. “A cidade abriga um número razoavelmente pequeno de fotógrafos, em comparação a outras capitais do Sudeste, mas todos de grande projeção nacional, como aqueles que apresentamos nesta exposição”, explica.

A possibilidade de reunir a fotografia paraense neste projeto, proposto por Guy Veloso, representa, segundo Rosely, uma grande responsabilidade. “Como apresentar tal produção, que conseguiu se projetar internacionalmente, mesmo numa cidade fora do ‘eixo cultural’ Rio-São Paulo?”, questiona, ao comentar, na sequência: “Elza Lima, Guy Veloso, Paula Sampaio e Walda Marques ultrapassam, hoje, as fronteiras da região Norte, sem sair do lugar de origem para produzir sua obra. Registram o povo paraense e a cultura amazônica, em toda sua diversidade e riqueza, e consolidam, com suas obras, o melhor da fotografia, em encontros, publicações, prêmios, mostras nacionais e internacionais”.

Para além da criação visual, Mariano Klautau Filho e Orlando Maneschy, artistas e curadores, abrem espaço à difusão do pensamento crítico em torno da arte contemporânea. “Essas realizações terminam por impactar sua produção autoral e a dos colegas, com a elaboração de textos e exposições coletivas, nas quais a criação artística paraense é o foco”, afirma Rosely, ao lembrar, por sua vez, que Claudia Leão e Flavya Mutran aprofundam-se em pesquisas à procura de novos suportes e significados, de forma a estruturar suas obras em técnicas experimentais, criar objetos e orientar outros artistas em formações acadêmicas.

Já Octavio Cardoso e Patrick Pardini constroem seus trabalhos por meio da contínua busca de uma documentação poética da Amazônia, ao entender “o território como lugar de ação e transformação da cultura”. Assim como Jorane Castro, cineasta, que, segundo a curadora, “construiu seu roteiro imagético convivendo, estreitamente, desde sempre, com este grupo de artistas, apresentando o cenário de uma região pouco difundida no cinema brasileiro”.

Também Alberto Bitar, Dirceu Maués e Miguel Chikaoka seguem a ampliar os limites e conceitos de imagem, para além da fotografia plana e analógica. “Bitar, no sequenciamento imagens em novos suportes, põe trilhas sonoras como compasso de leitura. Dirceu Maués, ao desenhar e criar anteparos que recriam a câmera como instrumento de ver, as transforma em objetos escultóricos e plásticos. Chikaoka expande o questionamento da percepção para discutir ‘a imagem’, mesmo sem aparato algum para produzi-la. Ele se dedica ao ‘ver’ e ao ‘ser’, como um monge”, afirma Rosely.

Os fotógrafos paraenses têm protagonizado mudanças e desejos, ao transformar o cenário das artes visuais. E não apenas por documentarem a maior procissão do mundo, o Círio de Nazaré. Alexandre Sequeira desenvolveu seu projeto em torno da comunidade de Nazaré do Mocajuba, ao reconstituir a alma de seus moradores por meio de retratos.

“Em lençóis, redes, cortinas, toalhas, os habitantes voltam a ocupar seus lugares, impressos nas próprias casas”, destaca a curadora. Juntos, Yan Belém e Rafael da Luz constroem, no espaço urbano contemporâneo, rico em memórias do passado, “seu discurso poético da desigualdade sem futuro”. Wagner Almeida e Irene Almeida, coincidentes apenas nos sobrenomes, questionam e percebem o mundo, ao usar a técnica da fotografia em mundos, ritmos e visões absoluta e radicalmente opostos. “A poesia das impressões feitas pela luz do sol da Irene, que resultam em delicados fotogramas de flores e folhas, chocam-se aos rastros de violência dos corpos jogados nas ruas, por onde transita Wagner”, destaca Rosely Nakagawa.

A curadora também sublinha a forma como Suely Nascimento e Ionaldo Rodrigues questionam o espaço urbano e suas memórias. “Ela, para lembrar, se esconde em casa, ao som das emoções mais íntimas. Ele enfrenta o caos urbano, em público, para esquecer”. Com a mesma intimidade, Betania Barbosa compartilha o dia a dia dos habitantes do Marajó central, criadores de animais invasores que, depois de adultos, “estão prontos para serem derrubados nessa ilha de tesos”.

Já Emidio Contente problematiza “a preservação do patrimônio natural e imaterial em imagens metafóricas, que resgatam o universo dos dois Goeldi, o naturalista do século XIX, criador do Museu de História Natural, e seu filho artista do século XX, que grava imagens da chuva urbana”. Tudo isso, destaca Rosely Nakagawa, “nos faz pensar: o que pode a imagem, em Belém?”.

Acessibilidade

 A exposição “Um país chamado Pará” possui acessibilidade para todos os públicos. Além das atividades paralelas contarem com intérprete de Libras, há mediação para todos os públicos, com áudio-guia para descrição do espaço da exposição e das obras táteis, tocado em MP3, com fones de ouvido. Também haverá material impresso, em braile, e com tinta ampliada, e legendas para pessoas de baixa visão ou cegas. Para este público, também será oferecida a aplicação de piso podotátil de alerta e direcional.

No que se refere à localização espacial do visitante na exposição, e para o público cego, será oferecido um mapa tátil, com pedestal na entrada. O material de divulgação trará aviso sobre a disponibilidade de intérprete de Libras e a acessibilidade do local, para atender ao público especial. O projeto de acessibilidade foi desenvolvido por Sílvia Arruda, arquiteta paulistana especializada em expografia acessível.

Os recursos utilizados serão: mapa tátil, piso podotátil e audioguia com conteúdo da exposição. Serão acessibilizadas obras táteis como fotos em relevo 2D de Flavya Mutran, obras táteis em 3D de Miguel Chikaoka e Dirceu Maués, além de filme de Emidio Contente com legendas para surdos e ensurdecidos (LSE).

Programação paralela à mostra “Um país chamado Pará”

Palestras

17 de agosto – 19h às 20h30

Palestra “Religião e Fotografia: relato de experiência”, Com Guy Veloso

Local: CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais

Gratuito

18 de agosto – 19h às 20h30

Palestra “Arte e fotografia no Pará 2010-2020 – Notas sobre a dissolução de territórios identitários”, Com Mariano Klautau Filho

Local: CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais

Gratuito

Oficina

Oficina “Olhos de ver, mas com que olhos?”

Vivência com Miguel Chikaoka

Período da Oficina:

17.08 – 14h às 18h

18.08 – 14h às 18h

Local: Memorial Minas Gerais Vale – Praça da Liberdade – Belo Horizonte-MG

Atividades temáticas curatoriais 

Duas visitas guiadas com Rosely Nakagawa

Datas: 17 e 18 de agosto

Depois da abertura da exposição, a curadora Rosely Nakagawa fará, junto ao público, reflexões sobre as obras e sua integração ao conceito curatorial e de expografia.

Número dos participantes: 30 pessoas

Carga horária: 1h

Serviço
Exposição “Um país chamado Pará”
Período expositivo: De 16/8 a 30/9
Local: CâmeraSete - Av. Afonso Pena, 737, Centro - Belo Horizonte
Horário de funcionamento: De terça a sábado, das 9h30 às 21h.

Foto: Orlando Maneschy

Intercambio Curacao Minas Gerais Foto Luciano Figueiroa

Minas Gerais terá um programa de intercâmbio para Curaçao voltado a estudantes universitários e de pós-graduação na área de gastronomia. O estágio internacional é um dos desdobramentos dos Encontros de Negócios promovidos durante o 1º Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea – Caipiblue, realizado no início de setembro. O programa permitirá que instituições de ensino superior mineiras possam enviar estudantes para finalizarem seus estudos com estágios curriculares e extracurriculares na ilha caribenha, que recebe em média 1,3 milhão de turistas por ano e precisa de mão de obra qualificada sobretudo nos setores hoteleiro e de restaurantes.

A iniciativa foi firmada entre o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), o Governo de Curaçao e cinco instituições de ensino superior do estado: Faculdade Arnaldo, Centro Universitário Estácio de Sá de Belo Horizonte, Faculdade Promove, Senac e Centro Universitário Una. No momento, Curaçao realiza levantamento sobre demandas em relação a número de vagas, período de duração do estágio e valor da bolsa-auxílio. As entidades de educação, por outro lado, estão identificando perfis de alunos e cursos que atendem melhor às demandas do programa de intercâmbio. A previsão é a de que o termo de colaboração entre as partes seja assinado em novembro.

O subsecretário de Estado de Turismo de Minas Gerais, Sérgio de Paula, adiantou que o lançamento do intercâmbio ocorrerá em maio de 2024, em Curaçao. E a ocasião será nobre: um simpósio de cozinha mineira e cozinha do Caribe, nos moldes do “Conversas de Cozinha”, realizado durante dois dias no Festival Caipiblue. “Será uma grande oportunidade para os nossos estudantes trabalharem em Curaçao, terem uma experiência internacional. Eles poderão levar toda a tradição da cozinha clássica e a nova fragrância da cozinha mineira contemporânea, e assim abrir portas para produtos mineiros como cachaça, queijo, café e leite”, pontuou Sérgio, explicando que a ideia é abrir o programa para universitários e estudantes de pós-graduação.

O estreitamento das relações entre a ilha caribenha e Minas Gerais também foi comemorado pela diretora de Relações Econômicas do Ministério do Desenvolvimento Econômico de Curaçao, Vanessa Toré. A gestora destacou o papel do país como porta de entrada para o Caribe – que possui mais de 7 mil ilhas no total –, sendo a maior das ilhas caribenhas integrantes do Reino dos Países Baixos, junto com Aruba, Bonaire, Saba, Santo Eustáquio e São Martinho.

“O convênio que vamos estruturar entre escolas de gastronomia dos dois lados será muito importante para incentivar o intercâmbio de alunos e professores, além de facilitar a realização de eventos e viagens de conhecimento. A rodada de negócios entre empresários de Curaçao e representantes de diversos setores econômicos de Minas Gerais foi muito positiva”, avaliou Vanessa Toré.

Faculdades mineiras comemoram iniciativa

Os benefícios do programa de intercâmbio são imensuráveis. É o que defende o diretor geral da Una, Eduardo França, que estava no Encontros de Negócios promovido no 1º Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea. “Considerando que empregabilidade e empresabilidade são alguns dos pilares de posicionamento da Una, o mundo do trabalho tem uma importância fundamental na formação dos alunos. Nesse sentido, a experiência profissional e de aprendizado em uma temporada em outro país propiciará um desenvolvimento que não tem preço”, comemorou.

O diretor explicou que a Una possui 1,4 mil alunos matriculados em cursos das áreas da economia criativa, como gastronomia, moda, publicidade e arquitetura, e que o número de estagiários enviado dependerá da quantidade solicitada pelo Governo de Curaçao. “Iremos capacitar nossos estudantes principalmente com cursos de competências socioemocionais voltadas ao mundo do trabalho. Além disso, vamos escolher os melhores para indicar”, garantiu Eduardo França.

O diretor da Faculdade Arnaldo, João Guilherme Porto, vê a iniciativa como oportunidade para proporcionar qualificação mais ampla aos futuros profissionais. “Estamos em um mundo onde as competências e o ser pluricultural tendem a ter maior valorização no mercado. A troca cultural é fundamental para o efetivo exercício de uma ampla formação”, defendeu João Guilherme, entusiasmando-se com a futura participação da instituição no simpósio de Curaçao.

“Estamos superanimados em participar. A ideia é levar algumas oportunidades de cursos que possam ser oferecidos remotamente pela Faculdade Arnaldo, proporcionando assim uma verdadeira ação de troca cultural, com a ida dos nossos alunos para o programa de estágio na ilha e com a oferta de nossos cursos para atender a demanda local”, declarou João Guilherme.

O compromisso pelo intercâmbio cultural e gastronômico da Faculdade Arnaldo também ficou claro no simpósio “Conversas de Cozinha”, oportunidade na qual a instituição lançou uma pós-graduação em Cozinha Mineira Contemporânea. O curso será oferecido a partir de 2024, em formato híbrido, modular e continuado, e terá como um dos nortes o papel da cozinha mineira na crescente atividade turística do estado.

“A cozinha mineira traz afeto em sua essência. O grande desafio hoje é manter essa história e tradição, trazendo para essa cozinha as técnicas do mundo contemporâneo. O objetivo dessa pós-graduação é preservar a essência, os valores e os afetos, trazendo modernidade e técnicas atuais. A educação é algo que se constrói com reciprocidade e essa é uma das essências da alma do mineiro”, concluiu o diretor João Guilherme Porto.


Intercambio Curacao Minas Gerais Foto Luciano Figueiroa 2
1º Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea – Caipiblue

No início de setembro, o Governo de Minas Gerais promoveu o 1º Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea – Caipiblue. O evento, realizado de 1 a 3/9, foi pensado para celebrar a criatividade, a história e o legado da cultura alimentar e gastronômica mineira. O festival abrangeu ações diversas, que incluíram encontros de negócios, feira de produtores, estações gastronômicas, simpósio e banquetes beneficentes, além de atrações culturais.

A proposta é que o festival seja realizado anualmente. A cada ano, um país será convidado a vir, impulsionando a internacionalização de Minas Gerais como destino turístico e de negócios para geração de emprego e renda. Na edição de estreia, o convidado Curaçao inspirou o drinque e o nome Caipiblue, uma junção da cachaça mineira com o Curaçao Blue, licor típico da ilha.

Pequena em tamanho e grande em oportunidades, Curacao tem apenas 160 mil habitantes, mas recebe mais de 1,3 milhão de turistas por ano. Um dos principais pontos turísticos é a capital Willemstad, que desde 1997 está inscrita na lista do Patrimônio Mundial da Unesco (1997). “Esses são os números do ano passado. Em 2023, estamos estimando chegar a 1,4 milhão de turistas”, contou o diretor-adjunto do Escritório de Turismo de Curaçao, Hugo Clarinda, que relatou o aumento do fluxo de brasileiros após o voo direto Curaçao-Belo Horizonte. “Antes, recebíamos cerca de 800 turistas brasileiros por mês. Depois do voo, esse número saltou para 3 mil por mês”, completou.

"Trouxemos para Minas Gerais uma delegação com mais de 25 pessoas, uma das maiores nos últimos anos. Muitos deles empresários interessados em iniciar negócios com o Estado. Oportunidades nas áreas de tecnologia, agricultura, aviação, água, turismo e gastronomia já foram levantadas. O intercâmbio entre escolas de culinária de Curaçao e Belo Horizonte é apenas uma delas. Temos muito a compartilhar”, concluiu Hugo Clarinda.

Fotos: Luciano Figueiroa/Arquivo da Faculdade Arnaldo

saojoaodelreiIniciativa pretende contribuir para a capacitação de gestores, policiais, estudantes e membros do trade turístico

 

O crescimento da atividade turística em Minas Gerais tem conquistado projeção nacional nos últimos anos e parte essencial desse movimento é o investimento em segurança. A fim de contribuir para a capacitação de gestores, policiais, estudantes e membros do trade turístico, acontecerá, no dia 16, o primeiro Seminário de Segurança e Turismo em São João del-Rei com programação centrada em palestras e debates.

A iniciativa é realizada pelo Governo de Minas, por meio da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult). São João del Rei é um dos 61 municípios que integram a Décima Terceira Região da Polícia Militar de Minas Gerais (13ª RPM-MG), e, ao lado de Tiradentes, Congonhas e Prados, se destaca dentre os destinos turísticos mineiros, em razão dos seus patrimônios históricos, da cozinha mineira, além dos atrativos naturais e da diversidade da cultura local.

Uma das propostas do evento é avaliar e verificar como têm sido realizadas atividades que aliam turismo e segurança, já colocadas em prática, a fim de garantir que elas sejam aperfeiçoadas em prol de uma experiência cada vez melhor para os turistas. Na ocasião também será lançada a Rede Integrada de Proteção ao Turismo.

O subsecretário de Turismo, Sérgio de Paula e Silva Júnior pontua que o Seminário ressaltará a necessidade de uma articulação cada vez mais integrada entre a Polícia Militar de Minas Gerais, os gestores, os empresários e toda a comunidade dos municípios para a concretização de ações efetivas para promover o desenvolvimento da região, a partir do turismo e da cultura, oferecendo atrativos e segurança para os visitantes.

“É fundamental discutirmos as estratégias de segurança para a expansão do turismo, o que já vem sendo feito e também os pontos a serem melhorados, porque o resultado disso é mais benefício para os municípios, melhoria na qualidade de vida dos cidadãos e uma experiência cada vez melhor para os turistas, que, assim, são motivados a retornar. O turismo é capaz de estimular o desenvolvimento econômico e social, criando mais oportunidades de emprego e geração de renda. Então, alinhar essas perspectivas e propostas será um dos principais objetivos desse encontro”, ressalta o subsecretário.

A abertura será realizada a partir das 8h30, no Teatro Municipal de São João del-Rei, com a presença do Coronel Terence Pablino Floriano Guimarães e do Subsecretário de Turismo, Sérgio de Paula e Silva Júnior. O promotor de Justiça, Marcelo de Azevedo Maffra, que está à frente da Coordenadoria Estadual de Defesa do
Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais, em seguida, realizará, às 10h, a palestra “Proteção Jurídica do Patrimônio Cultural”.

A discussão sobre segurança e patrimônio terá continuidade com o promotor de Justiça Marcos Paulo de Souza Miranda, Coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias Criminais, de Execução Penal, do Tribunal do Júri e da Auditoria Militar (CAOCRIM). Ele ministrará, às 11h, a palestra “Crimes contra o patrimônio histórico e cultural”.

Os encontros, a partir das 13h30, serão sediados no Centro Universitário Presidente Tancredo De Almeida Neves – Uniptan. Divididos em quatro salas, os diálogos oferecerão a oportunidade de troca de experiências e informações. Na sala um, após a palestra “Inventário de proteção, furtos e recuperação de bens culturais”, a ser realizada pelo pesquisador do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Olinto Rodrigues dos Santos Filho, o Tenente Esdras José da Silva vai falar sobre os desafios e os resultados da implantação da Rede Integrada de Proteção ao Turismo em Poços de Caldas.

Já na sala dois, a partir das 13h30, o sócio do Instituto Histórico e Geográfico de Tiradentes e membro do Conselho Municipal de Turismo (ComTur) de São João del-Rei e Tiradentes, David Nascimento, abordará o tema “Turismo, identidade cultural e pertencimento: os riscos de depredação de cidades turísticas”. Na sequência, o coordenador do curso de Direito do Uniptan ampliará o debate com a explanação sobre “Patrimônio Público e seus aspectos legais para gestores públicos”.

Inscrições podem ser feitas aqui.  

 

Confira abaixo a programação completa:

Programação - Manhã
Local: Teatro Municipal de São João Del-Rei (Rua José Gomide, S/N - Centro, São João del-Rei)

8h50 - Abertura

10h - Palestra: “Proteção Jurídica do Patrimônio” com o promotor de Justiça Marcelo Azevedo Maffra.

11 - Palestra: “Crimes contra o patrimônio histórico” com o promotor de Justiça Marcos Paulo Souza Miranda.

Programação - Tarde
Local: Centro Universitário Presidente Tancredo De Almeida Neves – Uniptan (Av. Dr. José Caetano de Carvalho, 2199 Jardim Central, São João del Rei)

SALA 1

13h30 - Palestra: “Inventário de proteção, furtos e recuperação de bens culturais” com o pesquisador do Iphan Olinto Rodrigues dos Santos Filho.

14h20 - Palestra: “Implantação da Rede Integrada de Proteção ao Turismo em Poços de Caldas/MG. (Desafios e resultados)” com o 1º Ten PM Esdras José da Silva.

SALA 2

13h30 - Palestra: “Turismo, identidade cultural e pertencimento: os riscos de depredação de cidades turísticas” com o conselheiro municipal de Turismo de São João del-Rei e Tiradentes, David Nascimento.

14h20 - Palestra: “O Patrimônio Público e seus aspectos legais para gestores públicos” com o coordenador do curso de Direito do Uniptan, Jorge Heleno.

SALA 3

13h30 - Palestra: “Turismo e Pertencimento Local: a arte de receber bem o visitante com segurança” com a coordenadora e professora do curso Turismo e Hospitalidade do Senac, Betânia Nascimento Resende.

14h20 - Palestra: “Articulação das Políticas Públicas de turismo com a área de segurança pública” com o professor do IF Sudeste de Minas - Campus Barbacena, Fabiano Simeão.

SALA 4

13h30 - Palestra: "Rede de Proteção a Unidade de Conservação (UC): A Experiência da Serra da Calçada" com o Cel PM Juliano José Trant de Miranda e Cap PM Rafael R. de Carvalho Andrade.

14h20 - Palestra: "Aspectos Legais da Proteção ao Patrimônio Histórico Cultural" com o assessor da Secretaria de Cultura e Turismo de São João del-Rei-MG, Ulisses Passareli.

AUDITÓRIO do UNIPTAN

15h50 - Palestra: “Rede Integrada de Proteção ao Turismo: promovendo a cultura, a segurança e o turismo em Minas Gerais” com o Maj PM Ronan Sassada da Silva.

