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pianista Teo Gheorghiu foto schreyer t27

O pianista suíço-canadense Teo Gheorghiu realiza seu segundo programa com a Filarmônica de Minas Gerais para interpretar duas releituras: a de Liszt sobre Fantasia Wanderer, obra de Schubert, e a de Lutoslawski sobre o famoso tema de um dos Caprichos de Paganini. A apresentação acontece neste sábado (23/9), às 18h, na Sala Minas Gerais. Os ingressos custam de R$ 50 a R$ 175 e podem ser adquiridos no site da Filarmônica e na bilheteria da Sala Minas Gerais.

O maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente Titular da Filarmônica de Minas Gerais, nos introduz à rica e densa sonoridade das cordas, nas variações feitas por Vaughan Williams sobre um tema de Thomas Tallis, e conduz a viagem por toda a orquestra na famosa obra de Britten sobre um tema de Purcell. Este é um concerto da série “Fora de Série”, que, em 2023, com o tema Segundas Opiniões, explora como compositores contribuíram com novas interpretações de obras de outros artistas. 

O projeto é apresentado pelo Governo de Minas Gerais e Ministério da Cultura, e conta o patrocínio da Porto Seguro e da ArcelorMittal, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A realização é do Instituto Cultural Filarmônica, Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult/MG), Ministério da Cultura e Governo Federal. O Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Fundação Clóvis Salgado, apoia o projeto.

Maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente titular 
Desde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo responsável pela implementação de um dos projetos mais bem-sucedidos no cenário musical brasileiro.

Ao ser convidado, em 2014, para o cargo de Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia, Fabio Mechetti tornou-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática. Depois de quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville, Estados Unidos, atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular da Sinfônica de Syracuse e da Sinfônica de Spokane. Desta última é, agora, Regente Emérito.

Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente.

Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais de verão nos Estados Unidos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York.

Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na Dinamarca, Mechetti dirige regularmente na Escandinávia, particularmente a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a de Helsingborg, Suécia. Na Finlândia, dirigiu a Filarmônica de Tampere; na Itália, a Orquestra Sinfônica de Roma e a Orquestra do Ateneo em Milão; na Dinamarca, a Filarmônica de Odense e na Argentina a Filarmônica do Teatro Colón.

No Brasil, foi convidado a dirigir a Sinfônica Brasileira, a Estadual de São Paulo, as orquestras de Porto Alegre e Brasília e as municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro. Trabalhou com artistas como Alicia de Larrocha, Thomas Hampson, Frederica von Stade, Arnaldo Cohen, Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil Shaham, Midori, Evelyn Glennie, Kathleen Battle, entre outros.

Em 2023, estreou no Festival Casals com a Sinfônica de Porto Rico e voltou a se apresentar com a Orquestra Sinfônica Nacional da Colômbia, em Bogotá.

Teo Gheorghiu, piano 
Destinatário do prêmio Beethoven-Ring do Beethovenfest de Bonn em 2010 e o mais jovem pianista a receber a honraria, Teo Gheorghiu já se apresentou com as sinfônicas de Tóquio, Bilbao e Pittsburgh, a Royal Philharmonic e a Tchaikovsky Symphony, além da Orquestra Nacional Dinamarquesa. Ao longo da carreira, colaborou com regentes renomados, como Neville Marriner, Vladimir Fedoseyev, Matthias Pintscher e Alexander Shelley.

Foi vencedor do prêmio principal nas competições internacionais de piano Franz Liszt e San Marino, e, em 2017, recebeu o prêmio de melhor artista no Concurso Musical Internacional de Montreal. Nascido em 1992, na Suíça, Gheorghiu viveu a maior parte da vida em Londres, onde foi pupilo de Hamish Milne. Em 2022, lançou o álbum Roots, que demonstra seu atual interesse na tradição musical do Leste Europeu e especialmente da Romênia, terra de seus pais e do compositor George Enescu.

Repertório 
Ralph Vaughan Williams (Down Ampney, Inglaterra, 1872 – Londres, Inglaterra, 1958) e a obra Fantasia sobre um tema de Thomas Tallis (1911/1913, revisões 1918 e 1933)

Baseada em um salmo do compositor renascentista inglês Thomas Tallis, esta fantasia marca um momento distintivo na trajetória de Vaughan Williams: o surgimento de um estilo próprio do compositor. A partir desta obra, ele estabeleceu uma reputação que peças posteriores, como a Sinfonia Pastoral, Flos Campi e a Missa em sol menor, serviram para consolidar. Embora o tratamento do tema de Tallis por Vaughan Williams seja principalmente contemplativo, há momentos dramáticos e apaixonados na Fantasia.

Sua estreia se deu em 6 de setembro de 1910, no Three Choirs Festival, em Gloucester. A princípio, os críticos receberam o trabalho com frieza, o que fez com que Vaughan Williams o revisasse duas vezes: primeiro em 1913 e, depois, em 1919. Foi reconhecida tardiamente como uma obra-prima menor, e, desde então, tem sido uma das peças mais populares do compositor.

Franz Schubert (Viena, Áustria, 1797 – Viena, Áustria, 1828) e a obra Fantasia em Dó maior, D. 760, "Fantasia Wanderer" (1822), com orquestração de Franz Listzt, em 1851.

A Fantasia em Dó maior, D. 760 foi composta em novembro de 1822, ano de impressionante produção criativa para Schubert. Trabalho de qualidades singulares no catálogo do compositor vienense, destaca-se por sua exigência virtuosística e pelas explorações sonoras testadas ao longo de quatro intensos movimentos, marcados por uma estrutura cíclica e por ritmos dactílicos similares.

O apelido Fantasia Wanderer, pelo qual é mais conhecida, só veio anos mais tarde, e faz referência a outra obra do próprio Schubert: a canção Der Wanderer ("O andarilho"), de 1816, que lhe empresta o tema no qual se baseia o adágio de seu segundo movimento. A jornada espiritual evocada pela peça, bem como suas demandas ao solista, fascinou os músicos românticos, especialmente Franz Liszt, que produziu três arranjos orquestrais para ela. O primeiro deles, escrito em 1852 e publicado em 1868, se adequa tão perfeitamente à proposta de Schubert que parece ter sido pensado pelo próprio. Com elegância e maestria, Liszt consegue transformar a Fantasia Wanderer em um verdadeiro concerto para piano, retendo o sentimento itinerante e desbravador que define a inspirada composição original de Schubert.

Witold Lutoslawski (Varsóvia, Polônia, 1913-1994) e a obra Variações sobre um tema de Paganini (1941, revisão e orquestração 1978)

Entre os anos 1940 e 1944, na Varsóvia ocupada pelo exército nazista, o compositor polonês Witold Lutoslawski ganhava a vida se apresentando em cafés com o amigo e também compositor Andrzej Panufnik. O repertório da dupla incluía dezenas de arranjos originais para duo de piano, entretanto, praticamente todos foram destruídos durante a heroica, mas mal-sucedida Revolta de Varsóvia, entre agosto e outubro de 1944, quando os alemães devastaram a cidade após suprimirem os esforços da resistência polonesa.

Diante da ameaça, Lutoslawski fugiu para a casa de parentes no interior, mas só conseguiu levar consigo alguns poucos trabalhos, entre eles as Variações sobre um tema de Paganini. Construídas a partir do influente e dificílimo Capricho nº 24 em lá menor – que também serviu de inspiração para Rachmaninov (Rapsódia sobre um tema de Paganini, op. 43) e para Blacher (Variações para orquestra sobre um tema de Paganini, op. 26) –, as Variações de Lutoslawski transcrevem para dois pianos a abordagem virtuosística da composição original para violino, e são, hoje, uma de suas obras mais executadas. Anos mais tarde, em 1978, Lutoslawski revisitou o próprio trabalho para escrever um novo arranjo, dessa vez para piano e orquestra. Essa versão acrescenta influências de Bartók e Prokofiev ao piano e confere vitalidade à orquestra com articulações e coloridos modernos, inspirados em Ravel e na música popular.

Benjamin Britten (Lowestoft, Inglaterra, 1913-1976) e a obra Guia orquestral para jovens: Variações e fuga sobre um tema de Purcell (1946)

As inquestionáveis qualidades didáticas de Guia orquestral para jovens tornaram-na um clássico do repertório utilizado para iniciação no universo da música sinfônica, bem como um dos trabalhos mais celebrados de Benjamin Britten. No início de 1945, o governo britânico convidou o compositor para escrever a trilha sonora de um documentário educativo voltado para o público infantil, chamado Os instrumentos da orquestra.

Britten escolheu um tema em ré menor de seu conterrâneo Henry Purcell (nascido no século XVII), parte da música incidental composta para a peça Abdelazer, de Aphra Behn, e construiu uma série de variações, cada uma delas ressaltando as características de um grupo de instrumentos da orquestra – por isso o outro nome da obra, Variações e fuga sobre um tema de Purcell. As variações começam com os instrumentos de sopro, seguidos pelas cordas e a harpa, depois pelos metais e, por fim, a percussão. Como encerramento, a mesma sequência é repetida em uma fuga vibrante e inspirada.

O filme teve estreia em novembro de 1946, mas, devido a sua clareza e objetividade, o Guia orquestral para jovens rapidamente ganhou vida própria, juntando-se a O Carnaval dos animais (1886), de Saint-Saëns, e a Pedro e o lobo (1935), de Prokofiev, como exemplos primorosos de trabalhos capazes de apresentar, para crianças e adultos, a beleza e a riqueza de um conjunto orquestral.

Serviço
Fora de Série - Segundas Opiniões
Data: 23/9 (sábado)
Horário: 18h
Local: Sala Minas Gerais – Rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto - Belo Horizonte
Ingressos: R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 50 (Mezanino), R$ 70 (Balcão Palco), R$ 90 (Balcão Lateral), R$ 120 (Plateia Central), R$ 155 (Balcão Principal) e R$ 175 (Camarote).
Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores. Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.
Funcionamento da bilheteria:
Dias sem concerto
3ª a 6ª — 12h a 20h
Sábado — 12h a 18h
Dias com concerto
12h a 22h — quando o concerto é durante a semana
12h a 20h — quando o concerto é no sábado
09h a 13h — quando o concerto é no domingo
Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Foto: Schreyer

Bonecas de Barro CAP

Nesta quinta-feira, dia 21 de setembro, a partir das 19h, o Centro de Arte Popular inaugura a nova exposição temporária “Bonecas de barro: o viver do Vale”, com curadoria de Uiara Azevedo e Renata Fonseca. A mostra destaca a produção cultural do Vale do Jequitinhonha, reconhecida como Patrimônio Cultural do estado em 2018, a partir das bonecas feitas em cerâmica por mulheres de diferentes regiões do Vale. A proposta é valorizar o papel fundamental das artesãs nesse ofício ancestral, cujas habilidades preservam tradições valiosas e contribuem para a independência financeira delas e para o sustento de suas famílias.

O público poderá conferir de perto os trabalhos de Gloria Maria Andrade, Andreia Andrade e Mercinda Severa Braga, filha, neta e nora, respectivamente, de Dona Isabel, precursora na produção das bonecas de barro. Também estarão expostas as obras de Maurina Pereira dos Santos (Teca) e Aneli Brandão, do distrito de Santana do Araçuaí, em Ponto dos Volantes, e Maria José Gomes da Silva (Zezinha) e Irene Gomes, de Coqueiro Campo, localidade de Minas Novas.

“As bonecas do Vale do Jequitinhonha são mais do que simples objetos artísticos. São testemunhas da resiliência, criatividade e identidade cultural das mulheres que as criam. Elas não apenas representam quem as criou, mas também simbolizam a beleza que pode surgir da conexão profunda entre a arte e a vida, entre o barro e a criatividade e entre as mulheres e sua terra”, dizem Uiara Azevedo e Renata Fonseca no texto curatorial da exposição.

A exposição "Bonecas de Barro: o Viver do Vale" é uma iniciativa inserida no contexto da 17ª Primavera dos Museus, evento anual promovido pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) em que museus e instituições culturais de todo o país engajam-se em programações relacionadas a um tema específico. Este ano, o tema escolhido é "Memórias e Democracia: Pessoas LGBT+, Indígenas e Quilombolas".

Centro de Arte Popular

Localizado nas adjacências da Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, o Centro de Arte Popular exibe ao público a riqueza da cultura produzida pelos artistas populares de Minas Gerais. O acervo é composto por objetos confeccionados em madeira, cerâmica, tecido, fibras naturais, pedras, além de outros suportes e linguagens.

O Centro de Arte Popular integra o Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. Trabalhando em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas.

Serviço
Exposição temporária “bonecas de barro: o viver do vale”
Abertura: 21 de setembro de 2023
Horário: 19h
Período de Visitação: 21 de setembro a 22 de outubro
Local: Centro de Arte Popular – Rua Gonçalves Dias, 1608, Lourdes – Belo Horizonte
Horário de Funcionamento: Terça a sexta-feira, das 12h às 18h30 | Sábados, domingos e feriados, das 11h às 17h.
Facebook: facebook.com/centrodeartepopular.mg
Instagram: instagram.com/centrodeartepopular

Noite Mineira dos Museus e Bibliotecas Leo Bicalho

A noite da última quinta-feira (10) marcou o início da nova temporada de eventos noturnos nos equipamentos culturais do Estado. Os 28 municípios que participaram da 2ª edição da Noite Mineira nos Museus e Bibliotecas deram início à nova fase do projeto, que irá se repetir a cada segunda quinta-feira do mês. Nesta edição, centenas de pessoas estiveram nos 40 espaços culturais espalhados pelo Estado, que ficaram de portas abertas até às 22h oferecendo uma programação rica, diversa e gratuita. As atrações incluíram exposições, rodas de conversa, espetáculos de dança, saraus literários, apresentações teatrais, exibição de filmes, montagem coletiva de quebra-cabeça, entre muitas outras atividades.

“A primeira noite após a retomada do projeto não poderia ter sido mais bem-sucedida. Com shows, visitas mediadas, saraus, rodas de conversa e encontros com escritores, a variedade de opções proporcionou uma experiência única para todos os presentes. A energia contagiante das apresentações e a atmosfera vibrante reforçaram o valor do projeto para a população das cidades envolvidas”, declarou Célia Iglesias Ramos, Superintendente de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade (SBMEC), divisão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult/MG) que executou a Noite Mineira nos Museus e Bibliotecas.

A universitária Mariana Carneiro Falcão, que esteve na visita guiada promovida pelo Museu Mineiro, em Belo Horizonte, aplaudiu a iniciativa. “Essa ação é muito interessante por possibilitar o acesso das pessoas ao museu. O horário flexível permite a trabalhadores e universitários, como é o meu caso, frequentarem os museus e bibliotecas. Eu achei a atividade muito cativante e pretendo voltar nas próximas vezes”, contou.

Para a Superintendente da SBMEC, o projeto vai muito além de apenas abrir portas dos equipamentos. “A ação reafirma a importância dos espaços culturais como pontos de encontro e intercâmbio de ideias, promovendo um diálogo enriquecedor entre artistas, intelectuais e o público em geral”, avaliou Célia Ramos.

O relato do ilustrador Régis Luis atesta a eficácia da iniciativa em criar canais para trocas culturais entre as pessoas. “A Noite Mineira dos Museus e Bibliotecas tem sido muito importante para mim por causa da minha relação com a biblioteca. Ela permite que a gente encontre a comunidade de quadrinhos, desde autores, leitores, pesquisadores, e gera um debate muito bom”, disse Régis, que participou do bate-papo sobre quadrinhos realizado no espaço Geek da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, mediado por Afonso Estevan de Andrade e Eliani Gladyr da Silva.

Quem também marcou presença no Circuito Liberdade foi o arquiteto Rafael Oliveira, que aproveitou o período noturno para ir ao CCBB. “Por conta do nosso horário de trabalho, é importante que os museus e bibliotecas tenham esse funcionamento flexível para que possamos ter acesso aos meios culturais. Eu acho legal porque a gente conhece uma cultura que às vezes a gente não tem oportunidade. E a noite tem um clima agradável, todos estão mais tranquilos e a gente consegue relaxar também. Gostei muito”, relatou.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, destacou a importância da Noite Mineira de Museus e Bibliotecas para ampliar o acesso à cultura no estado. “Nós queremos trazer o público que não tem o hábito de ir a museus e bibliotecas. Estender o horário à noite é uma forma de possibilitar isso, estimulando as pessoas a conhecerem e frequentarem ainda mais os espaços da cultura de Belo Horizonte e de outras cidades de Minas Gerais”, declarou Oliveira.

O gestor pontuou ainda o potencial que o evento tem em se transformar em mais um atrativo cultural e turístico do Estado. “Essa programação pode fazer com que mais pessoas venham a Minas Gerais, e quem vive aqui poderá se programar para toda segunda quinta-feira do mês, já tendo em mente que haverá diversas atrações nesse dia. A ideia é viabilizar também não só uma ida ao museu, mas uma experiência, com as artes dialogando entre si e com os museus e bibliotecas. A música, o teatro e a literatura, em transversalidade, podem fazer com que mais pessoas se interessem e tenham um despertar para nossos espaços museológicos”, concluiu Oliveira.

Noite Mineira nos Museus e Bibliotecas acontecerá todo mês

A partir de agora, a Noite Mineira de Museus e Bibliotecas será realizada mensalmente, nas segundas quintas-feiras. Em breve, a SBMEC abrirá inscrições para que os equipamentos culturais de Minas Gerais integrem as próximas edições. O cadastro é realizado de forma online e gratuita.

“O sucesso da primeira noite é um prenúncio do que está por vir nas próximas. É com grande entusiasmo que convidamos todas as cidades do Estado de Minas Gerais a se juntarem a nós na edição de setembro. É uma oportunidade ímpar para as cidades se unirem e destacarem seus próprios tesouros culturais, abrindo suas portas e corações para os amantes da arte, da história e do conhecimento”, convocou Célia Ramos.

Foto: Leonardo Bicalho

Mostra Deficiência em Tela Intocáveis Crédito Divulgação

O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult/MG) e da Fundação Clóvis Salgado (FCS), inaugura, durante o Setembro Verde, o projeto Caminhos da Inclusão, com programação voltada para a acessibilidade, a afirmação dos direitos das pessoas com deficiência e a democratização do acesso às atividades da instituição. São várias ações e eventos gratuitos, todos com foco nas experiências e demandas de pessoas com as mais diversas condições, sejam físicas, cognitivas ou de sentido.

Entre os destaques estão a mostra de cinema Deficiência em Tela, no Cine Humberto Mauro; os concertos e shows com acessibilidade no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes e no Parque Municipal Américo Renné Giannetti; a exposição acessível “Um País Chamado Pará”, na CâmeraSete; visitas guiadas em Libras no Palácio da Liberdade; além da programação inclusiva no Centro Cultural Banco do Brasil, no Memorial Minas Gerais Vale e em outros equipamentos do Circuito Liberdade, gerido pela FCS. Também integra a programação o Festival Acessa BH, em parceria com a Fundação Clóvis Salgado.

Inclusão e acessibilidade são o tema da mostra “Deficiência em Tela”, em cartaz no Cine Humberto Mauro até a próxima segunda-feira (25/9). Com mais de 20 filmes e variadas ferramentas de acessibilidade, a curadoria feita por Sara Paoliello traz ampla seleção de curtas e longas-metragens marcados pela diversidade de narrativas e gêneros. A mostra convida o público a mergulhar em obras que refletem as complexidades da experiência das deficiências. Como medida prática de inclusão, o acesso ao Palácio das Artes pelo Parque Municipal Américo Renné Giannetti será temporariamente aberto.

Já na CâmeraSete – Casa de Fotografia de Minas Gerais, a exposição “Um País Chamado Pará”, aberta a visitações até 30/9 (sábado), tem trazido à galeria diversos serviços oferecidos às pessoas com deficiência, como piso tátil, catálogo em braile, audiodescrição e atendimento em Libras (Língua Brasileira de Sinais). A galeria fica aberta de terça a sábado, das 9h30 às 21h.

Os concertos da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG) e do Coral Lírico de Minas Gerais (CLMG) também têm dado o exemplo quando o assunto é diversidade e inclusão. A Fundação Clóvis Salgado disponibiliza, nestes e em outros eventos, profissionais intérpretes de Libras – tanto para a tradução simultânea das apresentações quanto para orientação ao público surdo nos espaços que dão acesso ao Grande Teatro Cemig Palácio das Artes ou à plateia ao ar livre, no caso dos eventos da série Concertos no Parque.

Em setembro, o público com deficiência terá a oportunidade de acompanhar, no Parque Municipal Américo Renné Giannetti, o talento da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG) unido à genialidade de um dos maiores letristas do país. O conjunto de instrumentistas interpreta, às 10h30 do dia 24/9 (domingo), e sob regência do maestro convidado Marcelo Ramos, a Suíte do Cigano, composição erudita criada por Márcio Borges – integrante do célebre Clube da Esquina –, em parceria com a renomada maestra Claudia Cimbleris.

As ações de inclusão continuam nos próximos meses, com destaque para as medidas de acessibilidade durante a grande ópera Matraga, que em outubro traz a obra de Guimarães Rosa ao Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, reafirmando o compromisso da FCS com uma produção cultural feita para todos. O Setembro Verde na Fundação Clóvis Salgado recebe ainda o Festival Acessa BH, evento que chega à sua 3ª edição, colocando as pessoas com deficiência no centro dos debates e das práticas inclusivas.

O Teatro João Ceschiatti será o palco, nas noites dos dias 15/9 (sexta-feira), 16/9 (sábado), 17/9 (domingo), 22/9 (sexta-feira) e 23/9 (sábado), de cinco espetáculos que tratam das histórias e vivências de pessoas com deficiência, colocando-as como protagonistas e proporcionando, também, ao público com deficiência, a possibilidade de fruição artístico-cultural.

Os ingressos para os espetáculos teatrais podem ser retirados gratuitamente na bilheteria do Palácio das Artes, a partir de uma hora antes de cada apresentação. De forma a aprimorar a experiência dos espectadores, o Teatro João Ceschiatti ganhou estrutura mais apropriada para receber pessoas cadeirantes. Os espaços estão mais confortáveis, com maior independência para o cliente e uma rampa com uma inclinação mais adequada. Agora, o Teatro conta com três lugares reservados para pessoas que fazem uso de cadeiras de rodas.

Concertos no Parque Cobra Coral Crédito Paulo Lacerda

Festival Acessa BH

As exibições em parceria com o Festival Acessa BH ocorrerão em vários dias no Cine Humberto Mauro. Nesta quarta-feira (20/9), a partir das 17h45, será exibido o premiado filme Meu nome é Daniel (2018), dirigido por Daniel Gonçalves, quem estará presente comentando a sessão. Logo depois, às 19h30, entrarão em tela quatro curtas-metragens de três estados do país, comentados pelos respectivos diretores e com mediação de Sara Paoliello, produtora do Cine Humberto Mauro, pesquisadora e pessoa com deficiência.

No sábado (23/9), às 17h15, o Hall de Entrada do Cine Humberto Mauro receberá a performance “A operária”, dos artistas Brisa Marques e Samuel Samways, com recursos de Libras e audiodescrição. Às 18h do mesmo dia acontecerá uma sessão especial do tradicional programa Cineclube Acessível, com o filme brasileiro “O artista e a força do pensamento (2021)”, dirigido por Elder Fraga.

O Cineclube Acessível oferece sessões mensais comentadas por profissionais especializados no assunto, a fim de promover um diálogo crítico e informativo sobre a acessibilidade no cinema. A exibição de setembro será comentada pelo curador, diretor e produtor Marcelo Cesar Silva. As duas sessões contarão com os recursos de Libras, legendas e audiodescrição. Os ingressos para as exibições podem ser retirados na bilheteria do Cine Humberto Mauro, a partir de uma hora antes de cada sessão.

Acessibilidade como política permanente

Estas ações de acolhimento das pessoas com deficiência têm se tornado uma política permanente. Entre julho e agosto de 2023, a Fundação Clóvis Salgado promoveu curso de Libras para capacitar servidores envolvidos no atendimento ao público. A iniciativa, conduzida pela servidora do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart) e estudante de Libras Léia Araújo, reuniu funcionários de diversos setores da instituição, com foco na melhoria do atendimento às pessoas com deficiência. O curso resultou na formação de um grupo virtual permanente, no qual os participantes (funcionários e servidores das áreas de Limpeza, Segurança, Manutenção e Administração) têm tido encontros mensais para praticarem a Língua Brasileira de Sinais.

Além desta iniciativa, a Fundação Clóvis Salgado tem investido na reforma de banheiros e elevadores de acessibilidade. O Palácio das Artes conta com rampas na entrada e banheiro acessível. Já o Cine Humberto Mauro dispõe de rampa na entrada, dois assentos acessíveis na lateral esquerda – um para pessoas obesas, outro para pessoas com mobilidade reduzida –, e quatro vagas para cadeiras de rodas na parte traseira do cinema.

O público com deficiência pode, ainda, utilizar as vagas exclusivas do estacionamento do Palácio das Artes, com entrada pela avenida Carandaí, bastando apresentar a credencial para estacionamento especial/reservado emitida pela prefeitura da cidade (ou do estado, caso a prefeitura não ofereça este serviço) onde a pessoa reside. Outra iniciativa de inclusão já estabelecida no calendário da Fundação Clóvis Salgado contempla o Prêmio Humberto Mauro, edital da FCS em parceria com o BDMG Cultural, e que visa incentivar a produção audiovisual em Minas Gerais. A seleção investe na tradução para Libras e na realização de audiodescrição e LSE (legendas para surdos e ensurdecidos) em todos os filmes premiados.

Circuito Acessível

Os vários equipamentos do Circuito Liberdade mantêm um conjunto de medidas para promover a acessibilidade e a inclusão de pessoas com deficiência, que podem ser acessadas na íntegra no site do Circuito ou nas redes sociais. O Palácio da Liberdade, por exemplo, realiza duas visitas mediadas com interpretação simultânea para a Língua Brasileira de Sinais, nos dias 22/09 (sexta-feira) e 30/9 (sábado), sempre às 14h, para grupos de até 15 pessoas.

O Festival Acessa BH também chega ao Palácio da Liberdade, trazendo dois espetáculos que conectam a dança à diversidade de corpos. No dia 22/9, a partir das 16h, os Jardins do Palácio da Liberdade recebem Adaptat. No dia 30/9, no mesmo espaço, a Cia Ananda apresenta Andanças Urbanas, às 11h e 16h.

No Memorial Minas Gerais Vale acontece, das 13h do dia 16/9 (sábado) às 2h do dia 17/9 (domingo), a Virada Criativa do Memorial. Atrações variadas tomam conta do interior do espaço e do seu entorno em cerca de 12 horas de programação, que conta com shows musicais, performances, intervenções, oficinas, teatro, cinema e muitas outras atrações, incluindo alguns eventos com acessibilidade em Libras.

Para celebrar o Dia Nacional da Luta das Pessoas com Deficiência (21/9), o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) vai dedicar uma semana com ações que evidenciam a importância da acessibilidade cultural para uma sociedade mais igualitária. As atividades, realizadas de 16/9 (sábado) a 22/9 (sexta-feira) e que envolvem contação de histórias, bate-papos, visitas e palestras, serão conduzidas por educadores e artistas que têm deficiência, e contarão com ferramentas de acessibilidade como a interpretação para Libras.

Já o Espaço Cultural da Escola de Design UEMG realiza as palestras Natal Inclusivo, no dia 27/9 (quarta-feira), e Museus são lugares sensacionais. Mas para quem?, em 28/9 (quinta-feira). Os dois encontros acontecerão a partir das 19h, no Mezanino da Escola de Design, dentro do programa Cultural do Acessível. O seminário “Diálogos e parcerias no Memorial Minas Gerais Vale: reflexões sobre acessibilidade nas visitas mediadas” ocorre no dia 21/9 (quinta-feira), entre as 15h30 e as 16h30, e integra a II Jornada de Educação em Museus (19/09 a 22/09), que tratará da inclusão, entre outros temas.

O MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal também promove uma conversa acerca das confluências entre cultura e acessibilidade. A Instituição possui diversas estruturas de acessibilidade, como elevador, exposições acessíveis (mobiliário, amostras táteis e audiodescrições), mediação e receptivo em Libras, banheiros acessíveis e exposições especiais. Entre elas estão o tour virtual com ferramenta de Libras e audiodescrição e o Circuito Acessível Pedras Sabidas, em exposição permanente e que gerou interfaces interativas que permitem aos visitantes tocarem amostras minerais da coleção e acionarem conteúdos inclusivos, tais como vídeos com imagens ampliadas, áudios, textos e interpretação em Libras.

Um País Chamado Pará Crédito Paulo Lacerda 1

O Espaço do Conhecimento UFMG também promove, ao longo do mês, a programação Setembro da Inclusão, com diversas atividades para o público surdo, além de ações e eventos voltados para pessoas do espectro autista. São oficinas, visitas mediadas e observações astronômicas, dentre outras atividades gratuitas oferecidas pelo museu.

A Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, por sua vez, mantém e aprimora há mais de 50 anos o atendimento a pessoas com deficiência visual por meio do Setor Braille, referência no atendimento a este público. No espaço, que funciona de segunda a sexta, das 08 às 18h, o público com deficiência visual tem acesso garantido à informação e à literatura, com diversos livros, periódicos, revistas e materiais acessíveis em áudio e em Braille, bem como a diversos filmes com audiodescrição.

Estão disponíveis, também, vários equipamentos para uso dentro da instituição (linha Braille, computadores com leitores de tela e acesso à internet, lupas eletrônicas, máquinas Perkins, regletes, equipamento de visão artificial, OrCam MyEye). São promovidos ainda estudos, orientação para pesquisas e leitura viva-voz por meio de trabalho voluntário, auxílio em inscrições para concursos e diversas atividades de incentivo à leitura (Tempo Para Ler, Clube de Leitura, Café com Poesia etc.). Há, também, palestras voltadas ao interesse das pessoas com deficiência visual.

Arte e cultura para todos

A Fundação Clóvis Salgado não abre mão da defesa da cultura enquanto um bem público, ao alcance de todos. O ano de 2023 tem sido marcante para este compromisso com a diversidade. Programações como o Abril Indígena no Palácio da Liberdade, a Batalha Drag de LipSync, o show Nomade Orquestra convida Kaê Guajajara, a mostra O Cinema de Ousmane Sembène e a exposição Jequitinhonha: Origem e Gesto, além da plataforma cineHumbertoMauroMAIS, entre outros, demonstram a abertura da instituição para as mais variadas linguagens, abordagens, localidades e subjetividades artísticas, de todos e para todos.

Neste sentido, o Cefart também cumpre um papel de relevância, tanto organizando cursos complementares que tematizam questões étnico-raciais, diversidade sexual e direitos das pessoas com deficiência quanto incluindo estas temáticas no currículo dos alunos que frequentam os cursos regulares. Em março de 2023, foram realizadas pelo menos três iniciativas, entre cursos e aulas abertas, abordando as intersecções entre acessibilidade e arte/cultura. Para o segundo semestre deste ano, estão previstos ciclos de atividades com palestras, oficinas, rodas de conversa e apresentações artísticas com a temática de inclusão e diversidade, a serem realizadas mensalmente como ação continuada.

Fundação Clóvis Salgado

Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS. 

A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.

As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm como mantenedores Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal, Patrocínio da Usiminas e Correalização da APPA – Arte e Cultura.

Serviço
Informações para o público: (31) 3236-7400

Fotos: Paulo Lacerda e Divulgação

Palacio da Liberdade 2

O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult/MG), retoma o agendamento de visitas Educativas ao Palácio da Liberdade. Diferentes Instituições – como escolas, ONGs, empresas e igrejas –  podem solicitar o serviço oferecido pelo Educativo do Palácio da Liberdade, formado por educadores e estagiários de diversas áreas do conhecimento.

A agenda será disponibilizada a partir do dia 5 de setembro, visando o agendamento de visitas mediadas para os meses de outubro e novembro. Para agendar a visita, basta ter um grupo acima de 10 pessoas e preencher o formulário online no site do Palácio da Liberdade.

Desde quando foi aberto ao público, em 2021, o Palácio da Liberdade virou um espaço democrático para todos os públicos. Educadores e estudantes de escolas públicas, principalmente em áreas periféricas da cidade, que nunca haviam pisado em espaços como esse, têm as visitas educativas como uma oportunidade única. Desde 2022, o Educativo do Palácio já atendeu quase 4 mil estudantes.

 "As visitas mediadas do Palácio da Liberdade voltadas para as escolas são momentos mágicos. Momentos de encontro com você mesmo, com o outro, com a sua cidade. Momentos de provocação, de reflexão, de construção. São momentos de aprendizagem e descobertas. Inclusive de descobrir que esse espaço pode ser frequentado por todos, que também pertence a eles", afirma Suely Monteiro, coordenadora do Educativo. 

A curadoria dessa ação é feita pela equipe do Educativo, que pesquisa e estuda para recebê-los, explica Suely. "O mais importante é que nos preparamos também para ouvi-los. Estamos falando de encontros, conexões, descobertas e todos temos muita a ensinar e aprender. É sempre uma via de mão dupla. É isso que faz com que esses momentos se tornem mágicos para os alunos e também para nós, mediadores", acrescenta.

Alunos das escolas municipais como, Dora Tomich Laender, do bairro Minas Caixa, em Venda Nova, e Sebastião Guilherme de Oliveira, do bairro Olaria, no Barreiro, já participaram da visita mediada no ano passado. As crianças, com idades entre 9 e 12 anos, descobriram a história do monumento e se envolveram em atividades lúdicas.

Na dinâmica, as cerca de 30 crianças das escolas municipais foram divididas em dois grupos de 15: enquanto um está na visitação, o outro participa da atividade complementar. Essa era a primeira vez que tanto alunos quanto professores estavam pisando no palacete da praça da Liberdade.

Flávia Justino, professora de geografia, matemática e história da Escola Municipal Dora Tomich Laender, fala dessa emoção: "É um misto de alegria e gratidão, uma realização profissional por proporcionar aos meus alunos a chance de estarem ali, de viverem um momento que pode ser único para muitos deles".

"Fiquei encantada por estar num lugar que conta tanto sobre a história de Belo Horizonte e também de Minas Gerais, imaginar que por aqueles caminhos também passaram pessoas como Juscelino e mesmo os reis belgas, que tanto encantaram meus alunos. Isso é uma realização pessoal, estar nesse lugar de tantas vidas, tantas histórias", complementa.

Desde que começou o projeto, Flávia Justino tem incentivado os alunos à participação. "A escola está em um lugar de vulnerabilidade social em Venda Nova, boa parte vem da comunidade do Borel e essa é uma oportunidade de conhecerem um pouco sobre a história de Belo Horizonte", enfatiza.

"A proposta é, depois das visitas, chegar à escola para discutir em grupo o que viram, produzir um podcast, fazer desenhos e montagens apresentando os espaços visitados", resume Flávia. Os trabalhos serão exibidos em uma feira cultural da escola em setembro, cujo tema é a mineiridade.

Durante o tour ao Palácio, as crianças não esconderam o encantamento com o que viram e aprenderam. Um fato em especial chamou a atenção delas: a visita dos reis da Bélgica Alberto e Elisabeth ao palácio em 1920 e o inusitado presente dos nobres à cidade: um casal de cisnes negros.

Os cisnes, não os originais, claro, estão lá e se exibem para os visitantes. Bernardo Valadares, 10, era um dos mais interessados nessas histórias. Disse que ficou impressionado com as pinturas e a enorme mesa de madeira do Salão de Banquete, na sua opinião, o espaço mais bonito.

Gabriel Renan, 11, acrescenta entre os espaços preferidos o quarto da rainha por causa de seu colorido, já Riquelme Vieira, 10, deslumbrou com a escadaria do hall, uma das obras-primas do palacete. Guardou inclusive detalhes de como ela foi feita na Alemanha, desmontada e trazida para ornar o palácio.

Camila Pimenta, auxiliar da biblioteca da Dora Tomich Laender acrescenta que, além da visita, os livros também mostram muitos pontos turísticos da cidade e rememoram essa história. Durante o passeio, ela atenta para as crianças lerem as informações dos totens e as datas dos acontecimentos.

O Palácio da Liberdade está aberto à visitação, por meio do projeto “Descubra o Palácio – Projeto de Museografia e Visitação Pública ao Palácio da Liberdade”, Pronac 193896, financiado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura, Governo Federal. O patrocínio é da Copasa.

Serviço
Visitas educativas no Palácio da Liberdade
Período: de quarta a sexta-feira, manhã e tarde.
Público: Grupos de 15 a 50 pessoas
Inscrições: com agendamento prévio pelo link.
Mais informações: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Paz em todas as línguas Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais

Em tempos tão confusos nos quatro cantos do mundo, refletir sobre a paz é tarefa das mais urgentes. Pensando nisso, a Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais recebe a exposição “Paz em todas as línguas”, apresentada pela organização Brahma Kumaris. A abertura acontecerá às 10h desta quinta-feira, 21 de setembro, data em que se comemora o Dia Internacional da Paz. A mostra ficará em cartaz na Passarela Cultural, no prédio Anexo Professor Francisco Iglesias, até 27 de outubro. A entrada é franca.

O propósito da exposição é oferecer inspiração e também algumas pistas sobre a verdadeira natureza e o poder da paz que cada indivíduo já carrega em si. Ela pretende mostrar um “espaço interior”, onde sempre se poderá encontrar paz. Cada ser humano é um ‘pacificador’ em potencial no mundo de suas casas e de seu trabalho, bem como no próprio mundo. Mas primeiro é preciso redescobrir a paz interior e conhecer seu poder. É uma descoberta razoavelmente fácil, mas que requer uma tomada de consciência.

A mostra conduz o visitante a duas experiências: uma contemplativa e outra mais interativa. A “Paz em todas as línguas”, obra que dá nome à exposição, consistem em diversas caixas nas quais se pode ler depoimentos de jovens de várias partes do mundo compartilhando suas experiências de como pacificam suas vidas.

Entre as obras do espaço contemplativo, o destaque vai para a “Oceano de Conhecimento”. São oito telas penduradas sobre um imenso painel do oceano, que trazem reflexões sobre alma e matéria (consciência de paz), de onde viemos e para onde vamos (a morada da paz), a lei da causa e efeito (ações de paz), entre outras indagações inerentes à condição humana.

As instalações e obras interativas e imersivas prometem encantar, surpreender e inspirar o público a assumir também a tarefa de se tornar um pacificador. Ao entrar neste espaço, o visitante encontra um ambiente lúdico e divertido, com uma imensa projeção audiovisual em Stop Motion chamada “E assim deve ser – Que essa canção traga paz!”.

Há ainda a instalação “A tenda da paz / Gire a paz em silêncio”, que consiste em uma tenda branca de meditação com iluminação e música ambiente; a obra “Pinte a Paz”, em que as pessoas podem colorir um painel na parede enquanto pensam no tema; e a “Pacifique sua Vida”, que propõe ao público girar uma roda na parede e identificar as áreas da vida que necessitam ser pacificadas, entre outras.

Palestra gratuita no Dia Internacional da Paz

No dia de abertura da exposição (21/9), às 19h, haverá ainda uma palestra no Teatro José Aparecido de Oliveira, no prédio principal da Biblioteca Pública de Minas Gerais. A conferência será ministrada por Goreth Dunningham, coordenadora de uma unidade da Brahma Kumaris em Salvador, e Alex Pochat, professor de Raja Yoga pela Brahma Kumaris.

Goreth Dunningham, que escreveu dois livros, é graduada em comunicação e design de moda e editora da revista Om Line. Alex Pochat possui doutorado em música pela UFBA.

Sobre a Brahma Kumaris

A Brahma Kumaris é um movimento espiritual difundido por mais de 110 países, com sede em Mount Abu (Índia) e escritórios em Londres (Reino Unido), Moscou (Rússia), Nairóbi (Quênia), Nova York (EUA) e Sidney (Autrália). A BK promove meditação, prática filosófica da Raja Yoga, retiros espirituais, iniciativas ambientais, projetos educativos, culturais e artísticos.

Serviço
Serviço: Exposição "Paz em todas as línguas"
Local: Passarela Cultural – Prédio Anexo da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais Professor Francisco Iglesias
Endereço: Rua da Bahia, 1899 - Segundo andar
Abertura: 21 de setembro 10h
Exposição: de 22 de setembro a 27 de outubro
Visitação: de segunda a sexta, das 10h às 16h
Informações: www.bibliotecapublica.mg.gov.br
Entrada franca

Palestra de Abertura da Exposição "Paz em todas as línguas”
Local: Teatro José Aparecido de Oliveira – Biblioteca Pública de Minas Gerais
Endereço: Praça da Liberdade, 21, Savassi
Data: 21 de setembro
Horário: 19h
Entrada franca

Arte Cibernética Itaú Cultural Crédito Paulo Lacerda 3

O Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam “Simbiose: Humanidade, Tecnologia, Natureza” – um grande debate com foco em questões urgentes na atualidade, trazido a reboque da exposição “Arte Cibernética”, que já recebeu mais de 23 mil visitas. O evento acontece nesta quarta-feira (16/8), na Sala Juvenal Dias, a partir das 19h, e traz o curador, pesquisador e professor Leno Veras como mediador das conversas, além de outros convidados, em duas mesas de discussões. A entrada no evento é gratuita, e a classificação é livre.

Aberta à visitação nas galerias Genesco Murta, Arlinda Corrêa e Mari’Stella Tristão, a exposição “Arte Cibernética” traz obras interativas, e promove o encontro do espectador com a linguagem presente em produções tecnológicas, oferecendo ao público mineiro outras formas de pensar o fazer artístico. Com curadoria do Instituto Itaú Cultural, a mostra reúne onze obras de diversos artistas e reforça a parceria da Fundação Clóvis Salgado (FCS) com a instituição.

A itinerância da exposição da coleção de Arte Cibernética do Itaú Cultural visa de potencializar o diálogo com o profícuo contexto artístico de Minas Gerais para articular paisagens contemporâneas nas quais se desenvolvem encontros entre Tecnologia, Natureza e Humanidade.

Segundo Leno Veras, a união entre campos do conhecimento e da expressão humana está longe de ser novidade. “O encontro entre Arte e Ciência pode surpreender, apesar de essa associação não ser nova em absoluto. No passado, os artistas ajudavam os cientistas a ilustrar as suas descobertas em anatomia, por exemplo. Contudo, a rápida evolução das artes e das ciências deu origem a uma percepção de oposição, e mesmo de rivalidade, entre ambas. A revolução da tecnologia em curso nas últimas décadas, no entanto, criou oportunidades para novos encontros, de maneira tão diversificada que a dificuldade atual é delimitar fronteiras entre áreas”, pontua o pesquisador.

A emergência climática, amplamente difundida pelos meios de comunicação científica há décadas, e hoje instaurada como realidade global, não somente é um cenário futuro premente, mas um chamado ao momento presente. Dentre distintas convergências de forças que a Humanidade tem engendrado frente à iminente catástrofe, colaborações entre cientistas e artistas se mostram cada vez mais fecundas, estabelecendo, como consequência, maior difusão do campo transdisciplinar da Arte-Ciência. “Através do compartilhamento de metodologias, objetivamos promover transferências de conhecimento, com foco específico na construção de capacidades e na resolução de problemas”, ressalta Leno Veras

As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm como mantenedores Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal, Patrocínio da Usiminas e da Vivo e Correalização da APPA – Arte e Cultura.

PROGRAMAÇÃO

Apresentação: Renata Fonseca (Gerência de Artes Visuais | Palácio das Artes - FCS)

Mediação: Leno Veras (Media Lab - Fundação Itaú | Coord. Proj. Acervos Futuros - CNPq/MCTI)

Mesa I – 19h às 20h30

Métodos de trabalho em Centros de Inovação

Convidadas: Cinthia Mendonça (Direção Caipira Tech Lab - Silo Arte e Latitude Rural (MG))

Francisca Caporali (Coordenação Artística - JA.CA Centro de Arte e Tecnologia (MG))

Mesa II - 20h30 às 22h

Estratégias de formação em Arte-Ciência

Convidados: Marina Andrade (Coordenadora Regional do Pint of Science de Minas Gerais)

Paola Oliveira (Gerente de Relacionamento Institucional Museu das Minas e Metal, coordena o Programa COMCiência)

Tadeus Mucelli (Bienal de Arte Digital | PPG - Ciências da Informação - UFMG) 

Serviço
Simbiose: humanidade, tecnologia, natureza
Data: 16/8
Horário: 19 às 22h
Local: Sala Juvenal Dias – Palácio das Artes
Endereço: Av. Afonso Pena, 1537, Centro, Belo Horizonte
Informações para o público: (31) 3236-7400

Foto:Paulo Lacerda

Noticia Secult

Museus e instituições culturais do Estado de Minas Gerais participam da 17ª Primavera dos Museus, que ocorre desta segunda-feira (18) até domingo (24/9). O tema desta edição é “Memórias e Democracia: pessoas LGBT+, indígenas e quilombolas”. A proposta é estimular os museus, detentores e promotores da memória, da cultura e das artes a contribuírem para o reconhecimento, a valorização e o protagonismo das pessoas LGBT+, indígenas e quilombolas na produção das suas próprias memórias.

Neste sentido, as instituições do Governo do Estado de Minas Gerais – Museu Mineiro, Centro de Arte Popular, Museu Casa Guimarães Rosa, Museu Casa Alphonsus de Guimaraens e Museu Casa Guignard - promovem uma série de ações a fim de contribuírem para a formação de um outro olhar sobre suas coleções e iniciar um processo sincero de escuta, revisão e reparação.

A Primavera dos Museus é promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e envolve museus e instituições culturais em todo o país. A iniciativa ocorre anualmente, sempre no início da estação da primavera.

Sistema Estadual de Museus de Minas Gerais promove ciclo de palestras

Como parte da programação da 17ª Primavera dos Museus, o Sistema Estadual de Museus de Minas Gerais um ciclo de palestras especial abordando temas sobre pessoas LGBT+, indígenas e quilombolas. Todas as conferências são gratuitas e online, por meio da plataforma Microsoft Teams, bastando fazer inscrição por meio do link correspondente.

PROGRAMAÇÃO PRESENCIAL DOS MUSEUS ESTADUAIS

MUSEU MINEIRO | BELO HORIZONTE

Roda de Conversa “Museu, Memória e Diversidade de Gênero: diálogos possíveis”
Data:
20 de setembro de 2023
Horário: 14h30 às 16h
Local: Museu Mineiro - Avenida João Pinheiro, 342, Circuito Liberdade / Belo Horizonte

A formação tem como intencionalidade repensar e discutir o lugar da diversidade de sujeitos e corpos dentro do museu, com destaque para a população LGBTQIAPN+. Historicamente, as expressões de gênero que escapam da heteronormatividade binária são lidas como abjetas, dissidentes e precarizadas, sendo, portanto, obliteradas de seus direitos de cidadania. Nesse sentido, é fundamental resgatar memórias, histórias, objetos, discursos e práticas de valorização da diversidade por meio de uma política de aliança entre corpos com diferentes marcadores sociais como gênero, raça, idade, classe social, deficiência, território entre outros. Visibilizar e protagonizar as diferenças de uma cultura é um importante passo em direção à uma sociedade que se pretenda democrática e cidadã.

Mediadores:
Cláudio Eduardo Resende Alves: Gestor de Políticas Públicas da Secretaria Municipal de Educação de BH - Núcleo de Educação, Cultura e Cidadania
Rebeca Cristina Lloyd: Gestora de Políticas Públicas da Secretaria Municipal de Educação de BH - Núcleo de Educação, Cultura e Cidadania.

CENTRO DE ARTE POPULAR | BELO HORIZONTE

Abertura da exposição temporária “ Bonecas de barro: o viver do Vale”
Data: 21 de setembro de 2023
Horário: 19h
Período de visitação: 21/09 a 22/10/2023
Local: Centro de Arte Popular - Rua Gonçalves Dias, 1608, Circuito Liberdade/ Belo Horizonte
Curadoria: Uiara Azevedo e Renata Fonseca

Noivas, mulheres grávidas, mulheres com vestidos enfeitados, mulheres carregando e amamentando seus filhos, essas são algumas das personagens presentes nas bonecas de cerâmica do Vale do Jequitinhonha, que carregam consigo uma verdadeira história de lutas e conquistas de mulheres que encontraram na produção das peças de cerâmica o sustento de sua família.

A Exposição “Bonecas de barro: o viver do Vale” apresenta um acervo de 23 bonecas que estavam em exibição na sede da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais e que passam a integrar o acervo do Centro de Arte Popular.

Oficina “Flores de papel”
Data: 19 e 20 de setembro de 2023
Horário: 14h às 17h
Número de participantes: 12 vagas por dia
Local: Centro de Arte Popular - Rua Gonçalves Dias, 1608, Circuito Liberdade/ Belo Horizonte
Inscrições pelo link: https://docs.google.com/forms/d/1cRrBD4l8_ikj0XmxsCvJKYiO1yPseEizchzbD7EHvCg/edit

A oficina será ministrada por Márcio Fonseca, funcionário do CAP. Esta ação tem como objetivo disseminar atividades artísticas e promover a socialização, possibilitando o acesso do cidadão às manifestações culturais tradicionais, bem como uma aprendizagem ampla e contínua.

Márcio Fonseca é funcionário do Centro de Arte Popular há três anos. Participou de várias oficinas realizadas aqui no Museu e tornou-se um profundo admirador do artesanato, especializando em trabalhos manuais em papel e tecido. 

MUSEU CASA GUIMARÃES ROSA | CORDISBURGO

Roda de Conversa “Museu, Memória e Diversidade de Gênero: diálogos possíveis”

Data: 21 de setembro de 2023
Horário: 14h às 16h
Local: Centro de Atendimento ao Turista de Cordisburgo - Avenida Padre João, 407, Cordisburgo

No escopo da programação da Primavera de Museus, a formação tem como intencionalidade repensar e discutir o lugar da diversidade de sujeitos e corpos dentro do museu, com destaque para a população LGBTQIAPN+. Historicamente, as expressões de gênero que escapam da heteronormatividade binária são lidas como abjetas, dissidentes e precarizadas, sendo portanto, obliteradas de seus direitos de cidadania. Nesse sentido, é fundamental resgatar memórias, histórias, objetos, discursos e práticas de valorização da diversidade por meio de uma política de aliança entre corpos com diferentes marcadores sociais como gênero, raça, idade, classe social, deficiência, território entre outros. Visibilizar e protagonizar as diferenças de uma cultura é um importante passo em direção à uma sociedade que se pretenda democrática e cidadã.

Mediadores:

  • Cláudio Eduardo Resende Alves: Gestor de Políticas Públicas da Secretaria Municipal de Educação de BH - Núcleo de Educação, Cultura e Cidadania
  • Rebeca Cristina Lloyd: Gestora de Políticas Públicas da Secretaria Municipal de Educação de BH - Núcleo de Educação, Cultura e Cidadania.
  • Luciana Guimarães Freitas: Gestora de Políticas Públicas da Secretaria Municipal de Educação de BH. Diretoria de Educação Inclusiva e Diversidade Étnico-Racial.

MUSEU CASA ALPHONSUS DE GUIMARAENS | MARIANA

Roda de conversa “O mito como fabulação sobre a alteridade: conversa sobre dois contos de Nós: uma antologia de literatura indígena”

Data: 18 de setembro
Horário: 19h
Local: Casa de Cultura de Mariana - Academia Marianense de Letras, Ciências e Artes - Rua Frei Durão, 84, Mariana
Mediação: Beatriz Cristina

A roda de conversa terá início com a exploração do que sabemos sobre os indígenas e com o questionamento sobre o que aprendemos por meio da literatura indígena. Em seguida, serão discutidos os contos “Hariporia, a origem do açaí” e “Amor originário”, que fazem parte da obra “Nós: uma antologia de literatura indígena”. O foco principal da conversa estará nas representações de alteridade que se encontram nessas narrativas, abrangendo situações de crise e processos de transformação próprios da estrutura de fabulação do mito.

Beatriz Cristina é graduada em Letras pela Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP e atualmente está cursando o mestrado no Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos da Linguagem. Sua pesquisa tem o título “As ideias coladas no corpo desenham um mundo: cosmogonias ameríndias e afro-brasileiras em Nós: uma antologia de literatura indígena e Poemas para ler com palmas”.

MUSEU CASA GUIGNARD | OURO PRETO

Oficina Colorindo Guignard
Data: 18 a 24 de setembro de 2023
Horário: De terça a sexta, de 12h as 18h | Sábado e Domingo, de 9h as 15h
Local: Museu Casa Guignard - Rua Conde de Bobadela, 110, Ouro Preto

A oficina tem como proposta apresentar o universo guignardiano a partir da reprodução de algumas naturezas mortas para colorir. O objetivo é renovar o olhar sobre a obra do artista por meio das cores, construindo a percepção estética através da possibilidade de releituras dos participantes

PROGRAMAÇÃO COMPLETA DE PALESTRAS ONLINE

 Palestra: “Sexualidade, gênero, raça e classe nos museus brasileiros”
Data: 19 de setembro de 2023
Horário: 14h às 16h
Link de inscrição: https://www.sympla.com.br/17-primavera-de-museus---1909__2149337

Sobre: Qual é a matriz de sexualidade, gênero, raça e classe que vigora nos museus brasileiros? A partir desta problemática procura-se traçar um perfil dos museus e do pensamento museológico no país, de modo a propor um conjunto de estratégias Queer interseccionais interessadas na decolonialidade da memória e história brasileira.

Palestrante: Jean Baptista é pós-doutor pelo Institute for Gender, Sexuality and Feminist Studies (McGill University, Canadá), onde também foi professor visitante e bolsista Muriel Gold (2019), Doutor (2007), Mestre (2004), licenciado e bacharel (2001) em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Leciona no bacharelado em Museologia da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e orienta no Programa de Pós-graduação em Museologia da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (UHLT). É membro da Rede LGBTQIA+ de Memória e Museologia Social.

Palestra: “Os ‘outros’ que somos nós. Repensar coleções e diversificar memórias para reconstruir os museus”
Data: 20 de setembro de 2023
Horário: 15h às 17h
Link de inscrição: https://www.sympla.com.br/17-primavera-de-museus--semmg---2009__2150171

Sobre: "Os museus contemporâneos têm sofrido fortes pressões pela sua democratização, nas últimas décadas. Após serem discutidas as condições de acesso e as modalidades de serviços oferecidos por eles, o foco dos debates recaiu sobre a necessidade de diversificação das histórias e das narrativas de memória veiculadas em suas exposições. Desde a primeira década dos anos 2000, criticou-se fortemente o tipo de valores veiculados por instituições que baseavam seu trabalho na construção de macro identidades, que tendem a se sobrepor a grupos identitários menores e apagar as diferenças existentes nas sociedades em prol do fortalecimento de narrativas englobantes, como foi ocorrer nos museus nacionais e regionais.

Palestrante: René Lommez é curador, historiador da arte e professor do Bacharelado em Museologia da Universidade Federal de Minas Gerais (Brasil); e líder do RARIORUM – Núcleo de História das Coleções e dos Museus. É professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação e do Programa de pós-graduação em História da UFMG; e orientador de pesquisa no Mestrado em Mercados da Arte do ISCTE/Universidade de Lisboa.

Palestra: Cartografia das memórias comunitárias LGBTQIA+
Data: 21 de setembro de 2023
Horário: 14h às 16h
Link de inscrição: https://www.sympla.com.br/17--primavera-de-museus--semmg---2109__2149340

Sobre: As pessoas LGBTQIA+ ao longo da história tiveram suas memórias invisibilizadas, garantindo a estes indivíduos o direito de não ter direitos. Refletiremos sobre os processos de invisibilização de apagamento dos indivíduos não normativos nos museus e espaços de memória e como isso estimula o preconceito e a violência. Queremos apresentar algumas estratégias comunitárias que vêm sendo desenvolvidas pela comunidade LGBTQIA+ brasileira. Por fim, esta atividade problematizará os limites e potencialidades das memórias dissidentes no território brasileiro.

Palestrante: Tony Boita é museólogo e psicanalista. Doutor em Comunicação (2022), Mestre em Antropologia (2017), Bacharel em Museologia (2015). É Especialista em Gestão Cultural (2019) e Psicanálise (2023). Participa e desenvolve projetos de ensino, pesquisa e extensão relacionados a populações vulneráveis brasileiras desde 2011. É editor da Revista Memórias LGBTQIA+ e articulador da Rede LGBTQIA+ de Memória e Museologia social.

Mesa: Kilombolismo - Ações e Articulações Para a Preservação dos Patrimônios Negros em Minas Gerais - Rede de Museologia Kilombola
Palestrantes: Vitú Medeiros e Aryane Peixoto
Data: 22 de setembro de 2023
Horário: 14h às 16h
Link de inscrição: https://www.sympla.com.br/17-primavera-de-museus--semmg---2209__2151121

Sobre: A palestra irá decorrer sobre práticas ocorridas dentro do território de Minas Gerais na preservação dos Patrimônios Negros e, em específico, o papel da Rede de Museologia Kilombola dentro dessas articulações, uma vez que o estado é o segundo território com maior número de comunidades quilombolas. Nesse encontro, iremos analisar o número de bens tombados registrados no Iepha e as notícias de crimes cometidos em comunidades tradicionais dentro do estado.

Vitú Medeiros é graduando em Museologia pela Universidade Federal de Minas Gerais. Membro da Articulação da Rede de Museologia Kilombola e compõe o Comitê Internacional de Museologia no Brasil- ICOM BR, onde propõe o recorte racial nos debates e pesquisas das Ciências do Patrimônio e da Informação. Fotógrafo, documentarista, realiza os registros das tradições e manifestações populares afrobrasileiras em seu projeto ‘Nagôgrafia’, inserido na Produtora ‘OJÚ.ARTE’. Ganhador da 1° Edição do Prêmio Dona Generosa do Museu dos Quilombos e Favelas Urbanas - MUQUIFU, com a exposição NJILAS.

Aryane Peixoto é graduanda de Museologia e artista plástica amadora. Membra e articuladora da Rede de Museologia Kilombola. Foi estagiária voluntária no Museu de Favela (MUF), um museu comunitário e de território, que abrange as favelas do PPG (Pavão, Pavãozinho e Cantagalo) do Rio de Janeiro, onde participou do processo de elaboração e montagem da exposição "Canudos - Narrativas de Reexistência". Atualmente, realiza estágio no setor de Museologia do Museu da República.

Orquestra 415 de Música Antiga Divulgacao

A Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais receberá o premiado espetáculo “A Traição de Tiradentes”, encenado pela Orquestra 415 de Música Antiga e o Coro 415. As apresentações ocorrerão no Teatro da Biblioteca, nos dias 31 de agosto, 1, 2 e 3 de setembro. Nos três primeiros dias, o concerto será realizado às 20h; no último dia em cartaz, no domingo, a apresentação acontecerá às 11h. Os ingressos estão à venda a preços promocionais – R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia) – até a próxima terça-feira (22/8), no site da Lua Nova Cultural.

“A Traição de Tiradentes” tem como música incidental o belíssimo Te Deum do compositor colonial mineiro Lobo de Mesquita. O espetáculo foi escrito pelo dramaturgo, escritor, jornalista e músico André Salles-Coelho, maestro e diretor artístico da Orquestra 415, responsável pelo texto, direção geral e a regência do espetáculo. O Coro 415 será ligado à orquestra e fará parte de todas as apresentações. Em cena estão os atores Gustavo Marquezini, no papel de Tiradentes, Marco Túlio Zerlotini, como Joaquim Silvério dos Reis, e Luciano Luppi, como o narrador.

A peça é baseada em uma passagem real, porém pouco conhecida da vida de Tiradentes: seu encontro com o traidor Joaquim Silvério dos Reis, momentos depois de Silvério ter delatado a Inconfidência Mineira, colocando fim ao movimento e condenando vários de seus colegas. O que teria sido falado? O que conversaram? Qual a reação de ambos? Quais as consequências desse encontro?

“Imaginar esse encontro, tão tenso, tão sensível, tão angustiante, sempre foi para mim um motivo de imensa curiosidade e satisfação. Mergulhei então nas diversas fontes sobre Tiradentes e sobre a Inconfidência, até me deliciar com “O Tiradentes”, de Lucas Figueiredo. O objetivo era fazer um espetáculo que não ficasse no puramente didático, mas que mostrasse em uma visão romanceada, esse encontro singular, o momento histórico e suas consequências”, nos conta André Salles-Coelho.

O espetáculo foi premiado no edital de seleção de bolsistas para a área artística, técnica e de produção cultural do Governo do Estado em 2020. Entre uma cena e outra, coro e orquestra executam ao vivo o belíssimo Te Deum em Lá menor do compositor colonial mineiro J. J. E. Lobo de Mesquita, que viveu em Minas Gerais na mesma época de Tiradentes. A partitura original foi praticamente redescoberta por André Salles-Coelho durante as pesquisas do espetáculo.

“Esse Te Deum foi gravado na década de 1970, porém ele sumiu de circulação. Ninguém sabia onde se encontravam as partes originais. Depois de muita pesquisa, identifiquei a obra nos acervos do Museu da Inconfidência, em Ouro Preto. Depois disso conseguimos editar o manuscrito e disponibilizá-lo gratuitamente na internet” Diz Salles-Coelho

A Orquestra 415 de Música Barroca é hoje a única orquestra independente do Brasil, especializada em música barroca com instrumentos de época (cópias fieis de instrumentos originais do período) a realizar concertos mensais, regulares, com repertórios variados. "Os desafios de levar uma temporada assim são imensos, já que uma orquestra tem muitas demandas e, no nosso caso, são maiores ainda, pois tudo, instrumentos, partituras, interpretação, formação da orquestra, é tudo muito particular, especial, artesanal, o que exige muito investimento. Tudo é muito trabalhoso, mas muito gratificante, pois conseguimos levar ao público as peças da maneira como os compositores imaginaram", afirma Salles-Coelho.

Serviço
Orquestra 415 de Música Antiga - Temporada 2023
Datas: 31/8 (quinta), 1/9 (sexta), 2/9 (sábado) e 3/9 (domingo).
Horários: De quinta a sábado, 20h; Domingo, 11h.
Local: Teatro da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais
Endereço: Praça da Liberdade, 21, Savassi – Belo Horizonte
Ingressos: Preços promocionais até 22 de agosto – R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia).
Venda: www.luanovacultural.com/ingressos

Foto: Divulgação

Orquestra 2 daniel ebendinger

A Sala Minas Gerais receberá, no próximo domingo (24), às 11h, a Orquestra Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro – Orquestra Residente da PUC-Rio. O concerto Gala de Ópera terá regência do maestro Cláudio Cruz e, como solistas, a mezzo soprano Carla Rizzi e o tenor Fernando Portari. Os ingressos poderão ser retirados por meio deste link ou presencialmente, na bilheteria da Sala Minas Gerais, a partir das 12h desta terça-feira (19).

O programa contará com diversos trechos de importantes obras da música clássica, como La Ci darem La Mano-dueto “Ópera Dom Giovanni”, de W. A. Mozart, Brindisi “Ópera La Traviata”, de Giuseppe Verdi, e All I Ask of You “Musical O Fastama da Opera”, de Andrew Lloyd Webb. Uma oportunidade para o público belo-horizontino conhecer, gratuitamente, o trabalho da Orquestra Sinfônica Jovem do Rio, com obras escolhidas a dedo para uma apresentação impactante e de alta qualidade.

De acordo com a diretora artística da Orquestra, Fiorella Solares, o Concerto Gala de Ópera vai encantar o público. “A Orquestra Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro vem se preparando com muita disciplina e entusiasmo, há várias semanas, para apresentar ao público belo-horizontino uma performance muito apurada musicalmente! Este concerto na Sala Minas Gerais é um marco importante na trajetória do conjunto, pois é a sua estreia no repertorio operístico. O concerto conta com a regência do extraordinário do maestro Cláudio Cruz os dois cantores muito queridos do público, o tenor Fernando Portari e a Mezzo soprano Carla Rizzi.

Ela ressalta também a importância da gratuidade dos ingressos. “É muito gratificante poder levar música de qualidade gratuitamente para um espaço tão importante quanto a Sala Minas Gerais. É uma oportunidade para dar acesso a quem não pode pagar, formando um novo público para a música clássica”.

A apresentação tem apoio do Instituto Cultural Filarmônica, parcialmente mantida com recursos do Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria Estadual de Cultura e Turismo (Secult/MG).

A Orquestra

A Orquestra Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro (OSJRJ), fruto do programa Ação Social pela Música do Brasil (ASMB), é composta por 55 jovens de grande talento com idade entre 18 e 26 anos, moradores em sua maioria de comunidades socioeconomicamente desfavorecidas do Rio de Janeiro.

A participação desses jovens na Orquestra é fundamental para seu desenvolvimento tanto profissional quanto pessoal. Neste processo de aprendizagem, eles adquirem maior disciplina, concentração, capacidade de trabalho em equipe, respeito e paixão pela arte, afastando-os, consequentemente, de atividades nocivas muito próximas de suas residências. Ao reunir e integrar adolescentes e jovens de diversas comunidades em um ambiente de prática orquestral, observa-se a música como um eficiente dispositivo de reestruturação emocional, inserção social e de crescimento pessoal. Como resultado, muitos deles ganham autoestima e confiança para enfrentar os desafios da vida adulta, abrindo oportunidades para exercer atividades remuneradas.

A Ação Social pela Música do Brasil (ASMB) é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, cuja missão é a educação social e cultural através do ensino da música clássica, a fim de promover a inclusão social de crianças, adolescentes e jovens de comunidades em situação de vulnerabilidade social. Atualmente 4.406 alunos em 11 núcleos de aprendizado musical e em 18 polos de musicalização. Dos 11 núcleos, 04 encontram-se na cidade do Rio de Janeiro, entre eles Rio das Pedras, Complexo do Alemão, Vila Isabel e Cidade de Deus, englobando um total de 20 comunidades atendidas.

Sala Minas Gerais

A sala Minas Gerais, localizada em Belo Horizonte, é considerada uma das mais importantes salas de concerto do Brasil, por seu projeto arquitetônico e acústico. Foi projetada para ser casa da Orquestra Filarmônica do Estado, mas também recebe apresentações externas. Com as mais modernas tecnologias presentes em sua estrutura, tem capacidade para receber até 1,4 mil expectadores por apresentação.

Programa completo do Concerto de Gala

  • Abertura Le Nozze Di Figaro – W. A. Mozart (1756 – 1791) 
  • Fuor del Mar “Ópera Idomeneo” - W. A. Mozart (1756 – 1791) 
  • La Ci darem La Mano-dueto “Ópera Dom Giovanni” - W. A. Mozart (1756 – 1791) 
  • Abertura “Ópera Carmem” – Georges Bizet (1838 – 1875) 
  • Habanera “Ópera Carmen” - Georges Bizet (1838 – 1875)
  • La Fleur que Tu m’avais Jetee “Ópera Carmen” - Georges Bizet (1838 – 1875) 
  • Sequidille “Ópera Carmen” - Georges Bizet (1838 – 1875) 
  • Meditação “Ópera Thais” – Jules Masset (1842 – 1912) 
  • Je Crois Entendre Encore “Ópera Os Pescadores de Pérolas” - Georges Bizet (1838 – 1875) 
  • Mon Coeur S'ouvre à ta Voix “Ópera Samson et Dalila” - Camille Saint-Saëns (1835 – 1921) 
  • Abertura “Ópera Fosca” – Antônio Carlos Gomes (1836 – 1896) 
  • Canção “Quem Sabe” - Antônio Carlos Gomes (1836 – 1896)
  • Abertura Opereta “Candide” – Leonard Bernstein (1918 – 1990) 
  • Somewhere “ Musical West Side Story” - Leonard Bernstein (1918 – 1990)
  • Maria “ Musical West Side Story” - Leonard Bernstein (1918 – 1990)
  • Intermezzo “Ópera Manon Lescaut” – Giacomo Puccini (1858 – 1924) 
  • Abertura “Ópera La Forza del Destino” – Giuseppe Verdi (1813 – 1901) 
  • Brindisi “Ópera La Traviata” - Giuseppe Verdi 1813 – 1901) 
  • All I Ask of You “Musical O Fastama da Opera” - Andrew Lloyd Webber (1948 -)

Serviço
Concerto Gala de Ópera - Orquestra Sinfônica
Data: 24/09/2023 (domingo)
Horário: 11h
Local: Sala Minas Gerais – Rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto – Belo Horizonte
Ingressos: gratuito, com retirada pelo link ou na bilheteria da Sala Minas Gerais, a partir das 12h desta terça-feira (19)
Informações para público: (31) 3219-9000.