Foto: Pedro Vilela

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49 equipamentos distribuídos em 34 cidades do estado participaram da iniciativa

 

A 3ª edição da Noite Mineira de Museus e Bibliotecas 2023 vem registrando adesão crescente de público e de municípios. Desta vez, 49 equipamentos distribuídos em 34 cidades do estado participaram do evento que aconteceu na noite da última quinta-feira (14) com 58 atividades gratuitas e diversas.

A iniciativa, que propõe a extensão do horário e funcionamento dos equipamentos culturais do estado, toda segunda quinta-feira do mês até às 22h, é realizada pelo Governo de Minas, por meio da Secretária de Estado de Cultura e Turismo e da Superintendência de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade, com apoio da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas e da Diretoria de Museus.

Bate-papos, sessões de jogos de RPG, visitas mediadas e espetáculos teatrais foram algumas das atrações culturais desta 3ª edição. Mostras de filmes e apresentações musicais também complementaram a programação. Houve quem participou da Noite Mineira pela segunda vez consecutiva, como o belo-horizontino e servidor público André Ornela.

“O acesso à cultura tem de estar disponível no maior número de espaços e de horários possíveis para que as pessoas possam frequentar no tempo que elas puderem aproveitar melhor. A rotina do dia a dia, às vezes, é exaustiva, e essa quebra da rotina, com atividades culturais, numa noite quente como essa ajuda a aliviar o estresse e descansar antes de voltar para casa”, comentou.

Já Daniel Paulino, designer gráfico, esteve no evento pela primeira vez e revelou surpresa em encontrar o Museu Mineiro aberto para visitação. “Vim através do movimento Giro Rua, de bicicleta por BH. A programação deles, desta vez, foi um circuito curto, com parada aqui nos jardins do museu, onde estava previsto DJs com reggae. Aproveitei, então, para descansar um pouco da pedalada e ver a exposição do museu pela primeira vez”, completou.

Leandro Cesar, que é artista, também comemorou a extensão do horário de visitação dos equipamentos culturais e elogiou a iniciativa. “Estou gostando bastante desse evento, porque acredito que temos de democratizar vários estilos de música, cultura e acesso à cultura, tenho certeza que muitas pessoas que não são da minha bolha também estão gostando”, frisou.

A 3ª Noite Mineira de Museus e Bibliotecas também despertou o interesse de visitantes de fora de Belo Horizonte. É o caso de Timóteo de Almeida, dreadmaker e professor, que reside em Osasco (SP). “Estou aqui acompanhando a Semana de Cinema Negro, no Palácio das Artes. E é extremamente importante termos algo como a Noite Mineira, que contribui para uma ampliação doa cesso ao conhecimento e à cultura de modo geral. A extensão do horário de visitação permite às pessoas saírem dos seus trabalhos e ocupações, conseguindo chegar a tempo de vivenciar esses espaços”, pontuou.

Foto: Renata Garboci

noitemineira

Em sua segunda edição, a Noite Mineira de Museus e Bibliotecas trará novidades para o público. O projeto, a partir desta quinta-feira (10), acontecerá mensalmente, na segunda quinta-feira do mês, promovendo uma programação continuada em Belo Horizonte e em diversos municípios mineiros. Em agosto, por exemplo, estão confirmadas 28 cidades, dentre elas Águas Formosas, Contagem, Cordisburgo, Ipatinga, Itabira, Juiz de Fora, Ouro Preto, Pirapora, Uberlândia e Varginha.

O lançamento da temporada 2023 aconteceu, nesta quarta-feira (9), no Museu Mineiro. Na ocasião, foi realizado um sarau com participação de Márcia Clementino Nunes, que é coautora do livro “História da Arte da Cozinha Mineira por Dona Lucinha” e filha da empresária, professora, cozinheira e também escritora Dona Lucinha (1932-2019). O poeta cordelista Paulinho Ferreira e Leane Freire, cidadã honorária do Serro, reconhecida pela arte de declamar poemas, também se apresentaram nesse encontro.

A iniciativa é uma ação do Governo de Minas, com realização da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult/MG), por meio da Superintendência de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade, com apoio da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB) e da Diretoria de Museus (DIMUS).

O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveiras, destacou a importância da Noite Mineira de Museus e Bibliotecas para ampliar o acesso à cultura no estado. “Nós queremos trazer o público que não tem o hábito de ir a museus e bibliotecas. Estender o horário à noite é uma forma de possibilitar isso, estimulando as pessoas a conhecerem e frequentarem ainda mais os espaços da cultura de Belo Horizonte e de outras cidades de Minas Gerais”, pontuou Oliveira.

O secretário também acrescentou como o projeto tem o potencial de se consolidar como mais um atrativo cultural e turístico. “Essa programação pode fazer com que mais pessoas venham a Minas Gerais, e quem vive aqui poderá se programar para toda segunda quinta-feira do mês, já tendo em mente que haverá diversas atrações nesse dia. A ideia é viabilizar também não só uma ida ao museu, mas uma experiência, com as artes dialogando entre si e com os museus e bibliotecas. A música, o teatro e a literatura, em transversalidade, podem fazer com que mais pessoas se interessem e tenham um despertar para nossos espaços museológicos”, concluiu Oliveira.

A Noite Mineira de Museus e Bibliotecas é, assim, um convite para que bibliotecas públicas e comunitárias e museus públicos e privados de todo o Estado de Minas Gerais ampliem o horário de funcionamento uma vez por mês, oferecendo ao público, no período noturno, a oportunidade de participar de exposições, saraus literários, clubes de leitura, encontros com escritores/as, oficinas de arte, exibições de vídeos, instalações culturais, performances artísticas, shows, apresentações de dança, espetáculos teatrais, realização de empréstimo de livros, dentre outras atrações.

Nesta segunda edição do evento, foram cadastradas 42 atividades, que serão realizadas em 40 equipamentos culturais situados em doze das treze regiões do estado de Minas Gerais. As ações serão realizadas entre 18h e 22h.

A Superintendente de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade, Célia Ramos, reforçou que as inscrições para a próxima edição a ser realizada em setembro deverão ser abertas na próxima semana. “Nós queremos que mais equipamentos e municípios possam participar nos próximos meses. Então, logo após o encerramento desta segunda edição, nós vamos comunicar a abertura das inscrições para a próxima Noite Mineira de Museus e Bibliotecas. Para participar, basta o equipamento ser cadastrado nos sistemas de museus e bibliotecas. Nós fazemos a coordenação e damos todo suporte para que todos possam participar da melhor forma possível”, garantiu Ramos.

Em Belo Horizonte, participam diversos espaços do Circuito Liberdade. A Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, por exemplo, promoverá, a partir das 18h, no Anexo Professor Francisco Iglésias, um bate-papo centrado no universo dos quadrinhos, com mediação de Afonso Estevan de Andrade e Eliani Gladyr da Silva. Haverá também uma montagem coletiva de quebra-cabeça tridimensional do mapa de Westeros, de “Game of Thrones”. Já no Prédio Luiz de Bessa será realizada a palestra Sempre Um Papo - Mutações: “Duas cartas de amor na era da ética”, com o professor de filosofia na PUC-Rio e editor da revista “O que nos faz pensar”, Pedro Duarte.

Paralelamente, no Museu Mineiro, a partir das 19h, o público poderá participar de uma visita mediada à mostra de longa duração “Minas das Artes, Histórias Gerais”.

Interior

Em Cordisburgo, o Museu Casa Guimarães Rosa, a partir das 18h, sediará a oficina de isogravura, que tem o objetivo de trabalhar a técnica de impressão em papel. A atividade abordará o Patrimônio Cultural de Cordisburgo com mediação de Yan Heyder e Ronaldo Alves.

No Museu Casa Guignard, em Ouro Preto, os diálogos entre as artes visuais e a arquitetura serão trabalhados na oficina “Guignard e Poesia”, a partir das 19h. A atividade tem como finalidade a expansão dos sentidos patrimoniais sobre a cidade de Ouro Preto, a partir da relação dos participantes com o patrimônio, em uma analogia da relação de Guignard com sua cidade amor-inspiração.

Em Pirapora, a Biblioteca Comunitária Tamboril, a partir das 19h, oferecerá um workshop de contação de histórias. No evento, os contadores compartilharão suas experiências na prática da Contação de Histórias, destacando o papel auxiliar da contação de histórias para o incentivo à leitura. O encontro terá mediação de Rafael Oliveira e Jean Matheus.

Confira a programação completa aqui

Foto: Leo Bicalho

 

Festival gastronômico do Rio Doce

O município da Zona da Mata Mineira Rio Doce promove, desta sexta-feira (15/9) até domingo (17/9), seu Festival Gastronômico anual. Este ano, a edição especial comemora os 60 anos da cidade, elevada a essa condição em 1963. O evento ocorre no Estádio Municipal Caetano Cenachi Neto, com entrada franca. A programação do festival pode ser conferida no site Visite Minas.

As atrações incluem curso de culinária, cozinha ao vivo, concurso de pratos, espaço do artesão, cerveja artesanal e muita comida boa. Além da cozinha mineira, a programação cultural engloba shows de artistas variados, como Detonautas, Raça Negra, Luiz Lobo e banda Pipa, entre outros.

A edição homenageia Dona Maria Procópio, mulher que dedicou anos de sua vida à preparação de comida na cidade, transformando-se uma grande referência para os riodocenses. O evento é realizado pela Prefeitura de Rio Doce, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.

Maestro José Soares foto Luciano Viana 2022 05 15 84

A Filarmônica de Minas Gerais apresenta, nesta quinta e sexta-feira (dias 10 e 11), às 20h30, um programa totalmente latino na Sala Minas Gerais. O concerto marca o retorno do pianista venezuelano Sergio Tiempo, que interpretará "Universos Infinitos, de Esteban Benzecry, além das obras “Sensemayá”, do compositor mexicano Silvestre Revueltas, a riqueza do folclore argentino de Alberto Ginastera com o balé “Estância” e a brasilidade de uma obra especial de Lorenzo Fernandez, “Imbapara”.

O programa, que resume a vasta riqueza da música de concerto da América Latina, terá regência de José Soares, maestro associado da Orquestra. Os ingressos estão à venda no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala Minas Gerais, com preços a partir de R$ 50.

Este projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais e Instituto Cultural Vale e Banco Inter, com patrocínio da Cemig, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Apoio: Circuito Liberdade. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo de Minas Gerais, Ministério da Cultura e Governo Federal.

Sergio Tiempo, pianista

Sergio Tiempo nasceu em Caracas, Venezuela. Começou a estudar piano ainda criança com sua mãe, Lyl Tiempo. Estreou profissionalmente aos quatorze anos, no Amsterdam Concertgebouw. Durante período na Itália, foi aluno de pianistas como Dimitri Bashkirov, Fou Tsong, Murray Perahia e Dietrich Fischer-Dieskau. Colaborou com uma ampla gama de orquestras filarmônicas e sinfônicas da Europa, da Ásia e das Américas.

Participou de festivais internacionais e realizou turnês na China, na Coreia, na Itália e na América do Sul. Entre suas gravações, destaca-se o disco em parceria com Mischa Maisky sobre a obra de Rachmaninov, classificado como cinco estrelas pela Classic FM e pela BBC Music Magazine. Foi também artista residente na Orquestra Sinfônica de Queensland em 2018. Reconhecido pela energia e versatilidade musical, Tiempo teve sua performance descrita pelo jornal The New York Times como “cintilante e virtuosa”. Tiempo tem como mentores musicais Martha Argerich e Nelson Freire.

Maestro José Soares, regente associado da Filarmônica de Minas Gerais

Natural de São Paulo, José Soares é Regente Associado da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde 2022, tendo sido seu Regente Assistente nas duas temporadas anteriores. Venceu o 19º Concurso Internacional de Regência de Tóquio, edição 2021 (Tokyo International Music Competition for Conducting). José Soares recebeu também o prêmio do público na mesma competição.  

Bacharel em Composição pela Universidade de São Paulo, iniciou-se na música com sua mãe, Ana Yara Campos. Estudou Regência Orquestral com o maestro Claudio Cruz, em um programa regular de masterclasses em parceria com a Orquestra Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo. Participou como bolsista nas edições de 2016 e 2017 do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, sendo orientado por Marin Alsop, Arvo Volmer, Giancarlo Guerrero e Alexander Libreich. Recebeu, nesta última, o Prêmio de Regência, tendo sido convidado a atuar como regente assistente da Osesp em parte da temporada 2018, participando de um Concerto Matinal a convite de Marin Alsop. 

Foi aluno do Laboratório de Regência da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo convidado pelo maestro Fabio Mechetti a reger um dos Concertos para a Juventude da temporada 2019. Em julho desse mesmo ano, teve aulas com Paavo Järvi, Neëme Järvi, Kristjan Järvi e Leonid Grin, como parte do programa de Regência do Festival de Música de Parnü, Estônia. 

Ao final de 2021, recebeu o prêmio da crítica na categoria ‘Jovem Talento’ da Revista Concerto. No ano de 2022, regeu as Orquestras Sinfônicas NHK de Tóquio e MÁV Symphonie Orchester em Budapeste. Em 2023, regeu a New Japan Philharmonic, a Orquestra Sinfônica de Hiroshima e a Orquestra Filarmônica de Nagoya, no Japão, e faz sua estreia como convidado da Osesp.

Repertório

Silvestre Revueltas (Santiago Papasquiaro, México, 1899 – Cidade do México, México, 1940) e a obra Sensemayá (1937, revisão 1938)

Hoje considerado um dos mais importantes compositores mexicanos do século XX, Silvestre Revueltas morreu jovem e sem reconhecimento, aos quarenta anos. Nos seus últimos dez anos de vida, foi extremamente produtivo e escreveu suas obras mais importantes, mas também passou por um inferno particular. Sem emprego, afundou-se no alcoolismo e oscilava constantemente entre períodos de euforia criativa e momentos de profunda depressão.

O poema sinfônico Sensemayá faz parte dessa última fase da vida de Revueltas, quando suas composições se tornaram mais intensas e tristes. Em maio de 1937, ele compôs a primeira versão da obra, para grupo de câmara, e em 1938 finalizou a versão para orquestra. O trabalho é intimamente inspirado no poema “Sensemayá, canto para matar una culebra” (Sensemayá, canto para matar uma cobra), do poeta cubano Nicolás Guillén.

Com o acúmulo progressivo de material temático e um ritmo cada vez mais obsessivo, Revueltas recria fielmente o caráter hipnótico do poema. Segundo o compositor, “há em mim uma compreensão muito peculiar da natureza: tudo é ritmo. Meus ritmos são crescentes, dinâmicos, táteis e visuais. Eu penso em imagens melódicas que se movem dinamicamente”. Sensemayá é uma obra vigorosa, forte como a evocação de um ritual primitivo, extraordinariamente seca e sem rodeios.

Esteban Benzecry (Lisboa, Portugal, 1970) e a obra Universos Infinitos (2011)

Em Universos Infinitos, o proeminente compositor argentino Esteban Benzecry (1970) busca uma conexão com tempos ancestrais, tomando como fonte de inspiração as culturas, os ritmos, as melodias e as mitologias dos povos indígenas da América do Sul. O primeiro movimento, “Un mundo interior”, constrói atmosferas que representam o ciclo da vida humana e a dimensão contemplativa do ser.

O segundo, “Ñuke Kuyen”, faz referência à entidade que protege os sonhos do povo Mapuche, evocando uma ambientação noturna e estrelada. O terceiro e último, “Willka Kuti”, descreve o festival realizado por Aimarás e Guaranis para marcar o fim do inverno, o retorno do Sol e o início de um novo ciclo de cultivo.

Neste concerto para piano, Benzecry explora possibilidades inusitadas do instrumento em conjunto com uma orquestração contemporânea e imaginativa, gerando uma obra que celebra o contato do espírito humano com a natureza ao seu redor. Composto em outubro de 2011, Universos Infinitos é dedicado ao pianista venezuelano Sergio Tiempo.

Lorenzo Fernandez (Rio de Janeiro, Brasil, 1897-1948) e a obra Imbapara (1929)

O poema sinfônico Imbapara é uma demonstração clara do caráter convictamente nacionalista da música de Lorenzo Fernandez. Inspirada no poema homônimo de Basílio de Magalhães, a obra conta a história de um guerreiro indígena que foi capturado por uma tribo inimiga e espera, na escuridão da noite, o dia de sua execução.

Seu tema principal foi inspirado em melodias de povos originários gravadas por Roquette Pinto – uma delas, Nozani-ná, foi utilizada também por Villa-Lobos em seu Choros nº 3. A introdução mais sombria busca situar o ouvinte no interior da floresta, e, nos movimentos seguintes, observamos uma crescente exploração orquestral que culmina em um fechamento impactante, exemplar do vigor pelo qual a música de Fernandez ficou conhecida.

Escrita em 1928 como um balé, Imbapara estreou no ano seguinte sem o corpo coreográfico, pela Sociedade de Concertos Sinfônicos do Rio de Janeiro. Apenas em 1937 foi montada como balé completo, estreando também no Rio, no Theatro Municipal, com regência do próprio Fernandez.

Alberto Ginastera (Buenos Aires, Argentina, 1916 – Genebra, Suíça, 1983) e a obra Estância: Quatro danças, op. 8a (1941)

Ginastera, que sempre nutriu uma admiração especial pelo campo, resolveu inspirar seu balé Estância no poema de José Hernández, “El gaucho Martín Fierro”, publicado em 1872. A obra de Hernández é ainda hoje considerada por muitos “o livro nacional dos argentinos”. O balé, encomendado pelo coreógrafo Lincoln Kirstein em 1940, descreve o ciclo de um dia inteiro passado numa estância, seguindo a estrutura amanhecer – dia – tarde – noite – amanhecer.

A companhia de Kirstein se dissolveu antes que o balé fosse montado, fazendo com que Ginastera optasse por reunir em uma suíte para orquestra quatro das mais expressivas seções da obra original. A suíte Estância conta com três movimentos extraídos da segunda cena do balé, “La mañana”, e com um movimento final isolado de “El amanhecer”, quinta e última cena. De estilo stravinskiano, “Los trabajadores agrícolas” sugere o esforço dos trabalhadores na colheita do trigo.

A “Danza del trigo” evoca o cenário bucólico de uma estância pela manhã. “Los peones de hacienda” é inspirado na figura do vaqueiro. E a “Danza final” retrata o começo de um novo dia através da estilização do tradicional malambo, dança masculina argentina na qual o dançarino executa uma série de movimentos com os pés e que, no século XIX, era tida como a principal forma de um gaúcho demonstrar destreza e vigor.

Serviço 

Série Allegro

Data: 10/08/2023

Horário: 20h30

Série Vivace

Data: 11/08/2023

Horário: 20h30

Local: Sala Minas Gerais - Rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto - Belo Horizonte

Ingressos: R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 50 (Mezanino), R$ 70 (Balcão Palco), R$ 90 (Balcão Lateral), R$ 120 (Plateia Central), R$ 155 (Balcão Principal) e R$ 175 (Camarote).

Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores. Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

Funcionamento da bilheteria:

Dias sem concerto

3ª a 6ª — 12h a 20h

Sábado — 12h a 18h

Dias com concerto

12h a 22h — quando o concerto é durante a semana

12h a 20h — quando o concerto é no sábado

09h a 13h — quando o concerto é no domingo

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Foto: Luciano Viana

Foto Descentra Cultura

O Projeto de Lei Descentra Cultura Minas Gerais, proposto pelo Governo de Minas, por meio Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult/MG), foi aprovado em 1º turno no plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na manhã desta quarta-feira (13/9). Nos próximos dias, o PL será votado em segundo turno pela Comissão de Cultura e Plenário da ALMG, etapas que antecedem a aprovação e sanção da lei.

O documento sugere uma modificação da Lei 22.944/2018, que institui o Sistema Estadual de Cultura, o Sistema de Financiamento à Cultura e a Política Estadual Cultura Viva, a fim de ampliar a todas as regiões do estado o acesso aos mecanismos do sistema estadual de financiamento.

Ao ser aprovado e sancionado, o PL Descentra Cultura possibilitará a ampliação da distribuição dos recursos para o fomento à cultura para mais regiões e realizadores do estado, impulsionando os segmentos artísticos e culturais locais. Atualmente, a cada ano, cerca de 35 municípios mineiros concentram 95% dos recursos destinados à Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Já via Fundo Estadual de Cultura (FEC) apenas 184 municípios conseguem acessar o mecanismo, concentrando 89% dos recursos disponíveis.

Para o secretário de Estado de Cultura e Turismo, a aprovação do PL é fundamental para garantir uma maior descentralização dos recursos e impulsionar a cultura no estado. “Nossa proposta é tornar o acesso a esses instrumentos cada vez mais democrático e possibilitar que as políticas públicas para o fomento cultural se estendam a todo o território mineiro. Outra vertente é o olhar especial para as ações da cultura popular e tradicionais, com menos burocracia no acesso ao fomento”, afirma Oliveira.

A construção do PL foi feita de forma conjunta entre poder público e trabalhadores da cultura, baseado nas diretrizes estabelecidas no Plano Estadual de Cultura, que valoriza artistas, trabalhadores e trabalhadoras da Cultura ao estimular a geração de emprego e renda, bem como estabelece uma nova relação entre o Estado e as culturas populares e tradicionais mineiras.

"Registro meu agradecimento aos coletivos, ao governo e à casa legislativa pelo compromisso técnico com a descentralização e a diversidade das expressões culturais na sua forma ampla, livre e sobretudo, com a cultura popular e com quem menos acesso tem aos recursos disponíveis para fomentarmos a cultura”, enfatiza o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira.

Destaques do PL

O PL foi elaborado após extensas discussões com o Conselho Estadual de Política Cultural (Consec) e outros órgãos do estado. Na proposta da Secult, serão criadas condições para facilitar o acesso de povos e comunidades tradicionais aos mecanismos de fomento. Além disso, empresas de maior porte que optarem por financiar projetos em municípios do interior do estado poderão destinar até 5% do valor devido do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Atualmente esse percentual está limitado a 3%.

Dentre as mudanças apresentadas, duas podem ser destacadas. A primeira é a definição mais clara das expressões de culturas populares, das quais não serão exigidos projetos. A segunda é a possibilidade de redução de contrapartida das empresas ao FEC no caso de os proponentes serem do interior do estado, passando dos atuais 35% para 10%.

O PL Descentra Cultura Minas Gerais propõe ainda que o sistema de financiamento possa apoiar outras iniciativas, como assegurar visibilidade de artistas mineiros junto a curadores de grandes festivais e mostras nacionais e internacionais, entre outras ações. Os mecanismos de inscrição, aprovação e prestações de contas também serão reorganizados, atendendo, assim, às demandas antigas da sociedade.

Foto por: Renata Garbocci

rocambole

 

Lagoa Dourada, localizada na região do Campo das Vertentes, já era conhecida como “a capital mineira do rocambole” e agora se tornou a maior referência desse doce no país. Nesta quinta-feira (3), foi publicada no Diário Oficial da União, a lei 14.646, que confere ao município o título de Capital Nacional do Rocambole.

Quem viaja de Belo Horizonte para São João del Rei ou Tiradentes de carro, inevitavelmente, passa pelo centro de Lagoa Dourada, onde se avista a Igreja do Rosário, e, em seguida, três tradicionais lojas dedicadas à iguaria que há anos atrai visitantes e é responsável pela manutenção da saborosa fama da cidade.

Para o gestor da Instância de Governança Regional Trilha do Inconfidentes e presidente da Federação dos Circuitos Turísticos do Estado de Minas Gerais (Fecitur), Marcus Vinícius da Costa Januario, a notícia fortalece ainda mais o principal produto de Lagoa Dourada, promovendo a cidade como um destino gastronômico em Minas Gerais. “O rocambole agora vai estar numa vitrine nacional, e quem vier nos visitar poderá apreciar mais de 17 sabores desse doce tradicional, que já era famoso e se tornará ainda mais conhecido”, comenta.

Januário acrescenta que isso favorece não só a cidade e seu entorno mas o estado de Minas Gerais. “Isso contribui para atrair pessoas, aumenta a nossa economia e gera mais renda. Outro aspecto é que esse título pode estimular o desenvolvimento de produtos no mercado gastronômico regional, e valoriza ainda mais a cozinha e a gastronomia mineira”, diz o gestor.

Localizado a apenas 150 km de Belo Horizonte, Lagoa Dourada tem mais de 300 anos de história. A receita do rocambole é de cerca de um século atrás, e fruto do casamento do libanês Miguel Youssef com a lagoense Dolores. O casal começou a produzir o doce e outros quitutes em um estabelecimento que ficava ao lado do ponto de ônibus da linha São João del-Rei/Lagoa Dourada. Daí em diante, o gosto pelo rocambole passou de geração em geração e se disseminou pela cidade.

Projeto de Lei

O título de capital nacional do rocambole conferido à Lagoa Dourada decorre decorre do projeto de lei (PL) 2.209/2021, do deputado federal Aécio Neves. No dia 7 de julho, o texto foi aprovado pelo Senado, e a norma foi na última quarta-feira (2) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Foto: IGR Trilha dos Inconfidentes/Divulgação

Banquete e leilão Caipiblie ascom secult

A realização do Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea - Caipiblue, uma iniciativa do Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e da Fundação Clóvis Salgado, abrangeu diversas ações em torno da cultura alimentar e gastronômica do estado, potencializando sua vocação cultural, turística e econômica. Além disso, o evento também viabilizou um trabalho de caráter filantrópico, com os almoços e jantares beneficentes que arrecadaram R$ 249 mil.

Organizada pelo Serviço Social Autônomo (Servas), essa programação específica reuniu quatro menus especiais assinados pelos chefs Caio Soter e Felipe Rameh, sendo este também responsável pela curadoria da parte gastronômica do evento. O objetivo era reunir recursos que serão doados para quatro hospitais de Belo Horizonte: Santa Casa de Belo Horizonte, Hospital da Baleia, Mário Penna e São Francisco.

“Quem tem alguma proximidade com esses hospitais sabe quão grande é o desafio do custeio. As pessoas que trabalham com isso são verdadeiros heróis. E que maneira mais bonita de celebrar a hospitalidade mineira do que relacioná-la à nossa solidariedade e convidar a sociedade civil mineira a colaborar em eventos filantrópicos como este, realizado no Palácio da Liberdade, declarou a presidente do Serviço Social Autônomo (Servas), Christiana Renault.

Durante os almoços e jantares também foram realizados leilões de obras de arte que também contribuíram para o sucesso da iniciativa.

No dia 2 de setembro, o governador Romeu Zema prestigiou o festival, reunindo-se com influenciadores digitais, além de representantes do governo de Curaçao. Ele visitou a exposição de produtos regionais repleta de iguarias como café, queijo, doces, mel, vinhos e cachaças, e conheceu as estações gastronômicas, que trouxeram o melhor da cozinha mineira contemporânea. Por fim, o chefe do executivo participou do almoço beneficente no Salão de Banquetes do Palácio, ao lado do secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, e da presidente do Serviço Social Autônomo (Servas), Christiana Renault.

“Se tem algo que nos caracteriza é a cozinha. A comida mineira tem suas particularidades e, com esse festival, queremos tornar isso muito mais marcante. E isso atrai turistas. Para nós, que temos um estado com essa cozinha riquíssima, precisamos mostrar para o Brasil e para o mundo essa tradição única que caracteriza muito bem o mineiro. Além de termos em Minas as atrações turísticas, os lagos, as cidades históricas, as instâncias hidrominerais, as montanhas e as cachoeiras, temos essa cozinha que é totalmente diferenciada”, disse o governador.

Romeu Zema no Caipiblue Ascom Secult

A Diretora de Relações Exteriores do Ministério de Desenvolvimento Econômico de Curaçao, Vanessa Tore, fez coro com o governador Romeu Zema, destacando os benefícios desse encontro para Minas e para a ilha caribenha, homenageada na primeira edição do evento. “Curaçao depende muito do turismo, por isso esperamos atrair um grande número de visitantes de Minas Gerais para conhecer Curaçao e, através de Curaçao, o resto do Caribe. Em contrapartida, temos livre entrada de produtos para Europa e Estados Unidos, e uma moderna infraestrutura, que podem beneficiar empresas brasileiras envolvidas em negócios internacionais. Minas Gerais e Curaçao são parceiros para toda a vida", disse Vanessa Tore.

“Minas Gerais pode, por exemplo, exportar insumos para Curaçao e lá nós industrializamos, colocamos um valor agregado. Daí este produto consegue entrar nos mercados da América do Norte e Europa com muito mais facilidade”, acrescentou.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais também pontuou que o festival tem gerado diversos desdobramentos, inclusive com a continuidade dessa parceria em 2024, em Curaçao, desta vez, tendo Minas Gerais como homenageada. “O Governo de Curaçao já nos convidou para irmos até a ilha no próximo ano participarmos do festival de cozinha do Caribe e da cozinha mineira. Nós vamos novamente juntar a nossa caipirinha com o licor “curaçao blue”, típico de lá, celebrando esse encontro entre as duas culturas com o Caipiblue. Nós sabemos que Curaçao recebe no ano a quantidade de turistas que nós recebemos em um ano no Brasil inteiro, então, este será um momento importantíssimo para mostrarmos de forma potente Minas Gerais, nossa cultura e nossa cozinha mineira”, reforçou Oliveira.

Nova Cozinha Mineira
O festival atraiu entre os dias 1 e 3 de setembro mais de 5 mil visitantes ao Palácio da Liberdade. Um dos frequentadores foi o influenciador Jordani Macedo, que marcou presença nos jardins do Palácio da Liberdade no sábado (2/9). “O que mais encanta em Minas Gerais é o seu povo, esse acolhimento do mineiro”, opinou. Já a psicóloga Inês Barroso parabenizou a escolha do local. “Esse movimento de abrir o Palácio da Liberdade para a população é maravilhoso”, elogiou a mineira.

Nas estações gastronômicas, o carro-chefe foi a nova cozinha mineira. Oito espaços espalhadas pelos jardins do Palácio conquistaram o paladar dos presentes com uma variedade de saborosas opções, como os vinhos da Vinícola Luiz Porto, as sobremesas do Tragaluz, os petiscos e sanduíches do Pirex, os queijos da Roça Capital, e dos pastéis de angu e sanduíches dos chefs Sofia Marinho e Thiago Thibau, além dos pratos do chef Felipe Rameh.

Estação Gastronômica Caipiblue ascom secult

Inaugurada há 9 anos, a gelateria Mi Garba! Também levou quatro sabores ao evento. Além do de pistache, um dos mais representativos da marca, a estação contou com três gelatos feitos de ingredientes tipicamente mineiros: o de doce de leite, o de chocolate mineiro Kalapa e o de café expresso, desenvolvido em parceria com a Minas Estate Coffee com um blend de grãos das regiões da Mata de Minas, Sul de Minas e Cerrado mineiro.

“Achamos incrível a iniciativa de um festival internacional, em que grandes chefes e marcas renomadas podem mostrar um pouco do nosso maravilhoso patrimônio gastronômico. Tenho certeza de que será um sucesso e que será somente o primeiro de muitos festivais que teremos futuramente. Como bons mineiros, estamos muitos animados e ansiosos para receber e atender com excelência um grande público”, relatou o italiano Luca Lenzi, fundador da empresa juntamente com sua esposa, Marina Arantes, que se disse honrado por ter sido convidado a fazer parte do 1º Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea.

A estação da chef Sofia Marinho, que comanda “A cozinha de Sofia”, e Thiago Thibau, especialista em carnes e charcutaria e fundador da “Oriz Defumados” foi outro hit entre os visitantes. Com uma amizade forjada na cozinha há quase seis anos, os dois dividiram a estação, cada um levando sua contribuição unindo tradição e contemporaneidade em seus pratos. Thiago Thibau preparou sanduíche de porco defumado com salada de repolho cremosa.

Já Sofia Marinho serviu pastel de angu, iguaria tipicamente mineira, com duas opções de recheio: uma de frango caipira com creme milho e outra de queijo canastra com molho de goiabada picante. Para ela, a afinidade de suas criações, de seus produtos e dos jeitos de trabalhar tem tudo para agradar a quem passar pelo entorno do Palácio da Liberdade. “Gastronomia é cultura. Esse festival é uma oportunidade tanto para aprendermos com quem está vindo de fora quanto para conseguirmos divulgar e fomentar a cozinha mineira para outros países”, defende Sofia Marinho, acompanhada pelo parceiro de profissão.

“Achei a ideia do evento super legal. Primeiro para valorizarmos cada vez mais a gastronomia mineira, que tem que ser conhecida mundialmente mesmo. Todo mundo que vem aqui, experimenta e se apaixona. Temos que mostrar a força não só dos nossos insumos, mas das nossas técnicas e, principalmente, das pessoas. O carisma da cozinha mineira é importante”, declarou Thiago Thibau, aprovando a escolha de Curaçao como estreante do Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea.

“Curaçao tem uma cultura muito diferente e isso é muito legal. Acredito que vai ser muito enriquecedor para a gente conhecer, em cada edição, uma cultura nova de cada país convidado. Estou bem ansioso como chef de BH e feliz demais de poder participar. Fico muito feliz de ter um evento como este, de aprendizado cultural e que nos dá a chance de apresentar Minas para o mundo”, alegra-se Thiago Thibau.

Famosa pelos queijos artesanais de excelente qualidade, a Roça Capital também marcou presença no Caipiblue com dois queijos do produtor mineiro Ribeiro Fiorentini, um Canastra de São Roque e um queijo de Alagoa, além de uma tábua de petisco. O fundador da empresa aberta em 2014 no Mercado Central de Belo Horizonte, Guilherme Vieira, demonstrou entusiasmo com o festival. “O evento é uma excelente iniciativa para a divulgação da nossa cultura, que é um dos maiores patrimônios que temos”, disse.

Drink Caipiblue
Além dos pratos especiais e dos estandes montados por produtores locais, o festival contou uma estação especial de drinks. O espaço reuniu bartenders brasileiros e de Curaçao, responsáveis por proporcionar receitas que misturaram iguarias mineiras, como a cachaça e o café, com o toque de seu país de origem. Foi assim que surgiu o Caipiblue, que mistura da cachaça mineira com o licor de laranja típico da coquetelaria curaçauense.

O bartender Leonardo Gomes alegrou-se em participar do evento. “Fazer o Caipiblue, que é esse coquetel que mistura a nossa cachaça com Curaçao Blue, é um grande prazer. Acho que a capacidade de Minas em entregar carinho, comida e bebida boa é o que a gente tem de melhor”, declarou.

Atrações culturais
Todos os dias do evento contaram com atrações culturais. Os DJs Cubanito, Sandra Leão e Palomita se encarregaram da música, que envolveu os jardins do Palácio da Liberdade.

Os grupos Calcinha de Palhaço e Circo do Sufoco encantaram o público de todas as idades com suas intervenções artísticas, englobando malabarismo, palhaçaria e muita diversão. Especialmente para os pequenos, foi montada uma área kids na quadra do Palácio da Liberdade.

Fotos: Ascom/Secult

Renata Garbocci 5 Encontro de Gestores

Documento foi destinado, especialmente, ao Legislativo Mineiro, e também à imprensa, pesquisadores e universidades 


Ressaltar a importância do Projeto de Lei Descentra Cultura (PL 2.976/2021) para fomentar a cultura nos diversos municípios mineiros foi um dos objetivos da carta aberta apresentada na última quinta-feira (3), durante o encerramento do 5ª Encontro de Gestores de Cultura e Turismo e Circuitos Turístico, promovido no Palácio das Artes, em Belo Horizonte. Assinaram o documento, destinado, especialmente, ao Legislativo Mineiro, mas também à imprensa, pesquisadores e universidades, o presidente da Rede de Gestores Municipais de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Luis Gustavo dos Santos Dutra, que é secretário municipal de Cultura de Poços de Caldas, e o presidente da Federação dos Circuitos Turísticos do Estado de Minas Gerais (Fecitur), Marcus Vinícius da Costa Januario.

O texto pontuou a necessidade da aprovação do PL para ampliar o número de beneficiários do interior aptos a acessar o sistema estadual de financiamento e “para que o Sistema Estadual de Cultura seja realmente de todos os 853 municípios do estado e não apenas circunscrito aos maiores municípios”. 


Em sua fala, o presidente da Rede de Gestores e secretário municipal de Cultura de Poços de Caldas, Luis Gustavo dos Santos Dutra, reforçou os próximos passos dessa iniciativa: “Esta carta aberta será encaminhada ao Legislativo Mineiro e aos outros diversos órgãos como aqui foi lido, demonstrando o nosso apoio, Rede de Gestores e Fecitur, na aprovação urgente do PL Descentra”.


O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, na última quarta-feira (2), agradeceu a presença dos deputados Mauro Tramonte e Rodrigo Lopes, num momento dedicado à fala da importância do trabalho em prol da cultura e do turismo alinhado com a Assembleia Legislativa de Minas Gerais. “Registro meu muito obrigado pela presença e pelo apoio de vocês na Assembleia. Eu costumo dizer que 50% do trabalho nós fazemos, e 50% é parte da Assembleia, que, às vezes, consegue fazer até mais, como no caso da aprovação do Descentra Cultura, e também recordo o projeto de lei do deputado Mauro Tramonte, que revogou dispositivos que não permitiam a promoção de Minas Gerais fora do estado, o que é extremamente importante. Os resultados estão aí, Minas Gerais registra crescimento de sua atividade turística em 720% acima da média nacional”, afirmou Oliveira.  


O PL Descentra Cultura  foi proposto pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG) e modifica a Lei 22.944/2018, que institui o Sistema Estadual de Cultura, o Sistema de Financiamento à Cultura e a Política Estadual Cultura Viva, a fim de ampliar a todas as regiões do estado o acesso aos mecanismos do sistema estadual de financiamento.

Três dias de intensa programação
Com início na última terça-feira (1), o 5º Encontro de Gestores de Cultura e Turismo e Circuitos Turísticos foi o segundo realizado em 2023. Foram três dias intensos de programação com palestras, rodas de conversa, mesas redondas, workshops e atrações culturais nos diversos espaços do Palácio das Artes. O evento é realizado pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), em parceria com Associação Mineira de Municípios (AMM), a Rede Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo e a Federação dos Circuitos Turísticos de Minas Gerais (FECITUR). 

Para a secretária de Estado Adjunta de Cultura e Turismo, Milena Pedrosa, esse projeto garante maior interlocução entre o Estado e os municípios. “Cada vez mais estamos mais próximos dos municípios. E isso é algo que sempre ressaltamos: municípios fortes, Estado forte. É o que temos construído: políticas públicas reais para a cultura e o turismo, discutindo assuntos importantes e colocando em pauta a integração entre as duas pastas”, sublinhou Pedrosa.


O subsecretário de Turismo, Sérgio de Paula e Silva Júnior, também pontuou como a iniciativa viabiliza o diálogo e a possibilidade de novas articulações entre os participantes. “Os encontros de Gestores são um momento de troca de experiências, de alinhamento das ações, de capacitação desses agentes que são a ponta da política pública, tanto da cultura quanto do turismo. É uma satisfação enorme realizarmos mais uma edição, e esperamos que a cada ano esse encontro cresça mais”, comemorou Júnior. 

Renata Garbocci Encontro de Gestores 03 08

Empreendedorismo feminino
Na última quinta-feira (3), um dos destaques foi a palestra “Empreendedoras no Turismo: mulheres impulsionando negócios e transformando destinos”, mediada pela secretária-adjunta Milena Pedrosa.  “Essa mesa buscou trazer a inspiração, o poder do feminino, que é para além do ser mulher e abrange o cuidado com os laços humanos. É justamente ressaltar a importância de trabalhar pelo desenvolvimento social e econômico do estado, de uma forma mais humana, com a escuta, o acolhimento e o olhar para o coletivo, algo que a cultura e o turismo conseguem fazer”, comentou Pedrosa. 


Participaram desse encontro a cafeicultora e empresária Carmem Lúcia Chaves de Brito, a representante da Associação Mineira de Hotéis de Lazer, Fabiana Amila, e a produtora Nilceia Vilela, da Queijaria Quintal do Glória, na Serra da Canastra. 

Incentivo à cultura
Já na quarta-feira (2), segundo dia do evento, a palestra “O papel transformador da Lei Paulo Gustavo e Aldir Blanc” trouxe informações atualizadas sobre os recursos que viabilizarão mais incentivo à cultura no estado. Ela foi ministrada pelo subsecretário de Cultura, Igor Arci, e pelo subsecretário de Turismo, Sérgio de Paula, com participações da superintendente de Fomento, Capacitação e Municipalização da Cultura, Janaína Amaral. 


Ambos os secretários frisaram a importância da adesão dos municípios para o repasse dos investimentos das Lei Paulo Gustavo e da segunda remessa da Lei Aldir Blanc, prevista para o segundo semestre. Igor Arci compartilhou o cronograma de capacitações que estão acontecendo para auxiliar os municípios na prestação de contas, a partir da sua reunião com o Tribunal de Contas da União (TCU) realizada na última terça-feira (1), em Brasília.

“Os estados estão tendo treinamentos contábeis referentes à Lei Aldir Blanc 1, e o de Minas Gerais acontecerá no dia 16 de agosto”, informou. O subsecretário de Cultura também lembrou a importância do preenchimento da planilha orçamentária e da Certidão Negativa de Débito (CND) por parte dos municípios. Além disso, foram debatidas as dúvidas sobre os editais: quem pode participar, a descentralização dos recursos, assim como a importância da participação da sociedade civil para a elaboração dos editais e de políticas efetivas.

 

Fotos: Renata Garbocci

Noite Mineira dos Museus e Bibliotecas Leo Bicalho

A 3ª Noite Mineira de Museus e Bibliotecas tem ainda mais atrações do que a edição de agosto. Nesta quinta-feira (14/9), 49 equipamentos culturais distribuídos por 34 municípios mineiros oferecerão 58 atividades diversas. Os números representam um aumento de 21,43% nas cidades participantes e de 40% nas atividades oferecidas, o que mostra o sucesso do evento com o público e com museus e bibliotecas de todo o Estado.

Nesta edição, equipamentos de 11 das 13 regiões de Minas Gerais ficarão abertos até às 22h, com programações noturnas como jogos, leituras, exposições, rodas de conversa, cinema e espetáculos musicais, entre outras. O guia com a programação completa pode ser acessado aqui e aqui, este último acessível para pessoas com deficiência visual. O evento é realizado pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult/MG) e da Superintendência de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade (SBMEC), com apoio da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB) e da Diretoria de Museus (Dimus).