Foto: Daniel Ebendinger

Orlando Maneschy UmpaischamadoPara 1

Um panorama da fotografia contemporânea, com imagens em suportes alternativos (foto-esculturas, pinholes, vídeos e videomapping), produzido pelos principais fotógrafos da cena paraense, em recorte que engloba os últimos 30 anos. Eis o argumento central da exposição “Um país chamado Pará”, que chega à CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais nesta quarta-feira (16/8) e fica até 30 de setembro. Além da exposição, o equipamento promoverá diversas atividades, como palestras, oficinas e visitas guiadas. Toda a programação é gratuita.

“Um país chamado Pará” busca ressaltar a singularidade, a expressividade, as inter-relações geracionais e a contribuição do Estado da região Norte à arte brasileira, a partir da pesquisa de processos de criação. Com recorte temporal específico (dos anos 1990 aos dias de hoje), terá como principal fio condutor o questionamento – e a subversão – aos suportes, às linguagens tradicionais e a seus desdobramentos ao longo dos últimos 30 anos.

Por meio da união de duas gerações de fotógrafos, entre reconhecidos e novos talentos, tem-se como resultado a mostra inédita, que envolve 23 fotógrafos e se compõe de obras desenvolvidas de maneira muito característica no Pará. Revelam, afinal, a particularidade temática-estilística dos profissionais (e seus olhares singulares) e os atos de criação no cenário artístico acima da linha do equador.  

Integram a mostra os fotógrafos Alberto Bitar, Alexandre Sequeira, Betania Barbosa Marajó, Claudia Leão, Dirceu Maués, Elza Lima, Emídio Contente, Flavya Mutran, Guy Veloso, Ionaldo Rodrigues, Irene Almeida, Jorane Castro, Mariano Klautau Filho, Miguel Chikaoka, Orlando Maneschy, Octávio Cardoso, Patrick Pardini, Paula Sampaio, Rafael da Luz, Suely Nascimento, Wagner Almeida, Walda Marques e Yan Belém. A iniciativa conta com curadoria de Rosely Nakagawa, projeto expográfico de Flávio Franzosi e projeto de acessibilidade de Sílvia Arruda.

No ver da curadora, como a fotografia representa importante campo de trocas sociais e artísticas, a exposição engloba a difusão e a produção de conhecimentos, o compartilhamento de saberes, a formação de público e o intercâmbio entre as regiões, de forma a dar visibilidade à produção brasileira, e, especificamente, do Pará, desde os anos 1970.

“No cenário cultural, nossa fotografia atua como um núcleo de referência para o desenvolvimento de uma linguagem fotográfica na região amazônica, por incentivar e promover o trabalho coletivo organizado na prática da ideia-ação-reflexão, aprimorando e multiplicando oportunidades de acesso ao exercício de fazer e pensar tal arte, sempre em sintonia com as questões sociais e culturais emergentes”, comenta Rosely Nakagawa.

Rosely frisa que o Pará é um dos maiores e vibrantes expoentes do panorama da fotografia brasileira. O movimento fotográfico do Estado se solidificou nas últimas três décadas, por meio de livros, críticas, publicações, prêmios e presenças de artistas em exposições nacionais e internacionais – a exemplo, das bienais de São Paulo e Veneza. “Nosso projeto, vem, então, ao encontro da busca de mais espaços de discussão para os que fazem, pensam e pesquisam fotografia; especialmente, a paraense”, completa.

De acordo com Uiara Azevedo, gerente de Artes Visuais da Fundação Clóvis Salgado, a mostra “traz uma produção descentralizada, de um dos mais ricos cenários brasileiros, e celebra a vocação principal da CâmeraSete, como um dos principais equipamentos públicos voltado exclusivamente para a fotografia”.

A exposição fotográfica “Um país chamado Pará” é apresentada pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais, Fundação Clóvis Salgado, Instituto Cultural Vale e Namazônia, com apoio da CâmaraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais, e do Memorial Minas Gerais Vale. Depois da presença em BH, a mostra segue a São Paulo, onde ficará na Panamericana Escola de Arte e Design, de 17 de outubro a 2 de dezembro. 

Belém e os fotógrafos, segundo Rosely Nakagawa

 Conforme destaca Rosely Nakagawa, Belém é, hoje, uma capital que abriga diversos centros culturais e museus, além de uma galeria especializada em fotos, a KAMARA_KÓ, de Makiko Akao. Cidade visitada, desde os anos 1980, por curadores de arte nacionais e internacionais, também é considerada o maior polo de fotografia do país, além de referência nas artes visuais. “A cidade abriga um número razoavelmente pequeno de fotógrafos, em comparação a outras capitais do Sudeste, mas todos de grande projeção nacional, como aqueles que apresentamos nesta exposição”, explica.

A possibilidade de reunir a fotografia paraense neste projeto, proposto por Guy Veloso, representa, segundo Rosely, uma grande responsabilidade. “Como apresentar tal produção, que conseguiu se projetar internacionalmente, mesmo numa cidade fora do ‘eixo cultural’ Rio-São Paulo?”, questiona, ao comentar, na sequência: “Elza Lima, Guy Veloso, Paula Sampaio e Walda Marques ultrapassam, hoje, as fronteiras da região Norte, sem sair do lugar de origem para produzir sua obra. Registram o povo paraense e a cultura amazônica, em toda sua diversidade e riqueza, e consolidam, com suas obras, o melhor da fotografia, em encontros, publicações, prêmios, mostras nacionais e internacionais”.

Para além da criação visual, Mariano Klautau Filho e Orlando Maneschy, artistas e curadores, abrem espaço à difusão do pensamento crítico em torno da arte contemporânea. “Essas realizações terminam por impactar sua produção autoral e a dos colegas, com a elaboração de textos e exposições coletivas, nas quais a criação artística paraense é o foco”, afirma Rosely, ao lembrar, por sua vez, que Claudia Leão e Flavya Mutran aprofundam-se em pesquisas à procura de novos suportes e significados, de forma a estruturar suas obras em técnicas experimentais, criar objetos e orientar outros artistas em formações acadêmicas.

Já Octavio Cardoso e Patrick Pardini constroem seus trabalhos por meio da contínua busca de uma documentação poética da Amazônia, ao entender “o território como lugar de ação e transformação da cultura”. Assim como Jorane Castro, cineasta, que, segundo a curadora, “construiu seu roteiro imagético convivendo, estreitamente, desde sempre, com este grupo de artistas, apresentando o cenário de uma região pouco difundida no cinema brasileiro”.

Também Alberto Bitar, Dirceu Maués e Miguel Chikaoka seguem a ampliar os limites e conceitos de imagem, para além da fotografia plana e analógica. “Bitar, no sequenciamento imagens em novos suportes, põe trilhas sonoras como compasso de leitura. Dirceu Maués, ao desenhar e criar anteparos que recriam a câmera como instrumento de ver, as transforma em objetos escultóricos e plásticos. Chikaoka expande o questionamento da percepção para discutir ‘a imagem’, mesmo sem aparato algum para produzi-la. Ele se dedica ao ‘ver’ e ao ‘ser’, como um monge”, afirma Rosely.

Os fotógrafos paraenses têm protagonizado mudanças e desejos, ao transformar o cenário das artes visuais. E não apenas por documentarem a maior procissão do mundo, o Círio de Nazaré. Alexandre Sequeira desenvolveu seu projeto em torno da comunidade de Nazaré do Mocajuba, ao reconstituir a alma de seus moradores por meio de retratos.

“Em lençóis, redes, cortinas, toalhas, os habitantes voltam a ocupar seus lugares, impressos nas próprias casas”, destaca a curadora. Juntos, Yan Belém e Rafael da Luz constroem, no espaço urbano contemporâneo, rico em memórias do passado, “seu discurso poético da desigualdade sem futuro”. Wagner Almeida e Irene Almeida, coincidentes apenas nos sobrenomes, questionam e percebem o mundo, ao usar a técnica da fotografia em mundos, ritmos e visões absoluta e radicalmente opostos. “A poesia das impressões feitas pela luz do sol da Irene, que resultam em delicados fotogramas de flores e folhas, chocam-se aos rastros de violência dos corpos jogados nas ruas, por onde transita Wagner”, destaca Rosely Nakagawa.

A curadora também sublinha a forma como Suely Nascimento e Ionaldo Rodrigues questionam o espaço urbano e suas memórias. “Ela, para lembrar, se esconde em casa, ao som das emoções mais íntimas. Ele enfrenta o caos urbano, em público, para esquecer”. Com a mesma intimidade, Betania Barbosa compartilha o dia a dia dos habitantes do Marajó central, criadores de animais invasores que, depois de adultos, “estão prontos para serem derrubados nessa ilha de tesos”.

Já Emidio Contente problematiza “a preservação do patrimônio natural e imaterial em imagens metafóricas, que resgatam o universo dos dois Goeldi, o naturalista do século XIX, criador do Museu de História Natural, e seu filho artista do século XX, que grava imagens da chuva urbana”. Tudo isso, destaca Rosely Nakagawa, “nos faz pensar: o que pode a imagem, em Belém?”.

Acessibilidade

 A exposição “Um país chamado Pará” possui acessibilidade para todos os públicos. Além das atividades paralelas contarem com intérprete de Libras, há mediação para todos os públicos, com áudio-guia para descrição do espaço da exposição e das obras táteis, tocado em MP3, com fones de ouvido. Também haverá material impresso, em braile, e com tinta ampliada, e legendas para pessoas de baixa visão ou cegas. Para este público, também será oferecida a aplicação de piso podotátil de alerta e direcional.

No que se refere à localização espacial do visitante na exposição, e para o público cego, será oferecido um mapa tátil, com pedestal na entrada. O material de divulgação trará aviso sobre a disponibilidade de intérprete de Libras e a acessibilidade do local, para atender ao público especial. O projeto de acessibilidade foi desenvolvido por Sílvia Arruda, arquiteta paulistana especializada em expografia acessível.

Os recursos utilizados serão: mapa tátil, piso podotátil e audioguia com conteúdo da exposição. Serão acessibilizadas obras táteis como fotos em relevo 2D de Flavya Mutran, obras táteis em 3D de Miguel Chikaoka e Dirceu Maués, além de filme de Emidio Contente com legendas para surdos e ensurdecidos (LSE).

Programação paralela à mostra “Um país chamado Pará”

Palestras

17 de agosto – 19h às 20h30

Palestra “Religião e Fotografia: relato de experiência”, Com Guy Veloso

Local: CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais

Gratuito

18 de agosto – 19h às 20h30

Palestra “Arte e fotografia no Pará 2010-2020 – Notas sobre a dissolução de territórios identitários”, Com Mariano Klautau Filho

Local: CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais

Gratuito

Oficina

Oficina “Olhos de ver, mas com que olhos?”

Vivência com Miguel Chikaoka

Período da Oficina:

17.08 – 14h às 18h

18.08 – 14h às 18h

Local: Memorial Minas Gerais Vale – Praça da Liberdade – Belo Horizonte-MG

Atividades temáticas curatoriais 

Duas visitas guiadas com Rosely Nakagawa

Datas: 17 e 18 de agosto

Depois da abertura da exposição, a curadora Rosely Nakagawa fará, junto ao público, reflexões sobre as obras e sua integração ao conceito curatorial e de expografia.

Número dos participantes: 30 pessoas

Carga horária: 1h

Serviço
Exposição “Um país chamado Pará”
Período expositivo: De 16/8 a 30/9
Local: CâmeraSete - Av. Afonso Pena, 737, Centro - Belo Horizonte
Horário de funcionamento: De terça a sábado, das 9h30 às 21h.

Foto: Orlando Maneschy

Intercambio Curacao Minas Gerais Foto Luciano Figueiroa

Minas Gerais terá um programa de intercâmbio para Curaçao voltado a estudantes universitários e de pós-graduação na área de gastronomia. O estágio internacional é um dos desdobramentos dos Encontros de Negócios promovidos durante o 1º Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea – Caipiblue, realizado no início de setembro. O programa permitirá que instituições de ensino superior mineiras possam enviar estudantes para finalizarem seus estudos com estágios curriculares e extracurriculares na ilha caribenha, que recebe em média 1,3 milhão de turistas por ano e precisa de mão de obra qualificada sobretudo nos setores hoteleiro e de restaurantes.

A iniciativa foi firmada entre o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), o Governo de Curaçao e cinco instituições de ensino superior do estado: Faculdade Arnaldo, Centro Universitário Estácio de Sá de Belo Horizonte, Faculdade Promove, Senac e Centro Universitário Una. No momento, Curaçao realiza levantamento sobre demandas em relação a número de vagas, período de duração do estágio e valor da bolsa-auxílio. As entidades de educação, por outro lado, estão identificando perfis de alunos e cursos que atendem melhor às demandas do programa de intercâmbio. A previsão é a de que o termo de colaboração entre as partes seja assinado em novembro.

O subsecretário de Estado de Turismo de Minas Gerais, Sérgio de Paula, adiantou que o lançamento do intercâmbio ocorrerá em maio de 2024, em Curaçao. E a ocasião será nobre: um simpósio de cozinha mineira e cozinha do Caribe, nos moldes do “Conversas de Cozinha”, realizado durante dois dias no Festival Caipiblue. “Será uma grande oportunidade para os nossos estudantes trabalharem em Curaçao, terem uma experiência internacional. Eles poderão levar toda a tradição da cozinha clássica e a nova fragrância da cozinha mineira contemporânea, e assim abrir portas para produtos mineiros como cachaça, queijo, café e leite”, pontuou Sérgio, explicando que a ideia é abrir o programa para universitários e estudantes de pós-graduação.

O estreitamento das relações entre a ilha caribenha e Minas Gerais também foi comemorado pela diretora de Relações Econômicas do Ministério do Desenvolvimento Econômico de Curaçao, Vanessa Toré. A gestora destacou o papel do país como porta de entrada para o Caribe – que possui mais de 7 mil ilhas no total –, sendo a maior das ilhas caribenhas integrantes do Reino dos Países Baixos, junto com Aruba, Bonaire, Saba, Santo Eustáquio e São Martinho.

“O convênio que vamos estruturar entre escolas de gastronomia dos dois lados será muito importante para incentivar o intercâmbio de alunos e professores, além de facilitar a realização de eventos e viagens de conhecimento. A rodada de negócios entre empresários de Curaçao e representantes de diversos setores econômicos de Minas Gerais foi muito positiva”, avaliou Vanessa Toré.

Faculdades mineiras comemoram iniciativa

Os benefícios do programa de intercâmbio são imensuráveis. É o que defende o diretor geral da Una, Eduardo França, que estava no Encontros de Negócios promovido no 1º Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea. “Considerando que empregabilidade e empresabilidade são alguns dos pilares de posicionamento da Una, o mundo do trabalho tem uma importância fundamental na formação dos alunos. Nesse sentido, a experiência profissional e de aprendizado em uma temporada em outro país propiciará um desenvolvimento que não tem preço”, comemorou.

O diretor explicou que a Una possui 1,4 mil alunos matriculados em cursos das áreas da economia criativa, como gastronomia, moda, publicidade e arquitetura, e que o número de estagiários enviado dependerá da quantidade solicitada pelo Governo de Curaçao. “Iremos capacitar nossos estudantes principalmente com cursos de competências socioemocionais voltadas ao mundo do trabalho. Além disso, vamos escolher os melhores para indicar”, garantiu Eduardo França.

O diretor da Faculdade Arnaldo, João Guilherme Porto, vê a iniciativa como oportunidade para proporcionar qualificação mais ampla aos futuros profissionais. “Estamos em um mundo onde as competências e o ser pluricultural tendem a ter maior valorização no mercado. A troca cultural é fundamental para o efetivo exercício de uma ampla formação”, defendeu João Guilherme, entusiasmando-se com a futura participação da instituição no simpósio de Curaçao.

“Estamos superanimados em participar. A ideia é levar algumas oportunidades de cursos que possam ser oferecidos remotamente pela Faculdade Arnaldo, proporcionando assim uma verdadeira ação de troca cultural, com a ida dos nossos alunos para o programa de estágio na ilha e com a oferta de nossos cursos para atender a demanda local”, declarou João Guilherme.

O compromisso pelo intercâmbio cultural e gastronômico da Faculdade Arnaldo também ficou claro no simpósio “Conversas de Cozinha”, oportunidade na qual a instituição lançou uma pós-graduação em Cozinha Mineira Contemporânea. O curso será oferecido a partir de 2024, em formato híbrido, modular e continuado, e terá como um dos nortes o papel da cozinha mineira na crescente atividade turística do estado.

“A cozinha mineira traz afeto em sua essência. O grande desafio hoje é manter essa história e tradição, trazendo para essa cozinha as técnicas do mundo contemporâneo. O objetivo dessa pós-graduação é preservar a essência, os valores e os afetos, trazendo modernidade e técnicas atuais. A educação é algo que se constrói com reciprocidade e essa é uma das essências da alma do mineiro”, concluiu o diretor João Guilherme Porto.


Intercambio Curacao Minas Gerais Foto Luciano Figueiroa 2
1º Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea – Caipiblue

No início de setembro, o Governo de Minas Gerais promoveu o 1º Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea – Caipiblue. O evento, realizado de 1 a 3/9, foi pensado para celebrar a criatividade, a história e o legado da cultura alimentar e gastronômica mineira. O festival abrangeu ações diversas, que incluíram encontros de negócios, feira de produtores, estações gastronômicas, simpósio e banquetes beneficentes, além de atrações culturais.

A proposta é que o festival seja realizado anualmente. A cada ano, um país será convidado a vir, impulsionando a internacionalização de Minas Gerais como destino turístico e de negócios para geração de emprego e renda. Na edição de estreia, o convidado Curaçao inspirou o drinque e o nome Caipiblue, uma junção da cachaça mineira com o Curaçao Blue, licor típico da ilha.

Pequena em tamanho e grande em oportunidades, Curacao tem apenas 160 mil habitantes, mas recebe mais de 1,3 milhão de turistas por ano. Um dos principais pontos turísticos é a capital Willemstad, que desde 1997 está inscrita na lista do Patrimônio Mundial da Unesco (1997). “Esses são os números do ano passado. Em 2023, estamos estimando chegar a 1,4 milhão de turistas”, contou o diretor-adjunto do Escritório de Turismo de Curaçao, Hugo Clarinda, que relatou o aumento do fluxo de brasileiros após o voo direto Curaçao-Belo Horizonte. “Antes, recebíamos cerca de 800 turistas brasileiros por mês. Depois do voo, esse número saltou para 3 mil por mês”, completou.

"Trouxemos para Minas Gerais uma delegação com mais de 25 pessoas, uma das maiores nos últimos anos. Muitos deles empresários interessados em iniciar negócios com o Estado. Oportunidades nas áreas de tecnologia, agricultura, aviação, água, turismo e gastronomia já foram levantadas. O intercâmbio entre escolas de culinária de Curaçao e Belo Horizonte é apenas uma delas. Temos muito a compartilhar”, concluiu Hugo Clarinda.

Fotos: Luciano Figueiroa/Arquivo da Faculdade Arnaldo

saojoaodelreiIniciativa pretende contribuir para a capacitação de gestores, policiais, estudantes e membros do trade turístico

 

O crescimento da atividade turística em Minas Gerais tem conquistado projeção nacional nos últimos anos e parte essencial desse movimento é o investimento em segurança. A fim de contribuir para a capacitação de gestores, policiais, estudantes e membros do trade turístico, acontecerá, no dia 16, o primeiro Seminário de Segurança e Turismo em São João del-Rei com programação centrada em palestras e debates.

A iniciativa é realizada pelo Governo de Minas, por meio da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult). São João del Rei é um dos 61 municípios que integram a Décima Terceira Região da Polícia Militar de Minas Gerais (13ª RPM-MG), e, ao lado de Tiradentes, Congonhas e Prados, se destaca dentre os destinos turísticos mineiros, em razão dos seus patrimônios históricos, da cozinha mineira, além dos atrativos naturais e da diversidade da cultura local.

Uma das propostas do evento é avaliar e verificar como têm sido realizadas atividades que aliam turismo e segurança, já colocadas em prática, a fim de garantir que elas sejam aperfeiçoadas em prol de uma experiência cada vez melhor para os turistas. Na ocasião também será lançada a Rede Integrada de Proteção ao Turismo.

O subsecretário de Turismo, Sérgio de Paula e Silva Júnior pontua que o Seminário ressaltará a necessidade de uma articulação cada vez mais integrada entre a Polícia Militar de Minas Gerais, os gestores, os empresários e toda a comunidade dos municípios para a concretização de ações efetivas para promover o desenvolvimento da região, a partir do turismo e da cultura, oferecendo atrativos e segurança para os visitantes.

“É fundamental discutirmos as estratégias de segurança para a expansão do turismo, o que já vem sendo feito e também os pontos a serem melhorados, porque o resultado disso é mais benefício para os municípios, melhoria na qualidade de vida dos cidadãos e uma experiência cada vez melhor para os turistas, que, assim, são motivados a retornar. O turismo é capaz de estimular o desenvolvimento econômico e social, criando mais oportunidades de emprego e geração de renda. Então, alinhar essas perspectivas e propostas será um dos principais objetivos desse encontro”, ressalta o subsecretário.

A abertura será realizada a partir das 8h30, no Teatro Municipal de São João del-Rei, com a presença do Coronel Terence Pablino Floriano Guimarães e do Subsecretário de Turismo, Sérgio de Paula e Silva Júnior. O promotor de Justiça, Marcelo de Azevedo Maffra, que está à frente da Coordenadoria Estadual de Defesa do
Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais, em seguida, realizará, às 10h, a palestra “Proteção Jurídica do Patrimônio Cultural”.

A discussão sobre segurança e patrimônio terá continuidade com o promotor de Justiça Marcos Paulo de Souza Miranda, Coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias Criminais, de Execução Penal, do Tribunal do Júri e da Auditoria Militar (CAOCRIM). Ele ministrará, às 11h, a palestra “Crimes contra o patrimônio histórico e cultural”.

Os encontros, a partir das 13h30, serão sediados no Centro Universitário Presidente Tancredo De Almeida Neves – Uniptan. Divididos em quatro salas, os diálogos oferecerão a oportunidade de troca de experiências e informações. Na sala um, após a palestra “Inventário de proteção, furtos e recuperação de bens culturais”, a ser realizada pelo pesquisador do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Olinto Rodrigues dos Santos Filho, o Tenente Esdras José da Silva vai falar sobre os desafios e os resultados da implantação da Rede Integrada de Proteção ao Turismo em Poços de Caldas.

Já na sala dois, a partir das 13h30, o sócio do Instituto Histórico e Geográfico de Tiradentes e membro do Conselho Municipal de Turismo (ComTur) de São João del-Rei e Tiradentes, David Nascimento, abordará o tema “Turismo, identidade cultural e pertencimento: os riscos de depredação de cidades turísticas”. Na sequência, o coordenador do curso de Direito do Uniptan ampliará o debate com a explanação sobre “Patrimônio Público e seus aspectos legais para gestores públicos”.

Inscrições podem ser feitas aqui.  

 

Confira abaixo a programação completa:

Programação - Manhã
Local: Teatro Municipal de São João Del-Rei (Rua José Gomide, S/N - Centro, São João del-Rei)

8h50 - Abertura

10h - Palestra: “Proteção Jurídica do Patrimônio” com o promotor de Justiça Marcelo Azevedo Maffra.

11 - Palestra: “Crimes contra o patrimônio histórico” com o promotor de Justiça Marcos Paulo Souza Miranda.

Programação - Tarde
Local: Centro Universitário Presidente Tancredo De Almeida Neves – Uniptan (Av. Dr. José Caetano de Carvalho, 2199 Jardim Central, São João del Rei)

SALA 1

13h30 - Palestra: “Inventário de proteção, furtos e recuperação de bens culturais” com o pesquisador do Iphan Olinto Rodrigues dos Santos Filho.

14h20 - Palestra: “Implantação da Rede Integrada de Proteção ao Turismo em Poços de Caldas/MG. (Desafios e resultados)” com o 1º Ten PM Esdras José da Silva.

SALA 2

13h30 - Palestra: “Turismo, identidade cultural e pertencimento: os riscos de depredação de cidades turísticas” com o conselheiro municipal de Turismo de São João del-Rei e Tiradentes, David Nascimento.

14h20 - Palestra: “O Patrimônio Público e seus aspectos legais para gestores públicos” com o coordenador do curso de Direito do Uniptan, Jorge Heleno.

SALA 3

13h30 - Palestra: “Turismo e Pertencimento Local: a arte de receber bem o visitante com segurança” com a coordenadora e professora do curso Turismo e Hospitalidade do Senac, Betânia Nascimento Resende.

14h20 - Palestra: “Articulação das Políticas Públicas de turismo com a área de segurança pública” com o professor do IF Sudeste de Minas - Campus Barbacena, Fabiano Simeão.

SALA 4

13h30 - Palestra: "Rede de Proteção a Unidade de Conservação (UC): A Experiência da Serra da Calçada" com o Cel PM Juliano José Trant de Miranda e Cap PM Rafael R. de Carvalho Andrade.

14h20 - Palestra: "Aspectos Legais da Proteção ao Patrimônio Histórico Cultural" com o assessor da Secretaria de Cultura e Turismo de São João del-Rei-MG, Ulisses Passareli.

AUDITÓRIO do UNIPTAN

15h50 - Palestra: “Rede Integrada de Proteção ao Turismo: promovendo a cultura, a segurança e o turismo em Minas Gerais” com o Maj PM Ronan Sassada da Silva.

Foto: Pedro Vilela

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49 equipamentos distribuídos em 34 cidades do estado participaram da iniciativa

 

A 3ª edição da Noite Mineira de Museus e Bibliotecas 2023 vem registrando adesão crescente de público e de municípios. Desta vez, 49 equipamentos distribuídos em 34 cidades do estado participaram do evento que aconteceu na noite da última quinta-feira (14) com 58 atividades gratuitas e diversas.

A iniciativa, que propõe a extensão do horário e funcionamento dos equipamentos culturais do estado, toda segunda quinta-feira do mês até às 22h, é realizada pelo Governo de Minas, por meio da Secretária de Estado de Cultura e Turismo e da Superintendência de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade, com apoio da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas e da Diretoria de Museus.

Bate-papos, sessões de jogos de RPG, visitas mediadas e espetáculos teatrais foram algumas das atrações culturais desta 3ª edição. Mostras de filmes e apresentações musicais também complementaram a programação. Houve quem participou da Noite Mineira pela segunda vez consecutiva, como o belo-horizontino e servidor público André Ornela.

“O acesso à cultura tem de estar disponível no maior número de espaços e de horários possíveis para que as pessoas possam frequentar no tempo que elas puderem aproveitar melhor. A rotina do dia a dia, às vezes, é exaustiva, e essa quebra da rotina, com atividades culturais, numa noite quente como essa ajuda a aliviar o estresse e descansar antes de voltar para casa”, comentou.

Já Daniel Paulino, designer gráfico, esteve no evento pela primeira vez e revelou surpresa em encontrar o Museu Mineiro aberto para visitação. “Vim através do movimento Giro Rua, de bicicleta por BH. A programação deles, desta vez, foi um circuito curto, com parada aqui nos jardins do museu, onde estava previsto DJs com reggae. Aproveitei, então, para descansar um pouco da pedalada e ver a exposição do museu pela primeira vez”, completou.

Leandro Cesar, que é artista, também comemorou a extensão do horário de visitação dos equipamentos culturais e elogiou a iniciativa. “Estou gostando bastante desse evento, porque acredito que temos de democratizar vários estilos de música, cultura e acesso à cultura, tenho certeza que muitas pessoas que não são da minha bolha também estão gostando”, frisou.

A 3ª Noite Mineira de Museus e Bibliotecas também despertou o interesse de visitantes de fora de Belo Horizonte. É o caso de Timóteo de Almeida, dreadmaker e professor, que reside em Osasco (SP). “Estou aqui acompanhando a Semana de Cinema Negro, no Palácio das Artes. E é extremamente importante termos algo como a Noite Mineira, que contribui para uma ampliação doa cesso ao conhecimento e à cultura de modo geral. A extensão do horário de visitação permite às pessoas saírem dos seus trabalhos e ocupações, conseguindo chegar a tempo de vivenciar esses espaços”, pontuou.

Foto: Renata Garboci

noitemineira

Em sua segunda edição, a Noite Mineira de Museus e Bibliotecas trará novidades para o público. O projeto, a partir desta quinta-feira (10), acontecerá mensalmente, na segunda quinta-feira do mês, promovendo uma programação continuada em Belo Horizonte e em diversos municípios mineiros. Em agosto, por exemplo, estão confirmadas 28 cidades, dentre elas Águas Formosas, Contagem, Cordisburgo, Ipatinga, Itabira, Juiz de Fora, Ouro Preto, Pirapora, Uberlândia e Varginha.

O lançamento da temporada 2023 aconteceu, nesta quarta-feira (9), no Museu Mineiro. Na ocasião, foi realizado um sarau com participação de Márcia Clementino Nunes, que é coautora do livro “História da Arte da Cozinha Mineira por Dona Lucinha” e filha da empresária, professora, cozinheira e também escritora Dona Lucinha (1932-2019). O poeta cordelista Paulinho Ferreira e Leane Freire, cidadã honorária do Serro, reconhecida pela arte de declamar poemas, também se apresentaram nesse encontro.

A iniciativa é uma ação do Governo de Minas, com realização da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult/MG), por meio da Superintendência de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade, com apoio da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB) e da Diretoria de Museus (DIMUS).

O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveiras, destacou a importância da Noite Mineira de Museus e Bibliotecas para ampliar o acesso à cultura no estado. “Nós queremos trazer o público que não tem o hábito de ir a museus e bibliotecas. Estender o horário à noite é uma forma de possibilitar isso, estimulando as pessoas a conhecerem e frequentarem ainda mais os espaços da cultura de Belo Horizonte e de outras cidades de Minas Gerais”, pontuou Oliveira.

O secretário também acrescentou como o projeto tem o potencial de se consolidar como mais um atrativo cultural e turístico. “Essa programação pode fazer com que mais pessoas venham a Minas Gerais, e quem vive aqui poderá se programar para toda segunda quinta-feira do mês, já tendo em mente que haverá diversas atrações nesse dia. A ideia é viabilizar também não só uma ida ao museu, mas uma experiência, com as artes dialogando entre si e com os museus e bibliotecas. A música, o teatro e a literatura, em transversalidade, podem fazer com que mais pessoas se interessem e tenham um despertar para nossos espaços museológicos”, concluiu Oliveira.

A Noite Mineira de Museus e Bibliotecas é, assim, um convite para que bibliotecas públicas e comunitárias e museus públicos e privados de todo o Estado de Minas Gerais ampliem o horário de funcionamento uma vez por mês, oferecendo ao público, no período noturno, a oportunidade de participar de exposições, saraus literários, clubes de leitura, encontros com escritores/as, oficinas de arte, exibições de vídeos, instalações culturais, performances artísticas, shows, apresentações de dança, espetáculos teatrais, realização de empréstimo de livros, dentre outras atrações.

Nesta segunda edição do evento, foram cadastradas 42 atividades, que serão realizadas em 40 equipamentos culturais situados em doze das treze regiões do estado de Minas Gerais. As ações serão realizadas entre 18h e 22h.

A Superintendente de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade, Célia Ramos, reforçou que as inscrições para a próxima edição a ser realizada em setembro deverão ser abertas na próxima semana. “Nós queremos que mais equipamentos e municípios possam participar nos próximos meses. Então, logo após o encerramento desta segunda edição, nós vamos comunicar a abertura das inscrições para a próxima Noite Mineira de Museus e Bibliotecas. Para participar, basta o equipamento ser cadastrado nos sistemas de museus e bibliotecas. Nós fazemos a coordenação e damos todo suporte para que todos possam participar da melhor forma possível”, garantiu Ramos.

Em Belo Horizonte, participam diversos espaços do Circuito Liberdade. A Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, por exemplo, promoverá, a partir das 18h, no Anexo Professor Francisco Iglésias, um bate-papo centrado no universo dos quadrinhos, com mediação de Afonso Estevan de Andrade e Eliani Gladyr da Silva. Haverá também uma montagem coletiva de quebra-cabeça tridimensional do mapa de Westeros, de “Game of Thrones”. Já no Prédio Luiz de Bessa será realizada a palestra Sempre Um Papo - Mutações: “Duas cartas de amor na era da ética”, com o professor de filosofia na PUC-Rio e editor da revista “O que nos faz pensar”, Pedro Duarte.

Paralelamente, no Museu Mineiro, a partir das 19h, o público poderá participar de uma visita mediada à mostra de longa duração “Minas das Artes, Histórias Gerais”.

Interior

Em Cordisburgo, o Museu Casa Guimarães Rosa, a partir das 18h, sediará a oficina de isogravura, que tem o objetivo de trabalhar a técnica de impressão em papel. A atividade abordará o Patrimônio Cultural de Cordisburgo com mediação de Yan Heyder e Ronaldo Alves.

No Museu Casa Guignard, em Ouro Preto, os diálogos entre as artes visuais e a arquitetura serão trabalhados na oficina “Guignard e Poesia”, a partir das 19h. A atividade tem como finalidade a expansão dos sentidos patrimoniais sobre a cidade de Ouro Preto, a partir da relação dos participantes com o patrimônio, em uma analogia da relação de Guignard com sua cidade amor-inspiração.

Em Pirapora, a Biblioteca Comunitária Tamboril, a partir das 19h, oferecerá um workshop de contação de histórias. No evento, os contadores compartilharão suas experiências na prática da Contação de Histórias, destacando o papel auxiliar da contação de histórias para o incentivo à leitura. O encontro terá mediação de Rafael Oliveira e Jean Matheus.

Confira a programação completa aqui

Foto: Leo Bicalho

 

Festival gastronômico do Rio Doce

O município da Zona da Mata Mineira Rio Doce promove, desta sexta-feira (15/9) até domingo (17/9), seu Festival Gastronômico anual. Este ano, a edição especial comemora os 60 anos da cidade, elevada a essa condição em 1963. O evento ocorre no Estádio Municipal Caetano Cenachi Neto, com entrada franca. A programação do festival pode ser conferida no site Visite Minas.

As atrações incluem curso de culinária, cozinha ao vivo, concurso de pratos, espaço do artesão, cerveja artesanal e muita comida boa. Além da cozinha mineira, a programação cultural engloba shows de artistas variados, como Detonautas, Raça Negra, Luiz Lobo e banda Pipa, entre outros.

A edição homenageia Dona Maria Procópio, mulher que dedicou anos de sua vida à preparação de comida na cidade, transformando-se uma grande referência para os riodocenses. O evento é realizado pela Prefeitura de Rio Doce, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.

Maestro José Soares foto Luciano Viana 2022 05 15 84

A Filarmônica de Minas Gerais apresenta, nesta quinta e sexta-feira (dias 10 e 11), às 20h30, um programa totalmente latino na Sala Minas Gerais. O concerto marca o retorno do pianista venezuelano Sergio Tiempo, que interpretará "Universos Infinitos, de Esteban Benzecry, além das obras “Sensemayá”, do compositor mexicano Silvestre Revueltas, a riqueza do folclore argentino de Alberto Ginastera com o balé “Estância” e a brasilidade de uma obra especial de Lorenzo Fernandez, “Imbapara”.

O programa, que resume a vasta riqueza da música de concerto da América Latina, terá regência de José Soares, maestro associado da Orquestra. Os ingressos estão à venda no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala Minas Gerais, com preços a partir de R$ 50.

Este projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais e Instituto Cultural Vale e Banco Inter, com patrocínio da Cemig, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Apoio: Circuito Liberdade. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo de Minas Gerais, Ministério da Cultura e Governo Federal.

Sergio Tiempo, pianista

Sergio Tiempo nasceu em Caracas, Venezuela. Começou a estudar piano ainda criança com sua mãe, Lyl Tiempo. Estreou profissionalmente aos quatorze anos, no Amsterdam Concertgebouw. Durante período na Itália, foi aluno de pianistas como Dimitri Bashkirov, Fou Tsong, Murray Perahia e Dietrich Fischer-Dieskau. Colaborou com uma ampla gama de orquestras filarmônicas e sinfônicas da Europa, da Ásia e das Américas.

Participou de festivais internacionais e realizou turnês na China, na Coreia, na Itália e na América do Sul. Entre suas gravações, destaca-se o disco em parceria com Mischa Maisky sobre a obra de Rachmaninov, classificado como cinco estrelas pela Classic FM e pela BBC Music Magazine. Foi também artista residente na Orquestra Sinfônica de Queensland em 2018. Reconhecido pela energia e versatilidade musical, Tiempo teve sua performance descrita pelo jornal The New York Times como “cintilante e virtuosa”. Tiempo tem como mentores musicais Martha Argerich e Nelson Freire.

Maestro José Soares, regente associado da Filarmônica de Minas Gerais

Natural de São Paulo, José Soares é Regente Associado da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde 2022, tendo sido seu Regente Assistente nas duas temporadas anteriores. Venceu o 19º Concurso Internacional de Regência de Tóquio, edição 2021 (Tokyo International Music Competition for Conducting). José Soares recebeu também o prêmio do público na mesma competição.  

Bacharel em Composição pela Universidade de São Paulo, iniciou-se na música com sua mãe, Ana Yara Campos. Estudou Regência Orquestral com o maestro Claudio Cruz, em um programa regular de masterclasses em parceria com a Orquestra Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo. Participou como bolsista nas edições de 2016 e 2017 do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, sendo orientado por Marin Alsop, Arvo Volmer, Giancarlo Guerrero e Alexander Libreich. Recebeu, nesta última, o Prêmio de Regência, tendo sido convidado a atuar como regente assistente da Osesp em parte da temporada 2018, participando de um Concerto Matinal a convite de Marin Alsop. 

Foi aluno do Laboratório de Regência da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo convidado pelo maestro Fabio Mechetti a reger um dos Concertos para a Juventude da temporada 2019. Em julho desse mesmo ano, teve aulas com Paavo Järvi, Neëme Järvi, Kristjan Järvi e Leonid Grin, como parte do programa de Regência do Festival de Música de Parnü, Estônia. 

Ao final de 2021, recebeu o prêmio da crítica na categoria ‘Jovem Talento’ da Revista Concerto. No ano de 2022, regeu as Orquestras Sinfônicas NHK de Tóquio e MÁV Symphonie Orchester em Budapeste. Em 2023, regeu a New Japan Philharmonic, a Orquestra Sinfônica de Hiroshima e a Orquestra Filarmônica de Nagoya, no Japão, e faz sua estreia como convidado da Osesp.

Repertório

Silvestre Revueltas (Santiago Papasquiaro, México, 1899 – Cidade do México, México, 1940) e a obra Sensemayá (1937, revisão 1938)

Hoje considerado um dos mais importantes compositores mexicanos do século XX, Silvestre Revueltas morreu jovem e sem reconhecimento, aos quarenta anos. Nos seus últimos dez anos de vida, foi extremamente produtivo e escreveu suas obras mais importantes, mas também passou por um inferno particular. Sem emprego, afundou-se no alcoolismo e oscilava constantemente entre períodos de euforia criativa e momentos de profunda depressão.

O poema sinfônico Sensemayá faz parte dessa última fase da vida de Revueltas, quando suas composições se tornaram mais intensas e tristes. Em maio de 1937, ele compôs a primeira versão da obra, para grupo de câmara, e em 1938 finalizou a versão para orquestra. O trabalho é intimamente inspirado no poema “Sensemayá, canto para matar una culebra” (Sensemayá, canto para matar uma cobra), do poeta cubano Nicolás Guillén.

Com o acúmulo progressivo de material temático e um ritmo cada vez mais obsessivo, Revueltas recria fielmente o caráter hipnótico do poema. Segundo o compositor, “há em mim uma compreensão muito peculiar da natureza: tudo é ritmo. Meus ritmos são crescentes, dinâmicos, táteis e visuais. Eu penso em imagens melódicas que se movem dinamicamente”. Sensemayá é uma obra vigorosa, forte como a evocação de um ritual primitivo, extraordinariamente seca e sem rodeios.

Esteban Benzecry (Lisboa, Portugal, 1970) e a obra Universos Infinitos (2011)

Em Universos Infinitos, o proeminente compositor argentino Esteban Benzecry (1970) busca uma conexão com tempos ancestrais, tomando como fonte de inspiração as culturas, os ritmos, as melodias e as mitologias dos povos indígenas da América do Sul. O primeiro movimento, “Un mundo interior”, constrói atmosferas que representam o ciclo da vida humana e a dimensão contemplativa do ser.

O segundo, “Ñuke Kuyen”, faz referência à entidade que protege os sonhos do povo Mapuche, evocando uma ambientação noturna e estrelada. O terceiro e último, “Willka Kuti”, descreve o festival realizado por Aimarás e Guaranis para marcar o fim do inverno, o retorno do Sol e o início de um novo ciclo de cultivo.

Neste concerto para piano, Benzecry explora possibilidades inusitadas do instrumento em conjunto com uma orquestração contemporânea e imaginativa, gerando uma obra que celebra o contato do espírito humano com a natureza ao seu redor. Composto em outubro de 2011, Universos Infinitos é dedicado ao pianista venezuelano Sergio Tiempo.

Lorenzo Fernandez (Rio de Janeiro, Brasil, 1897-1948) e a obra Imbapara (1929)

O poema sinfônico Imbapara é uma demonstração clara do caráter convictamente nacionalista da música de Lorenzo Fernandez. Inspirada no poema homônimo de Basílio de Magalhães, a obra conta a história de um guerreiro indígena que foi capturado por uma tribo inimiga e espera, na escuridão da noite, o dia de sua execução.

Seu tema principal foi inspirado em melodias de povos originários gravadas por Roquette Pinto – uma delas, Nozani-ná, foi utilizada também por Villa-Lobos em seu Choros nº 3. A introdução mais sombria busca situar o ouvinte no interior da floresta, e, nos movimentos seguintes, observamos uma crescente exploração orquestral que culmina em um fechamento impactante, exemplar do vigor pelo qual a música de Fernandez ficou conhecida.

Escrita em 1928 como um balé, Imbapara estreou no ano seguinte sem o corpo coreográfico, pela Sociedade de Concertos Sinfônicos do Rio de Janeiro. Apenas em 1937 foi montada como balé completo, estreando também no Rio, no Theatro Municipal, com regência do próprio Fernandez.

Alberto Ginastera (Buenos Aires, Argentina, 1916 – Genebra, Suíça, 1983) e a obra Estância: Quatro danças, op. 8a (1941)

Ginastera, que sempre nutriu uma admiração especial pelo campo, resolveu inspirar seu balé Estância no poema de José Hernández, “El gaucho Martín Fierro”, publicado em 1872. A obra de Hernández é ainda hoje considerada por muitos “o livro nacional dos argentinos”. O balé, encomendado pelo coreógrafo Lincoln Kirstein em 1940, descreve o ciclo de um dia inteiro passado numa estância, seguindo a estrutura amanhecer – dia – tarde – noite – amanhecer.

A companhia de Kirstein se dissolveu antes que o balé fosse montado, fazendo com que Ginastera optasse por reunir em uma suíte para orquestra quatro das mais expressivas seções da obra original. A suíte Estância conta com três movimentos extraídos da segunda cena do balé, “La mañana”, e com um movimento final isolado de “El amanhecer”, quinta e última cena. De estilo stravinskiano, “Los trabajadores agrícolas” sugere o esforço dos trabalhadores na colheita do trigo.

A “Danza del trigo” evoca o cenário bucólico de uma estância pela manhã. “Los peones de hacienda” é inspirado na figura do vaqueiro. E a “Danza final” retrata o começo de um novo dia através da estilização do tradicional malambo, dança masculina argentina na qual o dançarino executa uma série de movimentos com os pés e que, no século XIX, era tida como a principal forma de um gaúcho demonstrar destreza e vigor.

Serviço 

Série Allegro

Data: 10/08/2023

Horário: 20h30

Série Vivace

Data: 11/08/2023

Horário: 20h30

Local: Sala Minas Gerais - Rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto - Belo Horizonte

Ingressos: R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 50 (Mezanino), R$ 70 (Balcão Palco), R$ 90 (Balcão Lateral), R$ 120 (Plateia Central), R$ 155 (Balcão Principal) e R$ 175 (Camarote).

Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores. Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

Funcionamento da bilheteria:

Dias sem concerto

3ª a 6ª — 12h a 20h

Sábado — 12h a 18h

Dias com concerto

12h a 22h — quando o concerto é durante a semana

12h a 20h — quando o concerto é no sábado

09h a 13h — quando o concerto é no domingo

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Foto: Luciano Viana

Foto Descentra Cultura

O Projeto de Lei Descentra Cultura Minas Gerais, proposto pelo Governo de Minas, por meio Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult/MG), foi aprovado em 1º turno no plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na manhã desta quarta-feira (13/9). Nos próximos dias, o PL será votado em segundo turno pela Comissão de Cultura e Plenário da ALMG, etapas que antecedem a aprovação e sanção da lei.

O documento sugere uma modificação da Lei 22.944/2018, que institui o Sistema Estadual de Cultura, o Sistema de Financiamento à Cultura e a Política Estadual Cultura Viva, a fim de ampliar a todas as regiões do estado o acesso aos mecanismos do sistema estadual de financiamento.

Ao ser aprovado e sancionado, o PL Descentra Cultura possibilitará a ampliação da distribuição dos recursos para o fomento à cultura para mais regiões e realizadores do estado, impulsionando os segmentos artísticos e culturais locais. Atualmente, a cada ano, cerca de 35 municípios mineiros concentram 95% dos recursos destinados à Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Já via Fundo Estadual de Cultura (FEC) apenas 184 municípios conseguem acessar o mecanismo, concentrando 89% dos recursos disponíveis.

Para o secretário de Estado de Cultura e Turismo, a aprovação do PL é fundamental para garantir uma maior descentralização dos recursos e impulsionar a cultura no estado. “Nossa proposta é tornar o acesso a esses instrumentos cada vez mais democrático e possibilitar que as políticas públicas para o fomento cultural se estendam a todo o território mineiro. Outra vertente é o olhar especial para as ações da cultura popular e tradicionais, com menos burocracia no acesso ao fomento”, afirma Oliveira.

A construção do PL foi feita de forma conjunta entre poder público e trabalhadores da cultura, baseado nas diretrizes estabelecidas no Plano Estadual de Cultura, que valoriza artistas, trabalhadores e trabalhadoras da Cultura ao estimular a geração de emprego e renda, bem como estabelece uma nova relação entre o Estado e as culturas populares e tradicionais mineiras.

"Registro meu agradecimento aos coletivos, ao governo e à casa legislativa pelo compromisso técnico com a descentralização e a diversidade das expressões culturais na sua forma ampla, livre e sobretudo, com a cultura popular e com quem menos acesso tem aos recursos disponíveis para fomentarmos a cultura”, enfatiza o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira.

Destaques do PL

O PL foi elaborado após extensas discussões com o Conselho Estadual de Política Cultural (Consec) e outros órgãos do estado. Na proposta da Secult, serão criadas condições para facilitar o acesso de povos e comunidades tradicionais aos mecanismos de fomento. Além disso, empresas de maior porte que optarem por financiar projetos em municípios do interior do estado poderão destinar até 5% do valor devido do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Atualmente esse percentual está limitado a 3%.

Dentre as mudanças apresentadas, duas podem ser destacadas. A primeira é a definição mais clara das expressões de culturas populares, das quais não serão exigidos projetos. A segunda é a possibilidade de redução de contrapartida das empresas ao FEC no caso de os proponentes serem do interior do estado, passando dos atuais 35% para 10%.

O PL Descentra Cultura Minas Gerais propõe ainda que o sistema de financiamento possa apoiar outras iniciativas, como assegurar visibilidade de artistas mineiros junto a curadores de grandes festivais e mostras nacionais e internacionais, entre outras ações. Os mecanismos de inscrição, aprovação e prestações de contas também serão reorganizados, atendendo, assim, às demandas antigas da sociedade.

Foto por: Renata Garbocci

rocambole

 

Lagoa Dourada, localizada na região do Campo das Vertentes, já era conhecida como “a capital mineira do rocambole” e agora se tornou a maior referência desse doce no país. Nesta quinta-feira (3), foi publicada no Diário Oficial da União, a lei 14.646, que confere ao município o título de Capital Nacional do Rocambole.

Quem viaja de Belo Horizonte para São João del Rei ou Tiradentes de carro, inevitavelmente, passa pelo centro de Lagoa Dourada, onde se avista a Igreja do Rosário, e, em seguida, três tradicionais lojas dedicadas à iguaria que há anos atrai visitantes e é responsável pela manutenção da saborosa fama da cidade.

Para o gestor da Instância de Governança Regional Trilha do Inconfidentes e presidente da Federação dos Circuitos Turísticos do Estado de Minas Gerais (Fecitur), Marcus Vinícius da Costa Januario, a notícia fortalece ainda mais o principal produto de Lagoa Dourada, promovendo a cidade como um destino gastronômico em Minas Gerais. “O rocambole agora vai estar numa vitrine nacional, e quem vier nos visitar poderá apreciar mais de 17 sabores desse doce tradicional, que já era famoso e se tornará ainda mais conhecido”, comenta.

Januário acrescenta que isso favorece não só a cidade e seu entorno mas o estado de Minas Gerais. “Isso contribui para atrair pessoas, aumenta a nossa economia e gera mais renda. Outro aspecto é que esse título pode estimular o desenvolvimento de produtos no mercado gastronômico regional, e valoriza ainda mais a cozinha e a gastronomia mineira”, diz o gestor.

Localizado a apenas 150 km de Belo Horizonte, Lagoa Dourada tem mais de 300 anos de história. A receita do rocambole é de cerca de um século atrás, e fruto do casamento do libanês Miguel Youssef com a lagoense Dolores. O casal começou a produzir o doce e outros quitutes em um estabelecimento que ficava ao lado do ponto de ônibus da linha São João del-Rei/Lagoa Dourada. Daí em diante, o gosto pelo rocambole passou de geração em geração e se disseminou pela cidade.

Projeto de Lei

O título de capital nacional do rocambole conferido à Lagoa Dourada decorre decorre do projeto de lei (PL) 2.209/2021, do deputado federal Aécio Neves. No dia 7 de julho, o texto foi aprovado pelo Senado, e a norma foi na última quarta-feira (2) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Foto: IGR Trilha dos Inconfidentes/Divulgação

Banquete e leilão Caipiblie ascom secult

A realização do Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea - Caipiblue, uma iniciativa do Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e da Fundação Clóvis Salgado, abrangeu diversas ações em torno da cultura alimentar e gastronômica do estado, potencializando sua vocação cultural, turística e econômica. Além disso, o evento também viabilizou um trabalho de caráter filantrópico, com os almoços e jantares beneficentes que arrecadaram R$ 249 mil.

Organizada pelo Serviço Social Autônomo (Servas), essa programação específica reuniu quatro menus especiais assinados pelos chefs Caio Soter e Felipe Rameh, sendo este também responsável pela curadoria da parte gastronômica do evento. O objetivo era reunir recursos que serão doados para quatro hospitais de Belo Horizonte: Santa Casa de Belo Horizonte, Hospital da Baleia, Mário Penna e São Francisco.

“Quem tem alguma proximidade com esses hospitais sabe quão grande é o desafio do custeio. As pessoas que trabalham com isso são verdadeiros heróis. E que maneira mais bonita de celebrar a hospitalidade mineira do que relacioná-la à nossa solidariedade e convidar a sociedade civil mineira a colaborar em eventos filantrópicos como este, realizado no Palácio da Liberdade, declarou a presidente do Serviço Social Autônomo (Servas), Christiana Renault.

Durante os almoços e jantares também foram realizados leilões de obras de arte que também contribuíram para o sucesso da iniciativa.

No dia 2 de setembro, o governador Romeu Zema prestigiou o festival, reunindo-se com influenciadores digitais, além de representantes do governo de Curaçao. Ele visitou a exposição de produtos regionais repleta de iguarias como café, queijo, doces, mel, vinhos e cachaças, e conheceu as estações gastronômicas, que trouxeram o melhor da cozinha mineira contemporânea. Por fim, o chefe do executivo participou do almoço beneficente no Salão de Banquetes do Palácio, ao lado do secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, e da presidente do Serviço Social Autônomo (Servas), Christiana Renault.

“Se tem algo que nos caracteriza é a cozinha. A comida mineira tem suas particularidades e, com esse festival, queremos tornar isso muito mais marcante. E isso atrai turistas. Para nós, que temos um estado com essa cozinha riquíssima, precisamos mostrar para o Brasil e para o mundo essa tradição única que caracteriza muito bem o mineiro. Além de termos em Minas as atrações turísticas, os lagos, as cidades históricas, as instâncias hidrominerais, as montanhas e as cachoeiras, temos essa cozinha que é totalmente diferenciada”, disse o governador.

Romeu Zema no Caipiblue Ascom Secult

A Diretora de Relações Exteriores do Ministério de Desenvolvimento Econômico de Curaçao, Vanessa Tore, fez coro com o governador Romeu Zema, destacando os benefícios desse encontro para Minas e para a ilha caribenha, homenageada na primeira edição do evento. “Curaçao depende muito do turismo, por isso esperamos atrair um grande número de visitantes de Minas Gerais para conhecer Curaçao e, através de Curaçao, o resto do Caribe. Em contrapartida, temos livre entrada de produtos para Europa e Estados Unidos, e uma moderna infraestrutura, que podem beneficiar empresas brasileiras envolvidas em negócios internacionais. Minas Gerais e Curaçao são parceiros para toda a vida", disse Vanessa Tore.

“Minas Gerais pode, por exemplo, exportar insumos para Curaçao e lá nós industrializamos, colocamos um valor agregado. Daí este produto consegue entrar nos mercados da América do Norte e Europa com muito mais facilidade”, acrescentou.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais também pontuou que o festival tem gerado diversos desdobramentos, inclusive com a continuidade dessa parceria em 2024, em Curaçao, desta vez, tendo Minas Gerais como homenageada. “O Governo de Curaçao já nos convidou para irmos até a ilha no próximo ano participarmos do festival de cozinha do Caribe e da cozinha mineira. Nós vamos novamente juntar a nossa caipirinha com o licor “curaçao blue”, típico de lá, celebrando esse encontro entre as duas culturas com o Caipiblue. Nós sabemos que Curaçao recebe no ano a quantidade de turistas que nós recebemos em um ano no Brasil inteiro, então, este será um momento importantíssimo para mostrarmos de forma potente Minas Gerais, nossa cultura e nossa cozinha mineira”, reforçou Oliveira.

Nova Cozinha Mineira
O festival atraiu entre os dias 1 e 3 de setembro mais de 5 mil visitantes ao Palácio da Liberdade. Um dos frequentadores foi o influenciador Jordani Macedo, que marcou presença nos jardins do Palácio da Liberdade no sábado (2/9). “O que mais encanta em Minas Gerais é o seu povo, esse acolhimento do mineiro”, opinou. Já a psicóloga Inês Barroso parabenizou a escolha do local. “Esse movimento de abrir o Palácio da Liberdade para a população é maravilhoso”, elogiou a mineira.

Nas estações gastronômicas, o carro-chefe foi a nova cozinha mineira. Oito espaços espalhadas pelos jardins do Palácio conquistaram o paladar dos presentes com uma variedade de saborosas opções, como os vinhos da Vinícola Luiz Porto, as sobremesas do Tragaluz, os petiscos e sanduíches do Pirex, os queijos da Roça Capital, e dos pastéis de angu e sanduíches dos chefs Sofia Marinho e Thiago Thibau, além dos pratos do chef Felipe Rameh.

Estação Gastronômica Caipiblue ascom secult

Inaugurada há 9 anos, a gelateria Mi Garba! Também levou quatro sabores ao evento. Além do de pistache, um dos mais representativos da marca, a estação contou com três gelatos feitos de ingredientes tipicamente mineiros: o de doce de leite, o de chocolate mineiro Kalapa e o de café expresso, desenvolvido em parceria com a Minas Estate Coffee com um blend de grãos das regiões da Mata de Minas, Sul de Minas e Cerrado mineiro.

“Achamos incrível a iniciativa de um festival internacional, em que grandes chefes e marcas renomadas podem mostrar um pouco do nosso maravilhoso patrimônio gastronômico. Tenho certeza de que será um sucesso e que será somente o primeiro de muitos festivais que teremos futuramente. Como bons mineiros, estamos muitos animados e ansiosos para receber e atender com excelência um grande público”, relatou o italiano Luca Lenzi, fundador da empresa juntamente com sua esposa, Marina Arantes, que se disse honrado por ter sido convidado a fazer parte do 1º Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea.

A estação da chef Sofia Marinho, que comanda “A cozinha de Sofia”, e Thiago Thibau, especialista em carnes e charcutaria e fundador da “Oriz Defumados” foi outro hit entre os visitantes. Com uma amizade forjada na cozinha há quase seis anos, os dois dividiram a estação, cada um levando sua contribuição unindo tradição e contemporaneidade em seus pratos. Thiago Thibau preparou sanduíche de porco defumado com salada de repolho cremosa.

Já Sofia Marinho serviu pastel de angu, iguaria tipicamente mineira, com duas opções de recheio: uma de frango caipira com creme milho e outra de queijo canastra com molho de goiabada picante. Para ela, a afinidade de suas criações, de seus produtos e dos jeitos de trabalhar tem tudo para agradar a quem passar pelo entorno do Palácio da Liberdade. “Gastronomia é cultura. Esse festival é uma oportunidade tanto para aprendermos com quem está vindo de fora quanto para conseguirmos divulgar e fomentar a cozinha mineira para outros países”, defende Sofia Marinho, acompanhada pelo parceiro de profissão.

“Achei a ideia do evento super legal. Primeiro para valorizarmos cada vez mais a gastronomia mineira, que tem que ser conhecida mundialmente mesmo. Todo mundo que vem aqui, experimenta e se apaixona. Temos que mostrar a força não só dos nossos insumos, mas das nossas técnicas e, principalmente, das pessoas. O carisma da cozinha mineira é importante”, declarou Thiago Thibau, aprovando a escolha de Curaçao como estreante do Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea.

“Curaçao tem uma cultura muito diferente e isso é muito legal. Acredito que vai ser muito enriquecedor para a gente conhecer, em cada edição, uma cultura nova de cada país convidado. Estou bem ansioso como chef de BH e feliz demais de poder participar. Fico muito feliz de ter um evento como este, de aprendizado cultural e que nos dá a chance de apresentar Minas para o mundo”, alegra-se Thiago Thibau.

Famosa pelos queijos artesanais de excelente qualidade, a Roça Capital também marcou presença no Caipiblue com dois queijos do produtor mineiro Ribeiro Fiorentini, um Canastra de São Roque e um queijo de Alagoa, além de uma tábua de petisco. O fundador da empresa aberta em 2014 no Mercado Central de Belo Horizonte, Guilherme Vieira, demonstrou entusiasmo com o festival. “O evento é uma excelente iniciativa para a divulgação da nossa cultura, que é um dos maiores patrimônios que temos”, disse.

Drink Caipiblue
Além dos pratos especiais e dos estandes montados por produtores locais, o festival contou uma estação especial de drinks. O espaço reuniu bartenders brasileiros e de Curaçao, responsáveis por proporcionar receitas que misturaram iguarias mineiras, como a cachaça e o café, com o toque de seu país de origem. Foi assim que surgiu o Caipiblue, que mistura da cachaça mineira com o licor de laranja típico da coquetelaria curaçauense.

O bartender Leonardo Gomes alegrou-se em participar do evento. “Fazer o Caipiblue, que é esse coquetel que mistura a nossa cachaça com Curaçao Blue, é um grande prazer. Acho que a capacidade de Minas em entregar carinho, comida e bebida boa é o que a gente tem de melhor”, declarou.

Atrações culturais
Todos os dias do evento contaram com atrações culturais. Os DJs Cubanito, Sandra Leão e Palomita se encarregaram da música, que envolveu os jardins do Palácio da Liberdade.

Os grupos Calcinha de Palhaço e Circo do Sufoco encantaram o público de todas as idades com suas intervenções artísticas, englobando malabarismo, palhaçaria e muita diversão. Especialmente para os pequenos, foi montada uma área kids na quadra do Palácio da Liberdade.

Fotos: Ascom/Secult

Renata Garbocci 5 Encontro de Gestores

Documento foi destinado, especialmente, ao Legislativo Mineiro, e também à imprensa, pesquisadores e universidades 


Ressaltar a importância do Projeto de Lei Descentra Cultura (PL 2.976/2021) para fomentar a cultura nos diversos municípios mineiros foi um dos objetivos da carta aberta apresentada na última quinta-feira (3), durante o encerramento do 5ª Encontro de Gestores de Cultura e Turismo e Circuitos Turístico, promovido no Palácio das Artes, em Belo Horizonte. Assinaram o documento, destinado, especialmente, ao Legislativo Mineiro, mas também à imprensa, pesquisadores e universidades, o presidente da Rede de Gestores Municipais de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Luis Gustavo dos Santos Dutra, que é secretário municipal de Cultura de Poços de Caldas, e o presidente da Federação dos Circuitos Turísticos do Estado de Minas Gerais (Fecitur), Marcus Vinícius da Costa Januario.

O texto pontuou a necessidade da aprovação do PL para ampliar o número de beneficiários do interior aptos a acessar o sistema estadual de financiamento e “para que o Sistema Estadual de Cultura seja realmente de todos os 853 municípios do estado e não apenas circunscrito aos maiores municípios”. 


Em sua fala, o presidente da Rede de Gestores e secretário municipal de Cultura de Poços de Caldas, Luis Gustavo dos Santos Dutra, reforçou os próximos passos dessa iniciativa: “Esta carta aberta será encaminhada ao Legislativo Mineiro e aos outros diversos órgãos como aqui foi lido, demonstrando o nosso apoio, Rede de Gestores e Fecitur, na aprovação urgente do PL Descentra”.


O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, na última quarta-feira (2), agradeceu a presença dos deputados Mauro Tramonte e Rodrigo Lopes, num momento dedicado à fala da importância do trabalho em prol da cultura e do turismo alinhado com a Assembleia Legislativa de Minas Gerais. “Registro meu muito obrigado pela presença e pelo apoio de vocês na Assembleia. Eu costumo dizer que 50% do trabalho nós fazemos, e 50% é parte da Assembleia, que, às vezes, consegue fazer até mais, como no caso da aprovação do Descentra Cultura, e também recordo o projeto de lei do deputado Mauro Tramonte, que revogou dispositivos que não permitiam a promoção de Minas Gerais fora do estado, o que é extremamente importante. Os resultados estão aí, Minas Gerais registra crescimento de sua atividade turística em 720% acima da média nacional”, afirmou Oliveira.  


O PL Descentra Cultura  foi proposto pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG) e modifica a Lei 22.944/2018, que institui o Sistema Estadual de Cultura, o Sistema de Financiamento à Cultura e a Política Estadual Cultura Viva, a fim de ampliar a todas as regiões do estado o acesso aos mecanismos do sistema estadual de financiamento.

Três dias de intensa programação
Com início na última terça-feira (1), o 5º Encontro de Gestores de Cultura e Turismo e Circuitos Turísticos foi o segundo realizado em 2023. Foram três dias intensos de programação com palestras, rodas de conversa, mesas redondas, workshops e atrações culturais nos diversos espaços do Palácio das Artes. O evento é realizado pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), em parceria com Associação Mineira de Municípios (AMM), a Rede Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo e a Federação dos Circuitos Turísticos de Minas Gerais (FECITUR). 

Para a secretária de Estado Adjunta de Cultura e Turismo, Milena Pedrosa, esse projeto garante maior interlocução entre o Estado e os municípios. “Cada vez mais estamos mais próximos dos municípios. E isso é algo que sempre ressaltamos: municípios fortes, Estado forte. É o que temos construído: políticas públicas reais para a cultura e o turismo, discutindo assuntos importantes e colocando em pauta a integração entre as duas pastas”, sublinhou Pedrosa.


O subsecretário de Turismo, Sérgio de Paula e Silva Júnior, também pontuou como a iniciativa viabiliza o diálogo e a possibilidade de novas articulações entre os participantes. “Os encontros de Gestores são um momento de troca de experiências, de alinhamento das ações, de capacitação desses agentes que são a ponta da política pública, tanto da cultura quanto do turismo. É uma satisfação enorme realizarmos mais uma edição, e esperamos que a cada ano esse encontro cresça mais”, comemorou Júnior. 

Renata Garbocci Encontro de Gestores 03 08

Empreendedorismo feminino
Na última quinta-feira (3), um dos destaques foi a palestra “Empreendedoras no Turismo: mulheres impulsionando negócios e transformando destinos”, mediada pela secretária-adjunta Milena Pedrosa.  “Essa mesa buscou trazer a inspiração, o poder do feminino, que é para além do ser mulher e abrange o cuidado com os laços humanos. É justamente ressaltar a importância de trabalhar pelo desenvolvimento social e econômico do estado, de uma forma mais humana, com a escuta, o acolhimento e o olhar para o coletivo, algo que a cultura e o turismo conseguem fazer”, comentou Pedrosa. 


Participaram desse encontro a cafeicultora e empresária Carmem Lúcia Chaves de Brito, a representante da Associação Mineira de Hotéis de Lazer, Fabiana Amila, e a produtora Nilceia Vilela, da Queijaria Quintal do Glória, na Serra da Canastra. 

Incentivo à cultura
Já na quarta-feira (2), segundo dia do evento, a palestra “O papel transformador da Lei Paulo Gustavo e Aldir Blanc” trouxe informações atualizadas sobre os recursos que viabilizarão mais incentivo à cultura no estado. Ela foi ministrada pelo subsecretário de Cultura, Igor Arci, e pelo subsecretário de Turismo, Sérgio de Paula, com participações da superintendente de Fomento, Capacitação e Municipalização da Cultura, Janaína Amaral. 


Ambos os secretários frisaram a importância da adesão dos municípios para o repasse dos investimentos das Lei Paulo Gustavo e da segunda remessa da Lei Aldir Blanc, prevista para o segundo semestre. Igor Arci compartilhou o cronograma de capacitações que estão acontecendo para auxiliar os municípios na prestação de contas, a partir da sua reunião com o Tribunal de Contas da União (TCU) realizada na última terça-feira (1), em Brasília.

“Os estados estão tendo treinamentos contábeis referentes à Lei Aldir Blanc 1, e o de Minas Gerais acontecerá no dia 16 de agosto”, informou. O subsecretário de Cultura também lembrou a importância do preenchimento da planilha orçamentária e da Certidão Negativa de Débito (CND) por parte dos municípios. Além disso, foram debatidas as dúvidas sobre os editais: quem pode participar, a descentralização dos recursos, assim como a importância da participação da sociedade civil para a elaboração dos editais e de políticas efetivas.

 

Fotos: Renata Garbocci

Noite Mineira dos Museus e Bibliotecas Leo Bicalho

A 3ª Noite Mineira de Museus e Bibliotecas tem ainda mais atrações do que a edição de agosto. Nesta quinta-feira (14/9), 49 equipamentos culturais distribuídos por 34 municípios mineiros oferecerão 58 atividades diversas. Os números representam um aumento de 21,43% nas cidades participantes e de 40% nas atividades oferecidas, o que mostra o sucesso do evento com o público e com museus e bibliotecas de todo o Estado.

Nesta edição, equipamentos de 11 das 13 regiões de Minas Gerais ficarão abertos até às 22h, com programações noturnas como jogos, leituras, exposições, rodas de conversa, cinema e espetáculos musicais, entre outras. O guia com a programação completa pode ser acessado aqui e aqui, este último acessível para pessoas com deficiência visual. O evento é realizado pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult/MG) e da Superintendência de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade (SBMEC), com apoio da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB) e da Diretoria de Museus (Dimus).