“A edição de agosto contou com uma variedade muito grande de atrações, incluindo saraus, rodas de conversa, apresentações musicais, visitas mediadas. Em setembro, teremos ainda mais atividades, em mais lugares, e esse sucesso só tende a aumentar. Essa iniciativa vem reforçar a importância dos espaços culturais como pontos de encontro e intercâmbio de ideias, promovendo um diálogo enriquecedor entre artistas, intelectuais e o público em geral”, declarou a Superintendente de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade, Célia Iglesias Ramos.

A Noite Mineira de Museus e Bibliotecas propõe a extensão do horário de funcionamento dos equipamentos culturais em Minas Gerais uma vez ao mês, sempre na segunda quinta-feira. Um dos objetivos principais é que pessoas que trabalham ou estudam em horário comercial tenham a oportunidade de participar de exposições, saraus literários, clubes de leitura, encontros com escritores/as, oficinas de arte, exibições de vídeos, instalações culturais, performances artísticas, shows, apresentações de dança, espetáculos teatrais, realização de empréstimo de livros, dentre outras atrações, durante a semana.

Para o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, o evento amplia o acesso à cultura em todo o estado. “Nós queremos trazer o público que não tem o hábito de ir a museus e bibliotecas. Estender o horário à noite é uma forma de possibilitar isso, estimulando as pessoas a conhecerem e frequentarem ainda mais os espaços da cultura de Belo Horizonte e de outras cidades de Minas Gerais. Essa programação ainda pode fazer com que mais pessoas venham a Minas Gerais, e quem vive aqui poderá se programar para toda segunda quinta-feira do mês, já tendo em mente que haverá diversas atrações nesse dia. A ideia é viabilizar também não só uma ida ao museu, mas uma experiência, com as artes dialogando entre si e com os museus e bibliotecas. A música, o teatro e a literatura, em transversalidade, podem fazer com que mais pessoas se interessem e tenham um despertar para nossos espaços museológicos”, concluiu Oliveira.

Serviço
3ª Noite Mineira de Museus e Bibliotecas

Data: 14/9/2023 (quinta-feira)
Horário: 18h às 22h
Programação completa: aqui
Programação completa (acessível para pessoas com deficiência visual): aqui
Municípios participantes: Águas Formosas, Januária, Taiobeiras, Guarda-Mor, Patos de Minas, Lagoa Grande, Paracatu, Uberlândia, Monte de Santo de Minas, Varginha, Belo Horizonte, Contagem, Cordisburgo, Ipoema (Itabira), Ouro Preto, Santa Luiza, Paraopeba, Itambacuri, Leme do Prado, Cristina, Minduri, São José do Alegre, Poços de Caldas, Ipatinga, Juiz de Fora, Alto Jequitibá, São Geraldo, Viçosa, Itaguara, Itaúna, Lagoa da Prata, Morada Nova de Minas, Nova Serrana e Peçanha.

Programação do Circuito Liberdade

Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais
Praça da Liberdade, 21, Funcionários
Instagram: @bibliotecaestadualmg

18h às 21h - Exposição “Beirute: o Caminho dos Olhares”
Exposição de fotos de Dia Mrad que explora as consequências da explosão, capturando duas narrativas paralelas: a destruição dos edifícios históricos de Beirute e o marco zero da explosão, focando nos silos de grãos que atuaram como um escudo para a cidade. Atividade presencial. 

19h - Bate-papo: Noite dos Quadrinhos II
Nesta atividade os participantes terão a oportunidade de explorar o universo das histórias em quadrinhos. Reunindo pessoas interessadas na temática, será conduzida uma roda de conversa dinâmica, na qual serão compartilhadas HQs favoritas, discutidos estilos artísticos e narrativos diversos, além de explorar o impacto dos personagens e enredos das histórias em quadrinhos na cultura contemporânea.
Mediação: Afonso Andrade
Atividade presencial

19h - Jogos: Noite de RPG “Dungeons & Dragons”
Em uma emocionante sessão de Dungeons & Dragons, os participantes serão transportados para um mundo de fantasia épica. Neste RPG (Role-Playing Game), cada jogador assume o papel de um heroi único, com habilidades e personalidade próprias. O Mestre guiará a história, criando cenários e desaos enquanto os jogadores interagem, exploram e tomam decisões como seus personagens.
Mestre: Matheus Cruz
Atividade presencial

CâmeraSete - Casa da Fotografia de Minas Gerais
Av. Afonso Pena, 737, Centro
Instagram: @palaciodasartes
Tel: (31) 3236-7363

18h - Exposição “Um País Chamado Pará”
A mostra traz um panorama da fotografia contemporânea paraense, com imagens em suportes que questionam os processos de fotografia tradicionais, introduzindo alternativas diversas como foto-esculturas, vídeos e vídeo mapping, dos principais fotógrafos da cena do estado, em um recorte que engloba os últimos 30 anos dessa produção. A exposição contará com obras de 20 artistas da fotografia do estado do Pará.
Mediação: Educadores da Fundação Clóvis Salgado. Atividade presencial.

Centro de Arte Popular
Rua Gonçalves Dias, 1608, Lourdes
Instagram: @centrodeartepopular

19h às 20h - Visita mediada à exposição de longa duração
20h às 21h - Exibição dos curtas: “A terra, o canto, as mulheres do Jequitinhonha”; “Roda de Verso” e “Mulheres, cantigas e algodão”
Curtas produzidos pela Tingui, uma organização sem fins lucrativos que atua no desenvolvimento de projetos socioculturais e socioambientais visando proporcionar melhoria na qualidade de vida de moradores rurais do Vale do Jequitinhonha.

Espaço Cultural Escola de Design - UEMG
Rua Gonçalves Dias, 1434, Praça da Liberdade
Instagram: @uemg_ed | @eceduemg
Tel: (31) 99792-7221

19h30 - Exibição de Curta Metragem no Cine-Vista - Cinema a Céu Aberto
Curta Metragem - Título a ser definido, relacionado com a exposição - Roma Expo 2030, que está em cartaz no ECED. Atividade presencial.

Fundação Clóvis Salgado - Palácio das Artes
Av. Afonso Pena, 1537, Centro
Instagram: @palaciodasartes_
Tel: (31) 3236-7363

18h - Exposição “Jequitinhonha: Origem e Gesto”
A exposição "Jequitinhonha: Origem e Gesto" é um trabalho conjunto da Gerência de Artes Visuais e a Cia. de Dança do Palácio das Artes. Com curadoria de coreograa de Marco Paulo Rolla, a mostra é composta de um complexo artístico que propõe uma imersão no universo da cultura do Vale do Jequitinhonha.A Cia. De Dança Palácio das Artes participa deste espaço com a criação do espetáculo em dias específicos. A exposição conta com vários artistas e a mediação é feita pelos educadores da Fundação Clóvis Salgado.
Mediação: Educadores da Fundação Clóvis Salgado. Atividade presencial. 

18h - Exposição “Rendando Histórias”
A coleção “Rendando Histórias” é um encontro entre as mãos das rendeiras e as figuras da brincadeira do Cavalo Marinho, tradição da zona da mata pernambucana. As mulheres que se põem em roda para rendar, exercitar, produzir, preservar e difundir as tradições de um ofício que trouxeram dos seus lugares de origem, a Renda Renascença. A exposição ocupará a PQNA Galeria Pedro Moraleida.
Mediação: Educadores da Fundação Clóvis Salgado. Atividade presencial. 

20h -Teatro musical “A Bela e a Fera - Um Musical”
Dia 14 de Setembro chega ao Grande Teatro Cemig Palácio das Artes “A Bela e a Fera – Um Musical”, em uma única apresentação a superprodução baseada neste grande clássico dos contos de fadas, escrito por Madame de Beaumont, no século XVIII. Atividade presencial. 

A partir das 15h: 3ª Semana de Cinema Negro de Belo Horizonte
A Semana de Cinema Negro é um evento dedicado à exibição de obras cinematográficas produzidas por cineastas brasileiros, africanos e das diásporas. O objetivo é fomentar o intercâmbio cultural entre o Brasil e a África. Além disso, celebraremos o talento e a contribuição dos cineastas por meio de homenagens especiais, haverá oportunidade de aprendizado através de ações formativas e a disponibilização de um catálogo com ensaios dedicados às cinematografas apresentadas durante o festival.
Vários mediadores irão participar da atividade.
Atividade híbrida com transmissão pelo site: www.semanadecinemanegro.com.br

Memorial Minas Gerais Vale
Praça da Liberdade, 640 (Esquina com Rua Gonçalves Dias)
Instagram: @memorial.vale
Tel: (31) 3308-4000

20h - Mostra de filmes: A Cinemateca é Brasileira
A Cinemateca Brasileira vai percorrer o país com a mostra itinerante “A Cinemateca é Brasileira”. O projeto traz para Belo Horizonte, no Memorial Vale, o fillme: “Bacurau”, de 2019.
Atividade presencial.

MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal
Praça da Liberdade, 680 (Prédio Rosa)
Instagram: @mmgerdau
Tel: (31) 3516-7200

Até 22h - Visita ao museu
Uma oportunidade para explorar o Museu das Minas e do Metal, um local único que une patrimônio geológico e cultural em uma experiência envolvente. Descubra a fascinante jornada dos minerais através de atividades educativas e culturais, enquanto mergulha no diálogo entre ciência, tecnologia e sociedade. Atividade presencial

Museu dos Militares Mineiros
Rua dos Aimorés, 698, Funcionários
Instagram: @museudosmilitaresmineiros
Tel: (31) 99160-1314

18h30 - Apresentação da Academia Musical Orquestra Show (AMOS)
Apresentação musical com a banda da Polícia Militar de Minas Gerais: Academia Musical Orquestra Show, com grandes sucessos. Atividade presencial.

Museu Mineiro
Av. João Pinheiro, 342, Funcionários
Instagram: @museumineiro
Tel: (31) 98407-9444

19h - Visita mediada à exposição "Minas das Artes, Histórias Gerais".
Os mediadores do Museu Mineiro irão conduzir os visitantes por um percurso pela exposição de longa duração "Minas das Artes, Histórias Gerais", que conta um pouco da fundação, história e paisagens do estado de Minas Gerais.
Mediação: Saulo Marques e Henrique Vasconcelos. Atividade presencial. 

19h - Atração musical: Reggaytime SoundSystem
A Soundsystem de BH faz o resgate do melhor da música jamaicana e suas vertentes. O jardim do Museu Mineiro estará aberto para que os visitantes tragam suas cangas e façam seu piquenique, enquanto curtem o som. Atividade presencial. 
*Em caso de chuva, o evento será cancelado.

Foto: Foto Leo Bicalho

4o Premio Decio Noviello 3 990x417

O Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, promovem as inscrições para o 4° Prêmio Décio Noviello. As inscrições começam na próxima quinta-feira (10) e vão até 29, podendo ser feita por meio do formulário disponível no site do Palácio das Artes e neste link

O edital visa selecionar artistas, curadores, coletivos ou propostas coletivas. Uma das principais ações de fomento para as artes visuais no Brasil, a premiação contemplará três projetos para as galerias do Palácio das Artes e dois para a CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais.

Artes Visuais - O Prêmio Décio Noviello de Artes Visuais vai contar com mais um espaço expositivo para a ocupação no Palácio das Artes. A Galeria Mari’Stella Tristão está aberta para receber projetos pelo edital. O espaço se junta novamente à Galeria Arlinda Corrêa Lima e à Galeria Genesco Murta. Os prêmios para cada modalidade serão de R$10.000,00 (dez mil reais) para cada exposição coletiva e R$8.000,00 (oito mil reais) para as individuais.

Fotografia - Já para o edital de Fotografia, a CâmeraSete - Casa da Fotografia de Minas Gerais contemplará dois projetos para ocupar os dois espaços expositivos. Os valores para premiação são os mesmos das Artes Visuais: R$10.000,00 (dez mil reais) para cada exposição coletiva e R$8.000,00 (oito mil reais) para as individuais. Podem se inscrever, em ambos os editais, artistas, curadores, coletivos ou propostas coletivas de brasileiros natos, naturalizados ou estrangeiros com residência no Brasil.

Pluralidade e importância da premiação - O Prêmio Décio Noviello de Artes Visuais e de Fotografia busca a ocupação das galerias da Fundação Clóvis Salgado por meio da produção contemporânea emergente e já contemplou artistas que hoje são destaques nas artes visuais brasileiras. “Além de uma importante ação de fomento da Fundação Clóvis Salgado, durante esses anos, o Prêmio Décio Noviello se consolidou como uma vitrine para a produção emergente, que abrange os artistas iniciantes, artistas com uma trajetória profissional e curadores independentes. Além disso, é uma grande oportunidade para o público mineiro vislumbrar o que há de mais diverso na arte brasileira”, explica Uiara Azevedo, gerente de Artes Visuais da FCS.

As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm como mantenedores Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal, Patrocínio da Usiminas e da Vivo e Correalização da APPA – Arte e Cultura.

Inscrições on-line – A 4° edição da premiação simplificou o processo de inscrição e agora os interessados podem submeter os projetos por meio de um formulário online. As documentações exigidas, bem como o critério de contemplação, estão especificadas no edital, que pode ser encontrado no site do Palácio das Artes e da APPA.  O resultado será divulgado no dia 29 de outubro de 2023. A Instituição também garantirá a publicação de um catálogo das exposições. Dúvidas sobre o edital podem ser esclarecidas somente pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Os trabalhos serão avaliados por uma Comissão de Seleção do Edital, que contará com a participação de profissionais convidados, com notória especialização em Artes Visuais, além de um representante da Gerência de Artes Visuais da Fundação Clóvis Salgado. Serão avaliados os portfólios dos inscritos e os projetos apresentados conforme os seguintes critérios: qualidade e contemporaneidade, relevância estética e conceitual, originalidade e ineditismo em Belo Horizonte e adequação ao espaço físico pretendido.

Prêmio Décio Noviello – Na primeira edição realizada em 2020, o Prêmio Décio Noviello contemplou o artista Froiid (MG) e a curadora Joyce Defim (MG) para a linguagem de Artes Visuais, além de Maurício Pokemon (PI) e Dalila Coelho (MG) na categoria fotografia. Já na segunda edição do Prêmio, em 2022, foram contemplados artistas com diferentes suportes, como pinturas, desenhos, colagens, gravuras, objetos, instalações, holografias, fotografias, entre outros. Na oportunidade, João Angelini (DF) ocupou a Galeria Genesco Murta e Erre Erre (SP) apresentou seu trabalho na Galeria Arlinda Corrêa Lima. Chris Tigra (SP) e Matheus Dias (CE) ocuparam a CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais.

Na terceira edição da premiação, o edital de Artes Visuais contemplou os artistas visuais Eduardo Hargreaves (Juiz de Fora – MG), para a Galeria Arlinda Corrêa Lima, com a exposição “Brasil, Hy-Brasil”, e Pedro Neves (Imperatriz – MA), para a Galeria Genesco Murta, com a exposição “Tripa”. Já o edital de fotografia premiou os artistas Julia Baumfeld (Belo Horizonte – MG), com a exposição “Entre cantos e lamentos”, para o Espaço 1, e Bruno Barreto (Dom Pedrito – RS), com a exposição “5 casas”, no Espaço 2, na CâmeraSete.

O ano de 2020 marcou o lançamento da nomenclatura Prêmio Décio Noviello, em homenagem ao artista. Desenhista, cenógrafo, figurinista, gravurista e pintor belo-horizontino, Noviello realizou sua última exposição em vida, Cor Opção, durante a programação do ArteMinas 2018, na Fundação Clóvis Salgado (FCS). Na abertura, o artista reviveu o happening que compunha a mostra Do Corpo à Terra, que integrou a programação de inauguração do Palácio das Artes, em 1970. Em sua trajetória, Décio Noviello também criou inúmeras cenografias e figurinos para balés, óperas e peças teatrais produzidas pela FCS, além de outras mostras de artes plásticas.

Já foram contemplados pelo Edital de Artes Visuais da FCS trabalhos de artistas como Adriana Maciel, André Griffo, Bete Esteves, Claudia Tavares, Éder Oliveira, Isabel Löfgren e Patricia Gouvêa, Juliana Gontijo, Luis Arnaldo, Marcelo Armani, Nydia Negromonte, Ricardo Burgarelli, Ricardo Homen, Lorena D’arc, Renata Cruz, Rodrigo Arruda, Pedro Neves, Eduardo Hargreaves. Já o Edital de Fotografia da FCS contemplou, desde sua primeira edição, trabalhos dos artistas Daniel Antônio, Letícia Lampert, Luiza Baldan, Nelton Pellenz, Tiago Aguiar, Coletivo Família de Rua, Victor Galvão e Élcio Miazaki, Julia Baumfield e Bruno Barreto.

Serviço
Inscrições: www.palaciodasartes.com.br ou neste link
Período: 10 de agosto de 2023 até 29 de setembro de 2023

 

Circuito Liberdade Leo Bicalho

Exposições, bate-papos, mostras e festivais têm dinamizado a programação do Circuito Liberdade, cujo público, entre janeiro e julho deste ano, já supera o total de 2022, com 2,8 milhões de participantes de atividades presenciais e virtuais. O primeiro semestre, inclusive, foi o que registrou a maior frequência de público desde a criação do Circuito, em 2010, chegando ao número de 2,3 milhões de pessoas em junho.

O Circuito Liberdade é gerido pela Fundação Clóvis Salgado, que integra a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG). Atualmente, possui 32 equipamentos, sendo o Palácio da Liberdade o centro cultural mais recente do complexo, desde a cessão do espaço para a Secult em setembro de 2022.

Até julho, o Palácio recebeu mais de 130 mil visitantes. Alguns deles, inclusive, estiveram ali pela primeira vez. É o caso do estudante Jean Marques Barbosa de Souza, que aprova a ideia de um circuito. Para ele, a proximidade dos espaços é convidativa e facilita muito o percurso por todos eles.

“Achei a estrutura daqui bem bonita e organizada. As informações que estão nas guias ajudam bastante, conheci muito da história de Minas Gerais. Acabei de visitar o Museu das Minas e do Metal (MM Gerdau) e o CCBB-BH, e acho que a existência de um circuito cultural ajuda muito a conhecer os espaços e aprender mais sobre a história do local”, disse Souza.

Se existem os novatos, há também quem acompanha continuamente a programação do Circuito, como a administradora Giusiane Vieira Rocha. “Venho à Biblioteca Pública Estadual pelo menos uma vez ao mês. Frequento as exposições, contações de histórias, e passei a frequentar também o Cine Clube da UEMG. A programação daqui é bem variada e eu aproveito de tudo”, conta Giusiane, que também costuma ir ao Memorial Minas Gerais Vale e ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

Outro assíduo é o professor universitário Romeu Rodrigues Pereira, 56 anos, que dá aula na Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e aproveita os intervalos do trabalho para ir aos museus da Praça da Liberdade. “Venho no MM Gerdau com bastante frequência, gosto muito da parte dos minérios. Dentro do Circuito Liberdade, também frequento o Memorial Minas Gerais Vale. Acho que esse circuito cultural foi a melhor coisa que fizeram. Ajudou muito o povo mineiro a acessar mais os equipamentos aqui em Belo Horizonte”, atesta.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, observa que o aumento do público no Circuito Liberdade demonstra a recuperação do setor pós-pandemia e reflete as ações do Governo de Minas para potencializar a vocação cultural e turística do complexo. “Os espaços do Circuito Liberdade são atrativos tanto para moradores quanto para os turistas. Praticamente toda programação do Circuito é aberta, de graça, além de muito diversa, então é importante que as pessoas conheçam, participem e aproveitem isso”, afirma Oliveira. 

“O Circuito Liberdade é também um modelo para impulsionar a economia da criatividade. O complexo movimenta uma cadeia produtiva enorme. São curadores, músicos, diversos profissionais que atuam na realização de projetos que fomentam a cultura, a qual é a principal motivação da atividade turística no nosso estado. Esta, inclusive, tem crescido de maneira de maneira surpreendente, 720% acima da média nacional, o que contribui para mais geração de emprego e renda”, completa o secretário.

Circuito Liberdade Foto Leo Bicalho

Circuito Liberdade para além da Praça

Quando foi criado, em 2010, o então Circuito Cultural Praça da Liberdade compreendia seis espaços: Palácio da Liberdade, Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, Arquivo Público Mineiro, Museu das Minas e do Metal, Memorial Minas Gerais Vale e Espaço do Conhecimento UFMG. Juntos, eles somaram 473.492 visitas naquele ano.

De lá para cá, o Circuito Liberdade só aumentou. Em 2020, a rede de equipamentos estendeu sua área de atuação para todo o perímetro da Avenida do Contorno, alcançando 32 espaços culturais. Um deles é o Sesi Museu de Artes e Ofícios, na Praça da Estação, onde a estudante Bruna Pelegrino Zaneti conheceu a exposição “Bolinho x Goma: Articulações urbanas”.

Vinda de São Paulo para cursar artes plásticas na UEMG, Bruna elogiou a curadoria da mostra. “Achei muito incrível trazer esses dois artistas das ruas para cá, porque muda o público do museu, convida mais pessoas a frequentarem o espaço. Fico muito feliz que os museus estão abertos para outras formas de arte”, opina a universitária, que, em seis meses morando na capital mineira, já se tornou fã do Circuito Liberdade.