“A edição de agosto contou com uma variedade muito grande de atrações, incluindo saraus, rodas de conversa, apresentações musicais, visitas mediadas. Em setembro, teremos ainda mais atividades, em mais lugares, e esse sucesso só tende a aumentar. Essa iniciativa vem reforçar a importância dos espaços culturais como pontos de encontro e intercâmbio de ideias, promovendo um diálogo enriquecedor entre artistas, intelectuais e o público em geral”, declarou a Superintendente de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade, Célia Iglesias Ramos.

A Noite Mineira de Museus e Bibliotecas propõe a extensão do horário de funcionamento dos equipamentos culturais em Minas Gerais uma vez ao mês, sempre na segunda quinta-feira. Um dos objetivos principais é que pessoas que trabalham ou estudam em horário comercial tenham a oportunidade de participar de exposições, saraus literários, clubes de leitura, encontros com escritores/as, oficinas de arte, exibições de vídeos, instalações culturais, performances artísticas, shows, apresentações de dança, espetáculos teatrais, realização de empréstimo de livros, dentre outras atrações, durante a semana.

Para o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, o evento amplia o acesso à cultura em todo o estado. “Nós queremos trazer o público que não tem o hábito de ir a museus e bibliotecas. Estender o horário à noite é uma forma de possibilitar isso, estimulando as pessoas a conhecerem e frequentarem ainda mais os espaços da cultura de Belo Horizonte e de outras cidades de Minas Gerais. Essa programação ainda pode fazer com que mais pessoas venham a Minas Gerais, e quem vive aqui poderá se programar para toda segunda quinta-feira do mês, já tendo em mente que haverá diversas atrações nesse dia. A ideia é viabilizar também não só uma ida ao museu, mas uma experiência, com as artes dialogando entre si e com os museus e bibliotecas. A música, o teatro e a literatura, em transversalidade, podem fazer com que mais pessoas se interessem e tenham um despertar para nossos espaços museológicos”, concluiu Oliveira.

Serviço
3ª Noite Mineira de Museus e Bibliotecas

Data: 14/9/2023 (quinta-feira)
Horário: 18h às 22h
Programação completa: aqui
Programação completa (acessível para pessoas com deficiência visual): aqui
Municípios participantes: Águas Formosas, Januária, Taiobeiras, Guarda-Mor, Patos de Minas, Lagoa Grande, Paracatu, Uberlândia, Monte de Santo de Minas, Varginha, Belo Horizonte, Contagem, Cordisburgo, Ipoema (Itabira), Ouro Preto, Santa Luiza, Paraopeba, Itambacuri, Leme do Prado, Cristina, Minduri, São José do Alegre, Poços de Caldas, Ipatinga, Juiz de Fora, Alto Jequitibá, São Geraldo, Viçosa, Itaguara, Itaúna, Lagoa da Prata, Morada Nova de Minas, Nova Serrana e Peçanha.

Programação do Circuito Liberdade

Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais
Praça da Liberdade, 21, Funcionários
Instagram: @bibliotecaestadualmg

18h às 21h - Exposição “Beirute: o Caminho dos Olhares”
Exposição de fotos de Dia Mrad que explora as consequências da explosão, capturando duas narrativas paralelas: a destruição dos edifícios históricos de Beirute e o marco zero da explosão, focando nos silos de grãos que atuaram como um escudo para a cidade. Atividade presencial. 

19h - Bate-papo: Noite dos Quadrinhos II
Nesta atividade os participantes terão a oportunidade de explorar o universo das histórias em quadrinhos. Reunindo pessoas interessadas na temática, será conduzida uma roda de conversa dinâmica, na qual serão compartilhadas HQs favoritas, discutidos estilos artísticos e narrativos diversos, além de explorar o impacto dos personagens e enredos das histórias em quadrinhos na cultura contemporânea.
Mediação: Afonso Andrade
Atividade presencial

19h - Jogos: Noite de RPG “Dungeons & Dragons”
Em uma emocionante sessão de Dungeons & Dragons, os participantes serão transportados para um mundo de fantasia épica. Neste RPG (Role-Playing Game), cada jogador assume o papel de um heroi único, com habilidades e personalidade próprias. O Mestre guiará a história, criando cenários e desaos enquanto os jogadores interagem, exploram e tomam decisões como seus personagens.
Mestre: Matheus Cruz
Atividade presencial

CâmeraSete - Casa da Fotografia de Minas Gerais
Av. Afonso Pena, 737, Centro
Instagram: @palaciodasartes
Tel: (31) 3236-7363

18h - Exposição “Um País Chamado Pará”
A mostra traz um panorama da fotografia contemporânea paraense, com imagens em suportes que questionam os processos de fotografia tradicionais, introduzindo alternativas diversas como foto-esculturas, vídeos e vídeo mapping, dos principais fotógrafos da cena do estado, em um recorte que engloba os últimos 30 anos dessa produção. A exposição contará com obras de 20 artistas da fotografia do estado do Pará.
Mediação: Educadores da Fundação Clóvis Salgado. Atividade presencial.

Centro de Arte Popular
Rua Gonçalves Dias, 1608, Lourdes
Instagram: @centrodeartepopular

19h às 20h - Visita mediada à exposição de longa duração
20h às 21h - Exibição dos curtas: “A terra, o canto, as mulheres do Jequitinhonha”; “Roda de Verso” e “Mulheres, cantigas e algodão”
Curtas produzidos pela Tingui, uma organização sem fins lucrativos que atua no desenvolvimento de projetos socioculturais e socioambientais visando proporcionar melhoria na qualidade de vida de moradores rurais do Vale do Jequitinhonha.

Espaço Cultural Escola de Design - UEMG
Rua Gonçalves Dias, 1434, Praça da Liberdade
Instagram: @uemg_ed | @eceduemg
Tel: (31) 99792-7221

19h30 - Exibição de Curta Metragem no Cine-Vista - Cinema a Céu Aberto
Curta Metragem - Título a ser definido, relacionado com a exposição - Roma Expo 2030, que está em cartaz no ECED. Atividade presencial.

Fundação Clóvis Salgado - Palácio das Artes
Av. Afonso Pena, 1537, Centro
Instagram: @palaciodasartes_
Tel: (31) 3236-7363

18h - Exposição “Jequitinhonha: Origem e Gesto”
A exposição "Jequitinhonha: Origem e Gesto" é um trabalho conjunto da Gerência de Artes Visuais e a Cia. de Dança do Palácio das Artes. Com curadoria de coreograa de Marco Paulo Rolla, a mostra é composta de um complexo artístico que propõe uma imersão no universo da cultura do Vale do Jequitinhonha.A Cia. De Dança Palácio das Artes participa deste espaço com a criação do espetáculo em dias específicos. A exposição conta com vários artistas e a mediação é feita pelos educadores da Fundação Clóvis Salgado.
Mediação: Educadores da Fundação Clóvis Salgado. Atividade presencial. 

18h - Exposição “Rendando Histórias”
A coleção “Rendando Histórias” é um encontro entre as mãos das rendeiras e as figuras da brincadeira do Cavalo Marinho, tradição da zona da mata pernambucana. As mulheres que se põem em roda para rendar, exercitar, produzir, preservar e difundir as tradições de um ofício que trouxeram dos seus lugares de origem, a Renda Renascença. A exposição ocupará a PQNA Galeria Pedro Moraleida.
Mediação: Educadores da Fundação Clóvis Salgado. Atividade presencial. 

20h -Teatro musical “A Bela e a Fera - Um Musical”
Dia 14 de Setembro chega ao Grande Teatro Cemig Palácio das Artes “A Bela e a Fera – Um Musical”, em uma única apresentação a superprodução baseada neste grande clássico dos contos de fadas, escrito por Madame de Beaumont, no século XVIII. Atividade presencial. 

A partir das 15h: 3ª Semana de Cinema Negro de Belo Horizonte
A Semana de Cinema Negro é um evento dedicado à exibição de obras cinematográficas produzidas por cineastas brasileiros, africanos e das diásporas. O objetivo é fomentar o intercâmbio cultural entre o Brasil e a África. Além disso, celebraremos o talento e a contribuição dos cineastas por meio de homenagens especiais, haverá oportunidade de aprendizado através de ações formativas e a disponibilização de um catálogo com ensaios dedicados às cinematografas apresentadas durante o festival.
Vários mediadores irão participar da atividade.
Atividade híbrida com transmissão pelo site: www.semanadecinemanegro.com.br

Memorial Minas Gerais Vale
Praça da Liberdade, 640 (Esquina com Rua Gonçalves Dias)
Instagram: @memorial.vale
Tel: (31) 3308-4000

20h - Mostra de filmes: A Cinemateca é Brasileira
A Cinemateca Brasileira vai percorrer o país com a mostra itinerante “A Cinemateca é Brasileira”. O projeto traz para Belo Horizonte, no Memorial Vale, o fillme: “Bacurau”, de 2019.
Atividade presencial.

MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal
Praça da Liberdade, 680 (Prédio Rosa)
Instagram: @mmgerdau
Tel: (31) 3516-7200

Até 22h - Visita ao museu
Uma oportunidade para explorar o Museu das Minas e do Metal, um local único que une patrimônio geológico e cultural em uma experiência envolvente. Descubra a fascinante jornada dos minerais através de atividades educativas e culturais, enquanto mergulha no diálogo entre ciência, tecnologia e sociedade. Atividade presencial

Museu dos Militares Mineiros
Rua dos Aimorés, 698, Funcionários
Instagram: @museudosmilitaresmineiros
Tel: (31) 99160-1314

18h30 - Apresentação da Academia Musical Orquestra Show (AMOS)
Apresentação musical com a banda da Polícia Militar de Minas Gerais: Academia Musical Orquestra Show, com grandes sucessos. Atividade presencial.

Museu Mineiro
Av. João Pinheiro, 342, Funcionários
Instagram: @museumineiro
Tel: (31) 98407-9444

19h - Visita mediada à exposição "Minas das Artes, Histórias Gerais".
Os mediadores do Museu Mineiro irão conduzir os visitantes por um percurso pela exposição de longa duração "Minas das Artes, Histórias Gerais", que conta um pouco da fundação, história e paisagens do estado de Minas Gerais.
Mediação: Saulo Marques e Henrique Vasconcelos. Atividade presencial. 

19h - Atração musical: Reggaytime SoundSystem
A Soundsystem de BH faz o resgate do melhor da música jamaicana e suas vertentes. O jardim do Museu Mineiro estará aberto para que os visitantes tragam suas cangas e façam seu piquenique, enquanto curtem o som. Atividade presencial. 
*Em caso de chuva, o evento será cancelado.

Foto: Foto Leo Bicalho

4o Premio Decio Noviello 3 990x417

O Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, promovem as inscrições para o 4° Prêmio Décio Noviello. As inscrições começam na próxima quinta-feira (10) e vão até 29, podendo ser feita por meio do formulário disponível no site do Palácio das Artes e neste link

O edital visa selecionar artistas, curadores, coletivos ou propostas coletivas. Uma das principais ações de fomento para as artes visuais no Brasil, a premiação contemplará três projetos para as galerias do Palácio das Artes e dois para a CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais.

Artes Visuais - O Prêmio Décio Noviello de Artes Visuais vai contar com mais um espaço expositivo para a ocupação no Palácio das Artes. A Galeria Mari’Stella Tristão está aberta para receber projetos pelo edital. O espaço se junta novamente à Galeria Arlinda Corrêa Lima e à Galeria Genesco Murta. Os prêmios para cada modalidade serão de R$10.000,00 (dez mil reais) para cada exposição coletiva e R$8.000,00 (oito mil reais) para as individuais.

Fotografia - Já para o edital de Fotografia, a CâmeraSete - Casa da Fotografia de Minas Gerais contemplará dois projetos para ocupar os dois espaços expositivos. Os valores para premiação são os mesmos das Artes Visuais: R$10.000,00 (dez mil reais) para cada exposição coletiva e R$8.000,00 (oito mil reais) para as individuais. Podem se inscrever, em ambos os editais, artistas, curadores, coletivos ou propostas coletivas de brasileiros natos, naturalizados ou estrangeiros com residência no Brasil.

Pluralidade e importância da premiação - O Prêmio Décio Noviello de Artes Visuais e de Fotografia busca a ocupação das galerias da Fundação Clóvis Salgado por meio da produção contemporânea emergente e já contemplou artistas que hoje são destaques nas artes visuais brasileiras. “Além de uma importante ação de fomento da Fundação Clóvis Salgado, durante esses anos, o Prêmio Décio Noviello se consolidou como uma vitrine para a produção emergente, que abrange os artistas iniciantes, artistas com uma trajetória profissional e curadores independentes. Além disso, é uma grande oportunidade para o público mineiro vislumbrar o que há de mais diverso na arte brasileira”, explica Uiara Azevedo, gerente de Artes Visuais da FCS.

As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm como mantenedores Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal, Patrocínio da Usiminas e da Vivo e Correalização da APPA – Arte e Cultura.

Inscrições on-line – A 4° edição da premiação simplificou o processo de inscrição e agora os interessados podem submeter os projetos por meio de um formulário online. As documentações exigidas, bem como o critério de contemplação, estão especificadas no edital, que pode ser encontrado no site do Palácio das Artes e da APPA.  O resultado será divulgado no dia 29 de outubro de 2023. A Instituição também garantirá a publicação de um catálogo das exposições. Dúvidas sobre o edital podem ser esclarecidas somente pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Os trabalhos serão avaliados por uma Comissão de Seleção do Edital, que contará com a participação de profissionais convidados, com notória especialização em Artes Visuais, além de um representante da Gerência de Artes Visuais da Fundação Clóvis Salgado. Serão avaliados os portfólios dos inscritos e os projetos apresentados conforme os seguintes critérios: qualidade e contemporaneidade, relevância estética e conceitual, originalidade e ineditismo em Belo Horizonte e adequação ao espaço físico pretendido.

Prêmio Décio Noviello – Na primeira edição realizada em 2020, o Prêmio Décio Noviello contemplou o artista Froiid (MG) e a curadora Joyce Defim (MG) para a linguagem de Artes Visuais, além de Maurício Pokemon (PI) e Dalila Coelho (MG) na categoria fotografia. Já na segunda edição do Prêmio, em 2022, foram contemplados artistas com diferentes suportes, como pinturas, desenhos, colagens, gravuras, objetos, instalações, holografias, fotografias, entre outros. Na oportunidade, João Angelini (DF) ocupou a Galeria Genesco Murta e Erre Erre (SP) apresentou seu trabalho na Galeria Arlinda Corrêa Lima. Chris Tigra (SP) e Matheus Dias (CE) ocuparam a CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais.

Na terceira edição da premiação, o edital de Artes Visuais contemplou os artistas visuais Eduardo Hargreaves (Juiz de Fora – MG), para a Galeria Arlinda Corrêa Lima, com a exposição “Brasil, Hy-Brasil”, e Pedro Neves (Imperatriz – MA), para a Galeria Genesco Murta, com a exposição “Tripa”. Já o edital de fotografia premiou os artistas Julia Baumfeld (Belo Horizonte – MG), com a exposição “Entre cantos e lamentos”, para o Espaço 1, e Bruno Barreto (Dom Pedrito – RS), com a exposição “5 casas”, no Espaço 2, na CâmeraSete.

O ano de 2020 marcou o lançamento da nomenclatura Prêmio Décio Noviello, em homenagem ao artista. Desenhista, cenógrafo, figurinista, gravurista e pintor belo-horizontino, Noviello realizou sua última exposição em vida, Cor Opção, durante a programação do ArteMinas 2018, na Fundação Clóvis Salgado (FCS). Na abertura, o artista reviveu o happening que compunha a mostra Do Corpo à Terra, que integrou a programação de inauguração do Palácio das Artes, em 1970. Em sua trajetória, Décio Noviello também criou inúmeras cenografias e figurinos para balés, óperas e peças teatrais produzidas pela FCS, além de outras mostras de artes plásticas.

Já foram contemplados pelo Edital de Artes Visuais da FCS trabalhos de artistas como Adriana Maciel, André Griffo, Bete Esteves, Claudia Tavares, Éder Oliveira, Isabel Löfgren e Patricia Gouvêa, Juliana Gontijo, Luis Arnaldo, Marcelo Armani, Nydia Negromonte, Ricardo Burgarelli, Ricardo Homen, Lorena D’arc, Renata Cruz, Rodrigo Arruda, Pedro Neves, Eduardo Hargreaves. Já o Edital de Fotografia da FCS contemplou, desde sua primeira edição, trabalhos dos artistas Daniel Antônio, Letícia Lampert, Luiza Baldan, Nelton Pellenz, Tiago Aguiar, Coletivo Família de Rua, Victor Galvão e Élcio Miazaki, Julia Baumfield e Bruno Barreto.

Serviço
Inscrições: www.palaciodasartes.com.br ou neste link
Período: 10 de agosto de 2023 até 29 de setembro de 2023

 

Circuito Liberdade Leo Bicalho

Exposições, bate-papos, mostras e festivais têm dinamizado a programação do Circuito Liberdade, cujo público, entre janeiro e julho deste ano, já supera o total de 2022, com 2,8 milhões de participantes de atividades presenciais e virtuais. O primeiro semestre, inclusive, foi o que registrou a maior frequência de público desde a criação do Circuito, em 2010, chegando ao número de 2,3 milhões de pessoas em junho.

O Circuito Liberdade é gerido pela Fundação Clóvis Salgado, que integra a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG). Atualmente, possui 32 equipamentos, sendo o Palácio da Liberdade o centro cultural mais recente do complexo, desde a cessão do espaço para a Secult em setembro de 2022.

Até julho, o Palácio recebeu mais de 130 mil visitantes. Alguns deles, inclusive, estiveram ali pela primeira vez. É o caso do estudante Jean Marques Barbosa de Souza, que aprova a ideia de um circuito. Para ele, a proximidade dos espaços é convidativa e facilita muito o percurso por todos eles.

“Achei a estrutura daqui bem bonita e organizada. As informações que estão nas guias ajudam bastante, conheci muito da história de Minas Gerais. Acabei de visitar o Museu das Minas e do Metal (MM Gerdau) e o CCBB-BH, e acho que a existência de um circuito cultural ajuda muito a conhecer os espaços e aprender mais sobre a história do local”, disse Souza.

Se existem os novatos, há também quem acompanha continuamente a programação do Circuito, como a administradora Giusiane Vieira Rocha. “Venho à Biblioteca Pública Estadual pelo menos uma vez ao mês. Frequento as exposições, contações de histórias, e passei a frequentar também o Cine Clube da UEMG. A programação daqui é bem variada e eu aproveito de tudo”, conta Giusiane, que também costuma ir ao Memorial Minas Gerais Vale e ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

Outro assíduo é o professor universitário Romeu Rodrigues Pereira, 56 anos, que dá aula na Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e aproveita os intervalos do trabalho para ir aos museus da Praça da Liberdade. “Venho no MM Gerdau com bastante frequência, gosto muito da parte dos minérios. Dentro do Circuito Liberdade, também frequento o Memorial Minas Gerais Vale. Acho que esse circuito cultural foi a melhor coisa que fizeram. Ajudou muito o povo mineiro a acessar mais os equipamentos aqui em Belo Horizonte”, atesta.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, observa que o aumento do público no Circuito Liberdade demonstra a recuperação do setor pós-pandemia e reflete as ações do Governo de Minas para potencializar a vocação cultural e turística do complexo. “Os espaços do Circuito Liberdade são atrativos tanto para moradores quanto para os turistas. Praticamente toda programação do Circuito é aberta, de graça, além de muito diversa, então é importante que as pessoas conheçam, participem e aproveitem isso”, afirma Oliveira. 

“O Circuito Liberdade é também um modelo para impulsionar a economia da criatividade. O complexo movimenta uma cadeia produtiva enorme. São curadores, músicos, diversos profissionais que atuam na realização de projetos que fomentam a cultura, a qual é a principal motivação da atividade turística no nosso estado. Esta, inclusive, tem crescido de maneira de maneira surpreendente, 720% acima da média nacional, o que contribui para mais geração de emprego e renda”, completa o secretário.

Circuito Liberdade Foto Leo Bicalho

Circuito Liberdade para além da Praça

Quando foi criado, em 2010, o então Circuito Cultural Praça da Liberdade compreendia seis espaços: Palácio da Liberdade, Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, Arquivo Público Mineiro, Museu das Minas e do Metal, Memorial Minas Gerais Vale e Espaço do Conhecimento UFMG. Juntos, eles somaram 473.492 visitas naquele ano.

De lá para cá, o Circuito Liberdade só aumentou. Em 2020, a rede de equipamentos estendeu sua área de atuação para todo o perímetro da Avenida do Contorno, alcançando 32 espaços culturais. Um deles é o Sesi Museu de Artes e Ofícios, na Praça da Estação, onde a estudante Bruna Pelegrino Zaneti conheceu a exposição “Bolinho x Goma: Articulações urbanas”.

Vinda de São Paulo para cursar artes plásticas na UEMG, Bruna elogiou a curadoria da mostra. “Achei muito incrível trazer esses dois artistas das ruas para cá, porque muda o público do museu, convida mais pessoas a frequentarem o espaço. Fico muito feliz que os museus estão abertos para outras formas de arte”, opina a universitária, que, em seis meses morando na capital mineira, já se tornou fã do Circuito Liberdade.

“Desde que cheguei, o CCBB foi o museu que mais frequentei. Mas já fui em vários do Circuito Liberdade. Existe uma certa praticidade em ter um circuito cultural. Você sai de casa no final de semana e já consegue acessar vários espaços em um único dia, o que facilita muito a questão da locomoção, principalmente para quem mora longe”, avalia.

História

O Circuito Liberdade surgiu a partir da inauguração da Cidade Administrativa. Com a transferência da sede do governo para a região Norte de Belo Horizonte, em 2010, os prédios históricos da Praça da Liberdade, antes ocupados pelas secretarias, foram transformados em espaços culturais com foco na arte, na cultura e na preservação do patrimônio.

Foto: Leo Bicalho

thumbnail CDPA Credito Paulo Lacerda 4

Em agosto, a Fundação Clóvis Salgado promove um encontro da Dança com as Artes Visuais. “Jequitinhonha: Origem e Gesto” reúne, na Grande Galeria do Palácio das Artes, aspectos de uma das regiões mais emblemáticas de Minas Gerais: o Vale do Jequitinhonha. Esse novo projeto, que propõe a união de duas linguagens artísticas, conta com uma exposição com mais de 100 objetos e uma coreografia inédita da Cia. de Dança Palácio das Artes (CDPA) inspirada nas tradições e culturas do povo de Turmalina, no Alto Jequitinhonha.

Antes da estreia do espetáculo, marcada para sexta-feira (4/8), cerca de 30 artesãs de Turmalina irão acompanhar a coreografia da CDPA em primeira mão. Esse encontro acontece na Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard, a partir das 17h. Criação coletiva da Cia. de Dança, a nova montagem reúne diversas referências culturais dos moradores da região. O trabalho teve início em abril, quando a CDPA fez uma visita de campo a espaços de artesanato e outros centros comerciais no município, ampliando, assim, a percepção dos bailarinos para as diferentes facetas da região.

De Turmalina, os bailarinos seguiram para uma jornada de encontros em três comunidades, com o intuito de entender o “Gesto”. No distrito de Cachoeira do Fanado, por exemplo, o grupo conheceu as criações em artesanato que auxiliam na renda dos moradores. Além disso, a Cia. de Dança Palácio das Artes participou de conversas com ricas trocas junto às mulheres da comunidade. A proposta era entender mais das cantigas e danças de roda que são passadas de geração em geração pelas moradoras do local. Em Campo Alegre e Campo Buriti, os bailarinos passaram por experiência semelhante ao descobrir mais detalhes sobre os costumes locais e como esse saber popular poderia ser fonte inspiradora na criação que iniciava.

A partir do contato com os moradores e as múltiplas culturas da região, os bailarinos passaram a criar, coletivamente, a nova coreografia. Ao longo do processo criativo, os corpos foram incentivados a se conectar com a matéria do barro que simboliza a riqueza artística e até mesmo financeira da região. Na coreografia de Jequitinhonha, os artistas da dança incorporam elementos da cultura do Vale para além da observação cotidiana. As famosas bonecas, por exemplo, inspiram passos que se desdobram em histórias dos moradores. Por sua vez, a vegetação característica do Vale do Jequitinhonha se incorporou no imaginário dos bailarinos e foi ressignificada a partir de corpos que irão ocupar a galeria.

 

Jequitinhonha: Origem e Gesto

Artes Visuais e Dança são a inspiração para o novo projeto artístico da Fundação Clóvis Salgado, “Jequitinhonha: Origem e Gesto”. Nessa iniciativa inédita de junção de várias expressões artísticas ocupando a Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard, a Cia. de Dança Palácio das Artes (CDPA) e as Artes Visuais se unem para apresentar ao público uma criação híbrida, em que duas linguagens se tornam uma. O projeto é uma realização do Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, por meio da Fundação Clóvis Salgado, com a correalização do Sebrae.

Com coordenação geral do artista Marco Paulo Rolla, “Jequitinhonha: Origem e Gesto” chega para celebrar, na capital mineira, dentro do Palácio das Artes, a riqueza criativa do povo do Vale do Jequitinhonha. Uma ambientação inspirada no Vale foi criada no espaço da Grande Galeria para receber a exposição panorâmica, a partir dos tons terrosos, dos barrancos, das casas de pau a pique e das texturas da paisagem daquela região. A mostra é composta por 100 peças históricas dos principais artistas e artesãos da região. A expografia contém peças vindas de acervos particulares, do Centro de Arte Popular (CAP), com obras da colecionadora Priscila Freire, e do Sebrae/MG e ainda criações atuais feitas especialmente para a ocasião.

“Jequitinhonha: Origem e Gesto” ocupa a Grande Galeria do Palácio das Artes de 4 de agosto a 8 de outubro. A mostra de artes visuais pode ser visitada de terça a sábado, das 9h30 às 21h; domingo, das 17h às 20h. Já a coreografia da Cia. de Dança será apresentada em 4,5,11, 12, 18, 19, de agosto; 1º, 2, 8, 9, 22, 23, 29 e 30 de setembro; e 6 de outubro, sempre às 20h, com retirada de ingressos 1 hora antes, na Bilheteria do Palácio das Artes. A entrada é gratuita.

Foto: Paulo Lacerda

Faop Exposição Getso Difícil 2

O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult/MG) e da Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop), inaugura nesta sexta-feira (15/9), às 17h, a exposição “Gesto Difícil – Instalação com Xilogravuras de Grande Formato”, do artista Rafael da Mata. A mostra ficará até 15 de outubro na Galeria de Arte Nello Nuno, que tem entrada gratuita.

O público poderá observar pelo menos 16 obras de 1,80 metro, impressas em tecidos translúcidos, que serão expostas ao longo de toda a galeria. Além disso, são destaques da mostra as matrizes em madeira e as ferramentas que o artista utiliza na gravação e impressão do trabalho.

A instalação propõe uma maneira de pensar a gravura a partir do movimento exato, que não aceita erros. O “Gesto Difícil”, que dá nome à mostra, é representado pelo processo executado pelo artista desde os primeiros traços com o pincel para marcar o desenho. Além disso, há os movimentos certeiros com a goiva, ferramenta usada para a gravação na madeira, sem deixar de lado a pressão exata exercida pelas mãos durante as impressões das gravuras.

Serviço
Exposição “Gesto Difícil – Instalação com Xilogravuras de Grande Formato”
Artista: Rafael da Mata
Abertura da exposição: 15/09, às 17h
Período expositivo: 15/09 a 15/10
Local: Galeria de Arte Nello Nuno (FAOP), Getúlio Vargas, 185, bairro Rosário - Ouro Preto
Funcionamento: De terça a sexta, das 9h às 12h e das 13h às 17h | Sábado e domingo, 13h às 17h

Entrada Gratuita

O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo e da Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop), recebe inscrições para cursos livres do Núcleo de Arte & Ofícios da Faop. Os interessados podem se inscrever até 20h próxima terça-feira (8), gratuitamente, através de formulário online ou de forma presencial, na sede da instituição.

Faop cursos livres

São oferecidos seis cursos ao total, todos presenciais e gratuitos. As aulas de musicalização, artes plásticas e cerâmica são voltadas para crianças, que também poderão participar do curso de circuitos museológicos juntamente com os jovens. Os cursos de guitarra são destinados a pessoas com pelo menos 14 anos, enquanto os de desenho, história da arte, encadernação, estamparia, xilogravura, cerâmica, violão e guitarra aceitam alunos a partir de 16 anos.

As inscrições contemplam também o Programa de Formação em Arte (PFA), que reúne conteúdos teóricos e práticos e é dedicado a jovens a partir de 16 anos e adultos. Os interessados em cursar o PFA deverão tratar diretamente na Secretaria do Núcleo de Arte & Ofícios. Os cursos acontecerão de 16 de agosto a 14 de dezembro. No dia 15 de dezembro, os alunos mostrarão seus trabalhos.

Serviço

Cursos livres do Núcleo de Arte & Ofícios da Faop

Prazo de inscrição: Até 20h do dia 8/8/2023 (terça)

Formulário de inscrição: aqui

Período de realização do curso: 16/08 a 14/12/2023

Apresentação final: 15/12/2023.

Exposição Oceanvs Imersão em azul na Casa Fiat de Cultura crédito Luiz Maudonnet 6

A Casa Fiat de Cultura – equipamento do Circuito Liberdade, complexo cultural gerido pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado – abre a exposição “OCEANVS - Imersão em Azul”. Desenvolvida pelo coletivo AYA, a mostra nativamente digital explora a imensidão e os mistérios de um oceano profundo e convida à imersão no elemento mais abundante em nosso planeta: a água.

Com curadoria de Antonio Curti e direção criativa de Felipe Sztutman, a exposição apresenta projeções artísticas em 3D capazes de provocar os sentidos em uma experiência sensorial que simula o fundo do mar. As obras ficam expostas até 19 de novembro, com entrada gratuita.  

Com a exposição, a Casa Fiat de Cultura uma vez mais aponta para o futuro, ao colocar luz sobre o cenário artístico contemporâneo, suas transformações e seus novos formatos. Para o presidente da instituição, Massimo Cavallo, esta é uma forma de proporcionar ao público a oportunidade de vivenciar uma linguagem ainda jovem e plena de possibilidades.

“Encontramos e oferecemos alicerce conceitual e criativo para emergir a tecnologia em toda sua potência dentro deste novo campo de saber. Movimentos, imaginação e estímulos sensoriais, que cada corpo irá sentir à sua própria maneira, irão acontecer de forma subjetiva, única e particular. Para além dessa experiência, evocamos o tema da sustentabilidade, tão essencial ao nosso tempo, e que aqui se apresenta por meio da inovação artística”, salienta Massimo Cavallo.  

Ao invés de ocupar o lugar de apenas contemplador, em “OCEANVS - Imersão em Azul” o público fica imerso na obra e se coloca dentro dela. Antonio Curti, curador da exposição, explica que a arte digital dialoga com o que, atualmente, mais prende a atenção das pessoas: a tecnologia. “Usamos a tecnologia para acessar pessoas de todas as idades, de crianças aos idosos. Ao invés de ver o mundo em 2D, pesquisamos formas de expandir essa experiência e transformá-la de virtual a espacial. Além disso, trabalhamos com o conceito de site specific, por isso apresentamos uma proposta inédita na Casa Fiat de Cultura. Assim, apresentamos uma jornada imersiva etérea dentro do elemento água e a sua representação na utopia quimérica do ser humano”, explica.  

“OCEANVS - Imersão em Azul na Casa Fiat de Cultura” é uma realização da Casa Fiat de Cultura e do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Conta com o patrocínio da Fiat e do Santander, apoio institucional do Circuito Liberdade e apoio do Governo de Minas e do Programa Amigos da Casa.    

A exposição
A mostra convida o público a ingressar em uma experiência audiovisual em dois ambientes de projeção, divididos em oito atos: prelúdio, horizonte, mergulho, submersão, tempestade, seca, caos e vida. O primeiro ambiente é interativo e conta com projeção apenas no piso, servindo, como explica o curador, “para ‘resetar’ a mente do visitante, uma alternativa para prepará-lo para a experiência que será vivenciada em seguida”. A segunda sala é uma imersão 360° onde estão projeções em todas as paredes e no piso. “Preparamos a galeria de forma que o público encontre a introdução e, então, a arte final”, completa Curti.  

O conteúdo desta obra digital é transmitido em loop, em resolução 8K, e é repleto de mergulhos que conduzem o público por uma jornada etérea que simula a imensidão do oceano. Cor, luz, sombra e trilha sonora completam a experiência e se unem para atingir uma poética que não poderia ser alcançada de outra maneira para levar o visitante a um passeio pelas profundezas e segredos das águas. 

Além de criar experiências sensoriais e imersivas, “OCEANVS” reforça as discussões sobre a sustentabilidade. O objetivo é evocar sensações e sentimentos sobre a importância da água no mundo, na sociedade e no imaginário do ser humano. “Água é o elemento primordial para a sobrevivência da humanidade e do planeta em que vivemos. Nossa relação com ela se dá antes mesmo do nascimento, no útero materno, e se propaga por toda a nossa vida. O líquido que nos sacia, as praias que nos acalmam, por exemplo, são signos da importância que este elemento tem para o ser humano”, reflete o curador Antonio Curti.  

Programação paralela
Como parte das discussões propostas pela Casa Fiat de Cultura por meio da exposição “OCEANVS - Imersão em Azul”, durante os sábados e domingos do mês de setembro, o público poderá participar do “Ateliê Aberto Desenho das águas: a vida em desenhos”. Utilizando técnicas clássicas de desenho e materiais como grafite, lápis de cor, massas, hachuras sobre papel e outros suportes, o ateliê mostrará as possibilidades infinitas de criação, tal qual a vastidão dos oceanos.

A atividade, conduzida pelo Programa Educativo da Casa Fiat de Cultura, encoraja reflexões sobre a necessidade da água para a vida e a relação que desejamos construir com esse bem. Conexões entre a cultura geral e de povos originários brasileiros, bem como suas lendas e representações também serão abordadas durante o processo criativo.  

As atividades do Ateliê Aberto acontecem até 24 de setembro, sempre aos sábados e domingos, em dois horários: às 10h30 e às 15h. A participação é gratuita, para todas as idades e não há necessidade de inscrição ou de ter conhecimentos prévios. As crianças menores de 12 anos devem estar acompanhadas por um responsável e o espaço está sujeito à lotação.  

Serviço
Exposição “OCEANVS - Imersão em Azul” 
Período expositivo: 12 de setembro a 19 de novembro de 2023 
Visitação presencial: Terça-feira a sexta-feira, das 10h às 21h | Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h (exceto segundas-feiras)
Local: Casa Fiat de Cultura - Praça da Liberdade, 10, Funcionários – Belo Horizonte
Entrada gratuita 

Ateliê Aberto Desenho das águas: a vida em desenhos 
Datas: 2, 3, 7, 8, 9, 10, 16, 17, 23 e 24 de setembro 
Horários: Sábados e domingos, das 10h30 às 12h e das 15h às 17h
Local: Casa Fiat de Cultura - Praça da Liberdade, 10, Funcionários – Belo Horizonte
A participação é gratuita, para todas as idades e não há necessidade de inscrição ou de ter conhecimentos prévios.

Foto: Luiz Maudonnet

Grupo Corpo Estancia ensaio foto José Luiz Pederneiras JLP1737

De quinta a domingo – dias 3, 4, 5 e 6 de agosto –, a Filarmônica de Minas Gerais e o Grupo Corpo se encontram pela primeira vez no palco da Sala Minas Gerais e fazem a estreia brasileira do balé Estância, do compositor argentino Alberto Ginastera. As apresentações acontecem às 20h30, exceto no domingo, em que o espetáculo acontecerá às 18h.

A batuta é do maestro Fabio Mechetti, diretor artístico e regente titular da Filarmônica de Minas Gerais. A coreografia é de Rodrigo Pederneiras e a direção artística de Paulo Pederneiras. O balé é uma encomenda da Filarmônica de Los Angeles ao grupo O Corpo, que estreou no dia 18 de julho, no Hollywood Bowl, com a regência do maestro Gustavo Dudamel.

A Filarmônica e o Grupo Corpo já estiveram juntos na gravação da trilha do balé Dança Sinfônica, criada por Marco Antônio Guimarães para as comemorações dos 40 anos do grupo, em 2015. Agora, na celebração dos 15 anos da Filarmônica, os dois grupos voltam a se encontrar. As Seis Danças Sinfônicas, que é parte da obra gravada junto à Orquestra, e as Danças Norueguesas de Grieg, abrem a noite nos três dias. Venda de ingressos a partir de 4 de julho, terça, ao meio-dia, no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala Minas Gerais.

O maestro Fabio Mechetti diz: “Para exaltar ainda mais a celebração dos 15 anos da Filarmônica, unimos dois dos maiores patrimônios culturais mineiros, exemplificados pela seriedade e excelência do trabalho desenvolvido, da penetração que esse trabalho tem tanto em Minas quanto no exterior, e pela riqueza a artística com que música e dança transformam positivamente nossa sociedade. Ficamos muito honrados e felizes com esta possibilidade singular da apresentação conjunta dos nossos dois grupos artísticos. Tenho certeza de que será uma experiência excepcional para todos nós”.

“É uma alegria constatar o reconhecimento do nosso trabalho por um dos mais importantes regentes da atualidade e uma das maiores orquestras do mundo e estrear no Brasil com a Filarmônica de Minas Gerais, grupo excepcional”, ressalta Paulo Pederneiras, diretor artístico do Grupo Corpo. 

Serviço
Filarmônica e Grupo Corpo em concerto

Datas: 3, 4, 5 e 6 de agosto de 2023
Horário: Dias 3, 4 e 5, às 20h30 | Dia 6, às 18h.
Local: Sala Minas Gerais – Rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto - Belo Horizonte
Ingressos: R$ 280 (Plateia Central, Balcão Principal, Balcão Lateral, Balcão Palco, Mezanino) R$ 100 (Coro e Terraço). Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.
Funcionamento da bilheteria:
Dias sem concerto
3ª a 6ª — 12h a 20h
Sábado — 12h a 18h

Dias com concerto
12h a 22h — quando o concerto é durante a semana
12h a 20h — quando o concerto é no sábado
09h a 13h — quando o concerto é no domingo
Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Foto: José Luiz Pederneiras

Coleção Rendando Histórias Crédito Rinaldo Martinucci 3

A arte das Rendeiras da Aldeia de Carapicuíba chega ao Palácio das Artes por meio de uma expografia inédita que vai ocupar, a partir desta quarta-feira (13/9), a PQNA Galeria Pedro Moraleida. A exposição “Rendando Histórias” ficará até 12 de novembro no espaço, que também promoverá atividades especiais para quem quiser conhecer mais sobre a tradicional Renda Renascença e o dia a dia das rendeiras. A realização é do Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult/MG) e da Fundação Clóvis Salgado (FCS).

Nesta terça (12/9), às 18h, ocorrerá um bate-papo com as rendeiras. A conversa acontecerá no Café do Palácio das Artes, e terá a presença de Lucilene Silva e Viviane Foster, da Oca Escola Cultural (que desenvolve o projeto Rendeiras da Aldeia), e Alexandre Rousset, responsável pelo projeto expográfico. O encontro incluirá também alguns Cantos de Trabalho, cânticos entoados durante todo o processo de feitura da renda e que tornam o processo mais leve e alegre.

Já na quarta-feira (13), entre 10h e 13h, acontecerá a Oficina de Renda Renascença, com sete rendeiras que estarão em Belo Horizonte especialmente para a mostra. Os encontros acontecerão no Café do Palácio das Artes, sendo necessário realizar inscrições por meio de formulário. As primeiras 30 pessoas inscritas serão contempladas com as vagas.

Cada aluna e/ou aluno aprenderá todo o processo da renda e iniciará e feitura de uma pequena peça. Para isso, será necessário trazer uma toalha de rosto grande para a confecção do rolo e uma tesoura.

O objetivo é dividir com os participantes a técnica da Renda Renascença, renda de agulha e almofada muito difundida no Nordeste brasileiro. Será também compartilhado o histórico das Rendeiras da Aldeia, um grupo de mulheres migrantes que vive nas imediações do patrimônio histórico Aldeia Jesuítica de Carapicuíba e que, além do cultivo, compartilhamento e produção da Renda Renascença, mantém a tradição dos cantos de trabalho.

As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm como mantenedores Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal, Patrocínio da Usiminas e da Vivo e Correalização da APPA – Arte e Cultura.

Serviço
Bate-papo e cantos de trabalho com as rendeiras
Data: 12/9/2023 (terça-feira)
Horários: 18h
Local: Café do Palácio das Artes - Av. Afonso Pena, 1537, Centro, Belo Horizonte
Classificação Indicativa: Livre
Evento gratuito 

Oficina de renda renascença | Exposição Rendando Histórias
Data: 13/9/2023 (quarta-feira)
Horários: 10h às 13h
Local: Café do Palácio das Artes - Av. Afonso Pena, 1537, Centro, Belo Horizonte
Formulário de inscrição: https://forms.gle/pdrkhxPfVc2zEt5X8
Evento gratuito 

Exposição “Rendando Histórias”
Período expositivo: De 13/9/2023 a 12/11/2023
Local: PQNA Galeria Pedro Moraleida - Av. Afonso Pena, 1537, Centro, Belo Horizonte
Entrada Gratuita

Informações para o público: (31) 3236-7400

Foto: Rinaldo Martinucci

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Uma cooperação técnica entre a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) e a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) foi oficializada durante a abertura do 5º Encontro de Gestores de Cultura e Turismo e Circuitos Turísticos, nesta terça-feira (1), no Grande Teatro Cemig do Palácio das Artes. O secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, e a Diretora de Comunicação da Cemig, Cris Kumaira, assinaram um termo que prevê a realização de quatro editais que somam R$ 11 milhões em investimentos na cultura e no turismo entre 2023 e 2024.

Na ocasião também foi assinado o Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável com a 360 Turismo. A iniciativa estabelece um planejamento que norteará as ações da Secult voltadas ao setor turístico até 2024. A segunda fase desse trabalho se iniciará no dia 16 de agosto e realizará um diagnóstico com informações de todos os territórios do estado, a partir de oficinas, pesquisas e entrevistas.

Outra novidade destacada foi a realização nos dias 1, 2 e 3 de setembro do Caipiblue - Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea, que deverá acontecer no Circuito Liberdade.

O evento é realizado pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), em parceria com a Associação Mineira de Municípios (AMM), Rede Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo e Federação dos Circuitos Turísticos de Minas Gerais (Fecitur).

Editais

O primeiro edital da Cemig será voltado para o Natal, com lançamento em setembro deste ano. O objetivo, de acordo com Cris Kumaira, é “reforçar os traços de mineiridade” nesta época do ano. O segundo é para o Carnaval e deverá ser executado em 2023. “Nós queremos dar mais tempo para a organização dessa festa, tendo em vista toda a movimentação da economia atrelada a ela”, completou a Diretora de Comunicação da Cemig. O terceiro edital é o Luzes do Patrimônio que viabilizará a instalação de uma iluminação moderna e de qualidade em igrejas, museus e prédios históricos.

“E neste momento estamos trabalhando na construção de um quarto edital a ser lançado um pouco mais a frente e 100% focado no interior de Minas Gerais. Ele vai incentivar e promover a realização de festivais e festas tradicionais dos nossos municípios. Sabemos como essas festas fazem parte da vida dos mineiros e da importância delas. Temos muitos festivais de qualidade espalhados por todas as regiões do estado e que reúnem diferentes manifestações culturais”, acrescentou Kumaira.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, celebrou a iniciativa. “Isso que a Cemig faz representa um passo gigantesco; dá clareza e transparência para os patrocínios, e, sobretudo, dá oportunidade para o interior apresentar os seus projetos. Obrigado por essa parceria constante”, pontuou.

Em sua fala de boas-vindas aos participantes do encontro, Oliveira também pontuou a expansão da atividade turística em Minas Gerais, a qual, no mês de abril, registrou crescimento de 720% acima da média nacional, no comparativo com o mesmo período de 2022. “Nossa cultura é o grande produto. Um crescimento de 720% na atividade turística e a geração de 100 mil empregos no ano de 2022 revelam o quanto essa transversalidade tem feito e fará muito bem para Minas Gerais”, frisou o secretário.

Caipiblue

Oliveira reforçou o convite para os gestores retornarem no início de setembro para participarem do Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea, o qual terá um Simpósio Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea aberto ao público, em Belo Horizonte. “Queremos muito que vocês conheçam mais sobre essa área da gastronomia que é a cozinha mineira contemporânea. Nosso queijo está com valor agregado muito grande, tanto que é candidato a patrimônio mundial da Unesco, e também o nosso café, a nossa doçaria. Mas precisamos fincar o pé na contemporaneidade da nossa cozinha, uma vez que a cozinha clássica foi protegida no mês passado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG)”, acrescentou o secretário.

O chef Felipe Rameh detalhou que o festival deverá reforçar a cozinha mineira, preservar a tradição e contribuir para a formação dos profissionais. Ele também comentou que o projeto se baseia no intercâmbio com o governo de Curaçao, o qual se insere no âmbito das ações da Secult para a internacionalização do destino Minas Gerais por meio dessa conexão com o Caribe. “Nós teremos aqui bartenders de Curaçao, que vão participar desses eventos na Praça da Liberdade”, sublinhou.

Nos jardins do Palácio da Liberdade também haverá uma feira de artesanato e de produtos mineiros, com cafés, doces e pratos de cozinha contemporânea realizados por chefes convidados. “No salão principal do Palácio, haverá alguns jantares beneficentes e parte desses valores será doado ao Servas (Serviço Social Autônomo)”, completou Rameh.

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Apresentações culturais

Os participantes do 5º Encontro de Gestores foram recebidos pela Marujada de Coronel Fabriciano, que realizou um pequeno cortejo no foyer do Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, minutos antes da abertura do evento, às 14h. Após as falas oficiais, o artista Saulo Laranjeira também subiu ao palco para apresentar um monólogo que exaltou a mineiridade. Por fim, o Coral Lírico de Minas Gerais encerrou o primeiro dia do evento, encantando o público logo após a aula magna ministrada pelo secretário Leônidas Oliveira e pela secretária-adjunta Milena Pedrosa.

Fotos: Leo Bicalho

 

Coral Lírico de Minas Gerais Crédito Paulo Lacerda 1

O Palácio da Liberdade receberá pela primeira vez, nos próximos dias 19 e 20 (terça e quarta-feira), a partir das 18h, edição especial do projeto Noites Líricas, com o Coral Lírico de Minas Gerais (CLMG). O corpo artístico da Fundação Clóvis Salgado (FCS) vai interpretar trechos dos coros de “Norma", de Vicenzo Bellini, e “La Traviata", de Giuseppe Verdi, duas das óperas mais famosas do repertório mundial. A entrada é gratuita, e a classificação indicativa é livre.

O “Lírico pela cidade - Noites Líricas no Palácio da Liberdade” é apresentado pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult/MG) e da Fundação Clóvis Salgado (FCS), gestora do Circuito Liberdade. As atividades da fundação têm como mantenedores Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal, Patrocínio da Usiminas e da Copasa e Correalização da APPA – Arte e Cultura.

Um grande diferencial será a utilização do Palácio da Liberdade, não apenas como local da apresentação, mas também como espaço de integração com os artistas e com a cenografia do espetáculo. O prédio, que foi transformado em Centro Cultural em setembro de 2022, que faz parte do Patrimônio Histórico e Cultural de Minas Gerais.

“Serão duas noites em que vamos unir o Patrimônio Humano, representado pelo Coral Lírico de Minas Gerais e pelos autores das óperas que vamos interpretar, com o Patrimônio Material, Cultural e Histórico de Minas Gerais, que representa o Palácio da Liberdade”, afirma o maestro titular do CLMG, Hernán Sánchez, diretor geral e preparador musical do espetáculo, que nesta edição do “Noites Líricas” será acompanhado pelo pianista Fred Natalino.   

Presença especial
O Coral Lírico de Minas Gerais tem um vasto repertório operístico, sendo um dos poucos coros brasileiros que executam uma programação anual do gênero. Nessa apresentação, atuam a soprano Lilian Assumpção, a mezzo-soprano Bárbara Brasil, os tenores Marcelo Salomão e Wagner Soares de Oliveira, os barítonos Pedro Vianna e Filipe Santos e os baixos-barítonos Cristiano Rocha e André Fernando.  Os figurinos são do Centro Técnico de Produção e Formação Raul Belém Machado (CTPF). E para esta edição do “Noites Líricas”, contaremos com a participação especial da grande soprano mineira Eliseth Gomes.

Em razão das restrições quanto à utilização dos espaços do Palácio da Liberdade, o acesso ao público será permitido apenas para uma lotação máxima de 50 pessoas em cada uma das duas noites de espetáculo. Os interessados deverão chegar ao local com uma hora de antecedência, e a retirada dos ingressos será por ordem de chegada. Os espectadores deverão respeitar as regras de visitação e segurança do Palácio da Liberdade.

Fundação Clóvis Salgado
Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS. 

A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.

Serviço
Noites Líricas | Coral Lírico de Minas Gerais
Datas: 19/9 (terça-feira) e 20/9 (quarta-feira)
Horário: 18h
Local: Palácio da Liberdade - Praça da Liberdade, s/nº, Funcionários - Belo Horizonte
Informações para o público: (31) 3236-7400 | www.fcs.mg.gov.br
Entrada gratuita (sujeita à lotação do espaço)

Foto: Paulo Lacerda

Marte Um

O Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam a mostra Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, que chega à sua 22ª edição em 2023 trazendo uma seleção dos filmes nacionais que mais se destacaram ao longo do último ano. Desta vez, o público do Palácio das Artes terá a oportunidade de ver, de sexta (4/08) a quinta-feira (10/08), 15 destas produções, como Medida Provisória, de Lázaro Ramos, e o mineiro Marte Um, de Gabriel Martins, que lideram as indicações ao Troféu Grande Otelo.

Os longas-metragens finalistas foram divididos em três categorias do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2023: Melhor Longa-metragem de Ficção, Melhor Longa-metragem Documentário e Melhor Longa-metragem de Comédia. Os espectadores poderão, ainda, opinar nas três categorias, cujos vencedores serão escolhidos também por votação popular, em formulário disponível no site da Academia. No caso específico dos filmes de comédia, a decisão fica por conta, exclusivamente, do público. As sessões no Cine Humberto Mauro são gratuitas, com retirada de ingresso a partir de 1 hora antes da exibição, e têm classificação variável, de acordo com cada filme.

Organizado pela Academia Brasileira de Cinema desde 2002, a premiação congrega profissionais e artistas do cinema em uma celebração anual que destaca a excelência, a criatividade e o talento presentes nas obras produzidas em solo nacional. Escolhidos em votação pelos sócios da Academia, os finalistas concorrem ao Prêmio Grande Otelo em 28 categorias, além do prêmio do Voto Popular. O Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2023 irá anunciar seus vencedores no dia 23 de agosto, através de uma cerimônia realizada no Rio de Janeiro e transmitida ao vivo pelo Canal Brasil e pelo YouTube da Academia.

As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm como mantenedores Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal, Patrocínio da Usiminas e Correalização da APPA – Arte e Cultura.

Um encontro com o cinema nacional

Com foco na promoção da cinematografia feita no Brasil junto à população do país, o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro tem se consolidado como uma forma de reconhecimento da qualidade técnica e artística dos filmes nacionais e da confraternização entre os profissionais que os fazem. Os 15 títulos selecionados como finalistas para as três categorias que concorrem pelo voto popular demonstram a pluralidade tanto do cinema comercial quanto das produções independentes.

Vitor Miranda, gerente de Cinema do Cine Humberto Mauro, destaca a importância de cada um destes filmes ganhar uma sessão no Palácio das Artes. “É muito significativo realizar essa mostra de maneira gratuita, porque o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro traz um pouco dessa celebração do cinema nacional. É algo parecido com a intenção do Oscar, de exaltar a própria indústria. O cinema brasileiro ainda tenta se firmar nessa produção industrial, então é fundamental que esse tipo de premiação exista para que o público possa conferir um pouco do que mais se destacou dentro dos circuitos comercial e independente ao longo do último ano no país”, ressalta.

A mostra começa com os concorrentes na categoria Melhor Filme de Ficção, exibindo alguns dos maiores sucessos de crítica e público lançados em 2022. É o caso de Marte Um (2022), produzido em Minas Gerais e escolhido para representar o Brasil em uma vaga na categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar 2023. O longa, que retrata dia a dia de uma família negra de classe média baixa na periferia de Belo Horizonte, já foi lançado internacionalmente e coleciona críticas positivas no Brasil e no exterior, tendo permanecido por diversos meses em cartaz nos cinemas do país.

Medida Provisória (2020), a distopia que marca a estreia do ator Lázaro Ramos na direção, lidera as indicações, e também compete pela escolha do público. Completam a categoria os filmes Eduardo e Mônica (2022), dirigido por René Sampaio e baseado na célebre canção de Renato Russo; o drama pernambucano Paloma (2022), realizado por Marcelo Gomes e consagrado como o grande vencedor da última edição do Festival do Rio; e A Viagem de Pedro (2021), longa da conceituada cineasta Laís Bodanzky que traz um retrato diferente da figura do imperador Dom Pedro I, narrando um momento em que o monarca se encontra perdido e inseguro durante uma viagem pelo Oceano Atlântico.

A programação do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro no Cine Humberto Mauro também terá um espaço especial dedicado à comédia, gênero historicamente bem-sucedido nas bilheterias brasileiras. Filmes com propostas tão diversas quanto O Clube dos Anjos (2020), dirigido por Angelo Defanti e adaptado da ácida obra de Luis Fernando Verissimo sobre um banquete com consequências fatais, e Papai é Pop (2021), de Caito Ortiz, que acompanha as desventuras de um pai de primeira viagem.

Segundo Vitor Miranda, a participação do público nesta categoria, decidida exclusivamente pelo voto popular, é fundamental. “A votação do júri popular é muito importante para que as pessoas se sintam parte dessa premiação, responsáveis também por assistir aos filmes e avaliá-los da melhor maneira. Não somente quem faz parte do corpo da Academia Brasileira de Cinema, que são pessoas muito importantes, mas também é fundamental ver a temperatura que o público tem para os filmes”, pontua.

Os documentários também marcam presença. A Jangada de Welles (2022), dos diretores cearenses Petrus, narra a inusitada passagem do grande diretor de cinema Orson Welles pelo Brasil na década de 1940. Outro destaque é Clarice Lispector – A Descoberta do Mundo (2022), de Taciana Oliveira, que mergulha na vida e obra da célebre escritora brasileira. Também com exibição programada está o documentário Kobra Auto Retrato (2022), da cineasta Lina Chamie, que segue a jornada bem sucedida do grafiteiro e muralista paulistano Kobra, da periferia de São Paulo para o mundo.

Vitor Miranda destaca que a diversidade do cinema brasileiro terá lugar garantido na mostra. “O público pode esperar filmes e narrativas muito diferentes entre si, e muitas obras com as quais as pessoas vão conseguir se identificar. É importante olharmos para essa mostra, assistindo aos filmes que não vimos ainda, justamente para que possamos nos atualizar, sobre o que está sendo produzido no cinema brasileiro atualmente”, pondera.

Programação completa

> 4/08 (Sexta-feira)

18h A Viagem de Pedro (Laís Bodanzky, BRA, 2021) | 14 anos | 1h37

20h Medida Provisória (Lázaro Ramos, BRA-Portugal, 2020) | 14 anos | 1h42

> 5/08 (Sábado)

15h Eduardo e Mônica (René Sampaio, BRA, 2022) | 14 anos | 2h

17h30 Marte Um (Gabriel Martins, BRA, 2022) | 16 anos | 1h55

20h Paloma (Marcelo Gomes, BRA-Portugal, 2022) | 14 anos | 1h44

> 6/08 (Domingo)

18h O Presidente Improvável (Belisario Franca, BRA, 2022) | Livre | 1h40

20h Amigo Secreto (Maria Augusta Ramos, BRA-ALE-Holanda, 2022) | 12 anos | 2h10

> 8/08 (Terça-feira)

16h Clarice Lispector - A Descoberta do Mundo (Taciana Oliveira, BRA, 2022) | 10 anos | 1h44

18h Kobra Auto Retrato (Lina Chamie, BRA, 2022) | 10 anos | 1h24

20h A Jangada de Welles (Petrus Cariry, Firmino Holanda, BRA, 2022) | 12 anos | 1h15

> 9/08 (Quarta-feira)

15h Bem-vinda a Quixeramobim (Halder Gomes, BRA, 2022) | 14 anos | 1h50

17h Jesus Kid (Aly Muritiba, BRA, 2021) | 14 anos | 1h28

19h Vale Night (Luis Pinheiro, BRA, 2022) | 16 anos | 2h

> 10/08 (Quinta-feira)

15h Papai é Pop (Caito Ortiz, BRA, 2021) | 12 anos | 1h48

17h30 O Clube dos Anjos (Angelo Defanti, BRA, 2020) | 14 anos | 1h41

Serviço
Grande prêmio do cinema brasileiro
Data: De 4 (sexta-feira) a 10 de agosto (quinta-feira)
Horário: Variável
Local: Cine Humberto Mauro – Palácio das Artes
Endereço: Av. Afonso Pena, 1.537, Centro, Belo Horizonte
Classificação Indicativa: Variável
Informações para o público: (31) 3236-7400
Entrada gratuita, com retirada de ingressos a partir de 1 hora antes da sessão, na bilheteria do Cine Humberto Mauro

 

pianista Teo Gheorghiu foto schreyer 2001679

Em antecipação à chegada da primavera, a Filarmônica de Minas Gerais apresenta pela primeira vez a obra homônima de Debussy, com arranjo de Büsser. Essa mesma beleza tímbrica é encontrada na Quarta Sinfonia de Yoshimatsu, que também será estreada pela Orquestra. O pianista suíço-canadense Teo Gheorghiu vem a Belo Horizonte para dar continuidade à celebração do aniversário de nascimento de Rachmaninov com seu vigoroso Primeiro Concerto.

Com regência do maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente Titular da Filarmônica de Minas Gerais, as apresentações serão nestas quinta e sexta-feira, dias 14 e 15 de setembro, às 20h30, na Sala Minas Gerais. Os ingressos estão à venda no site da Filarmônica e na bilheteria da Sala Minas Gerais, com preços de R$ 50 a R$ 175 (valores da inteira).

Antes das apresentações, às 19h30, o público poderá saber mais sobre o repertório assistindo aos Concertos Comentados. Nesta semana, a conversa será com o Regente Associado da Filarmônica, maestro José Soares, também curador do projeto.

Este projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais e Itaú, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Apoio: Circuito Liberdade. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo de Minas Gerais, Ministério da Cultura e Governo Federal.

Teo Gheorghiu 

Destinatário do prêmio Beethoven-Ring do Beethovenfest de Bonn em 2010 e o mais jovem pianista a receber a honraria, Teo Gheorghiu já se apresentou com as sinfônicas de Tóquio, Bilbao e Pittsburgh, a Royal Philharmonic e a Tchaikovsky Symphony, além da Orquestra Nacional Dinamarquesa. Ao longo da carreira, colaborou com regentes renomados, como Neville Marriner, Vladimir Fedoseyev, Matthias Pintscher e Alexander Shelley.

Foi vencedor do prêmio principal nas competições internacionais de piano Franz Liszt e San Marino, e, em 2017, recebeu o prêmio de melhor artista no Concurso Musical Internacional de Montreal. Nascido em 1992, na Suíça, Gheorghiu viveu a maior parte da vida em Londres, onde foi pupilo de Hamish Milne. Em 2022, lançou o álbum Roots, que demonstra seu atual interesse na tradição musical do Leste Europeu e especialmente da Romênia, terra de seus pais e do compositor George Enescu.

Repertório

Claude Debussy (Saint-Germain-en-Laye, França, 1862 – Paris, França, 1918) e a obra Primavera (1887, revisão 1912)

A suíte sinfônica Primavera foi escrita por Debussy em 1887, durante a residência criativa conquistada quando venceu o Prix de Rome três anos antes. Inspirada em A Primavera de Botticelli, a obra busca associar o florescer da estação ao nascimento de uma nova vida, explorando múltiplas colorações orquestrais. Essa exploração, porém, não foi muito bem recebida pelos mentores de Debussy em Paris, e o texto com a avaliação da suíte ficou conhecido por ser o primeiro a associar o termo “impressionista” ao compositor, rótulo que é bastante corrente até os dias de hoje e o qual ele renegava enfaticamente. O “exagero de cores” pelo qual Primavera foi rechaçada na época, soa, hoje, como um dos primeiros indícios da liberdade composicional que Debussy desenvolveria nas décadas seguintes.

A versão original da obra foi composta para orquestra e coro feminino sem palavras, mas esse original foi perdido em um incêndio. A versão mais tocada é uma reorquestração feita por Henry Büsser em 1912, sob supervisão do próprio autor, a partir de uma adaptação para duo de piano, de 1904. Nesse arranjo para orquestra, as cores de Primavera florescem radiantes, expressando toda a beleza e alegria que Debussy buscou ao compô-la.

Sergei Rachmaninov (Oneg, Rússia, 1873 – Beverly Hills, Estados Unidos, 1943) e a obra Concerto para piano nº 1 em fá sustenido menor, op. 1 (1890/1891, revisão 1919)

O Concerto para piano nº 1 em fá sustenido menor tem o vigor e a energia próprios de Rachmaninov. O autor o compôs aos dezoito anos de idade, enquanto ainda era aluno do Conservatório de Moscou. A estreia do primeiro movimento deu-se em 17 de março de 1892, no Conservatório, com a orquestra de alunos sob a regência do diretor, Vasily Safonov, e Sergei Rachmaninov ao piano. A versão que hoje conhecemos é de 1917, após as extensivas revisões que Rachmaninov fez de seu opus 1, meses antes de deixar a Rússia.

A nova versão foi apresentada pela primeira vez na íntegra em Nova York, em 1919, pela Sociedade Sinfônica Russa sob a direção de Modest Altschuler, tendo igualmente o compositor como solista. O intenso diálogo entre piano solista e orquestra é a marca registrada do primeiro movimento (“Vivace”), com a brilhante escrita virtuosística típica do compositor. No segundo movimento (“Andante”), os temas confiados ao piano, que reina praticamente absoluto, são de um lirismo ímpar, encontrados apenas nas mais belas páginas do próprio Rachmaninov. O terceiro e último movimento (“Allegro vivace”) é feito de esfuziante energia.

Takashi Yoshimatsu (Tokyo, Japão, 1953) e a obra Sinfonia nº 4, op. 82 (2000)

Depois de concluir sua terceira incursão no universo das sinfonias, Takashi Yoshimatsu sentiu vontade de experimentar algo diferente da partitura anterior. Sua primeira ideia para a Sinfonia nº 4 foi um adagio pesado e sombrio. Todavia, o resultado final mostrou-se bastante diferente.

Yoshimatsu conta que começou a compor no início da primavera, e que, talvez por isso e pela esperança de um mundo melhor suscitada pela virada do milênio, a imagem que emergiu em seus pensamentos foi a de “uma minissinfonia flutuante, como uma pequena flor desabrochando em um vale, fazendo as vezes de um intermezzo após a tempestuosa Terceira Sinfonia”. A partir daí, o compositor japonês buscou inspiração em suas lembranças de infância e desenvolveu a obra como uma “caixa de brinquedos”, com sons que evocam a natureza serena, os sonhos e o sentimento de nostalgia. Em 29 de maio de 2001, a Sinfonia nº 4 foi estreada pela Kansai Philarmonic Orchestra, com regência de Sachio Fujioka, em Osaka, Japão.

Serviço
Série Presto
Data: 14/9 (quinta-feira)

Série Veloce
Data: 15/9 (sexta-feira)

Horário: 20h30
Local: Sala Minas Gerais – Rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto - Belo Horizonte
Ingressos: R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 50 (Mezanino), R$ 70 (Balcão Palco), R$ 90 (Balcão Lateral), R$ 120 (Plateia Central), R$ 155 (Balcão Principal) e R$ 175 (Camarote).
Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores. Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.
Funcionamento da bilheteria:
Dias sem concerto
3ª a 6ª — 12h a 20h
Sábado — 12h a 18h

Dias com concerto
12h a 22h — quando o concerto é durante a semana
12h a 20h — quando o concerto é no sábado
09h a 13h — quando o concerto é no domingo

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Foto: Schreyer

Orquestra Sinfônica de Minas Gerais Crédito Paulo Lacerda 3

O Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam Concertos da Liberdade – Convite à Valsa. Sob regência do maestro Roberto Tibiriçá, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais vai apresentar peças únicas e atemporais deste gênero musical, um dos mais populares e românticos do mundo. O espetáculo acontecerá nos próximos dias 8 e 9 de agosto, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes.

O concerto “Convite à Valsa” inclui obras marcantes criadas por Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893), e Johann Strauss II (1825-1899). Trechos do repertório serão apresentados na terça-feira (8/08), às 12h, com entrada gratuita e sem necessidade de ingresso. Já no dia seguinte, quarta-feira (9/08), acontece a apresentação de gala, com o programa integral, a partir das 20h30, com ingressos a R$ 20 (Plateia 1), R$ 15 (Plateia 2) e R$ 10 (Plateia superior) a inteira. As apresentações têm classificação indicativa livre.

Com origem nos territórios hoje correspondentes à Áustria e à Alemanha, entre o final do século XVIII e o início do XIX, a valsa foi bastante utilizada nos salões vienenses para os bailes e festas, tendo como compositores mais famosos os membros da família Strauss. O gênero, porém, ganhou diferentes roupagens por autores de outras tradições, como Tchaikovsky, e logo se espalhou por toda a Europa como um símbolo da elegância e do refinamento.

O nome do gênero musical tem origem na palavra alemã waltzen, que significa justamente “dar voltas”, representando o principal movimento da dança homônima. Reconhecidas como obras de arte que encantam e emocionam pessoas de todas as idades e culturas, suas melodias envolventes e movimentos graciosos são uma expressão de beleza e excelência musical. Sob regência do conceituado maestro Roberto Tibiriçá, Convite à Valsa promete transportar o público para um universo de emoções e criações artísticas inesquecíveis.

As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm como mantenedores Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal, Patrocínio da Usiminas e da Copasa e Correalização da APPA – Arte e Cultura.

Música atemporal

Passeando entre as obras de dois dos maiores compositores do século XIX, “Convite à Valsa” destaca a produção dos artistas dentro deste gênero musical específico, ao mesmo tempo ressaltando as suas distinções estilísticas e celebrando o que une gerações de pessoas em torno de sua música: a profundidade emocional que encanta os ouvintes há quase dois séculos.

“As valsas costumam ter temas lindos e muito melodiosos, por isso viraram exemplo de Romantismo. Mas o propósito principal da escolha deste programa é demonstrar a diferença entre as obras de Tchaikovsky, que são criações para balé, e de Strauss II, voltadas à dança de salão. Também pensamos na seleção dessas valsas como uma oportunidade de chamar tanto as pessoas que já conhecem e apreciam esse estilo, quanto as gerações mais jovens, que podem encontrar na valsa uma forma de expressar o que estão sentindo em seus relacionamentos”, explica o maestro Roberto Tibiriçá.

O programa começa com alguns dos trechos de balés mais aclamados da História, escritos por Piotr Ilitch Tchaikovsky. É o caso da Valsa, um dos trechos de O Lago dos Cisnes, encenado pela primeira vez em 1877, em Moscou, então Império Russo. O balé dramático conta a história do amor de um príncipe por um cisne. A obra passou a ser referência obrigatória no repertório do balé clássico, com enredo encantador, vibrante e lúdico, e é ainda mundialmente conhecida pela união virtuosa entre orquestração e dança.