“Desde que cheguei, o CCBB foi o museu que mais frequentei. Mas já fui em vários do Circuito Liberdade. Existe uma certa praticidade em ter um circuito cultural. Você sai de casa no final de semana e já consegue acessar vários espaços em um único dia, o que facilita muito a questão da locomoção, principalmente para quem mora longe”, avalia.

História

O Circuito Liberdade surgiu a partir da inauguração da Cidade Administrativa. Com a transferência da sede do governo para a região Norte de Belo Horizonte, em 2010, os prédios históricos da Praça da Liberdade, antes ocupados pelas secretarias, foram transformados em espaços culturais com foco na arte, na cultura e na preservação do patrimônio.

Foto: Leo Bicalho

thumbnail CDPA Credito Paulo Lacerda 4

Em agosto, a Fundação Clóvis Salgado promove um encontro da Dança com as Artes Visuais. “Jequitinhonha: Origem e Gesto” reúne, na Grande Galeria do Palácio das Artes, aspectos de uma das regiões mais emblemáticas de Minas Gerais: o Vale do Jequitinhonha. Esse novo projeto, que propõe a união de duas linguagens artísticas, conta com uma exposição com mais de 100 objetos e uma coreografia inédita da Cia. de Dança Palácio das Artes (CDPA) inspirada nas tradições e culturas do povo de Turmalina, no Alto Jequitinhonha.

Antes da estreia do espetáculo, marcada para sexta-feira (4/8), cerca de 30 artesãs de Turmalina irão acompanhar a coreografia da CDPA em primeira mão. Esse encontro acontece na Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard, a partir das 17h. Criação coletiva da Cia. de Dança, a nova montagem reúne diversas referências culturais dos moradores da região. O trabalho teve início em abril, quando a CDPA fez uma visita de campo a espaços de artesanato e outros centros comerciais no município, ampliando, assim, a percepção dos bailarinos para as diferentes facetas da região.

De Turmalina, os bailarinos seguiram para uma jornada de encontros em três comunidades, com o intuito de entender o “Gesto”. No distrito de Cachoeira do Fanado, por exemplo, o grupo conheceu as criações em artesanato que auxiliam na renda dos moradores. Além disso, a Cia. de Dança Palácio das Artes participou de conversas com ricas trocas junto às mulheres da comunidade. A proposta era entender mais das cantigas e danças de roda que são passadas de geração em geração pelas moradoras do local. Em Campo Alegre e Campo Buriti, os bailarinos passaram por experiência semelhante ao descobrir mais detalhes sobre os costumes locais e como esse saber popular poderia ser fonte inspiradora na criação que iniciava.

A partir do contato com os moradores e as múltiplas culturas da região, os bailarinos passaram a criar, coletivamente, a nova coreografia. Ao longo do processo criativo, os corpos foram incentivados a se conectar com a matéria do barro que simboliza a riqueza artística e até mesmo financeira da região. Na coreografia de Jequitinhonha, os artistas da dança incorporam elementos da cultura do Vale para além da observação cotidiana. As famosas bonecas, por exemplo, inspiram passos que se desdobram em histórias dos moradores. Por sua vez, a vegetação característica do Vale do Jequitinhonha se incorporou no imaginário dos bailarinos e foi ressignificada a partir de corpos que irão ocupar a galeria.

 

Jequitinhonha: Origem e Gesto

Artes Visuais e Dança são a inspiração para o novo projeto artístico da Fundação Clóvis Salgado, “Jequitinhonha: Origem e Gesto”. Nessa iniciativa inédita de junção de várias expressões artísticas ocupando a Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard, a Cia. de Dança Palácio das Artes (CDPA) e as Artes Visuais se unem para apresentar ao público uma criação híbrida, em que duas linguagens se tornam uma. O projeto é uma realização do Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, por meio da Fundação Clóvis Salgado, com a correalização do Sebrae.

Com coordenação geral do artista Marco Paulo Rolla, “Jequitinhonha: Origem e Gesto” chega para celebrar, na capital mineira, dentro do Palácio das Artes, a riqueza criativa do povo do Vale do Jequitinhonha. Uma ambientação inspirada no Vale foi criada no espaço da Grande Galeria para receber a exposição panorâmica, a partir dos tons terrosos, dos barrancos, das casas de pau a pique e das texturas da paisagem daquela região. A mostra é composta por 100 peças históricas dos principais artistas e artesãos da região. A expografia contém peças vindas de acervos particulares, do Centro de Arte Popular (CAP), com obras da colecionadora Priscila Freire, e do Sebrae/MG e ainda criações atuais feitas especialmente para a ocasião.

“Jequitinhonha: Origem e Gesto” ocupa a Grande Galeria do Palácio das Artes de 4 de agosto a 8 de outubro. A mostra de artes visuais pode ser visitada de terça a sábado, das 9h30 às 21h; domingo, das 17h às 20h. Já a coreografia da Cia. de Dança será apresentada em 4,5,11, 12, 18, 19, de agosto; 1º, 2, 8, 9, 22, 23, 29 e 30 de setembro; e 6 de outubro, sempre às 20h, com retirada de ingressos 1 hora antes, na Bilheteria do Palácio das Artes. A entrada é gratuita.

Foto: Paulo Lacerda

Faop Exposição Getso Difícil 2

O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult/MG) e da Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop), inaugura nesta sexta-feira (15/9), às 17h, a exposição “Gesto Difícil – Instalação com Xilogravuras de Grande Formato”, do artista Rafael da Mata. A mostra ficará até 15 de outubro na Galeria de Arte Nello Nuno, que tem entrada gratuita.

O público poderá observar pelo menos 16 obras de 1,80 metro, impressas em tecidos translúcidos, que serão expostas ao longo de toda a galeria. Além disso, são destaques da mostra as matrizes em madeira e as ferramentas que o artista utiliza na gravação e impressão do trabalho.

A instalação propõe uma maneira de pensar a gravura a partir do movimento exato, que não aceita erros. O “Gesto Difícil”, que dá nome à mostra, é representado pelo processo executado pelo artista desde os primeiros traços com o pincel para marcar o desenho. Além disso, há os movimentos certeiros com a goiva, ferramenta usada para a gravação na madeira, sem deixar de lado a pressão exata exercida pelas mãos durante as impressões das gravuras.

Serviço
Exposição “Gesto Difícil – Instalação com Xilogravuras de Grande Formato”
Artista: Rafael da Mata
Abertura da exposição: 15/09, às 17h
Período expositivo: 15/09 a 15/10
Local: Galeria de Arte Nello Nuno (FAOP), Getúlio Vargas, 185, bairro Rosário - Ouro Preto
Funcionamento: De terça a sexta, das 9h às 12h e das 13h às 17h | Sábado e domingo, 13h às 17h

Entrada Gratuita

O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo e da Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop), recebe inscrições para cursos livres do Núcleo de Arte & Ofícios da Faop. Os interessados podem se inscrever até 20h próxima terça-feira (8), gratuitamente, através de formulário online ou de forma presencial, na sede da instituição.

Faop cursos livres

São oferecidos seis cursos ao total, todos presenciais e gratuitos. As aulas de musicalização, artes plásticas e cerâmica são voltadas para crianças, que também poderão participar do curso de circuitos museológicos juntamente com os jovens. Os cursos de guitarra são destinados a pessoas com pelo menos 14 anos, enquanto os de desenho, história da arte, encadernação, estamparia, xilogravura, cerâmica, violão e guitarra aceitam alunos a partir de 16 anos.

As inscrições contemplam também o Programa de Formação em Arte (PFA), que reúne conteúdos teóricos e práticos e é dedicado a jovens a partir de 16 anos e adultos. Os interessados em cursar o PFA deverão tratar diretamente na Secretaria do Núcleo de Arte & Ofícios. Os cursos acontecerão de 16 de agosto a 14 de dezembro. No dia 15 de dezembro, os alunos mostrarão seus trabalhos.

Serviço

Cursos livres do Núcleo de Arte & Ofícios da Faop

Prazo de inscrição: Até 20h do dia 8/8/2023 (terça)

Formulário de inscrição: aqui

Período de realização do curso: 16/08 a 14/12/2023

Apresentação final: 15/12/2023.

Exposição Oceanvs Imersão em azul na Casa Fiat de Cultura crédito Luiz Maudonnet 6

A Casa Fiat de Cultura – equipamento do Circuito Liberdade, complexo cultural gerido pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado – abre a exposição “OCEANVS - Imersão em Azul”. Desenvolvida pelo coletivo AYA, a mostra nativamente digital explora a imensidão e os mistérios de um oceano profundo e convida à imersão no elemento mais abundante em nosso planeta: a água.

Com curadoria de Antonio Curti e direção criativa de Felipe Sztutman, a exposição apresenta projeções artísticas em 3D capazes de provocar os sentidos em uma experiência sensorial que simula o fundo do mar. As obras ficam expostas até 19 de novembro, com entrada gratuita.  

Com a exposição, a Casa Fiat de Cultura uma vez mais aponta para o futuro, ao colocar luz sobre o cenário artístico contemporâneo, suas transformações e seus novos formatos. Para o presidente da instituição, Massimo Cavallo, esta é uma forma de proporcionar ao público a oportunidade de vivenciar uma linguagem ainda jovem e plena de possibilidades.

“Encontramos e oferecemos alicerce conceitual e criativo para emergir a tecnologia em toda sua potência dentro deste novo campo de saber. Movimentos, imaginação e estímulos sensoriais, que cada corpo irá sentir à sua própria maneira, irão acontecer de forma subjetiva, única e particular. Para além dessa experiência, evocamos o tema da sustentabilidade, tão essencial ao nosso tempo, e que aqui se apresenta por meio da inovação artística”, salienta Massimo Cavallo.  

Ao invés de ocupar o lugar de apenas contemplador, em “OCEANVS - Imersão em Azul” o público fica imerso na obra e se coloca dentro dela. Antonio Curti, curador da exposição, explica que a arte digital dialoga com o que, atualmente, mais prende a atenção das pessoas: a tecnologia. “Usamos a tecnologia para acessar pessoas de todas as idades, de crianças aos idosos. Ao invés de ver o mundo em 2D, pesquisamos formas de expandir essa experiência e transformá-la de virtual a espacial. Além disso, trabalhamos com o conceito de site specific, por isso apresentamos uma proposta inédita na Casa Fiat de Cultura. Assim, apresentamos uma jornada imersiva etérea dentro do elemento água e a sua representação na utopia quimérica do ser humano”, explica.  

“OCEANVS - Imersão em Azul na Casa Fiat de Cultura” é uma realização da Casa Fiat de Cultura e do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Conta com o patrocínio da Fiat e do Santander, apoio institucional do Circuito Liberdade e apoio do Governo de Minas e do Programa Amigos da Casa.    

A exposição
A mostra convida o público a ingressar em uma experiência audiovisual em dois ambientes de projeção, divididos em oito atos: prelúdio, horizonte, mergulho, submersão, tempestade, seca, caos e vida. O primeiro ambiente é interativo e conta com projeção apenas no piso, servindo, como explica o curador, “para ‘resetar’ a mente do visitante, uma alternativa para prepará-lo para a experiência que será vivenciada em seguida”. A segunda sala é uma imersão 360° onde estão projeções em todas as paredes e no piso. “Preparamos a galeria de forma que o público encontre a introdução e, então, a arte final”, completa Curti.  

O conteúdo desta obra digital é transmitido em loop, em resolução 8K, e é repleto de mergulhos que conduzem o público por uma jornada etérea que simula a imensidão do oceano. Cor, luz, sombra e trilha sonora completam a experiência e se unem para atingir uma poética que não poderia ser alcançada de outra maneira para levar o visitante a um passeio pelas profundezas e segredos das águas. 

Além de criar experiências sensoriais e imersivas, “OCEANVS” reforça as discussões sobre a sustentabilidade. O objetivo é evocar sensações e sentimentos sobre a importância da água no mundo, na sociedade e no imaginário do ser humano. “Água é o elemento primordial para a sobrevivência da humanidade e do planeta em que vivemos. Nossa relação com ela se dá antes mesmo do nascimento, no útero materno, e se propaga por toda a nossa vida. O líquido que nos sacia, as praias que nos acalmam, por exemplo, são signos da importância que este elemento tem para o ser humano”, reflete o curador Antonio Curti.  

Programação paralela
Como parte das discussões propostas pela Casa Fiat de Cultura por meio da exposição “OCEANVS - Imersão em Azul”, durante os sábados e domingos do mês de setembro, o público poderá participar do “Ateliê Aberto Desenho das águas: a vida em desenhos”. Utilizando técnicas clássicas de desenho e materiais como grafite, lápis de cor, massas, hachuras sobre papel e outros suportes, o ateliê mostrará as possibilidades infinitas de criação, tal qual a vastidão dos oceanos.

A atividade, conduzida pelo Programa Educativo da Casa Fiat de Cultura, encoraja reflexões sobre a necessidade da água para a vida e a relação que desejamos construir com esse bem. Conexões entre a cultura geral e de povos originários brasileiros, bem como suas lendas e representações também serão abordadas durante o processo criativo.  

As atividades do Ateliê Aberto acontecem até 24 de setembro, sempre aos sábados e domingos, em dois horários: às 10h30 e às 15h. A participação é gratuita, para todas as idades e não há necessidade de inscrição ou de ter conhecimentos prévios. As crianças menores de 12 anos devem estar acompanhadas por um responsável e o espaço está sujeito à lotação.  

Serviço
Exposição “OCEANVS - Imersão em Azul” 
Período expositivo: 12 de setembro a 19 de novembro de 2023 
Visitação presencial: Terça-feira a sexta-feira, das 10h às 21h | Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h (exceto segundas-feiras)
Local: Casa Fiat de Cultura - Praça da Liberdade, 10, Funcionários – Belo Horizonte
Entrada gratuita 

Ateliê Aberto Desenho das águas: a vida em desenhos 
Datas: 2, 3, 7, 8, 9, 10, 16, 17, 23 e 24 de setembro 
Horários: Sábados e domingos, das 10h30 às 12h e das 15h às 17h
Local: Casa Fiat de Cultura - Praça da Liberdade, 10, Funcionários – Belo Horizonte
A participação é gratuita, para todas as idades e não há necessidade de inscrição ou de ter conhecimentos prévios.

Foto: Luiz Maudonnet

Grupo Corpo Estancia ensaio foto José Luiz Pederneiras JLP1737

De quinta a domingo – dias 3, 4, 5 e 6 de agosto –, a Filarmônica de Minas Gerais e o Grupo Corpo se encontram pela primeira vez no palco da Sala Minas Gerais e fazem a estreia brasileira do balé Estância, do compositor argentino Alberto Ginastera. As apresentações acontecem às 20h30, exceto no domingo, em que o espetáculo acontecerá às 18h.

A batuta é do maestro Fabio Mechetti, diretor artístico e regente titular da Filarmônica de Minas Gerais. A coreografia é de Rodrigo Pederneiras e a direção artística de Paulo Pederneiras. O balé é uma encomenda da Filarmônica de Los Angeles ao grupo O Corpo, que estreou no dia 18 de julho, no Hollywood Bowl, com a regência do maestro Gustavo Dudamel.

A Filarmônica e o Grupo Corpo já estiveram juntos na gravação da trilha do balé Dança Sinfônica, criada por Marco Antônio Guimarães para as comemorações dos 40 anos do grupo, em 2015. Agora, na celebração dos 15 anos da Filarmônica, os dois grupos voltam a se encontrar. As Seis Danças Sinfônicas, que é parte da obra gravada junto à Orquestra, e as Danças Norueguesas de Grieg, abrem a noite nos três dias. Venda de ingressos a partir de 4 de julho, terça, ao meio-dia, no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala Minas Gerais.

O maestro Fabio Mechetti diz: “Para exaltar ainda mais a celebração dos 15 anos da Filarmônica, unimos dois dos maiores patrimônios culturais mineiros, exemplificados pela seriedade e excelência do trabalho desenvolvido, da penetração que esse trabalho tem tanto em Minas quanto no exterior, e pela riqueza a artística com que música e dança transformam positivamente nossa sociedade. Ficamos muito honrados e felizes com esta possibilidade singular da apresentação conjunta dos nossos dois grupos artísticos. Tenho certeza de que será uma experiência excepcional para todos nós”.

“É uma alegria constatar o reconhecimento do nosso trabalho por um dos mais importantes regentes da atualidade e uma das maiores orquestras do mundo e estrear no Brasil com a Filarmônica de Minas Gerais, grupo excepcional”, ressalta Paulo Pederneiras, diretor artístico do Grupo Corpo. 

Serviço
Filarmônica e Grupo Corpo em concerto

Datas: 3, 4, 5 e 6 de agosto de 2023
Horário: Dias 3, 4 e 5, às 20h30 | Dia 6, às 18h.
Local: Sala Minas Gerais – Rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto - Belo Horizonte
Ingressos: R$ 280 (Plateia Central, Balcão Principal, Balcão Lateral, Balcão Palco, Mezanino) R$ 100 (Coro e Terraço). Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.
Funcionamento da bilheteria:
Dias sem concerto
3ª a 6ª — 12h a 20h
Sábado — 12h a 18h

Dias com concerto
12h a 22h — quando o concerto é durante a semana
12h a 20h — quando o concerto é no sábado
09h a 13h — quando o concerto é no domingo
Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Foto: José Luiz Pederneiras

Coleção Rendando Histórias Crédito Rinaldo Martinucci 3

A arte das Rendeiras da Aldeia de Carapicuíba chega ao Palácio das Artes por meio de uma expografia inédita que vai ocupar, a partir desta quarta-feira (13/9), a PQNA Galeria Pedro Moraleida. A exposição “Rendando Histórias” ficará até 12 de novembro no espaço, que também promoverá atividades especiais para quem quiser conhecer mais sobre a tradicional Renda Renascença e o dia a dia das rendeiras. A realização é do Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult/MG) e da Fundação Clóvis Salgado (FCS).

Nesta terça (12/9), às 18h, ocorrerá um bate-papo com as rendeiras. A conversa acontecerá no Café do Palácio das Artes, e terá a presença de Lucilene Silva e Viviane Foster, da Oca Escola Cultural (que desenvolve o projeto Rendeiras da Aldeia), e Alexandre Rousset, responsável pelo projeto expográfico. O encontro incluirá também alguns Cantos de Trabalho, cânticos entoados durante todo o processo de feitura da renda e que tornam o processo mais leve e alegre.

Já na quarta-feira (13), entre 10h e 13h, acontecerá a Oficina de Renda Renascença, com sete rendeiras que estarão em Belo Horizonte especialmente para a mostra. Os encontros acontecerão no Café do Palácio das Artes, sendo necessário realizar inscrições por meio de formulário. As primeiras 30 pessoas inscritas serão contempladas com as vagas.

Cada aluna e/ou aluno aprenderá todo o processo da renda e iniciará e feitura de uma pequena peça. Para isso, será necessário trazer uma toalha de rosto grande para a confecção do rolo e uma tesoura.

O objetivo é dividir com os participantes a técnica da Renda Renascença, renda de agulha e almofada muito difundida no Nordeste brasileiro. Será também compartilhado o histórico das Rendeiras da Aldeia, um grupo de mulheres migrantes que vive nas imediações do patrimônio histórico Aldeia Jesuítica de Carapicuíba e que, além do cultivo, compartilhamento e produção da Renda Renascença, mantém a tradição dos cantos de trabalho.

As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm como mantenedores Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal, Patrocínio da Usiminas e da Vivo e Correalização da APPA – Arte e Cultura.

Serviço
Bate-papo e cantos de trabalho com as rendeiras
Data: 12/9/2023 (terça-feira)
Horários: 18h
Local: Café do Palácio das Artes - Av. Afonso Pena, 1537, Centro, Belo Horizonte
Classificação Indicativa: Livre
Evento gratuito 

Oficina de renda renascença | Exposição Rendando Histórias
Data: 13/9/2023 (quarta-feira)
Horários: 10h às 13h
Local: Café do Palácio das Artes - Av. Afonso Pena, 1537, Centro, Belo Horizonte
Formulário de inscrição: https://forms.gle/pdrkhxPfVc2zEt5X8
Evento gratuito 

Exposição “Rendando Histórias”
Período expositivo: De 13/9/2023 a 12/11/2023
Local: PQNA Galeria Pedro Moraleida - Av. Afonso Pena, 1537, Centro, Belo Horizonte
Entrada Gratuita

Informações para o público: (31) 3236-7400

Foto: Rinaldo Martinucci

5encontro credito leobicalho

 

Uma cooperação técnica entre a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) e a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) foi oficializada durante a abertura do 5º Encontro de Gestores de Cultura e Turismo e Circuitos Turísticos, nesta terça-feira (1), no Grande Teatro Cemig do Palácio das Artes. O secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, e a Diretora de Comunicação da Cemig, Cris Kumaira, assinaram um termo que prevê a realização de quatro editais que somam R$ 11 milhões em investimentos na cultura e no turismo entre 2023 e 2024.

Na ocasião também foi assinado o Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável com a 360 Turismo. A iniciativa estabelece um planejamento que norteará as ações da Secult voltadas ao setor turístico até 2024. A segunda fase desse trabalho se iniciará no dia 16 de agosto e realizará um diagnóstico com informações de todos os territórios do estado, a partir de oficinas, pesquisas e entrevistas.

Outra novidade destacada foi a realização nos dias 1, 2 e 3 de setembro do Caipiblue - Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea, que deverá acontecer no Circuito Liberdade.

O evento é realizado pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), em parceria com a Associação Mineira de Municípios (AMM), Rede Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo e Federação dos Circuitos Turísticos de Minas Gerais (Fecitur).

Editais

O primeiro edital da Cemig será voltado para o Natal, com lançamento em setembro deste ano. O objetivo, de acordo com Cris Kumaira, é “reforçar os traços de mineiridade” nesta época do ano. O segundo é para o Carnaval e deverá ser executado em 2023. “Nós queremos dar mais tempo para a organização dessa festa, tendo em vista toda a movimentação da economia atrelada a ela”, completou a Diretora de Comunicação da Cemig. O terceiro edital é o Luzes do Patrimônio que viabilizará a instalação de uma iluminação moderna e de qualidade em igrejas, museus e prédios históricos.

“E neste momento estamos trabalhando na construção de um quarto edital a ser lançado um pouco mais a frente e 100% focado no interior de Minas Gerais. Ele vai incentivar e promover a realização de festivais e festas tradicionais dos nossos municípios. Sabemos como essas festas fazem parte da vida dos mineiros e da importância delas. Temos muitos festivais de qualidade espalhados por todas as regiões do estado e que reúnem diferentes manifestações culturais”, acrescentou Kumaira.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, celebrou a iniciativa. “Isso que a Cemig faz representa um passo gigantesco; dá clareza e transparência para os patrocínios, e, sobretudo, dá oportunidade para o interior apresentar os seus projetos. Obrigado por essa parceria constante”, pontuou.

Em sua fala de boas-vindas aos participantes do encontro, Oliveira também pontuou a expansão da atividade turística em Minas Gerais, a qual, no mês de abril, registrou crescimento de 720% acima da média nacional, no comparativo com o mesmo período de 2022. “Nossa cultura é o grande produto. Um crescimento de 720% na atividade turística e a geração de 100 mil empregos no ano de 2022 revelam o quanto essa transversalidade tem feito e fará muito bem para Minas Gerais”, frisou o secretário.

Caipiblue

Oliveira reforçou o convite para os gestores retornarem no início de setembro para participarem do Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea, o qual terá um Simpósio Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea aberto ao público, em Belo Horizonte. “Queremos muito que vocês conheçam mais sobre essa área da gastronomia que é a cozinha mineira contemporânea. Nosso queijo está com valor agregado muito grande, tanto que é candidato a patrimônio mundial da Unesco, e também o nosso café, a nossa doçaria. Mas precisamos fincar o pé na contemporaneidade da nossa cozinha, uma vez que a cozinha clássica foi protegida no mês passado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG)”, acrescentou o secretário.

O chef Felipe Rameh detalhou que o festival deverá reforçar a cozinha mineira, preservar a tradição e contribuir para a formação dos profissionais. Ele também comentou que o projeto se baseia no intercâmbio com o governo de Curaçao, o qual se insere no âmbito das ações da Secult para a internacionalização do destino Minas Gerais por meio dessa conexão com o Caribe. “Nós teremos aqui bartenders de Curaçao, que vão participar desses eventos na Praça da Liberdade”, sublinhou.

Nos jardins do Palácio da Liberdade também haverá uma feira de artesanato e de produtos mineiros, com cafés, doces e pratos de cozinha contemporânea realizados por chefes convidados. “No salão principal do Palácio, haverá alguns jantares beneficentes e parte desses valores será doado ao Servas (Serviço Social Autônomo)”, completou Rameh.

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Apresentações culturais

Os participantes do 5º Encontro de Gestores foram recebidos pela Marujada de Coronel Fabriciano, que realizou um pequeno cortejo no foyer do Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, minutos antes da abertura do evento, às 14h. Após as falas oficiais, o artista Saulo Laranjeira também subiu ao palco para apresentar um monólogo que exaltou a mineiridade. Por fim, o Coral Lírico de Minas Gerais encerrou o primeiro dia do evento, encantando o público logo após a aula magna ministrada pelo secretário Leônidas Oliveira e pela secretária-adjunta Milena Pedrosa.

Fotos: Leo Bicalho

 

Coral Lírico de Minas Gerais Crédito Paulo Lacerda 1

O Palácio da Liberdade receberá pela primeira vez, nos próximos dias 19 e 20 (terça e quarta-feira), a partir das 18h, edição especial do projeto Noites Líricas, com o Coral Lírico de Minas Gerais (CLMG). O corpo artístico da Fundação Clóvis Salgado (FCS) vai interpretar trechos dos coros de “Norma", de Vicenzo Bellini, e “La Traviata", de Giuseppe Verdi, duas das óperas mais famosas do repertório mundial. A entrada é gratuita, e a classificação indicativa é livre.

O “Lírico pela cidade - Noites Líricas no Palácio da Liberdade” é apresentado pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult/MG) e da Fundação Clóvis Salgado (FCS), gestora do Circuito Liberdade. As atividades da fundação têm como mantenedores Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal, Patrocínio da Usiminas e da Copasa e Correalização da APPA – Arte e Cultura.

Um grande diferencial será a utilização do Palácio da Liberdade, não apenas como local da apresentação, mas também como espaço de integração com os artistas e com a cenografia do espetáculo. O prédio, que foi transformado em Centro Cultural em setembro de 2022, que faz parte do Patrimônio Histórico e Cultural de Minas Gerais.

“Serão duas noites em que vamos unir o Patrimônio Humano, representado pelo Coral Lírico de Minas Gerais e pelos autores das óperas que vamos interpretar, com o Patrimônio Material, Cultural e Histórico de Minas Gerais, que representa o Palácio da Liberdade”, afirma o maestro titular do CLMG, Hernán Sánchez, diretor geral e preparador musical do espetáculo, que nesta edição do “Noites Líricas” será acompanhado pelo pianista Fred Natalino.   

Presença especial
O Coral Lírico de Minas Gerais tem um vasto repertório operístico, sendo um dos poucos coros brasileiros que executam uma programação anual do gênero. Nessa apresentação, atuam a soprano Lilian Assumpção, a mezzo-soprano Bárbara Brasil, os tenores Marcelo Salomão e Wagner Soares de Oliveira, os barítonos Pedro Vianna e Filipe Santos e os baixos-barítonos Cristiano Rocha e André Fernando.  Os figurinos são do Centro Técnico de Produção e Formação Raul Belém Machado (CTPF). E para esta edição do “Noites Líricas”, contaremos com a participação especial da grande soprano mineira Eliseth Gomes.

Em razão das restrições quanto à utilização dos espaços do Palácio da Liberdade, o acesso ao público será permitido apenas para uma lotação máxima de 50 pessoas em cada uma das duas noites de espetáculo. Os interessados deverão chegar ao local com uma hora de antecedência, e a retirada dos ingressos será por ordem de chegada. Os espectadores deverão respeitar as regras de visitação e segurança do Palácio da Liberdade.

Fundação Clóvis Salgado
Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS. 

A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.

Serviço
Noites Líricas | Coral Lírico de Minas Gerais
Datas: 19/9 (terça-feira) e 20/9 (quarta-feira)
Horário: 18h
Local: Palácio da Liberdade - Praça da Liberdade, s/nº, Funcionários - Belo Horizonte
Informações para o público: (31) 3236-7400 | www.fcs.mg.gov.br
Entrada gratuita (sujeita à lotação do espaço)

Foto: Paulo Lacerda

Marte Um

O Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam a mostra Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, que chega à sua 22ª edição em 2023 trazendo uma seleção dos filmes nacionais que mais se destacaram ao longo do último ano. Desta vez, o público do Palácio das Artes terá a oportunidade de ver, de sexta (4/08) a quinta-feira (10/08), 15 destas produções, como Medida Provisória, de Lázaro Ramos, e o mineiro Marte Um, de Gabriel Martins, que lideram as indicações ao Troféu Grande Otelo.

Os longas-metragens finalistas foram divididos em três categorias do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2023: Melhor Longa-metragem de Ficção, Melhor Longa-metragem Documentário e Melhor Longa-metragem de Comédia. Os espectadores poderão, ainda, opinar nas três categorias, cujos vencedores serão escolhidos também por votação popular, em formulário disponível no site da Academia. No caso específico dos filmes de comédia, a decisão fica por conta, exclusivamente, do público. As sessões no Cine Humberto Mauro são gratuitas, com retirada de ingresso a partir de 1 hora antes da exibição, e têm classificação variável, de acordo com cada filme.

Organizado pela Academia Brasileira de Cinema desde 2002, a premiação congrega profissionais e artistas do cinema em uma celebração anual que destaca a excelência, a criatividade e o talento presentes nas obras produzidas em solo nacional. Escolhidos em votação pelos sócios da Academia, os finalistas concorrem ao Prêmio Grande Otelo em 28 categorias, além do prêmio do Voto Popular. O Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2023 irá anunciar seus vencedores no dia 23 de agosto, através de uma cerimônia realizada no Rio de Janeiro e transmitida ao vivo pelo Canal Brasil e pelo YouTube da Academia.

As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm como mantenedores Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal, Patrocínio da Usiminas e Correalização da APPA – Arte e Cultura.

Um encontro com o cinema nacional

Com foco na promoção da cinematografia feita no Brasil junto à população do país, o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro tem se consolidado como uma forma de reconhecimento da qualidade técnica e artística dos filmes nacionais e da confraternização entre os profissionais que os fazem. Os 15 títulos selecionados como finalistas para as três categorias que concorrem pelo voto popular demonstram a pluralidade tanto do cinema comercial quanto das produções independentes.

Vitor Miranda, gerente de Cinema do Cine Humberto Mauro, destaca a importância de cada um destes filmes ganhar uma sessão no Palácio das Artes. “É muito significativo realizar essa mostra de maneira gratuita, porque o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro traz um pouco dessa celebração do cinema nacional. É algo parecido com a intenção do Oscar, de exaltar a própria indústria. O cinema brasileiro ainda tenta se firmar nessa produção industrial, então é fundamental que esse tipo de premiação exista para que o público possa conferir um pouco do que mais se destacou dentro dos circuitos comercial e independente ao longo do último ano no país”, ressalta.

A mostra começa com os concorrentes na categoria Melhor Filme de Ficção, exibindo alguns dos maiores sucessos de crítica e público lançados em 2022. É o caso de Marte Um (2022), produzido em Minas Gerais e escolhido para representar o Brasil em uma vaga na categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar 2023. O longa, que retrata dia a dia de uma família negra de classe média baixa na periferia de Belo Horizonte, já foi lançado internacionalmente e coleciona críticas positivas no Brasil e no exterior, tendo permanecido por diversos meses em cartaz nos cinemas do país.

Medida Provisória (2020), a distopia que marca a estreia do ator Lázaro Ramos na direção, lidera as indicações, e também compete pela escolha do público. Completam a categoria os filmes Eduardo e Mônica (2022), dirigido por René Sampaio e baseado na célebre canção de Renato Russo; o drama pernambucano Paloma (2022), realizado por Marcelo Gomes e consagrado como o grande vencedor da última edição do Festival do Rio; e A Viagem de Pedro (2021), longa da conceituada cineasta Laís Bodanzky que traz um retrato diferente da figura do imperador Dom Pedro I, narrando um momento em que o monarca se encontra perdido e inseguro durante uma viagem pelo Oceano Atlântico.

A programação do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro no Cine Humberto Mauro também terá um espaço especial dedicado à comédia, gênero historicamente bem-sucedido nas bilheterias brasileiras. Filmes com propostas tão diversas quanto O Clube dos Anjos (2020), dirigido por Angelo Defanti e adaptado da ácida obra de Luis Fernando Verissimo sobre um banquete com consequências fatais, e Papai é Pop (2021), de Caito Ortiz, que acompanha as desventuras de um pai de primeira viagem.

Segundo Vitor Miranda, a participação do público nesta categoria, decidida exclusivamente pelo voto popular, é fundamental. “A votação do júri popular é muito importante para que as pessoas se sintam parte dessa premiação, responsáveis também por assistir aos filmes e avaliá-los da melhor maneira. Não somente quem faz parte do corpo da Academia Brasileira de Cinema, que são pessoas muito importantes, mas também é fundamental ver a temperatura que o público tem para os filmes”, pontua.

Os documentários também marcam presença. A Jangada de Welles (2022), dos diretores cearenses Petrus, narra a inusitada passagem do grande diretor de cinema Orson Welles pelo Brasil na década de 1940. Outro destaque é Clarice Lispector – A Descoberta do Mundo (2022), de Taciana Oliveira, que mergulha na vida e obra da célebre escritora brasileira. Também com exibição programada está o documentário Kobra Auto Retrato (2022), da cineasta Lina Chamie, que segue a jornada bem sucedida do grafiteiro e muralista paulistano Kobra, da periferia de São Paulo para o mundo.

Vitor Miranda destaca que a diversidade do cinema brasileiro terá lugar garantido na mostra. “O público pode esperar filmes e narrativas muito diferentes entre si, e muitas obras com as quais as pessoas vão conseguir se identificar. É importante olharmos para essa mostra, assistindo aos filmes que não vimos ainda, justamente para que possamos nos atualizar, sobre o que está sendo produzido no cinema brasileiro atualmente”, pondera.

Programação completa

> 4/08 (Sexta-feira)

18h A Viagem de Pedro (Laís Bodanzky, BRA, 2021) | 14 anos | 1h37

20h Medida Provisória (Lázaro Ramos, BRA-Portugal, 2020) | 14 anos | 1h42

> 5/08 (Sábado)

15h Eduardo e Mônica (René Sampaio, BRA, 2022) | 14 anos | 2h

17h30 Marte Um (Gabriel Martins, BRA, 2022) | 16 anos | 1h55

20h Paloma (Marcelo Gomes, BRA-Portugal, 2022) | 14 anos | 1h44

> 6/08 (Domingo)

18h O Presidente Improvável (Belisario Franca, BRA, 2022) | Livre | 1h40

20h Amigo Secreto (Maria Augusta Ramos, BRA-ALE-Holanda, 2022) | 12 anos | 2h10

> 8/08 (Terça-feira)

16h Clarice Lispector - A Descoberta do Mundo (Taciana Oliveira, BRA, 2022) | 10 anos | 1h44

18h Kobra Auto Retrato (Lina Chamie, BRA, 2022) | 10 anos | 1h24

20h A Jangada de Welles (Petrus Cariry, Firmino Holanda, BRA, 2022) | 12 anos | 1h15

> 9/08 (Quarta-feira)

15h Bem-vinda a Quixeramobim (Halder Gomes, BRA, 2022) | 14 anos | 1h50

17h Jesus Kid (Aly Muritiba, BRA, 2021) | 14 anos | 1h28

19h Vale Night (Luis Pinheiro, BRA, 2022) | 16 anos | 2h

> 10/08 (Quinta-feira)

15h Papai é Pop (Caito Ortiz, BRA, 2021) | 12 anos | 1h48

17h30 O Clube dos Anjos (Angelo Defanti, BRA, 2020) | 14 anos | 1h41

Serviço
Grande prêmio do cinema brasileiro
Data: De 4 (sexta-feira) a 10 de agosto (quinta-feira)
Horário: Variável
Local: Cine Humberto Mauro – Palácio das Artes
Endereço: Av. Afonso Pena, 1.537, Centro, Belo Horizonte
Classificação Indicativa: Variável
Informações para o público: (31) 3236-7400
Entrada gratuita, com retirada de ingressos a partir de 1 hora antes da sessão, na bilheteria do Cine Humberto Mauro

 

pianista Teo Gheorghiu foto schreyer 2001679

Em antecipação à chegada da primavera, a Filarmônica de Minas Gerais apresenta pela primeira vez a obra homônima de Debussy, com arranjo de Büsser. Essa mesma beleza tímbrica é encontrada na Quarta Sinfonia de Yoshimatsu, que também será estreada pela Orquestra. O pianista suíço-canadense Teo Gheorghiu vem a Belo Horizonte para dar continuidade à celebração do aniversário de nascimento de Rachmaninov com seu vigoroso Primeiro Concerto.

Com regência do maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente Titular da Filarmônica de Minas Gerais, as apresentações serão nestas quinta e sexta-feira, dias 14 e 15 de setembro, às 20h30, na Sala Minas Gerais. Os ingressos estão à venda no site da Filarmônica e na bilheteria da Sala Minas Gerais, com preços de R$ 50 a R$ 175 (valores da inteira).

Antes das apresentações, às 19h30, o público poderá saber mais sobre o repertório assistindo aos Concertos Comentados. Nesta semana, a conversa será com o Regente Associado da Filarmônica, maestro José Soares, também curador do projeto.

Este projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais e Itaú, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Apoio: Circuito Liberdade. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo de Minas Gerais, Ministério da Cultura e Governo Federal.

Teo Gheorghiu 

Destinatário do prêmio Beethoven-Ring do Beethovenfest de Bonn em 2010 e o mais jovem pianista a receber a honraria, Teo Gheorghiu já se apresentou com as sinfônicas de Tóquio, Bilbao e Pittsburgh, a Royal Philharmonic e a Tchaikovsky Symphony, além da Orquestra Nacional Dinamarquesa. Ao longo da carreira, colaborou com regentes renomados, como Neville Marriner, Vladimir Fedoseyev, Matthias Pintscher e Alexander Shelley.

Foi vencedor do prêmio principal nas competições internacionais de piano Franz Liszt e San Marino, e, em 2017, recebeu o prêmio de melhor artista no Concurso Musical Internacional de Montreal. Nascido em 1992, na Suíça, Gheorghiu viveu a maior parte da vida em Londres, onde foi pupilo de Hamish Milne. Em 2022, lançou o álbum Roots, que demonstra seu atual interesse na tradição musical do Leste Europeu e especialmente da Romênia, terra de seus pais e do compositor George Enescu.

Repertório

Claude Debussy (Saint-Germain-en-Laye, França, 1862 – Paris, França, 1918) e a obra Primavera (1887, revisão 1912)

A suíte sinfônica Primavera foi escrita por Debussy em 1887, durante a residência criativa conquistada quando venceu o Prix de Rome três anos antes. Inspirada em A Primavera de Botticelli, a obra busca associar o florescer da estação ao nascimento de uma nova vida, explorando múltiplas colorações orquestrais. Essa exploração, porém, não foi muito bem recebida pelos mentores de Debussy em Paris, e o texto com a avaliação da suíte ficou conhecido por ser o primeiro a associar o termo “impressionista” ao compositor, rótulo que é bastante corrente até os dias de hoje e o qual ele renegava enfaticamente. O “exagero de cores” pelo qual Primavera foi rechaçada na época, soa, hoje, como um dos primeiros indícios da liberdade composicional que Debussy desenvolveria nas décadas seguintes.

A versão original da obra foi composta para orquestra e coro feminino sem palavras, mas esse original foi perdido em um incêndio. A versão mais tocada é uma reorquestração feita por Henry Büsser em 1912, sob supervisão do próprio autor, a partir de uma adaptação para duo de piano, de 1904. Nesse arranjo para orquestra, as cores de Primavera florescem radiantes, expressando toda a beleza e alegria que Debussy buscou ao compô-la.

Sergei Rachmaninov (Oneg, Rússia, 1873 – Beverly Hills, Estados Unidos, 1943) e a obra Concerto para piano nº 1 em fá sustenido menor, op. 1 (1890/1891, revisão 1919)

O Concerto para piano nº 1 em fá sustenido menor tem o vigor e a energia próprios de Rachmaninov. O autor o compôs aos dezoito anos de idade, enquanto ainda era aluno do Conservatório de Moscou. A estreia do primeiro movimento deu-se em 17 de março de 1892, no Conservatório, com a orquestra de alunos sob a regência do diretor, Vasily Safonov, e Sergei Rachmaninov ao piano. A versão que hoje conhecemos é de 1917, após as extensivas revisões que Rachmaninov fez de seu opus 1, meses antes de deixar a Rússia.

A nova versão foi apresentada pela primeira vez na íntegra em Nova York, em 1919, pela Sociedade Sinfônica Russa sob a direção de Modest Altschuler, tendo igualmente o compositor como solista. O intenso diálogo entre piano solista e orquestra é a marca registrada do primeiro movimento (“Vivace”), com a brilhante escrita virtuosística típica do compositor. No segundo movimento (“Andante”), os temas confiados ao piano, que reina praticamente absoluto, são de um lirismo ímpar, encontrados apenas nas mais belas páginas do próprio Rachmaninov. O terceiro e último movimento (“Allegro vivace”) é feito de esfuziante energia.

Takashi Yoshimatsu (Tokyo, Japão, 1953) e a obra Sinfonia nº 4, op. 82 (2000)

Depois de concluir sua terceira incursão no universo das sinfonias, Takashi Yoshimatsu sentiu vontade de experimentar algo diferente da partitura anterior. Sua primeira ideia para a Sinfonia nº 4 foi um adagio pesado e sombrio. Todavia, o resultado final mostrou-se bastante diferente.

Yoshimatsu conta que começou a compor no início da primavera, e que, talvez por isso e pela esperança de um mundo melhor suscitada pela virada do milênio, a imagem que emergiu em seus pensamentos foi a de “uma minissinfonia flutuante, como uma pequena flor desabrochando em um vale, fazendo as vezes de um intermezzo após a tempestuosa Terceira Sinfonia”. A partir daí, o compositor japonês buscou inspiração em suas lembranças de infância e desenvolveu a obra como uma “caixa de brinquedos”, com sons que evocam a natureza serena, os sonhos e o sentimento de nostalgia. Em 29 de maio de 2001, a Sinfonia nº 4 foi estreada pela Kansai Philarmonic Orchestra, com regência de Sachio Fujioka, em Osaka, Japão.