Também de Tchaikovsky, a Orquestra Sinfônica interpretará a Valsa das Flores, de O Quebra-Nozes, último balé composto pelo músico e apresentado ao público pela primeira vez no ano de 1892, em São Petersburgo, capital do Império Russo. Na história, que se passa durante uma noite de Natal, a menina Clara ganha de presente um boneco quebra-nozes, e com ele segue viagem por um mundo mágico em que os brinquedos ganham vida, dançam, lutam, e viajam por diversos reinos. Celebrado sobretudo por sua melodia delicada e movimentos graciosos, que habitam o imaginário popular há gerações, a Valsa das Flores é frequentemente apresentada em espetáculos de dança clássica. O compositor russo ainda marcará presença no concerto com as Valsas de A Bela Adormecida e Eugene Onegin.

Convite à Valsa traz também o ápice de qualidade do repertório vienense, destacando o trabalho de Richard Strauss II, que passou à história como “O Rei da Valsa”. Um dos principais nomes do período Romântico da música sinfônica, Strauss II é autor de uma das valsas mais conhecidas e amadas, O Danúbio Azul, cuja estreia aconteceu em 1867, em Viena, na Áustria. Pouco mais de um século depois, a obra foi imortalizada no cinema ao ser incluída na trilha sonora do filme de ficção científica 2001 – Uma Odisseia no Espaço (1968), dirigido por Stanley Kubrick. Porém, antes de proporcionar um balé de naves espaciais, O Danúbio Azul já era (e continua a ser) uma das peças mais executadas em concertos e bailes de gala ao redor do mundo. Com sua melodia cativante e ritmo suave, a obra se tornou um verdadeiro clássico e é frequentemente associada à cidade de Viena, onde Strauss II viveu e trabalhou.

O maestro Roberto Tibiriçá salienta o desafio que a obra de Strauss propõe aos instrumentistas e ao regente. “Nós escolhemos algumas das valsas mais populares, então sempre temos a grande responsabilidade de executá-las da melhor forma possível. No caso das valsas de Strauss II, elas são especialmente difíceis pelo requinte e pelas mudanças de andamento. Nas obras de Tchaikovsky, essas variações estão menos presentes, já que os bailarinos precisam de uma maior estabilidade. Ao mesmo tempo, por isso as valsas de Strauss possuem uma grande riqueza, justamente pela grande variedade de andamentos e ornamentações”, pontua.

O repertório do concerto conta ainda com a Valsa do Imperador, também de Strauss II, composição muito popular e executada com frequência em concertos e bailes mundo afora. Uma das últimas criações do austríaco, ela foi escrita para grande orquestra e estreou no ano de 1889, em Berlim, na Alemanha. A obra apresenta uma longa introdução ao estilo marcha, culminando em movimentos de contrastantes melodias. Com seu ritmo envolvente, a Valsa do Imperador sedimentou sua reputação como um verdadeiro hino à elegância e ao requinte. Fecham o programa a valsa Contos dos Bosques de Viena, além da conhecidíssima Vozes da Primavera, ambas de Strauss II.

O maestro Roberto Tibiriçá reforça o Convite à Valsa. “É um programa muito romântico e de fácil acesso, mesmo àqueles que não estão acostumados com o repertório clássico. Acredito que esta é uma ótima forma de vir ao Grande Teatro prestigiar o trabalho da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais. São músicas doces e de grande beleza. Certamente será muito prazeroso para quem estiver aqui”, promete.

Programa

Piotr Ilitch Tchaikovsky

Valsa do balé O Lago dos Cisnes

Valsa do balé A Bela Adormecida

Valsa da ópera Eugene Onegin

Valsa das Flores, do balé O Quebra-Nozes

Johann Strauss II

Valsa do Imperador

Contos dos Bosques de Viena

Vozes da Primavera

O Danúbio Azul

Serviço
Concertos da liberdade – Convite à valsa
Data: 8/08/2023 (terça-feira)
Horário: 12h
Local: Grande Teatro Cemig Palácio das Artes – Av. Afonso Pena, 1.537, Centro, Belo Horizonte
Classificação Indicativa: Livre
Entrada gratuita, sem necessidade de ingresso

Concertos da liberdade – Convite à valsa
Data: 9/08/2023 (quarta-feira)
Horário: 20h30
Local: Grande Teatro Cemig Palácio das Artes – Av. Afonso Pena, 1.537, Centro, Belo Horizonte
Classificação Indicativa: Livre
Ingressos (inteira): Plateia 1: R$ 20 | Plateia 2: R$ 15 | Plateia superior: R$ 10
Informações para o público: (31) 3236-7400

Foto: Paulo Lacerda

Maestro José Soares Regente Associado da Filarmônica de Minas Gerais fotos Rafael Motta 0017 alta

No próximo domingo (17/9), às 11h, na Sala Minas Gerais, a Filarmônica de Minas Gerais apresenta a segunda parte do tema “Formas e Narrativas”, um dos pilares da música. No repertório estão obras como “A bela adormecida” de Tchaikovsky e “O aprendiz de feiticeiro”, de Dukas, além do “Prelúdio de João e Maria”, de Humperdinck, “España”, de Chabrier, e “Os mestres cantores de Nuremberg”, de Wagner. A regência é do maestro associado da Orquestra, José Soares.

Ao longo de seis concertos gratuitos, sempre aos domingos, a série é dedicada às famílias e à formação de novos públicos e, em 2023, aborda os pilares da música, como ritmo, melodia, harmonia, formas, narrativas e orquestração. O concerto é gratuito e terá transmissão ao vivo pelo canal da Filarmônica no YouTube, pela Rede Minas de Televisão e pela rádio MEC 87,1 FM.

Os ingressos poderão ser retirados nesta quarta-feira (13/9), a partir do meio-dia, através do site da Filarmônica, com limite de dois ingressos por pessoa. No dia do concerto serão distribuídos mais 200 ingressos na bilheteria da Sala Minas Gerais, a partir de 9h, também limitados a dois por pessoa.

Este projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais e Instituto Unimed-BH, por meio do incentivo de mais de 5,3 mil médicos cooperados e colaboradores, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e conta com recursos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais.

Apoio: Circuito Liberdade. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Governo de Minas Gerais, Ministério da Cultura e Governo Federal. Os projetos educacionais da Filarmônica têm o apoio do Programa Amigos da Filarmônica e de patronos.

Serviço
Filarmônica de Minas Gerais Concertos para Juventude
Data: 17/9 (domingo)
Horário: 11h
Local: Sala Minas Gerais – Rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto - Belo Horizonte
Ingressos: gratuito, com retirada no site da Filarmônica e na bilheteria da Sala Minas Gerais
Informações: (31) 3219-9000

Foto: Rafael Motta

Atelier em Movimento 5 1

“O verdadeiro ateliê do artista é a cabeça dele”. A frase é do artista visual mineiro Fernando Pacheco, que dá vida ao documentário a ser exibido no Cine Humberto Mauro, no Palácio das Artes, nesta quarta-feira (02/08), às 20h. O evento é gratuito e os ingressos podem ser retirados uma hora antes da exibição na bilheteria do cinema.

Com mais de 60 mostras individuais realizadas e aproximadamente 20 prêmios recebidos ao longo da carreira, a trajetória, o pensamento artístico e a obra do são-joanense podem ser conferidas no longa-metragem documental "Fernando Pacheco - Atelier em Movimento".

Dirigido por Fernando Batista, da Noir Filmes, e com trilha sonora de Alexandre Lopes, o trabalho evidencia o processo criativo do pintor e traz imagens dos diversos ateliers ocupados pelo realizador ao redor do mundo. O filme documentário apresenta depoimentos de diversas personalidades do meio artístico, cultural, intelectual e literário brasileiro, como o do compositor e letrista Márcio Borges, do escritor Bartolomeu Campos de Queirós, do letrista e poeta Murilo Antunes, do crítico de arte e cineasta Olivio Tavares de Araújo e do artista plástico Carlos Bracher.

Além desses nomes, o trabalho ainda traz falas dos artistas plásticos Décio Noviello e Miguel Gontijo, do escritor e editor José Eduardo Gonçalves, do poeta Tonico Mercador e da jornalista e escritora Dulce Tupy. Para Fernando Batista, diretor do trabalho, o filme busca apresentar ao público a importância da criação e as linguagens estéticas a que se debruçou Fernando Pacheco. “Como diretor e também roteirista, procurei seguir uma narrativa em cima do processo criativo do artista. Não é uma obra que conta a história de vida do Pacheco, é uma obra que procura mostrar as inspirações artísticas do protagonista”, explica Batista.

Fernando Pacheco, de 74 anos, já dedicou mais de 60 anos de sua história às artes visuais. O realizador, que tem na intuição umas das principais ferramentas para o desenvolvimento de sua criação, não separa sua vida particular do ofício de artista.  “Não consigo separar minha arte e a minha trajetória enquanto pessoa, é uma coisa só. No documentário, isso fica muito evidente. As pessoas vão ter a oportunidade, ao ver a película, de conhecer meu pensamento artístico, que também conduz minha vida particular”, afirma Pacheco.

O longa-metragem documental apresenta ao público as seis décadas de contribuição à cultura e às artes promovida por Fernando Pacheco. “A importância do Pacheco nas artes é notória. Um artista multifacetado, antenado com as coisas atuais e com um tipo de traço que o coloca em um seleto time de artistas consagrados. Basta olhar para uma obra dele que com pouca análise se observa a autoria. Um grande artista mineiro com uma bela história no mundo das artes”, pontua o diretor do filme, Fernando Batista.

De acordo com Vitor Miranda, gerente do Cine Humberto Mauro, exibir um filme sobre um dos mais importantes artistas visuais mineiros demonstra a pluralidade e o caráter formativo da programação da Fundação Clóvis Salgado. "Reforçamos com a exibição do documentário a interdisciplinaridade artística das atrações e eventos promovidos pela instituição. Além disso, reafirmamos nosso compromisso em oferecer à população um panorama importante da cultura e das artes em Minas Gerais por meio de nomes que fizeram e fazem história no campo intelectual e artístico do estado", explica Miranda.

Cine Humberto Mauro

Um dos mais tradicionais cinemas de Belo Horizonte, o Cine Humberto Mauro foi inaugurado em 1978. Seu nome homenageia um dos pioneiros do cinema brasileiro, o mineiro Humberto Mauro (1897-1983), grande realizador cinematográfico. Com 129 lugares, possui equipamentos de som dolby digital e para exibição de filmes em 3D e 4K.

Nestes 43 anos de existência, a Fundação Clóvis Salgado tem investido na consolidação do espaço como um local de formação de novos públicos a partir de programação diversificada, bem como à criação de mecanismos de estímulo à produção audiovisual com a realização do tradicional FestCurtasBH - Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte, e o Prêmio Estímulo ao Curta-metragem de Baixo Orçamento.

O Cine Humberto Mauro também é um importante difusor do conhecimento ao promover cursos, seminários, debates e palestras. Sessões permanentes e comentadas também têm espaço cativo a partir das mostras História Permanente do Cinema, Cinema e Psicanálise e Curta a Tela, entre outros. Todas as atividades do Cine Humberto Mauro são gratuitas.

Fundação Clóvis Salgado

Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS.

A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia. de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.

Serviço
Documentário Fernando Pacheco - Atelier em Movimento
Data: 2/08/2023 (quarta-feira)
Horário: 20h
Local: Cine Humberto Mauro – Palácio das Artes
Endereço: Av. Afonso Pena, 1.537, Centro, Belo Horizonte
Classificação Indicativa: livre
Informações para o público: (31) 3236-7400

Entrada gratuita, com retirada de ingressos a partir de 1 hora antes da sessão

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Principal equipamento cultural do Circuito Liberdade, espaço seguirá aberto a visitação durante as obras e restauração poderá ser acompanhada pelo público

 

O Governo de Minas Gerais, por meio do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) assinaram, nesta segunda-feira (11/9), a Ordem de Serviço para início das obras de restauração do Palácio da Liberdade. Na ocasião, também foi apresentado o projeto Ateliê de Restauração Aberto que permitirá ao público acompanhar todo o trabalho nos próximos meses com segurança. O equipamento, continuará, assim, de portas abertas.

O documento assinado marca o início do projeto de conservação e restauro do centro cultural que integra o Circuito Liberdade e, desde 2022, tem apresentado ao público exposições e sediado a programação de diversos eventos, como o recente Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea. O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, durante coletiva de imprensa realizada na tarde desta segunda-feira (11), no Palácio da Liberdade, comemorou o início das obras e a possibilidade de manter o espaço aberto aos visitantes.

“Muitas pessoas nos perguntaram: o Palácio vai fechar? E podemos dizer com segurança que ele continuará de portas abertas, e o público poderá continuar vindo, e agora, podendo aprender ainda mais sobre a história desse espaço e das obras de arte que ele contém”, sublinhou Oliveira. “Além das ações no prédio em si, também será restaurado parte do mobiliário e tudo isso será mostrado cotidianamente. O nosso objetivo é receber as pessoas, especialmente os estudantes, para que possam acompanhar os processos e também termos um momento para conversamos sobre a história de Minas Gerais”, acrescentou o secretário.

Para as intervenções, estão sendo direcionados cerca de R$ 10 milhões. Os recursos são advindos de medidas compensatórias ambientais direcionados pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da Plataforma Semente. O procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares Júnior, explicou que os recursos não são do MPMG, mas oriundos de medidas compensatórias ambientais, que viabilizam o investimento em iniciativas de preservação e proteção ao patrimônio cultural, dentre outras.

“Esses valores estão sendo destinados a várias ações de proteção ambiental e do patrimônio. Esta talvez seja a mais representativa e simbólica ação da história do MPMG em defesa do patrimônio cultural, uma vez que o Palácio da Liberdade é o nosso maior patrimônio”, pontuou Soares. “Esse trabalho deverá contribuir para projetar ainda mais o nosso estado, com seu precioso acervo de patrimônio histórico e cultural. Hoje todas as pessoas podem visitar esse espaço, ver e sentir o pulsar da história de Minas Gerais”, finalizou o procurador-geral.

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Ateliê de Restauração Aberto

As obras no Palácio devem durar em torno de 18 meses, e o público poderá acompanha-las por meio do “Ateliê de Restauração Aberto do Palácio da Liberdade”. A iniciativa trata-se de um projeto de educação para o patrimônio cultural, com o objetivo de garantir que todos possam conhecer mais sobre a história do equipamento e sobre os processos de recuperação dos bens públicos protegidos.

A gerente de Difusão e Educação para o Patrimônio Cultural do Iepha-MG, Ana Carolina de Vasconcelos Ministério, explicou que o programa acompanha uma tendência mundial, que aproxima as pessoas do próprio trabalho de restauração. “Acho que isso também amplia um pouco a experiência dos visitantes. Depois que as obras estiverem encerradas, eles vão poder falar: ‘eu participei, vivenciei essa experiência. Vi como era e como está agora’. Isso é muito importante”, comentou Ana Carolina. “Outro ponto importante é a própria valorização dos profissionais. Muitas vezes, nós não temos noção de como é o trabalho de um restaurador, e agora vai ser possível acompanhar isos de perto”, completou a gerente do Iepha-MG.

Obras

Serão realizadas diversas ações de restauração no Palácio da Liberdade. Um dos destaques é o projeto de iluminação cênica para destacar as fachadas externas e jardins, além de nova iluminação na área do entorno da piscina. Na área Recuperação e recomposição do madeirame do telhado. Restauração externa, como recuperação das fachadas e a revitalização dos jardins.

Outra novidade é a mudança de posição da tenda de eventos, que será transferida para a quadra dos governadores. No local onde está atualmente, será instalado espaço para orquestra, ampliando as possibilidades de apresentações artísticas nos jardins.

Como forma de manter as características e possibilitar o uso do bem cultural, está prevista a restauração dos elementos artísticos das pinturas parietais artísticas, de forros, molduras e piso em tacaria do Quarto do Governador e do Quarto da Rainha. A lista de ações de restauro inclui a recuperação da cozinha e instalação de novos armários; complementação e adequação dos acessos e percursos de visitação; restauro de corrimões e rodapés, entre outras.

A última obra realizada no local foi concluída em 2006, para solucionar problemas com infiltrações que prejudicavam o prédio e seu acervo artístico.

Cronograma

As áreas a serem restauradas, primeiramente, serão o Saguão Principal e as Salas Laterais, enquanto o trabalho no telhado é finalizado. Em seguida, o Quarto da Rainha, o Quarto do Governador, a Varanda Frontal, a Varanda Parlatório e os Torreões.

Acompanhamento

As obras do Projeto de Conservação e Restauro do Palácio da Liberdade serão acompanhadas pelo lepha-MG com um Comitê de Avaliação e Acompanhamento. O grupo será formado por representantes do Governo do Estado, do Ministério Público de Minas Gerais, Município de Belo Horizonte e o Instituto Biapó, responsável pelas obras. O comitê poderá, ainda, convidar representantes de outras instituições, sejam elas públicas ou privadas.

História

Inaugurado em 1898, o Palácio da Liberdade foi construído para sediar o Governo do Estado de Minas Gerais. A edificação está inserida em um espaço icônico da cidade, integrado ao conjunto de prédios construídos para abrigar as secretarias de Estado, após a transferência da capital de Ouro Preto para Belo Horizonte.

O empreendimento reflete a influência francesa na arquitetura do período. Os materiais utilizados na sua construção foram importados da Europa: armações de ferro das escadarias vindas da Bélgica; telhas de Marselha, madeiras de pinho-de-riga da Letônia; mármore de Carrara.

A pintura e a decoração do edifício são do artista Frederico Antônio Steckel. Os jardins são do arquiteto paisagista Paul Villon, enquanto os canteiros, divididos longitudinalmente por uma alameda flanqueada por palmeiras imperiais, foram projetados por Reynaldo Dierberger.

Por sua importância histórica, artística e arquitetônica, a edificação foi tombada pelo lepha-MG em 1975, por meio do Decreto n. 16.956. O tombamento contemplou fachadas exteriores, áreas internas, elementos decorativos, jardins com fonte, esculturas, orquidário, quiosque e demais bens de valor cultural.

Fotos: Leo Bicalho

 

Imagem Ilustrativa Lei Aldir Blanc

Os municípios mineiros têm até a próxima segunda (31/07) para prestarem contas das execuções dos editais de 2020 da Lei Aldir Blanc 1.

Para realização da prestação de contas, acesse: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

 e confira a listagem dos municípios mineiros que ainda não prestaram contas para o Ministério da Cultura.

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Nesta terça-feira (5), a partir das 16h, acontecerá a segunda ação da 9ª Jornada do Patrimônio Cultural de Minas Gerais, que neste ano celebra o tema “Caminhos Gerais: Itinerários e Rotas do Patrimônio Cultural Mineiro”. A iniciativa é do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas e do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG).

Intitulada Caminhos de Religiosidades, a ação abordará os templos religiosos que existiam na região do antigo Curral del Rei (dois demolidos e um reformulado), focando nos aspectos sociais, históricos, arquitetônicos, artísticos e patrimoniais. Espaços sagrados de outras manifestações religiosas também serão citados, como as primeiras igrejas protestantes e terreiros de Belo Horizonte.

O percurso terá início no prédio do Iepha-MG, o Prédio Verde, localizado no Circuito Liberdade, e seguirá até a Capela de Santana na Casa Fiat de Cultura, perpassando pelo Largo do Rosário e encerrando na Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem. Com duração de duas horas, o trajeto será mediado pela gerente de difusão e educação para o patrimônio cultural do Iepha, Carol Ministério.

A atividade é gratuita, voltada para professores, estudantes, educadores, turistas, servidores públicos, gestores, e demais interessados. A inscrição pode ser feito por meio da plataforma Sympla ou presencialmente no dia do encontro.

A programação completa da 9ª Jornada do Patrimônio segue até o dia 18 e pode ser conferida neste Guia On-Line.

Caminhos da Liberdade

A primeira ação dessa série, os Caminhos da Liberdade, aconteceu no dia 30 de agosto, às 16h. O itinerário abordou as ideologias modernas, liberais e republicanas que influenciaram a transferência do centro político e administrativo de Minas Gerais, de Ouro Preto para a região do antigo Arraial do Curral del-Rei, e como essa nova mentalidade pode ser percebida na arquitetura, símbolos alegorias presentes no espaço, e na denominação da própria Praça da Liberdade.

O percurso teve início no prédio do Iepha, seguindo pelos prédios das antigas Secretarias de Estado no entorno da Praça da Liberdade e se encerrou no Palácio da Liberdade, com duração de uma hora e meia. O trajeto foi mediado pelos servidores do Iepha, Adalberto Mateus e Carol Ministério.

Caminhos Literários

A terceira ação, Caminhos Literários, acontecerá no dia 14 de setembro, às 16h. A ideia é abordar os escritores, movimentos, locais e curiosidades que marcaram a história literária de Belo Horizonte.

O itinerário começará no Iepha, seguindo em direção à Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais. Em seguida, o grupo irá para os edifícios do Salão Vivacqua, Museu da Cadeira Brasileira, Academia Mineira de Letras, Praça Afonso Arinos, Edifício Arcângelo Maleta, Livraria Francisco Alves. O encerramento será na praça do antigo Cine Metrópole. A mediação será dos servidores Marcelo Souza, Meire Avelar e Carol Ministério.

Sobre a Jornada do Patrimônio

A Jornada do Patrimônio Cultural de Minas Gerais tem por finalidade mobilizar municípios, entidades e agentes culturais para a realização de atividades que sensibilizem a sociedade para a promoção, valorização e preservação do patrimônio cultural. Realizada bienalmente nos anos ímpares, a Jornada integra a programação do Dia do Patrimônio e incentiva o desenvolvimento de diversas atividades destinadas a todos os perfis de público e faixas etárias.

Mais informações no site do Iepha.

Inhotim Foto Pedro Vilela

Minas Gerais é a potência cultural brasileira. Assim o estado é descrito em artigo da TravelPulse, um dos maiores portais de notícia sobre turismo do mundo. Na versão americana da revista digital, Belo Horizonte e Ouro Preto são retratadas como “duas preciosidades sul-americanas”, título que sustentam pela combinação única de hospitalidade, diversidade culinária e encontros culturais que não se encontram em nenhum outro lugar.

A publicação recomenda aos americanos começarem a viagem por Belo Horizonte, roteiro facilitado pelo voo sem escalas da Azul que liga o Aeroporto de Fort Lauderdale, na Flórida, ao Aeroporto de Confins. Naturalmente, esta não é a única ou principal razão para conhecer a capital mineira, dotada de “largas avenidas com imponente arquitetura neoclássica, parques, bairros verdejantes e uma qualidade de vida segura e admirável para moradores e visitantes”, nas palavras do jornalista americano Greg Custer, que assina a matéria.

Três atrativos de Belo Horizonte são classificados como imperdíveis em todo o cenário da América do Sul: a cena de bares com música ao vivo; o Conjunto Arquitetônico e Paisagístico da Pampulha, que detém o título de Patrimônio Mundial da Unesco; e o maior museu a céu aberto do mundo, o Inhotim, localizado em Brumadinho, a apenas 1h20 da capital.

O jornalista se mostrou encantado com os botecos de BH, onde são servidos petiscos tradicionais e cerveja gelada, acompanhados da boa música local, além de jazz, pop e rock. O legado do compositor e astro mundial Milton Nascimento mereceu destaque, com menção ao Bar do Museu “Clube da Esquina”, que celebra a trajetória e influência do grupo mineiro na música brasileira.

Na região da Pampulha, o projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer chamou atenção com seus prédios modernistas curvos de cimento armado, dispostos em torno do lago artificial, e que acabou se tornando um próspero centro cultural e recreativo para a população. Já o Inhotim, com sua extensa coleção de arte contemporânea de artistas brasileiros e internacionais, foi descrito como “o mais exclusivo conjunto de arte e jardim botânico da América do Sul”. 

Divulgação de Minas é fruto de Press Trip

CONGONHAS Basilica Bom Jesus de Matosinhos Foto Mtur Pedro Vilela

O jornalista da TravelPulse esteve em Minas Gerais entre 23 e 29 de junho, juntamente com outros quatro repórteres especializados em turismo dos veículos Global Traveler, Elle, Fodors e Livid Magazine. A viagem foi uma press trip organizada pela Embratur em parceria com o Sebrae, com o apoio do Governo de Minas, por meio da Secretaria Estado de Cultura e Turismo, e da Prefeitura de Belo Horizonte.

Além dos encantos da capital, os jornalistas conheceram as cidades de Tiradentes, Congonhas e Ouro Preto. Em Tiradentes, visitaram o hotel colonial, passearam pelas ruelas, igrejas e museus barrocos. A Igreja Matriz de Santo Antônio – o mais antigo e principal templo católico de Tiradentes –  e a Serra de São José arrancaram suspiros. No vilarejo de Bichinho, a 7km do centro histórico, os artesãos foram entrevistados, estimulados a contarem suas histórias e apresentarem seus produtos. 

No município de Congonhas, a press trip passou pelo Santuário de Bom Jesus de Matozinhos, declarado Patrimônio Mundial da Unesco, e pelo conjunto de esculturas de Aleijadinho conhecido como “Os Doze Profetas”. Já em Ouro Preto, a feira de artesanato de pedra sabão e as pedras preciosas chamaram atenção.  Da Cozinha Mineira fez-se um capítulo à parte. Jiló, geleias de frutas, queijos, galinha d`angola e vinhos de procedência mineira deliciaram os jornalistas durante toda a estadia.

As press trips são ferramentas essenciais para conectar comunicadores estrangeiros a Minas Gerais. Por meio delas, turistas estrangeiros têm a oportunidade de aprender sobre o estado em seu idioma nativo, facilitando a escolha de Minas como destino para próximas viagens, o que impulsiona a geração de emprego e renda da economia da criatividade.

Fonte: Travel Pulse (em inglês)

Fotos: Pedro Vilela

Grupo Galpão espetáculo De Tempo Somos foto ArianeLazario 6618

Uma das companhias de teatro mais importantes do Brasil, o Grupo Galpão, que celebra seus 40 anos, ganha as ruas, espaços culturais e praças de sete cidades mineiras com “De Tempo Somos – um sarau do Grupo Galpão”. O espetáculo, que estreou em 2014, é apresentado como um sarau de músicas e poesias, com direção das atrizes Lydia Del Picchia e Simone Ordones. Além das apresentações, em todas as cidades serão realizados bate-papos voltados a artistas e pessoas em geral interessadas nas artes cênicas. Toda a programação é gratuita.

"’De Tempo Somos’ é um espetáculo que nos desafia enquanto atores e nos proporciona uma relação muito direta com o público: uma abordagem diferente dos textos e, principalmente, das músicas, que já fazem parte do imaginário das pessoas que acompanham o Galpão nesses 40 anos - não é por acaso que algumas das canções são dedicadas a elas. Como é bom poder retornar a esse espetáculo, ter a plateia cantando conosco, e perceber que a história do Grupo se renova e se fortalece", destaca Lydia Del Picchia, uma das diretoras do espetáculo.

Com direção musical e arranjos de Luiz Rocha, os atores cantam e executam, ao vivo, 25 canções de trabalhos mais antigos como “Corra enquanto é tempo” (1988), “Álbum de Família” (1990), “Romeu e Julieta” (1992), “Um Moliére Imaginário” (1997) e “Partido” (1999), chegando aos espetáculos mais recentes, como “Tio Vânia” e “Eclipse” (ambos de 2011). Além disso, serão apresentadas músicas inéditas, que surgiram em workshops internos, e textos sobre a passagem do tempo e o processo de criação artística. “A cantoria é a celebração do encontro, da festa, da disposição para seguir em frente (apesar de tudo que nos faz pender para o chão!), do espírito libertário e contestador inerente a toda reunião festiva”, explica Lydia Del Picchia.

Segundo Simone Ordones, atriz e também diretora do espetáculo, várias músicas que marcaram o repertório de espetáculos do grupo são revisitadas e recontextualizadas: “O foco desse sarau não é ser nostálgico, mas visar o futuro, o que está por vir; celebrar o que foi feito para apontar possíveis caminhos para o futuro”, explica.

“Estamos celebrando nossos 40 anos de existência e, também, o retorno do teatro presencial, cara a cara com o público. Que bom! 'De Tempo Somos' é o espetáculo do Grupo Galpão em repertório que mais possibilita o nosso encontro como artistas onde o público está. A montagem é versátil e já coube em vários espaços diferentes: teatros, salas de eventos, saguão de cinema, coreto de praças, ruas, lonas de circo. Nesses encontros, coisas maravilhosas acontecem: olhos brilhando, lágrimas, gargalhadas… O público se vê refletido em nós; e nós, neles. Estamos em festa, viva o teatro! Viva o público brasileiro!”, completa Simone Ordones.

A turnê do Grupo Galpão em Minas Gerais é realizada pelo Governo de Minas Gerais e conta com o patrocínio da Cemig, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. As apresentações também têm o apoio cultural das prefeituras municipais de Unaí, Paracatu, João Pinheiro, Corinto, Curvelo, Cordisburgo e Sete Lagoas.

Cronograma

A turnê começa em Unaí, que recebe a companhia teatral no feriado de 7 de setembro (quinta-feira), às 19h30, na Praça JK. No dia 9 de setembro, no Largo da Jaqueira, às 19h30, é a vez de Paracatu.

No dia 10 de setembro, os artistas encantam o público de João Pinheiro, às 19h30, na Praça Luzia Mendes Romero (Praça Redonda). No dia 20 de setembro, o Grupo Galpão chega a Corinto, na Praça da Bandeira, às 20h. No dia 21 de setembro, Curvelo recebe o espetáculo, na Praça da Estação, às 19h30.

Dia 23 de setembro será a vez de Cordisburgo, em frente ao Museu Casa de Guimarães, às 19h. A turnê Sertão de Minas se encerra na cidade de Sete Lagoas, no dia 24 de setembro, às 19h, na Praça da Feirinha. Todas as apresentações são gratuitas.

Sobre o Grupo Galpão

Criado por cinco atores, em 1982, a partir do espetáculo “A alma boa de Setsuan”, montagem conduzida por diretores do “Teatro Livre de Munique”, da Alemanha, o Galpão se valeu dessa rica experiência para se lançar numa proposta de construção de um teatro de grupo, de pesquisa, e com raízes profundamente populares – ligada à tradição do teatro popular e de rua. Com 12 integrantes no elenco, o Grupo é formado por Antonio Edson, Arildo de Barros, Beto Franco, Chico Pelúcio, Eduardo Moreira, Fernanda Vianna, Inês Peixoto, Júlio Maciel, Lydia Del Picchia, Paulo André, Simone Ordones e Teuda Bara.

Há 41 anos, o Grupo desenvolve um teatro que alia rigor, pesquisa e investigação de linguagens, com montagem de peças com grande poder de comunicação com o público. Formado por atores que trabalham e trabalharam com diferentes diretores convidados – como Gabriel Villela, Cacá Carvalho, Paulo José, Yara de Novaes e Marcio Abreu (além dos próprios integrantes, que também já dirigiram espetáculos do Grupo) – o Galpão formou sua linguagem artística a partir desses encontros diversos, criando um teatro que dialoga com o popular e o erudito, a tradição e a contemporaneidade, o teatro de rua e o palco, o universal e o regional brasileiro.

Agenda

Unaí 
Sarau
Data: 7 de setembro de 2023 (quinta-feira)
Local: Praça JK, s/nº - Centro
Horário: 19h30
Duração: 1h10
Classificação: Livre

Bate-papo
Data: 7 de setembro de 2023 (quinta-feira)
Local: Sede da Secretaria de Turismo (antigo Sesi) - Av. Frei Anselmo, 329, Bairro Divineia
Horário: 14h
Duração: 1h
Classificação: 12 anos

Paracatu
Sarau
Data: 9 de setembro de 2023 (sábado)
Local: Largo da Jaqueira, s/nº
Horário: 19h30
Duração: 1h10
Classificação: Livre

Bate-papo
Data: 8 de setembro de 2023 (sexta-feira)
Local: Casa de Cultura - Rua do Ávila s/nº
Horário: 18h
Duração: 1h
Classificação: 12 anos

João Pinheiro
Sarau
Data: 10 de setembro de 2023 (domingo)
Local: Praça Luzia Mendes Romero (Praça Redonda)
Horário: 19h30
Duração: 1h10
Classificação: Livre

Bate-papo
Data: 10 de setembro de 2023 (domingo)
Local: Casa da Cultura Geralda Campos Romero (Cine Sinhá Maria)
Horário: 10h
Duração: 1h
Classificação: 12 anos

Corinto
Sarau
Data: 20 de setembro de 2023 (quarta-feira)
Local: Praça da Bandeira
Horário: 20h
Duração: 1h10
Classificação: Livre

Bate-papo
Data: 20 de setembro de 2023 (quarta-feira)
Local: Anfiteatro da Casa da Cultura – Praça Lucas Alves, 28
Horário: 14h
Duração: 1h
Classificação: 12 anos

Curvelo
Sarau
Data: 21 de setembro de 2023 (quinta-feira)
Local: Praça Central do Brasil “Engenheiro Eliseu” (Praça da Estação)
Horário: 19h30
Duração: 1h10
Classificação: Livre

Bate-papo
Data: 21 de setembro de 2023 (quinta-feira)
Local: Centro Cultural Enny Guimarães de Paula (Praça da Estação)
Horário: 11h
Duração: 1h
Classificação: 12 anos

Cordisburgo
Sarau
Data: 23 de setembro de 2023 (sábado)
Local: Em frente ao Museu Casa de Guimarães – Av. Padre João, 744
Horário: 19h
Duração: 1h10
Classificação: Livre

Bate-papo
Data: 23 de setembro de 2023 (sábado)
Local: Centro de Atendimento ao Turista de Cordisburgo - Av. Padre João, 407
Horário: 10h
Duração: 1h
Classificação: 12 anos

Sete Lagoas
Sarau
Data: 24 de setembro de 2023 (domingo)
Local: Praça Dom Carmelo Mota (Praça da Feirinha)
Horário: 19h
Duração: 1h10
Classificação: Livre

Bate-papo
Data: 24 de setembro de 2023 (domingo)
Local: Casa da Cultura – Av. Getúlio Vargas, 89
Horário: 10h
Duração: 1h
Classificação: 12 anos

Foto: Ariane Lazario

Carmo de Minas 01 Renata Costa Prado

Minas Gerais é o estado que, em abril deste ano, obteve a maior variação nos índices de atividades turísticas, despontando muito acima da média nacional, em relação à qual tem crescimento superior a 720%. De acordo com o IBGE, a variação do volume das atividades turísticas do estado de Minas Gerais correspondeu a 10,1% no comparativo com abril de 2022, enquanto a variação do volume nacional foi de 1,4% no mesmo período.

Os dados foram apresentados no relatório mais recente do Observatório do Turismo de Minas Gerais, que integra a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), e reúne informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dentre outros órgãos, os quais contribuem para mensurar a movimentação do setor turístico.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, ressalta que o resultado é fruto de escolhas assertivas, como o trabalho pautado na transversalidade entre as áreas da pasta. “Isso comprova como as ações do Governo de Minas, alinhadas com o trade turístico e as prefeituras, em prol do desenvolvimento da cultura e do turismo no nosso estado, segue um direcionamento eficaz quando defende a importância do elo entre a cultura e o turismo, gerando resultados sólidos e surpreendentes, como esse que nos revela o último relatório do Observatório do Turismo de Minas Gerais”, afirma Oliveira.

O estudo também mostra que o faturamento do turismo no primeiro quadrimestre de 2023 foi de R$ 73 bilhões, sendo o maior montante já contabilizado no período dos últimos 8 anos, conforme o Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP).

Vale destacar que em maio os estrangeiros deixaram no Brasil US$ 567 milhões, o maior volume para o mês da série histórica registrada desde 1998, de acordo com o Branco Central. No primeiro quadrimestre, foram registrados 2,7 milhões de estrangeiros no Brasil, um aumento de 75% em comparação ao mesmo período de 2022.

Minas Gerais
O estado se mantém no topo dos destinos mais buscados pelos brasileiros, como reforçam os dados do Ministério do Turismo referentes à pesquisa de Demanda Turismo Rural. A pesquisa revela que Minas Gerais lidera a lista dos estados mais procurados para visitação, sendo a natureza destacada por 74% dos respondentes e a comida caseira citada por 73%.

A experiência gastronômica, o turismo de natureza, de aventura, os patrimônios históricos, além da arte moderna e contemporânea, são justamente as cinco principais “estrelas” motivadoras da atividade turística em território mineiro e inspiraram a criação da campanha “Quem ama Minas, dá 5 estrelas”. Realizada pelo Governo de Minas, por meio da Secult, a iniciativa visa atrair mais turistas, aumentando a geração de emprego e renda.

Aeroportos
O fluxo de passageiros registrado em maio no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, reflete o aquecimento do setor. De acordo com a Agência Nacional da Aviação Civil, foram contabilizados 852.146 passageiros, o que representa aumento de 14% em relação ao mesmo período de 2022. Essa movimentação não se restringe à capital. Em maio, o fluxo de passageiros no interior de Minas Gerais também registrou um crescimento de 50.602 passageiros em relação ao ano passado.

No total, de janeiro a maio, foram registrados 25.070 pousos de aeronaves nos aeroportos mineiros. A maior parte dos turistas vieram de São Paulo, 39,7%. Os mineiros ficaram em segundo lugar, representando 18,8% e, em seguida, os visitantes do Rio Janeiro, que somam 8,5%. Já dentre os estrangeiros destacam-se os visitantes do Panamá, 37,8%, seguidos de Portugal, 32,9%, e Colômbia, 26,8%.

Emprego e renda
Novos postos de trabalho também foram contabilizados em Minas Gerais, de acordo com o Novo Caged. Em maio, o saldo positivo foi de 2.306 empregados, alcançando um estoque de empregos formais de 382.375 no setor turístico, o que sinaliza um aumento de 8,5% em relação a maio de 2022. Já o estoque de empregos ligados à cultura foi de 353.854 no mês de maio. Aumento de quase 0,6% quando comparado ao mês de abril.

Foto: Renata Costa Prado

Filarmônica de Minas Gerais em Araxá maestro associado José Soares Foto Flora Silberschneider

A Filarmônica de Minas Gerais, uma das mais importantes orquestras da América Latina, volta a se apresentar em Araxá nesta quinta-feira, 7 de setembro, às 19h30, no Pátio da Fundação Cultural Calmon Barreto. 

Sob a batuta do maestro José Soares, Regente Associado da Filarmônica, a orquestra leva ao público grandes clássicos do universo sinfônico brasileiro e internacional, como Carmen, de Bizet; A bela adormecida, de Tchaikovsky, Batuque, de Lorenzo Fernandez, Mourão, de Guerra-Peixe, e obras do universo popular arranjadas para orquestra, como Corta-jaca de Chiquinha Gonzaga (com orquestração de Anderson Alves), e Milagre dos Peixes, de Milton Nascimento (com orquestração de Nelson Ayres). A apresentação é gratuita. 

Com repertório diverso, de diferentes épocas e compositores, a Filarmônica fará um passeio pela história da música orquestral, apresentando “grandes clássicos que certamente todos vão reconhecer”, como comenta o maestro José Soares. 

Este projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais e CBMM, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e conta com recursos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo de Minas Gerais, Ministério da Cultura e Governo Federal. Os concertos e as ações educativas contam com o apoio da Prefeitura de Araxá e da Fundação Cultural Calmon Barreto.

Atividades educativas
Nos dias 5 e 6/9, músicos e musicistas da Filarmônica de Minas Gerais promovem intercâmbio cultural com músicos da cidade, na E.E. Professor Luiz Antônio Corrêa Oliveira. 

As inscrições estão abertas até o dia 4/9 (informações no serviço abaixo). A atividade é dividida em módulos e inclui ações de formação, motivação, divulgação e gestão. 

No dia 6/9, às 15h, no Centro Cultural Uniaraxá, a Orquestra faz um concerto didático gratuito para alunos da rede pública, com idades entre 6 e 14 anos, previamente selecionados pela Secretaria Municipal de Educação. 

Sob regência de José Soares, maestro associado da Filarmônica de Minas, o programa terá como tema “O mundo mágico da orquestra”, com obras que o público bem conhece, como O Quebra-nozes e A bela adormecida, ambas de Tchaikovsky; Harry Potter: Tema de Edwiges, de John Williams, e Peer Gynt, de Grieg. 

Serviço
Filarmônica de Minas Gerais - Turnê estadual – Araxá
Data: 7/9 (quinta-feira)
Horário: 19h30
Local: Pátio da Fundação Cultural Calmon Barreto – Praça Arthur Bernardes, 10 - Centro, Araxá
Entrada livre

Ações Educativas
Data: 5/9 e 6/9 (terça e quarta)
Horário: das 19h às 22h
Local: E.E. Professor Luiz Antônio Corrêa Oliveira – Rua Santo Antônio, 150 - Santo Antônio, Araxá
Inscrições (até 4/9): http://fil.mg/inscricoesintercambio ou pelo telefone (31) 3219-9000
Público-alvo: instrumentistas acima de 16 anos

Foto: Flora Silberschneider

Encontro de Gestores

A partir do dia 1º de agosto, acontecerá, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, a 5ª edição do Encontro Gestores de Cultura, Turismo e Circuitos Turísticos de Minas Gerais. Com o tema “Cultura, turismo e criatividade como indutores do desenvolvimento local sustentável”, o encontro visa promover um espaço para troca de experiências de trabalho entre os participantes, tendo como foco o planejamento para este segundo semestre.

O evento é realizado pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), em parceria com a Associação Mineira de Municípios (AMM), Rede Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo e Federação dos Circuitos Turísticos de Minas Gerais (Fecitur).

Na ocasião, os participantes terão a oportunidade de debater sobre ações de estruturação, qualificação e profissionalização dos setores da cultura e do turismo. O evento ainda servirá para qualificar os gestores municipais para acessar as políticas públicas de Minas Gerais, contribuindo para a descentralização dos recursos das áreas cultural e turística.

Inscrições

O 5º Encontro de Gestores de Cultura, Turismo e Circuitos Turísticos de Minas Gerais acontecerá no Palácio das Artes, no Centro de Belo Horizonte, de 1º a 3 de agosto. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pela plataforma Sympla.

São oferecidas 18 atividades, entre palestras, painéis e atrações culturais. É necessário retirar ingresso para cada uma delas, limitado a um bilhete por pessoa.

Programação

As atividades do Encontro Estadual de Gestores baseiam-se nas diretrizes da Secult para as políticas públicas turísticas e culturais. No dia 1º de agosto, toda a programação ocorrerá no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. Às 14h, logo após o credenciamento, acontecerá a Cerimônia de Abertura Oficial do evento, com apresentação do ator, cantor e apresentador Saulo Laranjeira. 

Logo após, às 15h30, será realizada a palestra magna com o tema do encontro – Cultura, turismo e criatividade como indutores do desenvolvimento local sustentável. Quem ministrará a palestra é o Secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, a Secretária Adjunta da pasta, Milena Pedrosa. O primeiro dia do encontro ainda contará com um painel sobre os editais da Cemig, a apresentação do Coral Lírico de Minas Gerais, pertencente à Fundação Clóvis Salgado, e a cerimônia de certificação das Instâncias de Governança Regionais (IGRs).

No dia 2 de agosto, a primeira palestra, às 9h, abordará o papel transformador das Leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc. A conferência contará com a presença do secretário Leônidas Oliveira, da secretária adjunta, Milena Pedrosa, dos Subsecretários de Cultura, Igor Arci, e de Turismo, Sérgio de Paula, e representante do Ministério da Cultura. Os subsecretários participarão ainda da palestra sobre Cultura e Turismo Sustentável e da roda de conversa sobre os novos programas Minas Criativa e Mais Turistas.

Está prevista, a partir das 16h30, a  roda de conversa “Políticas culturais para povos tradicionais e povos originário” com Makota Celia Gonçalves, membro do Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira, e Daru Tikuna, representante dos povos indígenas no Conselho Estadual de Política Cultural de Minas Gerais (Consec-MG), mediada por Debora Raiza, Diretora de Proteção e Memória do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais. 

O segundo dia do encontro também terá atividades na sala Juvenal Dias, Teatro João Ceschiatti, Cine Humberto Mauro e no Foyer do Grande Teatro Cemig. Serão seis palestras e rodas de conversa apenas no dia, com pelo menos 14 palestrantes, além das apresentações culturais.

No dia 3 de agosto acontecerão oito atividades durante o evento. O Grande teatro Cemig servirá de palco para as explanações sobre “Atração de investimento em turismo” e “Salvaguarda e Promoção da Cozinha Mineira”. A Sala Juvenal Dias contará com o workshop “Princípios Básicos para a Construção de um Projeto” e a roda de conversa “Transversalidade entre educação, cultura e turismo”.

No Teatro João Ceschiatti, acontecerão as mesas-redondas “Empreendedoras no Turismo: Mulheres impulsionando negócios e transformando destinos” e “Liderança Transformadora: Gestão da Mulher na Administração Pública”. O Cine Humberto Mauro sediará a palestra “A importância da Faop e da Fundação Clóvis Salgado na disseminação da cultura em Minas” e o Fórum setorial de Equipamentos Culturais.

Confira a programação completa aqui.

Foto: Leonardo Bicalho

RegistroDoc3

Nesta sexta-feira (8/9), a partir das 16h, o Cine Humberto Mauro exibe os quatro episódios da série “Registro.Doc”, criada pelo coletivo audiovisual Trupe. Com a proposta de registrar, resgatar, preservar e democratizar a História, a série é focada na produção cultural, social e científica compreendida no período da independência e pós independência do Brasil, em 1822. Em face das comemorações do bicentenário da independência, em 2022, “Registro.Doc” busca quebrar paradigmas acerca da linearidade dos acontecimentos e conjunto social do período, bem como sua movimentação em torno desse novo tempo para o Brasil.

Dividida em quatro episódios, a série mescla elementos do talk show com a linguagem documental para apresentar os desdobramentos em dramaturgia, imprensa, ciência, literatura e artes visuais do século XIX, colocando-se assim como mecanismo de divulgação e preservação da nossa história. As expressões artísticas se tornam o elo entre presente e passado, proporcionando ao espectador uma viagem pela temporalidade oitocentista dotada de conhecimentos e descobertas.

O apresentador Thiago Welter revisita períodos, acontecimentos, interpretações, espaços e culturas que fazem parte da história do Brasil. A partir de visitas e encontros e amparado em pesquisas, produções e publicações acadêmicas, o programa propõe novos olhares acerca do que até então conhecíamos com diálogos dotados de conhecimento com estudiosos referências das temáticas compartilhadas.

Após a exibição dos episódios, haverá uma conversa do apresentador com os convidados sobre os desdobramentos das independências até os dias atuais. Cada episódio tem 26 minutos de duração.

Serviço
Lançamento primeira temporada “Registro.Doc”
Data: 8/9/2023
Horário: 16h
Local: Cine Humberto Mauro - Palácio das Artes
Endereço: Av. Afonso Pena, 1537, Centro – Belo Horizonte
Informações: (31) 3236-7400

Entrada gratuita mediante retirada de ingressos na bilheteria do cinema

Caixa Estante no Ceresp Betim

O Governo de Minas Gerais anuncia mais um projeto de remição de pena por leitura com a inauguração de uma Caixa-Estante no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional de Betim (Ceresp). O equipamento chegou na unidade prisional nesta sexta-feira (28/07), com cerca de 100 livros previamente selecionados, marcando a parceria entre a Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), por meio da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB) e Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, e a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), por meio do Ceresp-Betim.

A iniciativa integra o Programa Minas Literária e permitirá que pessoas privadas de liberdade tenham acesso a diversos títulos, de estilos literários variados. Após terminar a leitura, o indivíduo privado de liberdade deverá escrever um relatório sobre a obra e entregá-lo à Vara de Execuções Penais, que avaliará o documento. Cada relatório aceito retira quatro dias da pena. Os custodiados podem ler quantos livros quiserem, mas, para a remição de pena, são considerados no máximo 12 títulos por ano – ou seja, no máximo 48 dias remidos.

“Com esta iniciativa, o Minas Literária torna-se uma poderosa ferramenta de transformação social, ao proporcionar às pessoas privadas de liberdade um estímulo à busca pelo conhecimento e do aprimoramento pessoal. Acreditamos que a leitura é capaz de construir novas perspectivas e ampliar as condições para reconstrução de suas vidas, e colabora para a criação de um ambiente propício para um comportamento mais respeitoso e consciente. Esses são fatores cruciais para a redução da reincidência criminal, contribuindo para uma sociedade mais justa e segura”, declarou o Diretor do Livro Leitura, Literatura e Bibliotecas, Lucas Amorim.

Em evento fechado, a inauguração da Caixa-Estante contou com o espetáculo “Ode à Esperança”, apresentado pela narradora de histórias Aline Cântia e pelo músico Chicó do Céu. O show reuniu contos e canções versando sobre esperança, em um convite de escuta e de celebração da palavra viva e pulsante.

“Além de propiciar a remição de pena pela leitura, o projeto Caixa-Estante implementado no Ceresp-Betim é uma incrível oportunidade para os reeducandos conhecerem histórias e mergulharem na imaginação através dos livros e, assim, terem a possibilidade de construir uma nova realidade com o aprendizado adquirido”, declarou a Superintendente de Humanização do Atendimento do Ceresp-Betim, Ana Paula de Almeida Vieira, que esteve no evento representando também o diretor-geral do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG), Rodrigo Machado de Andrade.

A remição de pena por leitura foi implementada pelo Conselho Nacional de Justiça em 2021, por entender que a educação é um meio eficaz para a ressocialização do indivíduo privado de liberdade. As atividades de leitura e produção dos relatórios, nas unidades prisionais, possibilitam a reflexão, expressão e exercício criativo dos participantes, trazendo benefícios não apenas para os detentos, mas para toda a sociedade.

Foto: Divulgação/Ceresp-Betim

Simpósio Conversas de Cozinha Caipiblue Foto Leo Bicalho

Belo Horizonte terá um curso de pós-graduação em Cozinha Mineira Contemporânea, a partir de 2024. O anúncio foi realizado durante o simpósio Conversas de Cozinha, que integrou o a programação do Festival Internacional de Cozinha Mineira Contemporânea – Caipiblue, uma iniciativa do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e da Fundação Clóvis Salgado.

Quem realizará a formação será a Faculdade Arnaldo, que deverá oferecê-la em formato híbrido, modular e continuado. O curso tem como objetivo de atualizar e aguçar o olhar para a gastronomia mineira para além dos clássicos, reunindo elementos da contemporaneidade e inovação relacionando-os à crescente atividade turística no estado.

“A cozinha mineira traz afeto em sua essência. O grande desafio hoje é manter essa história e tradição, trazendo para essa cozinha as técnicas do mundo contemporâneo. O objetivo dessa pós-graduação é preservar a essência, os valores e os afetos, trazendo modernidade e técnicas atuais”, reforçou o diretor executivo da Faculdade Arnaldo, João Guilherme Porto.

O lançamento aconteceu no sábado (2), durante a abertura do simpósio que teve a nova cozinha mineira em sua centralidade. Aberto ao público e com entrada franca, o evento contou com a participação de especialistas, chefs, estudantes e entusiastas da cozinha mineira.  “O simpósio é uma oportunidade para que todos possam conhecer mais sobre o patrimônio cultural de Minas Gerais que é a nossa cozinha mineira clássica e também a cozinha contemporânea, que estamos denominando de a nova cozinha mineira. A nova e criativa cozinha mineira mantém o legado de tradição e se desdobra em novos saberes e sabores com gosto de futuro”, ressaltou o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira.

Ao longo de dois dias, cinco mesas redondas promoveram discussões e reflexões acerca do movimento local que se ancora na tradição, nos saberes e nos ingredientes da terra, em diálogo com a gastronomia francesa. Tal combinação reflete numa cozinha original e contemporânea, reconhecida pela identidade mineira e motivada pela busca da inovação, corrente que vem ganhando força em todo o país. 

Primeiro dia do simpósio

Com a mediação do historiador e curador Roger Vieira, o primeiro encontro aconteceu na tarde de sexta-feira, 1º de setembro. Com o tema “Patrimonialização da Cozinha Mineira”, os docentes José Newton Coelho Meneses (UFMG) e Maria Coeli Simões Pires (UFMG), a diretora de Proteção e Memória do Iepha-MG, Débora Raiza Carolina Rocha Silva, e a pesquisadora Luciana Amaral Praxedes do Instituto Periférico, conversaram sobre os aspectos técnicos de salvaguarda dos modos e saberes que culminaram no título de patrimônio cultural imaterial do estado conferido à cozinha mineira, em julho deste ano pelo Iepha-MG, assim como na candidatura dos Modos de Fazer O Queijo Minas Artesanal a patrimônio da humanidade pela Unesco.

“O processo didático de explicar os modos de fazer é o que de fato importa na perspectiva dos órgãos de patrimônio.  Se não houver a materialidade, os modos de fazer não são repassados. Esse é o entendimento da dinâmica do patrimônio imaterial. Entendermos a organização da legislação, é entender a compreensão da humanidade sobre patrimônio”, pontuou Roger Vieira.

A “Cozinha Mineira Contemporânea: Atualizando as origens” foi o segundo encontro do primeiro dia. Na ocasião, os chefs Felipe Rameh de Paula - que assina a curadoria da parte gastronômica do festival -, Caio Soter e Tainá Moura promoveram um bate-papo descontraído sobre os desafios futuros de uma cozinha celebrada e potente em sua tradição. Origens, sociedade, ecologia, gestão humanizada, agricultura familiar e intercâmbio com Curaçao foram temas abordados. A conversa teve mediação de Roger Vieira.

“O Festival traz a beleza do intercâmbio de culturas. A importância de entender a tradição para falar de futuro. Tivemos a oportunidade de trazer a Taina, uma mulher preta que lidera cinco restaurantes em Belo Horizonte e ocupa um lugar de protagonismo em uma cozinha em que muitas vezes se fala menos do que deveríamos abordar: o legado da cozinha africana. Essa discussão precisa passar sempre para além das nossas montanhas”, enfatizou o chef Felipe Rameh.

Encerrando a programação do primeiro dia do Simpósio, o encontro “Cozinha Mineira: do Clássico ao Contemporâneo”, reuniu os docentes Carolina Figueira da Costa (Senac), Sinval Espírito Santo (UNA-Liberdade), Larissa Fernandes (Estácio de Sá), Eduardo Roberto Batista (Faculdade Arnaldo) e Jackson Cruz Cabral (Promove). Com mediação de Edson Puiati, diretor de Hospitalidade e Gastronomia do Senac, o encontro teve como um de seus pontos altos o debate de gênero e as relações com o universo gastronômico, finalizando o primeiro dia do simpósio.  

Segundo dia do simpósio

Na manhã de sábado, 2 de setembro, parte da pauta foi direcionada para as ações de fomento da cadeia produtiva e da cultura alimentar mineira no país e no exterior, assim como a relação entre territórios, produtores e produtos como indutores de desenvolvimento econômico e geração de emprego e renda, além do exemplo de BH Cidade Criativa da Unesco. A mesa “Perspectivas para Promoção e Fomento da Cozinha Mineira Clássica e Contemporânea” contou com a presença da gerente Unidade Indústria, Comércio e Serviços do Sebrae-MG, Márcia Valéria Cota Machado; o presidente da Abrasel, Rummenigge Zanola; o presidente da Belotur, Gilberto Castro; e a Diretora do Centro de Referência do Queijo Artesanal e Instituto de Hospitalidade e Artes Culinárias, Sarah Rocha.

Concluindo a programação do segundo e último dia do simpósio, “Conversas sobre Turismo de Experiência da Cozinha Mineira Contemporânea” debateu, entre outros assuntos, a importância das pessoas que integram e movem a economia da criatividade e sua correlação com a promoção dos destinos turísticos, a exemplo da experiência de Curaçao, país convidado nessa primeira edição do Festival.

Participaram da mesa redonda a diretora de Relações Exteriores do Ministério do Desenvolvimento Econômico, Vanessa Toré; o diretor-adjunto do escritório de Turismo de Curaçao, Hugo Clarinda; o gerente regional para a América Latina do Escritório de Turismo de Curaçao, Andre Rojer; e a representante do governo de Curaçao, Janaina de Araújo. O encontro teve mediação da secretária Milena Pedrosa.

 “O crescimento do turismo em Curaçao e o impulsionamento das políticas públicas para o setor são exemplos para nós. Já estamos trabalhando para aprimorar e implementar novas ações em Minas Gerais a partir da experiência obtida nesse intercâmbio”, finalizou a secretária de Estado Adjunta de Cultura e Turismo, Milena Pedrosa.

Ao final do encontro, a Secult homenageou as Mestras de Igarapé, cujos saberes são patrimônio imaterial do município localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Também foram reconhecidos pelo apoio à gastronomia e à nova cozinha mineira, o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Oswaldo Miranda Júnior; Bruno Bethonico, da Frente da Gastronomia Mineira; o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas e do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo Souza e Silva; o prefeito de Tiradentes, Nilzio Barbosa; o secretário de Turismo de Tiradentes, Guilherme Carvalho; e o prefeito de Igarapé, Arnaldo Chaves.

Foto: Leo Bicalho

Jequitinhonha Origem e Gesto Foto LeoBicalho 1

As culturas e tradições do Vale do Jequitinhonha são a inspiração para o novo projeto artístico da Fundação Clóvis Salgado, “Jequitinhonha: Origem e Gesto”. A iniciativa propõe de maneira inédita a junção de expressões artísticas, como a cerâmica, a pintura e a dança, ocupando a Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard. O projeto é uma realização do Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e da Fundação Clóvis Salgado em parceria com o Sebrae Minas.

O anúncio do projeto que aproxima as obras dos artistas do Jequitinhonha e o trabalho da Cia. de Dança Palácio das Artes (CDPA), criando uma linguagem híbrida, aconteceu nesta quarta-feira (26/7), em coletiva de imprensa realizada no Palácio das Artes. A solenidade contou com a presença do Secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, do Secretário-Executivo de Estado de Desenvolvimento Econômico, Guilherme da Cunha, do presidente da Fundação Clóvis Salgado, Sérgio Rodrigo Reis, do presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo Souza e Silva e do Coordenador-geral do Projeto Jequitinhonha, Marco Paulo Rolla, entre outras autoridades. 

“Esse projeto é fruto de um compromisso firmado no ano passado, na cidade de Jequitinhonha, onde nós nos reunimos com 36 municípios. As trabalhadoras e trabalhadores da cultura pediram para estarem mais presentes em Belo Horizonte, e, hoje, nós cumprimos nosso compromisso com essa série de ações para dar visibilidade ao Vale do Jequitinhonha”, contou o secretário Leônidas Oliveira.

Inserida no Minas Criativa – programa que busca fortalecer a cultura para a criação de 100 mil empregos na economia da criatividade até dezembro de 2024 –, a iniciativa é vista pelo secretário como um importante passo para a geração de emprego e renda no Jequitinhonha. “Começar com o Jequitinhonha e saber que o trabalho desse artistas  será valorizado já é a linha que foi delineada pelo Plano Estadual de Cultura pelo nosso Conselho Estadual de Política Cultural”, complementou.

Com coordenação geral do artista Marco Paulo Rolla, “Jequitinhonha: Origem e Gesto” chega para celebrar, na capital mineira, dentro do Palácio das Artes, em dois momentos, nos dias 3 e 4, a riqueza criativa do povo do Vale do Jequitinhonha.  No primeiro, acontecerá a inauguração, às 19h, de uma exposição panorâmica com obras dos principais artistas e artesãos da região, composta por 100 peças históricas, vindas de acervos particulares, do Centro de Arte Popular (CAP) e do Sebrae-MG , além de criações atuais feitas especialmente para a ocasião.

O presidente da Fundação Clóvis Salgado, Sérgio Rodrigo Reis, defende que união das diferentes expressões artísticas do Jequitinhonha proporcionará uma experiência única aos visitantes. “Esse é um projeto muito especial para a Fundação Clóvis Salgado. Pela primeira vez estamos fazendo uma ocupação no lugar mais nobre do Palácio das Artes unindo as artes visuais e as exposições, trazendo o Vale para cá e também nos levando até ele. As artesãs e artistas do Vale do Jequitinhonha fizeram grande parte das obras que estarão expostas na Galeria, fora outras que estarão disponíveis na loja do Palácio das Artes. Com isso, potencializamos e deixamos evidente a economia da criatividade que move não só Minas, mas também o desejo de várias partes do Brasil”.

Para o presidente do conselho deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo Souza e Silva, esta será uma grande oportunidade de contribuir com o desenvolvimento econômico da região. “O Sebrae tem um propósito: transformar vidas. A gente pensa muito em como trazer qualidade, como trazer gestão e eficiência para os artesãos. Quando a gente traz o Jequitinhonha para o Palácio das Artes, damos oportunidade de negócios. Vão ter as exposições, os produtos estarão à venda, e faremos essa ampla divulgação para o público de Belo Horizonte e de Minas Gerais, e até mesmo de outros estados, para que venham aqui, vejam as apresentações e comprem as artes do Jequitinhonha”, disse.

Quem corroborou com essa visão foi o secretário-executivo de Estado de Desenvolvimento Econômico, Guilherme da Cunha, pasta parceira do projeto. “O lema da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e do Governo de Minas, no aspecto do artesanato, é ajudar o artesão – que já tem o talento, já tem a inspiração e o investimento –  a ter também a perspectiva de transformar o trabalho em renda para pagar suas contas, colocar a comida na mesa e ajudar a sua família com o artesanato. Estamos, em média, em 100 eventos por ano realizando a promoção do artesanato mineiro para ajudar ao artesão a colocar dinheiro no bolso”, declarou.

Espaço expositivo

Uma ambientação inspirada no Vale foi criada no espaço da Grande Galeria para receber a exposição panorâmica, a partir dos tons terrosos, dos barrancos, das casas de pau a pique e das texturas da paisagem daquela região. Neste mesmo cenário também ocorrerá, na sexta-feira (4/8), às 20h, a estreia da coreografia da Cia. de Dança Palácio das Artes, também batizada de “Jequitinhonha: Origem e Gesto”. A partir daí, nos finais de semana, ao longo de agosto e outubro, a coreografia será encenada em sessões gratuitas.

Com concepção coletiva dos bailarinos da CDPA, a nova coreografia é resultado da pesquisa de campo realizada pelo corpo artístico do Palácio das Artes no Alto Jequitinhonha. As visitas às Associações de Artesanato e as conversas com moradores da região inspiraram um trabalho que mescla as tradições mineiras à contemporaneidade. Para Sérgio Rodrigo Reis, “Jequitinhonha: Origem e Gesto” é uma celebração das tradições do estado para além da Minas histórica.

“Essa produção inédita celebra as outras histórias de nosso Estado. Com a iniciativa, a Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard abre espaço para todo simbolismo das ‘Gerais’, que é essa região mais profunda de Minas, com muitas histórias, culturas e tradições, bem diferentes da centralidade do Estado. O objetivo é estimular um novo olhar para a diversidade e a riqueza da produção artística de nossa terra”, destacou o presidente da FCS.

Marco Paulo Rolla, que também assina a curadoria da exposição e a direção da coreografia da Cia. de Dança, explica que o projeto foi pensado para ampliar a percepção do público a respeito do Vale do Jequitinhonha. “O objetivo é abrir uma porta para imaginar além do que o Jequitinhonha é. É uma tentativa de apresentar, na Grande Galeria, esse recorte muito sensível daquela região, a partir das origens e dos gestos que fazem parte daquela cultura que, às vezes, nos parece tão distante”, apontou o coordenador.

Assim como “Jequitinhonha: Origem e Gesto”, as demais atividades da Fundação Clóvis Salgado têm como mantenedores a Cemig e o Instituto Cultural Vale; além de patrocínio Master da ArcelorMittal; patrocínio da Usiminas e da Vivo e correalização das atividades da APPA – Arte e Cultura.Jequitinhonha Origem e Gesto Foto Leo Bicalho 4

Um Vale, múltiplas artes

A proposta da exposição “Jequitinhonha: Origem e Gesto”, segundo Marco Paulo Rolla, é uma interpretação das culturas do Vale do Jequitinhonha a partir de múltiplos suportes. Com as obras dispostas na Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard, entre artesanato, pintura e videoinstalação, a exposição vai traçar uma narrativa histórica e interpretativa a respeito da formação da identidade cultural daquela região.

O barro, matéria-prima de inúmeros trabalhos artesanais, é o ponto de partida para a expografia, caracterizando todo o espaço da Grande Galeria. “É daí que surge a ‘Origem’. Nossa ideia com essa exposição é celebrar um trabalho manual, artesanal, que diz muito sobre a cultura do Jequitinhonha e todas as tradições que estão impregnadas naquele povo”, explicou Marco Paulo Rolla.

A expografia também contempla uma videoinstalação com registros feitos durante a pesquisa da Cia. de Dança Palácio das Artes na região. Além disso, pinturas de Gildásio Jardim, artista natural de Joaíma, no Baixo Jequitinhonha, também fazem parte da exposição. As obras de Jardim abordam o cotidiano daquele povo, em que a personalidade do retratado se funde com as estampas do tecido. Estão representados o homem do campo, do sertão, da vida simples na roça – sujeitos invisibilizados pela sociedade que têm sua poesia estética capturada pelo olhar de Gildásio.

A dança, os saberes e os dizeres

Para a composição da parte coreográfica do projeto, a Cia. de Dança Palácio das Artes iniciou uma pesquisa no início deste ano sobre características culturais do Jequitinhonha. Em abril, o corpo artístico se dirigiu para Turmalina, no Alto Jequitinhonha, e conheceu um pouco mais da cultura local, seu povo e suas nuances. A coleta de material envolveu visitas a espaços de artesanato e outros centros comerciais, bem como o olhar apurado dos bailarinos para as diferentes facetas da região.

De Turmalina, os bailarinos seguiram para uma jornada de encontros em três comunidades, com o intuito de entender o “Gesto”. No distrito de Cachoeira do Fanado, por exemplo, o grupo conheceu as criações em artesanato que auxiliam na renda dos moradores. Além disso, a Cia. de Dança Palácio das Artes participou de conversas com ricas trocas junto às mulheres da comunidade. A proposta era entender mais das cantigas e danças de roda que são passadas de geração em geração pelas moradoras do local. Em Campo Alegre e Campo Buriti, os bailarinos passaram por experiência semelhante ao descobrir mais detalhes sobre os costumes locais e como esse saber popular poderia ser fonte inspiradora na criação que iniciava.

Para a diretora da Cia. de Dança Palácio das Artes, Sônia Pedroso, as visitas de campo são fundamentais para a criação artística. “A dança contemporânea se espelha em urgências, pesquisas, observações e tantos outros detalhes que possam inspirar a criação de uma coreografia. Esse olhar de descoberta, que busca o diferente, o novo, o inesperado, é mais do que necessário para as criações da Cia. de Dança Palácio das Artes. É com essa pesquisa ‘in loco’ que tentamos traduzir o Vale do Jequitinhonha em nossa dança”, explicou.

A bailarina Cláudia Lobo ressalta que a pesquisa é essencial para a criação coreográfica. Mesmo quando vivenciamos o campo como ‘observadores’, estando lá, o fazemos em presença e isto nos afeta. Nos afeta no corpo. Tanto no aspecto sensorial - sons, cheiros, texturas, temperaturas, imagens específicas de cada campo - quanto na transformação de novos modos de nos relacionarmos com esta especificidade que nos afeta. Tudo isso é alimento para inspiração, estímulo à criação, para artistas, como nós, que criamos com o corpo, através do corpo. Um corpo em movimento, em ação, em estado de presença, em estado de afetação”, declarou.

Já o bailarino Christiano Castro destaca que essa experiência valoriza, ainda mais, o trabalho da Cia. de Dança. “Nossas coreografias são baseadas em pesquisas e estudos de campo. Visitar uma região tão simbólica para Minas Gerais, como é o Vale do Jequitinhonha, nos ajuda a entender melhor esse local e o que há de mais rico, tanto nas pessoas quanto nos cenários e paisagens que podem habitar nosso processo criativo. Cada contato com as artesãs e moradores se torna objeto de observação e, também, inspiração para nosso trabalho”, pontuou.

A partir do contato com os moradores e as múltiplas culturas da região, os bailarinos passaram a criar, coletivamente, a nova coreografia. Ao longo do processo criativo, os corpos foram incentivados a se conectar com a matéria do barro que simboliza a riqueza artística e até mesmo financeira da região.

“O Barro se transforma em cultura e o sentimento que tivemos da vivência de nossa visita àquela região para uma pesquisa, permitindo o contato com danças e cantos desta cultura e de uma origem mais distante, que nem eles sabem qual foi, mas nunca pretendem abandonar”, destacou Marco Paulo Rolla.

Na coreografia de Jequitinhonha, os bailarinos incorporam elementos da cultura do Vale para além da observação cotidiana. As famosas bonecas, por exemplo, inspiram passos que se desdobram em histórias dos moradores. Por sua vez, a vegetação característica do Vale do Jequitinhonha se incorporou no imaginário dos bailarinos e foi ressignificada a partir de corpos que irão ocupar a galeria.

Arte feita em Minas

Para realizar o projeto Jequitinhonha, o Centro Mineiro de Artesanato (Ceart) envolveu toda uma cadeia produtiva da criatividade na confecção de novas obras. Parte delas poderá ser vista na exposição, recriando o cenário real de inspiração do projeto, e as demais serão comercializadas na loja do Ceart, instalada na entrada do Palácio das Artes, no lado oposto ao da Galeria. Com isso pretende-se criar um inédito percurso entre o fazer criativo (exposto da galeria) e o meio de subsistência de grande parte dos moradores (à disposição para aquisição no Ceart).

O Centro de Artesanato foi fundado em 1969 e é responsável pela pesquisa, divulgação, comercialização e desenvolvimento do artesanato tradicional e da arte popular em Minas Gerais. O Ceart mantém um acervo de mais de 20 mil peças feitas com matérias-primas diversificadas como cerâmica, madeira, vidro, metal e fibras. As obras retratam a riqueza cultural de Minas Gerais, marcada por influências religiosas, cotidianas e regionais. Por meio delas é possível conhecer traços de personalidade do povo mineiro, seus costumes e suas tradições. Valorizando o artesão e sua obra, o Ceart contribui para ampliar as oportunidades de inclusão socioeconômica por meio dessa importante produção do artesanato tradicional e da arte popular mineira.

Serviço
“Jequitinhonha: origem e gesto”
Inauguração do projeto: 3/8 (quinta-feira) às 20h 

Exposição: 4/8 a 8/10
Horário: terça a sábado, das 9h30 às 21h; domingo, das 17h às 20h 

Espetáculo da Cia. de Dança Palácio das Artes: 4,5,11, 12, 18, 19, de agosto; 1º ,2, 8, 9, 22, 23, 29 e 30 de setembro; 7 e 8 de outubro
Horário: 20h
Ingressos: retirada de ingressos uma hora antes, na Bilheteria do Palácio das Artes)

Local: Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard

Endereço: Av. Afonso Pena, 1.537 – Centro /Belo Horizonte

Entrada gratuita

Fotos: Leonardo Bicalho 

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Homenagem marcou o encerramento do simpósio Conversas de Cozinha

 

Celebrar a nova cozinha mineira é também reconhecer a história, os saberes e os ingredientes tradicionais da terra de Minas Gerais que forjaram a cozinha mineira clássica. Foi com esse pensamento que as Mestras da Culinária de Igarapé foram homenageadas, no sábado (2/9), no I Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea, realizado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult/MG) e da Fundação Clóvis Salgado (FCS).

No encerramento do simpósio Conversas de Cozinha, a secretária de Estado Adjunta de Estado de Cultura e Turismo, Milena Pedrosa, entregou as honrarias às mestras. Elas criaram a Associação das Mestras da Culinária de Igarapé (ASMECI), em 2012, e fundaram o Festival Igarapé Sabor, que chegou à sua 5ª edição neste ano. A secretária-adjunta ressaltou a importância do trabalho realizado por essas mulheres que são detentoras de saberes e fomentam a cozinha mineira.

“São mãos lindas que produzem um legado incrível, e trazem essa cozinha mineira clássica para um novo conceito contemporâneo. Minas Gerais já faz essa fusão com muita criatividade e hoje estamos celebrando e agradecendo a essas mestras maravilhosas”, reverenciou Milena Pedrosa.

Vice-presidente da ASMECI, Ubalda Alves de Oliveira se disse muito feliz com o reconhecimento. “Receber esta homenagem hoje é muito gratificante. É aí que a gente vê o valor que tem a nossa gastronomia mineira. Este evento aqui é maravilhoso”, contou a mestra, que começou a cozinhar vendo a mãe. “Minha mãe saía para levar comida para o meu pai na roça e eu ficava lá, montava o fogareirozinho no chão, colocava a panelinha ali e fazia um guisadinho. Assim fui tomando gosto pela gastronomia”, lembrou.

A trajetória é parecida com a de Maria Nunes da Silva, a veterana do grupo, nascida e criada em Igarapé. “Cozinho desde os 7 anos de idade. Sempre fui pequena, então meu pai fez um caixotinho para eu alcançar o fogão. Eu amo cozinhar, cozinho por amor”, contou Maria, para quem a arte da gastronomia é uma das mais importantes que existe. “Cozinhar é uma arte, e é uma arte maravilhosa. Pegar a matéria-prima e transformar em coisas saudáveis e gostosas”, relatou Maria.

Igarapé e o legado da Cozinha Mineira

A vocação de Igarapé para a cozinha mineira vem de longe. O município criou seu primeiro festival gastronômico em 2005, o Igarapé Bem Temperado, que coexiste com o Festival Igarapé Sabor. Ambos são realizados anualmente, durante quatro dias – um em maio, o outro em julho –, e recebem investimentos via Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

O sucesso dos festivais é internacional. Em 2019, o Igarapé Sabor recebeu menção honrosa da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Alimentação e a Agricultura (FAO) no “Concurso Saberes e Sabores: as Mulheres Rurais no resgate da alimentação tradicional saudável e na proteção à biodiversidade”.

Maria Nunes da Silva e Ubalda Alves de Oliveira participam desde o primeiro festival, em 2005. Além disso, as mestras compartilham o fato de serem doceiras. “Trabalho com os doces há uns 20 anos. Comecei de brincadeira, só para a gente comer em casa, mas aí foram gostando, pedindo mais. Hoje, graças a Deus, é o meu sustento. Faço vários doces de compota, licor de canela. E faço o melhor pão de mel do Brasil, na minha opinião. Eu amo”, brincou Ubalda.

A mestra Elizabeth das Dores Pinto chegou ao festival um pouco depois, em 2008. Nascida em Belo Horizonte, ela foi morar em São Joaquim de Bicas, perto de Igarapé, pouco antes de se aposentar. Plantou árvores frutíferas de todos os tipos em seu quintal e, quando as frutas apareceram, a dúvida sobre a destinação foi o empurrão que precisava para entrar no evento culinário da cidade.

“Quando aposentei, em 2006, pensei ‘O que eu vou fazer com essas frutas?’ Aí eu tive a iluminação de Deus de fazer licores, doces e geleias. Hoje, eu tenho mais de 40 sabores de licores”, contou Elizabeth, que lança um novo sabor de licor a cada festival e é conhecida como Beth dos Licores.

“As mestras da culinária de Igarapé são importantes por preservarem a tradição da comida mineira no uso de ingredientes cultivados nos quintais de casa, e também por serem guardiãs do saber culinário que foi aprendido com suas mães e avós. Esse costume estimula as famílias a preservarem a memória gastronômica que faz parte do patrimônio imaterial da cultura igarapeense”, explicou Vivian Rocha, assessora da Secretaria de Cultura e Turismo de Igarapé.

Tradição que gera o novo

Para Maria da Silva, uma das grandes alegrias da homenagem recebida pelo Governo de Minas Gerais é ver reconhecida a tarefa de transmitir o legado da cultura alimentar, das festas, dos doces e das comidas mineiras para as gerações atuais e futuras.

“Estamos aqui celebrando a cozinha contemporânea, e é importante lembrar que ela vem lá da raiz. Os chefs de cozinha mesmo dizem que, sem os pratos rústicos, eles não teriam essa base para inovar, fazer os pratos melhores, com essa pegada moderna. Então essa cultura alimentar do passado é a base”, declarou Maria, para quem a bandeira da alimentação saudável tem papel de destaque na cozinha.

“Nós produzimos as nossas verduras, os nossos legumes, sem agrotóxico, tudo com adubo orgânico. A gente trabalha muito defendendo a saúde neste sentido. Eu aprendi a aproveitar as folhas, transformar em farinhas para combater anemia, faço geleias para combater anemia. Esses conhecimentos são fundamentais”, defendeu.

Fazendo coro com a colega de associação, Elizabeth das Dores Pinto enalteceu essa busca em conciliar o novo e o tradicional. “Eu estou muito emocionada com essa homenagem, estou para explodir de tanta felicidade. E ela casa muito bem com o nosso trabalho de reconhecer a origem e o contemporâneo”, finalizou.

Homenageados

Além das Mestras da Culinária de Igarapé, foram homenageados pelo apoio à gastronomia e à nova cozinha mineira, o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Oswaldo Miranda Júnior; Bruno Bethonico, da Frente da Gastronomia Mineira; o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas e do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo Souza e Silva; o prefeito de Tiradentes, Nilzio Barbosa; o secretário de Turismo de Tiradentes, Guilherme Carvalho; e o prefeito de Igarapé, Arnaldo Chaves.

FilarmônicaMG foto daniela paoliello

Nestes dias 27 e 28 de julho, às 20h30, na Sala Minas Gerais, a Filarmônica de Minas apresenta duas obras de Carlos Gomes – “Maria Tudor: Abertura” e “O Escravo: Alvorada”. Ambas foram recém-gravadas pela Orquestra em CD dedicado ao compositor, lançado neste ano.

O programa traz também a Sinfonia nº 1, “Titã”, de Mahler, e dois movimentos de uma composição de Alberto Nepomuceno – Série Brasileira: A sesta na rede e Batuque. A regência é do maestro convidado Neil Thomson. Os ingressos estão à venda no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala Minas Gerais.

Este projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais e Itaú, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Apoio: Circuito Liberdade. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo de Minas Gerais, Ministério da Cultura e Governo Federal.

Maestro Neil Thomson, regente convidado

Natural de Londres, Neil Thomson estudou violino e viola na Royal Academy of Music e regência no Royal College of Music. Desde 2014, é Regente Titular e Diretor Artístico da Orquestra Filarmônica de Goiás. Atualmente, está envolvido em um projeto de gravação das quatorze sinfonias de Claudio Santoro e obras de diversos outros compositores brasileiros com as orquestras Filarmônica de Goiás, Osesp, Gulbenkian e de Câmara Inglesa para a série Brasil em Concerto, da Naxos.

Dirigiu as mais prestigiadas orquestras do Reino Unido, entre elas a Sinfônica e a Filarmônica de Londres, a Filarmônica Real, Philharmonia e Royal Liverpool. Também conduziu importantes orquestras no restante da Europa, Ásia e América. Possui uma notável atuação como professor, tendo sido o mais jovem diretor de regência do Royal College of Music e convidado em diversos festivais e instituições do mundo. A convite de Lorin Maazel, foi jurado das rondas europeias do Concurso de Regência Maazel. Também integrou o júri do Concurso Internacional de Regência Eduardo Mata, na Cidade do México, ao lado de Gunther Schuller. Atualmente, é professor no Los Angeles Conducting Workshop e na Dresden Dirigierakademie.

Serviço
Série Presto
Data: 27/07/2023 (quinta-feira)
Horário: 20h30

Série Veloce
Data: 28/07/2023 (sexta-feira)
Horário: 20h30

Local: Sala Minas Gerais – Rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto - Belo Horizonte

Ingressos: R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 50 (Mezanino), R$ 70 (Balcão Palco), R$ 90 (Balcão Lateral), R$ 120 (Plateia Central), R$ 155 (Balcão Principal) e R$ 175 (Camarote).

Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores. Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

Funcionamento da bilheteria:
Dias sem concerto
3ª a 6ª — 12h a 20h
Sábado — 12h a 18h

Dias com concerto
12h a 22h — quando o concerto é durante a semana
12h a 20h — quando o concerto é no sábado
09h a 13h — quando o concerto é no domingo

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Foto: Daniela Paoliello

Encontros de Negócios Caipiblue Foto Renata Garbocci abre

O 1º Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea – Caipiblue, evento gratuito e aberto ao público, começou nesta sexta-feira (1/9) com o Encontros de Negócios, envolvendo representantes de Curaçao e produtores mineiros de diversos segmentos, tais como vestuário, calçados, tecnologia, construção civil, mel e cachaça.

O evento é uma iniciativa do Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult/MG) e da Fundação Clóvis Salgado.

O objetivo do encontro, mediado pelo Sebrae Minas, foi apresentar o potencial de exportação dos produtos mineiros, bem como conhecer as necessidades e particularidades do mercado de Curaçao, estreitando laços culturais e econômicos com a ilha caribenha.

No Museu Memorial Minas Gerais Vale, a conversa iniciou logo pela manhã, às 9h. Fazendo as boas-vindas a Curaçao, o Subsecretário de Turismo de Minas Gerais, Sérgio de Paula, enfatizou as semelhanças culturais entre a ilha e Minas Gerais, destacando o momento do estado no cenário nacional. “Minas se posicionou como segundo principal destino do Brasil. É o estado que mais cresce no turismo, mas não apenas; também cresce nos negócios. Tenho certeza de que este festival, que vai até domingo (3), trará grandes frutos para Minas Gerais, para o nosso turismo e, principalmente, para a geração de emprego e renda e o desenvolvimento econômico para todos aqui presentes”, disse.

Logo em seguida, a Diretora de Relações Exteriores do Ministério de Desenvolvimento Econômico de Curaçao, Vanessa Tore, subiu ao palco para falar sobre as belezas, necessidades e oportunidades econômicas do país. Um dos principais atrativos é o fato de que a ilha, por constituir o Reino dos Países Baixos, faz parte da União Europeia. Por isso, Curaçao possui benefícios para exportar para a Europa e também Estados Unidos, com que tem tratados de isenção fiscal.

“Minas Gerais pode, por exemplo, exportar insumos para Curaçao e lá nós industrializamos, colocamos um valor agregado. Daí este produto consegue entrar nos mercados da América do Norte e Europa com muito mais facilidade”, explicou, acrescentando que a ilha possui zona franca e porto muito moderno.

Outro aspecto que pode atrair empresários mineiros é a carência de produção local. A ilha importa praticamente todas as suas frutas, carnes, trigo e outros gêneros alimentícios, sendo também uma porta de entrada para demais países do Caribe. "Temos grandes expectativas para esta parceria. Sendo uma pequena ilha e um estado em desenvolvimento, não conseguimos produzir para o nosso povo e para os nossos turistas tudo o que consumimos. Queremos que Minas possa tornar-se um fornecedor de alimentos e outros produtos de que necessitamos, para garantir uma elevada qualidade de vida ao povo de Curaçao", disse Vanessa Tore.

Encontros de Negócios Caipiblue Foto Renata Garbocci

Voo direto Curaçao-Belo Horizonte aumenta as chances de negócios

Quem também marcou presença no encontro de negócios foi o Diretor de Turismo de Curaçao, Hugo Clarinda, que destacou o aumento do fluxo de brasileiros desde a inauguração do voo direto da ilha ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, inaugurado em junho deste ano. “Antes, recebíamos cerca de 800 turistas brasileiros por mês. Depois do voo, esse número saltou para 3 mil por mês, um crescimento muito grande”, contou o diretor, acrescentando que nosso país é o 5º maior emissor de turistas para Curaçao.  

O súbito aumento indica as inúmeras oportunidades de negócios, sobretudo nos segmentos diretamente ligados ao turismo. Conforme notou Vanessa Tore, o grande número de hotéis em construção tem demandado mão de obra qualificada, setor que estava representado por entidades como o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (SINDUSCON) e a Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA-MG).

Para o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva, a iniciativa é uma oportunidade para apresentar a qualidade e a variedade dos produtos mineiros, incluindo o artesanato, a cachaça e a moda, além de nossas soluções inovadoras para os setores da construção civil e do agronegócio. “Queremos nos conectar com potenciais compradores de Curaçao, ampliando as oportunidades para o estabelecimento de novas parcerias comerciais, da nossa rede de contatos internacionais e, o mais importante, valorizando a origem do que é produzido no estado e divulgando os destinos turísticos de Minas Gerais para outros países”, disse Marcelo de Souza e Silva.

Foto: Renata Garbocci

Ilvio Amaral e Maurício Canguçu Divulgação Cangaral

O Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam o lançamento do documentário Espírito.Doc. Produzido pela Rede Minas, o filme trata da peça “Acredite, um espírito baixou em mim”, que estreou em julho de 1998 e se tornou um dos maiores sucessos do teatro mineiro. O filme será exibido neste sábado (29/07), no Cine Humberto Mauro, no Palácio das Artes, a partir das 19h30.

A sessão especial contará com a presença de atores, profissionais da Rede Minas que desenvolveram o documentário e personalidades que fizeram parte dos 25 anos do espetáculo, originalmente estrelado pelos atores Ilvio Amaral e Maurício Canguçu. Desde então, a dupla percorreu os teatros mineiros, avançou por todo o Brasil com o espetáculo e nunca saiu de cena. Por trás das cortinas, são muitas as histórias, algumas desconhecidas pelo grande público, e que são retratadas no documentário Espírito.Doc, produzido pela Rede Minas.

A comédia premiada conta a história de um homossexual assumido que, inconformado com a própria morte, foge do céu para viver novas experiências e acaba criando uma grande confusão após incorporar um machista radical. Sucesso de público no Brasil, o espetáculo já foi encenado em mais de 300 cidades, alcançando cerca de três milhões de espectadores e se tornando um grande fenômeno do teatro brasileiro.

Antes da sessão integral no Cine Humberto Mauro, o documentário Espírito.Doc terá seu primeiro episódio exibido no Palácio da Liberdade, às 19h do dia 26 de julho (quarta-feira), seguido do lançamento da nova edição do livro “Acredite, um espírito baixou em mim, a trajetória de sucesso”, de Jefferson da Fonseca.

As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm como mantenedores Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal, Patrocínio da Usiminas e Correalização da APPA – Arte e Cultura.

Vinte e cinco anos de sucesso
A ideia do documentário nasceu em janeiro de 2023, no lançamento da Campanha de Popularização do Teatro e Dança. Maurício Canguçu conta que encontrou no evento o presidente da Empresa Mineira de Comunicação (EMC), Gustavo Mendicino. “O Gustavo falou ‘Vamos fazer um documentário’. Fiquei muito lisonjeado”, lembra o ator.

Rapidamente, uma equipe de profissionais foi formada e se mobilizou para a produção do filme. Foram cerca de seis meses de produção e o resultado foi “um resumo dos 25 anos” da trajetória dos protagonistas de “Acredite, um espírito baixou em mim”, como destaca Maurício Canguçu. Ele confessa que só assistiu a um pequeno trecho: “Eu achei lindo, emocionante. Voltei no tempo”.

Mendicino também festeja a ocasião e diz sobre a importância de a emissora estar presente junto à classe artística, contribuindo para valorizar aquilo que é feito no estado. “Os artistas mineiros são protagonistas da Rede Minas e queremos intensificar essa relação ainda mais”, ressalta.

Para desenvolver o documentário, foi feita uma investigação da história da dupla e do espetáculo, que exigiu, também, uma pesquisa minuciosa nos arquivos de quase 40 anos da Rede Minas. "Não poderia ser diferente, encontramos diversos registros e reportagens", conta a jornalista Mariana Lima, que conduziu as entrevistas.

“Vi imagens minhas e do Ilvio que nem eu tinha. Tem até a Marília Pêra no documentário. Que coisa mais linda, mais cuidadosa! Eu achei que era uma coisa mais simples, mas tem todo um contexto. A produção pensou em um roteiro e até os personagens da peça conversam com a Mariana”, explica Canguçu. Grandes nomes do teatro e da cena cultural brasileira também estão presentes na obra, como o autor da peça, Ronaldo Ciambroni, o escritor Jefferson da Fonseca e a diretora do espetáculo, Sandra Pêra.

Os 25 anos de “Acredite, um espírito baixou em mim” serão celebrados com uma programação intensa. A festa começa no dia 26 de julho (quinta-feira), no Palácio da Liberdade. Além da exibição do primeiro episódio do documentário Espírito.Doc, haverá também o lançamento da nova edição do livro “Acredite, um espírito baixou em mim, a trajetória de sucesso”, de Jefferson da Fonseca.

Já nos dias 27, 28 e 29 de julho, sempre às 19h, o público poderá acompanhar o filme Espírito.Doc, dividido em três episódios, na programação da Rede Minas. O documentário será exibido na TV aberta e pelo site redeminas.tv. Após a exibição especial no Cine Humberto Mauro, as comemorações se encerram em 30 de julho (domingo), com o espetáculo especial que festeja os 25 anos da peça, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. O público ainda poderá ver o documentário na plataforma de streaming EMCplay, e acompanhar na Rádio Inconfidência um podcast de entrevistas com os atores do espetáculo.

Serviço
Lançamento de documentário Espírito.Doc
Data: 29/07/2023 (sábado)
Horário: 19h30
Local: Cine Humberto Mauro – Av. Afonso Pena, 1537, Centro, Belo Horizonte
Classificação Indicativa: 10 anos
Informações: (31) 3236-7400
Entrada gratuita, com retirada de ingressos a partir de 1 hora antes da sessão

Foto: Divulgação/Cangaral

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Programação contempla simpósio, exposição de produtos mineiros, drink show, pratos diversos, almoços e jantares beneficentes, além de atrações culturais

 

Uma grande celebração da nova cozinha mineira com programação gratuita e diversa no Circuito Liberdade, em Belo Horizonte, acontecerá a partir desta sexta-feira (1º), com o início do Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea - Caipiblue, uma iniciativa do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e da Fundação Clóvis Salgado.

Em sua primeira edição, o evento homenageará Curaçao, ilha caribenha que desde a inauguração do voo direto BH-Curaçao, em junho deste ano, pela Azul Linhas Aéreas, tem intensificado as relações com Minas Gerais. A síntese desse intercâmbio cultural, turístico e gastronômico é o drink Caipiblue, que mistura a cachaça mineira e o licor de laranja, o curaçao blue, típico de Curaçao.

A bebida além de homenagear esse encontro também lança luz para a contemporaneidade da cozinha mineira que dialoga com diversas vertentes, mantendo a inspiração em suas tradições, que vêm sendo atualizadas. É a partir dessa perspectiva que uma programação diversa irá convidar o público a conhecer mais sobre a originalidade da cozinha mineira, seja por meio de bate-papos, como o simpósio Conversas de Cozinha, ou apreciando pratos diversos e drinks, que serão feitos na hora, e também produtos e iguarias que completam uma rica experiência gastronômica.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, ressalta que o festival marca a oportunidade de valorizar esse movimento que impulsiona a economia da criatividade. “Nós estamos iniciando um processo de talvez dar um nome, um significado, a um fenômeno que acontece no nosso estado, sobretudo, em alguns restaurantes da capital, do Sul de Minas e de Tiradentes. Nós identificamos uma continuidade em relação à cozinha mineira, no que diz respeito à pesquisa, à valorização dos produtos da terra, mas com uma apresentação oriunda da forma francesa”, pontua Oliveira. “Eu costumo dizer que todos nós sabemos fazer feijão tropeiro. No entanto, nós precisamos avançar no sentido de que a riqueza da nossa cozinha tenha uma apresentação de forma contemporânea. Daí o nascimento do festival, que propõe uma reflexão sobre a cozinha mineira contemporânea, certamente, baseada na tradição da cozinha agora protegida como patrimônio cultural imaterial do estado pelo Iepha-MG”, acrescenta.

A programação desta sexta-feira (1º) começará a partir das 9h, com os Encontros de Negócios, no Memorial Minas Gerais Vale. Este será um momento importante em que produtores mineiros vão dialogar com representantes do governo de Curaçao, a fim de estabelecer acordos voltados à comercialização de itens mineiros para a ilha caribenha. A pauta é de grande relevância para dinamizar a economia mineira e criar oportunidades de geração de emprego e renda.

A partir das 14h, terá início o simpósio Conversas de Cozinha, no Palácio da Liberdade. Serão cinco encontros abertos ao público que vão discutir a atualidade e o percurso da nova cozinha mineira, um movimento local que se ancora na tradição, nos ingredientes mineiros, mas em diálogo com a gastronomia francesa. Tal combinação se reflete numa cozinha peculiar e contemporânea, ancorada no reconhecimento da mineiridade e motivada pela busca da inovação.

Nesta sexta, estão previstas três mesas: Patrimonialização da Cozinha Mineira, Cozinha Mineira Contemporânea: Atualizando as origens e Cozinha Mineira: do Clássico ao Contemporâneo. No sábado (2), haverá mais dois encontros, a partir das 9h: Perspectivas para Promoção e Fomento da Cozinha Mineira Clássica e Contemporânea e Conversas sobre Turismo de Experiência da Cozinha Mineira Contemporânea.

A partir das 18h, começará nos jardins do Palácio da Liberdade, e ao lado, na praça José Mendes Júnior, o momento mais sensorial, em que o público poderá apreciar alguns preparos feitos na hora e também experimentar queijos, doces, cachaças, que representam as diversas facetas da cozinha mineira.

Nos jardins do Palácio da Liberdade estarão as estações que representam a vertente contemporânea, com a produção de vinhos mineiros, cafés, sorvetes e pratos a partir de receitas dos chefs Caio Soter e Felipe Rameh. O segundo é quem assina a curadoria da parte gastronômica do festival. Já na praça José Mendes Júnior estará contemplada a cozinha clássica mineira com uma seleção especial de produtos regionais.

O horário de funcionamento desses serviços na sexta-feira será das 18h às 22h. No sábado e no domingo será das 11h às 22h.

Almoços e jantares beneficentes

Nos dias 1º, 2 e 3 de setembro também serão realizados no Salão de Banquetes do Palácio da Liberdade quatro refeições especiais, sendo dois almoços e dois jantares, assinados pelos chefes Caio Soter e Felipe Rameh. A iniciativa é do Serviço Social Autônomo (Servas), que realizará a doação da renda adquirida a partir da venda dos ingressos para quatro hospitais filantrópicos de Belo Horizonte: Santa Casa BH, Hospital da Baleia, Mário Penna e São Francisco.

Os banquetes incluem um receptivo com entradas, uma visita guiada pelo Palácio da Liberdade, até o momento de apreciar o menu completo, que será contextualizado com alguns destaques da história de Minas Gerais. Em razão desses eventos, nesses três dias, não haverá visitação aberta ao público do Palácio da Liberdade.

Atrações culturais

Haverá entre os dias 1º, 2, e 3, a apresentação, respectivamente, dos DJs Cubanito, Sandra Leão e Palomita, nos jardins do Palácio da Liberdade. O público presente também poderá curtir drink shows que serão promovidos pelo mixologista Vitor Puiati. Ele apresentará uma receita que combina licor de Curaçao Blue com Jenipapo e outra que equilibra as notas do mesmo licor com os sabores e os aromas do café.

Intervenções artísticas e culturais dos grupos Calcinha de Palhaço e Circo do Sufoco que trabalham a linguagem da palhaçaria são outras atrações que vão temperar a programação cultural.

Para todas as idades

 Nos três dias, estará montada uma área kids na quadra do Palácio da Liberdade. Nesta sexta (1º), o espaço funcionará das 18h às 22h. No sábado (2) e no domingo (3), das 11h às 22h.

Confira a programação completa do simpósio Conversas de Cozinha aqui.

Foto: Victor Schawner

 

Programa de Residência em Pesquisas Artísticas 2021 Crédito Paulo Lacerda

O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais e da Fundação Clóvis Salgado, lança nesta quarta-feira (26) o livro “Dossiê Programa de Residência em Pesquisas Artísticas 2021”. O trabalho foi concebido como atividade final da 3ª edição da iniciativa homônima, desenvolvida pelo Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). O evento acontece a partir das 19h, na Sala Juvenal Dias, no Palácio das Artes. A entrada é gratuita, com retirada de ingressos na bilheteria da sala. A classificação etária é livre.

Criado em 2015, o programa busca contribuir com a geração de conhecimento e inovação para as artes e a sociedade, além de fomentar os novos talentos e a diversidade artística e cultural do estado. Em sua 3ª edição, envolveu pesquisa e extensão, e se dedicou ao desenvolvimento de ações voltadas para a experimentação e criação no campo das artes em Minas Gerais. Os projetos foram desenvolvidos ao longo do ano de 2021, resultando em seminários, exposições, apresentações, palestras, aulas abertas e compartilhamentos de pesquisa com o público do Cefart e de demais interessados.

Segundo Fabrício Martins, Gerente de Extensão do Cefart, o livro é representativo da qualidade dos trabalhos desenvolvidos ao longo do Programa. “Esse dossiê – concebido pela coordenação da Residência, em conjunto com os artistas – expõe, através de artigos e cadernos, a criatividade e o espírito reflexivo da turma de 2021, que primou pela ousadia na escolha dos temas e no desenvolvimento de percursos de experimentação ou metodologias que elevam nossa sensibilidade a patamares além do estabelecido e consagrado”, destaca.

Em função da pandemia da COVID-19, as ações foram desenvolvidas, parcialmente ou em sua totalidade, em modalidade remota ou semipresencial, observando as medidas de prevenção à disseminação do vírus. Foram concedidas bolsas de pesquisa e os trabalhos foram orientados pelo corpo de professores do Cefart.

As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm como mantenedores Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal, Patrocínio da Usiminas e Correalização da APPA – Arte e Cultura.

Olhares diversos sobre o fazer artístico
No evento de lançamento, os exemplares vão ser distribuídos em formato físico gratuitamente para o público presente. O livro conta com 19 capítulos e uma multiplicidade de temáticas e abordagens. São artigos, cadernos de artistas, ensaios, textos poéticos, dramaturgias, fotografias, colagens, desenhos e outros trabalhos de investigação e produção artística.

É o que conta Gabriel Couto Pereira, responsável pela organização e edição da obra. “Ao longo do ano de 2021, foram realizadas pesquisas artísticas nas áreas de Artes da Cena, Artes Visuais, Música, Diversidade e Inclusão, Culturas Populares Tradicionais e Urbanas, Patrimônio Cultural Material e Imaterial e Tecnologia da Cena. Convidamos o leitor a mergulhar nos materiais que compõem este Dossiê, certos de que ele terá diante de si uma amostra da rica produção artística, cultural e tecnológica do nosso estado”, ressalta.

Serviço
Lançamento de livro “Dossiê Programa de Residência em Pesquisas Artísticas 2021”
Data: 26 de julho (quarta-feira)
Horário: 19h
Local: Sala Juvenal Dias – Av. Afonso Pena, 1.537, Centro, Belo Horizonte
Classificação Indicativa: Livre
Informações: (31) 3236-7400

Entrada gratuita, com retirada de ingressos na bilheteria da sala

Foto: Paulo Lacerda

Foto VictorSchawner

Programação integra o Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea - Caipiblue eacontecerá nos dias 1º e 2/9, no Palácio da Liberdade

 

A nova cozinha mineira será o tema central do simpósio “Conversas de Cozinha”, que acontecerá nos dias 1º e 2/9, no Palácio da Liberdade, como parte da programação do Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea, iniciativa do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e da Fundação Clóvis Salgado. Serão cinco encontros abertos ao público que vão discutir a atualidade e o percurso de um movimento local que se ancora na tradição, nos ingredientes mineiros, mas em diálogo com a gastronomia francesa. Tal combinação se reflete numa cozinha original e contemporânea, ancorada no reconhecimento da identidade mineira e motivada pela busca da inovação.

“Passado e futuro se juntam na Nova Cozinha Mineira, gerando uma rede de mestras e mestres da cozinha, chefs nas nossas escolas de gastronomia. Chefs que se espalham pelo território, pelas cidades e distritos, fazendas, restaurantes e botecos, agregando valor à nossa agricultura familiar com um intenso processo de pesquisa pessoal. Coletivo de mãos que recriam nossa cozinha pela criatividade peculiar do sistema contemporâneo”, pontua o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira.

As inscrições são gratuitas, e podem ser feitas online via formulário. Entre os dias 1º e 2 de setembro serão abordados diversos aspectos em torno da temática principal, desde a salvaguarda dos saberes em torno da cozinha mineira, incluindo os modos de fazer o queijo minas artesanal - atual candidato a patrimônio da humanidade pela Unesco, às vertentes tradicionais e contemporâneas. As perspectivas de fomento e promoção, além das relações com o turismo de experiência são outros aspectos relevantes. Haverá também o lançamento da primeira pós-graduação em cozinha mineira contemporânea, que será oferecida pela Faculdade Arnaldo, em Belo Horizonte.

O curador Roger Vieira explica que a programação foi pensada a partir de dois principais eixos: “No primeiro dia, vamos trabalhar os conceitos e as ideias que foram construídas acerca do tema cozinha mineira. Às vezes, o termo é utilizado de maneira errônea como sinônimo de gastronomia ou culinária mineira. E o segundo dia reunirá as perspectivas de negócios para esse universo da cozinha mineira, trazendo algumas instituições que atuam diretamente com o tema, como o Sebrae, a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), o Centro de Referência do Queijo Artesanal e alguns representantes do governo de Curaçao, que compartilharão conosco suas experiências relacionadas ao patrimônio e à gastronomia”, detalha Vieira.

Abertura

O primeiro bate-papo, previsto para começar às 14h, no dia 1º de setembro, abordará a Patrimonialização da Cozinha Mineira, tendo em vista as iniciativas que culminaram no título de patrimônio cultural imaterial do estado conferido à cozinha mineira, em julho deste ano, pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG).

Participarão deste encontro: os professores Maria Coeli Simões Pires (UFMG), José Newton Coelho Meneses (UFMG), a diretora de Proteção e Memória do Iepha-MG, Débora Raiza Carolina Rocha Silva, e a pesquisadora Luciana Amaral Praxedes do Instituto Periférico, que atuou como parceiro na confecção do dossiê sobre a cozinha mineira organizado pelo Iepha-MG. A mediação será do historiador e curador Roger Vieira.

Na sequência, serão discutidos os temas: Cozinha Mineira Contemporânea: Atualizando as origens, a partir das 16h, e Cozinha Mineira: do Clássico ao Contemporâneo, a partir das 18h. Na primeira parte estão confirmados os chefs Felipe Rameh de Paula - que assina a curadoria da parte gastronômica do festival -, Caio Soter e Taina Moura. Esse bate-papo também será mediado por Roger Vieira.

Já no segundo momento, voltado às vertentes da cozinha mineira, do clássico ao contemporâneo, serão recebidos os professores Carolina Figueira da Costa (Senac), Sinval Espírito Santo (UNA-Liberdade), Larissa Fernandes (Estácio de Sá), Eduardo Roberto Batista (Faculdade Arnaldo) e Jackson Cruz Cabral (Promove). A mediação será de Edson Puiati, que é diretor de Hospitalidade e Gastronomia do Senac.

Segundo dia do simpósio

No dia 2 de setembro, parte do enfoque será voltado para as ações de difusão da cultura alimentar mineira no país e no exterior, tendo em vista seu papel como indutor de desenvolvimento econômico, de geração de emprego e renda. Participarão do debate Perspectivas para Promoção e Fomento da Cozinha Mineira Clássica e Contemporânea, a partir das 9h, a gerente Unidade Indústria, Comércio e Serviços do Sebrae-MG, Márcia Valéria Cota Machado; o presidente da Abrasel, Rummenigge Zanola; o presidente da Belotur, Gilberto Castro; e a Diretora do Centro de Referência do Queijo Artesanal e Instituto de Hospitalidade e Artes Culinárias, Sarah Rocha.

Os diálogos entre turismo de experiência e cozinha mineira contemporânea encerram o segundo dia do simpósio. Para esta mesa estão confirmados: a diretora de Relações Exteriores do Ministério do Desenvolvimento Econômico, Vanessa Toré; o diretor-adjunto do escritório de Turismo de Curaçao, Hugo Clarinda; o gerente regional para a América Latina do Escritório de Turismo de Curaçao, Andre Rojer; e a representante do governo de Curaçao, Janaina de Araújo. A mediação será da secretária de Estado Adjunta de Cultura e Turismo, Milena Pedrosa.

O curador Roger Vieira acrescenta que o objetivo é difundir conhecimento e experiências não só entre especialistas, mas com o público em geral. “As pessoas muitas vezes vão para o festival para ter um momento de usufruir da cozinha mineira, e neste simpósio o público também terá a oportunidade de entender um pouco mais tanto sobre o nosso patrimônio cultural quanto sobre a própria cozinha mineira que foi construída ao longo de séculos e está sendo cada vez mais valorizada seja no mercado nacional seja no mercado internacional”.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, ressalta a importância deste momento para lançar luz para a vitalidade da nova cozinha mineira. “Trata-se de uma cozinha mais controlada, uma maior atenção à temporalidade, às cozinhas regionais como fonte de inspiração. Uma vez que a cozinha mineira tradicional está agora protegida, nós queremos dar ainda mais visibilidade para essa nova cozinha mineira e para as diversas possibilidades de diálogo e combinações que esse segmento permite, como poderemos apreciar, a partir desse intercâmbio com Curaçao, e o drink Caipiblue, ao combinar a cachaça mineira e o licor de laranja da ilha caribenha, é exemplo”, pontua Oliveira.

Confira a programação completa do Simpósio:

1º de setembro (sexta-feira)

14h-16h: “Patrimonialização da Cozinha Mineira”
Mediação: Roger Vieira - Historiador
Debatedores:
Maria Coeli Simões Pires - Professora (UFMG)
José Newton Coelho Meneses - Professor (UFMG)
Débora Raiza Carolina Rocha Silva - Diretora (Iepha-MG)
Luciana Amaral Praxedes - Pesquisadora (Instituto Periférico)

16h-18h: “Cozinha Mineira Contemporânea: Atualizando as origens”
Mediação: Roger Vieira - Historiador
Debatedores:
Felipe Rameh de Paula - Chef
Caio Soter - Chef
Taina Moura - Chef

18h-20h: “Cozinha Mineira: do Clássico ao Contemporâneo”
Mediação: Edson Puiati - Diretor de Hospitalidade e Gastronomia do Senac
Debatedores:
Carolina Figueira da Costa - Professora (Senac)
Sinval Espírito Santo - Professor (UNA-Liberdade)
Larissa Fernandes - Professora (Estácio de Sá)
Eduardo Roberto Batista - Professor (Faculdade Arnaldo)
Jackson Cruz Cabral - Professor (Promove)

2 de setembro (sábado)

09h-11h: “Perspectivas para Promoção e Fomento da Cozinha Mineira Clássica e Contemporânea”
Mediação: Carla Madeira - Lápis Raro
Debatedores:
Márcia Valéria Cota Machado - Gerente Unidade Indústria, Comércio e Serviços (Sebrae-MG)
Rummenigge Zanola - Presidente (Abrasel)
Gilberto Castro - Presidente (Belotur)
Sarah Rocha - Diretora (Centro de Referência do Queijo Artesanal e Instituto de Hospitalidade e Artes Culinárias)

11h-13h: “Conversas sobre Turismo de Experiência da Cozinha Mineira Contemporânea”
Mediação: Milena Pedrosa - Secretária de Estado Adjunta de Cultura e Turismo (Secult-MG)
Debatedores:
Vanessa Toré - Diretora Rel. Exteriores (Ministério do Desenvolvimento Econômico)

Hugo Clarinda - Diretor-Adjunto (Escritório de Turismo de Curaçao) Andre Rojer - Gerente Regional para a América Latina (Escritório de Turismo de Curaçao)

Janaina de Araujo - Curaçao Tourist Board

 

Foto: Victor Schawner

Nadja Kai Kai BATALHA DRAG 2017 Crédito Paulo Lacerda

Com o objetivo de apresentar ao público de Minas Gerais um espaço privilegiado para o trabalho das artistas drag, o Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e da Fundação Clóvis Salgado (FCS), abre inscrições gratuitas para a segunda edição da Batalha Drag de Lip Sync. O evento, que será realizado em 10 de agosto (quinta-feira), de forma inédita no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, está com inscrições abertas até às 23h59 da próxima sexta-feira (28/7).

Podem se inscrever pessoas maiores de 18 anos e residentes no estado de Minas Gerais. O formulário para participação está disponível no site da FCS. Os artistas que desejam participar da competição precisam enviar para a Fundação Clóvis Salgado, além das informações de identificação e contato (nome, idade, CPF, gênero, etc.), um vídeo contendo performance representativa de seu trabalho artístico. O vídeo não tem limite de duração, e precisa estar disponibilizado alguma plataforma sem restrição de senha, como YouTube e Google Drive. O link para visualização deve ser inserido no formulário online.

O conteúdo dos vídeos será avaliado com base em cinco critérios principais: originalidade e criatividade da proposta, sincronia na execução, qualidade performática e apresentação estética do material. O resultado será divulgado no dia 1º de agosto (terça-feira), no site e nas redes sociais da Fundação Clóvis Salgado. Oito artistas serão selecionados para participar da competição, disputando em duplas e sob a avaliação de um júri especializado. Dúvidas e outras informações podem ser obtidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

A Batalha Drag de Lip Sync será apresentada por Walkiria La Roche, uma referência na cena LGBTQIAPN+ de Minas Gerais, e contará com apresentações especiais, como uma performance inédita de Nadja Kai Kai, artista vencedora da primeira edição do concurso, realizada em 2017.

As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm como mantenedores Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal e Patrocínio da Usiminas.

Serviço
Batalha drag de lip sync
Prazo de inscrições: Até as 23h59 do dia 28 de julho (sexta-feira)
Link de inscrições: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScFwlEkP_pO1G1Vzp7dqMqdiNvc0-SblRU191C4sWm0pGIPfQ/viewform
Idade mínima: 18 anos
Informações para o público: (31) 3236-7400

Foto: Paulo Lacerda

encontropalacio

Jornalistas da ilha caribenha conheceram o Palácio da Liberdade, o Mercado Central e terão a oportunidade de vivenciar a cultura mineira a partir desta segunda (28)

 

Após desembarcar em Belo Horizonte no último domingo (27), a comitiva de Curaçao, composta por autoridades do governo, jornalistas e produtores de conteúdo, reuniu-se com o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, na manhã desta segunda (28), no Palácio da Liberdade. O encontro deu continuidade aos eventos de boas-vindas aos convidados, que foram contextualizados sobre parte da história e das tradições de Minas Gerais.

“A cultura é o fundamento do turismo em Minas Gerais. Quase metade das pessoas que vêm ao nosso estado é motivada pela cultura, compreendida em sua forma ampla: a cultura alimentar, a música, o patrimônio histórico, as danças, a cultura popular e tradicional, a cultura negra. Ou seja, estar em Minas Gerais é uma experiência cultural também”, pontuou Oliveira.

O grupo chegou cinco dias antes da abertura do I Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea – Caipiblue, cuja primeira edição homenageia a ilha caribenha, justamente para ter mais tempo de conhecer o estado. O bate-papo com o secretário fez parte de uma das agendas da press trip em solo mineiro da qual essa comitiva participa e tem o objetivo de promover internacionalmente o destino Minas Gerais.

A iniciativa integra o programa Mais Turistas, realizado pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), e conta com o apoio da companhia Azul Linhas Aéreas, que lançou no mês de junho a nova rota internacional, conectando em um voo direto entre Belo Horizonte e Curaçao. A chegada dessa comitiva, portanto, é um desdobramento dessa nova rota, possibilitando o intercâmbio cultural, turístico e econômico entre Minas Gerais e a ilha caribenha.

“Esta aproximação entre Minas e Curaçao faz parte do projeto de internacionalização do destino Minas, que a Secult vem trabalhando desde 2020. Com essa nova rota direta, lançada pela Azul, os negócios entre empresários da ilha e de Minas Gerais prometem resultados bastante frutíferos. Curaçao é uma ilha que importa uma variada gama de produtos e Minas tem tudo a oferecer”, reforça o Subsecretário de Turismo, Sérgio de Paula.

Os profissionais da imprensa de Curaçao também participaram nesta segunda (28) de uma visita guiada pelas dependências internas e externas do Palácio da Liberdade. Na sequência, o grupo seguiu para o Mercado Central de Belo Horizonte, onde foram apresentados à cozinha clássica mineira, ao artesanato e aos diversos produtos regionais.

Imersão na cultura local

Do clássico ao tradicional e contemporâneo, os destinos previstos para a promoção de Minas Gerais prometem momentos regados a muita comida mineira. Em sua primeira noite em Minas Gerais, os membros da delegação participaram de um jantar de boas-vindas, no restaurante Turi, reunindo-se com a equipe da Secult, dentre outros convidados, como o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte Marcelo e do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo Souza e Silva, além de jornalistas mineiros. O momento proporcionou a aproximação e a troca de experiências entre os dois grupos.

A jornalista curaçaense Nicole Maduro ressaltou a expectativa em conhecer de perto a cultura local. “Desde o início desse voo direto da Azul, nós estamos recebendo tantas pessoas maravilhosas que nos visitam, e estamos realmente interessados em Minas Gerais. Nós queremos conhecer vocês, conhecer o Brasil, Belo Horizonte, a cultura de vocês. Nós ouvimos que esta é uma cidade que tem uma ótima comida e boas bebidas. Então, além conhecer a cultura, a história e todas essas pessoas bonitas, nós também queremos saber mais e experimentar suas comidas e bebidas”, sublinhou Nicole.

O Mercado Central, portanto, foi um dos primeiros pontos escolhidos dessa rota. Para além de Belo Horizonte e dos principais cartões postais da cidade, como o Circuito Liberdade, o Conjunto Arquitetônico da Pampulha e o Palácio das Mangabeiras, o grupo também conhecerá parte do interior do estado.

Eles visitarão o município de Santa Cruz de Minas, localizado entre São João Del Rei e Tiradentes, celebrado por seus produtos artesanais, e Carrancas, reconhecida como a Terra das Cachoeiras. Antes do retorno à capital, o grupo também conhecerá o Instituto Cultural Inhotim, em Brumadinho.

I Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea – Caipiblue

Belo Horizonte sediará o 1º Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea - Caipiblue, cuja abertura ao público está prevista para o dia 1º de setembro. Com realização do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e da Fundação Clóvis Salgado, o evento celebrará a criatividade, a história e o legado da cultura alimentar e gastronômica mineira por meio de diversas ações, como simpósio, encontros de negócios, feira com produtos regionais, como café, o queijo e a cachaça, além de experiências gastronômicas, jantares beneficentes e atrações culturais.

Desde junho deste ano, quando foi inaugurado pela Azul Linas Aéreas, no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, um novo voo direto para Curaçao, ilha localizada no Caribe, esta tem se tornado mais uma importante porta de entrada para a promoção internacional do destino Minas Gerais.

Durante o evento, a ilha estará representada por sua coquetelaria e pela música. Bartenders renomados de Curaçao virão a Belo Horizonte propor receitas combinando ingredientes mineiros, dentre eles a cachaça e o café, com um toque especial do seu país de origem, criando, assim, novos drinks, como o Caipiblue.

Lançado no dia 8 em Curaçao, o Caipiblue, sintetiza o encontro entre as culturas de Minas Gerais e da ilha, a partir da combinação da cachaça com o licor de laranja típico da coquetelaria curaçauense. Essa conexão também será ampliada no simpósio Conversas de Cozinha, no Circuito Liberdade. A importância dos patrimônios históricos em Curaçao e em Minas Gerais como indutores da atividade turística será um dos temas abordados.

Nsa Senhora do Pilar Ouro Preto Foto Pedro Vilela

No ano de 1733, uma festa triunfal eucarística, síntese da contrarreforma e do barroco foi realizada em Ouro Preto, à época Vila Rica. Essa celebração híbrida barroca marcou de maneira singular a história de Minas Gerais e das Américas. Narrada com detalhes pelo português Simão Ferreira Machado, na crônica “O Triunfo Eucarístico - Exemplar da Cristandade Lusitana”, a celebração contagiou toda a cidade com cores, sons e imagens. Neste sábado (22), aquele momento será rememorado em Ouro Preto, 290 anos depois.

O Triunfo Eucarístico foi realizado na ocasião do traslado do Santíssimo Sacramento da Igreja do Rosário até a Igreja do Pilar. A festividade fez jus ao nome e, como descreveu Machado, mostrou os "portugueses senhores dos mais finos diamantes de todo o mundo" em um momento, ao qual o cronista revela não ter tido lembrança "que visse o Brasil, nem consta, que se fizesse na América ato de maior grandeza". 

Ele também ressaltou as sugestões místicas e profanas do cortejo numa grande apoteose cultural e artística das Minas Gerais. Relata os trajes enfeitados com pedras preciosas, alegorias, efeitos visuais e sonoros das danças e músicas, teatro, jogos públicos, toque dos sinos, uso constante de estampidos, rufares de tambor, apitos, clarins, trombetas, tiros de mosquetes, poesias junto ao Palácio do Bispado e cavalhadas. 

Na convivência das disparidades surgia um caldeirão de sentidos, como refletiu Nicolau Sevcenko: “Aqui, o Barroco não foi um estilo passageiro, mas a substância básica de toda uma nova síntese cultural. Se há um traço que perpassa as diferentes manifestações da cultura brasileira é justamente este barroquismo latente com as vibrações e ressonâncias que lhe são típicas: extremos da Fé”.

O esplendor e a majestade que culminaram no Triunfo Eucarístico é um bom caracterizador da apoteose barroca, e mais se pensado como aglutinador da alegoria e do espírito das festas brasileiras. Esse acontecimento talvez também tenha seus ecos no Carnaval contemporâneo. O Triunfo Eucarístico foi a consequência de uma série de fatores, que condicionaram o aparecimento dessa cultura, a qual começou com a exploração aurífera do interior do país.

Apoteose da festa e da fantasia, a festividade é também abordada pelo escritor Affonso Ávila, cujas palavras descrevem de forma aclaradora o Triunfo Eucarístico: “A ornamentação e iluminação da vila revivem motivos tipicamente barrocos, com a montagem decorativa de cenários festivos, à maneira dos presentes na obra de Góngora ou Cervantes, enquanto as sucessivas noites de luminárias dão ao ambiente uma atmosfera de ‘ensueño’.  Como se vê, a encenação impregnava-se de requinte, acrescido pela exuberância dos adornos de ouro, prata, diamantes, pedraria, sedas, plumas, tanto na indumentária dos figurantes, quanto nas suas montarias ou demais peças componentes do espetáculo. Após o desfile alegórico dos ventos, planetas, ninfas, pajens, etc. surgiria, culminante, a figura da nova igreja matriz, também ela guarnecida do mesmo aparato ornamental”.

Essa ostentação que reflete todo o poder econômico e social de Vila Rica demonstra ainda ser uma das primeiras incursões em favor da brasilidade junto ao movimento da Inconfidência Mineira. O historiador do barroco, Jonh Bury, afirma que o fato de enriquecer e embelezar as cidades eram uma expressão prática em favor do patriotismo brasileiro: “É lógico, assim, que as novas igrejas refletissem na sua inteligência versátil, sua educação acadêmica, seus gostos artísticos e a aspiração de emancipar o Brasil de Portugal”. Eis, pois, o grito de liberdade desvelado pelas festas brasileiras que se inauguram na grandeza do Triunfo Eucarístico de Ouro Preto que ora celebramos os seus 290 anos, sendo também um uma comemoração da singular Cultura do nosso estado, Minas Gerais.

*Texto escrito pelo Secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, e originalmente publicado no jornal O Tempo

Foto: Pedro Vilela

Edições anteriores do Encontro de Prefeitos e Secretários foram sucesso

Nos próximos dias 19 e 20, a cidade de Capim Branco sediará o 3º Encontro Regional de Turismo e Cultura IGR Grutas. O evento é voltado para a cadeia produtiva do turismo e da cultura, bem como aos gestores públicos dos 15 municípios associados à Instância de Governança Regional (IGR) Grutas. A Secretaria de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult/MG) integrará a programação com capacitações, como parte do “Secult no Município”, programa de regionalização para desenvolvimento das 13 regiões intermediárias do Estado.

Na terça-feira (19/9), o Auditório Municipal José Teodoro Flores, no Centro, vai receber representantes da cadeia produtiva, além da comunidade interessada, com uma programação bem diversa. A programação será toda gratuita e, além das capacitações, contará com painéis de debate e muito network. No mesmo dia, ocorrerá o 3º Encontro de Prefeitos.

“Vamos receber consultores da área de Gastronomia, da área de interlocução cultura e turismo, vamos receber a Secult, com suas oficinas e capacitações dentro do Programa de Regionalização do Turismo, teremos cases de sucesso do nosso território e também de outros Circuitos Turísticos, além de uma feira com produtores da região”, adianta a presidente da IGR Grutas, Mariela França. Já na quarta-feira (20/9) acontecerá o 3º Encontro de Secretários de Turismo e Cultura, com programação exclusiva para os gestores públicos.

O Encontro Regional de Turismo e Cultura é um evento anual itinerante realizado pela IGR Grutas com o objetivo de promover capacitações, atualizações e fomentar as discussões sobre a Regionalização do Turismo no território. Antes de chegar a Capim Branco, o encontro já passou por Sete Lagoas, Matozinhos e Fortuna de Minas.

“Tudo começou no Salão Regional Regional do Turismo, realizado em 2018 em Sete Lagoas, no qual nasceu a ideia de um evento anual para reunir e capacitar gestores, conselhos e cadeia produtiva”, conta Mariela França.

O Circuito Turístico das Grutas é composto por 15 municípios: Lagoa Santa, Confins, São José da Lapa, Pedro Leopoldo, Matozinhos, Capim Branco, Prudente de Morais, Sete Lagoas, Cachoeira da Prata, Fortuna de Minas, Paraopeba, Caetanópolis, Cordisburgo, Jequitibá e Santana de Pirapama.

Serviço
Inscrições gratuitas: Sympla

Foto: Divulgação/ IGR Grutas

cafe cerrado mineiro

A qualidade do produto e as características únicas da sua produção garantiram ao Café do Cerrado Mineiro a primeira indicação Geográfica de uma região cafeeira no país. Em 2005 teve reconhecida a Indicação de Procedência e, em 2013, conquistou a Denominação de Origem.

Agora, a região que reúne 55 municípios caminha para ter seu roteiro turístico ligado à cafeicultura, trabalho que tem o apoio do Sebrae Minas Gerais. A formatação do roteiro se encontra em estágio inicial.

"É uma região que, em 50 anos, conseguiu se estabelecer como referência de qualidade, de tecnologia, de sustentabilidade. E essa larga oferta de produtos tão especiais sempre chamou atenção do mundo todo, contribuindo para o posicionamento do Brasil enquanto produtor de cafés especiais", afirma Marcos Geraldo Alves da Silva, gerente Regional Noroeste Sebrae Minas -- Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais.

Essa trajetória do Café do Cerrado Mineiro está motivando a estruturação de uma rota que valorize ainda mais os produtores e o produto. "Vai possibilitar o acesso a essa riqueza a todas as pessoas que estão envolvidas com a cadeia de valor do café, bem como que toda a comunidade possa fazer parte e se conectar com essa riqueza que vai muito além de uma bebida maravilhosa", acrescenta Marcos.

Início na cidade de Patrocínio

O município que integra a rota do café nessa primeira fase de estruturação e validação é Patrocínio, onde encontra-se a sede da Federação dos Cafeicultores do Cerrado e que hoje é o maior produtor de café do país.

O roteiro, segundo Marcos, deverá estar relacionado à denominação de origem da região de Cerrado Mineiro e ao café, “que é um produto de excelência”.

Mais de 50 anos de história

Em 2022, a Região do Cerrado Mineiro completou 50 anos, uma história que começou na década de 1970, com a chegada de cafeicultores de outras regiões do país. Hoje, o território conta com 4.500 cafeicultores distribuídos por 55 municípios. A região possui uma área de produção de 255 mil hectares e é responsável por 12,7% da produção brasileira de café e 25,4% da produção mineira.

Texto originalmente publicado na Revista Festuris – Edição 91

Foto: Reprodução/ACM

Na Mineiridade das trilhas do Vale do Rio Doce Foto Leo Bicalho

A cidade de Resplendor, no Vale do Rio Doce, recebeu, nessa quarta (23/8), a segunda edição do evento “Na Mineiridade das trilhas do Vale do Rio Doce”, realizado pela Instância de Governança Regional (IGR) Trilhas do Rio Doce. O evento, que contou com a presença com representantes das 53 cidades que fazem parte do circuito turístico, teve apoio do Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, e Sebrae-MG.

Seu principal objetivo é reforçar a mineiridade do território do Vale do Rio Doce, tendo como norteador o alinhamento com regionalização do turismo, construindo assim um ambiente onde o poder público, iniciativa privada, terceiro setor e comunidade integrem uns com os outros na atuação conjunta entre os municípios, em benefício para o turismo.

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo foi representada no encontro pelo Superintendente de Políticas do Turismo e Gastronomia, Petterson Tonini, que destacou em sua fala a importância dos programas que já estão sendo executados pela pasta, como "Mais Turistas" e "Minas Criativa", para o desenvolvimento do turismo das cidades. Além disso, o superintendente falou sobre as vantagens que a regionalização pode trazer para o turismo do Estado.

"A IGR Trilhas do Rio Doce vem desenvolvendo um importante papel. A regionalização do turismo é fundamental e sem a sua realização não conseguimos capilaridade", disse Petterson Tonini.

O evento também contou com apresentação do grupo de dança pomerana, do Município de Itueta, Pomerisch Dansgrup Fon Minas; a entrega dos Certificados do Mapa de Turismo Brasil para Prefeitos e Secretários de Turismo; as palestras "O que uma cidade precisa ter para o turismo acontecer?, com o turismólogo Cristiano Lopes; "Empreender no Turismo", com o empreendedor local José Resende de Mato; a apresentação do aplicativo de turismo Guia Brasil e outras atividades.

Foto: Leo Bicalho

Abertura exposição partituras Créditos Poly Acerbi 11

O Palácio da Liberdade – sob a gestão da Secretaria de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, e integrante do Circuito Liberdade – recebe a exposição Acervo de Compositores. O projeto, nascido nas cidades de São João del Rei e Tiradentes, apresenta ao público versões digitalizadas de partituras centenárias, contribuindo para sua popularização e preservação. A mostra fica em Belo Horizonte até 13 de agosto e tem entrada gratuita.

O Palácio da Liberdade é um dos patrimônios históricos mais importantes de Minas Gerais, e é o local ideal para abrigar essa mostra singular. Assim como o projeto, que utiliza tecnologia para preservar partituras seculares, o Palácio se vale de uma nova museografia para apresentar, de maneira interativa, parte relevante da história de Minas e do Brasil. Com a integração de mídias digitais, áudios e vídeos, a exposição harmoniza-se com o cenário eclético da edificação, impulsionando o debate sobre o uso da tecnologia na preservação do patrimônio histórico.

Acervo de Compositores no Palácio da Liberdade

No espaço Aquário, localizado nos Jardins do Palácio da Liberdade, dez grandes painéis em canvas exibem 12 preciosidades musicais, incluindo algumas obras inéditas, de compositores de destaque. Entre eles estão Padre José Maria Xavier, José Maria Neves, Geraldo Barbosa de Souza, Vicente Valle, Benigno Parreira, Ireno Batista Lopes, Oswaldo Cecilio de Paula, João Américo da Costa e Antônio Américo da Costa.

A interatividade fica por conta do QR Code impresso em cada painel. Ao escanear o código, o público tem acesso completo à obra transcrita, permitindo uma imersão ainda mais profunda nas composições. Esse encontro entre a tecnologia e a história é especialmente valioso para a proteção e divulgação de acervos históricos, ressaltando o potencial da inovação para enriquecer nossa apreciação cultural. Ao lado dos painéis no Aquário encontram-se instrumentos musicais antigos, ampliando a mostra.

O Salão de Banquetes do Palácio da Liberdade também integra a mostra. Lá encontram-se 15 partituras originais, cuidadosamente emolduradas, servindo de janela para um tempo em que as notas musicais eram meticulosamente escritas à mão, demonstrando a delicadeza e o perfeccionismo dos compositores da época.

O Projeto Acervo de Compositores contou com a parceria de entidades que disponibilizaram seus acervos. Entre eles estão a Orquestra Lira Sanjoanense, Orquestra e Banda Ramalho, de Tiradentes, e Lira Ceciliana, da cidade de Prados. Também foram cedidos acervos particulares, como os de Oswaldo de Paula e de Geraldo Barbosa de Souza.

Exposição inaugural

A primeira exposição do projeto Acervo de Compositores aconteceu de 15 a 21 de maio, no Museu de Sant’Ana, em Tiradentes. Na cidade, que preserva corporação musical bicentenária, a exposição despertou o interesse da população e, sobretudo, dos turistas.

As partituras que registram o talento e a sensibilidade de compositores mineiros se uniram à fé de artistas anônimos do Museu de Santana, que guarda 293 imagens da santa protetora da família e dos mineradores. Em sua maioria de artistas anônimos, de origem, estilo e técnicas variadas, o acervo, sem similar no país, foi reunido ao longo de quatro décadas e doado pela colecionadora Ângela Gutierrez através do Instituto Flávio Gutierrez.  

Sobre o projeto Acervo de Compositores

O Acervo de Compositores trabalha com a transcrição de partituras dos principais compositores mineiros dos séculos XVIII, XIX e XX, muitas vezes manuscritas ou em condições precárias, para o formato Music XML, escolhido por ser gratuito e compatível com vários programas leitores. Este trabalho é executado pelo cantor e professor Ney Gouvea.

A coordenação musical está a cargo da flautista e professora Salomé Viegas, a quem coube o complexo processo de pesquisa e seleção de compositores e acervos (públicos e particulares), além dos concertos e a coordenação geral do projeto é feita pelo Adriano Resende Margotti que é gestor cultural e o idealizador do projeto.

O acervo virtual também unificou o material de pesquisa, facilitando seu acesso em qualquer parte do mundo. O Acervo de Compositores é o único site que disponibiliza partituras, em meio digital, de compositores brasileiros de todas as épocas, transcritas com acesso liberado. Todo esse conteúdo virtual de partituras está disponível para acesso e download gratuitos.

O objetivo do projeto é preservar as obras e possibilitar seu acesso a nível mundial, promovendo a democratização de conteúdos musicais até então destinado a corporações locais. Esse voo para além dos quintais mineiros não só difunde e engrandece a cultura da música produzida em Minas, mas garante a permanência de acervos fadados a desparecer pela ação do tempo.

O Acervo de Compositores teve início em 2012. Hoje, já soma cerca de 90 obras transcritas, contemplando mais de 20 compositores, entre os quais Antônio dos Santos Cunha, Martiniano Ribeiro Bastos, Presciliano José da Silva, Padre José Maria Xavier, Geraldo Barbosa de Sousa, Vicente Valle, José Maria Neves, Teófilo Helvécio Rodrigues, Benigno Parreira, Oswaldo de Paula e Antônio Américo da Costa. Desde 2022, o projeto tem o patrocínio da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa).

Serviço
Período expositivo: 19 de julho a 13 de agosto
Horários: Quarta a sexta-feira, das 12h às 17h30 (último horário de entrada às 17h). Jardins até 18h  | Sábado e domingo: das 10h às 16h30 (último horário de entrada às 16h). Jardins até 18h.
Local: Palácio da Liberdade – Praça da Liberdade, s/nº, Funcionários – Belo Horizonte
Informações: www.palaciodaliberdade.com.br
Entrada gratuita

Foto: Poly Acerbi

Poderia Ser Rosa Crédito Christiano Castro

A Cia de Dança Palácio das Artes (CDPA) apresenta, no Museu de Arte de São Paulo (MASP), uma nova versão do espetáculo “Poderia ser Rosa”, estreado em 2001 e suscitado pelo crescente número de mulheres assassinadas na região do Anel Rodoviário de Belo Horizonte no final da década de 1990. Com coreografia novamente assinada por Henrique Rodovalho, o espetáculo será encenado nesta sexta-feira (25/8), a partir das 20h, no Auditório do MASP, como parte da programação da 5ª Semana Paulista de Dança. 

Já no sábado (26/8), a Cia de Dança Palácio das Artes se apresenta no Vão Livre do MASP, a partir das 14h, com o espetáculo “(in)tensões”. Em ambos os casos, a entrada é gratuita e a classificação, livre.

A reapresentação de “Poderia ser Rosa” acontece mais de 20 anos depois, em que violência contra as mulheres segue sendo um tema urgente na sociedade brasileira. Dados do 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostram que os crimes motivados por gênero cresceram em 2022, quando comparados ao ano anterior. É o caso dos feminicídios, que subiram 6,1%, e também das agressões em contexto de violência doméstica, cujos registros aumentaram em 2,9%.

“Poderia ser Rosa” aborda frontalmente o feminicídio a partir de quatro casais e suas histórias, que apresentam o começo das relações e seus distintos desmembramentos. Em um país que registrou uma média de 4 feminicídios por dia em 2022, Henrique Rodovalho revisita sua criação e concebe de forma mais abrangente o tema da violência contra a mulher. Aliando sensibilidade e intensidade, o espetáculo assume seu caráter de denúncia como papel ativo no combate à violência de gênero.

O espetáculo “Poderia Ser Rosa” é apresentado pelo Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, cujas atividades têm como mantenedores Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal, Patrocínio da Usiminas e da Copasa e Correalização da APPA – Arte e Cultura.

De Belo Horizonte para o Brasil
Um dos museus de arte mais importantes da América Latina, o MASP é conhecido por seu acervo que contempla diversas culturas e épocas da História, passando por pinturas, esculturas, desenhos, fotografias e vestuário. Porém, na semana que vai dos dias 23 a 27 de agosto, a dança tomará conta do espaço.

Sônia Pedroso, diretora da Cia de Dança Palácio das Artes, reforça a importância da nova versão de Poderia Ser Rosa estrear justamente ao longo desta semana – que representa uma vitrine para a dança no Brasil –, em um dos mais prestigiados espaços culturais do país. "Essa estreia no MASP é muito significativa, porque é um evento de dança de enorme visibilidade, além de ser um novo entendimento e uma nova concepção, que ainda estamos trabalhando e aprimorando, sobre como tratar este tema tão delicado", destaca.

Quando o feminino se movimenta
Dono de um estilo que retrata imagens do cotidiano brasileiro com uma movimentação específica – repleta de detalhes e ações suaves –, o goianiense Henrique Rodovalho foi convidado para criar a coreografia de Poderia ser Rosa em 2001 e agora, duas décadas depois, é chamado novamente para a remontagem. O coreógrafo destaca os desafios de se adaptar o espetáculo para um contexto diferente, mas que ainda impõe imensos desafios.

“Na época, o conceito final se deu no sentido de tratar questões psicológicas e de procedimentos desse assassino em série que estava matando mulheres, a partir de personagens que foram desenvolvidos e também de movimentos/gestos coreografados. Foram captados vários depoimentos de mulheres sobre o assunto e esse material foi utilizado na linha de narrativa do espetáculo. Quando agora houve a proposta de resgatar essa obra – 22 anos depois –, uma grande questão foi apresentada: como trazer esse triste assunto de novo, mas dialogando, de alguma forma, com o que acontece hoje?”, explica.

Foi então que surgiu a proposta de tratar o feminicídio a partir das histórias de quatro casais. Rodovalho conta que os duos começam com uma dinâmica de relação e movimentos mais suaves e tranquilos, indo depois para momentos e movimentações mais tensas e agressivas.

“O que se percebe estatisticamente é o aumento de feminicídios, praticados principalmente por companheiros, namorados, esposos ou pessoas próximas da família. Sendo assim, o que era para ser uma simples remontagem demandou uma análise mais cuidadosa, surgindo a necessidade de se repensar a obra para a construção de um olhar mais atual. Por isso, foi solicitado ao elenco feminino da Cia de Dança Palácio das Artes que colocasse nesse trabalho todo o olhar delas e todas as falas necessárias sobre o tema, que toca diretamente e principalmente as mulheres. Assim, o protagonismo dessa nova obra é delas, para tentar buscar formas de respostas, além de um pensamento e atos mais sensíveis de acolhimento sobre essa delicada questão. Tentar, enfim, contribuir para que tenhamos um mundo mais generoso e feminino”, reflete.