Serviço
Série Presto
Data: 14/9 (quinta-feira)

Série Veloce
Data: 15/9 (sexta-feira)

Horário: 20h30
Local: Sala Minas Gerais – Rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto - Belo Horizonte
Ingressos: R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 50 (Mezanino), R$ 70 (Balcão Palco), R$ 90 (Balcão Lateral), R$ 120 (Plateia Central), R$ 155 (Balcão Principal) e R$ 175 (Camarote).
Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores. Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.
Funcionamento da bilheteria:
Dias sem concerto
3ª a 6ª — 12h a 20h
Sábado — 12h a 18h

Dias com concerto
12h a 22h — quando o concerto é durante a semana
12h a 20h — quando o concerto é no sábado
09h a 13h — quando o concerto é no domingo

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Foto: Schreyer

Orquestra Sinfônica de Minas Gerais Crédito Paulo Lacerda 3

O Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam Concertos da Liberdade – Convite à Valsa. Sob regência do maestro Roberto Tibiriçá, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais vai apresentar peças únicas e atemporais deste gênero musical, um dos mais populares e românticos do mundo. O espetáculo acontecerá nos próximos dias 8 e 9 de agosto, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes.

O concerto “Convite à Valsa” inclui obras marcantes criadas por Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893), e Johann Strauss II (1825-1899). Trechos do repertório serão apresentados na terça-feira (8/08), às 12h, com entrada gratuita e sem necessidade de ingresso. Já no dia seguinte, quarta-feira (9/08), acontece a apresentação de gala, com o programa integral, a partir das 20h30, com ingressos a R$ 20 (Plateia 1), R$ 15 (Plateia 2) e R$ 10 (Plateia superior) a inteira. As apresentações têm classificação indicativa livre.

Com origem nos territórios hoje correspondentes à Áustria e à Alemanha, entre o final do século XVIII e o início do XIX, a valsa foi bastante utilizada nos salões vienenses para os bailes e festas, tendo como compositores mais famosos os membros da família Strauss. O gênero, porém, ganhou diferentes roupagens por autores de outras tradições, como Tchaikovsky, e logo se espalhou por toda a Europa como um símbolo da elegância e do refinamento.

O nome do gênero musical tem origem na palavra alemã waltzen, que significa justamente “dar voltas”, representando o principal movimento da dança homônima. Reconhecidas como obras de arte que encantam e emocionam pessoas de todas as idades e culturas, suas melodias envolventes e movimentos graciosos são uma expressão de beleza e excelência musical. Sob regência do conceituado maestro Roberto Tibiriçá, Convite à Valsa promete transportar o público para um universo de emoções e criações artísticas inesquecíveis.

As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm como mantenedores Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal, Patrocínio da Usiminas e da Copasa e Correalização da APPA – Arte e Cultura.

Música atemporal

Passeando entre as obras de dois dos maiores compositores do século XIX, “Convite à Valsa” destaca a produção dos artistas dentro deste gênero musical específico, ao mesmo tempo ressaltando as suas distinções estilísticas e celebrando o que une gerações de pessoas em torno de sua música: a profundidade emocional que encanta os ouvintes há quase dois séculos.

“As valsas costumam ter temas lindos e muito melodiosos, por isso viraram exemplo de Romantismo. Mas o propósito principal da escolha deste programa é demonstrar a diferença entre as obras de Tchaikovsky, que são criações para balé, e de Strauss II, voltadas à dança de salão. Também pensamos na seleção dessas valsas como uma oportunidade de chamar tanto as pessoas que já conhecem e apreciam esse estilo, quanto as gerações mais jovens, que podem encontrar na valsa uma forma de expressar o que estão sentindo em seus relacionamentos”, explica o maestro Roberto Tibiriçá.

O programa começa com alguns dos trechos de balés mais aclamados da História, escritos por Piotr Ilitch Tchaikovsky. É o caso da Valsa, um dos trechos de O Lago dos Cisnes, encenado pela primeira vez em 1877, em Moscou, então Império Russo. O balé dramático conta a história do amor de um príncipe por um cisne. A obra passou a ser referência obrigatória no repertório do balé clássico, com enredo encantador, vibrante e lúdico, e é ainda mundialmente conhecida pela união virtuosa entre orquestração e dança.

Também de Tchaikovsky, a Orquestra Sinfônica interpretará a Valsa das Flores, de O Quebra-Nozes, último balé composto pelo músico e apresentado ao público pela primeira vez no ano de 1892, em São Petersburgo, capital do Império Russo. Na história, que se passa durante uma noite de Natal, a menina Clara ganha de presente um boneco quebra-nozes, e com ele segue viagem por um mundo mágico em que os brinquedos ganham vida, dançam, lutam, e viajam por diversos reinos. Celebrado sobretudo por sua melodia delicada e movimentos graciosos, que habitam o imaginário popular há gerações, a Valsa das Flores é frequentemente apresentada em espetáculos de dança clássica. O compositor russo ainda marcará presença no concerto com as Valsas de A Bela Adormecida e Eugene Onegin.

Convite à Valsa traz também o ápice de qualidade do repertório vienense, destacando o trabalho de Richard Strauss II, que passou à história como “O Rei da Valsa”. Um dos principais nomes do período Romântico da música sinfônica, Strauss II é autor de uma das valsas mais conhecidas e amadas, O Danúbio Azul, cuja estreia aconteceu em 1867, em Viena, na Áustria. Pouco mais de um século depois, a obra foi imortalizada no cinema ao ser incluída na trilha sonora do filme de ficção científica 2001 – Uma Odisseia no Espaço (1968), dirigido por Stanley Kubrick. Porém, antes de proporcionar um balé de naves espaciais, O Danúbio Azul já era (e continua a ser) uma das peças mais executadas em concertos e bailes de gala ao redor do mundo. Com sua melodia cativante e ritmo suave, a obra se tornou um verdadeiro clássico e é frequentemente associada à cidade de Viena, onde Strauss II viveu e trabalhou.

O maestro Roberto Tibiriçá salienta o desafio que a obra de Strauss propõe aos instrumentistas e ao regente. “Nós escolhemos algumas das valsas mais populares, então sempre temos a grande responsabilidade de executá-las da melhor forma possível. No caso das valsas de Strauss II, elas são especialmente difíceis pelo requinte e pelas mudanças de andamento. Nas obras de Tchaikovsky, essas variações estão menos presentes, já que os bailarinos precisam de uma maior estabilidade. Ao mesmo tempo, por isso as valsas de Strauss possuem uma grande riqueza, justamente pela grande variedade de andamentos e ornamentações”, pontua.

O repertório do concerto conta ainda com a Valsa do Imperador, também de Strauss II, composição muito popular e executada com frequência em concertos e bailes mundo afora. Uma das últimas criações do austríaco, ela foi escrita para grande orquestra e estreou no ano de 1889, em Berlim, na Alemanha. A obra apresenta uma longa introdução ao estilo marcha, culminando em movimentos de contrastantes melodias. Com seu ritmo envolvente, a Valsa do Imperador sedimentou sua reputação como um verdadeiro hino à elegância e ao requinte. Fecham o programa a valsa Contos dos Bosques de Viena, além da conhecidíssima Vozes da Primavera, ambas de Strauss II.

O maestro Roberto Tibiriçá reforça o Convite à Valsa. “É um programa muito romântico e de fácil acesso, mesmo àqueles que não estão acostumados com o repertório clássico. Acredito que esta é uma ótima forma de vir ao Grande Teatro prestigiar o trabalho da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais. São músicas doces e de grande beleza. Certamente será muito prazeroso para quem estiver aqui”, promete.

Programa

Piotr Ilitch Tchaikovsky

Valsa do balé O Lago dos Cisnes

Valsa do balé A Bela Adormecida

Valsa da ópera Eugene Onegin

Valsa das Flores, do balé O Quebra-Nozes

Johann Strauss II

Valsa do Imperador

Contos dos Bosques de Viena

Vozes da Primavera

O Danúbio Azul

Serviço
Concertos da liberdade – Convite à valsa
Data: 8/08/2023 (terça-feira)
Horário: 12h
Local: Grande Teatro Cemig Palácio das Artes – Av. Afonso Pena, 1.537, Centro, Belo Horizonte
Classificação Indicativa: Livre
Entrada gratuita, sem necessidade de ingresso

Concertos da liberdade – Convite à valsa
Data: 9/08/2023 (quarta-feira)
Horário: 20h30
Local: Grande Teatro Cemig Palácio das Artes – Av. Afonso Pena, 1.537, Centro, Belo Horizonte
Classificação Indicativa: Livre
Ingressos (inteira): Plateia 1: R$ 20 | Plateia 2: R$ 15 | Plateia superior: R$ 10
Informações para o público: (31) 3236-7400

Foto: Paulo Lacerda

Maestro José Soares Regente Associado da Filarmônica de Minas Gerais fotos Rafael Motta 0017 alta

No próximo domingo (17/9), às 11h, na Sala Minas Gerais, a Filarmônica de Minas Gerais apresenta a segunda parte do tema “Formas e Narrativas”, um dos pilares da música. No repertório estão obras como “A bela adormecida” de Tchaikovsky e “O aprendiz de feiticeiro”, de Dukas, além do “Prelúdio de João e Maria”, de Humperdinck, “España”, de Chabrier, e “Os mestres cantores de Nuremberg”, de Wagner. A regência é do maestro associado da Orquestra, José Soares.

Ao longo de seis concertos gratuitos, sempre aos domingos, a série é dedicada às famílias e à formação de novos públicos e, em 2023, aborda os pilares da música, como ritmo, melodia, harmonia, formas, narrativas e orquestração. O concerto é gratuito e terá transmissão ao vivo pelo canal da Filarmônica no YouTube, pela Rede Minas de Televisão e pela rádio MEC 87,1 FM.

Os ingressos poderão ser retirados nesta quarta-feira (13/9), a partir do meio-dia, através do site da Filarmônica, com limite de dois ingressos por pessoa. No dia do concerto serão distribuídos mais 200 ingressos na bilheteria da Sala Minas Gerais, a partir de 9h, também limitados a dois por pessoa.

Este projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais e Instituto Unimed-BH, por meio do incentivo de mais de 5,3 mil médicos cooperados e colaboradores, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e conta com recursos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais.

Apoio: Circuito Liberdade. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Governo de Minas Gerais, Ministério da Cultura e Governo Federal. Os projetos educacionais da Filarmônica têm o apoio do Programa Amigos da Filarmônica e de patronos.

Serviço
Filarmônica de Minas Gerais Concertos para Juventude
Data: 17/9 (domingo)
Horário: 11h
Local: Sala Minas Gerais – Rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto - Belo Horizonte
Ingressos: gratuito, com retirada no site da Filarmônica e na bilheteria da Sala Minas Gerais
Informações: (31) 3219-9000

Foto: Rafael Motta

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“O verdadeiro ateliê do artista é a cabeça dele”. A frase é do artista visual mineiro Fernando Pacheco, que dá vida ao documentário a ser exibido no Cine Humberto Mauro, no Palácio das Artes, nesta quarta-feira (02/08), às 20h. O evento é gratuito e os ingressos podem ser retirados uma hora antes da exibição na bilheteria do cinema.

Com mais de 60 mostras individuais realizadas e aproximadamente 20 prêmios recebidos ao longo da carreira, a trajetória, o pensamento artístico e a obra do são-joanense podem ser conferidas no longa-metragem documental "Fernando Pacheco - Atelier em Movimento".

Dirigido por Fernando Batista, da Noir Filmes, e com trilha sonora de Alexandre Lopes, o trabalho evidencia o processo criativo do pintor e traz imagens dos diversos ateliers ocupados pelo realizador ao redor do mundo. O filme documentário apresenta depoimentos de diversas personalidades do meio artístico, cultural, intelectual e literário brasileiro, como o do compositor e letrista Márcio Borges, do escritor Bartolomeu Campos de Queirós, do letrista e poeta Murilo Antunes, do crítico de arte e cineasta Olivio Tavares de Araújo e do artista plástico Carlos Bracher.

Além desses nomes, o trabalho ainda traz falas dos artistas plásticos Décio Noviello e Miguel Gontijo, do escritor e editor José Eduardo Gonçalves, do poeta Tonico Mercador e da jornalista e escritora Dulce Tupy. Para Fernando Batista, diretor do trabalho, o filme busca apresentar ao público a importância da criação e as linguagens estéticas a que se debruçou Fernando Pacheco. “Como diretor e também roteirista, procurei seguir uma narrativa em cima do processo criativo do artista. Não é uma obra que conta a história de vida do Pacheco, é uma obra que procura mostrar as inspirações artísticas do protagonista”, explica Batista.

Fernando Pacheco, de 74 anos, já dedicou mais de 60 anos de sua história às artes visuais. O realizador, que tem na intuição umas das principais ferramentas para o desenvolvimento de sua criação, não separa sua vida particular do ofício de artista.  “Não consigo separar minha arte e a minha trajetória enquanto pessoa, é uma coisa só. No documentário, isso fica muito evidente. As pessoas vão ter a oportunidade, ao ver a película, de conhecer meu pensamento artístico, que também conduz minha vida particular”, afirma Pacheco.

O longa-metragem documental apresenta ao público as seis décadas de contribuição à cultura e às artes promovida por Fernando Pacheco. “A importância do Pacheco nas artes é notória. Um artista multifacetado, antenado com as coisas atuais e com um tipo de traço que o coloca em um seleto time de artistas consagrados. Basta olhar para uma obra dele que com pouca análise se observa a autoria. Um grande artista mineiro com uma bela história no mundo das artes”, pontua o diretor do filme, Fernando Batista.

De acordo com Vitor Miranda, gerente do Cine Humberto Mauro, exibir um filme sobre um dos mais importantes artistas visuais mineiros demonstra a pluralidade e o caráter formativo da programação da Fundação Clóvis Salgado. "Reforçamos com a exibição do documentário a interdisciplinaridade artística das atrações e eventos promovidos pela instituição. Além disso, reafirmamos nosso compromisso em oferecer à população um panorama importante da cultura e das artes em Minas Gerais por meio de nomes que fizeram e fazem história no campo intelectual e artístico do estado", explica Miranda.

Cine Humberto Mauro

Um dos mais tradicionais cinemas de Belo Horizonte, o Cine Humberto Mauro foi inaugurado em 1978. Seu nome homenageia um dos pioneiros do cinema brasileiro, o mineiro Humberto Mauro (1897-1983), grande realizador cinematográfico. Com 129 lugares, possui equipamentos de som dolby digital e para exibição de filmes em 3D e 4K.

Nestes 43 anos de existência, a Fundação Clóvis Salgado tem investido na consolidação do espaço como um local de formação de novos públicos a partir de programação diversificada, bem como à criação de mecanismos de estímulo à produção audiovisual com a realização do tradicional FestCurtasBH - Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte, e o Prêmio Estímulo ao Curta-metragem de Baixo Orçamento.

O Cine Humberto Mauro também é um importante difusor do conhecimento ao promover cursos, seminários, debates e palestras. Sessões permanentes e comentadas também têm espaço cativo a partir das mostras História Permanente do Cinema, Cinema e Psicanálise e Curta a Tela, entre outros. Todas as atividades do Cine Humberto Mauro são gratuitas.

Fundação Clóvis Salgado

Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS.

A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia. de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.

Serviço
Documentário Fernando Pacheco - Atelier em Movimento
Data: 2/08/2023 (quarta-feira)
Horário: 20h
Local: Cine Humberto Mauro – Palácio das Artes
Endereço: Av. Afonso Pena, 1.537, Centro, Belo Horizonte
Classificação Indicativa: livre
Informações para o público: (31) 3236-7400

Entrada gratuita, com retirada de ingressos a partir de 1 hora antes da sessão

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Principal equipamento cultural do Circuito Liberdade, espaço seguirá aberto a visitação durante as obras e restauração poderá ser acompanhada pelo público

 

O Governo de Minas Gerais, por meio do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) assinaram, nesta segunda-feira (11/9), a Ordem de Serviço para início das obras de restauração do Palácio da Liberdade. Na ocasião, também foi apresentado o projeto Ateliê de Restauração Aberto que permitirá ao público acompanhar todo o trabalho nos próximos meses com segurança. O equipamento, continuará, assim, de portas abertas.

O documento assinado marca o início do projeto de conservação e restauro do centro cultural que integra o Circuito Liberdade e, desde 2022, tem apresentado ao público exposições e sediado a programação de diversos eventos, como o recente Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea. O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, durante coletiva de imprensa realizada na tarde desta segunda-feira (11), no Palácio da Liberdade, comemorou o início das obras e a possibilidade de manter o espaço aberto aos visitantes.

“Muitas pessoas nos perguntaram: o Palácio vai fechar? E podemos dizer com segurança que ele continuará de portas abertas, e o público poderá continuar vindo, e agora, podendo aprender ainda mais sobre a história desse espaço e das obras de arte que ele contém”, sublinhou Oliveira. “Além das ações no prédio em si, também será restaurado parte do mobiliário e tudo isso será mostrado cotidianamente. O nosso objetivo é receber as pessoas, especialmente os estudantes, para que possam acompanhar os processos e também termos um momento para conversamos sobre a história de Minas Gerais”, acrescentou o secretário.

Para as intervenções, estão sendo direcionados cerca de R$ 10 milhões. Os recursos são advindos de medidas compensatórias ambientais direcionados pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da Plataforma Semente. O procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares Júnior, explicou que os recursos não são do MPMG, mas oriundos de medidas compensatórias ambientais, que viabilizam o investimento em iniciativas de preservação e proteção ao patrimônio cultural, dentre outras.

“Esses valores estão sendo destinados a várias ações de proteção ambiental e do patrimônio. Esta talvez seja a mais representativa e simbólica ação da história do MPMG em defesa do patrimônio cultural, uma vez que o Palácio da Liberdade é o nosso maior patrimônio”, pontuou Soares. “Esse trabalho deverá contribuir para projetar ainda mais o nosso estado, com seu precioso acervo de patrimônio histórico e cultural. Hoje todas as pessoas podem visitar esse espaço, ver e sentir o pulsar da história de Minas Gerais”, finalizou o procurador-geral.

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Ateliê de Restauração Aberto

As obras no Palácio devem durar em torno de 18 meses, e o público poderá acompanha-las por meio do “Ateliê de Restauração Aberto do Palácio da Liberdade”. A iniciativa trata-se de um projeto de educação para o patrimônio cultural, com o objetivo de garantir que todos possam conhecer mais sobre a história do equipamento e sobre os processos de recuperação dos bens públicos protegidos.

A gerente de Difusão e Educação para o Patrimônio Cultural do Iepha-MG, Ana Carolina de Vasconcelos Ministério, explicou que o programa acompanha uma tendência mundial, que aproxima as pessoas do próprio trabalho de restauração. “Acho que isso também amplia um pouco a experiência dos visitantes. Depois que as obras estiverem encerradas, eles vão poder falar: ‘eu participei, vivenciei essa experiência. Vi como era e como está agora’. Isso é muito importante”, comentou Ana Carolina. “Outro ponto importante é a própria valorização dos profissionais. Muitas vezes, nós não temos noção de como é o trabalho de um restaurador, e agora vai ser possível acompanhar isos de perto”, completou a gerente do Iepha-MG.

Obras

Serão realizadas diversas ações de restauração no Palácio da Liberdade. Um dos destaques é o projeto de iluminação cênica para destacar as fachadas externas e jardins, além de nova iluminação na área do entorno da piscina. Na área Recuperação e recomposição do madeirame do telhado. Restauração externa, como recuperação das fachadas e a revitalização dos jardins.

Outra novidade é a mudança de posição da tenda de eventos, que será transferida para a quadra dos governadores. No local onde está atualmente, será instalado espaço para orquestra, ampliando as possibilidades de apresentações artísticas nos jardins.

Como forma de manter as características e possibilitar o uso do bem cultural, está prevista a restauração dos elementos artísticos das pinturas parietais artísticas, de forros, molduras e piso em tacaria do Quarto do Governador e do Quarto da Rainha. A lista de ações de restauro inclui a recuperação da cozinha e instalação de novos armários; complementação e adequação dos acessos e percursos de visitação; restauro de corrimões e rodapés, entre outras.

A última obra realizada no local foi concluída em 2006, para solucionar problemas com infiltrações que prejudicavam o prédio e seu acervo artístico.

Cronograma

As áreas a serem restauradas, primeiramente, serão o Saguão Principal e as Salas Laterais, enquanto o trabalho no telhado é finalizado. Em seguida, o Quarto da Rainha, o Quarto do Governador, a Varanda Frontal, a Varanda Parlatório e os Torreões.

Acompanhamento

As obras do Projeto de Conservação e Restauro do Palácio da Liberdade serão acompanhadas pelo lepha-MG com um Comitê de Avaliação e Acompanhamento. O grupo será formado por representantes do Governo do Estado, do Ministério Público de Minas Gerais, Município de Belo Horizonte e o Instituto Biapó, responsável pelas obras. O comitê poderá, ainda, convidar representantes de outras instituições, sejam elas públicas ou privadas.