Henrique Rodovalho
Com formação em artes marciais e Educação Física pela Escola Superior de Educação Física e Fisioterapia de Goiás, atuou como ator e bailarino antes de 1988, quando iniciou sua carreira como coreógrafo, sendo reconhecido por seu trabalho como residente da Quasar Cia de Dança e por seu estilo de movimentação em dança, que trabalha a segmentação do corpo.

Rodovalho se interessa pela expressão do corpo desde criança, com influência vinda do cinema e da televisão. Foi aluno do professor e coreógrafo Julson Henrique (1953-1993), e dançou junto de outros coreógrafos como Regina Sauer (1957) e Rainer Vianna (1958-1995). Desde 1988, ano de criação da Quasar Cia de Dança, Rodovalho é coreógrafo do grupo, a convite da bailarina Vera Bicalho (1963). Em 1994, a companhia independente estreia Versus, responsável pela projeção internacional do coreógrafo e do grupo.

Seguiram-se os espetáculos Divíduo (1998), Coreografia Para Ouvir (1999) e Mulheres (2000). Em 2018, Rodovalho cria Melhor Único Dia, seu segundo espetáculo para a São Paulo Companhia de Dança (SPCD) – premiado pela comissão de dança da Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA) na categoria espetáculo (estreia) –, no qual mantém seu estilo de movimentação, replicado em conjunto. Em 2020, torna-se coreógrafo residente da SPCD, participando de recriações de obras do repertório da Quasar, além de novas produções. 

Internacionalmente premiado por seu estilo autoral de coreografia, Henrique Rodovalho tem papel fundamental na dança de sua geração, por meio de sua produção na Quasar Cia de Dança, e como convidado em diversos outros grupos, no Brasil e em países como México, Portugal e Holanda.

Cia de Dança Palácio das Artes
Reconhecida como uma das mais importantes companhias do Brasil, é uma das referências na história da dança em Minas Gerais. Foi o primeiro grupo a ser institucionalizado, durante o governo de Israel Pinheiro, em 1971, com a incorporação dos integrantes do Ballet de Minas Gerais e da Escola de Dança, ambos dirigidos por Carlos Leite – que profissionalizou e projetou a Companhia nacionalmente.

O Grupo desenvolve hoje um repertório próprio de dança contemporânea e se integra aos outros corpos artísticos da Fundação – Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e Coral Lírico de Minas Gerais – em produções operísticas e espetáculos cênico-musicais realizados pela Instituição ou em parceria com artistas brasileiros. A Companhia tem a pesquisa, a investigação, a diversidade de intérpretes, a cocriação dos bailarinos e a transdisciplinaridade como pilares de sua produção artística. Seus espetáculos estimulam o pensamento crítico e reflexivo em torno das questões contemporâneas, caracterizando-se pelo diálogo entre a tradição e a inovação.

 

Fundação Clóvis Salgado

Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS. 

A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.

Serviço
Cia de Dança Palácio das Artes na Semana Paulista da Dança | Poderia ser Rosa
Data: 25/08/2023 (sexta-feira)
Horários: 20h
Local: Auditório do MASP – Museu de Arte de São Paulo - Av. Paulista, 1578 – São Paulo, SP
Classificação Indicativa: Livre
Informações para o público: (31) 3236-7400

Distribuição de ingressos a partir de 2 horas antes dos espetáculos, conforme horário de chegada

Foto: Christiano Castro

Cultura Mais batera Foto Cleiton Borges

Uberlândia vai sediar, na próxima terça-feira (25), a 5º edição do “Sou Mais Batera”, evento que forma uma grande banda de bateristas de todo o Triângulo Mineiro. O espetáculo terá início às 19h, na Esplanada do Teatro Municipal, com entrada gratuita para toda população.

Um dos eventos culturais do município mais esperados do ano, o encontro conta com o incentivo do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Pmic), da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, que contribui com a logística do evento. A realização é do musicista Alex Mororó, idealizador do projeto.

“O grande intuito é promover a interação entre músicos de todas as idades, amadores ou profissionais da região, difundindo o rock principalmente para a nova geração. E a pessoa – com qualquer idade – que queira participar, tocando com a gente, é muito bem-vindo”, destacou Mororó.

 A apresentação a céu aberto conta com mais de 348 músicos, sendo apenas 190 – os demais são guitarristas, baixistas, instrumentistas de sopro e cordas. O encontro deste ano também traz uma novidade: o coral formado por 50 vozes e a participação de cantores renomados da região. O repertório escolhido a dedo percorrerá o melhor do rock, desde os anos 80 até a atualidade, e contará com homenagens a diversos artistas, como a cantora Rita Lee.

Serviço
5ª edição “Sou Mais Batera” – Encontros de Bateristas do Triângulo
Data:  25/07/2023 (terça-feira)
Horário: A partir das 19h
Local: Esplanada (pátio) do Teatro Municipal –  Av. Rondon Pacheco, 7070 – Tibery, Uberlândia
Entrada franca 

Foto: Cleiton Borges/ Secretaria de Governo e Comunicação-PM

Recital de Professores Cefart Crédito Paulo Lacerda

O Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam o “Recital de Professores da Escola de Música do Cefart”. O espetáculo acontece nesta sexta-feira (25), às 19h, na Sala Juvenal Dias, no Palácio das Artes. A entrada é gratuita e a classificação é livre.

O evento reúne docentes de diferentes disciplinas do curso e composições de diversos autores. A proposta da apresentação é mostrar ao público parte do trabalho que os professores desenvolveram ao longo de sua carreira como musicistas, assim como a diversidade musical aplicada na formação dos estudantes.

O “Recital de Professores do Cefart” busca divulgar o trabalho dos docentes de música, aproximando-os dos alunos e do público em geral. Em performances individuais ou em pequenas formações, os educadores apresentam obras que vão do repertório erudito ao popular brasileiro, dando ao público a oportunidade de contemplar interpretações de elevado nível artístico.

As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm como mantenedores Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal, Patrocínio da Usiminas e Correalização da APPA – Arte e Cultura.

Saberes musicais

O repertório do “Recital de Professores” contempla vários instrumentos e estilos de obras. Estão inclusas no programa desde composições eruditas europeias do século XVIII a representantes da música contemporânea, todas interpretadas exclusivamente de forma instrumental. Obras como Quarteto para flauta, violino, viola e violoncelo, do austríaco Wolfgang Amadeus Mozart, marcam a presença da música clássica no repertório.

Outros compositores eruditos reconhecidos, como o alemão Johann Sebastian Bach e o italiano Antonio Vivaldi, também estão presentes no programa. O repertório conta, ainda, com uma obra do autor russo Sergei Rachmaninoff, em homenagem aos 150 anos de nascimento do artista.

Gustavo Machado, que faz parte da Coordenação da Escola de Música e é professor de trompete no Cefart, destaca a importância dos recitais de professores na apresentação ao público da diversidade de instrumentos, estilos e técnicas, assim como do próprio trabalho de ensino e difusão artístico-cultural desenvolvido na instituição. “A Escola de Música do Cefart oferece cursos de diversos instrumentos.

Sendo assim, cada professor apresenta no recital um repertório voltado para sua área de concentração, possibilitando desta forma uma grande variedade de estilos e técnicas em diferentes abordagens musicais. A performance é sem dúvida uma das habilidades mais importantes no aprendizado de instrumentos musicais e está inserida no ensino da nossa escola. Por isso, o exemplo dos professores através do recital se faz essencial para o crescimento dos alunos, que posteriormente realizarão suas próprias apresentações”, afirma.

A música das Américas marca presença no concerto com a obra Pastorale, de Eric Ewazen (1954-), consagrado compositor norte-americano e grande conhecedor dos instrumentos de metal. O autor se tornou popular pela forma como manipula a harmonia e as melodias em suas músicas, demonstrando grande conhecimento da técnica da orquestração e com uma ampla compreensão do desenvolvimento da técnica composicional. As apresentações se encerram com uma obra criada em homenagem a uma das maiores cantoras da História, a estadunidense Billie Holiday (1915-1959).

Composta em 2003 pelo holandês Jacob Ter Veldhuis, Billie foi baseada na voz da artista a partir de registros proveniente de várias entrevistas radiofônicas ao longo de sua carreira. “O público pode esperar uma grande diversidade de instrumentos, várias formações de grupo, músicas solo sem e com acompanhamento, distintos estilos musicais e compositores de épocas variadas. Tudo isso executado por profissionais de excelência”, garante o professor Gustavo Machado.

Programa

Concerto para Piano em n° 5 em Fá Menor, BWV 1056 | J. S. Bach

Camerata Concertante de Professores da Escola de Música Cefart

Regência: Luiz Franceschini

Piano Solo: Leoni Werner

Violinos: Vitor Dutra e Mateus Figueiredo

Viola: Kele Albuquerque

Violoncelo: Glaucia Furtado

Trio élégiaque nº 1 em sol menor | S. Rachmaninoff

Violino: Vítor Dutra

Violoncelo: Gláucia Furtado

Piano: Leoni Werner

Pastorale | E. Ewazen, 1996

Trombone: Igor de Lima Pereira

Tuba: Isaque de Macedo

Piano: Leoni Werner

Quarteto de Mozart KV 285 para flauta, violino, viola e violoncelo

I – Allegro

II – Adagio

III – Rondo

Flauta Transversal: Nara Franca

Violino: Vitor Dutra

Viola: Kele Albuquerque

Convidado: Violoncelo: Carlos Marcio

Concerto para Violão em Ré Maior RV 93 | A. Vivaldi

Camerata Concertante de Professores da Escola de Música do Cefart

Regência: Luiz Franceschine

Violão Solo: Dudu Barreto

Violinos: Vitor Dutra e Mateus Figueiredo

Viola: Kele Albuquerque

Violoncelo: Glaucia Furtado

Billie (2007) | Jacob Ter Veldhuis

Saxofone: Luis Flávio Aguiar

Professores:

Eduardo Barreto (Violão), Igor de Lima Pereira (Trombone), Isaque Edson Macedo (Tuba), Kele Albuquerque (Viola) Leoni Werner (Piano), Luis Flávio Aguiar Miranda (Saxofone), Luiz Franceschini (Regência) Mateus Figueiredo (Violino) e Nara Franca (Flauta Transversal)

Escola de Música

A Escola de Música do Cefart oferece os Cursos Básico e o Curso Básico Complementar de Música. O Curso Básico de Música tem duração de três anos e o objetivo é formar o músico performer– cantor ou instrumentista – com conhecimento específico na área de performance musical, para atuar como solista ou camerista, compor grupos profissionais ou amadores, orquestras, corais e outras formações musicais.

A capacitação dos alunos se dá por meio de estudos de instrumento musical ou canto erudito e alia a prática à teoria musical. O intuito é desenvolver o potencial artístico do aluno e otimizar suas habilidades para a performance, a criação e a apreciação musical, sempre incentivando a produção musical individual e coletiva.

Cefart

O Centro de Formação Artística e Tecnológica da Fundação Clóvis Salgado é responsável por promover a formação em diversas linguagens no campo da arte e em tecnologia do espetáculo. Inúmeras gerações de artistas e técnicos foram formadas ao longo dos quase 50 anos de atividades, com forte impacto no fazer artístico de Minas Gerais.

Um dos aspectos mais valiosos dessa formação é a possibilidade da vivência prática dos alunos nos espaços profissionais do Palácio das Artes, onde está sediada uma de suas unidades. Referência em formação artística, o Cefart possui amplo e inovador Programa Pedagógico para profissionalizar e inserir jovens talentos no mercado de trabalho da cultura e das artes.

São oferecidas, gratuitamente, oportunidades democráticas de acesso a formação cultural diversa, por meio de Cursos Técnicos, Regulares e de Extensão, com grande repercussão social. São incontáveis as possibilidades de atuação dos alunos, ao longo de amplo calendário anual, incluindo grupos jovens, projetos de pesquisa e apresentações artísticas diversas. São oferecidas, ainda, várias atividades gratuitas, destinadas a diferentes públicos, bem como oferta virtual de conteúdos culturais formativos. Além dos estúdios e salas de aula no Palácio das Artes, o Cefart mantém unidade também na Praça da Liberdade, integrada ao Circuito Cultural.

Fundação Clóvis Salgado

Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS. 

A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia. de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.

Serviço
Recital de professores da escola de música do cefart
Data: 25/08/2023 (sexta-feira)
Horários: 19h
Local: Sala Juvenal Dias – Palácio das Artes
Endereço: Av. Afonso Pena, 1.537, Centro, Belo Horizonte
Classificação Indicativa: Livre
Informações para o público: (31) 3236-7400

Entrada gratuita, com retirada de ingressos a partir de 1 hora antes do evento, na bilheteria da Sala Juvenal Dias

Foto: Paulo Lacerda

Noite Mineira Nos Museus

O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e da Superintendência de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade, com apoio da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB) e da Diretoria de Museus (Dimus), realizará, no dia 10 de agosto, a 2ª edição da “Noite Mineira de Museus e Bibliotecas”. O objetivo do projeto é convidar bibliotecas públicas e comunitárias e museus públicos e privados a estenderem o horário de funcionamento para o turno da noite. Diferentemente da edição anterior, realizada em 2022, agora a ação ocorrerá mensalmente, toda 2ª quinta-feira do mês.

As instituições culturais interessadas em participar devem inscrever as atividades gratuitamente até este domingo (23/07), por meio de formulário online. As ações podem ser de natureza diversa, como exposições, saraus literários, clubes de leitura, encontros com escritores, oficinas de arte, exibições de vídeos, instalações culturais, performances artísticas, shows, apresentações de dança, espetáculos teatrais, realização de empréstimo de livros, dentre outras atrações.

A realização das atividades ficará sob a responsabilidade das próprias bibliotecas e museus que as inscrever, bem como a viabilização para seu desenvolvimento. Espera-se que as ações promovidas sejam abertas a um público amplo e diverso, e que possam ser usufruídas por todos, a depender da classificação indicativa da atração que deverá ser definida e explicitada pela instituição que a promoverá. A Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas e a Diretoria de Museus produzirão o Guia da Programação, que será divulgado no site da Secult.

A Noite Mineira de Museus e Bibliotecas integra as ações do Minas Literária, programa de Governo de Minas que visa ampliar o acesso à leitura e às manifestações culturais que envolvem o universo criativo do livro, leitura e literatura.

Serviço
Noite Mineira de Museus e Bibliotecas
Link para as inscrições: https://forms.gle/zcCvABGF2NJ5SFwy7

Cronograma
Período de inscrição de atividades: até 23/07/2023 (domingo)
Data de Divulgação do kit com os templates do evento: 26/07/2023
Divulgação do Guia de Programação: 1º/08/2023
Realização da Noite Mineira de Museus e Bibliotecas: 10/08/20

Notícia Secult Bordados CAP

No próximo sábado, 26 de agosto, o Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult/MG) e do Centro de Arte Popular, inaugura a exposição temporária “Perspectivas – Bordando a obra de Henry Vitor”. A mostra integra a programação do “3º Encontro Bordado, Educação, Sustentabilidade & História”, promovido pelo Projeto Mãos que Bordam, que acontecerá de 27 a 31 de agosto.

A mostra “Perspectivas - Bordando a obra de Henry Vitor” apresenta 22 trabalhos de um grupo de bordadeiras, que iniciaram seus trabalhos em 2019 tendo como fonte de inspiração as pinturas do artista.

Segundo Fátima Coelho, coordenadora do Projeto Mãos que Bordam e responsável pela realização do 3º Encontro de Bordados, a escolha das obras de Henry Vitor para serem reproduzidas em bordado veio através do conhecimento e identificação com o trabalho e a beleza das obras do artista, além da simplicidade da arte naif que reproduz as paisagens e a vida no campo. 

Sobre o artista

Henry Vitor nasceu em Guaxupé, MG, em 2 de abril de 1939. Pintor autodidata, teve seu primeiro contato com as tintas aos 17 anos. Formado em Jornalismo e Publicidade, atuou na área por 32 anos, exercendo paralelamente os ofícios de pintor e poeta. Destaque na arte naïf brasileira, sua técnica se caracteriza por uma pincelada delicada e sutil que busca a simplicidade, a alegria, a paisagem ideal. Participou de inúmeras exposições, entre elas: I Bienal Naïf “Universo da Alma Ingênua” - Vitória – ES | 2016; Exposição Coletiva Galeria Bric-A-Brac; Exposição Individual Centro Cultural Prof.

Fernandina Tavares Paes - Guaranésia - MG | 2017 - I Bienal Internacional de Arte Naïf Totem Cor-Ação - Socorro - SP (Prêmio destaque); II Bienal Naïf “Universo da Alma Ingênua” - Vitória - ES; Bienal Naïf do Brasil Evidências - Sesc Belenzinho São Paulo - SP; Exposição Coletiva “O Solar do Rosário e seus Artistas” - Curitiba - PR; Exposição Individual Teatro Municipal Guaxupé - SP; Mostra dos Recusados - Arte Naïf Nacional - Mogi das Cruzes - SP | 2018; Exposição Congada - Socorro – SP | 2018; Festival Internacional de Arte Naïf - FIAN em Guarabira – PB.

Sobre o 3º Encontro Bordado, Educação, Sustentabilidade & História

O 3º Encontro de Bordado, Sustentabilidade & História acontece de 27 a 30 de agosto, na Casa Santíssima Trindade, em Belo Horizonte, e tem como objetivo unir as pessoas através do bordado, apresentando várias técnicas, que são compartilhadas com o grupo. O evento promove ao longo desses quatro dias diversas atividades, dentre elas: mesas redondas, palestras, oficinas, exposições, noite autógrafos.

Informações e inscrições para o Encontro pelos telefones: (31) 9 9992-6884 (Fátima Coelho) e (31) 9 9726-9167

Centro de Arte Popular

Localizado nas adjacências da Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, o Centro de Arte Popular foi inaugurado em 19 de março de 2012 e exibe ao público a riqueza da cultura produzida pelos artistas populares de Minas Gerais. A instituição tem por objetivo divulgar a pluralidade e a diversidade cultural mineira, dinamizando a produção, o consumo e a fruição artística, além de atuar como poderoso agente de inclusão social.

O acervo do CAP é composto por objetos confeccionados em madeira, cerâmica, tecido, fibras naturais, pedras, além de outros suportes e linguagens. A originalidade e a criatividade do artista popular mineiro estão ao alcance dos olhos dos visitantes, assim como o domínio do fazer artístico sobre as matérias-primas proporcionadas pela natureza.

Produzida de forma espontânea, sem determinação direta dos circuitos acadêmicos de transmissão de saberes e geralmente oriunda dos estratos populares da sociedade, a arte popular revela autonomia e capacidade de subversão em relação aos cânones ditados pelo saber erudito, a despeito do constante fluxo e das trocas que permeiam essas instâncias.

A instituição conta com um programa de ação educativa permanente e produz exposições temporárias, oficinas e eventos diversos relacionados às diversas expressões da arte criadas pelo homem ao longo dos tempos no território que corresponde ao Estado de Minas Gerais.

O Centro de Arte Popular é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. Trabalhando em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas.

Serviço
Exposição temporária “perspectivas – bordando a obra de henry vitor”
Data de abertura: 26/08/2023 (sábado)
Horário: 14h às 17h
Período de Visitação: 26 de agosto a 24 de setembro de 2023
Local: Centro de Arte Popular
Endereço: Rua Gonçalves Dias, 1608 - Lourdes - BH/MG. CEP: 30140-092
Horário de Funcionamento: Terça a sexta-feira, das 12h às 19h| Sábados, domingos e feriados, das 11h às 17h.
Facebook: https://www.facebook.com/centrodeartepopular.mg
Instagram: https://www.instagram.com/centrodeartepopular

Cassino da Pampulha Foto Leo Bicalho

O tombamento mundialmente aclamado da Pampulha, projeto do nosso Oscar Niemeyer, se deu em conjunto com 16 obras do mestre da arquitetura moderna, Le Corbusier, há exatamente sete anos, no dia 16 de julho de 2016, em Istambul, na Turquia. A candidatura da Pampulha enquanto patrimônio mundial foi iniciada em 2013. Foram 4 anos de pesquisa e muito trabalho para a Pampulha obter tal reconhecimento da Unesco. O título posicionou Belo Horizonte no seleto grupo de lugares singulares para a história da humanidade, como aqueles com obras de Le Corbusier.

A 40ª Reunião do Comitê do Patrimônio Mundial marcou, portanto, um momento histórico, em que aconteceu mais um “encontro” entre o Brasil e o mestre franco-suíço. O primeiro foi em 1929, quando Le Corbusier fez sua primeira viagem à América do Sul, lançando as bases para uma imensa revolução arquitetônica e artística que alcançaria todos os países do continente latino-americano.

Niemeyer
Essa novíssima arquitetura Corbuseana despontou no cenário internacional e deixou reflexos visíveis ainda hoje, haja vista as casas de linhas retas, ao contrário do estilo colonial, que predominam na grande maioria dos projetos em construção. A Modernidade, assim, foi a grande marca do século XX, e está impressa na origem do projeto da Pampulha, assinado por Niemeyer, que criou, a partir dessas referências, uma arquitetura originalmente brasileira.

Le Corbusier também mostra que bebeu das fontes ameríndias, do próprio Niemeyer e dos modernistas brasileiros, ao declarar de forma profética à época: “Compreendi, entre esses irmãos apartados de nós pelo silêncio de um oceano, os escrúpulos, as dúvidas, as hesitações e os motivos que explicam a condição atual de suas manifestações. Confiei no amanhã. Sob uma luz como esta, a arquitetura há de nascer”. E nasceu. Nasceu sublime como é o Edifício Capanema, no Rio, Cataguases, na Zona da Mata de Minas Gerais, Pampulha, em Belo Horizonte, e Brasília.

Revolução modernista
Essa revolução modernista aconteceu, precisamente no início do século, na década de 1920, dois anos antes da Semana de Arte Moderna de 1922, em São Paulo. Na França, Le Corbusier projetou uma série de residências unifamiliares para clientes cultos, que, assim como o arquiteto, achavam que a moradia moderna devia ser uma “machine à habiter” (máquina habitável), como é o caso da Villa Savoye (1929-1930), em Poissy, na França.

Essa nova arquitetura foi base para o modernismo racional em todo o mundo. Quando analiso a história da modernidade visualizo as cidades contemporâneas no Brasil.  A partir de sua vinda à América do Sul, Le Corbusier passa a fazer da natureza um tema e, em contrapartida, a arquitetura brasileira declara inspiração no mestre franco-suíço e em sua arquitetura.

Durante a conferência no Rio de Janeiro, Le Corbusier fez referência à intervenção humana na natureza. Nos projetos sul-americanos dessa época podemos ver Corbusier condicionar os pressupostos teóricos de caráter mais genérico, expressos na “Ville Contemporaine” ou no “Plan Voisin”, aos elementos dominantes da natureza, de modo a explorar e conquistar, pela ordem geométrica, cada uma das circunstâncias geográficas.

A presença do arquiteto no Brasil, somada à Semana de 1922, é de extrema importância para a compreensão da nossa modernidade. Dela aprendemos que a geometria é a resposta da razão à natureza, atendendo àquele princípio de impor uma grande forma, fundada na lógica cartesiana e no cálculo racional, cuja finalidade é organizar o mundo de uma maneira exata e de acordo com a razão. “Porque os eixos, os círculos, os ângulos retos, são as verdades da geometria e são os efeitos que nosso olho mede e reconhece”, afirmou o mestre franco-suíço. 

Mas, à plasticidade e aos princípios das formas corbusianas vão sendo acrescentados outros elementos, na mesma intensidade em que as ideias fundamentais da arquitetura moderna vão ganhando em relaxamento, inovação e ousadia, coincidindo com seu período de maturidade. Maturidade essa que teve em Lucio Costa, Oscar Niemeyer e toda uma geração, a função de mudar os desígnios, ou o design, do Brasil e de Minas Gerais.

Texto de Leônidas Oliveira, secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, originalmente publicado no O Tempo

Foto: Leo Bicalho

ICMS Turismo

O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult/MG), divulgou o resultado provisório do ICMS Turismo de 2023 (ano referência 2022). Do total, 485 municípios estão habilitados a receber recursos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em 2024. O número corresponde a 78,22% das 620 cidades que pleiteavam o benefício – um aumento de 65% em relação ao índice provisório de 2022, quando 294 municípios conseguiram a habilitação.

Esse aumento significativo é fruto do trabalho realizado pela Secult/MG através de capacitação, interlocução e articulação junto aos municípios e às Instâncias de Governança Regionais (IGRs).

O crescimento demonstra o interesse das cidades em iniciar ou permanecer na política pública do turismo. Cabe notar que mais da metade (56,8%) de todos os 853 municípios mineiros serão contemplados pelo programa, criado para incentivar o fortalecimento da política municipal de turismo e o desenvolvimento da gestão turística.

O empenho da pasta também pode ser percebido na antecipação da publicação dos índices provisórios, divulgados 105 dias em comparação com o ano anterior, graças a um redesenho do processo de análise.

Recursos

Os municípios que não conseguiram atender aos critérios de habilitação podem entrar com recurso até 1º de setembro. Basta entrar no Sistema ICMS Turismo, verificar a notificação de inabilitação e enviar o recurso através de aba própria.

Foto: Divulgação / Prefeitura de Uberlândia

MPBaixinhos para Todas as Idades

Uma vasta programação cultural movimenta o Circuito Liberdade, em Belo Horizonte, no período das férias, com muitas opções de atividades gratuitas. Oficinas, espetáculos teatrais e de música, sessões de cinema, exposições e até observação dos astros estão entre as opões que o público poderá aproveitar ao longo dos próximos dias.  

Um dos destaques para os amantes do cinema são as sessões da mostra "De volta para o futuro", em cartaz no Palácio das Artes. Oficinas voltadas ao público infanto-juvenil e adolescente serão ministradas no Memorial Minas Gerais Vale, no Espaço do Conhecimento UFMG e na Casa Fiat de Cultura.

No Memorial Minas Gerais Vale também está prevista a apresentação do espetáculo “MPBaixinhos para Todas as Idades”, no dia 23, com classificação livre e entrada gratuita.

Os equipamentos do complexo cultural gerido pela Fundação Clóvis Salgado, que integra a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG), oferecerão diversas atividades até o dia 31 de julho. Confira abaixo a lista completa e programe-se:

OFICINAS:

> Oficina Teatro Invisível
Data: 20 e 21 de julho
Horário: 13h às 15h
Local: MEMORIAL MINAS GERAIS VALE
Faixa etária: 15 anos ou mais
Professores: Angelo César, Lyon Goulart e Maicon Jefferson
Inscrições gratuitas e limitadas pelo telefone (31) 3343-7317

> Oficina movimentAR
Data: 21 de julho
Horário: 14h às 16h
Local: MEMORIAL MINAS GERAIS VALE
Faixa etária: 8 anos ou mais
Ministrada pela equipe da Nuvem Projetos
Inscrições gratuitas e limitadas pelo telefone (31) 3343-7317

> Oficina Fazendo seu Xampu
Data: 22 de julho
Horário: 10h30 às 11h30
Local: MEMORIAL MINAS GERAIS VALE
Faixa etária: 4 a 7 anos
Vivência para crianças e suas famílias aprenderem a produzir um xampu natural
Inscrições gratuitas e limitadas pelo telefone (31) 3343-7317

> Oficina “Dou Shou Qi: Uma Perspectiva Lúdica sobre a Megafauna”
Data: 26 de julho e 28 de julho
Horário: 15h
Local: 2° andar (Sala de Oficinas) - Espaço do Conhecimento UFMG - Praça da Liberdade, 700 - Funcionários
Público: Crianças a partir de 08 anos, jovens, adultos
Duração aproximada: 1h30
Número de vagas: Até 16 participantes

> Ateliê de Férias | Pintura nos Jardins: Emojis e Brincadeiras
Local: Casa Fiat de Cultura
Datas: 15 e 16, 21 a 23, e 28 a 30 de julho
Horário: Das 10h30 às 12h e das 15h às 17h

ESPETÁCULOS:

Espetáculo MPBaixinhos para Todas as Idades
Data: 23 de julho
Horário: 11h
Local: MEMORIAL MINAS GERAIS VALE
Apresentação musical lúdica com circo, dança e diversão
Entrada gratuita

OBSERVAÇÕES ASTRONÔMICAS:

> Observação Noturna
Data: Aos sábados
Horário: 19h às 20h45
Local: 5° andar - Espaço do Conhecimento UFMG - Praça da Liberdade, 700 - Funcionários
Público: Crianças, jovens e adultos
Número de vagas: 105 senhas, distribuídas a partir das 17h30
Ingressos: R$10 (inteira) e R$5 (meia-entrada)
Observação sujeita às condições climáticas

> Observação Solar
Data: Aos domingos
Horário: 11h às 12h45
Local: 5° andar - Espaço do Conhecimento UFMG - Praça da Liberdade, 700 - Funcionários
Público: Crianças, jovens e adultos
Número de vagas: 105 senhas, distribuídas a partir das 10h
Ingressos: R$10 (inteira) e R$5 (meia-entrada)
Observação sujeita às condições climáticas

CINEMA:

■ PALÁCIO DAS ARTES

► Cine Humberto Mauro - Mostra de Volta para o Futuro
Data de realização: Até 01/08
Local de realização: Av. Afonso Pena, 1537 - Centro
Programação gratuita 

PROGRAMAÇÃO 

18/07 TER - “Me encontre no futuro”: A busca pela identidade entre as máquinas e a imaginação
15h O Castelo Animado (Hauru No Ugoku Shiro, Hayao Miyazaki, JAP, 2004) | Livre | 1h59
17h15 O Vingador do Futuro (Total Recall, Paul Verhoeven, EUA-México, 1990) | 16 anos | 1h53
19h30  23ª Curta Circuito - Amores Brasileiros | Canastra Suja (Caio Sóh, BRA-RJ, 2018) |16 anos | 2h | Bate-papo após a sessão com o crítico Ailton Monteiro e o diretor Caio Sóh

19/07 QUA -  A ficção científica como sátira política
15h Tropas Estelares (Starship Troopers, Paul Verhoeven, EUA, 1997) | 16 anos | 2h10
17h30 Vampiros de Almas (Invasion of the Body Snatchers, Don Siegel, EUA, 1956) | 14 anos | 1h20
19h15 Eles Vivem (They Live, John Carpenter, EUA, 1988) | 16 anos | 1h34

 20/07 QUI - Adaptações de Clássicos Literários I
15h O Homem Invisível (The Invisible Man, James Whale, EUA, 1933) | 14 anos | 1h11
17h HISTÓRIA PERMANENTE DO CINEMA | Stalker (Andrei Tarkovski, URSS, 1979) | 14 anos | 2h41 |  Sessão comentada pela professora, pesquisadora e cineasta Mariana Mól Gonçalves | Sessão com distribuição de catálogos da mostra Tarkovski – Eterno Retorno
21h Barbarella (Roger Vadim, FRA-ITA, 1968) | 14 anos | 1h38

21/07 SEX - Visitantes Inesperados
13h CURTA NO ALMOÇO | 14 anos | 24 min
Da Boca da Noite à Barra do Dia (Tiago Delácio, Brasil-PE, 2021) | 14 anos | 18min
A Jornada (Putovanje, Mirela Ivanković Bielen, Croácia, 2022) | Livre | 06min
15h O Dia Em Que a Terra Parou (The Day the Earth Stood Still, Robert Wise, EUA, 1951) | 14 anos | 1h32
17h Contatos Imediatos do Terceiro Grau (Close Encounters of The Third Kind, Steven Spielberg, EUA-Reino Unido, 1978) | 12 anos | 2h18
20h A Chegada (Arrival, Denis Villeneuve, EUA-Canadá, 2016) | 10 anos | 1h56

 22/07 SAB - O Elemento Humano
15h O Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças (Eternal Sunshine of the Spotless Mind, Michel Gondry, EUA, 2004) | 14  anos | 1h47
17h30 O Homem Que Caiu na Terra (The Man Who Fell to Earth, Nicolas Roeg, Reino Unido, 1976) | 16 anos | 2h19
20h15 O Quinto Elemento (The Fifth Element, Luc Besson, FRA-Reino Unido, 1997) | 14 anos | 2h06

23/07 DOM - Buscas além da Terra
17h30 SESSÃO DUPLA | 1h47 |  Viagem à Lua (Le Voyage Dans la Lune, Georges Méliès, FRA, 1902) | 14min
A Conquista da Lua (Destination Moon, Irving Pichel, EUA, 1950) | 14 anos | 1h32
19h45 Contato (Contact, Robert Zemeckis, EUA, 1997) | Livre | 2h29

24/07 SEG - A Luta em Cenário de Aniquilação
15h Fuga de Nova York (Escape From New York, John Carpenter, EUA, 1981) | 14 anos | 1h38
17h Mad Max: Estrada da Fúria (Mad Max: Fury Road, George Miller, Austrália, 2015) | 16 anos | 2h
19h30 Akira (Katsuhiro Ôtomo, JAP, 1988) | 16 anos | 2h04

25/07 TER - Adaptações de Clássicos Literários II
15h SESSÃO DUPLA | 1h52 |  Frankenstein (J. Searle Dawley, EUA, 1910) | 16min
O Médico e o Monstro (Dr. Jekyll and Mr. Hyde, John S. Robertson, EUA, 1920) | 12 anos | 1h36
17h Fahrenheit 451 (François Truffaut, Reino Unido, 1966) | 14 anos | 1h52
19h30 23ª Curta Circuito - Amores Brasileiros | A Menina do Lado (Alberto Salvá, BRA-RJ, 1987) | 16 anos | 1h23| Bate-papo após a sessão com a crítica Eliska Altman, a roteirista Elisa Tolomelli e a atriz Flávia Monteiro

26/07 QUA - Criadores e Criaturas
15h Jurassic Park - Parque dos Dinossauros (Jurassic Park, Steven Spielberg, EUA, 1993) | 12 anos | 2h06
17h30 Godzilla (Gojira, Ishirô Honda, Japão, 1954) | 12 anos | 1h36
19h30 CINECLUBE ACESSÍVEL | 14 anos | 30 min | Sessão comentada por Flávio Maia, Consultor em acessibilidade e inclusão | Sessão com recurso de acessibilidade em libras e intérprete de Libras no debate.
Olhos de Erê (Luan Manzo e Bruno Vasconcelos, BRA, 2021) | Livre | 10min
Fi di Quem? (Karla Vaniely, BRA, 2021) | Livre | 3min
Silêncio (Maria Leite, BRA, 2021) | Livre | 3min
Temos Muito Tempo para Envelhecer (Bruna Schelb Correa,BRA, 2021) | 14 anos| 9min
Método (Inês Peixoto, BRA, 2021) | 14 anos | 5min

 27/07 QUI - Pequenas odisseias de protagonistas improváveis
15h  O Incrível Homem que Encolheu (The Incredible Shrinking Man, Jack Arnold, EUA, 1957) | 14 anos | 1h21
17h HISTÓRIA PERMANENTE DO CINEMA | E.T. O Extraterrestre (E.T. the Extra-Terrestrial, Steven Spielberg, EUA, 1982) | Livre | 1h54 | Sessão comentada pelo pesquisador, cineasta e produtor cultural Rodrigo Azevedo | Sessão com sorteio de livros de ficção científica
20h O Castelo Animado (Hauru No Ugoku Shiro, Hayao Miyazaki, JAP, 2004) | Livre | 1h59

28/07 SEX - Especial De Volta Para o Futuro
13h CURTA NO ALMOÇO | 14 anos | 26 min
Serra (Sierra, Sander Joon, Estônia, 2022) | 14 anos | 16min
Armarinho Aracy (Camila Matos, Brasil-MG, 2021) | 14 anos | 10min
15h De Volta Para o Futuro (Back to The Future, Robert Zemeckis, EUA, 1985) | Livre | 1h56
17h30 De Volta Para o Futuro II (Back to the Future - Part II, Robert Zemeckis, EUA, 1989) | 12 anos | 1h48
20h De Volta para o Futuro III (Back to the Future - Part III, Robert Zemeckis, EUA, 1990) | 12 anos | 1h58

29/07 SAB - A Máscara Humana
15h O Exterminador do Futuro (The Terminator, James Cameron, EUA-Reino Unido, 1984) | 16 anos | 1h47
17h Eles Vivem (They Live, John Carpenter, EUA, 1988) | 16 anos | 1h34
19h LANÇAMENTO | Documentário: Acredite, um espírito baixou em mim | Sessão com lançamento de livro

30/07 DOM - Cantos melancólicos do amanhã
17h30 Blade Runner - O Caçador de Andróides (Blade Runner, Ridley Scott, EUA, 1982) | 16 anos | 1h57
20h Filhos da Esperança (Children of Men, Alfonso Cuarón, JAP-EUA-Reino Unido, 2006) | 12 anos | 1h49

01/08 TER - SESSÃO ESPECIAL
20h DE VOLTA PARA O FUTURO | Exibição De Filme Escolhido Pelo Público

EXPOSIÇÕES:

> Memorial Minas Gerais Vale

Exposição Simbiogêneses, de Tuane Eggers
Data: Até 20/08
Horário: No horário de funcionamento do Museu
Local: Praça da Liberdade, 640 - Funcionários
Programação gratuita

MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal
Exposição permanente
Horário: Horário de funcionamento do Museu
Local: Praça da Liberdade, 680 - Funcionários, Belo Horizonte
Programação gratuita

Ponto Cultural CDL
Exposição permanente
Horário: No horário de funcionamento do espaço
Local: Av. João Pinheiro, 495 - Boa Viagem

SESI Museu de Artes e Ofícios
Exposição Permanente
Horário de visitação: De quinta a sexta, das 11h às 16h; Sábado das 9h às 17h
Local: Praça Rui Barbosa (Praça da Estação), 600
A entrada é gratuita e é necessário a retirada de ingressos no site da Sympla

CâmaraSete
Exposição "Outros Outros"
Local: CâmeraSete - Casa da Fotografia de Minas Gerais
Horário de visitação: até 5 de agosto, de terça a sábado: das 9h30 às 21hs
Direção artística: Eugênio Sávio
Curadoria: João Castilho e Pedro David
Artistas participantes: Cao Guimarães, Paula Sampaio, Elza Lima, Joaquim Paiva, José Ramón Bas, Paula Pedrosa, Dolores Orange, Maureen Bisilliat, Ana Lira, Yann Gross, Emrah Kartal e Pablo Albarenga

Casa Fiat de Cultura
Exposição "Pioneiros do Design Brasileiro - Cadeiras Modernistas”
Local: Casa Fiat de Cultura
Data: Até 27 de agosto de 2023

Exposição "Fístula"
Local: Piccola Galleria da Casa Fiat de Cultura
Artista: Iago Gouvêa
Data: Até 6 de agosto de 2023

Exposição "Esculturas"
Data: Até 06/08
Horário: No horário de funcionamento do espaço
Local: Palácio da Liberdade - Praça da Liberdade, s/n - Funcionários

PASSEIOS TEMÁTICOS:

> Passeio pela História
Local: Praça da Liberdade (início no hall principal da Casa Fiat de Cultura)
Data: 23 de julho
Horário: 10h30 às 12h30

Na sombra das mangueiras | "Onde você se senta" com Rejane Faria
Local: Casa Fiat de Cultura
Data: 29 de julho
Horário: 10h30 às 11h30

Foto: Reprodução/Instagram MPBaixinhos para todas as idades

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Belo Horizonte sediará o 1º Festival Internacional da Cozinha Mineira Contemporânea - Caipiblue, cuja abertura ao público está prevista para o dia 1º de setembro. Com realização do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e da Fundação Clóvis Salgado, o evento celebrará a criatividade, a história e o legado da cultura alimentar e gastronômica mineira por meio de diversas ações, como simpósio, encontros de negócios, feira com produtos regionais, como café, o queijo e a cachaça, além de experiências gastronômicas, jantares beneficentes e atrações culturais.

 A programação, que celebra o intercâmbio cultural, turístico e gastronômico com Curaçao, país convidado para a estreia desse projeto, foi lançada na manhã desta segunda-feira (21), no Palácio da Liberdade. O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, explicou que o festival marca uma nova etapa do processo de valorização e reconhecimento da cozinha mineira, que foi declarada patrimônio cultural imaterial do estado em julho deste ano.

“Após esse momento, nós estamos iniciando um processo de talvez dar um nome, um significado, a um fenômeno que acontece no nosso estado, sobretudo, em alguns restaurantes da capital, do Sul de Minas e de Tiradentes. Nós identificamos uma continuidade em relação à cozinha mineira, no que diz respeito à pesquisa, à valorização dos produtos da terra, mas com uma apresentação oriunda da forma francesa”, pontuou Oliveira. “Eu costumo dizer que todos nós sabemos fazer feijão tropeiro. No entanto, nós precisamos avançar no sentido de que a riqueza da nossa cozinha tenha uma apresentação de forma contemporânea. Daí o nascimento do festival, que propõe uma reflexão sobre a cozinha mineira contemporânea, certamente, baseada na tradição da cozinha agora protegida”, acrescentou o secretário.

A representante de Curaçao no Brasil, Janaína Araújo, comemorou a parceria e reforçou que o Caipiblue já é um dos temas mais comentados na ilha caribenha. “Os empresários estão ávidos para chegarem aqui e fazerem negócios com o estado de Minas Gerais. Curaçao é uma ilha que precisa de tudo e Minas tem tudo a oferecer. Nós já entendemos que esta será uma parceria muito frutífera”, exaltou Janaína.

Ela também anunciou a inclusão, em dezembro deste ano, de novas frequências do voo direto entre Belo Horizonte-Curaçao, inaugurado pela Azul Linhas Aéreas, em junho deste ano. “Esse é um voo muito significativo. O mineiro ganhou uma praia caribenha. Curaçao será a nossa ‘Ibiza’ no Sul do Cariben, essa conectividade é um presente para os mineiros”, completou.

Experiências Gastronômicas

A curadoria da parte gastronômica do Caipiblue é assinada pelo chef Felipe Rameh. Com 20 anos de trajetória, ele coleciona histórias no comando de restaurantes de destaque no cenário gastronômico da capital mineira. Apresentador do programa “Coisas daqui”, da Globo, ele é especialista em tudo que se refere à rica culinária do estado. Ele compôs o evento convidando outros chefs como o talentoso Caio Soter, do restaurante Pacato, com quem dividirá o comando dos banquetes beneficentes promovidos no Palácio da Liberdade.

Esse espaço será o principal ambiente de convivência do evento. Nos Jardins do Palácio, serão concebidos espaços planejados por arquitetos e decoradores, destacando elementos da mineiridade. Chefs e restaurantes convidados prepararão pratos especiais, além de oferecer cozinhas e drinks shows com preparos que prometem encantar pelos olhos e pelo paladar. Móveis, adornos, receptivo. Todos os detalhes foram planejados para garantir uma experiência incomparável.

 “No entorno do Palácio, teremos 8 estações de cozinha mineira contemporânea. Uma delas será do restaurante Tragaluz de Tiradentes, servindo sobremesas típicas. Outra será do Pacato, do Caio Soter. Eu também vou ter a minha estação. Haverá outras de vinhos, coquetéis, gelatos mineiros com harmonizações inusitadas, como goiabada com flor de sal e alecrim. Vamos fazer umas brincadeiras assim para trazer um pouco desse ar contemporâneo. Vamos receber também bartenders e chefs de cozinha de Curaçao, além de ter uma feirinha de rua de com produtos mineiros”, detalhou Rameh.

 Simpósio “Conversas de Cozinha”

 A cozinha mineira será o tema central do Simpósio “Conversas de Cozinha”, que acontecerá nos dias 1 e 2/9, no Circuito Liberdade. Os encontros serão abertos ao público e profissionais que a vivenciam compartilharão suas experiências em dois dias de programação.

 O curador Roger Vieira ressaltou que o objetivo é difundir conhecimento e experiências não só entre especialistas, mas com o público em geral. “Esse festival marca a primeira experiência internacional após o registro da cozinha mineira como patrimônio e teremos a grata oportunidade de trazer alguma das pessoas que atuaram de forma importante nesse processo de patrimonialização, desde 2002, quando o Modo de Fazer O Queijo Artesanal da Região do Serro foi registrado patrimônio cultural imaterial do estado de Minas Gerais. Teremos também convidados que atuam nesse processo em nível federal, como a produção do dossiê pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). São, portanto, professores, pesquisadores e profissionais que fazem parte desse momento de patrimonialização da cozinha mineira. Teremos a oportunidade de discutir também estes conceitos: cozinha mineira, gastronomia mineira, culinária mineira. Seriam eles sinônimos? De onde eles surgem?”, comentou Vieira.

Diálogos sobre proteção e salvaguarda dos saberes em torno da cozinha mineira, as suas diversas vertentes, do clássico ao contemporâneo, ao lado das perspectivas de fomento e promoção e das relações com o turismo de experiência serão alguns dos principais temas. Haverá também o lançamento da primeira pós-graduação em cozinha mineira contemporânea, que será oferecida pela Faculdade Arnaldo, em Belo Horizonte.

Feira de Minas

Na Alameda da Educação, na Praça da Liberdade, produtores mineiros participarão da Feira de Minas, que reunirá uma seleção de cafés, doces, queijos, dentre outras iguarias. A curadoria desse espaço foi realizada junto com o Sebrae. 

Encontros de negócios

 Esses encontros vão acontecer entre os dias 31/8 e 1/9, no Museu Memorial Minas Gerais Vale, no dia 1, das 9h às 13h. O objetivo é possibilitar que produtores de Minas Gerais possam estreitar laços com os representantes de Curaçao, apresentando os produtos mineiros, o potencial de exportação e compartilhando experiências de sucesso. Esses encontros serão mediados pelo Sebrae.

O presidente do conselho deliberativo do Sebrae Minas e presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, sublinhou, inclusive, que essa iniciativa estimulou a decisão de tornar a exportação dos produtos mineiros mote dos próximos trabalhos a serem desenvolvidos junto com os empresários do estado.

"Aproveito para anunciar que estamos criando o Sebrae Exporta, que se dedicará a entender qual o melhor caminho para que os microempreendedores e os empresários da economia criativa possam buscar nesse mercado", frisou.  "Curaçao precisa de muitos produtos que nós aqui em Minas temos abundantemente. Então, nosso objetivo é facilitar esses processos, fomentar o turismo, receber as pessoas de Curaçao de braços abertos e também que a ilha possa receber os mineiros. Parabenizo a Azul que aceitou esse desafio de fazer com que esse voo seja capaz de gerar negócios e transformar vidas", acrescentou Silva. 

Banquetes beneficentes no Palácio da Liberdade

 A experiência se completará com banquetes no Palácio da Liberdade, apresentando a cozinha mineira com charme e sofisticação. Serão quatro almoços e jantares que poderão ser apreciados mediante a compra de ingressos na plataforma Sympla. Toda a renda será doada para os hospitais: Santa Casa BH, Hospital da Baleia, Mário Penna e São Francisco.

 Essas instituições foram indicadas pelo Serviço Social Autônomo (Servas). A presidente do Servas, Christiana Renault, a importância de contemplar esses espaços. “Só quem está próximo de alguém que administra esses hospitais filantrópicos sabe a luta que é fechar a contabilidade o custeio desses hospitais, que atendem pessoas não apenas de Belo Horizonte, mas pacientes de todo o estado”, relatou Christiana.

Ela, em seguida, detalhou que serão quatro refeições completas, que serão produzidas pelos chefs Felipe Rameh e Caio Soter. Enquanto Rameh assinará os menus do jantar do dia 1º de setembro e do almoço do dia 3/9, Soter ficará responsável pelos banquetes servidos no almoço e no jantar do dia 2/9.

“Nós receberemos cerca de 40 convidados em cada uma das refeições, e já estamos emitindo alguns convites no Sympla. Toda a renda será revertida em conjunto. Vamos somar todo o valor arrecadado e dividir pelos quatro hospitais”, completou a presidente do Servas.

Os banquetes incluem um receptivo com entradas, uma visita guiada pelo Palácio da Liberdade, até o momento do menu completo, proporcionando uma experiência gastronômica que será contextualizada com alguns destaques da história de Minas Gerais.

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Conexão com Curaçao

Desde junho deste ano, quando foi inaugurado pela Azul Linas Aéreas, no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, um novo voo direto para a ilha caribenha, esta tem se tornado mais uma importante porta de entrada para a promoção internacional do destino Minas Gerais no Caribe.

Durante o evento, a ilha estará representada por sua coquetelaria e pela música. Bartenders renomados de Curaçao virão a Belo Horizonte propor receitas combinando ingredientes mineiros, dentre eles a cachaça e o café, com um toque especial do seu país de origem, criando, assim, novos drinks, como o Caipiblue.

Lançado no dia 8 em Curaçao, o Caipiblue, sintetiza o encontro entre as culturas de Minas Gerais e da ilha, a partir da combinação da cachaça com o licor de laranja típico da coquetelaria curaçauense. Essa conexão também será ampliada no simpósio Conversas de Cozinha, no Circuito Liberdade. A importância dos patrimônios históricos em Curaçao e em Minas Gerais como indutores da atividade turística será um dos temas abordados.

 

Fotos: Leo Bicalho

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Incentivar a cultura e fortalecer a atividade turística de forma sustentável são metas do Governo de Minas, que lançou, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), os novos programas Minas Criativa e Mais Turistas, e oficializou uma parceria com o Sebrae, durante encontro, no sábado (15), a partir das 10h, no Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), na Praça da Liberdade.

A solenidade marcou o início da celebração do Dia de Minas Gerais, o qual é comemorado no dia 16 (domingo), e aconteceu dentro da programação do evento Modernos Eternos, que termina neste fim de semana.

O Minas Criativa e o Mais Turistas são dois programas estruturantes que se somarão ao Secult no Município. Juntos compõem uma tríade que sustentarão o trabalho da Secult, que projeta a criação de 100 mil empregos na economia da criatividade até dezembro de 2024. A expectativa é de realização de 100 projetos, que alcancem os 853 municípios mineiros.

O investimento total nos programas será de aproximadamente R$ 1 bilhão de reais, a partir de recursos diretos, das Leis Paulo Gustavo, Aldir Blanc, do Fundo Estadual de Cultura, do ICMS Turístico e do Patrimônio, de captação via leis de incentivo, além de parcerias, como a firmada com o Sebrae, que investirá R$ 10 milhões em ações que contemplam a transversalidade entre a cultura e o turismo.

Durante a apresentação, o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, ressaltou a importância desses projetos e o empenho do Governo de Minas em estruturar e promover o desenvolvimento de ambos os setores. “Lançamos o Minas Criativa e o Mais Turistas para que a gente possa avançar ainda mais nesses dois segmentos. Dados da WTTC (Conselho Mundial de Viagens e Turismo) apontam que nos próximos 10 anos 30% dos empregos gerados no mundo deverão estar relacionados ao turismo. Então, o turismo é essa capacidade de atrair pessoas de um lugar para conhecer outros ambientes, pessoas e culturas. Ao unirmos em transversalidade essas duas áreas, criamos uma potencialidade que já verificamos na prática, com Minas Gerais na liderança do crescimento da atividade turística no país”, pontuou Oliveira.

Sustentabilidade

Os programas Minas Criativa, Mais Turistas e Secult no Município são as linhas mestras que orientam o trabalho da Secult. Esse encontra na transversalidade entre a cultura, o turismo, dentre outras áreas, um modelo para a construção de políticas públicas voltadas ao sustentável, o que contribui para a redução das desigualdades e para a valorização da diversidade cultural, em sintonia com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

Um exemplo dessa política de transversalidade é a articulação com outras secretarias, dentre elas a de Desenvolvimento Social (Sedese). No encontro, a secretária de Estado Adjunta da pasta, Mariana de Oliveira Pimentel, reforçou a parceria com a Secult para suprir uma lacuna no mercado de trabalho e gerar novas oportunidades de emprego. “Foi identificado um déficit de vagas no turismo, especialmente porque nos últimos anos o setor cresceu muito em Minas Gerais. Então, nós estamos trabalhando para abrir 127 mil vagas em cursos, por meio do programa Minas Forma, Minas Trasforma. O nosso objetivo é capacitar diversas pessoas que poderão trabalhar, por exemplo, como camareiras, recepcionistas e chefs de cozinha”, detalhou Mariana.

O Secretário de Estado Adjunto de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, João Ricardo Albanez, também ressaltou como essa perspectiva transversal favorece o desenvolvimento de Minas Gerais. “A base da cultura permanece no nosso meio rural. A agricultura se mantém como o nosso berço, e tem tudo a ver com o turismo, a gastronomia e a moda. Gostaria de registrar a satisfação de estarmos aqui e construirmos uma Minas cada vez melhor, integrando todos nós aqui em prol do espírito libertário”, concluiu Albanez.

Minas Criativa

O Minas Criativa propõe alcançar esses objetivos a partir de seis principais eixos: Cultura verde, Marco regulatório do fomento à descentralização da cultura, Formação e capacitação, Fomento às culturas, às artes e ao patrimônio histórico, Estruturação da economia da criatividade e Ação cultural.

No primeiro eixo, insere-se projetos, como editais, que contemplam a proteção de comunidades tradicionais e de povos originários. Já no segundo, destaca-se o Projeto de Lei Descentra Cultura (PL 2.976/2021), que visa ampliar a distribuição dos recursos para o fomento à cultura para mais regiões e realizadores do estado.

As ações do eixo Formação e a capacitação tem como público-alvo empreendedores e pessoas físicas que atuam no contexto da economia da criatividade. Um exemplo são as capacitações técnicas voltadas para garantir o repasse dos recursos das Leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc aos municípios.

No quarto eixo, um dos destaques é a Plataforma Minas Criativa, que pretende fazer um cadastro e diagnóstico continuado dos profissionais da economia da criatividade e equipamentos culturais do estado. Dentre as propostas do quinto eixo, ressalta-se a criação do Observatório das Políticas Públicas de Cultura.

Também estão previstos projetos a serem desenvolvidos pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), pela Fundação Clóvis Salgado (FCS) e pela Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP).

As iniciativas a serem desenvolvidas pelo Iepha-MG tem como eixos principais a Salvaguarda dos bens materiais e imateriais, como os Modos de Fazer O Queijo Minas Artesanal, as congadas e a cultura Maxacali, além das iniciativas de Proteção do patrimônio e de Revitalização e inovação do instituto.

A FCS baseará suas ações em quatro eixos: Formação técnica das artes, Descentralização da cultura e das artes, Revitalização, restauração e interpretação do complexo Palácio da Artes e Ação cultural. Um dos projetos é a Escola Cultural de Minas Gerais, que propõe a ampliação do diálogo com a arte e cultura no ambiente escolar. O projeto piloto deverá acontecer na Escola Municipal Estadual Central.

Outra ação é a Pinacoteca Cemig de Minas Gerais, que tem o objetivo de catalogar, tratar e expor o acervo de obras de arte que compõem o patrimônio de instituições mantidas pelo Governo do Estado de Minas Gerais, como a FCS, Museu Mineiro, Palácio da Liberdade, Iepha, EMC. A Pinacoteca funcionará na sede do Iepha, contemplando exposições temporárias também na sede da Cemig, patrocinadora do projeto.

 A Faop também baseará suas ações em quatro eixos: Formação e capacitação, Descentralização, Ações culturais e Revitalização do patrimônio. Um dos destaques é a inauguração, em parceria com a Secult, da Casa da Mineiridade, que conterá o Centro de Arte Popular (CAP), o Centro de Ofícios e o Centro de Exposições das Cidades, promovendo a circulação da produção popular do estado. O CAP funcionará como o braço da Faop em Belo Horizonte, abrigando a Faop Liberdade.

Mais Turistas

O programa Mais Turistas visa implementar a política de turismo para os próximos 4 anos, e se baseia em cinco principais eixos: Turismo verde, Capacitação e formação, Infraestrutura, Estrutura e diversificação e Marketing e promoção.

No primeiro eixo, destaca-se a promoção dos Parques Estaduais e sua biodiversidade, o enfoque no turismo rural, de base comunitária e de natureza, além da capacitação de municípios para o turismo verde.

No contexto da proposta de capacitação e formação, há a meta de abrir 127.000 vagas em cursos voltados aos profissionais da cadeia produtiva do turismo mineiros. A oferta será realizada por meio do programa Minas Forma, Minas Transforma, em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (Sedese-MG).

Já no âmbito da infraestrutura, a parceria com a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) está sendo articulada para viabilizar a revitalização de estradas e acessos, impulsionando a atração de turistas que se deslocam principalmente por meio terrestre.

Do quarto eixo, ressalta-se o Plano de Desenvolvimento do Turismo Sustentável, o qual pretende aprimorar a política de turismo no estado, por meio de um diagnóstico das legislações e normas indicando os gargalos e proposição de melhorias no arcabouço legal relacionados ao setor do turismo e da cultura.

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Parceria com o Sebrae

O Governo de Minas, por meio da Secult, e o Sebrae Minas assinaram, neste sábado (15/7), um acordo que prevê o investimento de R$ 10 milhões, entre 2023 e 2024, em ações voltadas ao desenvolvimento da cultura, do turismo e da economia da criatividade nos municípios mineiros.

Há a estimativa de que as ações alcancem cerca de 300 cidades das 13 Regiões Intermediárias de Minas Gerais, somando até 1 milhão de atendimentos, incluindo capacitações, seminários, palestras e consultorias. Um dos destaques será a realização do I Seminário Internacional da Cozinha Mineira, que acontecerá ainda em 2023, em Tiradentes, e vai viabilizar a qualificação profissional, contribuindo para promover Minas Gerais para o Brasil e para o exterior a partir da valorização dos modos de preparo, dos sabores e dos ingredientes que compõem a mesa dos mineiros e conquistam os paladares no país e mundo afora.

Haverá ainda o I Seminário Internacional de Turismo Religioso, realizado nos dias 26 a 30 de julho, em Itambacuri. O evento vai reunir profissionais e especialistas do setor para promover a troca de experiências e discussões sobre o impacto do turismo religioso no patrimônio cultural e na economia, identificando tendências e inovações. O evento tem o objetivo de aumentar a conscientização sobre a importância do turismo religioso e seu potencial para o desenvolvimento sustentável dos territórios.

O objetivo dessa parceria é promover a estruturação e a qualificação dos destinos turísticos, permitindo a organização e delimitação de rotas, que tenham como base a cozinha mineira, o turismo de natureza e o turismo cultural e da fé.

“Essa parceria tem o objetivo de impulsionar ações de qualificação de pequenos negócios do setor do turismo, da gastronomia, da economia criativa e do artesanato. Ela se consolida num momento muito simbólico e representativo: no dia 16, celebramos o Dia de Minas Gerais. Então, é muito significativo também para todos nós mineiros o fortalecimento do relacionamento dessas duas instituições que estão unidas por uma Minas mais forte e desenvolvida, gerando renda e oportunidade para todos”, comentou o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva.

Fotos: Leo Bicalho

Sofia Fan Crédito André Seiti

Nesta quarta-feira (23), o Palácio das Artes vai receber a “Caminhada Rumos”, evento realizado pelo Itaú Cultural para apresentar o edital “Rumos Itaú Cultural” a artistas, pensadores, gestores e interessados no assunto. O encontro acontece das 19h às 21h, no Teatro João Ceschiatti, e tem entrada gratuita, sem necessidade de retirada de ingressos.

A proposta do grupo formado por Jader Rosa, superintendente do Itaú Cultural, e Sofia Fan, gerente do núcleo de Artes Visuais e Acervos e integrante da Comissão de Seleção, é esclarecer dúvidas e trocar informações sobre a rica cena artística mineira.

Dessa forma, a palestra aproxima o público local do “Rumos Itaú Cultural”, criado há 26 anos e um dos maiores editais privados de financiamento de projetos culturais do país.

As inscrições para o edital “Rumos Itaú Cultural 2023-2024” já estão abertas e devem ser efetuadas pelo site rumositaucultural.org.br, até as 23h59 de 22 de setembro. Nesta edição, o valor máximo para projetos inscritos tanto por pessoas físicas quanto por pessoas jurídicas é de R$ 100 mil brutos.

Em sua 20ª edição, o edital seleciona projetos nas áreas de arquitetura, arte e tecnologia, artes visuais, audiovisual, circo, dança, design, games, gastronomia, HQ, literatura, moda, música, performance e teatro. Os projetos devem estar relacionados à arte e à cultura brasileiras, e podem ser concebidos em qualquer tipo de suporte, formato ou mídia.

Caminhada cultural

Para explicar mais detalhes sobre o funcionamento do edital, equipes do Itaú Cultural percorrem todas as regiões do Brasil na já tradicional Caminhada Rumos, até o dia 14 de setembro, quando terá passado pelas 26 capitais, mais o Distrito Federal, abrangendo todos os estados do país.

 

A atividade começou por São Paulo, em um bate-papo na sede do Itaú Cultural, que pode ser acessado no site do programa ou no YouTube da instituição. Seguiu para Cuiabá (MT), Porto Velho (RO), Aracaju (SE), Recife (PE), Maceió (AL), Natal (RN), Vitória (ES), Rio de Janeiro (RJ), Rio Branco (AC), Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), Goiânia (GO), Macapá (AP), Curitiba (PR) e Belém (PA).

Depois de Belo Horizonte, ainda em agosto, a dinâmica irá para São Luís (MA) e Manaus (AM), no dia 24; e Boa Vista (RR), no dia 25. Em setembro, as primeiras capitais a receberem a Caminhada são Brasília (DF) e Campo Grande (MS), as duas no dia 4; em seguida, no dia 5, é Palmas (TO); João Pessoa (PB), no dia 11; Salvador (BA), no dia 12; Fortaleza (CE), no dia 13; finalizando em Teresina (PI), no dia 14.

Um dos maiores editais privados de financiamento de projetos culturais do país, o Programa Rumos é realizado pelo Itaú Cultural desde 1997, fomentando a produção artística e cultural brasileira. A iniciativa recebeu mais de 75,8 mil inscrições desde a sua primeira edição, vindas de todos os estados do país e do exterior. Destas, foram contempladas 1,5 mil propostas nas cinco regiões brasileiras, que receberam o apoio da instituição para o desenvolvimento dos projetos selecionados nas mais diversas áreas de expressão ou de pesquisa.

Os trabalhos resultantes da seleção de todas as edições foram vistos por mais de 7 milhões de pessoas em todo o país. Além disso, mais de mil emissoras de rádio e televisão parceiras divulgaram os trabalhos selecionados. Na última edição, de 2019-2020, foram 11.246 projetos inscritos, resultando em 90 projetos selecionados.

 Fundação Clóvis Salgado

Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS. 

A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia. de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.

 

Serviço
Caminhada Rumos em Belo Horizonte | Itaú Cultural
Data: 23/08/2023 (quarta-feira)
Horário: das 19h às 21h
Local: Teatro João Ceschiatti – Palácio das Artes
Endereço: Av. Afonso Pena, 1.537, Centro - Belo Horizonte
Classificação Indicativa: Livre
Informações para o público: (31) 3236-7400

Entrada gratuita, sem necessidade de retirada de ingressos. Espaço sujeito à lotação.

Foto: André Seiti

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 O Município de Prados está prestes a se transformar em um verdadeiro epicentro cultural com o 1º Festival Cultural de Prados, uma iniciativa da Prefeitura Municipal.

De 14 a 23 de julho, a praça central será palco de uma celebração que vai unir o que o nosso município tem de melhor: arte, artesanato e toda a riqueza cultural da região. Um festival feito para os pradenses e turistas.

Durante os 10 dias do festival, a praça central de Prados será transformada em um paraíso cultural, com uma programação diversificada para agradar a todos os gostos.

A 1ª Feira de Artesanato de Prados será um dos destaques do evento, apresentando uma variedade de peças confeccionadas pelos talentosos artesãos locais. De obras em madeira a trabalhos em couro, o público terá a oportunidade de conhecer e adquirir verdadeiras obras de arte, produzidas em Prados.

A programação musical do festival com artistas renomados e com os talentos locais e regionais. Além dos shows de Só Parênt, que apresenta uma mistura contagiante de forró e reggae, Scarcéus, uma banda com trilhas sonoras de novelas brasileiras, e Flor de Minas. O público poderá prestigiar também apresentações de artistas da própria comunidade e da região. Uma diversidade musical para todos os gostos.

Para os empreendedores locais, o festival oferecerá palestras e workshops voltados para a capacitação e o desenvolvimento de seus negócios. Com temas como marketing, treinamento e formação de preço, essas atividades visam fortalecer o empreendedorismo na região, proporcionando conhecimentos e ferramentas essenciais para o crescimento profissional.

Além disso, o festival contará com a emocionante Corrida do Queijo, uma versão brasileira inspirada nos desafios do Queijo Internacional. A corrida terá largada com um queijo rolando ladeira abaixo e as categorias feminino e masculino, proporcionando diversão para toda a família. Com um percurso de 22 km, os participantes terão a chance de colecionar "fatias" de queijo em pontos estratégicos, formando um queijo completo. Além da experiência emocionante de correr atrás do queijo, todos os participantes receberão uma medalha dividida em quatro "fatias" e concorrerão a prêmios em queijos e brindes. As inscrições estão disponíveis com todas as instruções no Instagram oficial do evento @festivalculturalprados por R$30,00.

No dia 16 de julho, o 4º Encontro de Carros Antigos será mais uma atração especial do festival. A partir das 8h, na praça central, os apaixonados por antigomobilismo terão a oportunidade de expor seus veículos antigos e concorrer ao certificado de placa preta. Com uma taxa de inscrição de R$25,00 e a doação de um quilo de alimento não perecível, os participantes também poderão desfrutar de um delicioso café da manhã. O evento contará com o super show ao vivo da banda Auêra, proporcionando momentos de nostalgia e interação entre os entusiastas do automobilismo clássico.

Outro destaque do festival é o tradicional Passeio à Serra, que celebra sua 155ª edição. A atividade é composta por duas experiências únicas: a II Caminhada da Cooperação, uma oportunidade de vivenciar cultura, arte e lazer em meio à natureza, e um emocionante trekking pelas belas paisagens da região. As inscrições para a caminhada já foram encerradas, enquanto o ponto de encontro para o trekking será às 8h em frente ao Globo. Os participantes terão a chance de celebrar a tradição de 155 anos do Passeio à Serra de Prados, vivenciando momentos inesquecíveis em cada uma dessas atividades únicas.

O 1º Festival Cultural de Prados é uma realização da Prefeitura de Prados, que está comprometida em valorizar a cultura local e promover o crescimento do município. O evento conta com o apoio de empresas como Marluvas e Sicoob Credivertentes, além de parcerias com entidades como Lira Ceciliana, SEBRAE, ASTEBI, Trilha dos Inconfidentes, Polícia Militar de Minas Gerais, Artesãos de Prados, IEF e Governo de Minas Gerais, que contribuem para o sucesso e a grandiosidade do festival.

Confira a programação completa:

14/07 | SEXTA-FEIRA

Abertura do Passeio à Serra - 155 anos;

21h - Retreta da Lira na Praça;

23h - Show com Só Parênt;

01h - Som mecânico

15/07 I SÁBADO

08h - Passeio à Serra - Trekking das academias

09h - Passeio à Serra - II Caminhada da Cooperação-SICOOB CREDIVERTENTES.

10h - Cerimônia oficial de abertura do evento e da 1ª Feira de Artesanato de Prados;

10h às 17h - Funcionamento da 1° Feira de Artesanato de Prados;

10h às 17h - Exposição da história de Prados, pelo acervo do Museu Marieta Teixeira de Melo - curador / detentor Ivaci Lopes (Ratinho);

11h - Cerimônia de entrega da Carteirinha Nacional do Artesão;

15h - Apresentação musical com Matheus Cunha;

21h - Lançamento da Rota Cultural "Arte Viva Prados"

21h - Show com Rios ao Luar;

00h - Show com Edu Ribeiro.