História

Inaugurado em 1898, o Palácio da Liberdade foi construído para sediar o Governo do Estado de Minas Gerais. A edificação está inserida em um espaço icônico da cidade, integrado ao conjunto de prédios construídos para abrigar as secretarias de Estado, após a transferência da capital de Ouro Preto para Belo Horizonte.

O empreendimento reflete a influência francesa na arquitetura do período. Os materiais utilizados na sua construção foram importados da Europa: armações de ferro das escadarias vindas da Bélgica; telhas de Marselha, madeiras de pinho-de-riga da Letônia; mármore de Carrara.

A pintura e a decoração do edifício são do artista Frederico Antônio Steckel. Os jardins são do arquiteto paisagista Paul Villon, enquanto os canteiros, divididos longitudinalmente por uma alameda flanqueada por palmeiras imperiais, foram projetados por Reynaldo Dierberger.

Por sua importância histórica, artística e arquitetônica, a edificação foi tombada pelo lepha-MG em 1975, por meio do Decreto n. 16.956. O tombamento contemplou fachadas exteriores, áreas internas, elementos decorativos, jardins com fonte, esculturas, orquidário, quiosque e demais bens de valor cultural.

Fotos: Leo Bicalho

 

Imagem Ilustrativa Lei Aldir Blanc

Os municípios mineiros têm até a próxima segunda (31/07) para prestarem contas das execuções dos editais de 2020 da Lei Aldir Blanc 1.

Para realização da prestação de contas, acesse: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

 e confira a listagem dos municípios mineiros que ainda não prestaram contas para o Ministério da Cultura.

jornada1

 

Nesta terça-feira (5), a partir das 16h, acontecerá a segunda ação da 9ª Jornada do Patrimônio Cultural de Minas Gerais, que neste ano celebra o tema “Caminhos Gerais: Itinerários e Rotas do Patrimônio Cultural Mineiro”. A iniciativa é do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas e do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG).

Intitulada Caminhos de Religiosidades, a ação abordará os templos religiosos que existiam na região do antigo Curral del Rei (dois demolidos e um reformulado), focando nos aspectos sociais, históricos, arquitetônicos, artísticos e patrimoniais. Espaços sagrados de outras manifestações religiosas também serão citados, como as primeiras igrejas protestantes e terreiros de Belo Horizonte.

O percurso terá início no prédio do Iepha-MG, o Prédio Verde, localizado no Circuito Liberdade, e seguirá até a Capela de Santana na Casa Fiat de Cultura, perpassando pelo Largo do Rosário e encerrando na Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem. Com duração de duas horas, o trajeto será mediado pela gerente de difusão e educação para o patrimônio cultural do Iepha, Carol Ministério.

A atividade é gratuita, voltada para professores, estudantes, educadores, turistas, servidores públicos, gestores, e demais interessados. A inscrição pode ser feito por meio da plataforma Sympla ou presencialmente no dia do encontro.

A programação completa da 9ª Jornada do Patrimônio segue até o dia 18 e pode ser conferida neste Guia On-Line.

Caminhos da Liberdade

A primeira ação dessa série, os Caminhos da Liberdade, aconteceu no dia 30 de agosto, às 16h. O itinerário abordou as ideologias modernas, liberais e republicanas que influenciaram a transferência do centro político e administrativo de Minas Gerais, de Ouro Preto para a região do antigo Arraial do Curral del-Rei, e como essa nova mentalidade pode ser percebida na arquitetura, símbolos alegorias presentes no espaço, e na denominação da própria Praça da Liberdade.

O percurso teve início no prédio do Iepha, seguindo pelos prédios das antigas Secretarias de Estado no entorno da Praça da Liberdade e se encerrou no Palácio da Liberdade, com duração de uma hora e meia. O trajeto foi mediado pelos servidores do Iepha, Adalberto Mateus e Carol Ministério.

Caminhos Literários

A terceira ação, Caminhos Literários, acontecerá no dia 14 de setembro, às 16h. A ideia é abordar os escritores, movimentos, locais e curiosidades que marcaram a história literária de Belo Horizonte.

O itinerário começará no Iepha, seguindo em direção à Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais. Em seguida, o grupo irá para os edifícios do Salão Vivacqua, Museu da Cadeira Brasileira, Academia Mineira de Letras, Praça Afonso Arinos, Edifício Arcângelo Maleta, Livraria Francisco Alves. O encerramento será na praça do antigo Cine Metrópole. A mediação será dos servidores Marcelo Souza, Meire Avelar e Carol Ministério.

Sobre a Jornada do Patrimônio

A Jornada do Patrimônio Cultural de Minas Gerais tem por finalidade mobilizar municípios, entidades e agentes culturais para a realização de atividades que sensibilizem a sociedade para a promoção, valorização e preservação do patrimônio cultural. Realizada bienalmente nos anos ímpares, a Jornada integra a programação do Dia do Patrimônio e incentiva o desenvolvimento de diversas atividades destinadas a todos os perfis de público e faixas etárias.

Mais informações no site do Iepha.

Inhotim Foto Pedro Vilela

Minas Gerais é a potência cultural brasileira. Assim o estado é descrito em artigo da TravelPulse, um dos maiores portais de notícia sobre turismo do mundo. Na versão americana da revista digital, Belo Horizonte e Ouro Preto são retratadas como “duas preciosidades sul-americanas”, título que sustentam pela combinação única de hospitalidade, diversidade culinária e encontros culturais que não se encontram em nenhum outro lugar.

A publicação recomenda aos americanos começarem a viagem por Belo Horizonte, roteiro facilitado pelo voo sem escalas da Azul que liga o Aeroporto de Fort Lauderdale, na Flórida, ao Aeroporto de Confins. Naturalmente, esta não é a única ou principal razão para conhecer a capital mineira, dotada de “largas avenidas com imponente arquitetura neoclássica, parques, bairros verdejantes e uma qualidade de vida segura e admirável para moradores e visitantes”, nas palavras do jornalista americano Greg Custer, que assina a matéria.

Três atrativos de Belo Horizonte são classificados como imperdíveis em todo o cenário da América do Sul: a cena de bares com música ao vivo; o Conjunto Arquitetônico e Paisagístico da Pampulha, que detém o título de Patrimônio Mundial da Unesco; e o maior museu a céu aberto do mundo, o Inhotim, localizado em Brumadinho, a apenas 1h20 da capital.

O jornalista se mostrou encantado com os botecos de BH, onde são servidos petiscos tradicionais e cerveja gelada, acompanhados da boa música local, além de jazz, pop e rock. O legado do compositor e astro mundial Milton Nascimento mereceu destaque, com menção ao Bar do Museu “Clube da Esquina”, que celebra a trajetória e influência do grupo mineiro na música brasileira.

Na região da Pampulha, o projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer chamou atenção com seus prédios modernistas curvos de cimento armado, dispostos em torno do lago artificial, e que acabou se tornando um próspero centro cultural e recreativo para a população. Já o Inhotim, com sua extensa coleção de arte contemporânea de artistas brasileiros e internacionais, foi descrito como “o mais exclusivo conjunto de arte e jardim botânico da América do Sul”. 

Divulgação de Minas é fruto de Press Trip

CONGONHAS Basilica Bom Jesus de Matosinhos Foto Mtur Pedro Vilela

O jornalista da TravelPulse esteve em Minas Gerais entre 23 e 29 de junho, juntamente com outros quatro repórteres especializados em turismo dos veículos Global Traveler, Elle, Fodors e Livid Magazine. A viagem foi uma press trip organizada pela Embratur em parceria com o Sebrae, com o apoio do Governo de Minas, por meio da Secretaria Estado de Cultura e Turismo, e da Prefeitura de Belo Horizonte.

Além dos encantos da capital, os jornalistas conheceram as cidades de Tiradentes, Congonhas e Ouro Preto. Em Tiradentes, visitaram o hotel colonial, passearam pelas ruelas, igrejas e museus barrocos. A Igreja Matriz de Santo Antônio – o mais antigo e principal templo católico de Tiradentes –  e a Serra de São José arrancaram suspiros. No vilarejo de Bichinho, a 7km do centro histórico, os artesãos foram entrevistados, estimulados a contarem suas histórias e apresentarem seus produtos. 

No município de Congonhas, a press trip passou pelo Santuário de Bom Jesus de Matozinhos, declarado Patrimônio Mundial da Unesco, e pelo conjunto de esculturas de Aleijadinho conhecido como “Os Doze Profetas”. Já em Ouro Preto, a feira de artesanato de pedra sabão e as pedras preciosas chamaram atenção.  Da Cozinha Mineira fez-se um capítulo à parte. Jiló, geleias de frutas, queijos, galinha d`angola e vinhos de procedência mineira deliciaram os jornalistas durante toda a estadia.

As press trips são ferramentas essenciais para conectar comunicadores estrangeiros a Minas Gerais. Por meio delas, turistas estrangeiros têm a oportunidade de aprender sobre o estado em seu idioma nativo, facilitando a escolha de Minas como destino para próximas viagens, o que impulsiona a geração de emprego e renda da economia da criatividade.

Fonte: Travel Pulse (em inglês)

Fotos: Pedro Vilela

Grupo Galpão espetáculo De Tempo Somos foto ArianeLazario 6618

Uma das companhias de teatro mais importantes do Brasil, o Grupo Galpão, que celebra seus 40 anos, ganha as ruas, espaços culturais e praças de sete cidades mineiras com “De Tempo Somos – um sarau do Grupo Galpão”. O espetáculo, que estreou em 2014, é apresentado como um sarau de músicas e poesias, com direção das atrizes Lydia Del Picchia e Simone Ordones. Além das apresentações, em todas as cidades serão realizados bate-papos voltados a artistas e pessoas em geral interessadas nas artes cênicas. Toda a programação é gratuita.

"’De Tempo Somos’ é um espetáculo que nos desafia enquanto atores e nos proporciona uma relação muito direta com o público: uma abordagem diferente dos textos e, principalmente, das músicas, que já fazem parte do imaginário das pessoas que acompanham o Galpão nesses 40 anos - não é por acaso que algumas das canções são dedicadas a elas. Como é bom poder retornar a esse espetáculo, ter a plateia cantando conosco, e perceber que a história do Grupo se renova e se fortalece", destaca Lydia Del Picchia, uma das diretoras do espetáculo.

Com direção musical e arranjos de Luiz Rocha, os atores cantam e executam, ao vivo, 25 canções de trabalhos mais antigos como “Corra enquanto é tempo” (1988), “Álbum de Família” (1990), “Romeu e Julieta” (1992), “Um Moliére Imaginário” (1997) e “Partido” (1999), chegando aos espetáculos mais recentes, como “Tio Vânia” e “Eclipse” (ambos de 2011). Além disso, serão apresentadas músicas inéditas, que surgiram em workshops internos, e textos sobre a passagem do tempo e o processo de criação artística. “A cantoria é a celebração do encontro, da festa, da disposição para seguir em frente (apesar de tudo que nos faz pender para o chão!), do espírito libertário e contestador inerente a toda reunião festiva”, explica Lydia Del Picchia.

Segundo Simone Ordones, atriz e também diretora do espetáculo, várias músicas que marcaram o repertório de espetáculos do grupo são revisitadas e recontextualizadas: “O foco desse sarau não é ser nostálgico, mas visar o futuro, o que está por vir; celebrar o que foi feito para apontar possíveis caminhos para o futuro”, explica.

“Estamos celebrando nossos 40 anos de existência e, também, o retorno do teatro presencial, cara a cara com o público. Que bom! 'De Tempo Somos' é o espetáculo do Grupo Galpão em repertório que mais possibilita o nosso encontro como artistas onde o público está. A montagem é versátil e já coube em vários espaços diferentes: teatros, salas de eventos, saguão de cinema, coreto de praças, ruas, lonas de circo. Nesses encontros, coisas maravilhosas acontecem: olhos brilhando, lágrimas, gargalhadas… O público se vê refletido em nós; e nós, neles. Estamos em festa, viva o teatro! Viva o público brasileiro!”, completa Simone Ordones.

A turnê do Grupo Galpão em Minas Gerais é realizada pelo Governo de Minas Gerais e conta com o patrocínio da Cemig, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. As apresentações também têm o apoio cultural das prefeituras municipais de Unaí, Paracatu, João Pinheiro, Corinto, Curvelo, Cordisburgo e Sete Lagoas.

Cronograma

A turnê começa em Unaí, que recebe a companhia teatral no feriado de 7 de setembro (quinta-feira), às 19h30, na Praça JK. No dia 9 de setembro, no Largo da Jaqueira, às 19h30, é a vez de Paracatu.

No dia 10 de setembro, os artistas encantam o público de João Pinheiro, às 19h30, na Praça Luzia Mendes Romero (Praça Redonda). No dia 20 de setembro, o Grupo Galpão chega a Corinto, na Praça da Bandeira, às 20h. No dia 21 de setembro, Curvelo recebe o espetáculo, na Praça da Estação, às 19h30.

Dia 23 de setembro será a vez de Cordisburgo, em frente ao Museu Casa de Guimarães, às 19h. A turnê Sertão de Minas se encerra na cidade de Sete Lagoas, no dia 24 de setembro, às 19h, na Praça da Feirinha. Todas as apresentações são gratuitas.

Sobre o Grupo Galpão

Criado por cinco atores, em 1982, a partir do espetáculo “A alma boa de Setsuan”, montagem conduzida por diretores do “Teatro Livre de Munique”, da Alemanha, o Galpão se valeu dessa rica experiência para se lançar numa proposta de construção de um teatro de grupo, de pesquisa, e com raízes profundamente populares – ligada à tradição do teatro popular e de rua. Com 12 integrantes no elenco, o Grupo é formado por Antonio Edson, Arildo de Barros, Beto Franco, Chico Pelúcio, Eduardo Moreira, Fernanda Vianna, Inês Peixoto, Júlio Maciel, Lydia Del Picchia, Paulo André, Simone Ordones e Teuda Bara.

Há 41 anos, o Grupo desenvolve um teatro que alia rigor, pesquisa e investigação de linguagens, com montagem de peças com grande poder de comunicação com o público. Formado por atores que trabalham e trabalharam com diferentes diretores convidados – como Gabriel Villela, Cacá Carvalho, Paulo José, Yara de Novaes e Marcio Abreu (além dos próprios integrantes, que também já dirigiram espetáculos do Grupo) – o Galpão formou sua linguagem artística a partir desses encontros diversos, criando um teatro que dialoga com o popular e o erudito, a tradição e a contemporaneidade, o teatro de rua e o palco, o universal e o regional brasileiro.

Agenda

Unaí 
Sarau
Data: 7 de setembro de 2023 (quinta-feira)
Local: Praça JK, s/nº - Centro
Horário: 19h30
Duração: 1h10
Classificação: Livre

Bate-papo
Data: 7 de setembro de 2023 (quinta-feira)
Local: Sede da Secretaria de Turismo (antigo Sesi) - Av. Frei Anselmo, 329, Bairro Divineia
Horário: 14h
Duração: 1h
Classificação: 12 anos

Paracatu
Sarau
Data: 9 de setembro de 2023 (sábado)
Local: Largo da Jaqueira, s/nº
Horário: 19h30
Duração: 1h10
Classificação: Livre

Bate-papo
Data: 8 de setembro de 2023 (sexta-feira)
Local: Casa de Cultura - Rua do Ávila s/nº
Horário: 18h
Duração: 1h
Classificação: 12 anos

João Pinheiro
Sarau
Data: 10 de setembro de 2023 (domingo)
Local: Praça Luzia Mendes Romero (Praça Redonda)
Horário: 19h30
Duração: 1h10
Classificação: Livre

Bate-papo
Data: 10 de setembro de 2023 (domingo)
Local: Casa da Cultura Geralda Campos Romero (Cine Sinhá Maria)
Horário: 10h
Duração: 1h
Classificação: 12 anos

Corinto
Sarau
Data: 20 de setembro de 2023 (quarta-feira)
Local: Praça da Bandeira
Horário: 20h
Duração: 1h10
Classificação: Livre

Bate-papo
Data: 20 de setembro de 2023 (quarta-feira)
Local: Anfiteatro da Casa da Cultura – Praça Lucas Alves, 28
Horário: 14h
Duração: 1h
Classificação: 12 anos

Curvelo
Sarau
Data: 21 de setembro de 2023 (quinta-feira)
Local: Praça Central do Brasil “Engenheiro Eliseu” (Praça da Estação)
Horário: 19h30
Duração: 1h10
Classificação: Livre

Bate-papo
Data: 21 de setembro de 2023 (quinta-feira)
Local: Centro Cultural Enny Guimarães de Paula (Praça da Estação)
Horário: 11h
Duração: 1h
Classificação: 12 anos

Cordisburgo
Sarau
Data: 23 de setembro de 2023 (sábado)
Local: Em frente ao Museu Casa de Guimarães – Av. Padre João, 744
Horário: 19h
Duração: 1h10
Classificação: Livre

Bate-papo
Data: 23 de setembro de 2023 (sábado)
Local: Centro de Atendimento ao Turista de Cordisburgo - Av. Padre João, 407
Horário: 10h
Duração: 1h
Classificação: 12 anos

Sete Lagoas
Sarau
Data: 24 de setembro de 2023 (domingo)
Local: Praça Dom Carmelo Mota (Praça da Feirinha)
Horário: 19h
Duração: 1h10
Classificação: Livre

Bate-papo
Data: 24 de setembro de 2023 (domingo)
Local: Casa da Cultura – Av. Getúlio Vargas, 89
Horário: 10h
Duração: 1h
Classificação: 12 anos

Foto: Ariane Lazario

Carmo de Minas 01 Renata Costa Prado

Minas Gerais é o estado que, em abril deste ano, obteve a maior variação nos índices de atividades turísticas, despontando muito acima da média nacional, em relação à qual tem crescimento superior a 720%. De acordo com o IBGE, a variação do volume das atividades turísticas do estado de Minas Gerais correspondeu a 10,1% no comparativo com abril de 2022, enquanto a variação do volume nacional foi de 1,4% no mesmo período.

Os dados foram apresentados no relatório mais recente do Observatório do Turismo de Minas Gerais, que integra a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), e reúne informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dentre outros órgãos, os quais contribuem para mensurar a movimentação do setor turístico.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, ressalta que o resultado é fruto de escolhas assertivas, como o trabalho pautado na transversalidade entre as áreas da pasta. “Isso comprova como as ações do Governo de Minas, alinhadas com o trade turístico e as prefeituras, em prol do desenvolvimento da cultura e do turismo no nosso estado, segue um direcionamento eficaz quando defende a importância do elo entre a cultura e o turismo, gerando resultados sólidos e surpreendentes, como esse que nos revela o último relatório do Observatório do Turismo de Minas Gerais”, afirma Oliveira.

O estudo também mostra que o faturamento do turismo no primeiro quadrimestre de 2023 foi de R$ 73 bilhões, sendo o maior montante já contabilizado no período dos últimos 8 anos, conforme o Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP).

Vale destacar que em maio os estrangeiros deixaram no Brasil US$ 567 milhões, o maior volume para o mês da série histórica registrada desde 1998, de acordo com o Branco Central. No primeiro quadrimestre, foram registrados 2,7 milhões de estrangeiros no Brasil, um aumento de 75% em comparação ao mesmo período de 2022.

Minas Gerais
O estado se mantém no topo dos destinos mais buscados pelos brasileiros, como reforçam os dados do Ministério do Turismo referentes à pesquisa de Demanda Turismo Rural. A pesquisa revela que Minas Gerais lidera a lista dos estados mais procurados para visitação, sendo a natureza destacada por 74% dos respondentes e a comida caseira citada por 73%.

A experiência gastronômica, o turismo de natureza, de aventura, os patrimônios históricos, além da arte moderna e contemporânea, são justamente as cinco principais “estrelas” motivadoras da atividade turística em território mineiro e inspiraram a criação da campanha “Quem ama Minas, dá 5 estrelas”. Realizada pelo Governo de Minas, por meio da Secult, a iniciativa visa atrair mais turistas, aumentando a geração de emprego e renda.

Aeroportos
O fluxo de passageiros registrado em maio no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, reflete o aquecimento do setor. De acordo com a Agência Nacional da Aviação Civil, foram contabilizados 852.146 passageiros, o que representa aumento de 14% em relação ao mesmo período de 2022. Essa movimentação não se restringe à capital. Em maio, o fluxo de passageiros no interior de Minas Gerais também registrou um crescimento de 50.602 passageiros em relação ao ano passado.

No total, de janeiro a maio, foram registrados 25.070 pousos de aeronaves nos aeroportos mineiros. A maior parte dos turistas vieram de São Paulo, 39,7%. Os mineiros ficaram em segundo lugar, representando 18,8% e, em seguida, os visitantes do Rio Janeiro, que somam 8,5%. Já dentre os estrangeiros destacam-se os visitantes do Panamá, 37,8%, seguidos de Portugal, 32,9%, e Colômbia, 26,8%.

Emprego e renda
Novos postos de trabalho também foram contabilizados em Minas Gerais, de acordo com o Novo Caged. Em maio, o saldo positivo foi de 2.306 empregados, alcançando um estoque de empregos formais de 382.375 no setor turístico, o que sinaliza um aumento de 8,5% em relação a maio de 2022. Já o estoque de empregos ligados à cultura foi de 353.854 no mês de maio. Aumento de quase 0,6% quando comparado ao mês de abril.

Foto: Renata Costa Prado

 
 
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