16/07 I DOMINGO

07h - 4° Encontro de Carros Antigos de Prados (durante o dia);

08h - 1° Corrida do Queijo;

10h às 17h - Funcionamento da 1° Feira e Mostra de Artesanato de Prados;

10h às 17h - Exposição da história de Prados, pelo acervo do Museu Marieta Teixeira de Melo - curador / detentor Ivaci Lopes (Ratinho);

11h - Show com Auera;

14h - Show com Atlantis;

20h30 - Apresentação cultural do Grupo de

Congado de Prados;

21h - Show com Felipe Lisboa (Voz e Violão)

17/07 I SEGUNDA-FEIRA

18h - Oficina "Como ser MEl na prática" (SEBRAE)

18/07 I TERÇA-FEIRA

18h - Oficina de Marketing (SEBRAE)

19/07 I QUARTA-FEIRA

18h - Oficina de Controle Financeiro (SEBRAE)

20/07 I QUINTA-FEIRA

18h - Oficina de Formação de preço de venda MEI (SEBRAE)

20h - Apresentação Chorinho da Lira Ceciliana.

21/07 I SEXTA-FEIRA

10h às 17h - Funcionamento da ° Feira e Mostra de Artesanato de Prados;

10h às 17h - Exposição da história de Prados, pelo acervo do Museu Marieta Teixeira de Melo - curador / detentor Ivaci Lopes (Ratinho);

22h - Show com Flor de Minas.

22/07 I SÁBADO

10h às 17h - Funcionamento da 1° Feira e Mostra de Artesanato de Prados;

10h às 17h - Exposição da história de Prados, pelo acervo do Museu Marieta

Teixeira de Melo - curador / detentor Ivaci Lopes (Ratinho);

13h - Show com Joe Cool;

16h - Apresentação Chorinho da Lira

17h - Encerramento da 1° Feira de Artesanato;

22h - Show com Scarcéus;

23/07 I DOMINGO

09h - Competição do Mountain Bike "TRILHÃO DOS MACACOS", em prol do Lar de Idosos AMAI Prados.

Inscrições limitadas. Inf. (32) 9.8419-4754;

13h - Festa de São João (Lar dos Idosos AMAI);

14h - Santa Missa;

15h - Show com Banda Raiz, logo após, show com Igor Penna.

Haverá movimento de barraquinhas, leilão, bingo e pescaria.

18h - Encerramento do 1ª Festival Cultural de Prados.

Para ficar por dentro de todas as informações e novidades, siga o Instagram oficial do festival (@festivalculturalprados  ou  @prefeituraprados ) e acompanhe as redes sociais da Prefeitura de Prados. O 1º Festival Cultural de Prados é uma oportunidade imperdível para celebrar a arte, o artesanato e a diversidade cultural, proporcionando momentos únicos e enriquecedores para todos os participantes.

Realização:

 Prefeitura de Prados - Adm. 2021/2024

Cuidando da nossa gente, construindo futuro!

Apoio Cultural:

Marluvas

Sicoob Credivertentes

Apoio:

Lira Ceciliana

SEBRAE

ASTEBI

Trilha dos Inconfidentes

Polícia Militar de Minas Gerais

Artesãos de Prados

IEF

Governo de Minas Gerais

Toda programação é oferecida gratuitamente ao público.

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Já estão abertas as inscrições para o 4° Prêmio Décio Noviello, criado para seleção de artistas, curadores, coletivos ou propostas coletivas. Os interessados devem se inscrever, gratuitamente, até 13 de outubro, por meio do formulário disponível no site do Palácio das Artes ou neste link. A realização é do Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult/MG) e da Fundação Clóvis Salgado (FCS).

A premiação – uma das principais ações de fomento para as artes visuais no Brasil – contemplará três projetos de artes visuais, que serão expostos nas galerias do Palácio das Artes, e dois para a CâmeraSete. Nesta edição, o prêmio de Artes Visuais vai contar com mais um espaço expositivo, a Galeria Mari’Stella Tristão, que se junta novamente à Galeria Arlinda Corrêa Lima e à Galeria Genesco Murta para receber projetos pelo edital. Os prêmios serão de R$ 8 mil para as exposições individuais e de R$ 10 mil para exposições coletivas.

Já para o edital de Fotografia, a CâmeraSete - Casa da Fotografia de Minas Gerais contemplará dois projetos para ocupar os dois espaços expositivos. Os valores para premiação são os mesmos das Artes Visuais: R$ 8 mil para as exposições individuais e de R$ 10 mil para as coletivas. Podem se inscrever, em ambos os editais, artistas, curadores, coletivos ou propostas coletivas de brasileiros natos, naturalizados ou estrangeiros com residência no Brasil.

As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm como mantenedores Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal, Patrocínio da Usiminas e da Vivo e Correalização da APPA – Arte e Cultura.

Pluralidade e importância da premiação

O Prêmio Décio Noviello de Artes Visuais e de Fotografia busca a ocupação das galerias da Fundação Clóvis Salgado por meio da produção contemporânea emergente e já contemplou artistas que hoje são destaques nas artes visuais brasileiras.

“Além de uma importante ação de fomento da Fundação Clóvis Salgado, durante esses anos, o Prêmio Décio Noviello se consolidou como uma vitrine para a produção emergente, que abrange os artistas iniciantes, artistas com uma trajetória profissional e curadores independentes. Além disso, é uma grande oportunidade para o público mineiro vislumbrar o que há de mais diverso na arte brasileira”, explica Uiara Azevedo, gerente de Artes Visuais da FCS.

Inscrições online

A 4° edição da premiação simplificou o processo de inscrição e agora os interessados podem submeter os projetos por meio de um formulário online. As documentações exigidas, bem como o critério de contemplação, estão especificadas no edital, que pode ser encontrado no site do Palácio das Artes e da APPA.  A divulgação da lista das inscrições indeferidas para apresentação de recurso será divulgada dia 23 de outubro de 2023 no site da Fundação Clóvis Salgado (www.fcs.mg.gov.br) e no site da APPA - Associação Pró-Cultura e Promoção das Artes (www.appa.art.br). O resultado final será divulgado no dia 31 de outubro de 2023. A Instituição também garantirá a publicação de um catálogo das exposições. Dúvidas sobre o edital podem ser esclarecidas somente pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Os trabalhos serão avaliados por uma Comissão de Seleção do Edital, que contará com a participação de profissionais convidados, com notória especialização em Artes Visuais, além de um representante da Gerência de Artes Visuais da Fundação Clóvis Salgado. Serão avaliados os portfólios dos inscritos e os projetos apresentados conforme os seguintes critérios: qualidade e contemporaneidade, relevância estética e conceitual, originalidade e ineditismo em Belo Horizonte e adequação ao espaço físico pretendido.

Prêmio Décio Noviello

Na primeira edição realizada em 2020, o Prêmio Décio Noviello contemplou o artista Froiid (MG) e a curadora Joyce Defim (MG) para a linguagem de Artes Visuais, além de Maurício Pokemon (PI) e Dalila Coelho (MG) na categoria fotografia. Já na segunda edição do Prêmio, em 2022, foram contemplados artistas com diferentes suportes, como pinturas, desenhos, colagens, gravuras, objetos, instalações, holografias, fotografias, entre outros. Na oportunidade, João Angelini (DF) ocupou a Galeria Genesco Murta e Erre Erre (SP) apresentou seu trabalho na Galeria Arlinda Corrêa Lima. Chris Tigra (SP) e Matheus Dias (CE) ocuparam a CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais.

Na terceira edição da premiação, o edital de Artes Visuais contemplou os artistas visuais Eduardo Hargreaves (Juiz de Fora – MG), para a Galeria Arlinda Corrêa Lima, com a exposição “Brasil, Hy-Brasil”, e Pedro Neves (Imperatriz – MA), para a Galeria Genesco Murta, com a exposição “Tripa”. Já o edital de fotografia premiou os artistas Julia Baumfeld (Belo Horizonte – MG), com a exposição “Entre cantos e lamentos”, para o Espaço 1, e Bruno Barreto (Dom Pedrito – RS), com a exposição “5 casas”, no Espaço 2, na CâmeraSete.

O ano de 2020 marcou o lançamento da nomenclatura Prêmio Décio Noviello, em homenagem ao artista. Desenhista, cenógrafo, figurinista, gravurista e pintor belo-horizontino, Noviello realizou sua última exposição em vida, Cor Opção, durante a programação do ArteMinas 2018, na Fundação Clóvis Salgado (FCS). Na abertura, o artista reviveu o happening que compunha a mostra Do Corpo à Terra, que integrou a programação de inauguração do Palácio das Artes, em 1970. Em sua trajetória, Décio Noviello também criou inúmeras cenografias e figurinos para balés, óperas e peças teatrais produzidas pela FCS, além de outras mostras de artes plásticas.

Já foram contemplados pelo Edital de Artes Visuais da FCS trabalhos de artistas como Adriana Maciel, André Griffo, Bete Esteves, Claudia Tavares, Éder Oliveira, Isabel Löfgren e Patricia Gouvêa, Juliana Gontijo, Luis Arnaldo, Marcelo Armani, Nydia Negromonte, Ricardo Burgarelli, Ricardo Homen, Lorena D’arc, Renata Cruz, Rodrigo Arruda, Pedro Neves, Eduardo Hargreaves. Já o Edital de Fotografia da FCS contemplou, desde sua primeira edição, trabalhos dos artistas Daniel Antônio, Letícia Lampert, Luiza Baldan, Nelton Pellenz, Tiago Aguiar, Coletivo Família de Rua, Victor Galvão e Élcio Miazaki, Julia Baumfield e Bruno Barreto.

Fundação Clóvis Salgado

Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS. 

A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia. de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.

Serviço
Inscrições para 4º Prêmio Décio Noviello de Artes Visuais e Fotografia
Inscrições: www.palaciodasartes.com.br ou neste link
Período: 18 de agosto de 2023 13 de outubro de 2023
Editais: Artes Visuais
              Fotografia
Informações para o público: (31) 3236-7400 | www.fcs.mg.gov.br

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Mostra de filmes, exposições, espetáculos musicais e teatrais compõem a programação do Circuito Liberdade, que integrará a 8ª edição do Noturno dos Museus, prevista para acontecer nesta sexta-feira (14). A iniciativa propõe a extensão do horário de funcionamento de diversos espaços culturais da cidade, convidando o público a conhecer mais sobre esses lugares.

A Fundação Clóvis Salgado, que integra a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG), trará vasta programação cultural. No Cine Humberto Mauro e no jardim interno do Palácio das Artes, acontecerá uma maratona de cinema das 18h do dia 14 até às 4h da manhã de sábado (15/07) com a mostra “De Volta para o Futuro”. No Palácio das Artes, a exposição “Arte Cibernética” também poderá ser visitada até às 23h.

O CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais, na avenida Afonso Pena, ficará aberto até às 21h30 para receber o público para a exposição “Outros Outros”. Na Avenida João Pinheiro, o Museu Mineiro ficará de portas abertas até às 22h, com entrada gratuita. Além de conhecer o casarão do final do século XIX, os visitantes terão a chance de apreciar o acervo do Museu Mineiro, formado por objetos que documentam períodos distintos da cultura mineira. Dentre eles ressaltam-se peças de arte sacra, mobiliário, pinturas, esculturas, utensílios domésticos e instrumentos de trabalho.

Na Praça da Liberdade, o Espaço Cultural da Escola de Design da UEMG funcionará até às 21h. O público poderá conferir a exposição “Bernardo Figueiredo: designer e arquiteto brasileiro”, além de dois dos filmes “Palácio dos Arcos” e “Fabricando a Poltrona MiIlhazes”, produzidos pela Casa 5, produtora de Angela Figueiredo.

O Memorial Minas Gerais Vale terá programação variada. O público poderá ver as exposições Retro/ativa, de Eder Santos, Simbiogêneses, de Tuane Eggers, e Corpos Sem Filtro: narrativas visuais de mulheres com deficiência, de Fatine Oliveira. Haverá ainda um show da MC Kainná Tawá, às 19h30, com entrada gratuita, mas sujeito à lotação.

O Circuito Liberdade ainda está presente no Noturno nos Museus através da Casa Fiat de Cultura, Espaço do Conhecimento UFMG, Centro Cultural Unimed BH Minas, CCBB e MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal. A programação completa do Circuito pode ser conferida abaixo. Para acessar os eventos de todas as instituições participantes, clique aqui.

Sobre o Noturno nos Museus

O Noturno nos Museus é um projeto criado pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria e Fundação Municipal de Cultura. Durante o Noturno, a experiência com as atividades culturais ampliam as relações do público com esses espaços, criando vínculos com os visitantes.

Neste ano, o projeto integra as celebrações dos 80 anos do Conjunto Moderno da Pampulha, com exposições e programações culturais nos museus localizados na região. Conta também com o Circuito Portinari, especialmente criado para a data, em homenagem ao artista Cândido Portinari, que destacará obras icônicas do artista presentes na Pampulha e também na Regional Centro-Sul.

A noite do dia 14 de julho será dedicada também à comemoração dos 80 anos do Museu Histórico Abílio Barreto – MHAB. Inaugurado em fevereiro de 1943, o museu celebra com a abertura da exposição “Belo Horizonte: Fora dos Planos”, que revisita o acervo e apresenta para o público obras e documentos importantes para a história da cidade como a planta topográfica original de Belo Horizonte, concebida pela Comissão Construtora da Nova Capital, em 1859.

Palácio da Liberdade 

Horário: 18h às 21h30
Atividade: Visitação ao Palácio da Liberdade

Museu Mineiro

Horário: Até 22h
Atividade: Visitação ao Museu Mineiro 

Palácio das Artes

Horário: Das 18h do dia 14/07 às 04h do dia 15/07
Atividade: Maratona das Décadas Sessões de cinema, dentro da mostra "De Volta para o Futuro"
Local: Cine Humberto Mauro e Jardim Interno do Palácio das Artes

Horário: 12h até 23h
Atividade: Exposição “Arte Cibernética”
Local: Galerias Mari’Stella Tristão, Genesco Murta e Arlinda Corrêa Lima

CâmeraSete 

Horário: Até 21h30
Atividade: Exposição “Outros Outros”

Espaço Cultural da Escola de Design da UEMG 

Horário: Das 19h30 às 21h
Atividade: Exibição dos filmes "Palácio dos Arcos" e "Fabricando a Poltrona MiIlhazes"
Entrada: Retirada de ingressos gratuita pelo link https://www.sympla.com.br/cinevista-eced---noturno-nos-museus__2070064

Memorial Minas Gerais Vale

Horário: 19h30
Atividade: Show da MC Kainná Tawá
Classificação etária: 16 anos

Horário: Até 22h
Atividade: Exposição “Retro/ativa”, de Eder Santos, com curadoria de Gustavo Carvalho.

Horário: Até 22h
Atividade: Exposição “Simbiogêneses”, de Tuane Eggers, com curadoria de Eugênio Sávio

Horário: Até 22h
Atividade: Exposição “Corpos Sem Filtro: narrativas visuais de mulheres com deficiência”, de Fatine Oliveira

Centro Cultural Unimed-BH Minas

Horário: 20h
Atividade: Espetáculo teatral “Os orixás”, do Giramundo Teatro de Bonecos
Ingressos: R$ 30 (inteira)
Classificação: Livre (sugestão de 5 anos)

Horário: 21h20
Local: Sala 2
Atividade: Exibição do filme “A praga”
Diretor: Pedro Junqueira, Matheus Sundfeld, Luis Claudio Bonacura, Cédric Fanti, José Mojica Marins
Classificação: 16 anos

Horário: Das 19h às 21h
Local: Sala Multimeios 1
Atividade: Palestra “A biblioteca e a cidade - Se uma garota, numa biblioteca...”
Palestrante: Ana Elisa Ribeiro
Mediadora: Pâmela Machado

Horário: Até 21h
Atividade: Exposição “Olhar Desmedido - Fotografias de Rui Cézar”
Curadoria: Paulo Rossi

Horário: Até 21h
Atividade: Visita mediada à exposição de longa duração “Minas Tênis Clube: várias histórias”

Espaço do Conhecimento UFMG

Horário: 19h
Atividade: Oficina de stop motion “Animação!”
Número de vagas: Até 15 participantes
Local: 2° andar (Sala de Oficinas) - Espaço do Conhecimento UFMG
Público: A partir de 6 anos

Horário: Das 19h às 20h45
Atividade: Observação noturna no Terraço Astronômico
Local: 5° andar
Número de vagas: 105 senhas

Horário: 18h
Atividade: Sessão de Planetário comentada “O Céu de Belo Horizonte”
Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)

Horário: 19h
Atividade: Sessão de Planetário “O Segredo do Foguete de Papelão”
Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)

Horário: 20h
Atividade: Sessão de Planetário “Dois Pedacinhos de Vidro”
Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)

Horário: Das 10h às 21h
Atividade: Exposição “Mundos Indígenas”
Local: 2° andar

Horário: Das 10h às 21h
Atividade: Exposição “Demasiado Humano”

MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal

Horário: 18h
Atividade: Exposição “Modernos Eternos”

Horário: 18h
Atividade: Exposição “Tudo é Jazz”

Horário: 19h
Atividade: Show Clara Dias

Casa Fiat de Cultura

Horário: Das 19h às 20h
Atividade: Performance “Onde você se senta”, com Rejane Faria
Inscrições gratuitas pela Sympla

Horário: Das 20h às 21h
Atividade: Ateliê Aberto Especial “Tudo começa com um traço”

Horário: Das 20h às 21h30
Atividade: Passeio temático “Circuito Portinari - painel Civilização Mineira”

Horário: Das 10h às 22h
Atividade: Exposição“Pioneiros do Design Brasileiro - Cadeiras Modernistas na Casa Fiat de Cultura”

Horário: Das 10h às 22h
Atividade: Exposição “Fístula”

CCBB

Horário: 18h
Atividade: Apresentação da exposição “Portinari Imensos”

Horário: 18h
Atividade: Visita mediada à exposição “Portinari Raros”

Horário: 18h
Atividade: Visita teatralizada ao CCBB

Horário: 18h
Atividade: Circuito Portinari eixo centro CCBB, Casa Fiat e PIC-Cidade

Horário: 18h
Atividade: Exposição “Portinari Raros”

Horário: 18h
Atividade: Exposição “Walter Firmo: o verbo do silêncio a síntese do grito”

Horário: 19h
Atividade: Espetáculo musical “SALVADOR Anoiteceu e é Carnaval”

Horário: 20:30h
Atividade:  Exibição do espetáculo teatral “Jorge Pra Sempre Verão”

OSMG Ligia Amadio Credito Paulo Lacerda

A Fundação Clóvis Salgado apresenta mais um espetáculo da série "Concertos no Parque". A segunda apresentação desta temporada leva de forma inédita a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG) ao Parque Ecológico da Pampulha. O evento é gratuito e acontece no próximo domingo (27/8), às 10h30. Com regência de Ligia Amadio, maestra titular da OSMG, a apresentação traz a união da música popular e erudita e tem como convidado o grupo mineiro Cobra Coral.

A ideia por trás do concerto é a fusão de dois estilos musicais aparentemente distintos. A combinação entre a OSMG e artistas contemporâneos da música brasileira dá outra dimensão às canções populares. A conexão de instrumentos, como violinos, violas, violoncelos, flautas, oboés, clarinetes, trompetes, trombones, com guitarra, baixo, e bateria trazem ainda mais riqueza para as harmonias, melodias e os ritmos das canções populares.

Com uma década de banda, o Cobra Coral vai levar para o concerto um repertório que perpassa diferentes momentos da carreira do trio. Dentre as músicas estão E o que for já éCasa Aberta e Quadros Modernos, composta por Toninho Horta, Murilo Antunes e Flávio Henrique, um dos fundadores do grupo e que faleceu em 2018.

Concertos no Parque

Essa é a segunda de uma série de apresentações desta temporada que ocorrerão em outros espaços de Belo Horizonte, fora das cercanias dos tracionais concertos que acontecem no Parque Municipal Américo Renné Giannetti. O objetivo é levar a música orquestrada a outros parques e espaços abertos ao longo do segundo semestre deste ano para expandir ainda mais o público e levar cada vez mais pessoas os concertos gratuitos. Uma característica do Concertos no Parque é ser um espetáculo leve, mais informal, em que a regente conversa com o público, fala sobre o repertório e aproxima os presentes ainda mais da música erudita.

O Concerto no Parque é realizado pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, pela Fundação Clóvis Salgado e Circuito Liberdade. Tem correalização da APPA – Arte e Cultura. Tem como mantenedor a Cemig e o Instituto Cultural Vale, e como patrocinador máster a ArcellorMittal. Conta com patrocínio da Usiminas e Copasa e apoio da AngloGold Ashanti, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (PRONAC 211261). A série Concertos no Parque é produzida pela Pólobh.

Programa

1) Faísca na medula – Kadu Vianna / Murilo Antunes

2) Luz do sol / Lindeza – Caetano Veloso

3) Qualquer palavra – Kadu Vianna/Pedro Morais/Magno Mello

4) Quadros Modernos – Toninho Horta/Flávio Henrique/Murilo Antunes

5) Canção da minha vida – Pedro Morais/Magno Mello

6) Cigana – Flávio Henrique/Brisa Marques

7) Encontros e despedidas – Milton Nascimento/Fernando Brant

8) Força estranha – Caetano Veloso

9) E o que for já é – Pedro Morais/Kadu Vianna/Magno Mello

10) Casa aberta – Flávio Henrique e Chico Amaral

11) Dom de iludir – Caetano Veloso

12) Cobra Coral – Caetano Veloso/Wally Salomão

13) Manha – Flávio Henrique/Kadu Vianna/Mariana Nunes/Pedro Morais

14) Sob o Sol – Flávio Henrique/Pedro Morais

15) Esquecimento – Samuel Rosa

16) Capullito de Aleli – Rafael Hernández

17) Lança perfume – Rita Lee e Roberto de Carvalho

18)Nada será como antes - Milton Nascimento / Ronaldo Bastos

Cobra Coral

Formado em 2021, o grupo Cobra Coral segue com os 3 integrantes da formação original, após a perda de Flávio Henrique - renomado compositor, produtor musical e fundador do então quarteto. A soma dos timbres completamente diferentes, em ricos arranjos vocais é o grande diferencial do conjunto, que tem dois discos lançados ("Cobra Coral" - 2012 e "Pra cada um ser o que é" - 2015), além de um show com repertório de músicas de Caetano Veloso, montado em homenagem aos 75 anos do artista.

Em 2018, o grupo fez duas apresentações junto com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, no projeto Sinfônica POP, com grande teatro do Palácio das Artes completamente lotado. O grupo recebeu grandes nomes da música brasileira como convidados que participaram em suas apresentações, entre eles, Milton Nascimento, João Donato e Ed Mota, além de dividir o palco com outros nomes de destaque como Toninho Horta, Boca Livre, Renato Braz, Cláudio Nucci, Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, Túlio Mourão e Wagner Tiso.

Tiveram a honra e privilégio de abrir o show de João Bosco em quatro eventos e momentos diferentes, sendo o último em dezembro de 2019 e o primeiro, bem no início da carreira do grupo, fato que rendeu matéria de capa no caderno de cultura do jornal Estado de Minas e a admiração do mestre registrada no encarte do primeiro disco num belo texto de apresentação. Enquanto preparam um novo projeto, seguem circulando os shows de repertório autoral ou o que interpretam o mestre Caetano Veloso.

Ligia Amadio

Ligia Amadio é uma das mais destacadas regentes brasileiras da atualidade. Notabilizou-se internacionalmente por sua reconhecida exigência artística, seu carisma e suas vibrantes performances. Sua atuação estende-se pela América, Europa e Ásia. Dentre os prêmios que recebeu, podem ser destacados: Concurso Internacional de Tóquio (1997), II Concurso Latino-Americano em Santiago do Chile (1998), APCA (2001), Prêmio Carlos Gomes (2012), Ordem de Rio Branco (2018) e Prêmio Alumni USP (2022).

Ligia Amadio atuou como regente titular e diretora artística das seguintes orquestras: no Uruguai, da Filarmônica de Montevidéu; na Colômbia, da Filarmônica de Bogotá; na Argentina, da Filarmônica de Mendoza e da Sinfônica da Universidade Nacional de Cuyo; no Brasil, da Orquestra Sinfônica Nacional, da Sinfônica de Campinas e da OSUSP. Ligia lidera o Movimento Mulheres Regentes, que realizou três Simpósios Internacionais desde 2016, e organiza neste momento sua 4ª edição, que terá lugar em Buenos Aires. Sua discografia reúne 11 CDs e 5 DVDs. Completou graduação na POLI-USP e na UNICAMP, possui mestrado na UNICAMP e doutorado na UNESP. Sua formação também inclui os mais importantes cursos internacionais de regência orquestral nos seguintes países: Áustria, Holanda, Hungria, Itália, República Tcheca, Rússia e Venezuela. Ligia Amadio é a atual regente titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais.

Orquestra Sinfônica de Minas Gerais

Considerada uma das mais ativas do país, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais cumpre o papel de difusora da música erudita, diversificando sua atuação em óperas, balés, concertos e apresentações ao ar livre. Criada em 1976, foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais.

Participa da política de difusão da música sinfônica promovida pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, a partir da realização dos projetos Concertos da Liberdade – Sinfônica ao Meio-dia e Sinfônica em Concerto –, Concertos nos Parques, Concertos Comentados, Sinfônica Pop, além de integrar as temporadas de óperas realizadas pela FCS. Mantém permanente aprimoramento da sua performance executando repertório que abrange todos os períodos da música sinfônica, além de grandes sucessos da música popular.  Ligia Amadio é a sua atual regente titular.

Serviço
“Concertos no Parque | Viva Ópera”
Data: 27/08/2023
Horário: 10h30
Local: Parque Ecológico da Pampulha - Av. Otacílio Negrão de Lima, 6061, Pampulha, Belo Horizonte/MG
Classificação Indicativa: Livre
Informações para o público: (31) 3236-7400
Entrada gratuita

Foto: Paulo Lacerda

Governador Romeu Zema na Secult 2023 Foto Gil Leonardi

As principais ações desenvolvidas pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), para fomentar a cultura e atrair mais turistas, foram apresentadas ao governador Romeu Zema, na tarde desta terça-feira (11/7), na Cidade Administrativa. O secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, destacou o trabalho para consolidar a descentralização dos recursos e estimular a promoção dos destinos turísticos de Minas Gerais dentre as prioridades da pasta.

São iniciativas que sustentam o primeiro eixo: o Projeto de Lei Descentra Cultura (PL 2.976/2021), que visa ampliar a distribuição dos recursos para o fomento à cultura para mais regiões e realizadores do estado; capacitações nos municípios de Minas Gerais, a fim de viabilizar os repasses para todo o território mineiro dos investimentos disponíveis, a partir dos mecanismo de fomento, como as leis Paulo Gustavo, Aldir Blanc e Estadual de Incentivo à Cultura; a criação de editais, por meio do Fundo Estadual de Cultura, para corrigir distorções e garantir que detentores de saberes, mestres da cultura popular e tradicional, como congadeiros e reinadeiros, tenham recursos para proteger e salvaguardar suas tradições, dentre outras. 

No eixo das ações para o turismo foi abordado principalmente o fortalecimento do hub aéreo de Belo Horizonte, com a inauguração de novos voos diretos, sendo o mais recente para Curaçao no Caribe, em junho deste ano. Em março, também foram anunciados voos para Bogotá, na Colômbia, e Fort Lauderdale, nos Estados Unidos (EUA). Além dessas rotas, está previsto o lançamento de mais dois destinos internacionais neste ano: Orlando, nos EUA, e Santiago, no Chile.      

Dados que reforçam o impacto das políticas públicas empreendidas pelo Governo de Minas também foram detalhados. Minas Gerais registrou a maior variação no volume das atividades turísticas em 2023, em comparação com 2022, e desponta como o estado brasileiro com maior crescimento nesse setor. De acordo com o Índice de Atividades Turísticas (Iatur), apurado pelo IBGE, a variação mineira foi de 24,3%, ficando 13,2 pontos percentuais acima da média nacional (11,1%). A receita nominal cresceu em 34,9%, também superando a média brasileira, que ficou em 30,1% no período analisado.

De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o setor turístico gerou 5.644 novos empregos no estado no 1º quadrimestre deste ano. A cultura, por sua vez, gerou 7.992 empregos no mesmo período. Juntos, os setores empregam mais de 731.962 pessoas formalmente em Minas Gerais.

Também foram apresentadas propostas de criação de novas rotas turísticas e de dois novos programas que serão lançados em coletiva de imprensa no sábado (15/7), na véspera do Dia de Minas Gerais, que será comemorado no próximo domingo (16/7).

Após a reunião, o governador Romeu Zema conversou com os servidores da Secult e sublinhou a importância do papel de cada um na conquista desses resultados. 

“Quando comparamos com 2022, fica visível o crescimento que estamos tendo em Minas Gerais. Quero deixar claro meu reconhecimento e meu agradecimento a toda essa equipe que tem contribuído muito para que esses dois setores - turismo e cultura, que geram tantos empregos e movimentam tanto a economia - estejam caminhando para uma recuperação muito acima da média do Brasil, algo que todos nós estamos acompanhando com entusiasmo”, pontuou o governador.

O secretário Leônidas Oliveira também agradeceu o empenho da equipe da pasta, especialmente na reta final do diálogo com os municípios, a fim de estimular o envio dos Plano de Ação, os quais são essenciais para garantir o repasse dos recursos previstos pela Lei Paulo Gustavo. 

“Chegamos à marca de 825 municípios inscritos, e isso já superou a nossa meta inicial. Isso é reflexo do trabalho de toda a equipe que se empenhou, ligando, inclusive, para cada um dos municípios ainda não inscritos, oferecendo o suporte necessário para que eles não deixassem de encaminhar seus Planos de Ação”, frisou Oliveira. 

Conforme os números mais recentes divulgados pelo Ministério da Cultura, atualmente Minas Gerais possui 835 municípios que já submeteram os documentos requisitados na plataforma TransfereGov. O prazo para envio dos Planos de Ação para viabilizar o repasse dos recursos da Lei Paulo Gustavo pelo governo federal aos municípios se encerra nesta terça-feira (11), às 23h59.

Gil Leonardi / Imprensa MGGil Leonardi / Imprensa MG

Noite Mineira dos Museus e Bibliotecas Leo Bicalho

Os equipamentos culturais de Minas Gerais que querem participar da próxima edição da Noite Mineira dos Museus e Bibliotecas, que acontecerá dia 14 de setembro, já podem inscrever suas atividades. O cadastro é gratuito e deve ser feito até esta quarta-feira (23), através do formulário online disponibilizado pela Superintendência de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade (SBMEC), que integra a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult/MG).

Após o fim das inscrições, a Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas e a Diretoria de Museus produzirão o Guia da Programação. A divulgação está prevista para 4 de setembro e será feita por meio do site da Secult.

A realização das atividades ficará sob a responsabilidade das próprias bibliotecas e museus que as inscrever, bem como a viabilização para seu desenvolvimento. Espera-se que as ações promovidas sejam abertas a um público amplo e diverso, e que possam ser usufruídas por todos, a depender da classificação indicativa da atração que deverá ser definida e explicitada pela instituição que a promoverá.

A ação é um convite para que bibliotecas públicas e comunitárias e museus públicos e privados de Minas Gerais ampliem o horário de funcionamento uma vez ao mês. Dessa forma, o público terá a oportunidade, no período noturno, de participar de exposições, saraus literários, clubes de leitura, encontros com escritores/as, oficinas de arte, exibições de vídeos, instalações culturais, shows, apresentações de dança, espetáculos teatrais, realização de empréstimo de livros, dentre outras atrações.

A mais recente edição aconteceu no dia 10 de agosto. Foram mais de 40 atividades em quase 30 municípios, o que atraiu centenas de pessoas para desfrutarem de espaços culturais diversos durante a noite. Para a Superintendente de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade (SBMEC), Célia Iglesias Ramos, a terceira edição será ainda maior.

“O sucesso da primeira noite é um prenúncio do que está por vir nas próximas. É com grande entusiasmo que convidamos todas as cidades do Estado de Minas Gerais a se juntarem a nós na edição de setembro. É uma oportunidade ímpar para as cidades se unirem e destacarem seus próprios tesouros culturais, abrindo suas portas e corações para os amantes da arte, da história e do conhecimento”, convocou Célia Ramos.

Serviço
Inscrições: formulário online gratuito
Informações: Sistema de Museus - (31) 99791-3923
                        Sistema de Bibliotecas - (31) 98489-2113

Foto: Leo Bicalho

Mostra Humerto Mauro

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG), por meio da Fundação Clóvis Salgado (FCS), realiza, até o próximo dia 25, a 23ª edição do Curta Circuito. Em 2023, a Mostra de Cinema, dirigida por Daniela Fernandes, leva novamente a programação completa para o Cine Humberto Mauro e volta a apresentar sessões espaçadas, realizadas quinzenalmente.

Com o tema Amores Brasileiros, o Curta exibirá sete longas-metragens, clássicos do cinema nacional, que abordam o amor em suas mais diversas interpretações. A programação conta com sete sessões quinzenais, às terças-feiras, no horário de 19h30 e bate-papo após as exibições. Os ingressos são distribuídos gratuitamente, 30 minutos antes de cada exibição.

Este ano, a curadoria da mostra selecionou sete exemplares clássicos do cinema nacional produzidos entre as décadas de 1970 e 2010. O amplo recorte apresenta um retrato cinematográfico do Brasil de diferentes épocas – com suas formas distintas e, por vezes, similares – de representar o amor na tela, remetendo a temática desta edição “Amores Brasileiros”. A ideia é estimular o debate sobre as diversas formas de amar, sobre questões sociais e comportamentais, retratando, neste processo, a evolução da própria sociedade e do cinema brasileiro.

Com 23 anos dedicados ao cinema nacional – sua divulgação, preservação e memória –, o amor à produção brasileira sempre foi o combustível principal para a realização do Curta Circuito. “Quando escolhemos falar de amor, principalmente nesse contexto de retomada pós-pandemia, estamos falando não só de nós ou do que se vê na tela, mas também sobre quem a assiste, o público, sobre a importância de demonstrar amor pela produção cinematográfica nacional indo ao cinema”, enfatiza Daniela Fernandes, diretora da Mostra.

Integrante da equipe de críticos do 23º Curta Circuito, a pesquisadora e professora Eliska Altmann ressalta a importância do tema desta edição: “que a temática da 23a edição da Mostra Curta Circuito seja visionária num Brasil que renasce em 2023. E que o amor – para além de uma “afeição profunda por uma pessoa” – nos guie, revolucionariamente, em direção a uma “sociedade amorosa”. Em outras palavras, que o niilismo da cultura contemporânea do desamor seja transmutado pelo amor como ação e construção ética”, finaliza.

Bate-papo

Após as exibições, o Curta realiza um bate-papo com a plateia, críticos e integrantes dos filmes, criando um ambiente ainda mais propício à reflexão sobre o cinema nacional. Na sessão de estreia, no dia 16, os convidados falarão sobre o último lançamento do diretor Walter Hugo Khouri, grande nome do nosso cinema. “As feras”, que foi filmado em 1995, mas só chegou aos cinemas em 2001, traz no elenco Nuno Leal Maia, Lúcia Veríssimo, Monique Lafond e Cláudia Liz, que estará present no bate-papo. Esse conteúdo é gravado e disponibilizado posteriormente no YouTube da mostra.

Trago seu amor em sete filmes 

Como não poderia deixar de ser, o cenário temático – já característico das sessões do Curta Circuito – irá movimentar a entrada do Cine Humberto Mauro. Com o propósito de interagir com o público dentro do tema desta edição, Amores Brasileiros, será montada uma tenda de tarô, para leitura gratuita de cartas. A ação será realizada trinta minutos antes de cada sessão, com atendimento restrito e por ordem de chegada, exclusivamente para o público da Mostra. É uma maneira descontraída e irreverente de disponibilizar para o público um panorama completo do amor, na sala de cinema e na vida real. A sorte está lançada!

Críticos

Daniel Salomão Roque: Historiador e jornalista. Escreve para a BBC News, e passou também pela revista VICE e Ponte Jornalismo. Atualmente, prepara um livro sobre a história do banditismo urbano no Brasil. 

Marcelo Carrard: Jornalista graduado pela PUC/RS, crítico de cinema com Mestrado em Comunicação e Semiótica pela PUC de São Paulo.

Maria Trika: Cineasta, artista plástica, atriz, curadora e crítica de cinema. Já realizou diversos filmes, vídeo artes, exposições, performances e filmes instalativos como diretora, roteirista, atriz e diretora de arte.

Maria Caú: Professora, pesquisadora e crítica de cinema (filiada à Abraccine). Formada em Cinema pela UFF e Doutora em Ciência da Literatura pela UFRJ, é uma das editoras do site Criticos.com.br e trabalha como especialista em conteúdo audiovisual.

Fernando Oriente: Mestre em comunicação/audiovisual/cinema. É crítico, professor e pesquisador de cinema, editor e crítico do site de cinema Tudo Vai Bem e colaborador de diversas revistas.

Ailton Monteiro: Mestre em literatura comparada pela Universidade Federal do Ceará e é filiado à Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema e à Aceccine – Associação Cearense de Críticos de Cinema. Mantém o blog Diário de um Cinéfilo desde 2002.

Eliska Altmann: Pesquisadora e professora do Departamento de Sociologia do IFCS/UFRJ. Autora do livro “O Brasil imaginado na América Latina: a crítica de filmes de Glauber Rocha e Walter Salles” – Contra Capa/Faperj, 2010. Idealizadora do projeto CineCríticos: www.cinecriticos.com.br.

O Curta Circuito

A mostra exibe filmes nacionais, clássicos e atuais, sempre com entrada franca. Desde sua criação, em 2001, até hoje reuniu um público de mais de 92 mil pessoas, que estiveram presentes nas mais de cinco mil sessões apresentadas. O Curta Circuito é dirigido por Daniela Fernandes, da Le Petit Comunicação Visual e Editorial. É referência em Minas e no Brasil como ação de formação qualificada de público, espaço de reflexão e debates sobre a cultura audiovisual e todos os aspectos que a envolvem, sejam técnicos, narrativos, estéticos, culturais e políticos.

O Curta Circuito já atuou em 18 cidades dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Pará e atualmente está presente em Belo Horizonte – onde tem como “sede” de suas exibições o Cine Humberto Mauro – e nos municípios mineiros de Montes Claros e Araçuaí. Já passaram pelo projeto convidados como Nelson Pereira dos Santos, Zé do Caixão, Sidney Magal, Othon Bastos, Antônio Pitanga, Nelson Xavier, Darlene Glória entre outros. O Curta Circuito atua também na preservação e memória do cinema brasileiro, trabalhando na restauração de filmes, em parceria com a Cinemateca do MAM-RJ. A iniciativa recebeu Mention do D’Hounner em Milão, em 2013, pela restauração do filme “Tostão, a fera de Ouro”, da década de 1970.

Serviço
Data: Sessões quinzenais, sempre às terças-feiras
Horário: 19h30
Local: Cine Humberto Mauro (Palácio das Artes) – Av. Afonso Pena, 1.537, Centro – Belo Horizonte
Ingresso: Gratuito
Informações: 3236-7400

 

APM Preservação do Patrimônio

O Arquivo Público Mineiro (APM) começou a executar o projeto “Arquivo Público Mineiro: Preservação do Patrimônio”, realizado por meio de convênio com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), assinado em março. O programa visa aumentar a segurança de documentos históricos guardados pela instituição, por meio de ações como a aquisição e instalação de equipamentos de proteção, reparo e digitalização de documentos, ampliação da capacidade de armazenamento de imagens, entre outras.

Já foram realizadas as ações de contratação de equipe capacitada para a execução do projeto; diagnóstico, higienização e restauro dos documentos; microfilmagem e preparação para acesso informatizado de parte do acervo; manutenção corretiva de equipamentos utilizados na conservação do acervo e microfilmagem; e compra de materiais e equipamentos para suporte ao projeto.

Nesta primeira fase também estão previstas tarefas como a sinalização das áreas monitoradas pelo Circuito Fechado de TV (CFTV), a elaboração de planilha de dados para controle e monitoramento do acervo trabalhado e a guarda digital em hardware atualizado e seguro. Em um segundo momento, será concluída a reformatação das obras por meio de microfilmagem e digitalização.

O planejamento dá maior destaque ao Fundo Presidência da Província (PP), parte do acervo que reúne 2.188 caixas com cerca de 700 mil páginas. O objetivo é ampliar o acesso à informação para o público, além de evitar o manuseio desnecessário dos originais, aumentando a integridade dos documentos. A expectativa é de que o projeto seja concluído em 16 meses.

Para execução dos trabalhos, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) vai repassar R$ 454.650, recurso proveniente de medidas compensatórias ambientais. O autor do projeto é a Associação Cultural do Arquivo Público Mineiro (ACAPM), que inscreveu a proposta por meio do Semente, plataforma desenvolvida pelo MPMG para garantir segurança jurídica e transparência na destinação das verbas recebidas.

A iniciativa atende à Recomendação Conjunta do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e da Coordenadoria das Promotorias de Justiça de Proteção do Patrimônio Cultural (CPPC), elaborada para orientar diretrizes no sentido de eliminar riscos à preservação do acervo.

A realização das atividades do projeto poderá ser acompanhada por meio das redes sociais do Arquivo Público Mineiro (@arquivopublicomg) e através do site www.arquivopublico.mg.gov.br.

Arquivo Público Mineiro

O APM guarda, desde 1895, documentos manuscritos, impressos, mapas, fotografias e filmes que registram mais de 300 anos de história com acervos certificados pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade. São documentos de guarda permanente, fonte para pesquisa histórica e com valor para a garantia de direitos cujo acesso pela internet se encontra comprometido em razão da obsolescência de seu sistema informatizado.

Em 2022, através do projeto “Arquivo Público Mineiro: Patrimônio Protegido” – também proposto pela ACAPM –, foram implantadas melhorias na segurança das edificações que compõem o APM. Entre elas estiveram instalação do Circuito Fechado de TV, manutenção das portas corta-fogo, instalação de telas de proteção e manutenção do portão da garagem.

Associação Cultural do Arquivo Público Mineiro 

Fundada em 1995, a Associação Cultural do Arquivo Público Mineiro (ACAPM) é uma entidade civil, sem fins lucrativos e de caráter cultural criada com o propósito de apoiar o Arquivo Público Mineiro no desenvolvimento de projetos culturais, na dinamização de seus programas e nas atividades técnicas.

Importante parceira do APM, a ACAPM tem papel fundamental na captação de recursos e administração de projetos desenvolvidos no Arquivo por meio de agências de fomento, entidades governamentais e sociedade civil.

Os projetos e atividades da Associação estão estruturados nas seguintes linhas de atuação: elaboração e gerenciamento de projetos; apoio à capacitação técnica; desenvolvimento de projetos de pesquisa histórica e conservação de acervos documentais; e apoio às atividades do APM.

Plataforma Semente

Por meio de parceria entre o Centro Mineiro de Alianças Intersetoriais – CeMAIS e Ministério Público de Minas Gerais, a plataforma Semente subsidia os promotores de justiça na seleção de projetos de relevância socioambiental apresentados por instituições do terceiro setor, iniciativa privada e poder público, com a utilização de uma plataforma virtual com amplo acesso em todo o estado.

A plataforma potencializa a transparência dos resultados alcançados e dos recursos utilizados, de modo que a comunidade envolvida possa acompanhar os resultados.

Mostra Perplexa Convite

No próximo sábado (15/07), a partir das 10h, o Museu Mineiro recebe a Mostra Perplexa, com curadoria do artista Marco Paulo Rolla. A programação conta com 11 performances e convida o circuito artístico de Belo Horizonte para o lançamento do livro da MIP4 (Manifestação Internacional de Performance).

Na edição 2023, os alunos da disciplina de Performance da Escola Guignard - Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG) expõem suas pesquisas. Na ocasião, o Centro de Experimentação e Informação de Arte (CEIA) lança o livro que traz uma reflexão sobre a situação inesperada de, pela condição pandêmica, ter sido levado a promover um evento de performance em formato virtual. Além dos textos reflexivos, o livro apresenta os registros em vídeo e fotografia das performances apresentadas em vários estados do Brasil e no exterior. O lançamento será acompanhado de uma roda de conversa com os artistas envolvidos e com a comunidade acadêmica da Escola Guignard. 

Programação 

10h às 11h - Mesa Redonda e Lançamento do livro da MIP4 Manifestação Internacional de Performance;

11h às 12h – Performance “Resposta Derretida”, de Marina Mascarenhas;

11h30 às 12h30 – Performance “Pele barroca”, de Vânia Barbosa;

13h30 às 14h30 – Performance “Desfoca”, de Ciça Nogueira;

14h às 17h – Performance “Saudade”, de Gus Rocha;

15h às 18h – Performance “Nem tudo que azedo, doce”, de Julia Maria;

15h30 às 16h30 – Performance “Tempo de espera“, de Natália Rajão;

16h30 às 18h – Performance “Acúmulo”, de Henrique Leite;

18h às 19h – Performance “Pressão”, de Karoline Stephanie;

18h30 às 18h50 – Performance “Clarividência” Gabriel Pinto.

Vídeo-performances 

- “Gessal”, de Danielle Monteiro (Duração: 10 min);

- "O tempo destrói tudo", de Paula Raia (Duração: 10 min).

Museu Mineiro

Localizado na Avenida João Pinheiro, corredor de acesso à Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, o Museu Mineiro está instalado em um edifício eclético construído em fins do século XIX pela Comissão Construtora da Nova Capital. Tendo sido construída para servir de residência para o Secretário da Agricultura, a edificação serviu de sede para o Senado Mineiro, foi a Pagadoria Geral do Estado até se tornar a sede do Museu Mineiro.

Inaugurado em 1982, o Museu Mineiro reúne em seu acervo um conjunto bastante diversificado de objetos referentes à história e à produção cultural e artística mineiras. Nas salas de exposição são exibidas obras de artistas consagrados, tais como: Manoel da Costa Ataíde, Yara Tupynambá, Amílcar de Castro, Jeanne Milde, Inimá de Paula, Lótus Lobo, Celso Renato, Sara Ávila, Guignard, Maria Helena Andrés, Di Cavalcanti etc.

Atualmente, o Museu exibe a exposição de longa duração “Minas das Artes, Histórias Gerais”, onde o visitante tem a oportunidade de conhecer uma vasta coleção de arte sacra, datada dos séculos XVIII e XIX, além de preciosidades do acervo, como a bandeira da Inconfidência Mineira, os manuscritos originais da obra “Tutaméia” de Guimarães Rosa, o retrato de Aleijadinho e a coleção de santos de devoção popular.

O Museu Mineiro é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. Trabalhando em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas.

Serviço
Mostra Perplexa
Data: 15 de julho de 2023
Horário: das 10h às 19h
Local: Museu Mineiro – Av. João Pinheiro, 342, Centro – Belo Horizonte
Funcionamento: Terça a sexta, das 12h às 19h | Sábado e Domingo, das 11h às 17h

I Seminário de Segurança e Turismo Foto 13 região e 38 batalhão abre

Na última quarta-feira (16), São João del-Rei foi palco do I Seminário de Segurança e Turismo promovido em Minas Gerais. Com público de mais de 300 pessoas, o evento reuniu autoridades, associações, gestores de diversas Instâncias de Governança Regionais (IGRs) e membros da sociedade civil, que debateram e traçaram estratégias para garantir a segurança voltada para as atividades turísticas, bem como a proteção do patrimônio histórico e cultural. A realização foi do Governo de Minas Gerais, por meio da 13ª Região da Polícia Militar e da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, com organização do 38º Batalhão da PMMG.

O subsecretário de Turismo de Minas Gerais, Sérgio de Paula e Silva Júnior, participou desta iniciativa inédita e reforçou sobre o papel da segurança no crescimento do turismo mineiro. “Sermos o estado mais seguro do país sem dúvida ajudou a colocar Minas Gerais na frente dos demais estados brasileiros no aumento da atividade turística. O turista sabe que está seguro aqui. E precisamos garantir que visitantes e moradores tenham cada vez mais esta certeza para ampliarmos as atividades do setor”, afirmou.

Os debates tiveram início ainda pela manhã. Após a abertura oficial do evento, os participantes puderem assistir à palestra “Proteção Jurídica do Patrimônio Cultural”, apresentada pelo promotor de justiça Dr. Marcelo Azevedo Maffra, que pertence à Coordenadoria de patrimônio Cultural. O dia seguiu com diversas outras conversas, ministradas por professores de turismo, autoridades da PMMG, profissionais da Secult e da Secretaria de Cultura e Turismo de São João del-Rei-MG.

Na avaliação do subsecretário, o evento alcançou o objetivo de sensibilizar a parcela da sociedade ligada ao turismo sobre a necessidade de ações para melhorar o setor. “Com o seminário, ampliamos a discussão sobre o aperfeiçoamento da prestação dos serviços de segurança nos municípios que exploram as atividades de turismo. Isso possibilita uma visão integrada do setor, o que refletirá na consolidação de um turismo de qualidade”, defendeu Sérgio de Paula.

Além do subsecretário de Turismo da Secult, participaram o Superintendente de Políticas do Turismo de Gastronomia, Petterson Tonini; a assessora da Superintendência de Políticas do Turismo de Gastronomia, Michele Andrade; o comandante da 13ª Região da RPM, Coronel Floriano; o comandante do 38º Batalhão da PM, Tenente Coronel Henrique; o subcomandante do 38º Batalhão da PM, Major Saulo; e os promotores de justiça Marcelo Azevedo Maffra e Marcos Paulo de Souza Miranda. Também estiveram presentes as Instâncias de Governança Regionais Trilha dos Inconfidentes, Ouro e Villas e Fazendas de Minas, juntamente com representantes dos municípios que as integram.

I Seminário de Segurança e Turismo Foto 13 região e 38 batalhão

Foto: 13ª RPM/38º BPM

Rigoletto Photo by Netun Lima 1536x1024

Uma coletânea de óperas que marcaram o repertório mundial reunidas em um único espetáculo. A próxima montagem operística da Fundação Clóvis Salgado, equipamento da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, traz trechos do repertório considerado de referência na música erudita com a realização do “Viva Ópera: espetáculo dos clássicos operísticos”. A estreia será no dia 20 de julho (quinta-feira), às 20h30, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, e faz parte da Temporada Lírica da instituição.

No programa, trechos de nove das consideradas mais importantes óperas italianas. O espetáculo vai levar ao público, dentre outras peças, “La Traviata”, “Aida” e “Rigoletto”, de Giuseppe Verdi, “Madama Butterfly”, de Giacomo Puccini e “O Barbeiro de Sevilha”, de Gioachino Rossini. Com concepção e direção cênica do renomado argentino Pablo Maritano, responsável por realizar o trabalho “L’italiana in Algeri”, de Rossini, indicado ao Prêmio ACE, e direção musical e regência da maestra Ligia Amadio, regente titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, a encenação segue em cartaz nos dias 21 e 22 de julho, também às 20h30, e em 23 de julho (domingo), às 19h.

Os ingressos custam R$40 (inteira – Plateia I), R$30 (inteira – Plateia II) e R$20 (inteira – Plateia superior). As entradas podem ser adquiridas no site da Eventim ou presencialmente, na bilheteria do Palácio das Artes. A classificação da apresentação é livre.

Integram o elenco, ao lado da Orquestra Sinfônica e Coral Lírico de Minas Gerais, cantores solistas e bailarinos do Centro de Formação Artística e Tecnológica – Cefart: Eiko Senda (Soprano), Lucas Damasceno (Tenor), Michel de Souza (Barítono), Ludmila Bauernfeldt (Soprano), Estefania Cap (Mezzosoprano), Melina Peixoto (Soprano), Fellipe Oliveira (Baixo-Barítono), André Fernando (Barítono), Tereza Cançado (Mezzosoprano), Márcio Bocca (Tenor) e Filipe Santos (Barítono).

Para Sérgio Rodrigo Reis, presidente da Fundação Clóvis Salgado, o “Viva Ópera: espetáculo dos clássicos operísticos” revela a diversidade, a vitalidade e generosidade do repertório para ópera e que encontra na FCS a vocação e a capacidade de realização, com ampla receptividade dos públicos.  “Com o ”Viva Ópera”, o Palácio das Artes revela sua capacidade artística, musical, de canto, dança e de seus acervos de cenários e figurinos. Além disso, evidencia a pujança operacional do seu Centro Técnico de Produção. O espetáculo, múltiplo nas apresentações, montagens e reproduções de momentos expressivos do repertório operístico mundial, apresenta trechos de óperas já realizadas pela FCS, que sempre são acolhidas generosamente pelos nossos públicos”, comenta Sérgio.

O “Viva Ópera: espetáculo dos clássicos operísticos” é realizado pelo Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, pela Fundação Clóvis Salgado, Circuito Liberdade e Ministério da Cultura e correalizada pela APPA – Arte e Cultura. Tem como mantenedores a Cemig e o Instituto Cultural Vale, como patrocinador máster ArcellorMittal e patrocínio da Usiminas e Copasa e apoio da AngloGold Ashanti, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Conta ainda com o apoio da Rede Minas e Rádio Inconfidência.

Serviço

Datas: 20, 21 e 22 de julho, às 20h30 | 23 de julho, às 19h

Local: Grande Teatro Cemig Palácio das Artes – Av. Afonso Pena, 1.537, Centro – Belo Horizonte

Duração: 1h30

Ingressos: R$40 (inteira – Plateia I), R$30 (inteira – Plateia II), R$20 (inteira – Plateia superior)

Funcionamento da bilheteria: Segunda a sábado, das 12h às 21h | Domingo, das 17h às 20h

Informações: (31) 3236-7400

Foto: Paulo Lacerda

Congado 7 esta

O edital de fomento à cultura para premiar congadeiros, reinadeiros e irmandades de Minas foi prorrogado até a próxima quarta-feira (23/8). A iniciativa, realizada pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), vai destinar R$ 352.133,45. Serão contemplados projetos que contribuam para a transmissão de conhecimento de detentores, mestras e mestres dos saberes de Congados Mineiros, bem como a realização de celebrações, festividades, festas populares, circulação de grupos e coletivos, ações de fortalecimento em rede, dentre outras ações que estimulem a preservação e a salvaguarda dos congados e reinados mineiros.

Serão premiados 20 inscritos, que receberão R$ 17.606,67 (valor bruto) cada. O modelo do edital é premiação a pessoas físicas. Por esse caminho, congadeiros, reinadeiros e irmandades poderão ser premiados por sua tradição, desburocratizando o acesso aos recursos do Fundo Estadual de Cultura (FEC). A seleção será feita segundo critérios como conceito, conteúdo, viabilidade de execução, capacidade técnica, transmissão geracional, regionalização, democratização do acesso, acessibilidade e presença de ações afirmativas, entre outros.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, afirma que o edital faz parte do compromisso da Secretaria na valorização das tradições afro-mineiras. “Os congados, reinados e irmandades são de vital importância na cultura mineira. O Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) já catalogou quase 800 Reinados e Congados em 263 municípios. 

“Tivemos as inscrições do edital Afromineiridades, com R$ 3 milhões para mestras, mestres e detentores de saberes de expressões culturais afro-mineiras. Agora, com o mais este edital do Fundo Estadual de Cultura, ampliamos ainda mais o acesso aos recursos para essas pessoas e grupos que compõem aspectos fundamentais da nossa mineiridade”, declarou Leônidas.

A proposta inovadora será custeada por meio de emenda parlamentar da Deputada Andréia de Jesus, que também é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A parlamentar implementou parceria com a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult).
“A Secult acatou a nossa proposta, que é inédita no Estado. Fortalecer esses grupos é muito importante, pois esses ternos exercem importante função identitária dentro e fora das guardas, a importância da resistência e o empoderamento da cultura afro-brasileira. Os Congados divulgam a cultura negra, que é um dos pilares do povo brasileiro, ademais transitam pela cultura oral, cultura local, identidade e patrimônio, demonstrando que é mais que uma festa, ele é resgate, educação, empoderamento”, explica Andréia de Jesus.

Inscrições e requisitos

As inscrições permanecerão até às 23h59 do dia 23 de agosto, por meio da Plataforma Digital Fomento e Incentivo à Cultura. Cada pessoa só poderá inscrever um projeto, que deverá prever atividades de forma presencial. Antes de realizar a inscrição, é necessário que o proponente seja cadastrado e aprovado na plataforma online.

Para participar da seleção, quem propõe o projeto precisa ser maior de 18 anos, morar em Minas Gerais, ter experiência da realização de atividades culturais há mais um ano, ser diretamente responsável pela execução do projeto e ser classificada como pessoa detentora, mestra ou mestre de Congados mineiros. Para efeito do edital, os indivíduos classificam-se da seguinte maneira:

Mestras e Mestres: pessoas físicas, de grande experiência e conhecimento dos saberes, fazeres e expressões culturais populares e tradicionais, reconhecidos pela comunidade onde vivem e atuam, com longa permanência na atividade desempenhada e dotadas da capacidade de transmissão dos conhecimentos artísticos e culturais.

Detentor: Denominação dada às pessoas que integram comunidades, grupos, segmentos e coletividades que possuem relação direta com a dinâmica de produção e reprodução de determinado bem cultural imaterial e/ou de seus bens culturais associados, para as quais a prática cultural possui valor referencial por ser expressão da história e da vida de uma comunidade ou grupo, de seu modo de ver e interpretar o mundo, ou seja, sua parte constituinte da memória e identidade. Os detentores possuem conhecimentos específicos sobre esses bens culturais e são os principais responsáveis pela sua transmissão para as futuras gerações, pela continuidade da prática e dos valores simbólicos a ela associados ao longo do tempo.

Já os requisitos para o projeto são: ser considerado de interesse público; ter caráter prioritariamente cultural; visar à valorização, à promoção e à proteção do patrimônio cultural mineiro, bem como a livre criação, divulgação, produção, pesquisa, experimentação, capacitação e fruição artístico cultural; contribuir para a garantia do pleno exercício dos direitos culturais e de democratização do acesso aos bens e serviços culturais; visar à promoção do desenvolvimento cultural regional; e conceber a cultura como lugar de reafirmação e diálogo entre as diferentes identidades culturais e como fator de desenvolvimento humano, econômico e social.

Processo seletivo

A avaliação será feita pela Comissão Paritária Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura de Minas Gerais (Copefic), que avaliará os projetos de acordo com os critérios técnicos e de fomento. Os critérios técnicos somam 30 pontos e compreendem conceito e conteúdo do projeto; viabilidade de execução do projeto; e capacidade técnica relativa à ação proposta.

Os critérios de fomento, por sua vez, valem 70 pontos. Eles estão distribuídos entre os seguintes aspectos: democratização do acesso e acessibilidade; regionalização e Interiorização - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e número de habitantes); contribuição da atuação para continuidade e transmissão geracional; ações afirmativas e protagonismo.

O editalO edital está disponível na íntegra do site da Secult-MG. O documento foi elaborado com base nas técnicas de linguagem simples, direito visual e design editorial, sob orientação do Laboratório de Inovação em Governo (LAB.mg).A mudança na apresentação foi feita para garantir uma maior clareza das informações, mais rapidez na navegação pelo documento e leitura mais agradável. Com isso, o Governo de Minas espera melhorar a compreensão do que é necessário para um bom projeto e facilitar o acesso a esta política pública de fomento cultural.

Foto: Consuelo de Abreu

Artes Canto de reza CAP Noticia Secult

A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG), por meio do Centro de Arte Popular, inaugura, na próxima terça-feira (18/07), a exposição temporária “Canto de Reza”, que exibe a coleção de oratórios do colecionador Dênio Cassini. A mostra, que já esteve em exibição no Museu Casa Guimarães Rosa, em Cordisburgo, fica em cartaz até 20 de agosto, com entrada gratuita. A curadoria é de Fabiano Lopes de Paula.

Os oratórios são como pequenos templos domésticos, servindo de abrigo para santos e santas e para a prática religiosa das orações. Pequena “Casa de Deus” junto ao devoto na intimidade de seu lar, em um canto especial para as preces, os oratórios são importante parte da renovação diária da fé que permanece em companhia do fiel ao longo de sua caminhada.

Objeto reservado, sagrado e particular, os oratórios ganham importantes significados pela sua simbologia e configuração. A coleção que compõe a mostra foi reunida ao longo dos anos pelo olhar do colecionador Dênio Cassini, sendo composta por peças que mostram a variedade e a criatividade de seus artificies. De natureza singular e de caráter popular, trata-se de criações de artistas mineiros e baianos, manufaturados a partir do século XVIII e principalmente dos séculos XIX e XX. 

O oratório representa a “Casa de Deus” dentro de casa. A fé é parte deste cenário, com sua aura portadora de mistérios a iluminar os caminhos dos fieis com sua crença, aproximando-os do divino em busca de seus milagres. A exposição “Canto de Reza” se faz como uma “Casa” movida pela fé e a esperança, carregada de histórias. Histórias de fé, de dentro de casa, de uma fé que povoa o imaginário de artistas populares e faz brotar verdadeiras obras de arte de suas mãos.

Centro de Arte Popular

Localizado nas adjacências da Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, o Centro de Arte Popular foi inaugurado em 19 de março de 2012 e exibe ao público a riqueza da cultura produzida pelos artistas populares de Minas Gerais. A instituição tem por objetivo divulgar a pluralidade e a diversidade cultural mineira, dinamizando a produção, o consumo e a fruição artística, além de atuar como poderoso agente de inclusão social.

O acervo do CAP é composto por objetos confeccionados em madeira, cerâmica, tecido, fibras naturais, pedras, além de outros suportes e linguagens. A originalidade e a criatividade do artista popular mineiro estão ao alcance dos olhos dos visitantes, assim como o domínio do fazer artístico sobre as matérias-primas proporcionadas pela natureza.

Produzida de forma espontânea, sem determinação direta dos circuitos acadêmicos de transmissão de saberes e geralmente oriunda dos estratos populares da sociedade, a arte popular revela autonomia e capacidade de subversão em relação aos cânones ditados pelo saber erudito, a despeito do constante fluxo e das trocas que permeiam essas instâncias.

A instituição conta com um programa de ação educativa permanente e produz exposições temporárias, oficinas e eventos diversos relacionados às diversas expressões da arte criadas pelo homem ao longo dos tempos no território que corresponde ao Estado de Minas Gerais.

O Centro de Arte Popular é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. Trabalhando em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas.

Serviço
Exposição temporária “Canto de Reza”
Curadoria: Fabiano Lopes de Paula
Coleção de: Dênio Cassini
Abertura: 18 de julho de 2023
Horário: 19h
Período de realização: 18 de julho a 20 de agosto de 2023
Local: Sala de Exposições Temporárias do Centro de Arte Popular
Endereço: Rua Gonçalves Dias, 1608 - Lourdes - BH/MG. CEP: 30140-092
Horário de Funcionamento: Terça a Sexta-Feira 12h às 19h| Sábados, Domingos e Feriados 11h às 17h.
Facebook: www.facebook.com/centrodeartepopular.mg
Instagram: www.instagram.com/centrodeartepopular

queijo credito fazendarocagrande

“Tivemos um julho histórico”, exalta o produtor rural e empresário Hugo Faria Leite, que recebe turistas em sua fazenda localizada em São Roque de Minas, na região da Serra da Canastra. Cerca de 50% do queijo produzido por ele é comercializado no próprio local, onde os visitantes podem degustar e conhecer todas as etapas de produção do alimento, que é candidato a patrimônio da humanidade pela Unesco.

“Nós recebemos mais de 3 mil pessoas em nossa fazenda, em julho, vivendo a experiência do queijo artesanal da Canastra”, comemora Leite, que disse já retomar os índices pré-pandemia.

O relato do fazendeiro vem se somando aos de outros produtores mineiros, gestores municipais e membros do trade turístico que identificam, na prática, o que os números mais recentes têm revelado sobre o crescimento da atividade turística em Minas Gerais. O estado tem conquistado posição de liderança no cenário brasileiro, obtendo o maior volume de atividades turísticas, além de registrar crescimento superior a 720% em relação à média nacional.

De acordo com o IBGE, a variação do volume das atividades turísticas de Minas Gerais, em abril de 2023, correspondeu a 10,1% no comparativo com abril de 2022, enquanto a variação do volume nacional foi de 1,4% no mesmo período.

Gerente executivo da Associação dos Produtores de Queijo Canastra (Aprocan), Higor Freitas ressalta, inclusive, que a expectativa para 2023 é que o fluxo turístico na região da Canastra supere os índices pré-pandêmicos até dezembro.

“O turismo de experiência vem crescendo. Atualmente, recebemos grupos de 30 a 35 pessoas provenientes de outros estados”, pontua Freitas, que identifica no setor um reflexo das ações do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult). “Especialmente no que diz respeito à valorização da Mineiridade, assim como o pleito dos Modos de Produção do Queijo Minas Artesanal a patrimônio da humanidade", acrescenta.

De acordo com o gerente executivo, a promoção de feiras e eventos também tem impulsionado e fortalecido o segmento. "São 70 produtores associados, com uma produção média mensal de 52.500 quilogramas. Diante desse cenário favorável, haverá um incremento na produção nos próximos meses para atender à demanda turística na região”, completa Freitas.

Hotelaria Essa expansão da atividade turística não se limita à Serra da Canastra. Em Poços de Caldas, no Sul de Minas, por exemplo, a ocupação hoteleira chegou a 100% em julho. Conhecida por suas fontes termais, a cidade recebe aproximadamente 1,6 milhões de turistas por ano, e a projeção é de aumento nos próximos meses.

Um dos investimentos mais recentes no setor que poderá contribuir para esse crescimento é o contrato de concessão do Circuito Integrado, formado pelo Complexo Turístico Cristo Redentor (com teleférico e a rampa de voo livre), a Fonte dos Amores, o Recanto Japonês e o Complexo Turístico Véu das Noivas.

O acordo foi firmado em dezembro do ano passado entre a prefeitura de Poços de Caldas e a empresa Circuito Integrado do Turismo de Poços de Caldas. O contrato de R$ 45 milhões, estruturado pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), prevê a geração de 300 empregos no município, sendo 100 diretos, além da arrecadação de R$ 20 milhões em Impostos Sobre Serviços (ISS) durante o período de concessão.

“A concessão do Circuito Integrado representa um ganho enorme para o município. Atualmente, contamos com 11 mil leitos, e a cidade está se preparando para ampliá-los, pois é uma demanda já existente. Esse investimento será um agregador para todo o trade turístico de Poços de Caldas, qualificando melhor a prestação de serviço, ofertando novas opções de lazer para o turista e gerando emprego e renda para a cidade e a região”, ressalta o secretário municipal de Turismo de Poços de Caldas, Israel Souza Pinheiro.pocosdecaldas credito v

Outra cidade mineira que desponta é Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Listada pelo Ministério do Turismo entre os municípios brasileiros mais bem preparados para receber turistas do país e do exterior, a cidade vem se destacando no ranking nacional nos segmentos do turismo de negócios e eventos.

"O turismo de negócios sempre foi a vocação de Uberlândia, que tem uma localização estratégica e atrativa para o empreendedorismo. Mas nossa cidade também é muito rica culturalmente e historicamente, com diversas manifestações religiosas e tradições gastronômicas, além de espaços para o lazer. Portanto, investimos em políticas de infraestrutura que contemplem o crescimento da nossa cidade e contribuam com a qualidade de vida", explica o prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão.

Polo do agronegócio e um dos principais centros do país com capacidade para receber eventos de grande porte, Uberlândia conta com 3.546 meios de hospedagens e 6.305 leitos, apresentando fluxo turístico doméstico médio anual de 584.716 visitantes, além dos 18.732 provenientes do estrangeiro.

Reconhecida por sediar competições esportivas como o Sul-Americano de Vôlei Feminino, Copa Davis de Tênis, Pré-Olímpico de Vôlei Feminino e a Supercopa de Vôlei (modalidades masculina e feminina), a cidade do Triângulo Mineiro também se consolidou como um importante espaço para shows, recebendo na Arena Sabiazinho apresentações de bandas e artistas de renome nacional e internacional.

Minas tá na moda

Recentemente, Gisele Bündchen, referência internacional de moda, publicou em seu perfil pessoal no Instagram sua experiência no Parque Estadual do Ibitipoca, localizado no município de Lima Duarte, na Zona da Mata. “Que lugar mágico! Estou recarregada e inspirada!”, vibrou a modelo em sua rede social. 

Com paisagens de tirar o fôlego, o parque é o segundo mais visitado em todo o estado, de acordo com o levantamento do Instituto Estadual de Florestas (IEF). Foram 32.513 visitantes entre janeiro e maio deste ano. Somente no primeiro semestre de 2023, mais de 158 mil pessoas visitaram cerca de 17 Parques Estaduais, representando um crescimento de 21% em relação a 2022. 

De acordo com a Pesquisa de Demanda Turística, divulgada no ano passado pelo Observatório do Turismo de Minas Gerais, 33,2% dos visitantes que viajam pelo estado buscam contato com a natureza. No Brasil, Minas Gerais lidera o segmento com 42,4%, à frente de São Paulo e Rio de Janeiro. Ao todo, são 94 unidades de conservação e 42 delas são Parques Estaduais.

O gestor da Instância de Governança Regional Serras de Ibitipoca (IGRs), Marcio Lucinda Lima, avalia que o trabalho desenvolvido pela Secult tem orientado de maneira exemplar os diversos agentes que promovem a atividade turística no estado.

“Com o direcionamento estratégico da Secult, Minas Gerais é um exemplo de construção participativa do turismo no país”, frisou Lima, que também ressaltou a importância da interlocução entre municípios, Secult e Ministério do Turismo. “Isso é necessário para fomentar a criação de Unidades de Conservação da Natureza, desenvolver o turismo no entorno dos Parques Naturais e comunidades turísticas, apoio técnico e institucional são algumas das ações para consolidar e promover o turismo regional. As IGRs ou Circuitos Turísticos também têm um papel fundamental no processo de capilaridade da construção e implementação dessas políticas públicas. Com o trabalho de ponta, orientamos os municípios, identificamos e formatamos produtos, gerando visibilidade regional em todas as 44 regiões turísticas”, conclui. ibitipoca credito marciolucindalima

Crédito das imagens nos nomes dos arquivos

Congado 7 esta

O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), lança o edital de fomento à cultura para premiar congadeiros, reinadeiros e irmandades de Minas. A iniciativa vai destinar R$ 352.133,45. Serão contemplados projetos que contribuam para a transmissão de conhecimento de detentores, mestras e mestres dos saberes de Congados Mineiros, bem como a realização de celebrações, festividades, festas populares, circulação de grupos e coletivos, ações de fortalecimento em rede, dentre outras ações que estimulem a preservação e a salvaguarda dos congados e reinados mineiros.

Serão premiados 20 inscritos, que receberão R$ 17.606,67 (valor bruto) cada. O modelo do edital é premiação a pessoas físicas. Por esse caminho, congadeiros, reinadeiros e irmandades poderão ser premiados por sua tradição, desburocratizando o acesso aos recursos do Fundo Estadual de Cultura (FEC). A seleção será feita segundo critérios como conceito, conteúdo, viabilidade de execução, capacidade técnica, transmissão geracional, regionalização, democratização do acesso, acessibilidade e presença de ações afirmativas, entre outros.

O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, afirma que o edital faz parte do compromisso da Secretaria na valorização das tradições afro-mineiras. “Os congados, reinados e irmandades são de vital importância na cultura mineira. O Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) já catalogou quase 800 Reinados e Congados em 263 municípios. Acabamos de encerrar as inscrições do edital Afromineiridades, com R$ 3 milhões para mestras, mestres e detentores de saberes de expressões culturais afro-mineiras. Agora, com o mais este edital do Fundo Estadual de Cultura, ampliamos ainda mais o acesso aos recursos para essas pessoas e grupos que compõem aspectos fundamentais da nossa mineiridade”, declarou Leônidas.

A proposta inovadora será custeada por meio de emenda parlamentar da Deputada Andréia de Jesus, que também é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A parlamentar implementou parceria com a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult).

“A Secult acatou a nossa proposta, que é inédita no Estado. Fortalecer esses grupos é muito importante, pois esses ternos exercem importante função identitária dentro e fora das guardas, a importância da resistência e o empoderamento da cultura afro-brasileira. Os Congados divulgam a cultura negra, que é um dos pilares do povo brasileiro, ademais transitam pela cultura oral, cultura local, identidade e patrimônio, demonstrando que é mais que uma festa, ele é resgate, educação, empoderamento”, explica Andréia de Jesus.

Inscrições e requisitos

As inscrições serão abertas na próxima segunda-feira (17/07), e permanecerão até às 23h59 do dia 18 de agosto, por meio da Plataforma Digital Fomento e Incentivo à Cultura. Cada pessoa só poderá inscrever um projeto, que deverá prever atividades de forma presencial. Antes de realizar a inscrição, é necessário que o proponente seja cadastrado e aprovado na plataforma online.

Para participar da seleção, quem propõe o projeto precisa ser maior de 18 anos, morar em Minas Gerais, ter experiência da realização de atividades culturais há mais um ano, ser diretamente responsável pela execução do projeto e ser classificada como pessoa detentora, mestra ou mestre de Congados mineiros. Para efeito do edital, os indivíduos classificam-se da seguinte maneira:

Mestras e Mestres: pessoas físicas, de grande experiência e conhecimento dos saberes, fazeres e expressões culturais populares e tradicionais, reconhecidos pela comunidade onde vivem e atuam, com longa permanência na atividade desempenhada e dotadas da capacidade de transmissão dos conhecimentos artísticos e culturais.

Detentor: Denominação dada às pessoas que integram comunidades, grupos, segmentos e coletividades que possuem relação direta com a dinâmica de produção e reprodução de determinado bem cultural imaterial e/ou de seus bens culturais associados, para as quais a prática cultural possui valor referencial por ser expressão da história e da vida de uma comunidade ou grupo, de seu modo de ver e interpretar o mundo, ou seja, sua parte constituinte da memória e identidade. Os detentores possuem conhecimentos específicos sobre esses bens culturais e são os principais responsáveis pela sua transmissão para as futuras gerações, pela continuidade da prática e dos valores simbólicos a ela associados ao longo do tempo.

Já os requisitos para o projeto são: ser considerado de interesse público; ter caráter prioritariamente cultural; visar à valorização, à promoção e à proteção do patrimônio cultural mineiro, bem como a livre criação, divulgação, produção, pesquisa, experimentação, capacitação e fruição artístico cultural; contribuir para a garantia do pleno exercício dos direitos culturais e de democratização do acesso aos bens e serviços culturais; visar à promoção do desenvolvimento cultural regional; e conceber a cultura como lugar de reafirmação e diálogo entre as diferentes identidades culturais e como fator de desenvolvimento humano, econômico e social.

Processo seletivo

A avaliação será feita pela Comissão Paritária Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura de Minas Gerais (Copefic), que avaliará os projetos de acordo com os critérios técnicos e de fomento. Os critérios técnicos somam 30 pontos e compreendem conceito e conteúdo do projeto; viabilidade de execução do projeto; e capacidade técnica relativa à ação proposta.

Os critérios de fomento, por sua vez, valem 70 pontos. Eles estão distribuídos entre os seguintes aspectos: democratização do acesso e acessibilidade; regionalização e Interiorização - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e número de habitantes); contribuição da atuação para continuidade e transmissão geracional; ações afirmativas e protagonismo.

O edital

O edital está disponível na íntegra do site da Secult-MG. O documento foi elaborado com base nas técnicas de linguagem simples, direito visual e design editorial, sob orientação do Laboratório de Inovação em Governo (LAB.mg).

A mudança na apresentação foi feita para garantir uma maior clareza das informações, mais rapidez na navegação pelo documento e leitura mais agradável. Com isso, o Governo de Minas espera melhorar a compreensão do que é necessário para um bom projeto e facilitar o acesso a esta política pública de fomento cultural.

Foto: Consuelo de Abreu

AINDA QUE DURA VISTAS e1689700961553 768x605

A PQNA Galeria Pedro Moraleida, no Palácio das Artes, exibe, até 3 de setembro, a exposição AINDA QUE DURA, com trabalhos dos artistas mineiros Aruan Mattos e Flavia Regaldo. A seleção de obras apresenta um olhar direcionado para a paisagem de Belo Horizonte, ressaltando a relação histórica da cidade com suas montanhas, pedreiras, morros e serras. A entrada é gratuita, e a exposição poderá ser visitada de terça a sábado, das 09h30 às 21h, e nos domingos, entre as 17h e as 21h. 

Tendo como base uma pesquisa iniciada no ano de 2019, e que parte da matéria mineral, o trabalho dos artistas apresenta três linhas de pesquisa relacionadas a três cinturões da cidade: A Avenida do Contorno, traçado fundamental da cidade planejada; as pedreiras originárias, de onde se extraiu a matéria-prima da nova capital; e as serras que circundam Belo Horizonte – em constante mutação pela expansão da cidade e o aumento no número de edifícios – tendo a Serra do Curral como a borda mais imponente. 

O Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam a exposição Ainda que Dura. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm como mantenedores Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal, Patrocínio da Usiminas e da Vivo e Correalização da APPA – Arte e Cultura.

AINDA QUE DURA estabelece, por meio de diversas séries de gravuras e serigrafias, o histórico de tensões naturais, sociais e políticas que acompanham a cidade de Belo Horizonte. Em imagens de conteúdo gráfico intenso, as obras combinam conceitos de arquitetura e design para estabelecer um panorama da demografia urbana e uma reflexão acerca das modificações pelas quais a cidade tem passado.

Aruan Mattos, um dos artistas responsáveis pelos trabalhos, afirma que “as obras nasceram de um desejo conjunto de entender as pedreiras que alimentaram Belo Horizonte, para compreender o processo de construção da cidade”. Os visitantes da exposição poderão conferir, neste contexto, uma série de gravuras monotípicas – nome dado à impressão em prova única, em suportes como vidro ou acrílico – relacionada à potência das pedras que formaram a capital do estado. 

Outro trabalho significativo são as vistas, elaboradas a partir da ida dos artistas a todas as ruas dentro do perímetro da Avenida do Contorno. Produzidas por meio do processo de serigrafia, as obras procuram mapear, partindo das vias que compõe a cidade, todos os pontos em que as serras (do Curral e da Piedade) podem ser observadas por quem está no interior do traçado original do município – geralmente nas frestas entre as edificações da cidade. 

O trabalho dos artistas também abarcou os marcos topográficos – chapas de bronze entalhadas – inseridos nas proximidades das 5 pedreiras relacionadas. A partir das coordenadas destes pontos, traçou-se o desenho do polígono para, em seguida, se encontrar o centro deste. Na nova marcação foi instalado um sexto marco, indicando o primeiro centro geográfico da capital segundo a perspectiva das pedreiras.

Aruan Mattos destaca que a presença da exposição na PQNA Galeria Pedro Moraleida é muito significativa. “A Avenida Afonso Pena faz um eixo muito importante entre dois pontos limites da cidade. Um é a rodoviária, esse portal através do qual se é transportado para fora da cidade, e o outro é a Serra do Curral, que remonta à própria história de Curral del Rei. Então essa exposição tinha que estar aqui. É quase como uma extensão da obra ela estar na PQNA Galeria, porque traz uma camada a mais. E a PQNA Galeria também tem uma conversa com o Jardim Interno, muito simbólico por trazer essa questão das janelas, molduras e vistas. Foi um encontro maravilhoso”, celebra.

Aruan Mattos

Belo-horizontino, nasceu em 1985, cursou Artes Plásticas na Escola Guignard – UEMG, é bacharel em Design Gráfico pela Universidade FUMEC e formou-se no curso técnico de Marcenaria Maciça pelo SENAI. Desenvolve seu trabalho principalmente em Belo Horizonte. Desde 2014 participa da organização e curadoria da Residência Artística Mutuca – RAM. Participou de Residências Artísticas e exposições dentro e fora do Brasil. Entre outros, foi ganhador da Bolsa Funarte de Estímulo à Produção em Artes Visuais (edição 2012).

Flavia Regaldo

Formada em Comunicação e Mídia pela Goldsmiths College, Universidade de Londres, com especialização prática em fotografia e produção de documentário. Cursou também disciplinas no curso Disciplinas das Artes, Música e Espetáculo (DAMS) da Universidade de Bologna.

Atualmente cursa Artes Plásticas na Escola Guignard – UEMG. Trabalhou em diversas instituições relacionadas a vídeo e cinema em Londres, assim como produtora artística responsável pela montagem de novas exposições no Centro de Arte Contemporânea INHOTIM. Desde 2014 participa da organização e curadoria da Residência Artística Mutuca – RAM. Como artista visual participou de diversas exposições e residências artísticas. Entre outros, recebeu a Bolsa Funarte de Estímulo à Produção em Artes Visuais (edição 2012).

Serviço
Período da exposição: até 3 de setembro
Local: PQNA Galeria Pedro Moraleida – Palácio das Artes
Endereço: Av. Afonso Pena, 1537, Centro – Belo Horizonte
Horário: De terça a sábado, das 9h30 às 21h | Domingo, das 17h às 21h
Informações: (31) 3236-7400

Entrada gratuita. Classificação Livre

Faop edital OSC

O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG) e da Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop), lançou edital de chamamento público para Organizações da Sociedade Civil (OSCs) que queiram celebrar acordo de cooperação com a fundação. O objetivo é selecionar entidades que apresentem proposta para a execução de projetos que se enquadrem em áreas artístico-culturais afins às atividades promovidas pela Faop, ou projetos aprovados e respectivamente publicados no Diário Oficial e em Leis de Incentivo à Cultura (Federal, Estadual e Municipal).

As OSCs podem encaminhar propostas até 11 de agosto, por meio do Sistema Eletrônico de Informações – SEI, do Governo do Estado, conforme o formulário de inscrição presente no edital. A comissão de seleção realizará a análise da documentação entre os dias 16 e 18 de agosto, divulgando o resultado preliminar no dia 21. O resultado final está previsto para 31 de agosto.

As áreas artístico-culturais relacionadas a Faop são as seguintes: artes visuais, incluindo artes plásticas, fotografia, artes gráficas, audiovisual; música e dança; conservação e restauração do Patrimônio Cultural; e educação e ensino cultural-artístico. O acordo de cooperação terá vigência de 12 meses, podendo ser prorrogado posteriormente, por meio de termo aditivo.

As entidades selecionadas realizarão atividades como promover a programação artística e cultural da Faop, contemplando a totalidade das ações programadas; estabelecer parcerias com a sociedade civil, de modo a ampliar o número de potenciais parceiros da fundação; garantir a ocupação dos espaços culturais da instituição; ampliar as possibilidades de atuação da Faop; e fomentar as políticas públicas de cultura no Estado de Minas Gerais.

Serviço
Inscrições: De 11/07 até 11/08
Edital: aqui

Bye bye brasil 1 768x512

Sessenta anos de Brasil pelas lentes de uma das produtoras mais importantes do país. É com esta proposta que o Cine Humberto Mauro recebe, até a próxima quinta-feira (24/8), a mostra “LC Barreto – 60 Anos Filmando o Brasil”. Fundada em 7 de maio de 1963, a LC Barreto já lançou mais de 150 filmes, e é responsável por clássicos da cinematografia nacional, como Vidas Secas (1963), Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976), O Beijo no Asfalto (1981) e O Que é Isso, Companheiro? (1997).

A programação conta com sessões online e presenciais, com alguns filmes exibidos em película e convidados especiais, como Lucy Barreto, uma das responsáveis pela produtora, além de pesquisadores, realizadores e especialistas que participarão de debates e discussões. As sessões são gratuitas, com retirada de ingresso a partir de 1 hora antes da exibição, e têm classificação variável, de acordo com cada filme.

O conjunto de trabalho da LC Barreto é caracterizado pela qualidade técnica e artística, pela diversidade de temas e pela busca por retratar o Brasil de forma autêntica. São 60 anos filmando o país, suas histórias, e suas peculiaridades. A mostra surge como uma oportunidade de o público ver, ou rever, na tela do cinema, alguns exemplares do legado desta importante produtora. 

“LC Barreto – 60 Anos Filmando o Brasil” conta com uma seleção plural de filmes, que representam diferentes fases da companhia, desde suas primeiras obras até produções mais recentes. As sessões são também uma oportunidade para discutir a importância do cinema nacional e o papel da LC Barreto na construção da cinematografia do país. A produtora foi fundamental no movimento Cinema Novo, que transformou o cinema brasileiro na década de 1960.

Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam a mostra “LC Barreto – 60 Anos Filmando o Brasil”. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm como mantenedores Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Master da ArcelorMittal, Patrocínio da Usiminas e Correalização da APPA – Arte e Cultura.

Trajetória que se confunde com a História do Cinema Brasileiro

Mesmo passando boa parte de sua carreira na função de produtor, o cearense Luiz Carlos Barreto também é lembrado pela direção de fotografia do filme Vidas Secas, dirigido por Nelson Pereira dos Santos e que divide com a produtora LC Barreto o aniversário de 60 anos em 2023.

O trabalho de Luiz Carlos Barreto na produção e cinematografia desta obra é celebrado até hoje por ter revolucionado o estilo fotográfico dos filmes brasileiros. Adaptação do clássico homônimo de Graciliano Ramos e um marco do Cinema Novo, a trama aborda a história de Fabiano e sua família, que partem pelo sertão em busca de uma vida melhor. 

Desde esse primeiro filme, a LC Barreto tem se consolidado no mercado cinematográfico brasileiro e alcançado sucesso mundial. Vitor Miranda, Gerente do Cine Humberto Mauro, destaca a importância e singularidade da companhia. “A LC Barreto é, sem dúvida, uma das principais produtoras do país, além de uma das que está há mais tempo em atividade. Isso é algo louvável no cinema brasileiro, que já passou por muitas fases diferentes de esquemas de produção.

A LC Barreto tem uma carreira que vem dos anos 1960, com filmes do Cinema Novo, produções junto à Embrafilme, além de obras que estão dentro da chamada Retomada do Cinema Brasileiro, na segunda metade dos anos 90, e atualmente é uma presença muito forte em filmes de comédia, com atores e atrizes muito conhecidos. É uma trajetória pouco antes vista no cinema brasileiro, principalmente levando em consideração que se trata de uma família”, ressalta.

Nos bastidores da produtora

Além de Luiz Carlos Barreto, que dá nome à companhia, a LC Barreto contou, ao longo dos anos, com a participação de diversos outros membros da família, especialmente de Lucy Barreto, sua companheira de trabalho e de vida. Hoje internacionalmente consagrada, a mineira de Uberlândia já produziu 30 longas-metragens e 15 curtas, ao longo de uma trajetória cinematográfica iniciada nos sets de Vidas Secas.

Paula Barreto, filha de Luiz Carlos e Lucy, também é outra parceria criativa muito recorrente. Já os dois filhos do casal se tornaram diretores bem-sucedidos. Nesta função, Fábio Barreto – falecido recentemente – deixou obras importantes para a História do Cinema Brasileiro, como o drama de época O Quatrilho (1995), primeiro filme da produtora indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, em 1996.

A segunda indicação viria apenas dois anos depois, com O Que é Isso, Companheiro?, realizado por Bruno Barreto, responsável também por obras como O Beijo No Asfalto, além do estrondoso sucesso comercial Dona Flor e Seus Dois Maridos. Diversos outros diretores muito consagrados também trabalharam nos filmes da produtora, como Nelson Pereira dos Santos, Marco Altberg, Walter Lima Jr., Joaquim Pedro de Andrade e Cacá Diegues.

O público que comparecer às sessões no Cine Humberto Mauro poderá fazer um mergulho na história da produtora. Dentre os convidados especiais que a mostra irá receber para debates e discussões está a própria Lucy Barreto. Vitor Miranda reafirma a relevância da LC Barreto para o cinema brasileiro, e enfatiza como esta será uma oportunidade de conhecer os detalhes de alguns dos maiores clássicos da cinematografia nacional.

“Foi uma produtora muito versátil, que explorou muitas vertentes, temas e gêneros diferentes, sempre acompanhando o zeitgeist do cinema nacional. Nesses 60 anos, em todas as décadas nós temos filmes marcantes para a História do Cinema Brasileiro, e que foram sucesso, destacando, claro, Dona Flor e Seus Dois Maridos, que é uma das principais bilheterias do nosso cinema. Então é uma produtora que sempre esteve presente no que de maior destaque foi feito no Brasil durante esses 60 anos. Na mostra vamos conseguir fazer essas reflexões, de forma qualitativa, especialmente com a presença da Lucy Barreto, além dos críticos que convidamos para contribuir com a mostra, e também com os comentários que vamos ter aqui”, salienta.

Na superfície dos filmes

Ao todo, seis filmes serão exibidos na mostra em seu formato original, a película 35mm. A projeção de obras neste suporte tem uma importância histórica e conceitual significativa, conectando o público às raízes do cinema, preservando o artesanato cinematográfico e mantendo viva a memória coletiva dos fundamentos da exibição audiovisual.

“Creio que isso agrega muito à experiência do espectador, tanto em termos de qualidade de som e imagem, como também pela imersão na realidade do Brasil daquela época. Presencialmente nós escolhemos muitos dos filmes mais antigos da produtora, porque é um papel do Cine Humberto Mauro resgatar esses cinemas que são pouco vistos e já considerados clássicos”, afirma Vitor Miranda.

Exibições online gratuitas – Valorizando o equilíbrio entre a preservação das tradições cinematográficas e a adoção de novas tecnologias que aprimoram a experiência para um público mais amplo, alguns dos mais marcantes filmes de comédia da produtora serão disponibilizados gratuitamente, de forma virtual, na plataforma online cinehumbertomauroMais.

Serão 12 filmes deste gênero cinematográfico, com o qual a produtora tem muita afinidade, que poderão ser assistidos durante todo o período da mostra, sendo que sete deles serão exibidos exclusivamente por lá.  Vitor Miranda afirma que a diversidade de obras, formatos e pessoas envolvidas na mostra proporcionará um ambiente rico em debates.

“Os espectadores vão conseguir ter essa perspectiva histórica muito clara, tanto nas exibições presenciais quanto nas sessões da plataforma – que vai ter um conjunto especial de filmes, muitos dos quais não serão exibidos presencialmente –, além dos textos que vamos publicar. Acho que vai ser uma oportunidade de construir em conjunto esse pensamento, com o público e nossos convidados, sobre o trabalho desta produtora, que é uma das maiores do Brasil”, reflete.

PROGRAMAÇÃO

17/08 QUI
15h Grupo Corpo 30 Anos – Uma Família Brasileira (Lucy Barreto, Fabio Barreto, Marcelo Santiago, BRA, 2006) | Livre | 1h18
17h HISTÓRIA PERMANENTE DO CINEMA | O Homem Que Desafiou o Diabo (Moacyr Góes, BRA, 2007) | 16 anos | 1h46| Sessão comentada por Ewerton Belico, curador, educador, roteirista e diretor
19h45 O Beijo No Asfalto (Bruno Barreto, BRA, 1981) | 16 anos | 1h20

18/08 SEX
15h O Quatrilho (Fábio Barreto, BRA, 1995) | Livre | 1h53
17h15 Lição de Amor (Eduardo Escorel, BRA, 1975) |Exibição em 35mm | 16 anos | 1h25
19h30 CINEMA E PSICANÁLISE | Ele, o Boto (Walter Lima Jr., BRA, 1987) | Exibição em 35mm | 16 anos | 1h50 | Sessão comentada por Maria de Fátima Ferreira – Psicanalista, membro da Escola Brasileira de Psicanálise e da Associação Mundial de Psicanálise

 19/08 SAB
18h Vidas Secas (Nelson Pereira dos Santos, BRA, 1963) | Livre | 1h43
20h O Que É Isso, Companheiro? (Bruno Barreto, BRA-USA, 1997) | 14 anos | 1h50

20/08 DOM
18h Menino do Rio (Antônio Calmon, BRA, 1982) | 14 anos | 1h44
20h Memórias do Cárcere (Nelson Pereira dos Santos, BRA, 1984) | 14 anos | 3h05

22/08 TER
16h Dona Flor e Seus Dois Maridos (Bruno Barreto, BRA, 1976) | 18 anos | 1h50
18h Romance Da Empregada (Bruno Barreto, BRA, 1988) | 18 anos | 1h30
20h Sonhos e Desejos (Marcelo Santiago, BRA, 2006) | 16 anos | 1h35

23/08 QUA
15h Lição de Amor (Eduardo Escorel, BRA, 1975) |Exibição em 35mm | 16 anos | 1h25
17h Ele, o Boto (Walter Lima Jr.,BRA, 1987) | Exibição em 35mm | 16 anos | 1h50
19h15 Inocência (Walter Lima Jr., BRA, 1983) | Exibição em 35mm | 14 anos | 1h57 

24/08 QUI
16h Garrincha, Alegria do Povo (Joaquim Pedro de Andrade, BRA, 1962) | Livre | 1h
17h30 Isto É Pelé (Eduardo Escorel, Luiz Carlos Barreto, BRA, 1974) | Livre | 1h9
19h30 CINEMA MINEIRO EM CARTAZ | Lutar, Lutar, Lutar (Sérgio Borges, Helvécio Marins Jr., BRA-MG, 2021) | 12 anos | 1h50 | Texto crítico disponível na plataforma CineHumbertoMauroMais

Premio Humberto Mauro

A Fundação Clóvis Salgado e o BDMG Cultural mantêm abertas, até 7 de agosto, as inscrições da concorrência pública para o Prêmio Humberto Mauro – Curtas de Invenção. Criado em 2013, o edital tem por objetivo premiar e estimular o trabalho de profissionais independentes do audiovisual mineiro, por meio do financiamento de curtas inéditos.

Os candidatos devem realizar a inscrição de um curta-metragem inédito e finalizado, contando com uma estrutura mais simplificada de produção, com duração máxima de 15 minutos. Doze curtas-metragens serão premiados com o valor de R$ 12 mil cada. Todos os filmes premiados serão exibidos na plataforma online cineHumbertoMauro/MAIS e na mostra gratuita e presencial no Cine Humberto Mauro, em Belo Horizonte, no início de 2024.

O edital propõe aos realizadores o desafio de pensar um Cinema de Invenção, conforme o conceito estabelecido pelo cineasta Jairo Ferreira (1945 – 2003). O marco do Cinema de Invenção é o pensamento voltado à produção experimental, e, no contexto do Prêmio, surge como um estímulo aos processos criativos cujas propostas estéticas e conceituais utilizem meios de produção de baixo custo, popularizados com o acesso à tecnologia digital.

Para Vitor Miranda, gerente do Cine Humberto Mauro, a mudança do nome da premiação traz um frescor para o edital e reafirma o lugar inovador do cinema realizado pelo realizador mineiro. “Estamos muito felizes em comemorar os 10 anos de realização do edital. Propor a renovação do nome da premiação para homenagear Humberto Mauro, um cineasta inventivo e que trabalhou com curtas metragens no interior de Minas, é mais que uma inspiração para o Prêmio”, pontua.

 “O Prêmio BDMG Cultural / FCS, agora em homenagem ao grande Humberto Mauro, é um prêmio que permite a todos conhecer quão potente é a produção audiovisual em toda Minas Gerais. Potente e diversa! E esse prêmio a curtas de inovação é uma celebração à toda diversidade”, afirma Francisco Roberto Rocha de Carvalho, diretor de projetos do BDMG Cultural.


Inscrições e seleção

Podem concorrer ao Prêmio Humberto Mauro como proponentes apenas profissionais do setor audiovisual residentes em Minas Gerais (pessoas jurídicas, incluindo MEI). As inscrições são gratuitas e devem ser feitas exclusivamente a partir do preenchimento de formulário online, até 7 de agosto. Os proponentes devem anexar ao formulário a documentação solicitada no edital.

A análise e seleção das propostas inscritas serão feitas por uma Comissão de Seleção, composta por Bruna Schelb Corrêa, Mariana Queen Nwabasili e Marcos Pimentel.

O julgamento terá como critérios de avaliação as propostas estéticas e conceituais que utilizem criativamente de meios de produção a baixo custo; a relevância conceitual; a inovação; e o impacto social e cultural. O resultado final está previsto para ser divulgado nos endereços eletrônicos do BDMG Cultural e da FCS até o dia 31 de outubro de 2023.

História do Prêmio

Criado em 2013, o edital é uma parceria entre o BDMG Cultural e a FCS, que visa incentivar a produção audiovisual em Minas Gerais ao oferecer aos realizadores a possibilidade de desenvolver novas propostas estéticas e conceituais que utilizem ferramentas tecnológicas de baixo custo e fácil acesso para sua produção.

A premiação nasceu com o objetivo de complementar o estímulo à cadeia produtiva do audiovisual, com apoio à produção, que se juntou à difusão, promoção e formação já incorporados na atuação do Cine Humberto Mauro e o conjunto de premiações e atividades formativas do BDMG Cultural. Ao longo de sete edições, o edital já reconheceu 60 realizadores mineiros e viabilizou curtas-metragens que foram premiados em festivais nacionais e internacionais.

Homenagem a Humberto Mauro

Considerado pioneiro do cinema brasileiro e latino-americano, o cineasta, diretor e ativista Humberto Mauro (1897-1983) nasceu em Volta Grande – MG. O diretor mineiro começou a carreira no cinema nos anos 1920, no município de Cataguases. Dirigiu 12 longas-metragens e, entre 1936 a 1964, quando trabalhou no Instituto Nacional de Cinema Educativo (INCE), de maneira muito inventiva, realizou mais de 300 documentários sobre a cultura brasileira.

Dentre os filmes dirigidos na instituição estão os curtas da série Brasilianas (a partir de 1945), João de Barro (1956) e Velha a Fiar (1964). Seu último trabalho, e único filme em cores, foi o documentário Carro de Bois (1974). Mauro foi inspiração para o movimento Cinema Novo, nas figuras de cineastas como Glauber Rocha e Nelson Pereira dos Santos.

Serviço
Período de inscrições: Até 7 de agosto
Edital: aqui
Formulário de inscrição: aqui
Informações: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Protocolo Fale Agora Dirceu Aurélio Imprensa MG

Governo de Minas Gerais apresenta iniciativa para combater a violência sexual em estabelecimentos como bares, restaurantes, hotéis e casas noturnas, especialmente aquela cometida contra mulheres nesses espaços de lazer e turismo do estado. 

Para a elaboração do protocolo, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) participou em conjunto com as secretarias de Estado de Saúde (SES-MG), de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e de Educação (SEE/MG), além das polícias Militar (PMMG) e Civil (PCMG), Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) e Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

“Os proprietários e os funcionários desses estabelecimentos estarão sendo devidamente orientados e treinados para que possam prevenir ao ver algo que caracterize esse tipo de ação”, disse o governador Romeu Zema, na noite dessa quarta-feira (16/8), durante promoção do Protocolo Fale Agora, iniciativa da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (Sedese-MG).

O governador mineiro esteve em bares de Belo Horizonte para colar o selo que identifica estabelecimentos que têm funcionários certificados com o curso de orientação do protocolo. “Nosso objetivo é que Minas Gerais seja o estado com a menor taxa desse tipo de crime, que considero hediondo”, alertou Zema.

O Fale Agora foi formatado em três frentes: prevenção contra possíveis agressores para mudar hábitos machistas e misóginos que levam ao assédio e à importunação sexual, e estupros contra mulheres, na maioria dos casos; acolhimento de forma respeitosa das vítimas de todas as configurações de violência sexual; orientação dessa vítima durante todo o atendimento humanizado, em ambiente privativo, onde será informada a rede de atendimento, policial e hospitalar, para possível direcionamento, conforme vontade da pessoa agredida. 

O projeto é baseado no protocolo espanhol No Callamos (não calamos, em português). “Nos inspiramos na prefeitura de Barcelona, mas adequamos o protocolo à realidade brasileira, e uma das orientações é que a vítima tome cuidado com as provas, porque queremos que esses autores sejam devidamente punidos e, muitas vezes, a ausência de provas é um grande problema. Então, é um trabalho completo que vai além de simplesmente prevenir. Esperamos inibir, mas caso ocorra, trabalhamos para que as provas sejam fortes”, explicou o governador de Minas.

A capacitação virtual, formulada pela Subsecretaria de Direitos Humanos (Subdh), será oferecida gratuitamente, por meio de aulas disponíveis na plataforma da Escola de Formação em Direitos Humanos (EFDH), da  Sedese-MG. O curso é dividido em quatro módulos com os seguintes temas: Conceitos Legais Básicos, Sensibilização, Acolhimento e Procedimentos Operacionais Padrão. Em caso de ocorrência de algum crime, os profissionais e os estabelecimentos estarão instruídos de quais autoridades e instituições buscar, como postos de saúde e hospitais prontos para receber vítimas de violência sexual.

Estabelecimentos certificados

Bares, restaurantes, boates, hotéis, shoppings e espaços de eventos, principalmente ambientes noturnos, de grandes aglomerações e circulação de bebidas alcoólicas, podem aderir gratuitamente e receber o Selo do Protocolo Fale Agora. 

A adesão é feita justamente por meio da capacitação de pelo menos 70% dos funcionários e colaboradores, que aprendem conteúdos como legislação e comportamento, entre outros procedimentos. “O protocolo tem o sentido de informar as pessoas, tanto funcionários quanto o público em geral, quem se sentir capaz de acolher e retirar uma mulher de uma situação de vulnerabilidade, e encaminhar a vítima devidamente”, explica a secretária adjunta de Estado de Desenvolvimento Social, Mariana Pimentel. 

Os locais certificados terão cartazes informativos que abordarão a prevenção e o acolhimento, além de sinalizar que a casa está preparada para auxiliar frequentadores caso passem por alguma situação de violência. O Fale Agora foi criado para atender pessoas violentadas sexualmente, maiores de idade, de todos os gêneros. O enfoque em mulheres se dá devido aos dados que demonstram que os casos são majoritariamente cometidos por homens contra mulheres.

Entre outras ações que deverão ser realizadas pelos estabelecimentos está, por exemplo, evitar comportamentos discriminatórios e sexistas. São exemplos a prática de preços de entrada diferenciados para homens e mulheres, normas de vestimenta com diferenciação de gênero, além de uso de imagens ou discursos sexistas que incitem a discriminação e a violência sexual.

O protocolo e as orientações para a adesão estão disponíveis na internet. O acesso pode ser feito pelo link https://bit.ly/45tF35S.

Foto: Dirceu Aurélio / Imprensa MG

Quem ama minas dá 5 estrelas

 Minas Gerais é um destino turístico cinco estrelas. Com milhares de cachoeiras, paisagens de tirar o fôlego, rica cozinha mineira, recentemente reconhecida patrimônio cultural imaterial, além de arte de diferentes períodos históricos possível de ser apreciada a céu aberto, o estado se destaca por reunir todos esses atrativos. 

A fim de atrair mais turistas, aumentando a geração de emprego e renda, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado Cultura e Turismo (Secult-MG), tem realizado a campanha “Quem ama Minas, dá 5 estrelas”. Esta é baseada na divulgação de um vídeo que apresenta as cinco principais estrelas motivadoras da atividade turística em território mineiro: a experiência gastronômica, o turismo de natureza, de aventura, os patrimônios históricos e a arte moderna e contemporânea.

O plano de mídia inclui veiculação desse conteúdo em canais de televisão, painéis digitais instalados em pontos estratégicos, como aeroportos e rodoviárias, e publicação em mídia impressa e redes sociais. 

O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, observa que a atividade turística aqui é peculiar pela maneira como combina uma vasta variedade de roteiros e opções.

“O estado abriga três diferentes biomas: a mata atlântica, o cerrado e a caatinga, o que atrai um público interessado no turismo de natureza e aventura, com destaque para cachoeiras, rios e lagos, parques e estâncias hidrominerais. Além disso, dados da pesquisa de demanda turística, divulgados pelo Observatório do Turismo de Minas Gerais, apontam que, dentre as motivações dos turistas, a cozinha mineira é uma das mais citadas. Ou seja, as pessoas gostam de vir para o nosso estado para comer, apreciar o nosso patrimônio histórico, que responde por mais mais de 60% do volume nacional, participar de shows e festivais, e também de eventos específicos de negócios. Já somos o segundo principal destino turístico do Brasil e atualmente lideramos o crescimento na atividade turística do país, permanecendo acima da média nacional”, detalha Oliveira.

Mais detalhes sobre os destinos e roteiros cinco estrelas divulgados pela campanha podem ser conferidos no portal minasgerais.com.br e no perfil @visiteminasgerais, disponível no Instagram e Facebook. No perfil do Instagram também é possível acessar o filtro “Minas 5 Estrelas” e um modelo de edição de vídeo, ambos criados para inspirar os visitantes e moradores a compartilharem e avaliarem as experiências incríveis que só Minas Gerais pode oferecer. Para usar o recurso basta acessar o @visiteminasgerais e ativar o filtro com a câmera do Instagram.

Período bom para viajar

Julho é um mês propício para o turismo no estado. Coincidindo com as férias escolares, o período reserva uma série de atrativos. Uma delas são os festivais inspirados pelo Dia da Gastronomia Mineira, que se celebra no dia 5 de julho. Dois exemplos são o Sabores da Roça, em Extrema, e o Delícias da Roça, em Arcos.

Os festivais de inverno são outro chamariz. Ouro Preto, Mariana, Lagoa Santa, Maria da Fé, Bom Sucesso, Nova Lima, São João del-Rei, Poços de Caldas e Itabirito são apenas algumas cidades que promovem diversas atrações culturais – com filmes, shows de música, exposições e performances cênicas – regadas a boa comida e bebida regionais.

E ainda temos as festas julinas, que esquentam o friozinho com música animada, quadrilha, quentão e brincadeiras tradicionais. De acordo com levantamento da Secult, os “arraiás” de 2023 devem gerar uma movimentação de cerca de 6 milhões de pessoas pelo estado nos meses de junho e julho, o que representa crescimento de 20% em relação ao ano passado.

Cenário favorável para o turismo Minas Gerais tem tudo o que os turistas mais procuram. Segundo pesquisa do Google, divulgada no evento Think Travel, o tipo de destino mais buscado pelos viajantes são justamente as cidades próximas do interior, com muito verde e montanhas. Outras rotas muito procuradas na plataforma são as cidades brasileiras com serra, frio e boa gastronomia; resorts ou hotéis fazenda de final de semana, feriados ou férias escolares; e cidades brasileiras com ecoturismo.

Além de preencher todos esses requisitos em termo de natureza e culinária, Minas Gerais tem uma localização privilegiada. O estado faz fronteira com as regiões Nordeste e Centro-Oeste, além de São Paulo e Rio de Janeiro, seus dois principais emissores de turistas, facilitando o deslocamento dos turistas.
De acordo com a pesquisa, a maioria das pessoas quer viagens mais curtas, prefere transporte terrestre, busca rotas de até 250 km de distância e decide essas jornadas com apenas duas a três semanas de antecedência.

MM Congadeiros Notícia Secult

No próximo sábado (19/8), o Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e do Museu Mineiro, inaugura a exposição temporária “As Congadas de Minas Gerais”. A mostra, que fica em cartaz até 22 der outubro, reúne trabalhos de dez artistas de diversas regiões de Minas Gerais e do Brasil. A visitação tem entrada gratuita.

Com curadoria de Fátima Aquino, a exposição é uma incursão de artistas visuais de várias regiões do país no universo congadeiro. O tema grandioso e rico remete a saberes culturais, simbologias de crenças religiosas, sincretismo e fé, traduzidos pelas festas de rua, celebrações, cortejos, indumentárias, músicas e instrumentos inerentes a cada região de Minas.

O resultado dessa incursão é exibido na mostra, cuidadosamente construída nos preceitos fundamentais do Congado. Todos os elementos relacionados ao tema foram meticulosamente estudados para não se cometer equívocos, o resultado dessas pesquisas representa um verdadeiro convite a um passeio pela história que possibilita ao mesmo tempo conhecer e reconhecer essa cultura herdada dos antepassados.

“As Congadas de Minas Gerais” é o título da obra homônima do escritor e historiador de manifestações culturais Jeremias Brasileiro, doutor pela Universidade Federal de Uberlândia, um dos expoentes mais importantes do Congado no Brasil. Assim, pretende-se também homenagear tão ilustre figura, guerreiro na defesa da cultura popular, que tão gentilmente cedeu a autorização para uso do título da sua obra na mostra.

Enfatizar o legado do Congado para a construção da identidade cultural mineira e brasileira constitui um dos objetivos da exposição “As Congadas de Minas Gerais”. A exposição apresenta obras de artistas de diversas linguagens e suportes, como a cerâmica e a pintura, através de objetos que identificam e expressam a grandiosidade e a riqueza do Congado.

A exposição tem o ensejo de contribuir para que a manifestação cultural do Congado se mantenha viva e para que jamais seja esquecida, representando um lembrete para as gerações futuras de suas origens e de seu lugar no mundo.

“As Congadas de Minas Gerais” reúne obras de Adriana Santos, Fátima Aquino, Felicidade Patrocínio, Gariglio, Márcia Valadares, Marileusa Reducino, Onofre Santos, Sônia Furtado, Wagner Bottaro e Wzanvettor.

Serviço
Eexposição temporária “As Congadas de Minas Gerais”
Curadoria: Fátima Aquino
Abertura: 19/08 (sábado)
Período de visitação: 19 de agosto a 22 de outubro de 2023
Local: Museu Mineiro
Endereço: Av. João Pinheiro, 342, Centro – Belo Horizonte
Horário de funcionamento: Terça a Sexta, das 12h às 19h | Sábado e Domingo, das 11h às 17h

Convite Dois Meninos e um Cão

Neste sábado (8/07), o Centro de Arte Popular recebe o lançamento do livro infantil “Dois Meninos e um Cão”, de autoria de Beth Timponi e ilustrações de Mariângela Haddad. O lançamento terá início às 11h e tem entrada gratuita.

“Dois Meninos e um Cão” acompanha de perto a transformação que acontece na vida de um menino que, através de seu cão, passa a compreender melhor algumas coisas sem as quais a vida fica difícil, senão quase impossível. A autora encontra em dois clássicos da literatura – “Os meninos da Rua Paulo”, de Ferenc Molnár, e “O Chamado Selvagem”, de Jack London – referências para confabular, de maneira sensível, sobre questões atuais.

Em “Dois Meninos e um Cão”, o pequeno Pirata resgata dos lobos um valor que restitui a esperança e abre trilhas para o contato com outros seres humanos. O cãozinho Pirata é o herói desta história, na medida em que coloca com firmeza, para seu dono, os limites implacáveis da ética que havia recebido de seus ancestrais. Chorando, latindo, rosnando, ele devolve, para um menino que vivia isolado, as feições humanas que este último vinha perdendo.

Sobre a autora

Beth Timponi é mineira e mora em Belo Horizonte. Cursou Psicologia e Filosofia na Universidade Federal de Minas Gerais. É psicanalista e tem artigos publicados em jornais e revistas dedicados à psicanálise e à educação. Publicou, também pela Crivo Editorial, “O Sabiá e a Menina” e “A Fada que Bordava na Seda”. “Dois Meninos e um Cão” é seu terceiro trabalho na literatura infantil.

Sobre a ilustradora

Mariângela Haddad é uma ilustradora e escritora mineira. Suas ilustrações e textos já ganharam alguns prêmios, entre eles, o NOMA, o CEPE, o Barco a Vapor, o João-de-Barro e o Jabuti.

Centro de Arte Popular

Localizado nas adjacências da Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, o Centro de Arte Popular foi inaugurado em 19 de março de 2012 e exibe ao público a riqueza da cultura produzida pelos artistas populares de Minas Gerais. A instituição tem por objetivo divulgar a pluralidade e a diversidade cultural mineira, dinamizando a produção, o consumo e a fruição artística, além de atuar como poderoso agente de inclusão social.

O acervo do CAP é composto por objetos confeccionados em madeira, cerâmica, tecido, fibras naturais, pedras, além de outros suportes e linguagens. A originalidade e a criatividade do artista popular mineiro estão ao alcance dos olhos dos visitantes, assim como o domínio do fazer artístico sobre as matérias-primas proporcionadas pela natureza.

Produzida de forma espontânea, sem determinação direta dos circuitos acadêmicos de transmissão de saberes e geralmente oriunda dos estratos populares da sociedade, a arte popular revela autonomia e capacidade de subversão em relação aos cânones ditados pelo saber erudito, a despeito do constante fluxo e das trocas que permeiam essas instâncias.

A instituição conta com um programa de ação educativa permanente e produz exposições temporárias, oficinas e eventos diversos relacionados às diversas expressões da arte criadas pelo homem ao longo dos tempos no território que corresponde ao Estado de Minas Gerais.

Serviço
Lançamento do livro “Dois meninos e um cão”, de Beth Timponi e ilustrações de Mariângela Haddad
Data: 8/07/2023
Horário: das 11h às 14h
Local: Centro de Arte Popular – Rua Gonçalves Dias, 1608 - Lourdes - BH/MG

2023 Rachel Barton Pine Imprensa Lisa Marie Mazzucco

A ópera sempre ofereceu rico material para inspiração a outros compositores. Uma das mais influentes é a Carmen de Bizet. É impressionante como várias de suas passagens influenciaram o virtuosismo de Pablo de Sarasate, assim como o “ouvido” contemporâneo de Rodion Schchedrin. A violinista Rachel Barton Pine retorna ao palco da Filarmônica de Minas Gerais para interpretar outras variações sobre temas operísticos, desta vez do Fausto de Gounod, também de Sarasate. 

A apresentação é no dia 19 de agosto, às 18h, na Sala Minas Gerais, com regência de José Soares, maestro associado da Orquestra. Este é um concerto da série “Fora de Série”, que, em 2023, com o tema Segundas Opiniões, explora como compositores contribuíram com novas interpretações de obras de outros artistas. Os ingressos estão à venda no site da filarmônica e na bilheteria da Sala Minas Gerais.

Este projeto é apresentado pelo Governo de Minas Gerais e Ministério da Cultura, e conta o patrocínio da Porto Seguro e da ArcelorMittal, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Apoio: Circuito Liberdade. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo do Estado de Minas Gerais, Ministério da Cultura e Governo Federal.

Sobre a violinista Rachel Barton Pine

Interessada pelas grandes obras-primas clássicas e por peças contemporâneas, a violinista Rachel Barton Pine se destaca por suas performances calorosas e por seu importante trabalho de resgate histórico de compositores e compositoras negras. Como solista, apresentou-se com muitas orquestras prestigiadas, incluindo as sinfônicas de Chicago, Viena e Detroit, a Orquestra da Filadélfia, a Royal Philarmonic e a Camerata Salzburg. Entre os regentes com quem colaborou estão Zubin Mehta, Erich Leinsdorf, Neeme Järvi, Marin Alsop e Neville Marriner.

Pine possui uma extensa discografia de 39 discos, tendo alguns deles figurado no topo da classificação da Billboard Classical. Venceu vários dos principais prêmios mundiais, incluindo uma medalha de ouro na Competição Internacional Johann Sebastian Bach, em 1992. Mantém a Rachel Barton Pine Foundation, que realiza ações de incentivo à carreira de jovens músicos e desenvolve, há duas décadas, o projeto Music by Black Composers, que já recuperou mais de 900 obras de aproximadamente 450 compositores negros do século XVIII até os dias atuais.

Repertório

 Pablo Sarasate (Pamplona, Espanha, 1844 – Biarritz, França, 1908) e a obra Fantasia sobre temas da "Carmen" de Bizet, op. 25 (1881)

No século XIX, o violino era o instrumento melodioso por excelência, e Pablo de Sarasate foi, sem dúvidas, um de seus expoentes máximos. Com técnica fluida, equilíbrio, nobreza e precisão, o espanhol radicado na França conquistou plateias em toda a Europa e nas Américas, realizando muitas turnês e temporadas de concertos ao longo de seus 64 anos de dedicação à música. Naquela época, esperava-se dos grandes virtuoses que apresentassem composições de sua autoria, e Sarasate logo tornou-se conhecido por um repertório próprio de fantasias sobre temas operísticos.

Sua Fantasia sobre temas da "Carmen", inspirada na criação de Georges Bizet, conquistou um lugar cativo no repertório violinístico. Carmen foi a última ópera escrita por Bizet e, ao contrário das anteriores, não contou com uma recepção muito positiva em sua estreia, em 1875. A Fantasia de Sarasate mudou esse cenário logo na década seguinte, contribuindo para a sua popularização. Dividida em cinco movimentos, todos inspirados em temas que fazem referência direta à tempestuosa protagonista, a obra se destaca pela inventividade, pela costura sutil entre momentos díspares do trabalho original e, como de praxe em se tratando de Sarasate, pelo exímio domínio técnico do instrumento solista.

Pablo Sarasate (Pamplona, Espanha, 1844 – Biarritz, França, 1908) e a obra Nova fantasia sobre Fausto, op. 13 (1874)

O compositor espanhol Pablo de Sarasate ficou tão arrebatado pela ópera Fausto, de Charles Gounod, que escreveu duas fantasias sobre temas da obra. A segunda delas, Nova fantasia sobre Fausto, foi composta originalmente em 1874 para violino e piano, mas o compositor logo fez também uma versão para solista e orquestra.

A obra começa com um acorde dramático no piano e, em seguida, o instrumento solista entra com uma passagem radiante. Depois da abertura, Sarasate segue para a música do segundo ato da ópera, quando Fausto já fez seu pacto com o demônio Mefistófeles. Mefistófeles canta a ária Le veau d’or, que Sarasate traduz para o violino com rigor e beleza. O tema final da obra vem da famosa Valsa de Fausto.

Rodion Shchedrin (Moscou, Rússia, 1932) e a obra Suíte da "Carmen" de Bizet (1967)

Nascido em 1932, em Moscou, onde vive até hoje, Rodion Shchedrin é o mais reconhecido compositor russo da segunda metade do século XX. Aliando o trabalho acadêmico a produções de cunho abertamente popular, Shchedrin construiu uma obra marcada pela exploração das tradições musicais e literárias de sua terra natal e pelo trânsito por diversos gêneros e linguagens.

Dentre suas produções para o palco, a suíte da ópera Carmen, de Georges Bizet, é uma das mais queridas e executadas desde sua estreia, em 1967. Pensada como acompanhamento para um balé coreografado por Alberto Alonso, do Balé Nacional de Cuba, foi a primeira peça que Shchedrin escreveu para sua esposa Maya Plisetskaya, na época a primeira bailarina do Teatro Bolshoi.

Trata-se de uma transcrição brilhante, na qual a exuberância das texturas de Bizet é mantida, ao mesmo tempo em que são complementadas com novos recursos orquestrais. Nesse sentido, uma das características mais marcantes da releitura de Shchedrin é a sua opção incomum por manter apenas as cordas e a percussão no corpo da orquestra, mas também conferir potência extra a ambas, ampliando o número de músicos nas cordas e lançando mão de uma gama imensa de instrumentos de percussão.

Serviço 
Fora de Série: Segundas Opiniões – Revisitando Carmen e Fausto
Data: 19/08
Horário: 18h
Local: Sala Minas Gerais - Rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto - Belo Horizonte
Ingressos: R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 50 (Mezanino), R$ 70 (Balcão Palco), R$ 90 (Balcão Lateral), R$ 120 (Plateia Central), R$ 155 (Balcão Principal) e R$ 175 (Camarote).
Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores. Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.
Funcionamento da bilheteria:
Dias sem concerto
3ª a 6ª — 12h a 20h
Sábado — 12h a 18h

Dias com concerto
12h a 22h — quando o concerto é durante a semana
12h a 20h — quando o concerto é no sábado
09h a 13h — quando o concerto é no domingo
Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Foto: Lisa Marie Mazzucco

Muro

Neste sábado (8/07), a instalação MURO da artista plástica Júnia Penna, construída com papelões empilhados, ocupa a Sala das Sessões do Museu Mineiro. A presença da extensa pilha de papel no ambiente interno do Museu explicita, como aponta Guilherme Bueno, autor do texto que acompanha a intervenção, "o espaço como percurso". Altera, interrompe, ou mesmo desvia o nosso caminhar, ressignificando a sala que abriga parte do acervo do Museu.

No MURO de Júnia Penna, a função de impedir o acesso manifesta-se de modo instável. O trabalho também alude às "enormes muradas de caixas de papelão que vemos empilhados em diversos cantos da cidade ou se deslocando por ela puxadas por carrinhos de mão.

Museu Mineiro

Localizado na Avenida João Pinheiro, corredor de acesso à Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, o Museu Mineiro está instalado em um edifício eclético construído em fins do século XIX pela Comissão Construtora da Nova Capital. Tendo sido construída para servir de residência para o Secretário da Agricultura, a edificação serviu de sede para o Senado Mineiro, foi a Pagadoria Geral do Estado até se tornar a sede do Museu Mineiro.

Inaugurado em 1982, o Museu Mineiro reúne em seu acervo um conjunto bastante diversificado de objetos referentes à história e à produção cultural e artística mineiras. Nas salas de exposição são exibidas obras de artistas consagrados, tais como: Manoel da Costa Ataíde, Yara Tupynambá, Amílcar de Castro, Jeanne Milde, Inimá de Paula, Lótus Lobo, Celso Renato, Sara Ávila, Guignard, Maria Helena Andrés, Di Cavalcanti etc.

Atualmente, o Museu exibe a exposição de longa duração “Minas das Artes, Histórias Gerais”, onde o visitante tem a oportunidade de conhecer uma vasta coleção de arte sacra, datada dos séculos XVIII e XIX, além de preciosidades do acervo, como a bandeira da Inconfidência Mineira, os manuscritos originais da obra “Tutaméia” de Guimarães Rosa, o retrato de Aleijadinho e a coleção de santos de devoção popular.

O Museu Mineiro é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. Trabalhando em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas

Serviço
Instalação Muro, de Júnia Penna
Abertura: 8/07/2023 (sábado)
Horário: 11h às 14h
Local: Museu Mineiro - Av. João Pinheiro, 342 - Funcionários - Belo Horizonte/ MG
Horário de Visitação: Terça a Sexta-feira, das 12h às 19h. Sábado e Domingo, das 11h às 17h.

Ceresp Betim2 Foto Divulgação Secult2

Uma Caixa-Estante com cerca de 100 livros tem transformado o cotidiano do Centro de Remanejamento do Sistema Prisional de Betim (Ceresp Betim). Recém-inaugurada no local, a iniciativa tem despertado o interesse pela leitura na população carcerária do Ceresp e envolvido também os servidores do espaço. O trabalho se soma à possibilidade de remição de pena por meio do incentivo à leitura em unidades prisionais. 

A ação é realizada pelo Governo do Estado, por meio da parceria entre a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), e integra o programa Minas Literária, lançado em maio deste ano. Junto à Caixa-Estante, foi implantada a biblioteca do próprio Ceresp Betim, no dia 28/7. 

Os livros presentes na Caixa-Estante do Ceresp Betim compõem um universo variado de estilos literários. Entre eles estão clássicos da literatura brasileira, como “Primeiras Estórias”, de João Guimarães Rosa e “Dom Casmurro”, de Machado de Assis. Há também clássicos internacionais, como “Histórias Extraordinárias”, de Edgar Allan Poe, “Crime e Castigo”, de Dostoiévski, e “Testemunha Ocular do Crime”, de Agatha Christie, além de best-sellers como "Nunca Desista de seus Sonhos", de Augusto Cury.  

As obras foram selecionadas a partir de um trabalho conjunto entre o Ceresp Betim e a Biblioteca Pública Estadual. Primeiramente, a unidade prisional realiza uma pesquisa entre os presos para saber que tipo de literatura os interessa. Com base nessas informações, encaminha a demanda à Biblioteca, juntamente com as determinações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e dos critérios estabelecidos no projeto aprovado pela Vara de Execução Penal da Comarca. 

Em Betim, a iniciativa já tem uma lista de espera com mais de 200 interessados nas obras. Um deles é Cláudio Nascimento, que participou do lançamento da Caixa-Estante. “Um dos livros da caixa que vi e logo quis pegar para ler era um quadrinho do Batman, que contava os segredos de família dele. Desde criança eu gosto do Batman, então li o livro todo no mesmo dia. Agora já quero pegar outro”, contou o recluso, que tem retomado o hábito da leitura. “Eu sempre li muito durante minha época de estudos. Depois que me formei, com trabalho e família, não dava muito tempo. Mas agora vou voltar a ler. Esse projeto veio na hora certa, encaixou perfeitamente”, comemorou. 

A iniciativa também foi celebrada por Pablo Antônio Pereira, há dois meses no Ceresp Betim. “Essa Caixa-Estante é uma ação sensacional. Lendo, você adquire conhecimento, e o conhecimento ninguém pode te roubar. Quando você lê um livro que te interessa, você viaja naquela leitura. A visão que a gente tem do mundo muda”, comentou. 

Os depoimentos vêm ao encontro do que prega a superintendente de Bibliotecas, Museus e Economia da Criatividade, Célia Iglesias Ramos, para quem a força da literatura opera como um agente catalisador na jornada de recuperação, promovendo a esperança e a oportunidade de uma reintegração bem-sucedida na comunidade. “Com o Minas Literária, a Secult busca redefinir a maneira como os detentos se relacionam com a leitura e a cultura. Através dessa iniciativa pioneira, os detentos têm a oportunidade de reduzir suas penas por meio da leitura assídua de livros, destacando o poder transformador da literatura na jornada de reabilitação e reinserção na sociedade”, declara. 

Outro ponto positivo da Caixa-Estante é que ela permite uma atualização constante do acervo. Em princípio, os livros são trocados a cada seis meses, mas esse prazo pode ser reduzido ou ampliado a pedido da instituição. Assim, uma mesma unidade prisional pode receber centenas de títulos diferentes aptos para remição por ano.  

Acervo e curadoria  

A diretora de Humanização e Atendimento do Ceresp Betim, Lídia Poliana da Rocha Afonso, conta que se surpreendeu com a receptividade dos indivíduos privados de liberdade. “A adesão superou minhas expectativas. Nós temos hoje uma lista de 200 pessoas aguardando livros. É uma parcela muito significativa da população carcerária. E esse número tende a aumentar, porque esse quantitativo foi obtido só na primeira pesquisa nas galerias”, revelou Lídia. 

A remição de pena pela leitura é reconhecida desde 2011, quando a Lei nº 12.433 alterou a Lei de Execução Penal, estendendo o benefício às ações de educação. No entanto, ela não era ainda aplicada no Ceresp-Betim até a chegada da Caixa-Estante e da inauguração da biblioteca. Isso porque, para a unidade prisional aderir a essa modalidade de remição de pena, precisa enviar um projeto específico para a Vara de Execução Penal da Comarca, seguindo as normas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).  

Entre outras coisas, as resoluções e notas técnicas do conselho determinam que a unidade possua uma biblioteca prisional, e que esta possua títulos aptos à remição de pena. Foi aí que se estabeleceu a parceria com a Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, entidade vinculada à Secult e que presta o serviço da Caixa-Estante, conforme relatou o diretor-geral do Ceresp Betim, Nilmaier Assunção. "Com a Caixa-Estante, contamos com a capacitação e expertise da equipe da Biblioteca Estadual para nos ajudar em todas as etapas deste processo. Essa parceria com a Secult é muito importante para todos nós”, avaliou o diretor. 

Além dos 100 livros da Caixa-Estante, 511 títulos da biblioteca do Ceresp estão aptos a serem usados para fins de remição de pena. Neste primeiro momento, 20 reclusos participam do projeto, que prevê a realização de rodas de leitura e oficinas de escrita, alternadamente, a cada 15 dias, ambas oferecidas por voluntários. “Temos que ter em mente que o indivíduo privado de liberdade normalmente não é um leitor habitual. Essas rodas de leitura vão ajudar no processo de formação de público leitor. Elas serão mediadas por voluntários da área, como professores de português. Os reclusos do grupo da Caixa-Estante farão uma leitura guiada pelo voluntário e, quinze dias depois, passarão pela oficina de escrita”, explicou Lídia. 

As oficinas de escrita têm um propósito prático: ajudar os indivíduos privados de liberdade a redigirem um resumo do livro após sua leitura. O relatório é indispensável para a remição, devendo ser aprovado por uma comissão de validação formada por cinco funcionários ou voluntários. Quando o relatório de leitura é aceito, o documento é encaminhado à Vara de Execução Criminal da Comarca, para que os dias sejam remidos. São descontados quatro dias da pena do detento por obra lida, com um limite de 12 livros ao ano – ou 48 dias de desconto, no máximo. 

“Pretendemos aumentar a quantidade de indivíduos privados de liberdade que serão atendidos pelo projeto após esse diagnóstico inicial. É importante destacar que todos os reclusos podem ter acesso aos livros da biblioteca e da Caixa-Estante para fins de recreação”, ressaltou Lídia. E os servidores também podem participar do projeto; qualquer pessoa da unidade, seja recluso ou funcionário, está autorizado a pegar livros emprestados por até 21 dias.  

Pablo Pereira, que gosta mais de livros religiosos e sobre histórias reais, avalia que o benefício da remição pode ser um primeiro incentivo para mudar a relação que muitos presos têm com a literatura. “Às vezes a pessoa se interessa pelo projeto só pela remição da pena. Mas aí, quando começa a ler, pega amor pela leitura, porque ela te envolve”. 

Leitura e ressocialização 

A superintendente de Humanização do Atendimento do Departamento Penitenciário de Minas Gerais, Ana Paula Dolabella, defende que o projeto é benéfico não apenas ao recluso, mas para toda a sociedade. “A educação é direito e garantia fundamental de qualquer indivíduo. E, em se tratando de um ambiente de cárcere, as práticas educacionais contribuem e muito para o processo de ressocialização, tendo em vista que o indivíduo adquire conhecimento e desenvolve habilidades essenciais para o convívio em sociedade. É uma possibilidade de construção de uma nova realidade”, disse.  

Lídia Poliana faz coro com a colega de profissão. Ela também destaca a acessibilidade do livro como um dos pontos fortes para a adoção da leitura como medida educativa. “A leitura garante a sanidade mental dos reclusos e a dignidade da pena. É um investimento em humanização com um custo-benefício muito bom, porque o livro é muito acessível e a gente recebe muitas doações. Também não demanda um grande espaço físico, uma vez que a leitura pode ser feita na própria cela. É o mecanismo de ressocialização que menos demanda investimento em estruturação, compras ou outros gastos para o Estado”, observa a diretora de Humanização e Atendimento do Ceresp Betim. 

Essa opinião é compartilhada não apenas pelos servidores do Ceresp, como também pelos próprios indivíduos em privação de liberdade. “O livro nos ajuda muito, tanto no dia a dia aqui, para diminuir a pena, quanto para quando a pessoa sair, adquirir outros conhecimentos, deixar a vida de criminalidade que levava”, avaliou Cláudio Nascimento, que está em privação de liberdade há um ano, incluindo o tempo em que esteve em outras unidades prisionais.   

“A humanização é a integração dos diversos setores. Transformar a vida dessas pessoas é um dever não só do Estado, mas da sociedade. A pena tem que ser transformadora. Com a Secretaria de Cultura e Turismo de Minas Gerais, temos uma infinidade de parcerias que podem ser firmadas. A Secult já manifestou interesse na realização de outras ações aqui dentro, como apresentações de música e contação de história. A gente vê parcerias futuras no sentido de alfabetização e publicação. Porque queremos formar não só leitores, mas também escritores”, concluiu Lídia Poliana. 

O diretor do Livro Leitura, Literatura e Bibliotecas, Lucas Amorim, reforça a importância do projeto nas unidades prisionais. “Ao oferecer livros e promover a leitura para pessoas privadas de liberdade, este projeto piloto do Minas Literária não apenas reforça o direito de todas as pessoas à educação e ao acesso à cultura, mas também contribui para a reabilitação, redução da reincidência e para a promoção do respeito pelos direitos humanos, mesmo em ambientes desafiadores”, sublinha Amorim.  

Ele também analisa que é necessário sanar o analfabetismo para que mais indivíduos possam se beneficiar desse projeto. “Essa iniciativa reconhece o valor educacional e transformador da leitura, incentivando essas pessoas a dedicarem tempo à atividade de forma produtiva. Mas para construirmos uma Minas mais leitora, é importante enfrentarmos também a realidade do analfabetismo funcional presente em parcela considerável da população carcerária, e criarmos condições efetivas para a reinserção dessas pessoas na sociedade”, conclui Amorim. 

Ceresp Betim3 Foto Divulgação Secult3

A Caixa Estante 

Criada em 1969, a Caixa-Estante é um serviço da Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais pensado para pessoas que não podem se deslocar a uma biblioteca. Além do Ceresp Betim, atualmente há Caixas-Estantes em mais sete lugares: Casa de Semiliberdade Letícia; Lar dos Meninos; e nos Centros Socioeducativos de Ribeirão das Neves, Santa Clara, Horto e São Jerônimo. Os Centros Socioeducativos são as unidades de internação ou de semiliberdade para jovens em conflito com a lei. Também com o objetivo de facilitar o acesso à leitura, a Caixa-Estante está presente na Creche José de Souza Sobrinho, destinada aos filhos de funcionários do Hospital Sofia Feldman.  

No total, são reunidos em média 100 livros, mas para o público infantil são enviados um pouco mais, entre 120 e 150 títulos por vez, devido a espessura menor das obras. O procedimento de escolha sempre leva em consideração o perfil do local, adequando-se à instituição. 

Para levar a leitura ao Centro Socioeducativo São Jerônimo, por exemplo, a escolha do acervo é feita por uma adolescente que participa do processo de definição do conjunto a ser emprestado. Ela vai à Biblioteca Pública Estadual acompanhada de uma pedagoga, que a auxilia na construção do acervo. 

Em 2024, uma nova Caixa-Estante será instalada no Complexo Penal Público Privado de Ribeirão das Neves. 

Ceresp Betim1 Foto Divulgação Secult1

Fotos: Secult / Divulgação

Museu Mineiro Lançamento de livro Bruna Fontes Ferraz

Neste ano de 2023, comemora-se o centenário de nascimento de Ítalo Calvino, um dos mais relevantes escritores da segunda metade do século XX. Para homenageá-lo, a professora Bruna Fontes Ferraz, do Departamento de Linguagem e Tecnologia do CEFET-MG, lançará seu livro “Sapore, Sapere: por uma poética dos cinco sentidos em Ítalo Calvino” no dia 08 de julho de 2023, no Museu Mineiro, de 10h às 12h.

O livro é resultado da pesquisa de doutorado da professora Ferraz e amplia as perspectivas que associam Calvino a uma vertente mais intelectualista e racionalista, ao evidenciar o lado sensorial de alguns textos do escritor italiano, o qual também exercitou uma linguagem sensível, recorrendo aos cinco sentidos, ao sabor do mundo, para alcançar múltiplos saberes.

Museu Mineiro

Localizado na Avenida João Pinheiro, corredor de acesso à Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, o Museu Mineiro está instalado em um edifício eclético construído em fins do século XIX pela Comissão Construtora da Nova Capital. Tendo sido construída para servir de residência para o Secretário da Agricultura, a edificação serviu de sede para o Senado Mineiro, foi a Pagadoria Geral do Estado até se tornar a sede do Museu Mineiro.

Inaugurado em 1982, o Museu Mineiro reúne em seu acervo um conjunto bastante diversificado de objetos referentes à história e à produção cultural e artística mineiras. Nas salas de exposição são exibidas obras de artistas consagrados, tais como: Manoel da Costa Ataíde, Yara Tupynambá, Amílcar de Castro, Jeanne Milde, Inimá de Paula, Lótus Lobo, Celso Renato, Sara Ávila, Guignard, Maria Helena Andrés, Di Cavalcanti etc.

Atualmente, o Museu exibe a exposição de longa duração “Minas das Artes, Histórias Gerais”, onde o visitante tem a oportunidade de conhecer uma vasta coleção de arte sacra, datada dos séculos XVIII e XIX, além de preciosidades do acervo, como a bandeira da Inconfidência Mineira, os manuscritos originais da obra “Tutaméia” de Guimarães Rosa, o retrato de Aleijadinho e a coleção de santos de devoção popular.

O Museu Mineiro é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. Trabalhando em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas.

Serviço
Lançamento do livro “Sapore, sapere: por uma poética dos cinco sentidos em Ítalo Calvino”
Data: 8/07/2023 (sábado)
Horário: 10h às 12h
Local: Museu Mineiro - Av. João Pinheiro, 342 - Funcionários - Belo Horizonte/ MG
Horário de Visitação: Terça a Sexta-feira, das 12h às 19h. Sábado e Domingo, das 11h às 17h.

 
 
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